Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
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29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

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A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
por
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
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26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

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Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
por
KHADIJAH CALIL
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25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

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       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
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                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

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Como as manifestações contra a IA impactaram diretamente nas produções nos Estados Unidos
por
Giulia Cicirelli
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04/09/2023 - 12h

O mundo consome diariamente as famosas produções “Hollywoodianas” e pode-se dizer que elas são uma das maiores fontes de cultura e entretenimento atualmente. Muitos fãs de séries e filmes ficaram sabendo dos protestos, por verem seus atores favoritos em meio a esse movimento, mas acabaram não tendo um conhecimento mais aprofundado sobre o assunto. O tão comentado SAG-AFTRA (Screen Actors Guild American Federation of Television and Radio Artists), é conhecido no Brasil e traduzido como “Sindicato dos Atores de Hollywood”, uma organização que acomoda e representa atores de cinema, televisão, jornalistas, personalidades televisivas, cantores, dubladores e outros profissionais da mídia que podem se encaixar nessa lista, podendo ser de dentro ou de fora dos Estados Unidos. 

Inicialmente, o sindicato começou apenas com o SAG, em 1933, com a função de melhorar as condições de trabalho e pagamento dos atores da época, sendo assim, desde sua fundação, uma federação que lutava pelos direitos dos artistas. Já o AFTRA, foi criado em 1935, com a aprovação das leis trabalhistas, tendo inicialmente o intuito, abranger personalidades de rádio e da indústria fonográfica. Em 2012 ambas as associações se fundiram, criando o SAG-AFTRA. Hoje em dia eles unem cerca de 160 mil pessoas das áreas de filme, rádio e televisão. 

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Protestos que ocorreram na frente dos estúdios da Paramount
Imagem/reprodução: Chris Pizzello/AP Photo

 

As greves que ocorreram em 2023 nos Estados Unidos, foram promovidas pela Associação dos Atores, que protestaram contra o uso da inteligência artificial em produções de Audiovisual, fazendo com que os artistas acabem tendo uma certa preocupação com o uso indevido ou não remunerado de suas imagens. “Os protestos são extremamente importantes, mostrando perseverança e construindo uma base melhor para todos na indústria e para as futuras gerações de criadores”, afirma Giulianna Gasparotto, atriz atualmente situada na Califórnia. 

O crescimento e a promoção do uso da inteligência artificial (IA) só aumenta e consegue reproduzir a pessoa exatamente como ela é na vida real, sem que ela esteja presente no set de gravações, usando imagens sem uma autorização prévia e até mesmo sem pagar um centavo pela sua “participação” em um projeto. O uso da IA no cinema tem o intuito de promover as suas produções, tendo a colaboração de um ator, sem pagá-lo, o que faz com que um estúdio economize um bom dinheiro, afinal, o cachê de um ator normalmente é bem alto, mesmo por uma breve participação, ainda mais se o artista for uma A-list celebrity (Celebridade de Classe A), que seria uma personalidade conhecida amplamente no mundo do cinema. 

Esses protestos foram relevantes para o mundo do cinema, já que produções foram adidas, roteiristas, atores e produtores aderiram ao movimento, alguns até mesmo boicotando projetos que estavam envolvidos. Em entrevista com a atriz e estudante de cinema brasileira, Giulianna Gasparotto, que atualmente reside em Los Angeles, ela conta um pouco sobre a sua experiência vivenciando esse momento e qual a sua visão sobre tudo isso. 

 

 

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Atriz Giulianna em suas redes sociais
Imagem/reprodução: Instagram/@gaspgiu 

Em relação ao movimento, Giulianna afirma: “Poder estar presente durante as manifestações foi muito importante para aprender mais sobre opiniões diferentes durante os acordos que estão sendo feitos. Poder ouvir em primeira mão a experiência de atores, escritores e diversas pessoas em áreas diferentes da indústria do cinema aqui em Los Angeles” . Diversos outros artistas também vieram a público para dar o seu apoio e suporte para o movimento em si e outros colegas que estavam presentes nas manifestações", diz Giulianna. 

