Movimento apresenta mais de 1 milhão de assinaturas para a União Europeia
por
Thomas Fernandez
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22/09/2025 - 12h

 

O movimento “Stop Killing Game” criado por Ross Scott, do canal Accursed Farms, apresentou em 2025 mais de 1 milhão de assinaturas à União Europeia para exigir medidas que impeçam a remoção e desligamento de jogos digitais. A preservação é definida como um conjunto de ações voltado a manter a integridade de bens, documentos ou pessoas, tendo museus e centros históricos como instituições dedicadas a essa tarefa. 

No campo do entretenimento, os videogames se destacam como a indústria que mais cresce desde a década de 1950. Apesar do seu impacto econômico e cultural, eles recebem atenção limitada em políticas e práticas de preservação, diferente de outras formas de arte, como cinema, televisão e literatura. 

Devido a inacessibilidade de jogos comprados por consumidores, a proposta do movimento é simples, mas poderosa: proteger os consumidores e preservar os videogames, trazendo as práticas recorrentes de empresas que fecham os servidores ou retiram os jogos do mercado digital, apagando não apenas produtos, mas também capítulos de história cultural dos videogames.

Foto do criador do movimento, Stop Killing Games, Ross Scott
Ross Scott, criador do movimento Stop Killing Games.  Foto: REPRODUÇÃO/YOUTUBE Accursed Farms
 

A iniciativa se transformou em “Stop Destroying Videogames”, utilizando a Iniciativa de Cidadania Europeia, uma ferramenta disponível para cidadãos da União Europeia para levarem questões diretamente ao parlamento europeu. A petição foi registrada em junho do ano passado e começou a coletar assinaturas no dia 31 de julho de 2024. No mesmo dia, Scott, soltou um vídeo com o título "Europeans can save gaming!", que compartilha sobre como o movimento pode levar a criação de lei com um número alto de assinaturas e apoiadores. 

Ele destaca que a criação da lei não era uma certeza, entretanto, apontava que existem fatores, como: o alinhamento com outras políticas para consumidores e indefinições jurídicas nas práticas no meio dos games. Esses pontos reforçam que o sucesso está no futuro do movimento. Depois de alcançar 1 milhão de assinantes e realizar uma vistoria -  para desconsiderar menores de idade, duplicidades e pessoas fora da UE - a petição apresentou 97% de validação das assinaturas.

A preocupação é  quando um jogo é removido das lojas digitais ou tem os serviços online desligados, pois deixa de ser acessível para futuras gerações de gamers. Um dos casos mais conhecidos foi do “Project CARS 3”, lançado em 2020. O produto foi retirado de circulação para venda e fecharam os servidores, tornando-se praticamente inacessível. 

O mesmo ocorre com títulos de grandes estúdios como Ubisoft e EA, sendo uma tendência que preocupa colecionadores, consumidores e fãs. Diferente de filmes, livros e músicas, que possuem mais facilidade para sua preservação, os games dependem de vários fatores: chaves digitais, servidores e licenciamento contínuo para existir. Para isso, a preservação não exige somente de vontade cultural, mas também mudanças legais e regulatórias.

No Brasil, esse debate começou a ganhar relevância em 2024, com a aprovação do Marco Legal da Indústria de Jogos Eletrônicos (Lei nº 14.852/2024). Embora a lei tenha o intuito de incentivar o crescimento do setor no país e atrair investidores, ela também abre espaço para a reflexão sobre o ciclo de vida dos jogos e sua preservação como patrimônio cultural. A luta pela proteção e cuidados dos videogames não é apenas dos jogadores nostálgicos, mas também uma questão cultural e de direito de acesso.

O “Stop Killing Games” mostra que, diante da lógica do mercado, há fãs dispostos a lutar para que os jogos não desapareçam.Se no passado os museus se dedicaram a guardar fósseis, manuscritos e obras de arte, o futuro terá que olhar também para os consoles, cartuchos e CDs. Porque, como lembra o movimento, “ao desligar um jogo, não se mata apenas um software, se apaga uma parte da história”.

 

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Profissionais da área relatam dificuldade de valorização, ausência de políticas públicas e dependência do mercado internacional para manter a carreira
por
Fernanda Dias
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18/09/2025 - 12h

A escultura no Brasil ainda é um campo pouco explorado e com inúmeros desafios, como a falta de políticas públicas, a ausência de incentivo cultural e um universo ainda limitado de pessoas dispostas a investir em arte no país. Para manter a profissão viva, muitos artistas recorrem ao mercado internacional e às redes sociais como alternativa de divulgação.

No cenário brasileiro, a escultura não ocupa o mesmo espaço que outras linguagens artísticas, como a música ou as artes visuais mais populares. O escultor Rick Fernandes, que atua na área desde a década de 1990, observa que a profissão ainda carece de reconhecimento cultural. “O brasileiro não tem a mesma tradição que americanos e europeus em colecionar arte. Muitas vezes, as prioridades econômicas acabam afastando o público”, afirma.

Esse distanciamento é agravado pela falta de políticas voltadas à categoria. Projetos de incentivo que poderiam estimular a prática da escultura em escolas ou em comunidades raramente são aprovados. Fernandes relembra tentativas frustradas em 2015 e 2023 de levar oficinas para jovens da periferia e para pessoas com deficiência. “Os incentivos, em sua maioria, estão voltados para música e grandes eventos. Nichos como a escultura ficam esquecidos”, critica.

   Rick Fernandes produzindo sua peça - foto: https://www.rfstudiofx.com/


                    Rick Fernandes produzindo sua peça - foto: https://www.rfstudiofx.com/

No mercado, outro obstáculo é a dificuldade de concorrer com produtos industrializados ou importados. Segundo Fernandes isso faz que muitos escultores direcionem suas obras ao exterior, onde encontram colecionadores e compradores mais fiéis. O artista calcula que cerca de 80% de suas encomendas vêm de fora do Brasil. Mesmo com a popularização de novas tecnologias, como impressoras 3D, ele destaca que há demanda para trabalhos exclusivos, o que mantém a escultura tradicional relevante.

As redes sociais têm sido fundamentais para reduzir a distância entre artistas e público. Plataformas como o Instagram permitem que escultores apresentem seus portfólios, encontrem clientes e troquem experiências em comunidades digitais. “Muitos dos meus contatos surgiram através da rede. É uma vitrine essencial para quem vive da arte”, ressalta o escultor.

