Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
por
Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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Segunda edição do festival em São Paulo ocorreu nos dias 3 e 4 de junho, no Vale do Novo Anhangabaú
por
Luana Galeno
Mariana Henriques Marthaus
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06/06/2023 - 12h


 

No último final de semana (03 e 04) aconteceu o MITA Festival em São Paulo. As atrações principais foram Florence + the Machine e, a mais aguardada pelo público brasileiro, Lana Del Rey. O evento já está em sua segunda edição e também contou com o Rio de Janeiro em seu itinerário.


 

                                                                                                                                                                                                              MITA Festival, palco principal- Foto: @marimarthaus

 

O local designado para os shows na metrópole brasileira foi bem diferente da cidade maravilhosa. O novo Anhangabaú montou uma estrutura que contou com dois palcos: Centro e Deezer, mas sua escolha de localização deixou os fãs de músicas com sentimentos mistos. Enquanto o Rio teve uma bela vista, o centro histórico de São Paulo não pôde competir. Ainda assim, o local não foi um impeditivo para que os ingressos de sábado esgotassem, enquanto os de domingo estiveram disponíveis para venda até a abertura dos shows. Estreito e plano, a escolha do Novo Anhangabaú como local do festival indignou o público, que reclamou da falta de visibilidade dos shows e da pouca quantidade de telões transmitindo o que ocorria nos palcos. Além disso, a organização do evento foi altamente criticada por ter separado uma área excessivamente grande para a pista premium, distanciando ainda mais o público da pista comum, impedindo a visão. 
 

Sábado

 

Lana Del Rey fez um show extremamente emotivo e nostálgico, apesar do atraso de quarenta minutos para sua entrada no palco. Apesar de estrear o setlist com seu mais novo hit, a enérgica "A&W", a cantora de Born to Die começou sua performance visivelmente abalada, chegando a interromper o show, pedindo para que sua equipe iniciasse novamente a terceira música da noite, Bartender. Emocionada, Lana desceu do palco para se aproximar do público e agradeceu aos fãs pelo apoio e carinho que recebeu durante sua estadia no Brasil. Na reta final, surpreendeu ao atender a pedidos da plateia e cantar os antigos sucessos Cinnamon Girl e Get Free, acompanhada por um forte coro de seus fãs. 

 

Lana Del Rey, ainda em seu primeiro figurino da noite- Foto: Gabriel Siqueira/Divulgação/Mita

 

Nos bastidores do evento, Duda Beat não deixou de tietar Lana e posaram juntas para fotos. Beat tocou apenas em SP, mas fez uma apresentação altamente performática, com figurinos chamativos e coreografias elaboradas, que conquistou grande sucesso. Outra exclusividade paulista foi a presença de Djonga, com participação de BK. O rapper convidou casais da plateia para o palco e afirmou “aqui toda forma de amor vale”, enquanto a plateia vibrava com o beijo de um casal homossexual. 

 

Duda Beat e o figurino escolhido. Foto: Brazil News

 

Atrações internacionais como Flume e Badbadnotgood animaram a cidade paulista assim como no Rio. Mas Natiruts usou da ansiedade do público para Lana Del Rey e fez toda a galera cantar alto ao som de Quero Ser Feliz Também.


 

Domingo

 

A tarde de domingo no MITA começou a ser tomada por música ao meio-dia com Far From Alaska, convidando Supercombo ao palco Deezer do festival. Na sequência, foi vez de Don L convidar Tasha & Tracie, agora no palco principal. Depois, subiu ao palco Deezer a estrela da música pop americana, Sabrina Carpenter, com um show leve e animado. A artista de apenas 24 anos disse para público que está muito grata, feliz e ansiosa por recentemente ter descoberto que voltará ao Brasil ainda no final deste ano para abrir os show da turnê ''The Eras'', de Taylor Swift, que teve suas datas internacionais anunciadas sexta feira, dia 02/06. 

 

Sabrina Carpenter no palco Deezer— Foto: Van Campos/Agnews

 

Outras das esperadas apresentações do dia, Capital Inicial e NX Zero admitiram saudades de tocar em casa e homenagearam suas trajetórias em apresentações nostálgicas, com setlists compostas por seus grandes clássicos, contagiando o público. Aquecendo para a apresentação dos headliners, The Mars Volta animou os fãs e o trio Haim repetiu o que havia feito no Rio e divertiu com sua performance de Ilariê, de Xuxa, com uma de suas vocalistas fantasiada da cantora brasileira. 

