Dificilmente uma notícia publicada nos jornais fica limitada ao campo jornalístico. É comum haver grandes desdobramentos a respeito do fato após a sua divulgação - seja se tornando assunto de debates ou até mesmo virando livro, ou produção cinematográfica. É o que acontece, por exemplo, com crimes que chocam uma grande parcela de pessoas. Há casos que, é possível dizer, horrorizam o mundo inteiro. É nesse contexto que surge o gênero true crime.
True crime é o termo em inglês que designa obras sobre crimes reais. Indo muito além do “baseado em fatos reais”, essas produções normalmente têm alto teor jornalístico e jurídico , contendo entrevistas, autos de processos, gravações feitas em tribunais, imagens da cobertura da imprensa, entre outros elementos.“Fazer true crime é um processo muito sério. Foi preciso ter um acompanhamento jurídico muito forte, porque a gente está falando de vidas, de vítimas e de pessoas que ainda estão entre nós”, diz Maurício Eça, diretor dos filmes “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”.
O trabalho de Eça, lançado pela Amazon Prime Video em outubro de 2021, retrata o assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen a pauladas pelo genro Daniel Cravinhos e seu irmão Cristian. Mais que a agressividade do crime, o que chocou o Brasil em 2002 foi o envolvimento da filha das vítimas, Suzane von Richthofen, como mandante. O cineasta conta que todo o processo de produção foi trabalhoso. “Todo o pessoal da equipe, os atores, os produtores, todos sabiam muito bem onde estavam pisando, tudo com um respeito imenso e sabendo os limites. Nós tivemos um cuidado absurdo e acho que isso fez a diferença.”

Eça relembra algumas críticas feitas à realização dos longa-metragens, muitas delas por pessoas que não sabiam ao certo como o projeto seria executado. Segundo ele, a maioria se perguntava se os assassinos iriam receber cachê por isso, quando, na verdade, todo o procedimento foi feito com base nos documentos da época, não necessitando, assim, da busca pelos criminosos, portanto, esses além de não terem qualquer envolvimento com a iniciativa, não receberem valor algum. “ O que nos guia é o processo [judicial]”, afirma o diretor de cinema.
Ainda sobre a aceitação do público, Eça avalia que alguns espectadores procuram “respostas simples, que não existem”, porque somente os que estavam presentes sabem a verdade sobre o crime. Na visão do cineasta, o intuito do true crime não é julgar ou inocentar alguém, mas sim apresentar o que se sabe sobre o ocorrido. Maurício acrescenta: “nosso objetivo em nenhum momento foi glamourizar essa história ou defender eles, era realmente mostrar [...]muitas vezes não tem que justificar, a gente tem que mostrar! Por que você vai justificar o que o cara fez? Não dá para justificar. É complicado né”.
Sobre esse aspecto da aceitação do público, Thaís Nunes, roteirista que trabalhou em produções como “PCC: Poder Secreto”, da HBO Max, e “Rota 66: A Polícia que Mata”, do GloboPlay, fala da problematização acerca da “humanização” de criminosos. “É óbvio que há uma humanização daquela pessoa, porque ela é um ser humano. Desculpa informar, mas seres humanos amam, odeiam, vivem, trabalham, e alguns seres humanos matam, alguns seres humanos têm atitudes violentas”, argumenta Nunes.
Para a documentarista, essas produções podem auxiliar, até mesmo, para diminuir a incidência desses crimes. “E eu acredito muito que é só contando essas histórias de uma maneira propositiva, de uma maneira que enseja o debate, que a gente vai conseguir compreender a violência e conseguir pensar em políticas públicas e em outros mecanismos para combatê-la”, concluí.
Ao ser questionado sobre a consagração relativamente recente do gênero no público brasileiro – ao menos em comparação com outros países, em que já é um fenômeno antigo —, Eça observa que “o true crime já está sendo consumido no Brasil há muito tempo, mas só agora ele está sendo aceito em produções locais”. O diretor avalia que parte do motivo de tal crescimento talvez seja as circunstâncias do tempo. “A pandemia acelerou muito isso. Tem um pouco de inconformismo, um pouco de curiosidade, acho que tem um pouco disso tudo”. Ele conta também o quão difícil foi convencer os investidores a apostar nesses projetos. “Foram anos para conseguir convencer as pessoas a fazerem esses filmes. Elas consomem tanta coisa gringa, por que não consumir do brasileiro?”
