Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
por
Maria Clara Palmeira
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27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

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Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
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25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

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A incerteza quanto ao fim das salas de cinema e início da diminuição em massa de consumidores
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Chiara Renata Abreu
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18/06/2025 - 12h

A recente chegada dos streamings pode acabar com os cinemas. Internacionalmente, as plataformas têm se mostrado cada vez mais aptas a abalar seus concorrentes. 

Depois da pandemia, os donos dos cinemas sentiram a diminuição de movimento, que preocupa não só a indústria, mas a sociedade em si. Filmes e curtas fazem parte da formação da cultura de civilizações, e a incerteza de sua existência atormenta. Os streamings ganharam força no período de quarentena, ocupando o espaço que as salas obtinham. O conforto de estar em sua própria casa, poder parar o filme a qualquer momento e a variedade no catálogo são alguns dos principais motivos do aumento da modalidade segundo pesquisas da Cinepop, site especializado em cinema. 

De acordo com pesquisas da revista O Globo, a área do cinema conseguiu em 2023 superar as dificuldades e recuperar alguns de seus fregueses, mas os números seguem abaixo do que estavam antes da pandemia. Segundo o analista de mercado Marcelo J. L. Lima em entrevista para a revista, a crise é mundial, com ressalvas em países como França, Índia, Coreia do Sul e China, que tem menor influência de Hollywood. Ainda, a reportagem aponta que parte da fraqueza hoje encontrada na indústria se fez depois de 1980, a partir do início da migração dos cinemas de rua para os de shopping. Em 2008 apenas 27% deles eram fora dos centros de comércio. 

Em entrevista para O Globo, Marcos Barros, presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex), apontou que os cinemas estão em apenas 8% dos municípios brasileiros, apenas 451 de um total de 5.565 cidades. A volta dos cinemas de rua poderia diminuir o desequilíbrio das salas, gerando uma maior popularização do cinema. Segundo Raíssa Araújo Ferreira, estudante de cinema na Belas Artes, “os cinemas estão se perdendo. Antigamente existiam vários cinemas de rua, de mais fácil acesso. Hoje está acontecendo uma elitização das salas. Elas estão, por exemplo, muito longe das periferias e concentradas nos shoppings, então existe todo o gasto com a locomoção. O cinema se torna um lugar de privilégio”. 

“O cinema é a sétima arte. Ela é um conjunto de todas as outras artes, e o cinema é vivo. Ele é sempre atual. Ele é sempre de todas as épocas. Então nada que é vivo vai desaparecer sem deixar vestígios. O cinema tem muito o que falar. É como se as salas estivessem adormecidas. Elas não estão mortas, mas sim apagadas”, comenta a aluna. 

A jovem complementa com ideias para a volta do triunfo das salas de cinema. “Acho que precisamos reinventar as salas. Apostar em programações mais diversas, ingressos mais acessíveis, novas salas mais perto da periferia e espalhar o cinema pelas cidades do Brasil. Criar o desejo de ir ao cinema, como um acontecimento, e trazer experiências mais imersivas, como convidar atores para, antes da sala de cinema, falarem sobre o filme. Trazer também eventos para apoiar o cinema de rua, investindo nas produções independentes e criando lugares públicos. Assim, as salas vão se reposicionar e oferecer algo que o sofá de casa ou a cama não oferece”. 

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A história do grupo que ultrapassou as barreiras sonoras pode ser vista no centro de SP até o fim de agosto
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Por Guilbert Inácio
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26/06/2025 - 12h

A exposição “O Quinto Elemento”, em homenagem aos 35 anos do notório grupo de rap Racionais MC’s, está em cartaz desde o dia 06 de dezembro de 2024, no Museu das Favelas, no Pátio do Colégio, região central da cidade de São Paulo. A mostra era para ter sido encerrada em 31 de maio de 2025, mas, devido ao sucesso, vai agora até 31 de agosto.

A imagem mostra um painel os quatros membros dos Racionais MC's
Em 2024, o museu ganhou o prêmio de Projeto Especial da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pela exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Museu das Favelas

O Museu das Favelas está localizado no Centro histórico de São Paulo, mas esse nem sempre foi o seu endereço. Inaugurado no dia 25 de novembro de 2022, no Palácio dos Campos Elíseos, o Museu das Favelas ficou 23 meses no local até trocar de lugar com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, no dia 26 de agosto de 2024.  

Fechado por três meses, o museu reabriu no dia 06 de dezembro de 2024, já com a nova exposição dos Racionais MC’s. Em entrevista à AGEMT, Eduardo Matos, um dos educadores do museu, explicou que a proposta da exposição chegou neles por meio de Eliane Dias, curadora da exposição, CEO da Boogie Naipe, produtora dos Racionais e esposa do Mano Brown. Eduardo complementou que o museu trocou de lugar para ter mais espaço para a mostra, já que no Campos Elísios não teria espaço suficiente para implantar a ideia. 