Além do mercado e do incentivo, a valorização da escultura ainda depende de uma mudança de percepção social sobre o trabalho manual e artístico. Para Fernandes, investir na formação desde cedo é o caminho. “Campanhas nas escolas de ensino fundamental poderiam fazer a diferença. As crianças têm fome de aprender coisas novas e a escultura poderia ser mais explorada nesse ambiente”, defende.

Apesar das dificuldades, Fernandes garante que nunca pensou em desistir, movido por “amor e diversão”. Além de manter o estúdio, ele atua como professor. Nem todos tiveram a mesma sorte. A artista Júlia Dias, por exemplo, faz esculturas desde 2006, mas até hoje não tem uma base fixa de clientes, vivendo em meio à instabilidade de demandas que atinge grande parte dos escultores.

O campo da escultura se divide em diferentes níveis de atuação. Enquanto alguns artistas trabalham com peças decorativas ou personalizadas para ocasiões como aniversários e eventos, outros produzem obras direcionadas a colecionadores e galerias. Essa variedade mostra como a atividade é ampla, mas também deixa claro que nem tudo recebe o mesmo valor: trabalhos voltados ao mercado de luxo encontram maior reconhecimento e retorno financeiro, enquanto produções mais populares ainda lutam por espaço e estabilidade.

Outro desafio está ligado ao custo e ao acesso a materiais de qualidade. Fernandes explica que utiliza plastilina para modelagem, moldes de silicone para a finalização e resina de poliestone para as peças finais, com acabamento em aerógrafo e pincel. Segundo ele, os materiais nacionais apresentam bom custo-benefício e já não ficam atrás dos importados. Ainda assim, os gastos para manter a produção podem ser elevados, principalmente para quem não conta com retorno constante do mercado.

Apesar de não existirem editais exclusivos para escultores no Brasil, a categoria pode concorrer em programas de incentivo mais amplos voltados às artes visuais e à cultura. Iniciativas como os editais da Funarte (Fundação Nacional de Artes, do governo federal), o ProAC (Programa de Ação Cultural, mantido pelo governo de São Paulo)  e leis de incentivo fiscal possibilitam que projetos de escultura recebam apoio. No entanto, a concorrência é acirrada e a escultura segue como um nicho pouco contemplado, o que reforça a sensação de invisibilidade entre os artistas da área.

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Último final de semana do evento ficou marcado por performances que misturaram passado, presente e futuro
por
Jessica Castro
Vítor Nhoatto
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16/09/2025 - 12h

A segunda edição do festival The Town se despediu de São Paulo com um resultado positivo e bastante barulho. Durante os dias 12, 13 e 14 de setembro, pisaram nos palcos do Autódromo de Interlagos nomes como Backstreet Boys, Mariah Carey, Ivete Sangalo e Katy Perry.

Realizado a cada dois anos em alternância ao irmão consolidado Rock In Rio, é organizado também pela Rock World, da família do empresário Gabriel Medina. Sua primeira realização foi em 2023, em uma aposta de tornar a cidade da música paulista, e preencher o intervalo de um ano do concorrente Lollapalooza.

Mais uma vez em setembro, grandes nomes do cenário nacional e internacional atraíram 420 mil pessoas durante cinco dias divididos em dois finais de semana. O número é menor que o da estreia, com 500 mil espectadores, mas ainda de acordo com a organizadora do evento, o impacto na cidade aumentou. Foram movimentados R$2,2 bilhões, aumento de 21% segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Após um primeiro final de semana marcado por uma apresentação imponente do rapper Travis Scott no sábado (6), único dia com ingressos esgotados, e um domingo (7) energético com o rock do Green Day, foi a vez do pop invadir a zona sul da capital. 

Os portões seguiram abrindo ao meio dia, tal qual o serviço de transporte expresso do festival. Além disso, as opções variadas de alimentação, com opções vegetarianas e veganas, banheiros bem sinalizados e muitas ativações dos patrocinadores foram pontos positivos. No entanto, a distância entre o palco secundário (The One) e o principal (Skyline), além da inclinação do terreno no último, continuaram provocando críticas.

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Segundo estudo da FGV, 177 mil litros de chope e 106 mil hambúrgueres foram consumidos nos 5 dias de evento - Foto: Live Marketing News / Reprodução

Sexta-feira (12)

Jason Derulo animou o público na noite de sexta com um espetáculo cheio de energia e coreografias impactantes. Em meio a hits como “Talk Dirty”, “Wiggle” e “Want to Want Me”, o cantor mesclou pop e R&B destacando sua potência vocal, além de entregar muito carisma e sensualidade durante a apresentação.

A noite, aquecida por Derulo, ganhou clima nostálgico com os Backstreet Boys, que transformaram o palco em uma viagem ao auge dos anos 90. Ao som de clássicos como “I Want It That Way” e “As Long As You Love Me”, a plateia virou um grande coral emocionado, enquanto as coreografias reforçavam a identidade da boyband. Três décadas depois, o grupo mostrou que ainda sabe comandar multidões com carisma e sintonia.

Com novo visual, Luísa Sonza enfrentou o frio paulista com um figurino ousado e um show cheio de atitude no Palco The One. Além dos próprios sucessos que a consagraram no pop, a cantora surpreendeu ao incluir releituras de clássicos da música brasileira, indo de “Louras Geladas”, do RPM, a uma homenagem emocionante a Rita Lee com “Amor e Sexo”. A mistura de hits atuais, performances coreografadas e referências à MPB agitou a platéia.

E completando a presença de potências nacionais, Pedro Sampaio fez uma apresentação histórica para o público e para si, alegando que gastou milhões para tudo acontecer. A banda Jota Quest acalentou corações nostálgicos, e nomes em ascensão no cenário do funk e rap como Duquesa e Keyblack agitaram a platéia. 

Sábado (13)

No sábado (13), o festival reuniu diferentes gerações da música, com encontros que alternaram festa, emoção e mais nostalgia. Ivete Sangalo levou a energia de um carnaval baiano para o The Town. Colorida, divertida e sempre próxima da multidão, fez do show uma festa ao ar livre, com direito a roda de samba e participação surpresa de ritmistas que incendiaram ainda mais a apresentação. O repertório, que atravessa gerações, transformou a noite em um daqueles encontros em que ninguém consegue ficar parado.

Mais íntimo e afetivo, Lionel Richie trouxe outro clima para a noite fria da cidade da música. Quando sentou ao piano para entoar “Hello”, parecia que o festival inteiro tinha parado para ouvi-lo. A emoção foi tanta que, dois dias depois, o cantor usou as redes sociais para agradecer pelo carinho recebido em São Paulo, declarando que ainda sentia o amor do público brasileiro.