 Além disso, muitas figuras vieram à público comentar sobre o uso de IA, não necessariamente como algo negativo, mas sim como algo que usado de maneira correta, pode ser benéfico. “IA pode ajudar na organização e preparações antes de uma gravação, também pode ajudar a melhorar a qualidade dos efeitos especiais e eficiência das produções. Esse é o ponto onde devemos chegar, onde IA complementa o nosso trabalho mas não interfira nas áreas onde podemos mostrar o nosso talento e humanidade”, afirma Giulianna.

O cenário dos protestos ainda continua vivo e causou um enorme impacto no mundo do cinema, possuindo até mesmo uma página na Wikipédia sendo totalmente dedicada ao evento. Tendo apoio de diversos atores, como Wagner Moura, Jennifer Lawrence, Amy Adams, Daniel Radcliffe e Ariana Grande, alguns deles marcaram presença nas manifestações, outros deram seu apoio via redes sociais. O movimento também contou com o apoio do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. 

 

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Daniel Radcliffe em meio aos protestos
Imagem/reprodução: Cultura/UOL

 

 

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Além do tempo chuvoso, o primeiro dia do evento foi marcado por problemas na CPTM e filas enormes.
por
Bianca Novais
Luana Galeno
Maria Eduarda Camargo
Vítor Nhoatto
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03/09/2023 - 12h
Estrutura do The Town. Foto: Divulgação/Intagram/@thetownfestival
Estrutura do The Town. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival

 

O festival musical The Town começou neste sábado (02), no autódromo de Interlagos, em São Paulo, e se estende para os dias 03, 07, 09 e 10 de setembro. O primeiro dia contou com artistas internacionais e nacionais como Post Malone, Demi Lovato e Iggy Azalea, além de Racionais MC’s, Teto e Kayblack.

Idealizado pelos criadores do Rock In Rio, a família Medina, o evento pretende ser o irmão paulistano do festival carioca. Para a realização do projeto, foram investidos cerca de R$300 milhões, que se refletem não só no line-up de grande porte, mas também na guinada em infraestrutura do evento.

Como meio de chegada ao autódromo, foram disponibilizadas linhas de trem e metrô que estarão em operação pela madrugada, já que as vias foram bloqueadas pela organização e pela Polícia Militar, não sendo possível chegar de carro. O transporte público, porém, não amenizou a fila — muito pelo contrário. Internautas expressaram descontentamento com a demora na entrada do festival e a lentidão nas estações.

 

 

 

 

 

 

 

Os trabalhos começaram com o show das gêmeas Tasha & Tracie convidando Karol Conká, com participação de Kyan e Rapper Gregory. Desde a primeira apresentação, é possível enxergar um objetivo claro na organização deste ano: a inclusão de artistas nacionais, principalmente do movimento hip hop brasileiro. Subiram no palco MC Hariel, MC Ryan SP, MC Cabelinho, Urias, Orochi, Caio Luccas, Azzy, Planet Hemp, Kayblack, Teto e Racionais MC's com a Orquestra Sinfônica de Heliópolis.

 

 

 

 

A relevância dos cantores foi comprovada com a animação da plateia durante os shows. Quando Orochi divulgou que a batalha do Tanque seria organizada por sua gravadora Mainstreet, o público vibrou, mas ao convidar ao palco Samurai e Johny, nomes reconhecidos pelo histórico em batalhas de rimas, o mar de gente foi à loucura. Durante o show de Criolo e Planet Hemp, a demonstração eram grandes Moshs (movimento onde o público fica em roda, pulam e batem cabeça) em meio a chuva.

