Novo disco da cantora é o primeiro após grande turnê mundial e promete retomar parceria com Max Martin
por
Luis Henrique Oliveira
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12/08/2025 - 12h

Na madrugada desta terça-feira (12), Taylor Swift anunciou o lançamento de seu 12º álbum de estúdio, intitulado “The Life of a Showgirl”. A revelação veio após o fim de uma contagem regressiva no site oficial da cantora, acabando exatamente às 00h12 no fuso-horário norte americano, 01h12 no horário de Brasília.

Combinado com o anúncio, um  trecho do podcast New Heights Show, apresentado pelos irmãos Travis e Jason Kelce, namorado e cunhado de Swift, mostra a cantora abrindo uma maleta e apresentando seu novo disco. A capa será revelada apenas nesta quarta-feira (13) durante sua participação especial no programa.

A cantora Taylor Swift no podcast New Heights Show, apresentando a capa de seu novo disco, porém borrada.
Taylor Swift faz anúncio de novo álbum em trecho divulgado de podcast. Foto: Instagram/@taylorswift

Taylor sempre deixou pistas antes de comunicar um novo projeto. No trabalho anterior, “The Tortured Poets Department” (2024), ela posava para fotos fazendo o sinal de dois, revelando mais tarde se tratar de um álbum duplo – e dessa vez não foi diferente.

Os rumores de um novo disco correm no mundo Swiftie (fãs da artista) desde o fim da The Eras Tour, quando a cantora apresentou um novo logotipo e passou a usar 12 letras para estender palavras simples (como prolongar o “d” em “god” nos stories do Instagram, por exemplo).

As especulações ganharam força na segunda-feira quando sua equipe de marketing postou nas redes sociais um carrossel de doze fotos suas usando roupas laranjas durante a última turnê, cor inédita dentre as que compõem a paleta dos álbuns anteriores, junto de uma legenda sugestiva: “lembrando de quando ela disse ‘vejo você na próxima era…'”. 

Após o anúncio, outdoors do Spotify foram colocados em Nova York e Nashville - cidade natal de Taylor -  a fim de divulgar uma playlist em conjunto da cantora, intitulada “And, baby, that’s show business for you” (“e, amor, isso é show business para você”, em tradução livre). Todas as músicas que estão presentes no compilado foram produzidas por Max Martin e Shellback, que trabalharam com Swift nos álbuns Red (2012), 1989 (2014) e Reputation (2017), sendo uma possível pista do que esperar do novo projeto.

Outdoor em Nova York com fundo laranja brilhante, no centro está o código para uma playlist exclusiva da cantora Taylor Swift
Playlist traz 22 faixas, presentes nos álbuns Red, 1989 e Reputation. Foto: Reprodução/X/@TSUpdating

“The Life of a Showgirl” será o primeiro disco da cantora após readquirir os direitos de seus seis primeiros discos, vendidos sem seu consentimento quando sua antiga gravadora, Big Machine Records, foi comprada pelo empresário Scooter Braun, em 2019.

Taylor conseguiu recuperar suas masters em maio deste ano, encerrando não só a luta para consegui-las de volta, mas também o projeto de regravação de suas músicas.

O álbum ainda não tem data de lançamento oficial, entretanto a previsão de entrega dos vinis vai para até o dia 13 de outubro.

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Compositor e cantor vivia com sequelas decorrentes de um AVC que sofreu em março de 2017
por
Bianca Novais
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08/08/2025 - 12h

A família de Arlindo Cruz anunciou a morte do compositor, cantor e instrumentista nesta sexta-feira (8), através das redes sociais do artista. Considerado um dos maiores sambistas do país, Arlindo vivia com a saúde debilitada desde março de 2017, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

“Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho", diz a nota de falecimento. O sambista morreu no hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

 

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu na capital fluminense em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, Zona Norte da cidade. Em homenagem a ele, escreveu uma de suas canções mais conhecidas, “Meu Lugar”, parte do álbum “Hoje tem samba” (2002).

Tocava cavaquinho, banjo e ainda na juventude começou a se apresentar profissionalmente, enquanto estudava teoria musical na escola Flor do Méier. Nesse período, foi apadrinhado musicalmente por Candeia, outro renomado sambista carioca.