A diva Mariah Carey apostou no glamour e em seu repertório de baladas imortais. A performance, embora marcada por certa distância, encontrou momentos de brilho quando dedicou uma música ao público brasileiro, gesto que foi recebido com emoção. Hits como “Hero” e “We Belong Together” reafirmaram o status da cantora como uma das maiores vozes do pop mundial.

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Vestindo as cores do Brasil, Mariah manteve seu estilo pleno, o que não foi positivo dessa vez - Foto: Ellen Artie

O festival também abriu espaço para outras vozes marcantes. Jessie J emocionou em um show acústico intimista, feito apesar de estar em tratamento contra um câncer de mama — e que acabou sendo o único da cantora na América do Sul após o cancelamento das demais datas na América do Norte e Europa. 

Glória Groove incendiou o público com sua potência performática e visual, enquanto Criolo trouxe poesia afiada e versos de impacto, lembrando a força política do rap. MC Livinho levou o funk a outro patamar e anunciou seu novo projeto de carreira em R&B. Péricles encerrou sua participação em clima caloroso de roda de samba, onde cada espectador parecia parte de um grande encontro entre amigos.

Domingo (14)

Com Joelma, o The Town se transformou em um baile popular de cores, brilhos e danças frenéticas. A cantora revisitou sucessos da época da banda Calypso e apresentou a força de sua carreira solo, mas também abriu espaço para artistas nortistas como Dona Onete, Gaby Amarantos e Zaynara. 

O gesto deu visibilidade a uma cena muitas vezes esquecida nos grandes festivais e reforçou sua identidade como representante da cultura amazônica. Com plateia recheada, a artista mostrou que a demanda é alta.

No início da noite, em um horário um pouco melhor que sua última apresentação no Rock In Rio, Ludmilla mobilizou milhares de pessoas no palco secundário. Atravessando hits de sua carreira como “Favela Chegou”, “É Hoje” e sucessos do Numanice, entregou presença de palco e coreografias sensuais. A carioca também surpreendeu a todos com a aparição da cantora estadunidense Victória Monet para a parceria “Cam Girl”.

Sem atrasos, às 20:30, foi a vez então de Camila Cabello levar ao palco o último show da C,XOXO tour. A performance da cubana foi marcada pelo seu carisma e declarações em português como “eu te amo Brasil” e “tenho uma relação muito especial com o Brasil [...] me sinto meio brasileira”. Hits do início de sua carreira solo animaram, como “Bad Kind Of Butterflies” e “Never Be The Same”, além de quase todas as faixas do seu último álbum de 2024, que dá nome à turnê, como “HE KNOWS” e “I LUV IT”. 

A performance potente e animada, que mesclou reggaeton e eletrônica, ainda contou com o funk “Tubarão Te Amo” e uma versão acapella de “Ai Se Eu Te Pego” de Michel Teló. Seguindo, logo após “Señorita”, parceria com o seu ex-namorado, Shawn Mendes, ela cantou “Bam Bam”, brincando com a plateia que aquela canção era para se livrar das pessoas negativas. Vestindo uma camiseta do Brasil e com uma bandeira, encerrou o show de uma hora e meia com “Havana”.

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Com coreografia, grande estrutura metálica e vocais potentes, Camila entregou um show de diva pop - Foto: Taba Querino / Estadão

Para encerrar o festival, Katy Perry trouxe espetáculo em grande escala, mas não deixou faltar momentos de intimidade. A apresentação iniciada pontualmente às 23h15 teve direito a pirotecnias, muitos efeitos especiais e um discurso emocionante da cantora sobre a importância de trazer sua turnê para a América do Sul. 

Em meio a cenários lúdicos, trocas de figurino e um repertório recheado de hits, Katy Perry chamou o fã André Bitencourt ao palco para cantarem juntos “The One That Got Away”, o que levou o público ao delírio. O show integrou a turnê The Lifetimes World Tour, e deixou a impressão de que a artista fez questão de entregar em São Paulo um dos capítulos mais completos dessa jornada.

No último dia, outros públicos foram contemplados também, com o colombiano J Balvin, dono de hits como “Mi Gente”, e uma atmosfera poderosa com IZA de cleópatra ocupando o palco principal no início da tarde. Dennis DJ agitou com funk no palco The One e, completando a proposta do festival de dar espaço a todos os ritmos e artistas, Belo e a Orquestra Sinfônica Heliópolis marcaram presença no palco Quebrada. 

A cidade da música em solo paulista entregou o que prometia, grandes estruturas e um line up potente, mas ainda segue construindo sua identidade e se aperfeiçoando. A terceira edição já foi inclusive confirmada para 2027 pelo prefeito Ricardo Nunes e a vice-presidente da Rock World, Roberta Medina em coletiva na segunda-feira (15).

Festival reúne multidões, entrega shows históricos e consagra marco na cena musical brasileira
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
Yasmin Solon
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10/09/2025 - 12h

Com mais de 100 mil pessoas por dia, o The Town estreou no último fim de semana, 6 e 7 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Travis Scott encerrou o sábado (6) no palco Skyline com um show eletrizante, enquanto Lauryn Hill emocionava fãs no palco The One ao lado dos filhos YG e Zion Marley. No domingo (7), os destaques ficaram por conta de Green Day e Iggy Pop, além de apresentações de Bad Religion, Capital Inicial e CPM 22.

O festival retoma a programação nos dias 12, 13 e 14 de setembro, com shows de Backstreet Boys, Mariah Carey, Lionel Richie e Katy Perry.

“The Flight”: o balé aéreo que surpreendeu no The Town. Foto: Khadijah Calil
“The Flight”: o balé aéreo que surpreendeu no The Town. Foto: Khadijah Calil 
Fãs aguardam o início dos shows no gramado do Autódromo de Interlagos. Foto: Khadijah Calil
Fãs aguardam o início dos shows no gramado do Autódromo de Interlagos. Foto: Khadijah Calil 
Espalhados pelo Autódromo de Interlagos, brinquedos e atrações visuais oferecem ao público momentos de lazer entre os shows. Foto: Khadijah Calil
Espalhados pelo Autódromo de Interlagos, brinquedos e atrações visuais oferecem ao público momentos de lazer entre os shows. Foto: Khadijah Calil 
Capital Inicial leva o rock nacional ao palco Factory, na abertura do segundo dia. Foto: Khadijah Calil
Palco Factory, que recebeu o Capital Inicial na abertura do segundo dia. Foto: Khadijah Calil 
Palco Skyline iluminado durante o show de encerramento do sábado (6). Foto: Lais Romagnoli
Palco Skyline iluminado durante o show de encerramento do sábado (6). Foto: Lais Romagnoli
Iluminação e cenografia transformam Interlagos durante a primeira edição do festival. Foto: Lais Romagnoli
Iluminação e cenografia transformam Interlagos durante a primeira edição do festival. Foto: Lais Romagnoli
Matuê leva o trap nacional ao palco The One no primeiro dia de festival. Foto: Yasmin Solon
Matuê leva o trap nacional ao palco The One no primeiro dia de festival. Foto: Yasmin Solon
Público lota a Cidade da Música durante o primeiro fim de semana do The Town. Foto: Yasmin Solon
Público lota a Cidade da Música durante o primeiro fim de semana do The Town. Foto: Yasmin Solon