 

Orochi em sua apresentação no palco the one. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival
Orochi em sua apresentação no palco the one. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival

 

O peso desses artistas estarem se apresentando na primeira edição do The Town é ainda maior ao enxergarmos pelas lentes da acessibilidade. O compartilhamento do mesmo palco que grandes nomes internacionais pisaram, também eleva o nome de cantores periféricos, abrindo espaço para que eles mesmos possam fazer suas reivindicações. "O show é 100% uma estética de funk, [...] pra representar todo povo de periferia, que veio de baixo, então pode ter certeza de que quem montou esse evento vai se sentir representado. Nós veio de baixo e hoje tá aqui com bagagem pra estar falando em emissora e representando", disse MC Hariel em entrevista ao canal Multishow, antes de subir ao palco.

 

 

 

Dos cantores internacionais, Iggy Azalea foi a primeira a subir ao palco The One. Porém, segundo o portal da cantora no Brasil, o show acabou sendo encurtado por conta da chuva torrencial, fazendo com que a artista retirasse No Mediocre da setlist - música gravada no Brasil com participação de Mr. Catra. Apesar disso, internautas comentaram positivamente sobre a apresentação, mencionando o desejo de um show no Rock in Rio e da inclusão da música Switch na performance. A artista brincou em suas redes sociais sobre a situação, falando que foi sua apresentação mais caótica, mas também sua favorita.


 

 

 

 

Único com trégua da chuva, o show de Demi Lovato foi uma atualização de sua apresentação no Rock In Rio do ano passado, já que o álbum Holy Fuck foi o mais explorado. Porém, ao iniciar com Confident (rock version), foi possível entender as atualizações: músicas antigas em novas versões rock, que serão a composição do REVAMPED, álbum anunciado para 15 de setembro. A principal surpresa foi o convite para Luísa Sonza subir ao palco para cantarem a recém lançada Penhasco2, onde Demi garante não apenas o português, mas também a demonstração de sua extensão vocal. 

 

 

 

O carinho da artista ao público fica nítido durante toda a performance e é demonstrado até em seu figurino com as cores da bandeira brasileira. Mutuamente, seus fãs fizeram de tudo para estarem na grande quando a cantora colocasse o primeiro pé na coxia. Os relatos são de que utilizam fraldas para que não precisassem sair da grade durante a espera da artista. Ainda que Lovato tenha vindo apenas um ano após sua última estadia no país, ela parecia muito mais confortável no palco e apresentou um show ainda mais completo.

 

Post Malone, o principal cantor do primeiro dia, também volta ao Brasil após estar presente no último Rock In Rio, mas carrega a plateia através de seus hits desde o primeiro minuto de Better Now, música escolhida para iniciar o show. Durante a apresentação, os brinquedos do festival, como a tirolesa, roda gigante e montanha russa, foram desligados por conta da intensa chuva que ainda permanecia no local.

 

Post Malone canta e encanta em meio a chuva no the town. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival
Post Malone canta e encanta em meio a chuva no the town. Foto: Divulgação/Instagram/@thetownfestival

 

E para surpresa do público e do próprio Malone, ao atender o pedido de um cartaz que pedia para tocar uma música com o cantor. Daniel, um fã, subiu no palco principal Skyline e tocou violão perfeitamente, criando o ambiente para um dueto exclusivo de Stay no The Town. Em uma parabenização ao público por resistir à chuva, a apresentação foi finalizada com Congratulations às 00h50 de domingo.

Mas, após o clamor por bis, o cantor voltou ao palco para encerrar a primeira noite da inauguração do novo festival de São Paulo com a potência que apresentou durante toda a noite. Em meio a plateia, foram apresentadas Sunflower e Chemical, enquanto o artista era ovacionado ao terminar seu show.

 

 

 

 

No domingo (3), o festival traz Bruno Mars, que vem de um hiato de seis anos de shows aqui no Brasil, o que gerou esgotamento dos ingressos em algumas horas para as datas que contarão com a sua presença - o artista também se apresenta em 10 de setembro.

