Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
por
Maria Clara Palmeira
|
27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

Tags:
Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
|
25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

Tags:
A incerteza quanto ao fim das salas de cinema e início da diminuição em massa de consumidores
por
Chiara Renata Abreu
|
18/06/2025 - 12h

A recente chegada dos streamings pode acabar com os cinemas. Internacionalmente, as plataformas têm se mostrado cada vez mais aptas a abalar seus concorrentes. 

Depois da pandemia, os donos dos cinemas sentiram a diminuição de movimento, que preocupa não só a indústria, mas a sociedade em si. Filmes e curtas fazem parte da formação da cultura de civilizações, e a incerteza de sua existência atormenta. Os streamings ganharam força no período de quarentena, ocupando o espaço que as salas obtinham. O conforto de estar em sua própria casa, poder parar o filme a qualquer momento e a variedade no catálogo são alguns dos principais motivos do aumento da modalidade segundo pesquisas da Cinepop, site especializado em cinema. 

De acordo com pesquisas da revista O Globo, a área do cinema conseguiu em 2023 superar as dificuldades e recuperar alguns de seus fregueses, mas os números seguem abaixo do que estavam antes da pandemia. Segundo o analista de mercado Marcelo J. L. Lima em entrevista para a revista, a crise é mundial, com ressalvas em países como França, Índia, Coreia do Sul e China, que tem menor influência de Hollywood. Ainda, a reportagem aponta que parte da fraqueza hoje encontrada na indústria se fez depois de 1980, a partir do início da migração dos cinemas de rua para os de shopping. Em 2008 apenas 27% deles eram fora dos centros de comércio. 

Em entrevista para O Globo, Marcos Barros, presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex), apontou que os cinemas estão em apenas 8% dos municípios brasileiros, apenas 451 de um total de 5.565 cidades. A volta dos cinemas de rua poderia diminuir o desequilíbrio das salas, gerando uma maior popularização do cinema. Segundo Raíssa Araújo Ferreira, estudante de cinema na Belas Artes, “os cinemas estão se perdendo. Antigamente existiam vários cinemas de rua, de mais fácil acesso. Hoje está acontecendo uma elitização das salas. Elas estão, por exemplo, muito longe das periferias e concentradas nos shoppings, então existe todo o gasto com a locomoção. O cinema se torna um lugar de privilégio”. 

“O cinema é a sétima arte. Ela é um conjunto de todas as outras artes, e o cinema é vivo. Ele é sempre atual. Ele é sempre de todas as épocas. Então nada que é vivo vai desaparecer sem deixar vestígios. O cinema tem muito o que falar. É como se as salas estivessem adormecidas. Elas não estão mortas, mas sim apagadas”, comenta a aluna. 

A jovem complementa com ideias para a volta do triunfo das salas de cinema. “Acho que precisamos reinventar as salas. Apostar em programações mais diversas, ingressos mais acessíveis, novas salas mais perto da periferia e espalhar o cinema pelas cidades do Brasil. Criar o desejo de ir ao cinema, como um acontecimento, e trazer experiências mais imersivas, como convidar atores para, antes da sala de cinema, falarem sobre o filme. Trazer também eventos para apoiar o cinema de rua, investindo nas produções independentes e criando lugares públicos. Assim, as salas vão se reposicionar e oferecer algo que o sofá de casa ou a cama não oferece”. 

Tags:
A história do grupo que ultrapassou as barreiras sonoras pode ser vista no centro de SP até o fim de agosto
por
Por Guilbert Inácio
|
26/06/2025 - 12h

A exposição “O Quinto Elemento”, em homenagem aos 35 anos do notório grupo de rap Racionais MC’s, está em cartaz desde o dia 06 de dezembro de 2024, no Museu das Favelas, no Pátio do Colégio, região central da cidade de São Paulo. A mostra era para ter sido encerrada em 31 de maio de 2025, mas, devido ao sucesso, vai agora até 31 de agosto.

A imagem mostra um painel os quatros membros dos Racionais MC's
Em 2024, o museu ganhou o prêmio de Projeto Especial da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pela exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Museu das Favelas

O Museu das Favelas está localizado no Centro histórico de São Paulo, mas esse nem sempre foi o seu endereço. Inaugurado no dia 25 de novembro de 2022, no Palácio dos Campos Elíseos, o Museu das Favelas ficou 23 meses no local até trocar de lugar com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, no dia 26 de agosto de 2024.  