 

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Colombiana ficou conhecida por misturar crítica social, poesia e arte
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
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09/09/2025 - 12h

 

Da Colômbia para o Edifício Pina Luz, Beatriz González ganha uma homenagem em celebração aos seus mais de 60 anos de carreira. Na Pinacoteca de São Paulo, a exposição Beatriz González: a imagem em trânsito reúne mais de 100 trabalhos da artista, produzidos desde a década de 1960.

Beatriz González
Beatriz González trabalha em sua obra 'Telón de la móvil y cambiante naturaleza', de 1978. Foto: Reprodução.

Reconhecida como uma das maiores personalidades da arte latino-americana, a colombiana se destacou ao transformar peças de mobiliário em pinturas. Com a política e cultura de seu país como inspiração, Beatriz combina crítica social e poesia em suas telas, como em Yolanda nos Altares, onde representa agricultores que lutavam pela devolução de suas terras, roubadas por um grupo paramilitar. 

A artista tem sua primeira mostra individual no Brasil espalhada por sete salas da Pinacoteca. A última vez que suas obras foram expostas no Brasil foi em 1971, na 11ª Bienal de São Paulo.

Logo no início da mostra, o público se depara com um espaço dedicado à reprodução e circulação artística na mídia. Um dos trabalhos mais icônicos da artista, Decoración de interiores, marca presença na sala. Uma cortina estampada com o retrato do então presidente da época (1978-1982), Julio César Turbay, questiona o peso da hierarquia presidencial.

Obra
'A Última Mesa'. Foto: Reprodução

 

Do conflito armado colombiano até suas vivências em comunidades indígenas, González extrai registros da imprensa para suas pinceladas. Entre as obras expostas, Los Suicidas del Sisga toma forma a partir de um caso real sobre um duplo suicídio cometido por um casal, refletindo sobre os códigos que vinculam a imagem à crônica policial e sua reprodução nos meios de comunicação de massa. Mais tarde, Beatriz passa a focar na iconografia política colombiana, como a tomada do Palácio da Justiça.

No catálogo, também estão releituras de clássicos contemporâneos. Entre elas, González dá uma nova cara a Mulheres no jardim, de Claude Monet, em Sea culto, siembre árboles regale más libros.

A série Pictogramas particulares encerra a exposição. Nela, a colombiana lança luz sobre a migração forçada, desastres ambientais e a violência nos territórios rurais. A partir de placas de trânsito, a artista representa hipóteses de crise social.

Em cartaz até 1º de fevereiro de 2026, a mostra conta com curadoria de Pollyana Quintella e Natalia Gutiérrez.

Serviço:

  • Local: edifício Pina Luz
  • Data: de 30 de agosto até 1 de fevereiro de 2026
  • Endereço: Praça da Luz, 2, Bom Retiro, São Paulo — SP
  • Valor: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). Gratuito aos sábados
  • Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
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Evento gratuito acontecerá nos dias 17 e 18 e conta com programação cultural completa em São Paulo
por
Victor Trovão
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16/08/2024 - 12h

No sábado e domingo (17 e 18), ocorrerá o Festival da Cultura Coreana que inicia sua 17ª edição no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. O evento, com entrada gratuita, promete uma rica programação cultural que abrange shows, literatura, esportes, dança, oficinas de arte e culinária. As atividades serão distribuídas entre o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB), localizado no espaço Oswald de Andrade, e a Praça Cel. Fernando Prestes (Praça Tiradentes).

Realizado pela Associação Brasileira dos Coreanos com o apoio do Centro Cultural Coreano no Brasil, do Comitê de Desenvolvimento do Bom Retiro (Feira do Bom Retiro) e da Prefeitura de São Paulo, o festival reunirá milhares de apreciadores da cultura, arte e gastronomia coreana. 

Entre os destaques do festival está a performance da boy band NTX, no sábado, seguida por um Meet & Greet em que os os fãs interagem com os membros do grupo. No mesmo dia, ocorre a final do Concurso K-Pop (gênero musical de pop coreano) Festival, que reunirá os melhores covers brasileiros de K-pop na disputa pelo prêmio principal.

O festival também proporcionará uma variedade de experiências culturais, incluindo literatura coreana e demonstrações de Taekwondo. Para completar, haverá barracas oferecendo comidas típicas, como kimbap e topokki, e produtos de beleza coreanos, permitindo aos visitantes uma imersão ainda mais completa na cultura da Coreia.

O evento tem como propósito celebrar a cultura e a  data da primeira imigração coreana registrada no Brasil, que em 2024 completa 61 anos. O primeiro grupo de imigrantes chegou no município de Santos, a princípio, com 109 pioneiros partindo de Busan, em 1963. Ao longo dos anos, os estados que mais receberam a população coreana foram São Paulo e o Paraná, respectivamente. 

Arte para divulgação do festival
Arte para a divulgação do evento, Imagem por Associação Brasileira dos Coreanos, divulgação 


 
Cancelamento de atividades no domingo 

O evento, inicialmente programado para acontecer durante todo o final de semana, teve as atividades programadas para o segundo dia (domingo) de festival - na Praça Coronel Fernando Prestes - canceladas, devido ao Concurso Público Nacional Unificado. A razão é que nenhum evento público poderá ser realizado no dia do concurso. Em um comunicado oficial, as redes sociais do encontro lamentaram o cancelamento. 

“Embora seja uma situação além do nosso controle, lamentamos profundamente os transtornos causados por esta decisão. No Oswald de Andrade, as atividades ficam mantidas no sábado e no domingo. Estamos solidários com todos os participantes, especialmente aqueles que já haviam feito planos de viagem de outras cidades e estados para prestigiar o evento. Entendemos o quanto este festival significa para a comunidade e para todos os fãs da cultura coreana, e estamos comprometidos em fazer o nosso melhor para compensar esta perda com mudanças na programação de sábado na Praça Coronel Fernando Prestes para que seja um dia mais que especial”, informou a organização do festival. 

