No último final de semana (03 e 04) aconteceu o MITA Festival em São Paulo. As atrações principais foram Florence + the Machine e, a mais aguardada pelo público brasileiro, Lana Del Rey. O evento já está em sua segunda edição e também contou com o Rio de Janeiro em seu itinerário.
MITA Festival, palco principal- Foto: @marimarthaus
O local designado para os shows na metrópole brasileira foi bem diferente da cidade maravilhosa. O novo Anhangabaú montou uma estrutura que contou com dois palcos: Centro e Deezer, mas sua escolha de localização deixou os fãs de músicas com sentimentos mistos. Enquanto o Rio teve uma bela vista, o centro histórico de São Paulo não pôde competir. Ainda assim, o local não foi um impeditivo para que os ingressos de sábado esgotassem, enquanto os de domingo estiveram disponíveis para venda até a abertura dos shows. Estreito e plano, a escolha do Novo Anhangabaú como local do festival indignou o público, que reclamou da falta de visibilidade dos shows e da pouca quantidade de telões transmitindo o que ocorria nos palcos. Além disso, a organização do evento foi altamente criticada por ter separado uma área excessivamente grande para a pista premium, distanciando ainda mais o público da pista comum, impedindo a visão.
Sábado
Lana Del Rey fez um show extremamente emotivo e nostálgico, apesar do atraso de quarenta minutos para sua entrada no palco. Apesar de estrear o setlist com seu mais novo hit, a enérgica "A&W", a cantora de Born to Die começou sua performance visivelmente abalada, chegando a interromper o show, pedindo para que sua equipe iniciasse novamente a terceira música da noite, Bartender. Emocionada, Lana desceu do palco para se aproximar do público e agradeceu aos fãs pelo apoio e carinho que recebeu durante sua estadia no Brasil. Na reta final, surpreendeu ao atender a pedidos da plateia e cantar os antigos sucessos Cinnamon Girl e Get Free, acompanhada por um forte coro de seus fãs.
Lana Del Rey, ainda em seu primeiro figurino da noite- Foto: Gabriel Siqueira/Divulgação/Mita
Nos bastidores do evento, Duda Beat não deixou de tietar Lana e posaram juntas para fotos. Beat tocou apenas em SP, mas fez uma apresentação altamente performática, com figurinos chamativos e coreografias elaboradas, que conquistou grande sucesso. Outra exclusividade paulista foi a presença de Djonga, com participação de BK. O rapper convidou casais da plateia para o palco e afirmou “aqui toda forma de amor vale”, enquanto a plateia vibrava com o beijo de um casal homossexual.
Duda Beat e o figurino escolhido. Foto: Brazil News
Atrações internacionais como Flume e Badbadnotgood animaram a cidade paulista assim como no Rio. Mas Natiruts usou da ansiedade do público para Lana Del Rey e fez toda a galera cantar alto ao som de Quero Ser Feliz Também.
Domingo
A tarde de domingo no MITA começou a ser tomada por música ao meio-dia com Far From Alaska, convidando Supercombo ao palco Deezer do festival. Na sequência, foi vez de Don L convidar Tasha & Tracie, agora no palco principal. Depois, subiu ao palco Deezer a estrela da música pop americana, Sabrina Carpenter, com um show leve e animado. A artista de apenas 24 anos disse para público que está muito grata, feliz e ansiosa por recentemente ter descoberto que voltará ao Brasil ainda no final deste ano para abrir os show da turnê ''The Eras'', de Taylor Swift, que teve suas datas internacionais anunciadas sexta feira, dia 02/06.
Sabrina Carpenter no palco Deezer— Foto: Van Campos/Agnews
Outras das esperadas apresentações do dia, Capital Inicial e NX Zero admitiram saudades de tocar em casa e homenagearam suas trajetórias em apresentações nostálgicas, com setlists compostas por seus grandes clássicos, contagiando o público. Aquecendo para a apresentação dos headliners, The Mars Volta animou os fãs e o trio Haim repetiu o que havia feito no Rio e divertiu com sua performance de Ilariê, de Xuxa, com uma de suas vocalistas fantasiada da cantora brasileira.
Vocalista Ester, do trio Haim, vestida de Xuxa— Foto: Brazil News
Encerrando o festival, o grupo Florence and The Machine não desapontou. A cantora Florence Welch entregou uma performance extremamente enérgica e contagiante, levando a multidão que a assistia a dançar e pular em pleno centro histórico de São Paulo. Dançando e percorrendo o palco durante todo o show, Florence chegou a descer e se jogar em meio aos fãs, enlouquecendo o público.