Fechado por três meses, o museu reabriu no dia 06 de dezembro de 2024, já com a nova exposição dos Racionais MC’s. Em entrevista à AGEMT, Eduardo Matos, um dos educadores do museu, explicou que a proposta da exposição chegou neles por meio de Eliane Dias, curadora da exposição, CEO da Boogie Naipe, produtora dos Racionais e esposa do Mano Brown. Eduardo complementou que o museu trocou de lugar para ter mais espaço para a mostra, já que no Campos Elísios não teria espaço suficiente para implantar a ideia. 

Tarso Oliveira, jornalista e historiador com pós-graduação em Africanidades e Cultura Afro-Brasileira, comentou que a gratuidade do museu é um convite para periferia conhecer a sua própria história e que, quando falamos de Racionais MC's, falamos de uma história dentro da história da cultura hip-hop, que salvou várias gerações fadadas a serem esquecidas e massacradas pelo racismo estrutural no Brasil. “Nós temos oportunidades de escrever a nossa narrativa pelas nossas mãos e voltada para o nosso povo. Isso é a quebra fundamental do epistemicídio que a filósofa Sueli Carneiro cita como uma das primeiras violências que a periferia sofre.”, afirma o historiador. 

O Quinto Elemento

Basta subir as escadas para o segundo andar do museu, para iniciar a imersão ao mundo dos Racionais. Na entrada, à sua direita, é possível ouvir áudios do metrô, com o anúncio das estações. Uma delas, a estação São Bento da linha 1-Azul, foi o berço do hip-hop em São Paulo, na década de 1980. À esquerda está um som com músicas dos Racionais, uma trilha que você irá ouvir em todos os espaços da exposição.

A imagem apresenta três placas, em sequência, com os dizeres "X", "Racionais MC's" e "Vida Loka".
Placas semelhantes às placas com nomes de rua trazem as letras do grupo. Foto: Guilbert Inácio.

No primeiro espaço, podemos ver o figurino do Lorde Joker, além de uma breve explicação da presença recorrente na obra do grupo da figura do palhaço em apresentações e músicas como “Jesus Chorou”, em que Mano Brown canta: “Não entende o que eu sou. Não entende o que eu faço. Não entende a dor e as lágrimas do palhaço.”

A imagem mostra uma fantasia laranja de um palhaço. Ao lado, há uma televisão.
O figurino é usado em shows pelo dançarino de break Jorge Paixão. Foto: Guilbert Inácio. 

Ao adentrar o segundo espaço, você mergulha na ancestralidade do grupo. Primeiro vemos imagens e um pouco da história das mães dos quatro membros, Dona Benedita, mãe e avó de Ice Blue; Dona Ana, mãe do Mano Brown; Dona Maria José, mãe de KL Jay e Dona Natalícia, mãe de Edi Rock. Todas elas são muito importantes para o grupo e ganharam, inclusive, referências em músicas como “Negro Drama” em que Brown canta: “Aí Dona Ana, sem palavra. A senhora é uma rainha, rainha”. 

É nessa área que descobrimos o significado do nome da exposição. Há um painel no local com um exame de DNA dos quatro integrantes que revela o ponto de encontro entre eles ou o quinto elemento – a África.

A imagem mostra um painel com o exame de DNA dos quatro membros dos Racionais MC's
Na “Selva de Pedra”, antes de todos se conhecerem, todos já estavam conectados por meio da ancestralidade. Foto: Guilbert Inácio.

O título se torna ainda mais significativo quando lembramos que a cultura hip-hop é composta por quatro elementos: rap, beat, break dance e grafite. O quinto elemento seria o conhecimento e a filosofia transmitida pelos Racionais, grupo já imortalizado na cultura brasileira, sobretudo na cultura periférica. 

Na terceira área, podemos conhecer um pouco de Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown; Paulo Eduardo Salvador, mais conhecido como Ice Blue; Edivaldo Pereira Alves, o Edi Rock e, por fim, Kleber Geraldo Lelis Simões, o KL Jay. Entre os inúmeros objetos, temos o quimono de karatê de Blue e o trombone de seu pai, a CDC do KL Jay, rascunhos de letras de Brown e Edi Rock.