Tarso Oliveira, jornalista e historiador com pós-graduação em Africanidades e Cultura Afro-Brasileira, comentou que a gratuidade do museu é um convite para periferia conhecer a sua própria história e que, quando falamos de Racionais MC's, falamos de uma história dentro da história da cultura hip-hop, que salvou várias gerações fadadas a serem esquecidas e massacradas pelo racismo estrutural no Brasil. “Nós temos oportunidades de escrever a nossa narrativa pelas nossas mãos e voltada para o nosso povo. Isso é a quebra fundamental do epistemicídio que a filósofa Sueli Carneiro cita como uma das primeiras violências que a periferia sofre.”, afirma o historiador. 

O Quinto Elemento

Basta subir as escadas para o segundo andar do museu, para iniciar a imersão ao mundo dos Racionais. Na entrada, à sua direita, é possível ouvir áudios do metrô, com o anúncio das estações. Uma delas, a estação São Bento da linha 1-Azul, foi o berço do hip-hop em São Paulo, na década de 1980. À esquerda está um som com músicas dos Racionais, uma trilha que você irá ouvir em todos os espaços da exposição.

A imagem apresenta três placas, em sequência, com os dizeres "X", "Racionais MC's" e "Vida Loka".
Placas semelhantes às placas com nomes de rua trazem as letras do grupo. Foto: Guilbert Inácio.

No primeiro espaço, podemos ver o figurino do Lorde Joker, além de uma breve explicação da presença recorrente na obra do grupo da figura do palhaço em apresentações e músicas como “Jesus Chorou”, em que Mano Brown canta: “Não entende o que eu sou. Não entende o que eu faço. Não entende a dor e as lágrimas do palhaço.”

A imagem mostra uma fantasia laranja de um palhaço. Ao lado, há uma televisão.
O figurino é usado em shows pelo dançarino de break Jorge Paixão. Foto: Guilbert Inácio. 

Ao adentrar o segundo espaço, você mergulha na ancestralidade do grupo. Primeiro vemos imagens e um pouco da história das mães dos quatro membros, Dona Benedita, mãe e avó de Ice Blue; Dona Ana, mãe do Mano Brown; Dona Maria José, mãe de KL Jay e Dona Natalícia, mãe de Edi Rock. Todas elas são muito importantes para o grupo e ganharam, inclusive, referências em músicas como “Negro Drama” em que Brown canta: “Aí Dona Ana, sem palavra. A senhora é uma rainha, rainha”. 

É nessa área que descobrimos o significado do nome da exposição. Há um painel no local com um exame de DNA dos quatro integrantes que revela o ponto de encontro entre eles ou o quinto elemento – a África.

A imagem mostra um painel com o exame de DNA dos quatro membros dos Racionais MC's
Na “Selva de Pedra”, antes de todos se conhecerem, todos já estavam conectados por meio da ancestralidade. Foto: Guilbert Inácio.

O título se torna ainda mais significativo quando lembramos que a cultura hip-hop é composta por quatro elementos: rap, beat, break dance e grafite. O quinto elemento seria o conhecimento e a filosofia transmitida pelos Racionais, grupo já imortalizado na cultura brasileira, sobretudo na cultura periférica. 

Na terceira área, podemos conhecer um pouco de Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown; Paulo Eduardo Salvador, mais conhecido como Ice Blue; Edivaldo Pereira Alves, o Edi Rock e, por fim, Kleber Geraldo Lelis Simões, o KL Jay. Entre os inúmeros objetos, temos o quimono de karatê de Blue e o trombone de seu pai, a CDC do KL Jay, rascunhos de letras de Brown e Edi Rock.

A imagem mostra um bicicleta BMX azul
Primeira BMX de Edi Rock. Foto: Guilbert Inácio. 

O próximo espaço é o “Becos do som e do Tempo”, que está dividido em vários pequenos slots que mostram a trajetória musical do grupo. Podemos ver rascunhos de letras, registros de shows e a história de algumas músicas, além de alguns prêmios conquistados durante a carreira do grupo. 

Algumas produções expostas são “Holocausto Urbano” (1990); “Escolha seu Caminho” (1992); “Raio X do Brasil” (1993); “Sobrevivendo no Inferno” (1997); “Nada Como um Dia Após o outro Dia” (2002).

A imagem mostra um painel com os dizeres "Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição" e uma foto dos quatro membros dos Racionais MC's. Ao lado, há fotos individuais dos membros.
O grupo confirmou um novo álbum para este ano, mas ainda não divulgou o título da obra nem a data de lançamento. Foto: Guilbert Inácio.