Florence Welch, vocalista do grupo Florence and The Machine — Foto: Divulgação/ MITA Festival
O MITA Festival foi organizado pelas empresas Bonus Track, de Luiz Oscar Niemeyer e Luiz Guilherme Niemeyer, e 30e. A edição deste ano foi a segunda do Festival, inaugurado em 2022, e contou com 30 mil pessoas. Apesar do alto número de espectadores, atraídos pelos grandes nomes nacionais e internacionais que o festival reuniu, o evento foi altamente criticado pelo público nas redes sociais, tanto pela escolha de local, mal sinalizado e inseguro, quanto por sua organização, com a escolha por ter separação entre pista premium e comum, algo incomum em festivais de música desse porte.
A exposição intitulada como DreamWorks: Uma Jornada do Esboço à Tela chegou na cidade de São Paulo em 20 de maio com previsão de encerramento em 30 de junho. Ela pode ser visitada todos os dias, das 10:00 às 22:00, no 4° andar do shopping Cidade São Paulo, a 130 metros da estação Trianon-Masp do metrô. Os ingressos têm hora marcada e a indicação etária é livre.
Miniatura do desenho Wallace e Gromit a batalha dos vegetais / foto: Agemt
Criada em 1994, nos Estados Unidos, a DreamWorks Animation produziu animações que marcaram o início dos anos 2000 como Shrek, Kung Fu Panda e Madagascar. Apesar de americana, os desenhos satirizam clássicos da Disney e tiveram tanta força que foram fenômenos no Brasil, repercutindo até os dias de hoje.
A exposição, com mais de 400 itens inéditos, nunca tinha vindo ao país e foca no processo de criação dos principais trabalhos do estúdio, inclusive o momento de digitalizar e animar todas as artes. A visita é dividida entre três etapas com o processo de criação de personagens icônicos como Shrek, Banguela, Alex e Fiona. Além de esboços com anotações dos diretores dos longa-metragens, explicação da tecnologia envolvida no processo de criação, artigos exclusivos de cada desenho e interações com o público.
Esboço com anotações do personagem Alex de Madagascar/ fonte: Agemt
A parte final da visita é dedicada à interação do público, com a oportunidade de desenhar em mesas digitalizadoras profissionais do mesmo modelo usado pelos ilustradores da DreamWorks. O desenho, porém, não pode ser salvo.
Partes da exposição possuem direitos autorais, por isso não é permitido fotografar ou filmar. A produção do evento, antes da entrada, avisa quais partes podem ou não serem registradas e as condições do registro, como o uso ou não de flash. Além disso, não é permitida a entrada de bolsas, existindo um guarda-volumes de 10 reais por item. Os valores do ingresso variam de R $45,00 a R $110,00 por pessoa.
Para mais informações e compra de ingresso, acesse o site: www.https://dreamworksexposicao.com.br/
No último fim de semana, aconteceu um dos eventos mais aguardados da cidade de São Paulo, a Virada Cultural. A Prefeitura repetiu a fórmula da última edição e novamente focou em fazer o evento descentralizado, ou seja, os shows foram divididos em 8 palcos espalhados pela cidade. Os shows começaram ás 17h do dia 27 de maio e acabaram por volta das 19h do dia 28.

















O Brasil é o segundo país que mais consome serviços de streaming, de acordo com o relatório de adoção de Streaming Global do Finder de 2021, ficando apenas atrás da Nova Zelândia. O estudo da companhia australiana leva em conta os 18 principais mercados de streaming do mundo, dentre eles estão: Netflix, Amazon Prime Video, HBO MAX, entre outras. A pesquisa mostrou que pelo menos 65% dos adultos brasileiros possuem um serviço de streaming, enquanto a média global é de 56%. Foram considerados 28.547 adultos de 18 países, e o Brasil ficou em segundo por uma diferença de 0,26%.
Este é exemplo claro da popularização dos serviços de filmes e séries online é o evento Tudum da Netflix. Sua primeira edição, realizada em 2020, contou com experiências imersivas e novidades para os amantes das produções da plataforma, contabilizando mais de 50.000 pessoas durante os quatro dias de evento. Já a segunda e terceira edições do festival tiveram que ser realizadas de maneira remota dada à pandemia de COVID-19. A atriz Maisa Silva, é a apresentadora oficial da Tudum, estratégia inteligente para cativar o público jovem fã de cultura pop. O sucesso do streaming e do evento se comprovou em 2023 com o esgotamento de ingressos em apenas uma hora após sua liberação.
Isadora Pinho, de 21 anos, consumidora assídua dessas plataformas e estudante de psicologia, relata: “Hoje tem a possibilidade de assistir de qualquer dispositivo, seja ele uma televisão, um computador ou celular, e às vezes trazer um pouco de entretenimento para um momento estressante independente do lugar.” De acordo com a NordVPN, especializada em cibersegurança, o brasileiro gasta cerca de 92 horas por semana na internet, mas a atividade que mais toma seu tempo é assistir streaming, com 13 horas semanais. A jovem conta que não foge das estatísticas: “Acho que passo em média umas 4 horas por dia, porque eu adoro descansar assistindo filme ou série sozinha enquanto faço alguma coisa, tipo pintar as unhas ou fazer alguma maquiagem. Mas também porque eu gosto muito de ver filmes sobre alguns assuntos da faculdade, muitas vezes recomendados pelos meus professores, pra poder me inteirar da matéria."