Vocalista Ester, do trio Haim, vestida de Xuxa— Foto: Brazil News

 

Encerrando o festival, o grupo Florence and The Machine não desapontou. A cantora Florence Welch entregou uma performance extremamente enérgica e contagiante, levando a multidão que a assistia a dançar e pular em pleno centro histórico de São Paulo. Dançando e percorrendo o palco durante todo o show, Florence chegou a descer e se jogar em meio aos fãs, enlouquecendo o público. 

Florence Welch, vocalista do grupo Florence and The Machine — Foto: Divulgação/ MITA Festival
 

O MITA Festival foi organizado pelas empresas Bonus Track, de Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer, e 30e. A edição deste ano foi a segunda do Festival, inaugurado em 2022, e contou com 30 mil pessoas. Apesar do alto número de espectadores, atraídos pelos grandes nomes nacionais e internacionais que o festival reuniu, o evento foi altamente criticado pelo público nas redes sociais, tanto pela escolha de local, mal sinalizado e inseguro, quanto por sua organização, com a escolha por ter separação entre pista premium e comum, algo incomum em festivais de música desse porte.  


 

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Bastidores dos principais trabalhos do estúdio estarão a mostra na cidade de São Paulo até 30/06
por
Laura Teixeira
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04/06/2023 - 12h

A exposição intitulada como DreamWorks: Uma Jornada do Esboço à Tela chegou na cidade de São Paulo em 20 de maio com previsão de encerramento em 30 de junho. Ela pode ser visitada todos os dias, das 10:00 às 22:00, no 4° andar do shopping Cidade São Paulo, a 130 metros da estação Trianon-Masp do metrô. Os ingressos têm hora marcada e a indicação etária é livre.

Miniatura do desenho Wallace e Gromit a batalha dos vegetais / foto: Agemt

 

Criada em 1994, nos Estados Unidos, a DreamWorks Animation produziu animações que marcaram o início dos anos 2000 como Shrek, Kung Fu Panda e  Madagascar. Apesar de americana, os desenhos satirizam clássicos da Disney e tiveram tanta força que foram fenômenos no Brasil, repercutindo até os dias de hoje.

A exposição, com mais de 400 itens inéditos, nunca tinha vindo ao país e foca no processo de criação dos principais trabalhos do estúdio, inclusive o momento de digitalizar e animar todas as artes. A visita é dividida entre três etapas com o processo de criação de personagens icônicos como Shrek, Banguela, Alex e Fiona. Além de esboços com anotações dos diretores dos longa-metragens, explicação da tecnologia envolvida no processo de criação, artigos exclusivos de cada desenho e interações com o público. 

Esboço com anotações do personagem Alex de Madagascar/ fonte: Agemt

 

A parte final da visita é dedicada à interação do público, com a oportunidade de desenhar em mesas digitalizadoras profissionais do mesmo modelo usado pelos ilustradores da DreamWorks. O desenho, porém, não pode ser salvo.

Partes da exposição possuem direitos autorais, por isso não é permitido fotografar ou filmar. A produção do evento, antes da entrada, avisa quais partes podem ou não serem registradas e as condições do registro, como o uso ou não de flash. Além disso, não é permitida a entrada de bolsas, existindo um guarda-volumes de 10 reais por item. Os valores do ingresso variam de R $45,00 a R $110,00 por pessoa.

Para mais informações e compra de ingresso, acesse o site:  www.https://dreamworksexposicao.com.br/

 

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Essa é a segunda edição do evento que tem palcos espalhados pelas principais zonas da capital.
por
Marina Laurentino
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01/06/2023 - 12h

No último fim de semana, aconteceu um dos eventos mais aguardados da cidade de São Paulo, a Virada Cultural. A Prefeitura repetiu a fórmula da última edição e novamente focou em fazer o evento descentralizado, ou seja, os shows foram divididos em 8 palcos espalhados pela cidade. Os shows começaram ás 17h do dia 27 de maio e acabaram por volta das 19h do dia 28. 