Nos próximos espaços, tem uma área sobre o impacto cultural, um cinema que exibe shows e o local “Trutas que se Foram” em homenagem a várias personalidades da cultura hip-hop que já morreram. A exposição se encerra no camarim, onde estão disponíveis alguns papéis e canetas para quem quiser deixar um registro particular na exposição.

A imagem mostra uma pequena placa com a foto da Dina Di e os dizeres: "Dina Di. Cria da área 019, como as quebradas conhecem a região de Campinas, no interior de São Paulo, Viviane Lopes Matias, a Dina Di, foi uma das mulheres mais importantes do rap no Brasil. Dina era a voz do grupo Visão de Rua. Dona de uma voz forte, assim como sua personalidade, a rapper nasceu em 19 de fevereiro de 1976 e morreu em 19 de março de 2010. Foi uma das primeiras mulheres a conquistar espaço no rap nacional. Dina nos deixou por causa de uma infecção hospitalar, que a atingiu 17 dias após o parto de sua segunda filha, Aline."
Nomes como Sabotage, Chorão, WGI, entre outros são homenageados na exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Segundo Eduardo, a exposição está movimentando bastante o museu, com uma média de 500 a 800 pessoas por dia. Ele conta que o ápice da visitação foi um dia em que 1500 pessoas apareceram no local. O educador complementa que, quando a exibição chegou perto da sua primeira data de encerramento, em maio, as filas para visitar o espaço aumentaram consideravelmente. O que ajudou a administração a decidir pela prorrogação.  

Eduardo também destaca que muitas pessoas vão ao museu achando que ele é elitizado, mas a partir do momento em que eles veem que o Museu das Favelas é acolhedor, com funcionários dispostos a tirar suas dúvidas e com temas que narram o cotidiano da população brasileira, tudo muda. 

 “Dá para sentir que o pessoal se sente acolhido, e tendo um movimento desse com um grupo que é das favelas, das quebradas, que o pessoal se identifica, é muito melhor. Chama atenção e o pessoal consegue ver que o museu também é lugar da periferia”, conclui. 

Impacto Cultural

Os Racionais surgiram em 1988 e, durante todo o trajeto da exposição, podemos ver o quão importante eles são até hoje para a cultura brasileira, seja por meio de suas músicas que denunciaram e denunciam o racismo, a violência do Estado e a miséria na periferia – marcada pela pobreza e pela criminalidade –, seja ocupando outros espaços como as provas nacionais e vestibulares.

A imagem mostra duas provas do Exame do Ensino Médio de 2023 com os trechos "Até no lixão nasce Flor" e É só questão de tempo, o fim do sofrimento".".
Trechos de Vida Loka, parte I e II nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2023 (ENEM). Foto: Guilbert Inácio. 

Em 2021, foi ao ar a primeira temporada do podcast Mano a Mano, conduzido por Brown e a jornalista Semayat Oliveira, que chegou a sua terceira temporada em 2025.

Inclusive, o podcast, que já teve inúmeros convidados da cultura e da política vai virar  um livro, homônimo. A publicação sairá pela Companhia das Letras, que já publicou o livro “Sobrevivendo no Inferno”, em 2017. 

Segundo Tarso, o grupo representa a maior bandeira que a cultura negra e periférica já levantou nesse país, visto por muitos como super-heróis do gueto contra um sistema racista e neoliberal; além de produtores de uma música capaz de mudar a atitude e a perspectiva das pessoas, trazendo autoestima, além de muito conhecimento. 

“Um dos principais motivos do grupo se manter presente no cenário cultural é não se acomodar com a "força da camisa", como cita o Blue.  E sempre buscar ir além artisticamente, fazendo com que seus fãs tendam a ir para o mesmo caminho e continuem admirando sua arte e missão.”, finaliza Tarso. 

 

Serviço

O Museu das Favelas é gratuito e está aberto de terça a domingo, das 10h às 17h, com permanência permitida até às 18h. A retirada dos ingressos pode ser online ou na recepção do museu. Além da exposição “O Quinto Elemento”, também é possível visitar as exibições “Sobre Vivências” e “Favela é Giro”, nos mesmos horários.

Temáticas são abordadas desde os anos 60 no Japão e continuam exploradas até hoje
por
LUCCA CANTARIM DOS SANTOS
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16/06/2025 - 12h

“O sonífero”, projeto criado por Lucca Cantarim, estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) , tem por objetivo combater a visão reacionária a respeito de temas de gênero no entretenimento.