A imagem mostra um bicicleta BMX azul
Primeira BMX de Edi Rock. Foto: Guilbert Inácio. 

O próximo espaço é o “Becos do som e do Tempo”, que está dividido em vários pequenos slots que mostram a trajetória musical do grupo. Podemos ver rascunhos de letras, registros de shows e a história de algumas músicas, além de alguns prêmios conquistados durante a carreira do grupo. 

Algumas produções expostas são “Holocausto Urbano” (1990); “Escolha seu Caminho” (1992); “Raio X do Brasil” (1993); “Sobrevivendo no Inferno” (1997); “Nada Como um Dia Após o outro Dia” (2002).

A imagem mostra um painel com os dizeres "Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição" e uma foto dos quatro membros dos Racionais MC's. Ao lado, há fotos individuais dos membros.
O grupo confirmou um novo álbum para este ano, mas ainda não divulgou o título da obra nem a data de lançamento. Foto: Guilbert Inácio.

Nos próximos espaços, tem uma área sobre o impacto cultural, um cinema que exibe shows e o local “Trutas que se Foram” em homenagem a várias personalidades da cultura hip-hop que já morreram. A exposição se encerra no camarim, onde estão disponíveis alguns papéis e canetas para quem quiser deixar um registro particular na exposição.

A imagem mostra uma pequena placa com a foto da Dina Di e os dizeres: "Dina Di. Cria da área 019, como as quebradas conhecem a região de Campinas, no interior de São Paulo, Viviane Lopes Matias, a Dina Di, foi uma das mulheres mais importantes do rap no Brasil. Dina era a voz do grupo Visão de Rua. Dona de uma voz forte, assim como sua personalidade, a rapper nasceu em 19 de fevereiro de 1976 e morreu em 19 de março de 2010. Foi uma das primeiras mulheres a conquistar espaço no rap nacional. Dina nos deixou por causa de uma infecção hospitalar, que a atingiu 17 dias após o parto de sua segunda filha, Aline."
Nomes como Sabotage, Chorão, WGI, entre outros são homenageados na exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Segundo Eduardo, a exposição está movimentando bastante o museu, com uma média de 500 a 800 pessoas por dia. Ele conta que o ápice da visitação foi um dia em que 1500 pessoas apareceram no local. O educador complementa que, quando a exibição chegou perto da sua primeira data de encerramento, em maio, as filas para visitar o espaço aumentaram consideravelmente. O que ajudou a administração a decidir pela prorrogação.  

Eduardo também destaca que muitas pessoas vão ao museu achando que ele é elitizado, mas a partir do momento em que eles veem que o Museu das Favelas é acolhedor, com funcionários dispostos a tirar suas dúvidas e com temas que narram o cotidiano da população brasileira, tudo muda. 

 “Dá para sentir que o pessoal se sente acolhido, e tendo um movimento desse com um grupo que é das favelas, das quebradas, que o pessoal se identifica, é muito melhor. Chama atenção e o pessoal consegue ver que o museu também é lugar da periferia”, conclui. 

Impacto Cultural

Os Racionais surgiram em 1988 e, durante todo o trajeto da exposição, podemos ver o quão importante eles são até hoje para a cultura brasileira, seja por meio de suas músicas que denunciaram e denunciam o racismo, a violência do Estado e a miséria na periferia – marcada pela pobreza e pela criminalidade –, seja ocupando outros espaços como as provas nacionais e vestibulares.

A imagem mostra duas provas do Exame do Ensino Médio de 2023 com os trechos "Até no lixão nasce Flor" e É só questão de tempo, o fim do sofrimento".".
Trechos de Vida Loka, parte I e II nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2023 (ENEM). Foto: Guilbert Inácio. 

Em 2021, foi ao ar a primeira temporada do podcast Mano a Mano, conduzido por Brown e a jornalista Semayat Oliveira, que chegou a sua terceira temporada em 2025.

Inclusive, o podcast, que já teve inúmeros convidados da cultura e da política vai virar  um livro, homônimo. A publicação sairá pela Companhia das Letras, que já publicou o livro “Sobrevivendo no Inferno”, em 2017. 