Foi justamente esse o questionamento que a jornalista Thaís Nunes se fez. “A gente precisa [produzir filmes true crime], por que a gente não tem isso no Brasil? Nós temos crimes tão complexos, né? Por que a gente não tem isso no Brasil? E aí eu coloquei a ideia da série da Elize Matsunaga no papel”, conta Nunes.

Com o avanço da tecnologia e a popularização de diversos dispositivos eletrônicos, como tablets e smartphones, práticas que antes eram comuns acabam sendo substituídas. A leitura sofre esse impacto, principalmente dada a chegada dos livros digitais ou e-books, que inovaram a maneira com que você pode ler. Esses itens tiveram alta nas vendas, segundo pesquisa feita pela Nielsen (empresa global de análise de informação dados e medição), durante a pandemia, principalmente nas livrarias que não pertencem a um grande conglomerado como a Leitura ou a Cultura.
E-books são mais acessíveis do que livros físicos por conta do preço. Enquanto alguns livros com mídia física podem chegar a R$300, no digital é possível achar e baixar o mesmo conteúdo por um preço menor ou até de forma gratuita.

Para tentar equilibrar esse mercado, as livrarias promovem lançamentos com a presença dos autores, eventos culturais e até clubes de leitura. Outra estratégia, além de ter uma loja física, é também ter uma loja digital, que atende não só a região em que está localizada com outras regiões dentro do mesmo estado. Isso possibilita um maior número de vendas, uma possível expansão de negócios, trazendo novos consumidores para a loja através do meio digital.
O público fiel às folhas timbradas ainda garante a venda de livrarias, como é Anah Julia Greco, estudante de Relações Públicas na Fecap. "Acho que a maior diferença para mim é no foco, ler pelo celular ou computador dita a atenção pois são meios que estimulam muito o cérebro. Além disso, muitas vezes as letras são pequenas e as páginas compridas" relata Anah.
Segundo a estudante de Relações Públicas, o maior empecilho para a mídia física é a mudança de valor. “Apesar da falta de tempo livre ser um dos fatores de eu ter parado de ler o tanto quanto eu lia antes, eu percebo que o aumento do preço dos livros acaba sendo um outro fator predominante para isso, pois até livros de bolso possuem um custo elevado e dependendo do título o preço acaba se tornando inacessível”.
Para Anah Julia, quando um livro que a interessa está muito caro, ela opta por esperar o preço abaixar ao invés de ler digitalmente. “Eu prefiro não ler já que tenho preferência pela mídia física, acabo achando melhor esperar o preço diminuir a ler por outros meios”.

Vanderlei Teixeira, dono da livraria Mundo dos Livros em Santo André -SP, diz que chegada dos livros digitais não foi o principal fator na baixa de vendas dos livros físicos, já que em muitos livros não existe tanta diferença de páginas, ordem de capítulos e formatação dos textos para a mídia física quanto para a digital, mudando apenas os preços de uma versão para outra.
Assim como Anah Julia, Teixeira concorda que existe um público fiel que ainda opta pelos livros físicos “Tem alguns clientes que chegam aqui e falam que eles têm o PDF do livro, mas que preferem a mídia física, pois gostam de pegar e sentir o livro mesmo, e tem outras que não gostam de ler através de uma tela” .
Segundo Teixeira o principal fator da queda de vendas é realmente o preço dos livros “Pelo que eu vejo na loja, a alta dos preços foi o que mais impactou, porque as pessoas analisam o preço e acabam vendo que a mídia digital acaba ficando mais em conta”.
(Atores do musical reverenciado pela presença, fonte propria)
“A cor púrpura, o musical” é uma fiel adaptação da peça da Broadway baseada no livro de Alice Walker “The color purple”. Com boa atuação, ótimas canções e uma trilha sonora sem igual, e ainda assim contendo mudanças que deixam a história mais atual para quem conhece apenas a história do filme de 1985.
A obra conta a história de Celie (Amanda Vicente), uma mulher negra do sul americano que passa seus dias com sua irmã Nellie (Lola Borges) na casa de sua família, até que um dia seu pai a negocia para se casar com Mister (Wladimir Pinheiro) e cuidar de seus filhos. Casada com ele, Celie sofre abusos psicológicos e físicos. Ainda assim, ela consegue adquirir inspiração com Sofia (Erika Affonso), esposa de Harpo (Caio Giovani). Sofia também acaba desenvolvendo um complicado relacionamento com Shug Avery (Flavia Santana), uma antiga amante de Mister.