A fuga da realidade é um fator bem atrativo para as pessoas. A antropóloga Milena Leão conta mais sobre o assunto em entrevista para a AGEMT: “Uma das características mais marcantes dos brasileiros é o caráter "descolado". Do malandro, brincalhão que tem seu tom pejorativo em muitos contextos de xenofobia, mas que reflete uma característica do brasileiro de estar aberto ao novo, ao entretenimento. E sim, muitas vezes na busca pelo escapismo, denotando um certo descompromisso com a realidade, nem que seja pelo período de um episódio.”
Com os serviços de streaming cada vez mais populares, outra questão levada em conta é: o acesso ao entretenimento. É de se imaginar que quando com preços acessíveis para a população há um maior público e o mesmo acontece com os streamings. “É importante deixar claro que não devemos generalizar, tão pouco esquecer que apesar de acessível para muitos, há uma parcela da população que não tem acesso, uns devido a índices de pobreza e outros por não conseguirem se comprometer com uma mensalidade regular, o que acredito ter gerado uma nova dinâmica de atendimento para esse público, onde muitos serviços abriram mão de termos de fidelidade permitindo uma certa fluidez de entrada e saída de assinantes”, relata Milena.
Porém, no caminho contrário, a Netflix pretende taxar seus assinantes que compartilham a senha. Na última terça-feira, 23 de maio, a multinacional passou a cobrar R$12,90 mensais para o compartilhamento de senha da plataforma com pessoas de fora da residência principal do assinante. Segundo a empresa, a assinatura permanece liberada para os residentes de uma mesma casa - compartilhadores da mesma internet. Porém, caso você queira utilizar o streaming fora dessa conexão será necessário a assinatura extra limitada a uma assinatura no plano padrão e duas no extra. Tal decisão deve impactar no acesso às mídias oferecidas pela plataforma. O conteúdo passa a ficar cada vez mais restrito por esse aumento no preço e limitação de compartilhamento. Internautas têm expressado seu descontentamento com a decisão, mas a empresa não se posicionou a respeito.
Faleceu aos 83 anos a cantora Tina Turner, mundialmente conhecida pela sua contribuição ao Rock e Soul. De acordo com o seu representante, morreu "pacificamente após uma longa doença, em casa, na cidade de Küsnacht, Suiça", em nota à Reuters. Em publicação no Instagram da artista, escreve: "Hoje dizemos adeus a uma amiga querida, que nos deixa o melhor de seu trabalho: a música. Toda a nossa compaixão está com sua família. Tina, sentiremos muito a sua falta."
Apesar do nome artístico pelo qual é conhecida, Anna Mae Bullock é seu nome de batismo. Norte-americana e natural do Tennessee, estado conhecido pelo conservadorismo, inicia sua carreira sob o pseudônimo Little Ann. Mas foi no duo Ike & Tina, ao lado do ex-marido, Ike Turner, que conquistou fama. A relação pessoal e profissional foi cara à artista, que vivenciou abusos e agressões severas por parte do então marido, chegando até a tentar suícidio. Ainda assim, sua trajetória de superação a consagrou como Rainha do Rock.
Em julho de 1976, Turner solicitou o divórcio de Ike, mas foi decretado apenas em 1978. A situação fez com que a cantora tivesse dificuldades financeiras, mas conseguiu criar contatos na indústria da música que acreditassem em seu potencial. Em 1980, Tina Turner mudou seu gênero musical para o rock. E então, em 1984, aos 44 anos, Tina lança seu sucesso mundial, o álbum Private Dancer. Com hits como Let's Stay Together de Al Green - que se tornou seu primeiro hit no top 10 do Reino Unido em 10 anos - Better Be Good to Me, Private Dancer e What's Love Got to Do With It - canção com 10 milhões de cópias vendidas no mundo e geradora do top 1 nas paradas dos Estados Unidos. O disco ainda recebeu seis indicações ao Grammys e garantiu quatro estatuetas para a cantora.
O sucesso da artista foi grandioso a ponto de conquistar lugar no livro dos recordes. Em 1988, a turnê "Break Every Rule", para divulgação de seu sexto álbum, passou pelo Brasil. No Rio de Janeiro, o estádio Maracanã acolheu mais de 182 mil pessoas ansiosas pela rainha do rock. Foi um ato inédito para a artista, realizando seu sonho de ser a primeira cantora negra de rock and roll a lotar estádios.