Segundo Tarso, o grupo representa a maior bandeira que a cultura negra e periférica já levantou nesse país, visto por muitos como super-heróis do gueto contra um sistema racista e neoliberal; além de produtores de uma música capaz de mudar a atitude e a perspectiva das pessoas, trazendo autoestima, além de muito conhecimento. 

“Um dos principais motivos do grupo se manter presente no cenário cultural é não se acomodar com a "força da camisa", como cita o Blue.  E sempre buscar ir além artisticamente, fazendo com que seus fãs tendam a ir para o mesmo caminho e continuem admirando sua arte e missão.”, finaliza Tarso. 

 

Serviço

O Museu das Favelas é gratuito e está aberto de terça a domingo, das 10h às 17h, com permanência permitida até às 18h. A retirada dos ingressos pode ser online ou na recepção do museu. Além da exposição “O Quinto Elemento”, também é possível visitar as exibições “Sobre Vivências” e “Favela é Giro”, nos mesmos horários.

Temáticas são abordadas desde os anos 60 no Japão e continuam exploradas até hoje
por
LUCCA CANTARIM DOS SANTOS
|
16/06/2025 - 12h

“O sonífero”, projeto criado por Lucca Cantarim, estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) , tem por objetivo combater a visão reacionária a respeito de temas de gênero no entretenimento.

Trazendo a história da presença de personagens de diversas sexualidades e gêneros nos mangás e animes dentro da mídia japonesa, o autor trás uma reflexão leve, descontraída, porém importante a respeito de uma representatividade tão importante.

Os sete artigos que compõem o projeto estão disponíveis para serem lidos no site “Medium”, no perfil autoral de Lucca. Os textos contém entrevistas com pesquisadores, fãs e até mesmo leitores de dentro da comunidade LGBT que se identificam e se abrem sobre a importância da representatividade para eles.

Disponível em: https://medium.com/@luccacantarim/list/o-sonifero-d19af775653e

 

Após 20 anos do segundo filme, a atriz confirmou sua participação na franquia.
por
Kiara Elias
|
11/10/2024 - 12h
Atriz Anne Hathaway posando com um vestido branco e joias coloridas.
Anne Hathaway anuncia “O Diário da Princesa 3”(Foto:Reprodução/Instagram/@annehathaway)

 

A franquia de "Diário da Princesa" ganhará uma continuação. O longa, que ainda não tem previsão de estreia, é esperado para 2025 e terá Anne Hathaway, que também protagonizou os dois primeiros filmes, vinte anos atrás, como personagem principal. O filme está em desenvolvimento desde 2022, após rumores de um possível retorno da produção. 

Anne Hathaway comentou em uma entrevista ao Entertainment Tonight que adoraria participar e que torcia para esse “comeback”. Julie Andrews, que interpreta a Rainha Clarisse, disse ao The Hollywood Reporter, na mesma época, que não tinha interesse em participar da sequência devido a morte do diretor original, Garry Marshall. 

Os filmes são uma adaptação dos romances de Meg Cabot, de nome homônimo, que contam a história de Mia Thermopolis (Anne Hathaway). Ela é uma estudante comum que depois de 15 anos vivendo uma vida “normal” em São Francisco com sua mãe, descobre que herdou de seu pai o trono de Genóvia.

Durante o primeiro filme, lançado em 2002, Mia recebe aulas de etiqueta de sua avó paterna (Julie Andrews) para aprender a se portar como uma princesa. Já no segundo, Mia volta a Genóvia, após a formatura, e assume seu papel como futura rainha. Perto de seu 21º aniversário, ela descobre uma cláusula na constituição do país para a realeza, que a obriga a se casar antes de sua coroação. Com apenas 30 dias para “encontrar um marido”, Mia se vê pressionada entre as tradições do reino ou a luta pelo direito de governar sozinha.

Imagem do filme "O Diário da Princesa 2" com Anne Hathaway e Julie Andrews caracterizadas de Mia Thermopolis e Rainha Clarisse, respectivamente.e
Anne Hathaway tinha 18 anos quando estreou em O Diário da Princesa. FOTO: Divulgação Disney

 

Com direção de Adele Lim, que trabalhou em filmes como “Loucas em Apuros” (2023), “Podres de Ricos” (2018) e “Raya e o Último Dragão” (2021), a expectativa é que a trama da Disney traga os novos desafios de Mia após assumir o posto de rainha do pequeno país europeu.