Com elenco totalmente preto, e destaque especial para a atuação de Lilian Valeska e para a canção final de Wladimir Pinheiro — que trazem à tona o quão emocionante e profundamente espiritual o musical consegue ser. O retrato da obra na relação da fé em Deus e o conflito com o martírio, além da busca pela independência feminina e amor próprio, emancipação coletiva e representação LGBTQ+ são pontos altos.
O uso de cor é um dos pilares da peça, além da exploração da iluminação e da trilha sonora, feita por Thalisson Rodrigues. A acessibilidade também foi grande importância para os produtores — com dias específicos contados com intérpretes de libras e audiodescrição.
Em entrevista, a espectadora Terezinha Silva Leite afirma que ”Achei muito interessante, porém o detalhezinho das duas se beijando é novo, no filme não mostrou essa parte…”. O palco pequeno também foi criticado, uma vez que é ocupado em sua maioria pelo cenário, que serve como as casas que Celie vive. A réplica também é palco de danças e de momentos humorísticos no fundo da cena. E por fim, a duração de três horas e interlúdio de curtos 15 minutos, deixa o espectador exausto ao fim da obra.
(Cenário em que a peça ocorre, fonte Rafael Nogueira, Uol)
Acessibilidade também foi um tema de grande importância com certos dias contados com intérpretes de libras e audiodescrição. O musical está no final de temporada, sendo as últimas apresentações nos dias 30 de junho, 1 e 2 de julho.
Durante as despedidas dos atores, Flávia Santana comentou que será a primeira mulher negra a ser produtora de uma peça da Broadway. Seu próximo trabalho junto com o diretor, Tadeu Aguiar, "O incidente", é a adaptação em português de "American son"- trata sobre um casal negro buscando notícias de seu filho em uma delegacia. Assim como “A cor púrpura”, promete trazer um retrato de como o racismo atinge todos os relacionamentos na sociedade, sejam eles conjugais e sociais. E para quem ainda não viu à adaptação da obra de Alice walker ganha desconto para ver a outra peça
A empresa de quadrinhos de super-heróis fundada por Stan Lee, que conta com heróis e grupos como Homem-Aranha, Hulk e os X-Men passou por uma grave crise financeira nos anos 90, e por isso se viu vendendo os direitos de seus principais heróis para outras empresas, como o Quarteto Fantástico e os X-Men para a Fox e o Homem-Aranha para a Sony. Com a crise se estendendo até os anos 2000, a Casa das Ideias decide se arriscar e iniciar projetos cinematográficos com personagens menos famosos do que aqueles que tinham perdido seus direitos, fazendo acordos bancários para a realização dos filmes, com a contraparte sendo os próprios personagens – resumindo, caso "Homem de Ferro" não desse retorno, os direitos dele seriam dos bancos.
Robert Downey Junior no filme “Homem de Ferro”, de 2008. (Foto: Reprodução Marvel)
E é desta forma incerta que se inicia seu Universo Compartilhado, em 2008, com o filme “Homem de Ferro” introduzindo tudo que conhecemos, como as cenas pós-créditos e a famosa formula Marvel . O filme foi muito bem recebido pelo público, arrecadando US$ 585 milhões e gerando lucro. Depois disso, sua sequência, “Homem de Ferro 2”, também teve bons números, chegando a superar o antecessor. Seguindo com os filmes situados no mesmo universo e se conectando, o estúdio chegou ao seu primeiro grande sucesso, “Os Vingadores”, que passou da casa do bilhão, US$ 1,5 bilhão em bilheteria. com o filme inovando com os personagens da famosa equipe sendo introduzidos em produções anteriores como Capitão América, Thor e Hulk.