Além da Música
Tina Turner, além de cantora, estrelou alguns filmes, como "O Último Grande Herói" (1993), em que interpretava a prefeita de Los Angeles.
Em 1985, a artista participou no filme Mad Max - Além da Cúpula do Trovão e gravou “We Don't Need Another Hero” para a trilha sonora. Turner apareceu no videoclipe como sua personagem Aunty Entity, com que ela diz ter se conectado por razão de sua força e resiliência. Ela declarou ter se identificado com as lutas da intérprete para conseguir com que os homens tivessem respeito por ela.
Além das produções fictícias, a cantora também foi musa de filmes autobiográficos, como "Tina - A verdadeira história da vida de Tina Turner” (1993), que retrata seu relacionamento conturbado com Ike. Seus shows também renderam documentários, como “Tina Turner — One Last Time Live in Concert", lançado em 2001. Recentemente, outra estreia foi “Tina” (2021), que retrata a importância da mesma para a música e cultura estadunidense, falando também de sua ascensão aos palcos, com participação de Oprah Winfrey e Angela Bassett.
Em sua homenagem, foi realizado na Broadway, em 2019, "The Tina Turner Musical", que conta a história da rainha do rock, exaltando sua importância no cenário musical ao quebrar barreiras e conquistar o mundo com seus grandes sucessos durante três horas de espetáculo.

Os diversos problemas de saúde da estrela do rock
Diagnosticada em 1978 com pressão alta, a cantora revela não ter se preocupado o suficiente com a doença, devido à falta de informações sobre seus efeitos. Em 1985, Turner começou a tomar remédios para controlar sua condição, mas seu tratamento não foi adequado.
Após sofrer um derrame em 2013, que afetou todo o lado direito de seu corpo e a fez reaprender a andar aos 73 anos, Tina teve outra descoberta alarmante. Seus rins estavam funcionando com apenas 35% de capacidade, aumentando sua necessidade de medicamentos para manter a hipertensão controlada. Esse ciclo ineficaz de administração medicamentosa foi a causa de sua insuficiência renal.
Entretanto, a artista não se adaptou às medicações convencionais e decidiu apostar na medicina homeopática, acreditando que isto traria melhoras a sua saúde. Infelizmente, o resultado esperado não foi obtido e sua hipertensão acabou por exigir ainda mais de seus rins.
A sobrecarga fez com que em 2017, Tina fosse submetida a sessões diárias de hemodiálise, mas o estágio avançado da doença requeria um transplante renal, sendo o doador seu marido Erwin Bach. Por conta desses problemas, a artista chegou a pensar em realizar um suicídio assistido. Segundo a cantora, isso foi decorrência de uma sensação de incapacidade. Em sua autobiografia "Tina Turner: Minha História de Amor", de 2018, disse que estava apenas sobrevivendo.
No documentário lançado em 2021, Turner revelou também sofrer de estresse pós-traumático devido à violência doméstica durante seu casamento com o cantor Ike Turner. O casamento de 18 anos foi marcado por brigas e agressões físicas e psicológicas, o que explica a permanência do trauma na artista, mesmo após a morte de seu agressor em 2007.
Cidadania suíça
Apesar de ter nascido nos Estados Unidos, Turner passou a morar na Suíça no ano de 1994, mas só em 2013 se tornou uma cidadã local do país, para tal teve que realizar uma prova de conhecimento local e outra de fluência em alemão.
No mesmo ano, a cantora abriu mão de sua cidadania estadunidense. Ela alegou já não ter vínculos com o país a não ser por familiares, e por isso não tinha planos de voltar a morar no país.
Outro motivo levantado pela a artista para a naturalização suíça foi a admiração pelo respeito à sua vida privada. Após se aposentar dos palcos em 2009, tudo que ela queria era aproveitar sua aposentadoria longe dos holofotes.
Novo casamento
Em meados da década de 1980, Tina Turner, aos 47 anos, conheceu seu marido Erwin Bach, um empresário alemão do ramo musical de 30 anos. A diferença de idade chocou as pessoas, trazendo dúvidas do amor dele pela cantora devido sua fama.
Eles se conheceram por intermédio do gerente de Turner, que sugeriu que Bach a buscasse no aeroporto. O namoro começou ainda em 1986, mas se consolidou em casamento no ano de 2013, na Suíça, às margens do lago de Zurique.
Em entrevista à Oprah, o empresário declarou seu amor pela esposa, dizendo que antes do casamento oficial, ele já havia feito o pedido duas vezes para mostrar seu comprometimento com a artista. Turner ainda lança a autobiografia "Tina Turner: My Love Story", traduzido como "Tina Turner: Minha História de Amor", em que conta sobre uma nova chance que deu ao amor ao se relacionar com Bach.
