Em meio a alguns cômodos, uma fogueira de livros, ursos de pelúcia, canetas e seu fiel diário, a exposição “Anne Frank: Deixem-nos ser” expõe de modo imersivo o contexto em que a garota judia viveu. O projeto relembra a história de Anne, considerada como um símbolo de questionamento à liberdade durante o nazismo.
A garota morreu aos 15 anos junto de sua irmã em um campo de concentração e, ao longo dos anos, se tornou uma grande figura do Holocausto pelas anotações documentadas em seu diário, que após a sua morte, foi publicado por seu pai - Otto Frank, o único sobrevivente da família.
Com o propósito de salvar sua família, Otto construiu um esconderijo nos fundos de uma fábrica na cidade de Amsterdã. O local onde ela viveu escondida ao longo dos seus dois últimos anos de vida é reproduzido dentro da exposição realizada na Unibes Cultural em São Paulo.
O projeto traz à memória a vida de Anne e de todas as vidas perdidas devido ao genocídio realizado pelos nazistas. Através de materiais enviados pela Anne Frank House Amsterdã, museu biográfico, a exposição é construída e cria uma imersão em um período da vida de garota judia, o espaço em que sobreviveu e as pessoas que faziam parte de sua vida naquele momento.
De acordo com Priscilla Parodi, fundadora e diretora da Inspirar-te e responsável pela realização da exibição, o objetivo do projeto foi muito além de reproduzir de forma fiel o Anexo Secreto. “Desenvolvemos o eixo curatorial e a narrativa desta exposição com a intenção de criar um manifesto humanista, incorporando arte, o legado de Anne Frank, os direitos humanos, nossas questões universais e o mundo em que vivemos hoje”, explicou em entrevista.
Para Parodi, a exposição possui um potencial de impacto socioeducativo ao ser fundamentada em temas curriculares e abordar o período da Segunda Guerra Mundial. “E não há melhor maneira de falar com jovens do que através de uma jovem: Anne Frank. A partir dela, diversas possibilidades se abriram, permitindo o aprofundamento em discussões essenciais para nossa sociedade”, comentou.
A exposição combina vários formatos de obras de arte, de pinturas e esculturas, até documentos e objetos históricos, como fotografias e itens da época, criando um percurso imersivo que apresenta diferentes camadas da realidade aos visitantes. “As obras não estão ali apenas para ilustrar o passado, mas para auxiliar no aprendizado e na reflexão. Elas geram um impacto visual, proporcionando uma experiência sensível e envolvente, ao mesmo tempo que ajudam a entender o contexto histórico e os conceitos apresentados”, compartilhou Priscila.
O “Diário de Anne Frank” se tornou uma grande obra literária após a publicação por retratar de modo único o que a garota e sua família passaram até o assassinato no campo de concentração. Pensando nisso, a mostra busca representar o potencial crítico ao reforçar o comprometimento com a liberdade e os direitos humanos.
“Este projeto promove um movimento gerador de mudanças sociais, orientado pela pluralidade e humanidade. Ele propõe uma reflexão profunda sobre os nossos desafios contemporâneos e reforça a importância da liberdade, da igualdade de direitos, da democracia e do respeito às diferenças. Enquanto membros de uma sociedade, somos todos responsáveis pelo meio em que vivemos, jovens ou adultos, e precisamos despertar essas reflexões”, contou Priscilla Parodi.
A exibição é um espaço que se compromete a conectar o passado com o presente e ao diálogo com o futuro. Por meio do projeto que conta um pedaço da vida de Anne Frank, a perspectiva dos visitantes é transformada por um olhar delicado sobre o existir e a brutalidade da perseguição sobre os povos. Anne gritou pelo direito de ser - um grito que vive até hoje e se une a outras lutas pela liberdade.
Serviço:
Abertura ao público: 03/08/2024
Horário: das 13h30 às 19h, de quarta a domingo
Local: Unibes Cultural (1º e 2º andar) - R. Oscar Freire, 2500 - Sumaré São Paulo, SP 05409-012
Classificação indicativa: Livre
Preço dos ingressos: R$ 15,00 (inteira) R$ 7,50 (meia-entrada)
*Entrada gratuita às sextas-feiras com reserva de ingresso (ingressos liberados às segundas-feiras)
Contatos para agendamento: annefrank@unibescultural.org.br e Whatsapp: 3065-4333
Exposição com recursos de acessibilidade e áudio guia na Plataforma MuseA.
Encerramento: 22 de dezembro de 2024










Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Dom Casmurro, será adaptado para musical, que estreia em 04 de novembro no Teatro Estúdio. O elenco conta com Rodrigo Mercadante interpretando Bentinho, Luci Salutes como Capitu, e Cleomácio Inácio como Escobar. Na produção, as letras e letras e músicas originais são de Guilherme Gila e a direção é de Zé Henrique de Paula.
Os ritmos e músicas variam do rock ao MPB. A proposta de Gila e Zé Henrique é oferecer uma nova perspectiva à obra de Machado de Assis, centrada nos personagens Bentinho, Capitu e Escobar.
Para trazer a atmosfera de Bentinho como narrador-personagem, o rock and roll dá vida à raiva e rebeldia do protagonista, enquanto a MPB traz um toque emocional e nacional às letras.
Considerado título fundamental na formação da literatura nacional, “Dom Casmurro” narra a história de vida de Bentinho, um advogado de uma família rica no Rio de Janeiro, que se apaixona por Capitu, uma jovem com quem passou boa parte da infância e adolescência. A história se desenvolve à medida que Bentinho se vê cego de ciúmes quando seu melhor amigo, Escobar, volta para sua vida e passa a se aproximar de Capitu.
O musical passou três anos sendo planejado e foi viabilizado por meio de um financiamento coletivo. A obra dá segmento ao projeto iniciado por Guilherme Gila em 2023, quando estreou “A Igreja do Diabo”, adaptação do conto de nome homônimo, também de Machado de Assis, publicado em 1884, que lhe rendeu um Prêmio Bibi Ferreira e um Prêmio Destaque Imprensa Digital.
A iniciativa segue a tendência de produções da Broadway de adaptarem obras clássicas e inseri-las no mercado musical e no teatro. Apesar disso, produções como essa ainda são raras no Brasil pela falta de incentivo e interesse público.
Os ingressos antecipados para o musical de “Dom Casmurro” já estão à venda pelo site do projeto do financiamento. As sessões são de segunda e terça-feira à noite, e a temporada tem a promessa de ser “curta”.
Os amantes de cinema coreano já podem marcar no calendário que entre os dias 03 e 09 de outubro São Paulo receberá a segunda edição do KOFF, ou Korean Film Festival (Festival de Cinema Coreano). O evento contará com a exibição de 22 longas-metragens e 40 curtas-metragens como parte de uma Mostra Competitiva e uma Mostra Não-Competitiva em duas salas de cinema no Reserva Cultural, na Avenida Paulista.
O KOFF passou por Piracicaba entre os dias 15 e 18 de agosto, e agora se prepara para chegar à capital paulista com a programação recheada de produções de todos os gêneros e para todos os gostos. Os ingressos para as sessões são gratuitos e podem ser reservados através do site oficial em um link disponível nas redes sociais do evento.