 

O cantor de "Just the Way You Are" tem como lançamento mais recente a colaboração com Anderson .Paak, e a banda Slik Sonic — mas ainda agita seu show solo com os maiores hits de sua carreira, prometendo deixar a paixão no ar do The Town.

 

O segundo dia do evento conta também com Bebe Rexha e com o DJ brasileiro Alok como destaques. A cantora americana, que se apresentou em terras brasileiras pela última vez no Rock In Rio em 2019, retorna com o lançamento de seu terceiro álbum BEBE, e a canção de enorme sucesso I'm Good (Blue), em parceria com David Guetta. 

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A agenda conta com shows, exibições, peças de teatro e mais!
por
Iris Martins
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30/08/2023 - 12h

A maior cidade do Brasil não deixa a desejar quando o assunto é o que fazer. São Paulo possui uma diversidade cultural vasta e todo dia é possível encontrar algo diferente para fazer ou conhecer. Confira alguns programas que acontecem no mês de setembro para sair da rotina!

 

Shows

 

The Town

 

Nos dias 2, 3, 7, 9 e 10 deste mês acontece o famoso festival The Town, que promete agradar a todos os gostos com Bruno Mars, Post Malone, Maroon Five, Foo Fighters e muito mais.

 

- Data: 2, 3, 7, 9 e 10/9

- Local: Autódromo de Interlagos

- Horário: Diversos horários

 

Paulinho da Viola

 

Paulinho da Viola faz sua turnê de 80 anos e passa em São Paulo no Espaço Unimed no fim do mês.

 

- Data: 30/9

- Local: Espaço Unimed

- Horário: 20h

 

Maneva

 

A banda passa pela cidade com o show de encerramento da turnê de aniversário.

 

-Data: 16/9

-Local: Vibra São Paulo

-Horário: 21h

 

Dellarte Concertos

 

A música clássica vem com a Dellarte Concertos. Com músicos renomados e em um espaço tradicional da cidade, no Teatro B32, neste mês há apresentação disponível no dia 15 de setembro.

 

-Data: 15/9

-Local: Teatro B32

-Horário: 20h

 

Concertos Candlelight

 

Os concertos à luz de velas mais famosos da cidade continuam e neste mês o repertório inclui Coldplay, Tchaikovsky, Paramore, Adele e mais!

 

-Data: diversas datas

-Local: Theatro São Pedro, Frei Caneca, Teatro B32, etc

-Horário: diversos horários

Candlelight
Concertos Candlelight - foto: reprodução/Fever

 

Shows no Terra SP

 

A casa de shows Terra SP abrange diversos gêneros musicais! Xanddy Harmonia e Sorriso Maroto se apresentarão no espaço neste mês.

 

-Data: 3 e 22/9

-Local: Terra SP

-Horário: vários horários

 

Exposições

 

Fantástico - O Show da Vida

 

Conheça mais sobre um dos programas mais famosos do Brasil em uma exposição interativa e imersiva na cidade.

 

-Data: a partir de 20/9

-Local: Solar Fábio Prado

-Horário: à divulgar

 

Oscar Niemeyer - Linhas e Luzes

 

Participe de uma experiência imersiva que celebra a vida e obra do famoso arquiteto Oscar Niemeyer no shopping Bourbon.

 

-Data: várias datas

-Local: Bourbon Shopping São Paulo

-Horário: à partir das 11h


 

Teatro

 

Silvio Santos Vem Aí

 

Chega em São Paulo, a comédia musical que homenageia o famoso apresentador da TV brasileira. O espetáculo conta com ingressos a partir de 25 reais.

 

-Data: 24/9 a 1/10

-Local: Teatro Opus Frei Caneca

-Horário: 16h e 19h

 

Hermanoteu na Terra de Godah

 

A obra mais conhecida da companhia de comédia Os Melhores do Mundo chega aos palcos do Teatro Bradesco. A peça traz a cena de quando Hermanoteu e Isaac, nos portões do Egito, anunciam o momento universalmente conhecido em que Moisés abre o Mar Vermelho.