E o sucesso foi se consolidando cada vez mais ao longo dos anos, com franquias menos conhecidas nos quadrinhos se tornando filmes lucrativos, como “Guardiões da Galáxia”, e a retomada de direitos que haviam sido vendidos. Esta recuperação se deu com a compra da Fox pela Disney (detentora dos direitos da Marvel) e um acordo com a Sony para o uso da imagem do Homem-Aranha nos cinemas. Além disso, após 21 produções, todas interconectadas, a Marvel conseguiu, com sua conclusão de saga no filme “Vingadores:Ultimato”, alcançar a marca de segundo filme com maior bilheteria da história, arrecadando US$ 2,8 bilhões, atrás apenas de Avatar. Com isso, a Marvel se tornou a franquia mais lucrativa da história dos cinemas.
Mesmo sendo um inegável sucesso, o Universo Cinematográfico Marvel (UCM) tem seus problemas e, nos últimos tempos, vem apresentando resultados negativos. A “formula Marvel” já mostrava sinais de que estava saturada para o público desde a sequência “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, “Thor: Amor e Trovão” e “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, todos lançados em 2022, que não atingiram a casa do bilhão em arrecadação. internacional.
Imagem de Homem Formiga e a Vespa: Quantumania. Foto: Divulgação Marvel Studios
“Grande parte do porquê da queda recente vem devido às falhas de design e pós-produção, somados ao mau uso dos efeitos especiais. Além disso, os enredos estão previsíveis e entediantes, com um claro desgaste da tradicional ‘formula Marvel’”, diz o colecionador e aficionado por quadrinhos Guilherme Sansone, que assistiu a todas as produções do UCM. Em sua análise, vistos individualmente, os filmes da Marvel perdem importância, “parecendo apenas mais uma engrenagem para a grande máquina”.
A questão da repetição da fórmula e da serialização já foi duramente criticada por renomados diretores, como Martin Scorsese (vencedor do Oscar por “Os Infiltrados”). "Isso não é cinema. Honestamente, o mais próximo que posso pensar deles, por mais bem feitos que sejam, com atores fazendo o melhor que podem dentro das circunstâncias, é em parque de diversões”, escreveu Scorcese, em artigo para o New York Times. Outro famoso cineasta, Francis Ford Coppola (diretor da trilogia “O Poderoso Chefão”), concordou publicamente com a opinião de Scorsese, em entrevista ao canal de televisão France 24. “Não conheço alguém que tire algo ao ver o mesmo filme repetidas vezes. Martin foi gentil quando disse que não é cinema. Ele não chegou a dizer [que os filmes da Marvel] são desprezíveis, o que eu acabei de dizer que são”, afirmou Coppola.
Martin Scorsese. Foto: Featureflash Photo Agency / Shutterstock.com
A estudante de cinema Isabela Kuhar é menos rígida do que os dois cineastas. “Não existem regras do que deve ou não ser um filme, só existem diversos gêneros diferentes, mas acredito que a experiência seja a mesma da que temos quando vemos um filme bom ou ruim de qualquer outro filme nessa categoria. Não acho que os filmes estejam saturados, só acho que se tornaram uma verdadeira indústria e deixou de se importar com a qualidade, deixando as produções menos individualizadas e mais como um produto a ser consumido”, afirma.
Para o público em geral, o excesso de produções também pode acabar afastando muitos telespectadores casuais. “É desanimador tentar se aventurar em um universo tão extenso e já estabelecido”, diz Rodrigo Oliveira, de 19 anos, acrescentando que, ao assistir “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, sentiu que lhe faltavam informações para acompanhar a trama. “Dificilmente tirei experiências singulares dos filmes da Marvel”, afirma Oliveira.
Há 15 anos, Katheryn Elizabeth Hudson, mais conhecida como Katy Perry, se lançava oficialmente na indústria musical. Depois do disco Katy Hudson, que não alcançou sucesso, Katy se tornou um dos garotos em One Of The Boys e não gritou quando viu uma aranha, mas com certeza gritou quando se tornou a primeira artista pop perfect da época. No formato pin-up girl, a artista saiu do coral da igreja para o mundo do pop, se arriscando em músicas com temáticas não tão religiosas, algo que cantores e boybands já exploravam profundamente naquela época.
Quando escolheu a guitarra ao invés do balé, Katy já estava decidida em ser uma inspiração para a nova geração de fãs do pop rock. Com sete milhões de discos vendidos, o álbum foi o primeiro da californiana com a Capitol Records e tem 13 faixas, em que os famosos hits Waking Up In Vegas, Thinking of You e Hot N Cold, estão presentes. A última, que da data de seu lançamento ocupou a posição #2 na loja virtual do iTunes e a #3 no Hot 100 da Billboard, é considerada o segundo maior hit de sua carreira.