Em uma postagem no Instagram, Anne Hathaway divulgou um clipe dos dois primeiros filmes e anunciou que está "de volta à Genóvia." Na legenda, escreveu: "O conto de fadas continua." Até agora, Julie Andrews, que interpretou a rainha Clarisse Renaldi, não foi confirmada na nova produção.

Tags:
A participação nacional na Tokyo Game Show 2024 reforça a expansão do mercado de games no Brasil
por
João Pedro Lindolfo
João Victor Tiusso
|
09/10/2024 - 12h

Entre os dias 26 e 29 de setembro, a Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais), em parceria com o Projeto Brazil Games, marcaram presença na Tokyo Game Show 2024, evento de extrema importância para o mundo de jogos, juntamente de uma comitiva brasileira que visa ampliar a visibilidade do mercado nacional de games.

A comitiva foi composta por seis empresas associadas: gamescom latam, Mad Mimic, Nuuvem, RoundTable Studios, Tempo Filmes e VR Monkey. A viagem para Chiba (Japão) foi um reflexo do aumento de investimento que o mercado de jogos eletrônicos vem recebendo no Brasil. 

O mercado de games no Brasil está sendo impulsionado por talentos criativos, tecnologia de ponta e uma crescente demanda por conteúdo digital. O Brasil já é o maior mercado de jogos da América Latina, e a participação em eventos internacionais como a Tokyo Game Show 2024 reforça essa trajetória ascendente.

Multidão de pessoas compareceram ao evento. Foto: Reuters
Multidão de pessoas compareceram ao evento. Foto: Reuters

Patrícia Sato, gerente executiva do Projeto Setorial Brazil Games, afirma que “a participação na Tokyo Game Show é uma ótima oportunidade para as empresas brasileiras ampliarem o networking com players importantes do setor, em especial da Ásia, e mostrarem, mais uma vez, os diferenciais e a qualidade dos nossos projetos.” 

“A indústria brasileira vive um momento de muito crescimento e visibilidade, e essa confiança de empresas do mundo inteiro está diretamente associada à aproximação dos nossos estúdios com players de todo o planeta ao longo dos últimos anos. Vamos continuar abrindo portas e levando o nome do Brasil aos principais eventos de games do mundo”, finaliza.


Superando recordes anteriores, a Tokyo Game Show 2024 foi um grande sucesso, com a participação de 985 expositores de diversos países e uma audiência de 274.739 visitantes. O evento deste ano registrou um aumento de 12,9% em relação à TGS do ano passado, que contou com 243.238 visitantes.

Com mais de 2000 jogos exibidos no evento, muitos grandes títulos foram apresentados, como “Metal Gear Solid Delta: Snake Eater”,Death Stranding 2: On the Beach”, “Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii”, “Monster Hunter Wilds” e “Dragon Quest III HD-2D Remake”. Além de novas informações sobre jogos previamente anunciados, também foram revelados novos jogos durante o evento, como “Venus Vacation Prism – Dead or Alive Xtreme” e “Atelier Resleriana: The Red Alchemist & The White Guardian”.

Tags:
A mostra relembra os 70 anos da morte da artista mexicana
por
Larissa Isabella Araújo de Sousa
Victor Oliveira Trovão
|
08/10/2024 - 12h
Mulher com coroa de flores e roupa típica mexicana, representando Frida Kahlo
Imagem produzida por Julia Fullerton-Baten com modelo em homenagem à Frida Kahlo 
Foto: Reprodução/Instagram/@julia_fullertonbatten

No mês de outubro, os fãs de arte em São Paulo podem aproveitar gratuitamente a nova exposição em homenagem à Frida Kahlo. A exposição “Frida, Uma Visão Singular de Beleza e Dor” fica disponível no Museu da Imagem e do Som (MIS) até domingo (27) e contém um acervo fotográfico que mostra a trajetória da artista.

A mostra, feita no ano em que completam sete décadas sem a artista mexicana, que morreu em 1954, conta com 18 fotos produzidas pela alemã Julia Fullerton-Baten. A criação das imagens foi montada a partir de modelos reais que interpretaram Frida, com apoio de produtores do país norte-americano e utilização de trajes artesanais de Oaxaca, cidade na região central do México.