Dentre os longas que mais atraem a atenção está “Soulmate”, dirigido por Min Yon-geun. O drama romântico com Kim Da-Mi, Byeon Woo-seok e Jeon So-nee como os protagonistas. “Exhuma”, de Jang Jae-hyun, é outro grande querido; o terror sobrenatural inclui elementos de mistério e do oculto em uma trama com os astros Choi Min-sik, Kim Go-Eun, Yoo Hae-jin e Lee Do-hyun.
Para os fãs de Park Seo-joon, Park Bo-young e Lee Byunghun, será exibido “Sobreviventes - Depois do Terremoto”; o filme de Um Tae-hwa se passa em uma Seul fictícia destruída por um terremoto.
“Vidas Passadas”, de Celine Song que também estará em cartaz, foi indicado a dois prêmios no Oscar 2024, além de ser vencedor de Melhor Diretor e Melhor Filme no Film Independent Spirit Awards.
Dotados de elencos renomados, diretores reconhecidos e aclamação da crítica, outros longas que também se destacam na programação são “Road to Boston”, de Kang Jae-gyu; “Mimang”, de Kim Tae-yan; “Força-Bruta: Sem saída”, de Lee Sang-yong; e “Spring in Seoul, de Kim Sung-su”.
O curta-metragem “Night Fishing” será exibido em todos os dias de festival e é um dos mais aguardados, pois a produção de Moon Byoung-Gon foi vencedora na categoria Melhor Edição no 28° Fantasia International Film Festival.
KOFF (Korean Film Festival)
Quando: 03 e 09 de outubro
Onde: Reserva Cultural (Avenida Paulista, 900 - Bela Vista - SP)
Ingressos: Entrada gratuita mediante reserva da sessão.
Confira os ingressos disponíveis aqui.

Os dois últimos dias de semana do Rock in Rio, 19 e 20 de setembro, contaram com shows marcantes em comemoração aos 40 anos do festival, com Will Smith, ator vencedor do Oscar, Cindy Lauper, cantora de sucesso dos anos 80 e até o lançamento do álbum “143”, de Katy Perry. Durante a quinta e sexta-feira, os fãs puderam assistir performances de gêneros variados, mas quem reinou foi o pop.
Os shows do dia 19 alcançaram 4,9 pontos de audiência na TV Globo com o pop de Ed Sheeran e Charlie Puth, o samba de Fundo de Quintal e a renomada Joss Stone. A britânica foi a segunda a se apresentar no principal palco do festival, o Palco Mundo, e manteve a tradição de cantar com os pés descalços "Super Duper Love" e "You Had Me".
Entretanto, quem abriu o principal palco da Cidade do Rock foi Jão, no pop nacional. Ao tentar imitar um programa de auditório, o cantor convidou vários fãs para o show na estética de 1940. As músicas “Vou morrer sozinho” e “Imaturo” estavam presentes no setlist.

De volta à Cidade do Rock desde 2019, quando esteve presente no Palco Sunset do festival carioca, Charlie Puth cantou novos hits. Neste ano, o cantor foi promovido a um dos artistas do Palco Mundo e ainda emocionou com um dos maiores sucessos da carreira: ‘’See you again’’, tema do filme Velozes e Furiosos. Além disso, em homenagem ao Rio de Janeiro, o estadunidense tocou ‘’Garota de Ipanema’’ no piano.
Também no palco Sunset, Will Smith, vencedor da categoria Melhor Ator do Oscar de 2022, se apresentou no Rock in Rio 2024. No entanto, o show de rap foi curto, com exatos 18 minutos. O rapper cantou algumas de suas músicas mais conhecidas, “Man in Black” e “Work of Art”. Ele também é conhecido por ter feito a música tema de “Um Maluco no Pedaço”, sitcom que protagonizou nos anos 1990.

Sem muita surpresa, o headliner da noite, Ed Sheeran, cantou sozinho durante uma hora e 24 minutos. A voz e o violão foram os únicos aliados do artista, que, embalado pelo coro dos fãs, deixou claro que faz tudo ao vivo. Pela quarta vez no Brasil, o britânico se despediu da plateia com a promessa de uma possível turnê solo em 2025.

O mundo é das mulheres?
Na sexta-feira (20), aconteceu o “Dia Delas”, que recebeu esse nome por contar apenas com atrações femininas. Essa foi a resposta do festival à enxurrada de críticas que a organizadora Rock World recebeu por não escalar nenhuma atração principal feminina para o festival The Town, que ocorreu em São Paulo, no ano passado. Mesmo com a tentativa de reparação, é decepcionante que, com sete dias de festival, apenas um tenha uma artista feminina como headliner no palco mundo. O dia, recheado de estrelas pop, esgotou rapidamente e registrou a melhor audiência da edição na televisão, com 6,7 pontos.
Luedji Luna abriu o Palco Sunset e, com as convidadas Tássia Reis e Xênia França, entregou uma apresentação etérea, perfeita para as boas-vindas do dia. O show contou com uma energia solar que chegou ao seu pico quando Luedji e Xênia cantaram “Lua Soberana”, que estava na boca do povo, já que a canção era a abertura da novela “Renascer”, remake de Bruno Luperi para a Globo.

No Palco Mundo, Ivete Sangalo transformou a Cidade do Rock em carnaval. A cantora animou o público sem pausa para descanso, com hits do início ao fim. Com músicas desde a época da Banda Eva até seu sucesso recente “Macetando”, todos dançaram e instintivamente sabiam de cor as letras. A performance vocal ao vivo de Ivete é poderosa, e na produção é possível notar as referências que ela buscou na Renaissance Tour, quando assistiu ao show no ano passado. A baiana é nostálgica sem soar datada e se mostra um verdadeiro titã da cultura musical brasileira. Sites como o G1 citam a cantora como a “maior diva pop do Brasil”.

O ícone dos anos 80, Cyndi Lauper, trouxe um show à moda antiga, sustentando a audiência com sua banda e gogó, sem grandes estruturas e efeitos especiais. Ela parecia a escolha perfeita para o “Dia Delas” por ser grande referência para a maioria das artistas femininas que estavam no lineup. O reflexo disso foi sua volta ao palco junto com Katy Perry, que enalteceu o legado de Cyndi. “Time After Time” e “True Colors” emocionaram e mostraram ao público mais jovem o poder das composições de Lauper para além de “Girls Just Wanna Have Fun”, que fechou com chave de ouro o show.
Há alguns anos, Karol G está tentando conquistar os brasileiros, afinal, o poder da população em números de streamings e consumidores de música é o maior da América Latina. Mas o Brasil não pareceu muito interessado, nem mesmo quando entoou “Tudo OK (Remix)”. Poucos cantaram os versos em espanhol adicionados por Karol e Maluma na música e pareciam até mesmo desconhecê-los. Entretanto, a colombiana segurou o palco na coreografia e nos efeitos especiais, em músicas como “GATÚBELA” e “TQG”, em que ela fez chover no palco. Além disso, a pirotecnia sincronizada com as melodias em “TUSA” foi o auge da apresentação. Karol trouxe as participações de Pabllo Vittar, Yseult e Sevdaliza para cantar “Alibi” juntas pela primeira vez, eletrizando todos os presentes.

A headliner do dia, Katy Perry, foi o ponto alto do festival. A cantora escolheu o Brasil para receber o primeiro show de sua nova era, com o lançamento do álbum “143” no mesmo dia. Apesar das polêmicas e críticas, Katy é uma potência da música pop e mostrou que muitas das críticas feitas online não se traduzem para a vida real. A abertura com “Woman’s World” surpreendentemente foi um shot de energia nos fãs, que cantaram os versos, amplamente criticados pela superficialidade acerca do empoderamento feminino nas redes sociais.

Logo no início, a sequência de hits número #1 ilustrou a fala dela no VMA, de que “Não há acidentes que se perduram por décadas”. A roupagem mais eletrônica na produção tornou tudo mais coeso e alinhado com o som do novo álbum. Katy entregou o que um show de diva pop precisa: palco e cenografia impactantes, múltiplas trocas de figurino, coreografias com breakdowns, segmentos temáticos e surpresas. Portanto, é possível perceber de onde vêm os elogios e críticas ao trabalho de Perry, que, apesar de ser completo, pode parecer superficial em alguns momentos.
No sábado (21), o Dia Brasil foi completamente dedicado à artistas nacionais, e contou com muito sertanejo. O Rock in Rio se encerrou no domingo (22), com outros headliners como Mariah Carey. Celebrando uma edição histórica, o festival completou sua quadragésima edição com ícones como Ney Matogrosso, mas decepcionou em algumas performances, como a de Luisa Sonza e Akon, julgado em portais de notícia brasileiros como o Estadão e o GShow como “as piores apresentações”.