 

Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
Liniker, palco Brasilândia.
Liniker, 27 de maio, palco Brasilândia. 
MC Luanna, 27 de maio, SESC Paulista
MC Luanna, 27 de maio, SESC Paulista.
MC Luanna, 27 de maio, SESC Paulista
MC Luanna, 27 de maio, SESC Paulista.
Discopédia, 27 de maio, SESC Paulista
Discopédia, 27 de maio, SESC Paulista.
Discopédia, 27 de maio, SESC Paulista
Discopédia, 27 de maio, SESC Paulista.
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã.
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã.
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã.
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã
Marina Sena, 28 de maio, palco Butantã.

 

Com a difusão desses serviços, o país está nos top 3 de consumidores de plataformas audiovisuais no mundo.
por
Iris Martins
|
29/05/2023 - 12h

O Brasil é o segundo país que mais consome serviços de streaming, de acordo com o relatório de adoção de Streaming Global do Finder de 2021, ficando apenas atrás da Nova Zelândia. O estudo da companhia australiana leva em conta os 18 principais mercados de streaming do mundo, dentre eles estão: Netflix, Amazon Prime Video, HBO MAX, entre outras. A pesquisa mostrou que pelo menos 65% dos adultos brasileiros possuem um serviço de streaming, enquanto a média global é de 56%. Foram considerados 28.547 adultos de 18 países, e o Brasil ficou em segundo por uma diferença de 0,26%.

Este é exemplo claro da popularização dos serviços de filmes e séries online é o evento Tudum da Netflix. Sua primeira edição, realizada em 2020, contou com experiências imersivas e novidades para os amantes das produções da plataforma, contabilizando mais de 50.000 pessoas durante os quatro dias de evento. Já a segunda e terceira edições do festival tiveram que ser realizadas de maneira remota dada à pandemia de COVID-19. A atriz Maisa Silva, é a apresentadora oficial da Tudum, estratégia inteligente para cativar o público jovem fã de cultura pop. O sucesso do streaming e do evento se comprovou em 2023 com o esgotamento de ingressos em apenas uma hora após sua liberação.

Isadora Pinho, de 21 anos, consumidora assídua dessas plataformas e estudante de psicologia, relata: “Hoje tem a possibilidade de assistir de qualquer dispositivo, seja ele uma televisão, um computador ou celular, e às vezes trazer um pouco de entretenimento para um momento estressante independente do lugar.” De acordo com a NordVPN, especializada em cibersegurança, o brasileiro gasta cerca de 92 horas por semana na internet, mas a atividade que mais toma seu tempo é assistir streaming, com 13 horas semanais. A jovem conta que não foge das estatísticas: “Acho que passo em média umas 4 horas por dia, porque eu adoro descansar assistindo filme ou série sozinha enquanto faço alguma coisa, tipo pintar as unhas ou fazer alguma maquiagem. Mas também porque eu gosto muito de ver filmes sobre alguns assuntos da faculdade, muitas vezes recomendados pelos meus professores, pra poder me inteirar da matéria."

Logos de alguns dos principais streamings (Montagem por: Iris Martins)
Logo dos principais streamings (Montagem por: Iris Martins)

A fuga da realidade é um fator bem atrativo para as pessoas. A antropóloga Milena Leão conta mais sobre o assunto em entrevista para a AGEMT: “Uma das características mais marcantes dos brasileiros é o caráter "descolado". Do malandro, brincalhão que tem seu tom pejorativo em muitos contextos de xenofobia, mas que reflete uma característica do brasileiro de estar aberto ao novo, ao entretenimento. E sim, muitas vezes na busca pelo escapismo, denotando um certo descompromisso com a realidade, nem que seja pelo período de um episódio.”

Com os serviços de streaming cada vez mais populares, outra questão levada em conta é: o acesso ao entretenimento. É de se imaginar que quando com preços acessíveis para a população há um maior público e o mesmo acontece com os streamings.  “É importante deixar claro que não devemos generalizar, tão pouco esquecer que apesar de acessível para muitos, há uma parcela da população que não tem acesso, uns devido a índices de pobreza e outros por não conseguirem se comprometer com uma mensalidade regular, o que acredito ter gerado uma nova dinâmica de atendimento para esse público, onde muitos serviços abriram mão de termos de fidelidade permitindo uma certa fluidez de entrada e saída de assinantes”, relata Milena.