Programação completa

Sábado (17) 

14h – Nabilera in Samba (espaço Oswald de Andrade)

15h – Apresentação dos alunos de Taekwondo e K-pop (espaço Oswald de Andrade)

15h30 – K-Debate / Literatura (espaço Oswald de Andrade)

16h – Oficina de arte em carvão (espaço Oswald de Andrade)

17h – Bate-papo HOME DUO 

17h – K-pop Festival (palco principal)

17h – K-Debate / K-Drama (espaço Oswald de Andrade)

19h – DJ Sung Ju No (espaço Oswald de Andrade)

19h – Show do NTX (palco principal) 
 

Domingo (18) 

13h30 – Meet & Greet NTX (espaço Oswald de Andrade)

14h – Gayageum – Gayagatos (espaço Oswald de Andrade)

15h – EMMSP e Coral Sejong (espaço Oswald de Andrade)

16h – Apresentação HOME DUO (espaço Oswald de Andrade)

16h – Oficina de arte com tinta (espaço Oswald de Andrade) 
 
17h – DJ Sung Ju No (espaço Oswald de Andrade) 
 
- Informações importantes 

Datas e horários:  17 de agosto, das 11h às 20h

Custo: Gratuito 

Endereço:  Praça Tiradentes -  Av. Tiradentes, 551 - Luz (Estação Tiradentes - Linha Azul) 

Festival
Última edição do Festival da Cultura Coreana, foto por Victor Trovão 

 

Barracas
Barracas de gastronomia coreana do Festival, foto por Victor Trovão 

 

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Maior evento de animes do país ocorreu no último mês, no Distrito Anhembi
por
Lucca Cantarim dos Santos
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07/08/2024 - 12h

Anime Friends, um dos maiores eventos de anime e cultura japonesa do país, marcou seu retorno nos dias 18 a 21 de julho. Sediado no Distrito Anhembi, o encontro reuniu cosplayers, - pessoas que se fantasiam e interpretam um personagem - artistas independentes, fãs, dubladores e muito mais.

Um diferencial importante do encontro há anos é a existência do primeiro dia (quinta-feira, 18) gratuito, mediante ingresso reservado previamente no sistema Ticket 360, permitindo que uma ampla parcela da população possa frequentar e usufruir das diferentes atrações oferecidas pelos organizadores.

 

Uma oportunidade para os artistas

O evento oferece diversas atividades e atrações como karaokê, shows, palestras, entre outras. Entre elas, destaca-se o Beco dos Artistas (também chamado de “Artists Alley”, em inglês), uma área dedicada para artistas independentes que alugam espaços para a venda de produtos autorais, como broches, cartazes e adesivos.

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Visitantes comprando no "Beco dos Artistas"                       Foto: Lucca Cantarim/Agemt

Sarah Souza, frequentadora assídua do evento, afirma que o Artists Alley é sua atração favorita: “Os artistas são muito receptivos e atenciosos, sempre me sinto abraçada estando ali”. Sendo artista, ela completa que sempre se sente inspirada pela diversidade de produtos e estilos quando visita as mesas.

Outra artista que também foi ao Anime Friends como visitante, Mel Duarte Munhoz, comenta: “Como eu mesma sou artista, adorei ir no Artists Alley. Poder ver diversos artistas maravilhosos vendendo desde adesivos a posters e ainda, broches, que têm vários estilos diferentes e únicos, e ter acesso a tanta arte é simplesmente fenomenal.”

A comitiva do Anime Friends aumentou a quantidade de artistas desde o ano passado, fator importante para que mais artistas possam ter a oportunidade de divulgar seus trabalhos.

 

Visitas de fora

Além do Beco dos Artistas, frequentadores também tiveram acesso a diversas palestras e shows. Na quinta-feira, por exemplo, a banda cover brasileira Senpai Old School se apresentou no palco principal do Anhembi.

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Show da banda "Senpai Old School", na quinta-feira (18)           Foto: Lucca Cantarim/Agemt

Já na sexta, ocorreu a visita do “Seiyuu” (termo usado para se referir aos dubladores japoneses) Yuki Kaji, responsável pela voz de Eren Yeager, do anime “Attack on Titan”, Ver o dublador foi para Sarah “uma experiência sem tamanho”.

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Dublador Kaji Yuki             Foto: Dick Thomas Johnson/Flickr

Os organizadores seguem trazendo atrações inéditas e amadas pelo público, como a banda ClariS, que fez a primeira abertura do anime “Madoka Magica” ou o “Bandai Namco Live Music Festival”. Nas palavras de Sarah: “foi uma quantidade bem generosa de atrações e uma experiência incrível poder vê-los aqui, espero que mais oportunidades como essas venham a acontecer no futuro!”.

 

Acessibilidade e Locomoção

Apesar de ser um lugar muito extenso, se locomover pelo auditório é uma tarefa simples. O lugar não tinha escadas, o que facilitava a acessibilidade de pessoas com deficiência motora, por exemplo.

Além disso, o aumento do espaço desde o ano passado garantiu um ambiente tranquilo e menos lotado, até mesmo com a grande quantidade de visitantes no dia gratuito. Mel disse que não se sentiu sufocada em nenhum momento, e Sarah reforçou: “Senti que o espaço estava muito bem distribuído, permitindo assim um ambiente mais agradável para se locomover entre os estandes e palcos.”

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Quinta-feira, 18 de Julho, dia gratuito na Anime Friends          Foto: Lucca Cantarim/Agemt

Os organizadores também oferecem um ônibus gratuito da estação Portuguesa-Tietê do metrô até o Anhembi, o que facilita o acesso ao evento.

 

Uma experiência memorável

O Anime Friends é uma experiência inesquecível para muitos dos fãs de Cultura Pop asiática, seja por encontrar diversas pessoas fantasiadas de personagens amados, ou para elas mesmas apresentarem seus cosplays pelos corredores e no desfile. Para Mel, esse foi o ponto alto do evento: “É incrível ver o trabalho e amor que as pessoas colocam nas fantasias e como elas interpretam os personagens”.

“Em geral, poder ter contato com pessoas que compartilham dos mesmos interesses que você é maravilhoso, principalmente porque muitos desses interesses são mais incomuns”, finalizou ela, reforçando a importância desse encontro para muitas pessoas.