 

-Data: 23 e 24/9

-Local: Teatro Bradesco

-Horário: vários horários

Hermanoteu na Terra de Godah
Hermanoteu na Terra de Godah - foto: Nicolau ElMoor

 

O Vendedor de Sonhos

 

A adaptação do best-seller de Augusto Cury acontece no Teatro Gazeta e conta a história de um homem que tenta cometer suicidio mas é impedido por um mendigo.

 

-Data: 9/9

-Local: Teatro Gazeta

-Horário: 22h

 

Lazer e diversão

 

Drag Brunch Brasil

 

Aproveite de um delicioso brunch enquanto assiste à apresentação de drag queens neste evento muito divertido que acontece no Sky Hall Terrace Bar.

 

-Data: 17/9

-Local: Sky Hall Terrace Bar

-Horário: 11h

Drag Brunch
Drag Brunch Brasil - foto: divulgação/Grupo Cuco

 

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Evento promoveu inclusão e debates sobre direitos de pessoas em situação de rua
por
Sônia Xavier
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28/08/2023 - 12h

Levantando o debate sobre o acesso à cultura pela população em situação de rua, o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc São Paulo realizaram, entre os dias 16 e 18 de agosto, o primeiro Festival Internacional de Cultura e Pop Rua, afinal, como disse Titãs “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, a gente não quer só comida, a gente quer saída para qualquer parte".  A iniciativa foi apoiada  pela prefeitura municipal, por ONGs e entidades ligadas ao movimento pela garantia dos direitos das pessoas em situação de rua e aconteceu no centro da cidade.  

O evento proporcionou debates sobre ações culturais para população de rua com experiências nacionais e internacionais. Além disso, contou também com estruturas para serviço veterinário, corte de cabelo e embelezamento, testes rápidos de saúde, tenda de alimentação e, é claro, muita apresentação artística. 

Palco montado para o Festival Pop Rua em frente ao Museu da Língua Portuguesa
Foto: Sônia Xavier

 

Palestrantes no festival
Nessa roda estavam presentes Daniela Camozzi, Florencia Montes Paez (No Tan Distantes - Argentina), José Alberto Arroyo e Arley Buitrago Landázuri (Programa Crea/ Idartes - Colômbia), Patrick Chassignet (C'est Pas du Luxe - França) Walter Atilio Ferreira (Coletivo Ni todo Está Perdido/ Programa Urbano - Uruguai) e João Doescher (mediador). Foto: Sônia Xavier

 

 

Serviço de embelezamento
Foto autoral.
Serviço de saúde
Foto: Sônia Xavier

 

Serviço de embelezamento
Foto: Sônia Xavier
Serviço de saúde

 

 

 

Alimentação
Foto: Sônia Xavier

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Palco montado para o Festival Pop Rua em frente ao Museu da Língua Portuguesa
Estrutura montada em frente ao museu para apresentações livres. Foto: Sônia Xavier

 

Artista
Foto: Sônia Xavier

 

 

 

Artista
Foto: Sônia Xavier

 

 

 

 

Integrante do coral cênico cidadãos cantantes
Foto: Sônia Xavier
Integrante do coral cênico cidadãos cantantes
Foto: Sônia Xavier

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Coral cidadãos cantantes
Apresentação do Coral Cênico Cidadãos Cantantes. Foto: Sônia Xavier

 

 

Aristas de rua
Foto: Sônia Xavier
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Quadros decorativos na tenda de reifeção
Foto: Sônia Xavier

 

 

 

 

 

Homem que esperava na fila de serviço de corte de cabelo
Foto: Sônia Xavier
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Quadro decorativo na tenda de reifeção
Foto autoral.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Crianças brincando
Foto: Sônia Xavier
Nesta quinta-feira (24), Kim Cattrall reprisou seu papel na série ‘’And Just Like That’’.
por
Giovanna Montanhan
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28/08/2023 - 12h

Os fãs da série ‘’Sex and the City " (1998-2004) e dos filmes homólogos (2008 e 2010), estavam empolgados para assistir a atriz britânica trazer de volta à vida a personagem Samantha Jones. Era sabido que seria apenas uma pequena participação no último episódio da segunda temporada, mas que já causava uma certa ansiedade nos espectadores, visto que Samantha sempre foi considerada a “queridinha” do público. 