Porém, no caminho contrário, a Netflix pretende taxar seus assinantes que compartilham a senha. Na última terça-feira, 23 de maio, a multinacional passou a cobrar R$12,90 mensais para o compartilhamento de senha da plataforma com pessoas de fora da residência principal do assinante. Segundo a empresa, a assinatura permanece liberada para os residentes de uma mesma casa - compartilhadores da mesma internet. Porém, caso você queira utilizar o streaming fora dessa conexão será necessário a assinatura extra limitada a uma assinatura no plano padrão e duas no extra. Tal decisão deve impactar no acesso às mídias oferecidas pela plataforma. O conteúdo passa a ficar cada vez mais restrito por esse aumento no preço e limitação de compartilhamento. Internautas têm expressado seu descontentamento com a decisão, mas a empresa não se posicionou a respeito.

 

Faleceu nesta quarta (24) a cantora que deixou um legado na música mundial como 'A Rainha do Rock'. Relembre os principais eventos de sua vida e carreira
por
Annanda Deusdará
Fernanda Travaglini
Luana Galeno
|
25/05/2023 - 12h

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Faleceu aos 83 anos a cantora Tina Turner, mundialmente conhecida pela sua contribuição ao Rock e Soul. De acordo com o seu representante, morreu "pacificamente após uma longa doença, em casa, na cidade de Küsnacht, Suiça", em nota à Reuters. Em publicação no Instagram da artista, escreve: "Hoje dizemos adeus a uma amiga querida, que nos deixa o melhor de seu trabalho: a música. Toda a nossa compaixão está com sua família. Tina, sentiremos muito a sua falta." 

Apesar do nome artístico pelo qual é conhecida, Anna Mae Bullock é seu nome de batismo. Norte-americana e natural do Tennessee, estado conhecido pelo conservadorismo, inicia sua carreira sob o pseudônimo Little Ann. Mas foi no duo Ike & Tina, ao lado do ex-marido, Ike Turner, que conquistou fama. A relação pessoal e profissional foi cara à artista, que  vivenciou abusos e agressões severas por parte do então marido, chegando até a tentar suícidio. Ainda assim, sua trajetória de superação a consagrou como Rainha do Rock.

Em julho de 1976, Turner solicitou o divórcio de Ike, mas foi decretado apenas em 1978. A situação fez com que a cantora tivesse dificuldades financeiras, mas conseguiu criar contatos na indústria da música que acreditassem em seu potencial. Em 1980, Tina Turner mudou seu gênero musical para o rock. E então, em 1984, aos 44 anos, Tina lança seu sucesso mundial, o álbum Private Dancer. Com hits como Let's Stay Together de Al Green - que se tornou seu primeiro hit no top 10 do Reino Unido em 10 anos - Better Be Good to Me, Private Dancer e What's Love Got to Do With It  - canção com 10 milhões de cópias vendidas no mundo e geradora do top 1 nas paradas dos Estados Unidos. O disco ainda recebeu seis indicações ao Grammys e garantiu quatro estatuetas para a cantora.

O sucesso da artista foi grandioso a ponto de conquistar lugar no livro dos recordes. Em 1988, a turnê "Break Every Rule", para divulgação de seu sexto álbum, passou pelo Brasil. No Rio de Janeiro, o estádio Maracanã acolheu mais de 182 mil pessoas ansiosas pela rainha do rock. Foi um ato inédito para a artista, realizando seu sonho de ser a primeira cantora negra de rock and roll a lotar estádios.

Tina Turner em show no Maracanã, Rio de Janeiro, em 1988. O evento quebrou recordes e entrou para o Guiness Book. Imagem: Reprodução/YouTube.
Tina Turner em show no Maracanã, Rio de Janeiro, em 1988. O evento quebrou recordes e entrou para o Guiness Book. Imagem: Reprodução/YouTube.

 

Além da Música 

Tina Turner, além de cantora, estrelou alguns filmes, como "O Último Grande Herói" (1993), em que interpretava a prefeita de Los Angeles.

Em 1985, a artista participou no filme Mad Max - Além da Cúpula do Trovão e gravou “We Don't Need Another Hero” para a trilha sonora. Turner apareceu no videoclipe como sua personagem Aunty Entity, com que ela diz ter se conectado por razão de sua força e resiliência. Ela declarou ter se identificado com as lutas da intérprete para conseguir com que os homens tivessem respeito por ela. 