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Conheça um pouco mais sobre o país sede das Olimpíadas em 2024.
por
Julia Takahashi
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22/07/2024 - 12h

Estamos em contagem regressiva para o início dos jogos Olímpicos 2024, e o AGEMT pelo Mundo vai à França para percorrer as cidades que serão palcos das mais de 40 modalidades e desfrutar o melhor da história e da cultura francesa.

Vamos conhecer mais sobre cidades como Lille, Vaires-sur-Marne, Marselha, Lyon, Bordeaux, Saint-Étienne, Versailles, Nice, Nantes, Nanterre e, claro, Paris.

Conhecida como cidade do amor, a capital francesa será a cidade-sede desta edição dos jogos, recebendo a modalidades como: basquete, ginástica artística e de trampolim, vôlei, tênis de mesa, boxe, entre outros que você pode conferir ao final da matéria.

Uns dos mais impressionantes são a Esgrima e o Taekwondo que serão disputados no monumento histórico: o Grand Palais, considerado um dos principais museus da capital. A Torre Eiffel não fica de fora, e será plano de fundo do vôlei de praia.

fachada do Grand Palais
Vista da fachada do Grand Palais | por Sortiraparis

 

Versalhes sediará o hipismo, o palácio é o principal ponto da cidade e foi símbolo de poder e riqueza durante a monarquia absolutista da França, sendo casa da coroa francesa até 1789, início da Revolução Francesa, e que levou o Rei Luís XVI e Maria Antonieta a se mudarem para Paris.

De fato, a França é rica em histórias, curiosidades e, principalmente, castelos. Um deles é o Chenonceau, ao norte do país, a 230km de Versalhes. A cidade não está na lista das olimpíadas, mas vale a pena a curiosidade: Esse palácio carrega sete histórias de mulheres e uma delas é a disputa entre a Rainha Catarina de Médicis e a amante do Rei, Diana de Poitiers.

Na época, o Rei Henrique II construiu o castelo para sua amante, se dedicando até na ponte sobre o rio para facilitar a entrada e saída da caça a cavalo que Diana gostava de realizar, deixando a Rainha furiosa. Quando o rei morreu, Catarina expulsou a amante do castelo e construiu ao lado um jardim mais bonito para ela.

castelo de chenonceau
Vista do Castelo de Chenonceau e de ambos os jardins disputados | Fonte: Pinto Lopes  

 

Um século depois, sob cuidados da Rainha Luísa de Lorena, após a morte do marido Henrique III, ordenou que o todo seu aposento fosse pintado de preto como forma de luto e a mulher só caminhava de branco pelo palácio. Quando a Rainha faleceu, a filha do casal, Francisca, recebeu o castelo como herança, tendo apenas 6 anos, e continuou morando mesmo quando casou com o Duque de Vendôme. Já no século XVIII, o palácio foi comprado pela estudiosa Louise Dupin, que acolheu grandes pensadores do Iluminismo, inclusive Rousseau. Depois passou a ter um hospital dentro do castelo, durante a Primeira Guerra Mundial, passando para os cuidados de Simone Menier.

Entre as cidades das olimpíadas está Lyon. Berço do cinema, que se originou pelos irmãos Lumière, Auguste e Louis, crescidos na cidade, também conhecida como capital culinária do mundo. Já o Surfe vai acontecer fora da França, na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa, em Teahupo’o, que significa "Crânios Esmagados" e é um dos destinos mais desejados pelos surfistas.

Confira as localidades que sediarão os jogos:

Cidades que acontecerão os jogos Olímpicos 2024

Em Paris, na Arena Bercy, acontecerá o basquete, a ginástica artística e de trampolim, a ginástica rítmica ficará na Arena Porte de la Chapelle, junto com o badminton. Na Arena do Campo de Marte, o judô, ao lado da Torre Eiffel, com o vôlei de praia.

O boxe e o pentatlo moderno acontecerão na Arena Paris Norte, e o handebol, levantamento de peso, tênis de mesa e vôlei na Arena Paris Sul. A natação e o polo aquático ocorrerão na Arena Paris la Défense.

Ainda em Paris, o Parc des Princes será palco do futebol. Na Ponte Alexandre III terá o ciclismo de estrada, maratona aquática e o triatlo, já o boxe e o tênis no Estádio Roland Garros. Na Place de la Concorde, acontecerá o basquete 3x3, o breaking, o ciclismo BMX freestyle e o skate.

O atletismo acontecerá no Hotel de Ville, próximo ao Rio Sena, onde fica a prefeitura, na Esplanada des Invalides, um dos jardins mais bonitos de Paris, junto com o ciclismo de estrada e o tiro com arco, e no Trocadéro, junto com o ciclismo de estrada.

O atletismo vai ter disputas em Saint-Denis, a 10 km da capital francesa, no Estádio de France, com o Rugby Sevens. No Centro Aquático, acontecerá o nado artístico, polo aquático e os saltos ornamentais. O tiro esportivo será em Chateauroux, o ciclismo de mountain bike, na Colina de Elancourt, o ciclismo BMX racing e o ciclismo de pista, em Montigy-le-Bretonneux.

Na Marinha de Marselha, ao sul da França, acontecerá a Vela e no Estádio da cidade, o futebol. O futebol também terá como palco o Estádio de la Beaujoire, em Nantes, no Geoffroy Guichard, em Saint-Etienne, no Estádio de Lyon, no Estádio de Nice, e no Estádio Bordeaux.

Por fim, a escalada acontecerá a 20 km da capital parisiense, em Le Bourget, no Estádio Pierre Mauroy. Na Villeneuve-d’Ascq, acontecerá o basquete e também o Handebol, e no Estádio náutico de Vaires-sur-Marne, a canoagem de velocidade, canoagem slalom e o remo. O Hóquei sobre grama em Colombes e o Golfe de Saint-Quentin-en-Yvelines.

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A mostra traz sete obras que retratam a década de 50 na Coreia do Sul
por
Victor Trovão
|
05/07/2024 - 12h

Entre os dias 4 e 7 de julho a Cinemateca Brasileira, em parceria com o Korean Film Archive (KOFA), apresenta a mostra “Coreia do Sul, anos 50: clássicos restaurados”. O projeto contará com a exibição de sete obras produzidas durante a década de 1950 no país, e tem como propósito a celebração dos 50 anos de trabalhos feitos pelo KOFA na preservação e restauração de filmes. 

De acordo com a divulgação da Cinemateca, a curadoria selecionou filmes históricos para a mostra: “produzidos à sombra da Guerra da Coreia (1950-1953), resultado da divisão da península coreana em dois países no contexto da Guerra Fria, muitos dos filmes refletem a dura realidade do conflito armado”, relata. 