A fotógrafa compartilhou detalhes de como conseguiu produzir as obras que serão exibidas pela primeira vez no Brasil. Com uma publicação nas redes, Julia revelou que teve acesso a lugares únicos do México para a exposição.

“Com a ajuda da população local do México, tive acesso a locais escondidos e secretos, como uma mansão abandonada no coração da Cidade do México, uma residência privada projetada pelo arquiteto de renome internacional Luis Barragán, antigas fazendas ricas em história e no assustadora ilha de bonecas em Xochimilco, famosa por seus jardins flutuantes e cheios de misticismo”, afirmou ela.

Com curadoria do professor convidado de Harvard, João Kulcsár, responsável por mais de 80 exposições fotográficas no país, a exposição tem as fotografias apresentadas na Maureen Bisilliat, espaço térreo do museu. Além disso, com classificação livre, a exibição  terá uma programação especial na quinta-feira (17).

Os visitantes poderão participar da oficina “Retratos como Frida (Somos Frida)”, orientada por Taiane Ferreiras e pelo curador da exposição. Com capacidade para 30 pessoas, o grupo é convidado a usar acessórios relacionados à Kahlo e tirar retratos.

Tags:
Com apresentação de Rita Von Hunty, a produção da TV Brasil está prevista para 2025
por
Barbara Ferreira
|
08/10/2024 - 12h
Série apresentará figuras históricas brasileiras e tem estreia planejada para 2025. Foto: Reprodução/Instagram/@comonascemosherois
Série apresentará figuras históricas brasileiras e tem estreia planejada para 2025. Foto: Reprodução/Instagram/@comonascemosherois

Produção da TV Brasil, as gravações da série “Como Nascem os Herois” começaram no mês de setembro e a Drag Queen Rita Von Hunty está envolvida no projeto. O lançamento está previsto para 2025 e será transmitido no canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

A série terá como foco 10 personalidades que fazem parte do Livro de Aço, termo que se refere a uma coletânea simbólica de nomes de oficiais das Forças Armadas do Brasil, especialmente no Exército Brasileiro, guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O objetivo do projeto é compreender a história de figuras como Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Dom Pedro 1º e Getúlio Vargas, evidenciando a trajetória da construção de um heroi nacional e sua contribuição para a identidade do país. 

Será uma série de 10 episódios e contará com a direção de Iberê Carvalho, roteiro de Rafaela Camelo e apresentação de Rita Von Hunty, personagem drag queen criada pelo ator e professor Guilherme Terreri.

Terreri é conhecido por seu canal do YouTube, em que utiliza do alter ego para explicar temas filosóficos e históricos. O canal, “Tempero Drag”, tem mais de um milhão de seguidores e foi criado em 2015.

“Como Nascem os Heróis”

Quando: 2025 
Produção: Iberê Carvalho
Roteirização: Rafaela Camelo
Apresentação: Rita Von Hunty (Guilherme Terreri)
Transmissão: Canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação)

Tags:
Mês traz diversos shows nacionais e internacionais
por
Maria Eduarda Camargo
Victória da Silva
|
04/10/2024 - 12h


Com a chegada de um dos meses mais cobiçados para o entretenimento, o mês de outubro traz diversidade cultural para a cidade de São Paulo. O Dia da Música, que foi comemorado na terça-feira, 1º de outubro, abre alas para outras festividades, como o Dia das Crianças e o Halloween.
Além das datas, muitas personalidades nacionais e internacionais farão apresentações, entre Paul McCartney e Alcione. No cinema, também não faltam opções, como a Mostra de Cinema Coreano (KOFF), que oferece sessões gratuitas. Confira tudo que São Paulo oferece no mês de outubro.


Show Alcione

Alcione se apresentará no Tokio Marine Hall
UMAlcione se apresentará no Tokio Marine Hall. Foto: Spotify/Divulgação


A cantora Alcione completará seus 50 anos de carreira com um show exclusivo no Tokio Marine Hall. Com um apanhado de seus maiores sucessos, a Dama do Samba relembra seus mais de trinta álbuns.
Quando: 5 de outubro; 
Onde: Tokio Marine Hall (R. Bragança Paulista, 1281 - Várzea de Baixo, São Paulo, SP);
Ingressos: R$160,00 a R$290,00

Paul McCartney

Got Back Paul McCartney


O ex-Beatles retorna à São Paulo para dois shows de sua turnê “Got Back”, entre 15 e 16 de outubro. Paul é um visitante frequente do Brasil, e já esgotou mais de 10 shows no país. Desta vez, ele também visitará Florianópolis para um show único.
Quando: 15 e 16 de outubro;
Onde: Allianz Parque (Rua Palestra Itália, 200 - Água Branca, São Paulo);
Ingressos: a partir de R$300,00.