Estudou na escola preparatória para Cadetes do Ar aos 15 anos, em Barbacena (MG), mas logo voltou ao Rio. Passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Ubirany e Almir Guineto. Lá, conheceu Zeca Pagodinho e Sombrinha, que, à época, também eram revelações no mundo do samba.

Escreveu algumas músicas para outros intérpretes - “Lição de Malandragem” (David Correa), “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione) - antes de entrar no Grupo Fundo de Quintal, em 1981.

 

 

Ganhou notoriedade nacional durante os 12 anos na banda e gravou sucessos como “Só Pra Contrariar”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Em 1993, seguiu carreira solo e continuou nos holofotes, com várias músicas em parceria com outros gigantes do samba. Entre seus álbuns de maior destaque recente estão “MTV ao Vivo Arlindo Cruz” (2009) e “Batuques do Meu Lugar” (2012).

Sombrinha foi uma de suas parcerias mais frutíferas. Escreveram “O Show Tem Que Continuar” e “Alto Lá", também com Zeca Pagodinho. Com este, assinou a autoria de sucessos atemporais da música brasileira como “Bagaço da Laranja”, “Dor de Amor” e “Camarão que Dorme a Onda Leva".

 

Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo compôs mais de 500 músicas, segundo seu site oficial, incluindo sambas-enredo para escolas de samba do Rio de Janeiro: Grande Rio, Vila Isabel, Leão de Nova Iguaçu e Império Serrano, sua escola de coração e que o homenageou no enredo do carnaval de 2023. Mesmo com a saúde fragilizada, ele participou do desfile no último carro alegórico, com ajuda de amigos e familiares.

Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba e é reconhecido como um dos responsáveis pela revitalização do gênero nos anos 1980. Seu último lançamento foi ao lado do filho Arlindinho, em 2017, gravado pouco antes de sofrer o AVC.

Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Ele foi apelidado de “o sambista perfeito” por amigos e admiradores, em referência a uma de suas composições, em parceria com Nei Lopes. O apelido virou o título da biografia do músico, escrita pelo jornalista Marcos Salles e publicada em junho deste ano.

Arlindo Cruz era candomblecista, filho de Xangô, e atuava contra a intolerância religiosa. Ele deixa esposa, Babi Cruz, e três filhos: Arlindinho, Flora e Kauan.

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Banda mineira trouxe show inédito para a capital paulista com mistura de sentimentos e surpresas
por
Giovanna Britto
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06/08/2025 - 12h

No último sábado (02) a banda Lagum se apresentou no Espaço Unimed com a turnê “As cores, as curvas e as dores do mundo”. Com ingressos esgotados, o espetáculo contou com todas as músicas do novo álbum, que dá nome à  apresentação, e com diversos outros hits do grupo, como “Deixa”, “Oi”, “Ninguém me ensinou” e “Bem melhor”.

Banda Lagum no palco do Espaço Unimed
Banda Lagum durante show no Espaço Unimed. Foto: Reprodução/Instagram/@lagum

O quinto disco, lançado em maio de 2025, teve uma recepção calorosa pelos fãs e gerou expectativas em torno da subida de Pedro, Chico, Jorge e Zani ao palco. Cada momento do show condiz com a proposta da nova fase da banda: questionar o mundo moderno, ao mesmo tempo em que aproveita o momento e enxerga a beleza no cotidiano.

Em entrevista à AGEMT, Pedro Calais, o vocalista, comenta sobre a experiência: “A vida é agora, a gente só tem essa chance de viver e não vamos nos privar de fazer uma coisa maneira, de estar com as pessoas que querem o nosso bem e pessoas que queremos o bem, como nossos fãs”.

O pré-show já exalava a energia do que estava por vir, com uma setlist, que ia de Charlie Brown Jr. até Jão. Com a entrada marcada para às 22:30, o grupo manteve a exaltação do público com “Eterno Agora”, “Dançando no escuro” e “Universo de coisas que desconheço”, a última em parceria com a dupla AnaVitória, presente na plateia para apoiar os amigos. 