Trazendo a história da presença de personagens de diversas sexualidades e gêneros nos mangás e animes dentro da mídia japonesa, o autor trás uma reflexão leve, descontraída, porém importante a respeito de uma representatividade tão importante.

Os sete artigos que compõem o projeto estão disponíveis para serem lidos no site “Medium”, no perfil autoral de Lucca. Os textos contém entrevistas com pesquisadores, fãs e até mesmo leitores de dentro da comunidade LGBT que se identificam e se abrem sobre a importância da representatividade para eles.

Disponível em: https://medium.com/@luccacantarim/list/o-sonifero-d19af775653e

 

Em tour mundial, Sepultura celebra seus últimos momentos com show memorável em São Paulo
por
Maria Eduarda Cepeda
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17/09/2024 - 12h

 

Após 40 anos de história no metal, a banda brasileira Sepultura anunciou o fim de suas atividades com sua última turnê mundial, a “Celebrating Life Through Death”, o que marca o fim de uma era para o heavy metal. O grupo passou por várias cidades pelo Brasil, no mês de setembro, e finalizou com uma apresentação sold out (todos os ingressos vendidos), no dia 8, em São Paulo. 

A turnê passou pelo Brasil todo, começando em Belo Horizonte e terminando em São Paulo. Os shows na capital paulista, do dia 6 a 8 de setembro, tiveram três bandas de abertura para cada apresentação: “Torture Squad”, “Cultura Tres” e “Black Pantera”, todas as noites esgotadas.

Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, se apresentando no show de sexta-feira (6)

 Os três shows em São Paulo deram “sold out” em minutos. Foto: Maria Eduarda Cepeda

 

Mesmo com a saída do baterista Eloy Casagrande para o Slipknot, semanas antes do início da turnê, o Sepultura seguiu com a contratação de Greyson Nekrutman, ex-baterista da banda de hardore punk e trash,  “Suicidal Tendencies”. A recepção dos fãs foi calorosa para o novo baterista: em meio a gritos e aplausos, Nekrutman teve a oportunidade de conhecer o carinho acalorado dos brasileiros.

E não foi diferente para os outros integrantes. A despedida foi especial para todos que estavam ali. Animados para os shows em São Paulo e sem perder o ritmo, finalizaram com o seu maior sucesso “Roots Bloody Roots”, do álbum “Roots” de 1996, levando todos à loucura. 

Greyson Nekrutman, baterista da banda Sepultura, tocando bateria em uma de suas apresentações em São Paulo

Greyson começou sua carreira no jazz e se tornou membro do Suicidal Tendencies com 21 anos. Foto: @xchicanox/ Instagram/Reprodução

 

A banda continua a turnê agora pela América do Norte, entre setembro e outubro, com as bandas “Obituary”, “Agnostic Front” e a também brasileira, “Claustrofobia”. Na Europa, seguem até novembro com os ucranianos do “Jinjer”, “Jesus Piece” e “Obituary”. Voltam para a América Latina em dezembro, com shows em Ribeirão Preto, Manaus e algumas capitais no nordeste, finalizando a agenda em março de 2025 com a apresentação no Lollapalooza Argentina, Chile e com seu último show no festival do Brasil. 

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Feira de games acontece em outubro e já conta com cerca de 400 estandes e mais de 3 mil influenciadores confirmados
por
Juliana Bertini de Paula
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17/09/2024 - 12h

 

Entre os dias 9 e 13 de outubro, no Expo Center Norte, ocorre a 15° edição da Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina e segunda maior do mundo. Quase 3 milhões de pessoas já passaram pelo evento nas edições anteriores, que neste ano conta com a maior programação já feita.

Até agora, mais de 3 mil influenciadores já foram confirmados, além de 7 convidados internacionais:

 

  • Ned Luke - Ator de Michael de Santa em GTA V
  • Neil Newbon - Ator de Astarion em Baldur's Gate 3 
  • Roger Clark - Ator de Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2
  • Shawn Fonteno - Ator de Franklin Clinton em GTA V
  • Shota Nakama - Produtor musical de jogos e criador da Video Game Orchestra
  • Jun Senoue - Compositor musical da série Sonic the Hedgehog
  • Ikumi Nakamura - CEO da Unseen e designer de The Evil Within
Roger Clark, ator em Red Dead Redemption 2 recebendo o prêmio de melhor performance em 2018. Foto: Reprodução/The Game Awards 2018
Roger Clark, ator em Red Dead Redemption 2 recebendo o prêmio de melhor performance em 2018. Foto: Reprodução/The Game Awards 2018

Além disso, já foram confirmados Meet and Greets, como são chamados os encontros de criadores de famosos com os fãs, com a Thaiga, - influenciadora, analista de e-sports, apresentadora e streamer de League Of Legends (LoL) - e Goularte - famoso streamer brasileiro.