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I Kissed a Girl também esteve nas paradas, sendo número #1 na Billboard Hot 100 e permaneceu no topo durante 7 semanas a partir de seu lançamento. O single vendeu mais de 11 milhões de cópias mundialmente. Repleto de diferentes batidas e ritmos, a nostalgia já era real no primeiro álbum de sucesso mundial da cantora. Apesar da maioria das faixas serem animadas, como em todo álbum da californiana, a melancolia não deixa de estar presente.
No disco, Katy comove com Thinking Of You e I’m Still Breathing, demonstrando seu talento vocal. A primeira pode ser considerada um prelúdio da icônica The One That Got Away de seu álbum seguinte, lançado em 2010, Teenage Dream. É uma balada romântica que esbanja vocais e sentimentalismo. Já a segunda não tem medo de abordar explicitamente temas como suicídio e questionamentos sobre a própria vida da cantora, mas marca uma nova era – seu renascimento como pessoa e artista.
Apesar de hoje Katy Perry ser uma das artistas que protege a causa LGBTQIA+ com unhas e dentes, no ano de lançamento do álbum, se envolveu com polêmicas por conta das faixas Ur So Gay e I Kissed a Girl, duas músicas que abordam sexualidade. A primeira segue alguns padrões de opinião da época para o tipo de comportamento masculino, que como diz a música era “tão gay e nem gosta de homens”. Por outro lado, I Kissed a Girl abriu as portas para ela e outras mulheres se libertarem dos padrões heteronormativos da época, como uma canção sobre experiência e ousadia. Tanto a música quanto o videoclipe puderam consagrar a cantora como um ícone dentro da comunidade.
Com o tom desafiador e irônico do título do álbum, ela conseguiu inovar, e com sua imaginação desenvolvida, criou um mundo só dela. Através de seu olhar penetrante e seu batom vermelho, ela produziu sua própria estética, que pode ir desde docinhos e piscinas de plástico, até as icônicas nuvens coloridas.

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Certamente o estilo de pin-up girl perdurou até hoje. A estética de 1940 acompanhou Katy durante sua carreira e foi um marco desse álbum em específico, o que o diretor de arte do disco, Ed Sherman, conseguiu caracterizar muito bem no disco. Era a imagem dela que garotos e garotas queriam ter nas paredes de seus quartos. Na época de seu lançamento, One Of The Boys consagrou Katy Perry não só como uma das maiores cantoras pop da indústria, mas como uma performista de mão cheia.
Logo em 2008, ano de lançamento do álbum, ela participou da Vans Warped Tour, um festival anual que ocorreu de 1995 a 2019. Depois dele, Katy se preparou para sua primeira turnê solo, a Hello Katy Tour. Lotado de referências de seu próprio projeto e em um palco com um gigante coração rosa, a turnê lançou a artista com performances temáticas e cheias de vida.
Para quem tem saudade dos grandiosos espetáculos que a diva pop fazia no começo da carreira, ela relembrou toda sua carreira e desenvolveu números inéditos para seus shows residentes em Las Vegas, de 2021 até o início deste ano. Com cogumelos e privadas gigantes, Katy Perry fez história mesmo vestindo lacres de latinhas. Intitulada de PLAY, a série de shows em Las Vegas foi mais uma demonstração da artista gigante que Katy foi e ainda é. Seus fãs, os katycats, podem ficar orgulhosos de tudo o que sua california girl construiu até aqui, mesmo sem um Grammy em mãos.

Imagem: [Divulgação]
One Of The Boys foi o início da carreira meteórica de uma menina que queria mudar sua música e personalidade. Em um mundo próprio, Katy criou uma série de histórias que se conectaram e vieram para tornar a indústria musical menos cinza. Sob seu nome artístico, 15 anos anos se passaram e em 2023, Katheryn sabe exatamente quem foi e quem é hoje. “Está tudo bem em dizer que você não era tão evoluído como humano 5 anos atrás quanto você é agora. Ninguém pode fazer você sentir ou acreditar em algo sobre si que você já não sinta”, relatou Katy em entrevista ao The Guardian. Desde o começo ela garantiu seu lugar no mundo e se tornou uma artista icônica, que com certeza é um pôster que ninguém quer tirar da parede.