Atenciosos, os músicos estavam atentos ao bem-estar do público e parando as canções para pedir ajuda aos socorristas quando necessário. Os momentos de conexão foram compostos de falas com piadas internas entre a fanbase - como a ausência do hit queridinho dos fãs “Fifa” - até ao chá revelação de Chico, baixista, que espera uma menina com a esposa e influenciadora Marina Gomes.

Baixista Chico falando ao microfone enquanto coloca a mão na barriga da sua esposa grávida Marina
Foto: Reprodução/Instagram/@portallagum

 

Pedro também comentou sobre essa relação cada vez mais próxima entre os fãs: “De uma hora pra outra, a gente começou a ser visto como artista, como alguém importante. Essa quebra de mostrar para as pessoas que o que a gente tá fazendo é pela essência, é pelo produto musical em si, vai total de encontro com o nosso conceito. É descer um pouco dessa coisa da cabeça de, ‘pô, tamo querendo fazer isso aqui pra tá aqui em cima’, sabe? Vai bem de encontro com o que a gente tá propondo”.

O momento mais esperado da noite foi com a penúltima música “A cidade”, terceira faixa do novo álbum, que viralizou  no TikTok com pessoas retratando perdas e saudades de entes queridos. A emoção tomou conta do público, que cantava e chorava por todo o Espaço.

Visão ampla do palco, telões e plateia no espaço Unimed
Visão do fundo na plateia com Pedro interagindo no microfone. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

Algumas canções, como “Tô de olho”, possuem sonoridades diferentes das gravações divulgadas nas plataformas digitais. Isso complementa a sensação de estar presenciando algo especial, pensado com carinho e a dedo.  Esses aspectos reafirmam mais uma vez a intenção do grupo de fazer com que as pessoas se conectem com o agora, vivenciando momentos marcantes e de forma original.

O show, sem dúvida, é uma experiência emocional e musical única. A escolha das performances e timbres é preparada exclusivamente para cada noite e cidade, de forma a impactar e proporcionar um momento sensorial muito mais imersivo. A Lagum volta à cidade de São Paulo no dia 3 de outubro para uma data extra devido à grande procura de ingressos.

Painel fotográfico com a divulgação da turnê "As cores, as curvas e as dores do mundo" e patrocínios do show.
Painel de divulgação da turnê para tirar fotos. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

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Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
por
Maria Clara Palmeira
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27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

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Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
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25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

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Apesar da aprovação institucional, a realidade do movimento nas ruas ainda demonstra ser outra
por
Amanda Tescari
Helena Campos
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16/04/2024 - 12h

No dia 6 de março, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou o Projeto de Lei 498/2021, que reconhece o hip hop como patrimônio cultural imaterial do estado de São Paulo. A iniciativa legislativa se deu a partir da articulação da deputada Leci Brandão (PCdoB) em coautoria com Márcia Lia (PT), Márcio Nakashima (PDT) e Emídio de Souza (PT).

 

A necessidade de tal reconhecimento exposta pelos deputados é justificada pela grande importância do movimento cultural na vida dos jovens periféricos. A partir do hip hop, milhares de jovens são incentivados a vivenciar a cultura, os projetos sociais e econômicos de grande impacto que não são desenvolvidos pelo Estado, estimulando sua autoestima e autoconhecimento.

 

São Paulo não foi o pioneiro em tal movimentação legislativa. O reconhecimento da cultura hip hop como patrimônio cultural imaterial foi tema de discussão em 2023 em Brasília, com a aprovação da lei nº 97/2023, de autoria de Max Maciel (PSOL).

 

A popularização do rap e sua chegada ao mainstream

 

            Nos últimos anos, é notória a constante crescente pela qual o estilo musical tem passado nas plataformas digitais, levando diversos artistas que antes não possuíam tal alcance ao posto de mainstream.

 

Segundo o site Trace Brasil, em agosto de 2023, 25% dos usuários do Spotify eram ouvintes de hip hop, 53 milhões das playlists eram compostas de músicas do gênero e dois bilhões de pessoas tinham pelo menos um hip hop salvo. A playlist “RapCaviar” é a mais ouvida do planeta e o Brasil está em terceiro lugar no ranking dos países que mais escutaram o gênero em 2023.