A BGS 2024 contará com uma vasta lista de expositores, incluindo grandes nomes da indústria dos games e da tecnologia. Empresas como Nintendo, JBL, Palworld, IGG, Gartic, Level Infinite, Hoyoverse, Intel e muitos outros estarão presentes. O evento também reúne novidades no cenário da tecnologia, bem como divulga novos jogos, produtos, e campanhas no universo dos games.

A feira também abrirá espaço para desenvolvedores independentes, oferecendo uma plataforma para que pequenas empresas e startups mostrem seus jogos e produtos ao público. Além disso, a BGS contará com palestras, campeonatos de e-sports e competição de cosplays. 

BGS de 2023. Foto: Divulgação/BGS
BGS de 2023. Foto: Divulgação/BGS

 

 

Os ingressos ainda estão à venda já no 6° lote a partir de R$ 139. Qualquer visitante da feira pode entrar no evento pagando meia-entrada mediante a doação de 1kg de alimento não perecível.

 

Brasil Game Show

Quando: de 9 a 13 de outubro

Onde: Expo Center Norte, Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo

Ingressos: de R$ 139 a R$ 2,6 mil, disponíveis pelo site

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O prêmio da MTV, que completou 40 anos, mais uma vez promoveu grandes apresentações
por
Victória da Silva
Vítor Nhoatto
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15/09/2024 - 12h

A 40° edição do Video Music Awards (VMA), uma das principais premiações do mundo da música, aconteceu na última quarta (11) em Nova York, Estados Unidos. Promovido pela MTV, contou com homenagem a Katy Perry e performances  calorosas como Anitta, Eminem e Camila Cabello. Marcado para acontecer originalmente no dia 10 de setembro, o evento foi adiado em um dia e movimentou as redes pela mudança de data também.

Por conta do debate presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump, a premiação teve que acontecer no 11 de setembro, data em que um atentado terrorista provocou a morte de cerca de 3 mil pessoas após dois aviões colidirem com as famosas torres gêmeas, em Nova York (EUA). A triste coincidência foi lembrada durante o evento, que doou todo o lucro da noite para duas ONGs em apoio às vítimas, a “9/11 Day” e a “Tuesday's Children”. 

O show de abertura da premiação ficou com os versos rápidos de Eminem, rapper estadunidense com mais de 20 anos de carreira. Andando pelos palcos da UBS Arena em Nova York, ele cantou sucessos de seu décimo segundo e mais recente álbum, "The Death of Slim Shady (Coup De Grâce)". 

Após a participação especial de Jelly Roll na faixa "Somebody Save Me" de Eminem, a primeira categoria da noite foi entregue. Taylor Swift e Post Malone foram os premiados por "Fortnight" em Melhor Colaboração. 

Karol G foi a segunda a se apresentar, em um cenário decorado com as bandeiras de países latino-americanos. Ao som de "Si Antes Te Hubiera Conocido" e em meio a várias dançarinas, uma com cada bandeira, ela dançou com a plateia.

Estreando como solista, LISA do grupo de k-pop Blackpink, agitou a plateia. Com uma coreografia afiada e efeitos pirotécnicos no palco, cantou seus singles "New Woman", que na versão original conta com Rosalía, e "Rockstar".

Logo em seguida, Shawn Mendes se apresentou com "Isn't That Enough", último single de seu novo projeto que será lançado em 18 de outubro. Ele também apresentou uma música inédita, “Nobody Knows”.

Sabrina Carpenter beijando um alíen azul no palco do VMA 2024
Sabrina beijou um alien durante sua performance - Foto: Christopher Polk/Billboard 

Sabrina Carpenter também subiu no palco em uma atmosfera mágica e espacial. A artista cantou “Espresso”, “Please Please Please” e seu último lançamento “Taste”, performance que agitou a plateia após beijar um alien, integrando também elementos da premiação na performance, cuja estatueta é um astronauta.

Depois foi a vez de Anitta, que pelo terceiro ano seguido integra o VMA. A brasileira começou a performance com o lançamento "Paradise", parceria com DJ Khaled e Fat Joe. Depois foi a vez de animar o público com a faixa "Alegria" do rapper argentino Tiago PZK. O encerramento do medley foi com "Savage Funk".

Megan Thee Stallion foi a apresentadora do ano, e como de costume na premiação da MTV, trouxe doses de humor e leveza - além de looks diferentes. Além disso, flashbacks de momentos marcantes de outras edições passavam pelo telão em formato de astronauta.