Koff - Korean Film Festival

Vidas Passadas, filme de Celine Song
Vidas Passadas, filme de Celine Song. Foto: Prime Video/Divulgação


O Festival de Cinema Coreano (KOFF) traz sua mostra de longas e curtas que concorrem nas categorias de não competitivo e competitivo, e serão disponibilizados em sessões gratuitas. Entre as obras, destacam-se nomes como “Vidas Passadas” (indicado ao Oscar), “A Table For Two”, “Mimang” e “Complete Utopia”.
Quando: 3 a 9 de outubro;
Onde: Reserva Cultural (Avenida Paulista, 900 - Bela Vista, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Fresno

Fresno turnê
Pôster da turnê “Eu Nunca Fui Embora”. Foto: Fresno/Divulgação

Comemorando seus 25 anos, a banda promove a turnê “Eu Nunca Fui Embora” e seu álbum homônimo. Os fãs do grupo serão acalentados e curtirão o ritmo de Lucas Silveira, Gustavo Mantovani e Thiago Guerra.
Quando: 18 de outubro;
Onde: Espaço Unimed (R. Tagipuru, 795 - Barra Funda, São Paulo);
Ingressos: R$80,00 a R$140,00.


Sons da Rua

Sons da Rua
Multidão de pessoas sempre comparece ao evento. Foto: Facebook Sons da Rua/Divulgação

O festival, que conta com artistas como Matuê, Mc Hariel e Tasha & Tracie, fará sua 7° edição neste ano e agitará a região da Barra Funda. Apresentando a cultura do Hip Hop e do Funk, os shows são repletos de rimas, muita dança e energia.
Quando: 26 de outubro;
Onde: Memorial da América Latina (Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo);
Ingressos: a partir de R$70,00.

Castelo Rá-Tim-Bum - 30 anos

Castelo Rá tim bum
Hall de entrada do castelo quando o seriado ainda era gravado. Foto: Reprodução/ Lu Grecco
 


A exposição do Castelo Rá-Tim-Bum é perfeita para comemorar o Dia das Crianças, mas também  traz nostalgia para os fãs do seriado. Com acervo original da época e salas inéditas para visitação, o local contempla 18 cenários distribuídos em cerca de 600 metros quadrados, que trazem a sensação mágica do programa.
Quando: A partir de 10 de outubro;
Onde: Solar Fábio Prado (Av. Brig. Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano, São Paulo);
Ingressos: R$20,00 a R$60,00.


38° Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus

Realizada pelo Museu de Arte Moderna (MAM), a mostra reúne 34 artistas e coletivos de 16 estados diferentes. A exposição traz temas como combustão, eletricidade e atrito, e abrange a ideia de uma temperatura oposta ao zero absoluto, capaz de derreter qualquer material existente.
Quando: A partir de 5 de outubro;
Onde: Museu de Arte Contemporânea da USP (Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Vila Mariana, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Divinas Cores

Em exposição individual, Suzy Fukushima - artista plástica - celebra seus 20 anos de carreira. Na mostra, que conta com impressões fine art, pinturas em telas e cerâmicas, ela apresenta obras com a temática religiosa e demonstra a religiosidade através da arte e sua conexão com a fé.
Quando: 12 a 26 de outubro;
Onde: Art Lab Gallery (R. Oscar Freire, 916 - Cerqueira César, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Virada Sônica - A escalada do som na arte contemporânea

Nessa exposição, a magia do som é explorada por 28 artistas através de pinturas, esculturas, vídeos e instalações. “A exposição permite descobrir desde fenômenos acústicos e paisagens sonoras até a utopia do silêncio”.
Quando: Até 13 de outubro;
Onde: Farol Santander (R. João Brícola, 24 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo);
Ingressos: R$20,00 a R$40,00.

Tags: