Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
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Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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Diretor de “The Room Next Door”, Pedro Almodóvar, leva o Leão de Ouro, mas brasileiros também triunfam com “Ainda Estou Aqui”
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João Pedro Stracieri
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15/09/2024 - 12h

O Festival Internacional de Cinema de Veneza teve sua 81ª edição no dia 28 de agosto e seus resultados foram divulgados na cerimônia de encerramento, dia 7 de setembro de 2024, realizada no Palazzo del Cinema, no Lido de Veneza, na Itália. O tradicional festival ocorre desde 1932, sendo o mais antigo dedicado à sétima arte e um dos mais influentes da indústria, ao lado de Cannes e Berlim. 

A atriz francesa e presidente do júri do evento, Isabelle Huppert, anunciou os vencedores da edição. O grande destaque do evento foi “The Room Next Door” (em tradução livre, “O Quarto ao Lado”), dirigido pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar. O filme venceu o Leão de Ouro de Veneza e foi aclamado durante 18 minutos em sua primeira exibição na mostra italiana.

 

O espanhol Pedro Almodóvar vence Leão de Ouro por “The Room Next Door” – Foto: Marco Bertorello/AFP
O espanhol Pedro Almodóvar vence Leão de Ouro por “The Room Next Door” – Foto: Marco Bertorello/AFP

 

Em seu discurso, Almodóvar dedicou o prêmio às duas atrizes protagonistas, Tilda Swinton e Julianne Moore. O diretor também comentou sobre a história da obra: “É um filme sobre duas mulheres. Como diretor, um dos privilégios é que somos o primeiro destino quando acontece um milagre. Tanto Tilda como Julianne colocaram muitos dias nesse filme e nunca vou ter palavras o suficiente para agradecê-las”.

 

Tilda Swinton e Julianne Moore em “The Room Next Door” – Foto: Divulgação/Sony Pictures
Tilda Swinton e Julianne Moore em “The Room Next Door” – Foto: Divulgação/Sony Pictures

 

“O filme fala de uma mulher em um mundo agonizante e de outra mulher que decide compartilhar seus últimos dias com ela. Acompanhar um doente terminal, saber estar ao lado, é uma das grandes qualidades de uma pessoa. O filme fala, entre outras coisas, não só de solidariedade, mas também da decisão de terminar a vida devido a uma dor sem solução. Creio que é um direito fundamental de todo ser humano. Não é um assunto político, é humano”, declarou Almodóvar.

Outro filme que se destacou foi o longa brasileiro “Ainda Estou Aqui”, dirigido pelo também diretor de “Central do Brasil”, Walter Salles. Escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega, e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, “Ainda Estou Aqui” levou o prêmio de melhor roteiro, além de ser ovacionado durante 10 minutos ininterruptos. A obra também estreou no Rotten Tomatoes com 94% de aprovação dos críticos.

 

Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega são premiados por “Ainda Estou Aqui” – Foto: Alberto Pizzoli/AFP
Os roteiristas Murilo Hauser e Heitor Lorega são premiados por “Ainda Estou Aqui” – Foto: Alberto Pizzoli/AFP

 

Além dos prêmios citados, outros que tiveram grande relevância foram Brady Cobert, pela sua direção magistral em “The Brutalist”; Vincent Lindon, por sua atuação em “The Quiet Son”; e Nicole Kidman, que levou o prêmio de melhor atriz em “Babygirl”, mas que não subiu ao palco para receber a estatueta devido a triste notícia do falecimento de sua mãe.

 

Origem dos principais prêmios do Festival de Veneza

O galardão de maior importância concedido pelo júri do Festival de Veneza é o famoso Leão de Ouro. O prêmio leva esse nome por ser uma representação do Leão de São Marcos, símbolo impresso na bandeira da República de Veneza.

Já a Taça Copa Volpi recebe esse nome em homenagem ao Conde Giuseppe Volpi di Misurata, Ex-Ministro das Finanças do Reino da Itália e fundador do Festival de Cinema de Veneza. Por sua vez, o Leão de Prata possui duas versões principais, uma para o melhor diretor e outra para o segundo melhor filme do festival. 

Outro prêmio muito significante é o Marcello Mastroianni, criado para reconhecer o melhor ator ou atriz em ascensão. Criado em 1998, seu nome é uma homenagem ao ator homônimo, considerado o mais importante ator da Itália.

Por fim, o Golden Osella é um prêmio concedido em diversas categorias, como roteiro, direção, fotografia e contribuições técnicas. O nome tem origem na osella, uma medalha que os doges de Veneza distribuíam para vários competidores entre os anos de 1521 e 1797.

 

Veja abaixo a lista dos vencedores do Festival de Veneza de 2024

Leão de Ouro – “The Room Next Door”, de Pedro Almdóvar

Grande Prêmio do Júri – “Vermiglio”, de Maura Delpero

Leão de Prata de Melhor Diretor – “Brady Corbet”, por “The Brutalist”

Melhor Roteiro – Murilo Hauser e Heitor Lorega, por “Ainda Estou Aqui”

Copa Volpi de Melhor Ator – Vincent Lindon, por “The Quiet Son”

Copa Volpi de Melhor Atriz – Nicole Kidman, por “Babygirl”

Melhor Jovem Ator (prêmio Marcello Mastroianni) – Paul Kircher, por “And Their Children After Them”

Prêmio Especial do Júri – “April”, de Dea Kulumbegashvili

 

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“Circus Maximus” abre sequência de shows do cantor no país em apresentação eletrizante
por
Gabriel Lourenço Schiavoni
João Pedro Lindolfo
Lucas Rossi
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13/09/2024 - 12h

Painel de luz presente no show do Travis Scott Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço

 

Nesta quarta-feira (11), ocorreu, em São Paulo, o show do rapper Travis Scott, com ingressos esgotados, parte de sua turnê  "Circus Maximus", no estádio Allianz Parque, localizado na zona oeste de São Paulo. O rapper, que conta com mais de 68 milhões de ouvintes mensais no Spotify, é um dos nomes mais influentes do ramo.

Multidão curtindo o show do artista americano Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço 

 

Em sua apresentação, Travis incendiou o público com uma performance eletrizante que deixou todo mundo de pé, com hits como “Sicko Mode”, “Goosebumps” e “Butterfly Effect”. Durante todo o show, os fãs presentes na pista realizaram “rodas punk”, nas quais o público abre um espaço para dançarem e se movimentarem de forma energética em meio a um “bate cabeça”.

Em quase uma hora e vinte minutos de show, Scott trouxe um ritmo empolgante, emendando músicas sem interrupções. O auge da animação da apresentação ocorreu quando o cantor performou seu último sucesso, FE!N, cinco vezes seguidas, para o delírio dos presentes no estádio.

Público animado abrindo uma roda punk durante a apresentação de FE!N  Foto: Lucas Rossi e Gabriel Lourenço

 

Entretanto, alguns fãs saíram decepcionados, com a expectativa de participações especiais, principalmente a do rapper norte americano Playboi Carti, parceiro de Travis em FE!N, que esteve presente em São Paulo recentemente no show do The Weeknd no Estádio do Morumbi, no sábado (07).

A setlist escolhida teve enfoque em  seu último álbum, “Utopia”, lançado em 2023. Essa foi a segunda vez que Travis se apresentou em São Paulo: em 2022, o rapper participou da primeira edição do Primavera Sound.

Os valores dos ingressos variaram de R$245,00 (meia-entrada na cadeira superior) a R$890,00 (inteira na pista premium), e o público total ultrapassou 46 mil pessoas.

O show em São Paulo foi apenas o início de sua sequência de apresentações no Brasil. Na sexta-feira, dia 13, o rapper será um dos headliners do principal festival de música no país: o Rock in Rio, que ocorrerá na Cidade do Rock, localizada na zona oeste da capital carioca. A apresentação será no Palco Mundo, principal palco do festival.

A expectativa é de que o Rock in Rio 2024 reúna mais de 700 mil pessoas. Durante a pré-venda, os ingressos se esgotaram em apenas 2 horas e 15 minutos. O evento vai até dia 22 de setembro, e também conta com nomes como Shawn Mendes, Avenged Sevenfold, Imagine Dragons e Katy Perry.

 

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A conferência literária abre suas portas na sexta-feira, 6 de setembro, e se estende até o dia 15
por
Luane França
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11/09/2024 - 12h
Estátua do logo da Bienal Internacional do Livro situada no evento - Foto: Luane França
Estátua do logo da Bienal Internacional do Livro situada no evento - Foto: Luane França 

 

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e das autoridades Margareth Menezes, ministra da Cultura; Camilo Santana, ministro da Educação; e Jader Filho, ministro das Cidades, foi dada a largada para a 27ª edição da Bienal Internacional do Livro, na quinta-feira (5). 

O evento começa oficialmente na sexta-feira (6), e vai até 15 de setembro. Localizada no Distrito Anhembi, a Bienal contará com a presença de mais de 700 autores, nacionais e internacionais, em 75 mil metros quadrados. A promessa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) para 2024 é atrair cerca de 660 mil visitantes ao longo de sua duração. Além das homenagens e debates literários, a Bienal oferece diversas atividades para o público.

A abertura ressaltou a importância da literatura e o impacto cultural da Bienal.

“É uma maneira de reverenciarmos nossa riqueza criativa”, declara Margareth. “O Brasil real, não o da ficção, nem tampouco o da facção. O Brasil da esperança, do amor, do futuro melhor para o nosso brasileiro. É esse Brasil que estamos construindo.”, completa para a AGEMT, presente na feira.

Sevani Matos, presidente da CBL, ressaltou como os livros podem servir como um farol de inspiração, um instrumento de reflexão e uma ferramenta de liberdade. Ela enfatizou a importância de defender os livros e lançou um chamado aos governantes sobre a necessidade de implementar políticas públicas que promovam o incentivo à leitura, afirmando que investir na literatura é investir no futuro do Brasil.

Outro destaque da edição é o número de livros físicos disponíveis, que totalizam 3,5 milhões. Além disso, a Bienal vai oferecer uma opção de cashback, permitindo que os visitantes utilizem parte do valor dos ingressos para a compra de livros.

A Bienal Internacional do Livro, considerada o maior evento literário da América Latina, homenageia neste ano a Colômbia, com um estande próprio e cerca de 17 autores colombianos. Além disso, a cerimônia contou com a presença de Juan David Correa, ministro da Cultura da Colômbia, e Guillermo Rivera, embaixador colombiano no Brasil.

 

“Menos armas e mais livros”

Cerimônia de abertura da 27º Bienal Internacional do Livro - Foto: Luane França
Cerimônia de abertura da 27º Bienal Internacional do Livro - Foto: Luane França 

 

Ainda na abertura, o presidente Lula e Margareth Menezes assinaram o decreto de nº 12.021/2024, que estabelece a nova Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE). 

Ele prevê a criação de um novo Plano Nacional de Livro e Leitura (PNLL), que será desenvolvido em parceria com a sociedade civil e busca fortalecer a colaboração entre os Ministérios da Cultura e da Educação para ampliar o acesso à leitura em todo o Brasil.

O presidente também anunciou que todas as 6 mil bibliotecas públicas do país receberão um acervo adicional de 600 livros cada. Além disso, os conjuntos habitacionais do programa “Minha Casa Minha Vida” serão equipados com bibliotecas com 500 livros cada. “Nada é mais importante do que ler”, afirmou Lula durante o evento, ressaltando a importância da leitura na formação e desenvolvimento pessoal.

O ministro da Educação, Camilo Santana, autorizou um novo edital para o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) Equidade, além da suplementação de R$ 50 milhões para a compra de acervos literários destinados ao PNLD Educação Infantil.

“Estamos retomando e ampliando o investimento financeiro e o apoio técnico para que, em todo o país, a educação e a cultura ajudem a transformar a vida das crianças, adolescentes, jovens e suas famílias”, declarou.

Como nota final, Lula enfatizou uma mensagem poderosa: “Menos armas e mais livros”, sublinhando o compromisso com a promoção da educação e da cultura como pilares para um futuro melhor.

Por fim, a  ministra da Cultura elogiou a parceria entre os Ministérios: “A leitura e a literatura são ferramentas poderosas para promover a transformação, aprimorar o pensamento e emancipar o ser humano na sociedade.”

 

Lágrimas do Mar

A cerimônia também ganhou uma apresentação musical do espetáculo “Lágrimas do Mar”, protagonizado por Arnaldo Antunes e Vitor Araujo. O show, que foi realizado em um cenário visualmente impressionante, apresentou uma performance envolvente com a combinação da voz expressiva de Antunes e a habilidade ao piano de Araujo. A música capturou a atenção do público com sua profundidade e emoção.

 

Espetáculo do cantor Arnaldo Antunes e do pianista Vitor Araújo - Foto: Luane França
Espetáculo do cantor Arnaldo Antunes e do pianista Vitor Araújo - Foto: Luane França

 

Primeiro final de semana

Já no primeiro fim de semana, os ingressos para a Bienal  se esgotaram rapidamente. A superlotação no Distrito Anhembi resultou em longas filas para acessar estandes de editoras, banheiros, bebedouros e áreas de alimentação, juntamente com o calor intenso que dificultava a espera. A AGEMT esteve presente na feira.

 

A expectativa é que pelo menos 660 mil pessoas compareçam à feira em 2024 - Foto: Luane França
A expectativa é que pelo menos 660 mil pessoas compareçam à feira em 2024 - Foto: Luane França 

 

No sábado, o evento enfrentou sérios problemas de trânsito devido ao desfile do dia 7 de setembro, que ocorreu em uma área próxima. Embora a Bienal oferecesse um serviço de transporte gratuito da estação Portuguesa-Tietê até o local do evento, a fila para esse transporte era longa e demandava considerável paciência. Aqueles que optavam por utilizar serviços de transporte por aplicativo, como o Uber, também encontravam dificuldades devido ao congestionamento intenso.

 

Influenciadores literários estimulando a leitura

Uma das mesas em destaque no primeiro sábado foi a “Agentes da Literatura: A Importância dos Influenciadores Literários na Promoção da Leitura", mediada pela escritora Dayane Borges. A discussão contou com a participação de Karine Leôncio, Pedro Pacífico e Paola Aleksandra. A influenciadora Liv Resenhas também estava prevista, mas, devido ao trânsito caótico, não conseguiu chegar a tempo.

O diálogo girou em torno da responsabilidade que os criadores de conteúdo têm como formadores de opinião sobre uma parcela do público leitor. “Existe a possibilidade de tirar a literatura dessa aura intelectual, que vai dizer o que é alta literatura e o que não é, que romances de entretenimento não são legais de ler e, por isso, você não é um bom leitor.” diz Pacífico, que atua como advogado e também é conhecido por Bookster com um projeto de incentivo à leitura.

Ele explicou que esse fenômeno não só afeta a forma como os livros são percebidos, mas também influencia a maneira como os leitores se veem.

Julia Leal, estudante de Direito do Paraná, comenta que a rede social TikTok e as outras redes sociais têm desempenhado um papel crucial em despertar o interesse pela leitura, "Eu me sinto acolhida e é muito bom encontrar pessoas que se identificam com o que eu amo," diz.

A estudante ressalta também como essas plataformas têm ajudado a cultivar o hábito da leitura, criando um ambiente onde as pessoas podem se conectar e compartilhar suas paixões.

Karine, que foi indicada em 2022 pela revista “Toda Teen” como Influenciadora Literária do Ano, conta que, antes, não havia um espaço adequado para essa troca de ideias como existe na internet atualmente. Com a adolescência solitária, procurou refúgio na internet. “Não entendi o impacto que eu poderia ter", relata , sobre o compartilhamento de suas experiências. No entanto, ao se envolver mais ativamente, encontrou amigos leitores na internet e descobriu uma comunidade com interesses semelhantes.

Outro tópico importante abordado foi a questão sobre o número de livros lidos por influenciadores, o que às vezes gera comparações entre seus seguidores. “As redes sociais colocam uma pressão sobre as pessoas, fazendo com que se sintam mal para atingir metas", afirma Pacífico. Uma dica que os comunicadores digitais presentes utilizam para evitar confusões entre seu público é publicar o que acontece em seus bastidores, mostrando suas rotinas e problemas. “Assim, em vez de as pessoas enxergarem apenas um número, elas veem uma rotina", finaliza Paola, produtora de conteúdo e escritora.

 

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O longa-metragem é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva e protagonizado por Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello
por
Cecília Mayrink
Giuliana Nardi
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11/09/2024 - 12h

O Festival de Cinema de Veneza, que ocorreu no último domingo (1), foi palco da exibição do filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, trama adaptada do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. O longa-metragem, que estreou  com 90% de aprovação no site especializado em crítica de cinema Rotten Tomatoes, venceu o prêmio de “Melhor Roteiro” e foi ovacionado por 10 minutos ao final da sessão.

Esse é o primeiro filme original Globoplay e conta com a atuação de grandes artistas do cinema nacional,como Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello. A direção é de Walter Salles - conhecido por obras importantes como Central do Brasil (1998) e Cidade de Deus (2002) - e o roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega.

Ambientado no Rio de Janeiro no início dos anos 1970, o enredo traz uma narrativa profunda e comovente sobre a mãe do autor, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres em sua juventude e por Fernanda Montenegro na fase madura. Durante anos, ela lutou pela verdade sobre o paradeiro de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, vítima da repressão da ditadura militar.

 

 

A trama se passa quando Rubens, engenheiro civil, político e defensor da democracia, foi preso e, em seguida, desapareceu, após ser torturado por agentes do regime militar brasileiro. 

Assim, Eunice inicia a busca incansável para descobrir o que aconteceu com o seu marido. Em 2014, mais de 40 anos depois, a Comissão Nacional da Verdade finalmente confirmou que Rubens foi assassinado sob tortura em janeiro de 1971.

A produção explora a resistência de Eunice, sua luta pela verdade e o impacto da ditadura sobre sua família. 

A crítica especializada foi unânime em sua aclamação: descrito como "impressionante", o filme já desponta com a possibilidade de representar o Brasil em grandes premiações internacionais, como o Festival Internacional de Cinema de Toronto e o Festival de Cinema de Nova York. O desempenho de Fernanda Torres foi enaltecido e muitos críticos especulam se o filme pode se tornar um candidato ao Oscar, assim como “Central do Brasil”, estrelado por sua mãe, Fernanda Montenegro, foi em 1999.

A obra atualmente lidera o ranking de críticos da revista inglesa “Screen International”, o que aumenta as expectativas para possíveis prêmios. A lista reflete a recepção dos filmes pelos especialistas de veículos como “Le Monde” e “The Hollywood Reporter”. 

No ranking, “Ainda Estou Aqui” está com a média de 3,89 e superou “The Room Next Door”, do renomado cineasta espanhol Pedro Almodóvar, que obteve a nota 3,85. 

O filme também teve repercussão na imprensa internacional. O jornal britânico The Guardian o definiu como “um drama sombrio e sincero sobre os desaparecidos da nação”. Já o estadunidense The Hollywood Reporter destacou a atuação de Fernanda Torres, chamando-a de “modelo de contenção eloquente”. O jornal proporcionou ainda elogios ao diretor, dizendo que esse é um de seus melhores trabalhos.

“Ainda Estou Aqui” não possui data de estreia confirmada no Brasil. Contudo, há expectativas que o lançamento aconteça após a temporada de festivais de filmes, podendo chegar aos cinemas apenas em 2025, e logo em seguida, no streaming da Rede Globo.

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O cantor e ex-integrante do grupo One Direction retorna ao Brasil pela segunda vez em carreira solo
por
Giuliana Nardi
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10/09/2024 - 12h

O cantor Niall Horan já está com sua passagem comprada para o Brasil em 2024. Neste mês, o artista volta ao país para duas apresentações como parte da sua atual turnê “The Show: Live On Tour”, no dia 28 de setembro, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, e no dia 29 de setembro, na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro.

Atualmente, Horan possui três álbuns em sua discografia, sendo o mais recente "The Show", lançado em julho do ano passado e composto por 10 faixas, incluindo o single "Heaven" com mais de 240 mil streams no Spotify.

A nova turnê, planejada para promover este lançamento, conta com mais de 80 shows ao redor do mundo. Essa é a maior turnê da carreira solo do cantor até o momento, com um repertório que abrange músicas dos seus três álbuns. Além do Brasil, a turnê passará por outros nove países da América do Sul.

“A espera acabou, América Latina! Estou trazendo o ‘The Show: Live On Tour’ para vocês ainda este ano… Mal posso esperar para ver todos vocês em breve!”, afirma o cantor, em uma postagem feita em suas redes sociais, em 4 de março. 

Niall Horan promove shows na América Latina com a “The Show: Live on Tour” r” Foto: @niallhoran/Instagram/Reprodução
Niall Horan promove shows na América Latina com a “The Show: Live on Tour” Foto: @niallhoran/Instagram/Reprodução

O irlandês ganhou fama como integrante do One Direction, ao lado de Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson e Zayn Malik. Após a separação do grupo em 2015, Horan seguiu carreira solo, lançando seu primeiro single, "This Town", em 2016. 

Horan já esteve no Brasil em 2014 com a banda One Direction, e retornou em 2018, após o lançamento de seu álbum solo "Flicker", que alcançou o primeiro lugar na Billboard 200 em 2017.

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