A rapper se destacou também no tapete vermelho com um vestido preto feito por Nicole + Felicia Couture que foi muito compartilhado nas plataformas digitais. Vestindo um body tomara que caia, conectado a uma saia de design transparente, esvoaçante e volumosa na calda, o look de Megan misturou sensualidade, confiança e autenticidade.

De volta às apresentações e premiações, começa um dos momentos mais esperados de todo ano, o Video Vanguard Award. Recebido por Nicki Minaj na última edição, o prêmio homenageia grandes nomes da indústria da música. Orlando Bloom foi o responsável por anunciar o nome de sua esposa, Katy Perry. 

Orlando Bloom e Katy Perry se beijando no palco do VMA 2024
Katy Perry e o marido Orlando Bloom protagonizaram momentos de amor no palco - Foto:Christopher Polk/Billboard

Em uma performance que certamente ficará na história do VMA, a dona de “Roar” cantou seus principais sucessos. Com um look inspirado em seu último videoclipe, "Women's World", a cantora utilizou bailarinos, estruturas metálicas, e foi içada por um cabo. Ela performou “Dark Horse”, “I Kissed a Girl”, “Fireworks” e outros grandes hits da carreira. 

Katy fechou o espetáculo com o seu último single "Lifetimes", de seu próximo álbum “143”, com lançamento previsto para 20 de setembro. Escorregando pela plataforma que se apresentou e com uma borboleta mecânica na mão, em referência ao seu novo projeto, Perry recebeu o troféu de astronauta dourado e agradeceu pelos mais de 20 anos de sucesso e apoio de sua gravadora e seus fãs.

Em um ritmo acelerado e com bastante destaque nesta edição às apresentações, foi a vez de Chappell Roan ocupar o palco. A drag queen do interior do Mississipi encantou com "Good Luck, Babe!" em uma atmosfera medieval em referência ao clipe da faixa. 

 

Chappell Roan de joelhos ao final de sua performance no VMA 2024
De armadura, Chappell Roan levou uma vila medieval ao VMA 2024 - Foto:Christopher Polk/Billboard

Os trabalhos seguiram com um descanso da produção com a entrega do prêmio de Melhor Afrobeats, recebido por Tyla pelo sucesso "Water". A cantora da África do Sul frisou como a música africana tem crescido nos últimos anos, seu potencial, a riqueza de estilos e produções dos países do continente, até então relegadas em segundo plano.

A anfitriã Megan Thee Stallion performou em seguida com faixas do seu último álbum, MEGAN. Primeiro foi a vez de"B.A.S.", com direito a tambores no palco. Depois disso, Yuki Chiba subiu ao palco para cantar "Mamushi" com a rapper.

Baixando as batidas por minuto e a sensualidade na UBS Arena, Benson Boone cantou e andou pelos palcos. Voz do hit recente "Beautiful Things", na lista das mais escutadas do mundo no Spotify, encantou a plateia com seus vocais impecáveis e expressividade no cantar.

Sabrina Carpenter subiu ao palco novamente, desta vez para receber o prêmio de Música do Ano pelo gigantesco sucesso "Espresso". Vencendo Taylor Swift e Post Malone, Beyoncé e Travis Scott, ela agradeceu principalmente seus fãs, emocionada por receber seu primeiro astronauta.

Ainda com a estratégia de dar mais espaço para a música latina, foi a vez de Rauw Alejandro estrear na premiação da MTV. O porto riquenho levou suas origens e sucessos, além de muita dança e espanhol a Nova York.

Em um cenário de subúrbio americano, cabelo curto e vermelho, Halsey entregou um rock de garagem animado e fresquinho. A cantora performou sua mais nova faixa, "Ego", lançada semana passada, promovendo sua fase inspirada nos anos 2000. 

Após o momento nostálgico, LISA subiu ao palco mais uma vez, para receber sua primeira estatueta de astronauta, na categoria Melhor k-pop. Em tributo a carreira de um dos principais astros do rock, Lenny Kravitz apresentou três clássicos, com um destaque para “Are You Gonnna Go My Way” O rapper Quavo também esteve na apresentação.

Camila Cabello fazendo um coração com a mão depois de sua performance no VMA 2024
Camila Cabello consolidou sua nova era no VMA 2024 com  “GODSPEED”. Foto:Noam Galai/Getty Images

Camila Cabello apresentou uma performance apontada pelos fãs como uma “indireta” para Sabrina Carpenter, já que criou-se uma rivalidade entre as duas muito discutida pelos internautas após o lançamento de “Sweet N’Sour”, álbum de Carpenter que continha referências ao relacionamento de Cabello e Shawn Mendes. A morena iniciou sua apresentação assistindo “June Gloom” em um computador, quebrando-o em seguida, e cantou “GODSPEED”.

Mais tarde, Ariana Grande venceu a categoria de Melhor Cinematografia pelo clipe de “we can't be friends (wait for your love)” e Dua Lipa ganhou a de Melhor Coreografia pela música “Houdini”. Outro resultado muito aguardado durante a noite foi o de Artista Revelação, que se destinou ao sucesso Chappell Roan.

Sendo este o seu terceiro prêmio do VMA, Anitta foi a próxima a subir ao palco, na categoria de Melhor Vídeo Latino com “Mil Veces”. Com isso, a “Girl From Rio” venceu por três anos seguidos: em 2022 por “Envolver” e em 2023 por “Funk Rave”. Tanto na plateia quanto nas redes sociais, a brasileira foi ovacionada e recebeu elogios.

 

Anitta recebendo sua estatueta no palco do VMA 2024
Anitta ganhou sua terceira estatueta no VMA 2024 com Mil Veces - Foto: Mike Coppola/Getty Images

O prêmio de Melhor Vídeo do Ano foi para “Fortnight” de Taylor Swift e Post Malone e “Human” do cantor Lenny Kravitz levou a estatueta de Melhor Clipe de Rock. Por fim, Le Sserafim performou “Crazy” e enlouqueceu os admiradores do grupo. Também no k-pop, o grupo Seventeen levou o prêmio de Melhor Banda.

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Diretor de “The Room Next Door”, Pedro Almodóvar, leva o Leão de Ouro, mas brasileiros também triunfam com “Ainda Estou Aqui”
por
João Pedro Stracieri
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15/09/2024 - 12h

O Festival Internacional de Cinema de Veneza teve sua 81ª edição no dia 28 de agosto e seus resultados foram divulgados na cerimônia de encerramento, dia 7 de setembro de 2024, realizada no Palazzo del Cinema, no Lido de Veneza, na Itália. O tradicional festival ocorre desde 1932, sendo o mais antigo dedicado à sétima arte e um dos mais influentes da indústria, ao lado de Cannes e Berlim. 

A atriz francesa e presidente do júri do evento, Isabelle Huppert, anunciou os vencedores da edição. O grande destaque do evento foi “The Room Next Door” (em tradução livre, “O Quarto ao Lado”), dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar. O filme venceu o Leão de Ouro de Veneza e foi aclamado durante 18 minutos em sua primeira exibição na mostra italiana.

 

O espanhol Pedro Almodóvar vence Leão de Ouro por “The Room Next Door” – Foto: Marco Bertorello/AFP
O espanhol Pedro Almodóvar vence Leão de Ouro por “The Room Next Door” – Foto: Marco Bertorello/AFP

 

Em seu discurso, Almodóvar dedicou o prêmio às duas atrizes protagonistas, Tilda Swinton e Julianne Moore. O diretor também comentou sobre a história da obra: “É um filme sobre duas mulheres. Como diretor, um dos privilégios é que somos o primeiro destino quando acontece um milagre. Tanto Tilda como Julianne colocaram muitos dias nesse filme e nunca vou ter palavras o suficiente para agradecê-las”.

 

Tilda Swinton e Julianne Moore em “The Room Next Door” – Foto: Divulgação/Sony Pictures
Tilda Swinton e Julianne Moore em “The Room Next Door” – Foto: Divulgação/Sony Pictures

 

“O filme fala de uma mulher em um mundo agonizante e de outra mulher que decide compartilhar seus últimos dias com ela. Acompanhar um doente terminal, saber estar ao lado, é uma das grandes qualidades de uma pessoa. O filme fala, entre outras coisas, não só de solidariedade, mas também da decisão de terminar a vida devido a uma dor sem solução. Creio que é um direito fundamental de todo ser humano. Não é um assunto político, é humano”, declarou Almodóvar.

Outro filme que se destacou foi o longa brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo também diretor de “Central do Brasil”, Walter Salles. Escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega, e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, “Ainda Estou Aqui” levou o prêmio de melhor roteiro, além de ser ovacionado durante 10 minutos ininterruptos. A obra também estreou no Rotten Tomatoes com 94% de aprovação dos críticos.

 

Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega são premiados por “Ainda Estou Aqui” – Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega são premiados por “Ainda Estou Aqui” – Foto: Alberto Pizzoli/AFP

 

Além dos prêmios citados, outros que tiveram grande relevância foram Brady Cobert, pela sua direção magistral em “The Brutalist”; Vincent Lindon, por sua atuação em “The Quiet Son”; e Nicole Kidman, que levou o prêmio de melhor atriz em “Babygirl”, mas que não subiu ao palco para receber a estatueta devido a triste notícia do falecimento de sua mãe.