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Reprodução: Getty Images

No capítulo, Carrie (interpretada por Sarah Jessica Parker) recebe uma ligação de Samantha (vivida por Kim Cattrall) - que se tornou a primeira aparição física da personagem no revival da série. Anteriormente, houve apenas uma pequena interação entre as duas — com mensagens de texto trocadas e uma coroa de flores mandada, de surpresa, no velório de Mr. Big (Chris Noth), na primeira temporada. 

Kim, por sua vez, decidiu seguir outros rumos. Após ter revelado, em 2017, durante uma entrevista, para o jornalista britânico Piers Morgan, que ela e as protagonistas - Carrie (Sarah Jessica Parker), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) nunca foram amigas, fez questão de frisar que Sarah não se esforçava em ser gentil e que a relação não era boa. Já em 2019, para o jornal ‘’The Guardian ", Cattrall afirmou “não quero estar em uma situação em que não me divirta nem por uma hora.” A atriz acabou não sendo convidada para reproduzir sua personagem no reboot de ‘’Sex and the City’’. 

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Reprodução: HBO

Neste ano, a série completou 25 anos, aumentando a pressão dos fãs para que a atriz repetisse seu papel  — eram incontáveis tweets e hashtags diários implorando pela volta da personagem mais amada. 

No final de junho/23, Kim participou do programa de televisão “The View” revelando que sua aparição especial de fato aconteceria e que estava programada para ser uma surpresa, mas que infelizmente a informação sigilosa foi vazada na internet meses antes de ir ao ar. Falou também sobre como recebeu o convite: “é muito interessante receber uma ligação do chefe da HBO dizendo: ‘O que podemos fazer?’”. E revelou as exigências que fez antes de aceitar, sendo uma delas ter a estilista de ‘’Sex and the City’’, Patricia Field, vestindo-a. Cattrall alegou que se fosse voltar teria que retornar com o estilo característico de Samantha. 

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Reprodução: GC Images

Durante a cena de um minuto, alguns fãs notaram um easter egg — expressão usada para descrever uma referência inserida em jogos, filmes, e outros produtos de entretenimento. Samantha, num dado momento, quando questionada por Carrie se estaria falando com sotaque britânico (foi dito que a personagem estaria morando em Londres, por isso estaria ausente na vida das protagonistas) responde, em tom de sarcasmo, que não é a Samantha quem está falando, mas sim Anabelle Bronstein! A referência se dá por conta do alter-ego que a personagem vivida por Cattrall adotou na 6ª temporada de ‘’Sex and the City’’, quando Samantha se passa pela mulher britânica, cujo cartão de membro ela encontra no banheiro do Soho House - um clube exclusivo. A astúcia misturada ao sotaque britânico de Samantha funciona até que a verdadeira Annabelle informa ao clube que ela está em Londres há uma semana e não na cidade de Nova Iorque. 

Nesta quinta-feira (24), a internet foi tomada por comentários elogiando a sua participação, pedindo por um spin-off de Samantha vivendo em Londres, ou para que a personagem retorne para a terceira temporada de ‘’And Just Like That’’ — que foi confirmada essa semana pelo autor e produtor executivo Michael Patrick King. O fato é que não sabemos que rumo a vida de Samantha terá na próxima temporada, mas existe uma certeza: que essa cena foi feita para acalentar os corações dos fãs fiéis da franquia, que pediram por muito tempo para que Cattrall pudesse reviver a personagem novamente.

 

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