Além das produções fictícias, a cantora também foi musa de filmes autobiográficos, como "Tina - A verdadeira história da vida de Tina Turner” (1993), que retrata seu relacionamento conturbado com Ike. Seus shows também renderam documentários, como “Tina Turner — One Last Time Live in Concert", lançado em 2001. Recentemente, outra estreia foi “Tina” (2021), que retrata a importância da mesma para a música e cultura estadunidense, falando também de sua ascensão aos palcos, com participação de Oprah Winfrey e Angela Bassett.

Em sua homenagem, foi realizado na Broadway, em 2019, "The Tina Turner Musical", que conta a história da rainha do rock, exaltando sua importância no cenário musical ao quebrar barreiras e conquistar o mundo com seus grandes sucessos durante três horas de espetáculo.

Tina Turner na capa do documentário "Tina", da HBO Max. Foto: Reprodução HBO Max.
Tina Turner na capa do documentário "Tina", da HBO. Foto: Reprodução HBO Max.

 

Os diversos problemas de saúde da estrela do rock

Diagnosticada em 1978 com pressão alta, a cantora revela não ter se preocupado o suficiente com a doença, devido à falta de informações sobre seus efeitos. Em 1985, Turner começou a tomar remédios para controlar sua condição, mas seu tratamento não foi adequado.

Após sofrer um derrame em 2013, que afetou todo o lado direito de seu corpo e a fez reaprender a andar aos 73 anos, Tina teve outra descoberta alarmante. Seus rins estavam funcionando com apenas 35% de capacidade, aumentando sua necessidade de medicamentos para manter a hipertensão controlada. Esse ciclo ineficaz de administração medicamentosa foi a causa de sua insuficiência renal.

Entretanto, a artista não se adaptou às medicações convencionais e decidiu apostar na medicina homeopática, acreditando que isto traria melhoras a sua saúde. Infelizmente, o resultado esperado não foi obtido e sua hipertensão acabou por exigir ainda mais de seus rins.

A sobrecarga fez com que em 2017, Tina fosse submetida a sessões diárias de hemodiálise, mas o estágio avançado da doença requeria um transplante renal, sendo o doador seu marido Erwin Bach. Por conta desses problemas, a artista chegou a pensar em realizar um suicídio assistido. Segundo a cantora, isso foi decorrência de uma sensação de incapacidade. Em sua autobiografia "Tina Turner: Minha História de Amor", de 2018, disse que estava apenas sobrevivendo.

No documentário lançado em 2021, Turner revelou também sofrer de estresse pós-traumático devido à violência doméstica durante seu casamento com o cantor Ike Turner. O casamento de 18 anos foi marcado por brigas e agressões físicas e psicológicas, o que  explica a permanência do trauma na artista, mesmo após a morte de seu agressor em 2007. 

 

Cidadania suíça

Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, Turner passou a morar na Suíça no ano de 1994, mas só em 2013 se tornou uma cidadã local do país, para tal teve que realizar uma prova de conhecimento local e outra de fluência em alemão.

No mesmo ano, a cantora abriu mão de sua cidadania estadunidense. Ela alegou já não ter vínculos com o país a não ser por familiares, e por isso não tinha planos de voltar a morar no país.

Outro motivo levantado pela a artista para a naturalização suíça foi a admiração pelo respeito à sua vida privada. Após se aposentar dos palcos em 2009, tudo que ela queria era aproveitar sua aposentadoria longe dos holofotes.

 

Novo casamento

Em meados da década de 1980, Tina Turner, aos 47 anos, conheceu seu marido Erwin Bach, um empresário alemão do ramo musical de 30 anos. A diferença de idade chocou as pessoas, trazendo dúvidas do amor dele pela cantora devido sua fama.

Eles se conheceram por intermédio do gerente de Turner, que sugeriu que Bach a buscasse no aeroporto. O namoro começou ainda em 1986, mas se consolidou em casamento no ano de 2013, na Suíça, às margens do lago de Zurique.

Em entrevista à Oprah, o empresário declarou seu amor pela esposa, dizendo que antes do casamento oficial, ele já havia feito o pedido duas vezes para mostrar seu comprometimento com a artista. Turner ainda lança a autobiografia "Tina Turner: My Love Story", traduzido como "Tina Turner: Minha História de Amor", em que conta sobre uma nova chance que deu ao amor ao se relacionar com Bach.

Erwin Bach e Tina Turner em 2018. Imagem: David M. Benett/Getty Images.
Erwin Bach e Tina Turner em 2018. Imagem: David M. Benett/Getty Images.

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