A 27ª Bienal Internacional do livro encerrou em setembro sua programação no Distrito Anhembi, Zona Norte de São Paulo. O evento promoveu temas sobre “Bookinfluencers: Estratégias de conteúdo para engajar”, “Romances e o poder do “felizes para sempre”, com discussões entre influenciadores e autoras nacionais.
Uma das mesas de destaque do evento foi a “Bookinfluencers: Estratégias de conteúdo para engajar”, no Estande da Amazon Kindle às 11h, mediada pelo influenciador Tiago Valente, reunindo Paulo Ratz, Patrick Torres, Milena Souza (Enevoada) e Rodrigo de Lorenzi. Com humor e troca de experiências, a conversa falou sobre o impacto da influência na formação de leitores mais jovens e das comunidades criadas nas redes sociais.
Tendo em vista a dinâmica dos conteúdos que geram engajamento na internet, Tiago questiona qual tipo de postagem consegue ultrapassar as bolhas e atingir um público ainda maior. “Eu só viralizo e meu conteúdo só engaja quando eu falo sobre racismo” diz Enevoada, que tem um público majoritariamente negro e indica livros com foco em representatividade não branca. A influenciadora também relata sobre o senso de comunidade da plataforma digital: “É um refúgio”.
Entretanto, ela contrapõe que muitos buscam seu trabalho apenas por ser negra ou por estar falando sobre raça, mas que não consomem criadores de conteúdo que são pretos em obras que não sejam relacionadas ao racismo.
Patrick Torres, que é um autor brasileiro, comenta: “Qualquer menção a raça no meu perfil funciona muito bem em números”, e explica que para ele “o exotismo engaja”, quanto mais o conteúdo for diferente e “exótico”, maior o engajamento.
A influência dos “bookinfluencers” é evidente nas escolhas literárias dos leitores, que demonstram uma crescente afinidade com a literatura nacional, e impulsionam seu reconhecimento. “A minha comunidade foi impactada com a minha indicação da Carla Madeira” (autora do livro “Tudo é Rio”), comenta Rodrigo de Lorenzi, a mesa finaliza ao discutir questões burocráticas e econômicas sobre a vivência com a literatura na internet.
“O romance só é romance se ele tem um final feliz?”

Outro bate papo com Enevoada, dessa vez no papel de mediadora, contou com a presença das autoras, Carina Rissi, Paola Aleksandra, Aione Simões e Vanessa Airallis, em um debate sobre “Romances e o poder do “‘felizes para sempre’”.
Um ponto chave na discussão foi sobre como o gênero é lido e escrito, e como as autoras encaram as críticas e a importância do romance. “Tudo que é associado ao interesse da mulher, escrito por mulheres e consumido majoritariamente por mulheres acaba parecendo como algo fútil, porque aquilo que é associado a mulheres é menor” comenta a autora Aione Simões, que cresceu como produtora de conteúdo defendendo romances.
“O que é literatura de homem? isso não existe, mas porque temos uma literatura de mulher?” diz ela também, sobre o “subgênero” chick lit, que trata de questões femininas modernas.
A autora de “Amor às causas perdidas”, Paola Aleksandra, destaca que a principal transformação no cenário literário dos romances está sendo impulsionada pelos consumidores, que consomem cada vez mais histórias de amor, incentivadas pelas mídias sociais.
O último tópico abordado pela mesa de romance foi sobre a obrigatoriedade dos finais felizes: “Eu sinto que o final feliz me faz sentir controle sobre algo” diz Aleksandra, sobre ler romances com finais que aquecem corações, “porque é o que nos motivam a ter esperança para o nosso dia a dia”.
A crítica na leitura de romances que apresentam finais idealizados e excessivamente felizes gira em torno da expectativa de alguns leitores. Sobre isso, a autora Carina Rissi menciona que a discordância de seus fãs com relação ao final de uma de suas obras a levou a questionar sobre “o que é um final feliz?”. Quando ela escreve seus livros, nem sempre o final que ela quer é o final que os leitores vão gostar: “um final feliz é aquele que a minha protagonista merece, é o que ela precisa” finaliza Carina, autora de “Perdida”.