No período em que as obras foram produzidas, a Coreia do Sul engatinhava em seus primeiros projetos cinematográficos. Com o passar dos anos, a nação coreana foi inteiramente transformada, à medida que viveu um milagre econômico e entrou para o time das nações desenvolvidas, bem como uma das maiores potências na exportação de cultura, especialmente pelo cinema e K-pop.

Nesse sentido, a maioria dos filmes selecionados para a mostra foram produzidos durante as fases complexas que o país passou, marcadas pelos conflitos no contexto da Guerra Fria. As obras ilustram e contam a história dos cidadãos sul-coreanos e a realidade de suas vidas inseridas em um contexto de guerra. 

Dessa forma, sete filmes completam a mostra ao contar a história da Coreia do Sul pelo cinema. São eles: Rio Nakdong (Jeon Chang-keun, 1952), Piagol (Lee Kang-cheon, 1955), A viúva (Park Nam-ok, 1955),  Madame Liberdade (Han Hyeong-mo, 1956), O dia do casamento (Lee Byeong-il, 1956), Dinheiro (Kim So-dong, 1958), e A flor no inferno (Shin Sang-ok, 1958). 

Para os interessados em participar e assistir a exibição dos projetos, vale lembrar que a programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.  Os filmes serão transmitidos na Sala Grande Otelo da Cinemateca, localizada na rua Largo Sen. Raul Cardoso, 207, no bairro Vila Clementino em São Paulo. 

O KOFA é o único arquivo de filmes na Coreia do Sul com cobertura nacional. Foi fundado em Seul em 1974 como uma organização sem fins lucrativos. Em 1976, ingressou na Federação Internacional de Arquivos de Filmes (FIAF) como observador e tornou-se membro pleno em 1985. Suas principais funções são coletar, preservar e categorizar filmes e materiais relacionados, bem como promover a acessibilidade às suas coleções. Desse modo, a maioria dos originais e cópias restantes de filmes coreanos são preservados no instituto.

Confira a programação, horários e mais informações dos filmes abaixo: 

 

Programação 

- Quinta-feira | 04/07 

O Dia do casamento | 20h

Mestre Maeng está animado com o casamento iminente de sua filha, Sip-bun, com uma família influente. Antes da cerimônia, ele ouve um rumor de que o noivo tem uma deficiência física. Preocupado com isso, ele decide casar sua empregada, Ip-bun, no lugar de Sip-bun. No entanto, quando o noivo chega ao casamento, ele se revela muito diferente do que Maeng esperava.

 

Cena do filme “O Dia do Casamento”. Foto: Cinemateca/Reprodução 
Cena do filme “O Dia do Casamento”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Sexta-feira | 05/07

Rio Nakdong | 19h 

Depois de se graduar, Il-ryeong volta para sua cidade natal, uma pequena vila próxima ao rio Nakdong. Ok-Nam, seu amante, também é o professor da aldeia. A obra  retrata como eles, juntos, colaboram para educar os moradores e melhorar a qualidade de vida na comunidade.

Cena do filme “Rio Nakdong”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Rio Nakdong”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

Piagol  | 20h 

Após o término da Guerra da Coreia, um grupo de guerrilheiros da Coreia do Norte se esconde em uma área rural do Sul. A trama é contada por meio do conflitos de ciúmes e rivalidades entre os personagens, que começam a prejudicar suas relações, enquanto um dos membros do grupo planeja secretamente desertar.

 

Cena do filme “Piagol”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Piagol”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Sábado | 06/07

A Viúva | 17h  

O quarto longa-metragem que compõe a mostra conta a história de Shin-ja, que vive com sua filha Ju e tem o apoio financeiro de Sung-jin, amigo de seu marido morto na Guerra da Coreia. Sung-jin se apaixona por Shin-ja, fazendo com que sua esposa fique com ciúmes e corra atrás do jovem Taek. No entanto, uma reviravolta acontece na trama quando ele salva Ju de um afogamento, e pouco a pouco Shin-ja se apaixona por ele.

 

Cena do filme “A Viúva”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “A Viúva”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

Madame Liberdade |19h  

Neste filme, a esposa do professor universitário Tae-yeon, deseja trabalhar em uma boutique para ter seu próprio dinheiro. Apesar da relutância inicial de seu marido, ela eventualmente concorda. A partir de então, sua esposa Seon-yeong conhece Chun-ho, um jovem vizinho, e passa a se sentir atraída por ele. Ao mesmo tempo, ela começa a frequentar bailes de soldados americanos com sua amiga Yoon-joo, entrando em uma explosão de sentimentos, desejos e sonhos. 

 

Cena do filme “Madame Liberdade ”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Madame Liberdade ”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

- Domingo | 07/07

Dinheiro | 16h 

O penúltimo título retrata Bong-soo, um fazendeiro honesto e trabalhador, em uma situação financeira delicada ao modo que não apresenta sinais de melhora, mesmo com o seu esforço. Por isso, ele teve que adiar repetidamente o casamento de sua filha devido a dificuldades, fazendo-o vender sua colheita que acaba sendo perdida inteiramente em jogos de azar. Em seguida, desesperado e influenciado pela pressão das dívidas, ele vende o gado da família, apenas para perdê-lo todo para um trapaceiro.

 

Cena do filme “Dinheiro”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “Dinheiro”. Foto: Cinemateca/Reprodução 

 

A Flor no Inferno | 19h 

Por último, em “A Flor no Inferno” Dong-shik é um jovem do campo ingênuo que acaba de chegar à capital à procura de seu irmão. Na agitação das ruas e na presença das bases do exército americano na cidade pós-guerra, Dong-shik descobre que seu irmão Young-shik se envolveu em atividades criminosas e está romanticamente ligado a Sonya, uma prostituta. Dong-shik tenta persuadi-lo a retornar juntos para sua cidade natal, mas logo se encontram em um complexo triângulo amoroso.

 

Cena do filme “A Flor no Inferno”. Foto: Cinemateca/Reprodução
Cena do filme “A Flor no Inferno”. Foto: Cinemateca/Reprodução

 

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Recheada de exposições, a cidade oferece diversas opções para curtir neste inverno
por
Victória da Silva
|
02/07/2024 - 12h

 

Após a grande quantidade de festas juninas do mês anterior, julho chega com as férias e o clima ainda mais frio que não impede os passeios e a diversão. Confira aqui algumas atrações interessantes para visitar na capital paulista e fora dela:

Diversão:

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Apresentação de uma das orquestras do Festival em evento anterior. Foto: Reprodução site do Festival de Inverno de Campos do Jordão.