 

A realidade do hip hop nas ruas

 

Mesmo com todo esse crescimento, popularização e até reconhecimento institucional, a realidade dos artistas fora dos aplicativos de música é diferente. Cinco dias depois da aprovação do projeto de lei que reconheceu o hip hop como patrimônio cultural, a artista MC Kisha foi retirada à força de um vagão da CPTM e posteriormente agredida pelos próprios agentes de segurança do local enquanto rimava.

 

Ela e outras MC'S voltavam de um evento de rima realizado na zona sul de São Paulo, e na hora da agressão, contaram estar rimando e conversando sobre pautas sociais no transporte público.

 

A MC conta em entrevista ao UOL, já ter sofrido outras agressões pela mesma razão, mas nada tão brutal. No seu Instagram, Kisha publicou fotos de seu rosto inchado e das tranças, que foram arrancadas de sua cabeça. Na legenda, escreveu: “Pra quem me pergunta ‘Kisha, parou de rimar em trem?’ Tá aí sua resposta!”

        

Fora dos vagões do trem, na zona oeste da cidade, a tradição das rimas se mantém ativa. “Tem que ter coragem, não pode jogar toalha, toda quarta-feira tem Largo da Batalha”, cantam os MC's junto da plateia na praça ao lado do metrô Faria Lima. A competição é receptiva e repleta de discussões políticas. Os participantes se inscrevem na batalha em duplas e há sempre o ganhador do dia. Durante as rimas, o público interage com os Mc´s e demonstra sua satisfação. As votações são feitas com base nas palmas e na torcida do público.

 

Mano Jhowse, duas vezes ganhador do Largo da Batalha, apontou em sua entrevista à Agemt que o hip hop é, de início, um ambiente machista, "mas a gente tá em constante evolução para poder ser um espaço mais inclusivo, para que mais pessoas tenham acesso a essa cultura", concluiu.

 

Os organizadores do evento compartilharam com a plateia que todas as mulheres que haviam se inscrito para batalhar, tiveram a oportunidade de rimar. Mas Gisele Amâncio, mais conhecida como MC Girassol, ainda sente falta de mais representatividade durante as rimas. “Eles falam ‘é MC contra MC’ mas não é assim, porque se fosse tão justo, ia ter oito minas e oito manos na chave”, expõe à Agemt.

 

A artista do Grajaú relata ainda que já perdeu batalhas por falar da sua luta, "mas é isso, eu bato nesses cara tudo e não tô nem aí", brincou.

 

Apesar de alguns momentos de falta de luz na praça, a batalha foi finalizada. Sobre esse tipo de acontecimento, Jhowse relatou: "a questão é a seguinte: os espaços públicos são nossos, certo? A gente acredita que não é. Quando você domina um espaço público, de início, o sistema vai tentar te oprimir pra que isso não cresça, ainda mais porque as coisas que a gente fala aqui são contra o sistema capitalista, esse sistema de opressão".

 

            Ele destaca, ainda, que o hip hop sempre foi um movimento de luta contra o Estado, e que isso tem como consequência uma reação de querer abafar a cultura de alguma maneira. "E a resistência depende de uma firmeza, de uma base, uma raíz bem fixada", finaliza.

                                                            

                                                 Mano Jhowse após sua vitória no Largo da Batalha. Via: Instagram

 

Origem do hip hop

 

Diante do contexto de grande inseguridade social vivenciado pelos Estados Unidos nos anos 70, evidenciaram-se as diferenças sociais, os processos de discriminação racial e favorecimento do acesso à criminalidade e às drogas em diversos locais do país, mais especificamente no Bronx, bairro periférico de Nova York e futuro berço do hip hop.

 

Em oposição a esse cenário, a primeira festa de hip hop foi promovida em agosto de 1973, pelo DJ jamaicano Kool Herc e sua irmã Cindy Campbell. Conhecidos na época como Block Parties, estes eventos uniam técnicas de discotecagem inovadoras, mestres de cerimônia - os MC's - que rimam nessa batida e o break dance, interpretado pelos B boys e B girls. O grafitti também se comunicava diretamente com esse universo, operando como manifestação política nos muros da cidade.

 

Em novembro do mesmo ano, o DJ Afrika Bambaataa, outro alicerce do movimento, fundou a ONG chamada Zulu Nation, com o intuito de promover de maneira unificada e organizada as batalhas de rimas e em prol da valorização da juventude negra a partir do hip hop, afastando inúmeros jovens de envolvimento com o mundo do crime.

 

Além de Herc e Afrika Bambaataa, o terceiro pilar dessa cultura é o DJ Grandmaster Flash, responsável pela criação do beat box, que é a batida base para a composição dos raps e para a consolidação da importância do DJ no cenário.

 

A expressão "hip hop" é uma gíria na qual o termo "hip" significa "quadril", e "hop" designa "balançar", em referência às festas que deram origem a essa cultura. De maneira lúdica, a expressão promove o vínculo entre diversão e informação, funcionando como um chamado ao engajamento à vivência do cotidiano periférico.

 

O hip hop chegou com força no Brasil dez anos depois, com o álbum “Hip-Hop Cultura de Rua”, que contou com a participação de diversos nomes emblemáticos para o movimento no país, como Thaíde, DJ Hum, O Credo, Código 13 e outros.

 

A concentração dos adeptos do hip hop acontecia principalmente no centro de São Paulo, entre o Viaduto do Chá, a Estação São Bento e a Rua 24 de maio, em manifestações como rodas de break dance, como a Roda do Nelsão, pioneira nacional idealizada por Nelson triunfo.

 

Desde a sua origem, o hip hop surge como um estilo de arte de denúncia da realidade. Nas letras dos raps, são comuns temas como a exclusão social, o racismo e as violências estatais sofridas por uma grande parcela da população diariamente - muitas vezes com o objetivo de conscientização e politização do ouvinte.   

 

Estes princípios, enraizados ao movimento há 50 anos, ainda se mantêm como norte para os artistas e todos aqueles adeptos da cultura. "Eu quero que tenha liberdade pra gente poder, de fato, estar em todos os lugares, em todas as praças e ser respeitado. Que a gente transmita mais cultura e que não seja oprimido, mas essa é uma luta que tem que ter muita consciência de classe, união, e todo mundo com o mesmo objetivo. É difícil, mas existe resultado pelo movimento que a gente faz, e a gente tira muito mais gente do crime do que a própria organização do Estado, então de fato a gente está aqui pela mudança", finaliza Mano Jhowse para a Agemt.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Exposição no IMS Paulista explora o passado e presente do samba urbano carioca e a origem do samba no RJ
por
Maria Elisa Tauil
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12/04/2024 - 12h

O Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo (SP), apresenta a exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou”. Em cartaz até 21 de abril, a exibição celebra as comunidades afrodescendentes que, entre os anos 1910 e 1940, criaram e consolidaram o samba urbano no Brasil e no mundo.

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Abertura da exposição. Foto: Maria Elisa Tauil

Através de fotos, gravações, áudios, documentos e obras dos acervos do IMS e de outras instituições, a mostra dialoga para além dos aspectos históricos. As complexas redes de trabalho, solidariedade, espiritualidade e a música: dos terreiros, quintais e escolas de samba são só alguns dos temas abordados.

“Esta exposição parte da música para percorrer a intrincada rede de encontros, trocas e conflitos que ali se formou na primeira metade do século 20. Consciência política, religiosidade e solidariedade são inseparáveis da sofisticada produção artística que se espraia no espaço - ganhando uma cidade, o país e o mundo - e no tempo, ainda hoje pulsante em seu espírito dissidente de um país racista e desigual,” pontua o time de curadoria no começo da exposição.

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Núcleo dedicado a mostrar a importância das “Tias” na construção do universo do samba. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

DO PORTO AS ESCOLAS DE SAMBA

O título da mostra faz alusão ao termo criado pelo artista Heitor dos Prazeres para se referir à região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no século 20. Ao longo dos aproximadamente 380 itens, o conceito é compreendido como uma construção política e ampliado para outras áreas da cidade.   

O primeiro andar apresenta o lugar onde tudo começou: o Complexo do Cais do Valongo, maior porto escravista da história, que recebeu cerca de 1 milhão de africanos escravizados e vindos forçados para o Rio de Janeiro.

A exposição reúne documentos, imagens e reportagens da Praça Onze, capital da Pequena África. O local foi habitado, no começo do século 20, por uma população de afrodescendentes, imigrantes judeus, italianos e ciganos. Foi nas regiões próximas dali que se fundou a primeira escola de samba e onde aconteceu o primeiro desfile das agremiações.

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“Carnaval na Praça Onze.” Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

Além disso, são mostrados itens, documentos e reportagens como: o violão de Donga, a partitura de Pelo Telefone, os registros da turnê dos Oito Batutas em Paris em 1922 e algumas pinturas do artista Heitor Prazeres. Também é evidenciada a atuação das “Tias” – mulheres negras e mais velhas – na construção do samba carioca.

O segundo andar é focado nas práticas cotidianas da época. Reunindo fotos, auto falantes, discos de vinil, máquinas de escrever, medalhas, entre outros itens de valor histórico, a exposição mostra a influência das escolas de samba no passado e presente. A mostra termina com um grande painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações.

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Painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

FOTOS

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Foto do século 20. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT
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Começo da exposição. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT
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Fotografias que compõem a mostra. Foto: Maria Elisa Tauil/AGEMT

SAIBA MAIS

Visitação: até 21 de abril de 2024

Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h

Local: IMS Paulista, 7º e 8º andar | Entrada gratuita

Avenida Paulista, 2424 – São Paulo

Além de transmitir as batalhas, o podcast vai dobrar as premiações para os MCs
por
Daniel Santana Delfino
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11/04/2024 - 12h
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Bob 13, Alva, Igão e Mítico no Podpah Foto: Divulgação/ PodPah e Batalha da Aldeia

 

 

O centro de entretenimento online Podpah e a Batalha da Aldeia firmaram parceria para transmitir as competições de rimas que acontecem em Barueri (SP) desde 2016. A parceria foi anunciada no dia 27 de Março e tem como estratégia proporcionar melhor infraestrutura técnica para transmissão de torneios, que agora serão feitas exclusivamente no YouTube, e facilitar a ativação de marcas que já possuem relacionamento com o Podpah. Mítico e seu parceiro Igão se preparam para ajudar a cena do hip-hop no Brasil com sua visibilidade e capacidade de alavancar carreiras dos MCs que precisam de destaque no seu trabalho. Eles contam ainda com Victor Assis, CEO do podcast, que vai ser um dos sócios para a Batalha da Aldeia. O objetivo é valorizar e popularizar ainda mais essa cena tão comum nas periferias brasileiras.


Mítico disse no podcast que essa grande parceria pode ajudar os MCs a construírem uma carreira com o alcance que o PodPah tem: “Atrás disso existe a parada social, mas também penso pelo lado artístico. Por exemplo, se uma batalha viralizar aqui no Podpah, várias pessoas que não estavam acompanhando a Aldeia vão se apegar naquele MC, talvez uma rima, um fatality, seja tão bom que pode criar uma carreira para ele. A gente já trabalhou com mais de cem marcas, tem umas 50 salas aqui, faz um estúdio para os MCs. Para que tenham uma carreira de sucesso”, destaca o paraense.


A Batalha da Aldeia, que conta com 4,5 milhões de assinantes no YouTube, reúne anualmente jovens rimadores num só espetáculo, acontece toda segunda-feira às 20:00 e agora com premiação de 10 mil reais, com uma média de 5 mil espectadores por duelo. Anfitriões como Salvador, Kant, Mikezin e Krawk já passaram por lá.


A primeira batalha com a nova parceria aconteceu nesta segunda-feira (08/04) e foi de duplas. Big Mike, o único campeão nacional de São Paulo, e  Prado, revelação de 2023 conhecido como monstro da norte, foram campeões da noite levando R$10.000 pra casa ao enfrentar Neo, que foi destaque da BDA 6 anos(batalha de aniversário da aldeia)  e recém contratado da NGC RECORDS, e Salvador, um dos maiores MCs da Aldeia e artista de funk e rap na grande final. 

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Prado e Big Mike ao receber o prêmio da noite / Foto: Divulgação/ Batalha da Aldeia
 


 


 

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Pabllo Vittar celebra suas raízes no tecnobrega e forró ao resgatar hinos que fizeram parte da sua formação musical.
por
Pedro da Silva Menezes
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11/04/2024 - 12h

Na tarde desta terça-feira (09) Pabllo Vittar realizou uma listening party para mais de 300 pessoas, em parceria com a Apple Music, para iniciar a divulgação de “Batidão Tropical Vol. 2”, novo álbum da artista. Ingressos foram distribuídos através da sua central no X para os fãs ouvirem o álbum horas antes do lançamento oficial no Cinema Marquise junto a Drag Queen.

Fãs com Pabllo Vittar no cinema após a audição do álbum.
Fãs com Pabllo Vittar após a audição do álbum. FOTO: Divulgação /Central Pabllo Vittar

O álbum é a sequência do “Batidão Tropical”, obra lançada durante a pandemia, que surpreendeu os fãs ao trazer músicas com características das sonoridades do norte e nordeste do país. Estão presentes ritmos como o tecnobrega com a energética “Triste com T” e regravações de canções de bandas locais, como a de “Zap Zum” da Companhia do Calypso. Música que viralizou durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 através de vídeos feitos pelo jogador Douglas Souza do time brasileiro de vôlei, chegando até a tocar durante um dos jogos da seleção.

Eleito um dos melhores álbuns de 2021 pela APCA, o disco agradou público e crítica e iniciou um movimento nas redes pedindo sua continuação. Após dois anos do lançamento do original, o volume dois chegou e os vittarlovers conferiram as 11 faixas, incluindo duas já conhecidas pelo público, “Pede Pra Eu Ficar (Listen To Your Heart)” e “Ai Ai Ai Mega Príncipe”, uma inédita, “Idiota” e a gravação ainda conta com 3 músicas bloqueadas.

Na audição Vittar se mostrou alegre com resultado dos vídeos que ilustram a atmosfera construída pela sonoridade e resgata visuais dos anos 2000, época em que as composições repaginadas no volume dois se popularizaram. A Queen afirmou, em uma rodada de perguntas dos fãs durante o evento, que as 3 canções bloqueadas são colaborações. O cantor Nattanzinho já confirmou por meio de seu Instagram que irá lançar algo com a drag gerando expectativas sobre sua participação em uma das canções. Além disso, ela disse que seu visualizer favorito de gravar foi “Me Usa”, originalmente da Banda Magníficos.

O ponto alto do álbum é a nova “Idiota”. Em entrevista ao Papel Pop, Pabllo conta que a faixa está pronta a dois anos, contudo, a produção inicialmente era um sertanejo, mas teve um trecho vazado a um ano atrás. O que foi sua motivação para mudar o ritmo e transformá-la em um melancólico e ao mesmo tempo energético forró que fez todos os ouvintes levantarem de suas poltronas durante a audição no cinema para apreciar finalmente - e oficialmente - o que os fãs chamaram de hino.

A artista demonstra sua originalidade e visão em “Não Desligue o Telefone”, originalmente de Tony Guerra. Na sua versão, ela não se limita em reproduzir o original e imprime sua identidade fundindo suas referências pop eletrônicas com o forró. Uma excelente regravação que evoca os trabalhos de Charli XCX, se esta tivesse nascido no Maranhão nos anos 90, assim como a cantora pop brasileira.

O “Batidão Tropical vol. 2” cumpre uma função cultural ao preservar ritmos populares brasileiros e composições que já foram regravadas anteriormente. Como é o caso de “Rubi”, da Banda Ravelly que ficou famosa em todo Brasil na voz da Banda Djavu e agora ressurge para uma nova geração pela voz de Pabllo Vittar. Com o álbum, Vittar mantém viva a memória sem abdicar da sua assinatura pessoal, mostrando seu poder ao reinventar clássicos, seja em suas performances vibrantes, sonoridades únicas ou clipes inovadores.

Nova exposição do Centro Cultural Coreano “Minha Viagem à Coreia” traz os registros turísticos de 292 brasileiros que já foram ou desejam visitar o país.
por
Natália Perez
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10/04/2024 - 12h

“Nosso objetivo é transmitir vividamente a beleza e o charme da Coreia pela visão dos brasileiros. Por meio de seus valiosos registros, além de pôsteres de pessoas que sonham em visitar o nosso país” explicou o diretor do centro, Cheul Hong Kim, em comentário oficial. Com o apoio da Organização de Turismo da Coreia, de 17 de março a 28 maio, o Centro Cultural Coreano contará com a exposição gratuita de fotos, vídeos e cartazes enviados por brasileiros durante seu período na Coreia do Sul.

Responsável pela curadoria da exibição, Sang Hyop Park, selecionou registros das viagens de mais de 290 brasileiros das muito mais que foram enviadas ao concurso público de seleção que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2024. A exibição funciona de forma imersiva ao expor os visitantes a registros por todos os lados. Fotografias ficam expostas em pilares, posteres ficam nas paredes. Enquanto as televisões espalhadas passam ciclicamente os pequenos vídeos. 

Durante a inauguração, foram anunciados os melhores de cada categoria que foram premiados com  dinheiro. Carolina Ribeiro ganhou melhor pôster, categoria exclusiva para aqueles que não conhecem, mas desejam visitar a Coreia do Sul. Melhor vídeo foi para Amanda Lippert Silva, já Vitor Barros Quinet levou a melhor foto. “É para você que já conhece a Coreia, e para você que não conhece abrir todo um mar de possibilidades, de conteúdo para absorver. Acho que tá imperdível” disse ele durante a inauguração. Assim, a visita traz a experiência de conhecer outro país por meio das obras. É o convite para uma viagem internacional no meio de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo.

- Endereço: Av. Paulista, 460

- Horário de Funcionamento: Seg-Sex: 10:00 – 19:00 e Sábado: 12:00 - 18:00

- Para mais informações acesse: https://brazil.korean-culture.org/pt

 

minha viagem a coreia
No canto da exposição, mãe e filha aproveitam um momento vazio para usar o cenário montado para tirar fotos. Na parede atrás delas há uma fotografia das lanternas de Yeondeunghoe, festival coreano que celebra o aniversário de Buda. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
As fotos estão em todos os lugares. Dispostas em pilares inclinados e no teto, as  imagens de diferentes autores  mostram comidas, paisagens e aspectos culturais marcantes do turismo na Coreia do Sul. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Diferente das fotos e vídeos, os pôsteres foram feitos por pessoas que ainda não estiveram na Coreia, mas que contribuem para a exposição expressando seu sonho de visitar o local. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Além de observar as obras, os visitantes podem tirar suas próprias fotos nos cenários “instagramaveis”. Uma possibilidade é se sentar no coração do “Eu amo a Coreia” ou usar os próprios posters como fundo. Ao lado, em caixas empilhadas, pequenas curiosidades sobre viajar à Coreia estão escritas, como a distância de lá até o Brasil. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Entre as imagens de paisagem das principais cidades sul-coreanas estão televisores, cada qual com sua própria coletânea de vídeos curtos em formato de Shorts/Reels. Por terem sido gravados e editados pessoalmente por seus autores, os vídeos mostram diferentes facetas da Coreia. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Assim como os parisienses, os coreanos também têm a tradição de colocar cadeados do amor. Em Seul, pessoas de todo mundo colocam cadeados no caminho para a torre Namsan como forma de selar um amor ou para fazer um pedido. A exibição adaptou a ideia para pulseiras coloridas que além de trazerem mais cor, podem ser facilmente disponibilizadas aos visitantes. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Imagens da Ilha de Jeju, Seul, Busan e outras cidades dividem espaço com vídeos de passeios, dicas, paisagens e comidas feitos por brasileiros que as vivenciaram. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Com o apoio da organização de turismo coreana, a seleção dos registros para a exposição foi feita por meio de um concurso online divulgado pelo centro entre janeiro e fevereiro de 2024. Foto: Natália Perez/AGEMT

 

minha viagem a coreia
Imagens por todos os lados, em todas as paredes e até no teto misturadas a curiosidades escritas em caixinhas e os vídeos de fundo, transportam o visitante para uma viagem imersiva pela Coreia sem sair da capital paulista. Foto: Natália Perez/AGEMT