 

Origem dos principais prêmios do Festival de Veneza

O galardão de maior importância concedido pelo júri do Festival de Veneza é o famoso Leão de Ouro. O prêmio leva esse nome por ser uma representação do Leão de São Marcos, símbolo impresso na bandeira da República de Veneza.

Já a Taça Copa Volpi recebe esse nome em homenagem ao Conde Giuseppe Volpi di Misurata, Ex-Ministro das Finanças do Reino da Itália e fundador do Festival de Cinema de Veneza. Por sua vez, o Leão de Prata possui duas versões principais, uma para o melhor diretor e outra para o segundo melhor filme do festival. 

Outro prêmio muito significante é o Marcello Mastroianni, criado para reconhecer o melhor ator ou atriz em ascensão. Criado em 1998, seu nome é uma homenagem ao ator homônimo, considerado o mais importante ator da Itália.

Por fim, o Golden Osella é um prêmio concedido em diversas categorias, como roteiro, direção, fotografia e contribuições técnicas. O nome tem origem na osella, uma medalha que os doges de Veneza distribuíam para vários competidores entre os anos de 1521 e 1797.

 

Veja abaixo a lista dos vencedores do Festival de Veneza de 2024

Leão de Ouro – “The Room Next Door”, de Pedro Almdóvar

Grande Prêmio do Júri – “Vermiglio”, de Maura Delpero

Leão de Prata de Melhor Diretor – “Brady Corbet”, por “The Brutalist”

Melhor Roteiro – Murilo Hauser e Heitor Lorega, por “Ainda Estou Aqui”

Copa Volpi de Melhor Ator – Vincent Lindon, por “The Quiet Son”

Copa Volpi de Melhor Atriz – Nicole Kidman, por “Babygirl”

Melhor Jovem Ator (prêmio Marcello Mastroianni) – Paul Kircher, por “And Their Children After Them”

Prêmio Especial do Júri – “April”, de Dea Kulumbegashvili

 

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“Circus Maximus” abre sequência de shows do cantor no país em apresentação eletrizante
por
Gabriel Lourenço Schiavoni
João Pedro Lindolfo
Lucas Rossi
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13/09/2024 - 12h

Painel de luz presente no show do Travis Scott Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço

 

Nesta quarta-feira (11), ocorreu, em São Paulo, o show do rapper Travis Scott, com ingressos esgotados, parte de sua turnê  "Circus Maximus", no estádio Allianz Parque, localizado na zona oeste de São Paulo. O rapper, que conta com mais de 68 milhões de ouvintes mensais no Spotify, é um dos nomes mais influentes do ramo.

Multidão curtindo o show do artista americano Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço 

 

Em sua apresentação, Travis incendiou o público com uma performance eletrizante que deixou todo mundo de pé, com hits como “Sicko Mode”, “Goosebumps” e “Butterfly Effect”. Durante todo o show, os fãs presentes na pista realizaram “rodas punk”, nas quais o público abre um espaço para dançarem e se movimentarem de forma energética em meio a um “bate cabeça”.

Em quase uma hora e vinte minutos de show, Scott trouxe um ritmo empolgante, emendando músicas sem interrupções. O auge da animação da apresentação ocorreu quando o cantor performou seu último sucesso, FE!N, cinco vezes seguidas, para o delírio dos presentes no estádio.

Público animado abrindo uma roda punk durante a apresentação de FE!N  Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço

 

Entretanto, alguns fãs saíram decepcionados, com a expectativa de participações especiais, principalmente a do rapper norte americano Playboi Carti, parceiro de Travis em FE!N, que esteve presente em São Paulo recentemente no show do The Weeknd no Estádio do Morumbi, no sábado (07).

A setlist escolhida teve enfoque em  seu último álbum, “Utopia”, lançado em 2023. Essa foi a segunda vez que Travis se apresentou em São Paulo: em 2022, o rapper participou da primeira edição do Primavera Sound.

Os valores dos ingressos variaram de R$245,00 (meia-entrada na cadeira superior) a R$890,00 (inteira na pista premium), e o público total ultrapassou 46 mil pessoas.

O show em São Paulo foi apenas o início de sua sequência de apresentações no Brasil. Na sexta-feira, dia 13, o rapper será um dos headliners do principal festival de música no país: o Rock in Rio, que ocorrerá na Cidade do Rock, localizada na zona oeste da capital carioca. A apresentação será no Palco Mundo, principal palco do festival.

A expectativa é de que o Rock in Rio 2024 reúna mais de 700 mil pessoas. Durante a pré-venda, os ingressos se esgotaram em apenas 2 horas e 15 minutos. O evento vai até dia 22 de setembro, e também conta com nomes como Shawn Mendes, Avenged Sevenfold, Imagine Dragons e Katy Perry.

 

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