 

Festival de Inverno de Campos do Jordão 2024

Essa será a 54ª edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão, um dos maiores festivais de música da América Latina, possuindo mais de 60 concertos de diferentes artistas. Pela primeira vez o evento não só receberá sinfônicas nacionais, mas também internacionais.

Quando: 29 de junho até 28 de julho. 

Onde: Três espaços em Campos do Jordão e dois na capital (Sala São Paulo e Instituto Mackenzie).

Ingressos: Entrada gratuita.

Festa Julina no Memorial da América Latina

Assim como as festas juninas, o Memorial da América Latina será repleto de barracas de comidas típicas como cachorro quente, canjica, milho cozido e maçã do amor. A festa contará, claro, com muita música e será um ambiente agradável e uma boa opção para quem não conseguiu curtir em junho.

Quando: 27 e 28 de julho. 

Onde: Memorial da América Latina

Ingressos: Entrada gratuita.

Neon Brush

Antes conhecido como Paint in the Dark, o Neon Brush é um workshop de pintura em um ambiente retrô-futurista. A atividade consiste em pintar no escuro, já que o espaço possui luz negra permitindo uma experiência artística diferente. Além do mais, o local tem decoração fluorescente que contribui para a vivência e disponibiliza diversas bebidas incluídas na compra do ingresso.

* Evento permitido apenas para maiores de 18 anos.

Quando: 10 de julho até 01 de setembro. 

Onde: Teatro da Rotina.

Ingressos: Inteira - R$180,00 e Meia Entrada - R$90,00.

Exposições:

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Uma das áreas da exposição do Michelangelo. Foto: Governo do Estado de São Paulo

 

Michelangelo o mestre da Capela Sistina

Essa exposição imersiva que duraria somente até junho foi prorrogada para o dia 30 de julho. Emocionando os fãs de Michelangelo, a experiência é repleta de projeções e uma infraestrutura que faz o espectador se transportar para dentro das obras.

Quando: Até 30 de julho. 

Onde: MIS EXPERIENCE

Ingressos: Entrada gratuita nas terças-feiras;

Efeito Japão: moda em 15 atos

A exposição apresenta por meio de peças de designers renomados as transformações da moda do Japão entre 1950 e os anos 2000. Exibição interessante para aqueles que apreciam moda, beleza e vestuário.

Quando: Até 01 de setembro. 

Onde: Japan House

Ingressos: Entrada gratuita.

Colecionismo: o belo, o raro, o único

Exposição que aborda o tema da coleção de objetos, possuindo um grande acervo dos mais variados utensílios, peças, instrumentos e acessórios. Por um lado, a abordagem trazida é o valor sentimental que tal objeto tem para ser colecionado, por outro a patologia de não conseguir se desfazer dos artefatos.

Quando: Até 14 de julho. 

Onde: Farol Santander

Ingressos: Santander - R$36,00, Meia Entrada - R$20,00 e Inteira - R$40,00.

A. R. L. Vida e Obra

Onças, galos, vacas, bêbados, mulheres e até mesmo presidentes são temas retratados por Antônio Roseno de Lima, personalidade destaque da exposição. Segundo o CCBB, o autor foi um “artista outsider” descoberto por outro curador da mostra, Geraldo Porto, professor doutor do Instituto de Artes da UNICAMP.

Quando: Até 19 de agosto. 

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)

Ingressos: Entrada gratuita.

Teatro:

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Cena do Teatro “A Filha Perdida”. Foto: Julio Aracack

A Filha Perdida

A Oceânica Cia apresenta uma adaptação do romance de Elena Ferrante, autora conhecida por tratar de temas sobre a opressão feminina. Na trama a personagem Leda, professora bem sucedida, vai para a praia e se depara com traumas e dilemas que a aflige relacionados ao abandono do marido e suas filhas.

Quando: 05 de julho até 28 de julho.

Onde: SESC Bom Retiro.

Ingressos: Credencial - R$15,00, Meia Entrada - R$25,00 e Inteira - R$50,00.

Memorável: História Notáveis

O espetáculo conta as ações dos Palhaços Sem Fronteiras (PSFB) e suas mais variadas aventuras que são memoráveis e provocam discussões.

Quando: 07 de julho até 28 de julho.

Onde: SESC Bom Retiro.

Ingressos: Credencial - R$9,00, Meia Entrada - R$15,00 e Inteira - R$30,00.

Cinema:

A animação Divertidamente 2 está em evidência levando muitas pessoas para as salas de cinema. Contudo, não só esse filme é destaque para o mês de julho, já que outros dos mais diferentes gêneros estão e entrarão em cartaz, como ‘Deadpool e Wolverine’, ‘Meu Malvado Favorito 4’, ‘Um Lugar Silencioso: Dia Um’ e ‘Como Vender a Lua’, tornando-se uma boa alternativa para lazer.

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Filmes em cartaz do mês de julho. Foto: colagem das capas de divulgação dos filmes por Victória da Silva

Para as crianças:

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Poster de divulgação do show. Foto: Site Mundo Bita

 

Show do Bita - “Vamos Cultivar Amizades”

Muito querido pelas crianças, o Mundo Bita fará um único show em São Paulo. O evento, voltado para a família com crianças até 10 anos, é uma ótima opção para alegrar as férias dos pequenos.

Quando: 21 de junho às 13h.

Onde: Kidzhouse Festival.

Ingressos: A partir de R$110,00 (segundo lote)

Patrulha Canina - Campo de Treinamento

Os queridos cãezinhos da Nickelodeon irão invadir o Shopping Metrô Tatuapé e divertir as crianças que amam assistir o desenho. Os participantes enfrentarão um circuito com obstáculos de treinamento do esquadrão dos filhotes e ainda terão diversas oficinas para brincar.

Quando: A partir de 06 de julho.

Onde: Shopping Metrô Tatuapé.

Ingressos: Segunda a Sexta - R$30,00 para a criança + R$10,00 para acompanhante.

Sábado e Domingo - R$40,00 para a criança + R$15,00 para acompanhante.

Se Joga nas Férias - Aula Aberta de Atletismo

Aulas gratuitas para os interessados na prática desse esporte contendo corridas, lançamento de objetos e saltos. A ação contempla todos os públicos, não se restringindo somente às crianças.

Quando: 10 de julho até 24 de julho.

Onde: SESC Belenzinho.

Ingressos: Entrada gratuita.

 

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