Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
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29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

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A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
por
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
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26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

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Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
por
KHADIJAH CALIL
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25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

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       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
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                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

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A produção ganha o formato de minissérie na plataforma e promete agradar os apaixonados pelo livro
por
Gisele Cardoso
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29/11/2024 - 12h

A Netflix divulgou nesta segunda-feira (24) o trailer oficial de “Cem anos de solidão”, uma adaptação do livro homônimo escrito pelo colombiano Gabriel García Márquez, e que tem estreia marcada para 11 de dezembro.

A minissérie conta a história de José Arcadio Buendía (Marcos González) e Úrsula Iguarán (Susana Morales), um casal que precisa enfrentar suas famílias e fugir para continuarem juntos. Em busca de um lugar onde possam recomeçar, eles fundam a cidade de Macondo, a vila que se torna cenário para romances, episódios de loucura, guerras e para a maldição que parece condenar as gerações da família Buendía a cem anos de solidão.

Os efeitos plásticos foram a aposta da produção para traduzir o realismo mágico da obra de forma orgânica. Foto: Divulgação/Netflix
Os efeitos plásticos foram a aposta da produção para traduzir o realismo mágico da obra de forma orgânica. Foto: Divulgação/Netflix

Foram confirmados 16 episódios que serão lançados em duas partes de oito capítulos cada. A produção foi dirigida por Laura Mora Ortega e Alex García López, que se alternam à frente dos episódios.

O escritor Gabriel García faleceu em 2014, aos 87 anos, deixando três filhos. Representando o pai, Gonzalo Garcia e Rodrigo Garcia, são os produtores executivos de “Cem anos de solidão”.

Confira o trailer:

https://youtu.be/W-DGYuXY4Wo?si=wI9a_J8qZUKYyqii

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Números mostram que o cenário é bom para músicos emergentes, mas ainda há o que melhorar
por
Nathalia de Moura
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28/11/2024 - 12h

O Brasil é um dos maiores mercados musicais do mundo e em 2023, atingiu o nono lugar neste setor, segundo relatório divulgado em março de 2024 pela Pró-Música, entidade que atua em favor dos interesses das principais produtoras e gravadoras fonográficas do país. Faz sete anos que os brasileiros aparecem entre os dez principais mercados musicais do mundo. 

Streamings de música como Spotify, Deezer e Apple Music vem tendo um aumento em seus usuários e consequentemente, em seus lucros. Artistas independentes recorrem cada vez mais a essas plataformas para alavancarem suas produções, mas ainda assim enfrentam alguns desafios, algo também relatado por alguns usuários que veem a necessidade de melhora em alguns quesitos nos aplicativos.

Os apps e seus assinantes 

Atualmente, é difícil vermos alguém que não tenha contato com a música. Com o avanço das tecnologias, os chamados streamings de áudio também ocupam seus lugares em vários dispositivos pelo Brasil. Com opções gratuitas e as premiums, que são pagas, as plataformas estão se aprimorando. Além de músicas, outras funções surgiram, sendo possível ouvir podcast, ver os clipes das músicas e até dinâmicas para analisar em um certo período as interações da pessoa com determinadas músicas, gêneros ou artistas. 

O Spotify, empresa sueca, registrou mundialmente um aumento de usuários mensais ativos (gratuitos e pagos) de 19% em relação ao ano anterior, atingindo cerca de 615 milhões no primeiro trimestre de 2024. Isso representa um acréscimo de 13 milhões de contas, comparado ao mesmo período de 2023. A receita da empresa foi de aproximadamente US$ 3,9 bilhões, pois os assinantes do Spotify Premium cresceram 14%, chegando a 239 milhões de usuários. Porém, o relatório disponibilizado por eles mostra que a proporção de assinantes premium é de 39,3%, e a dos usuários gratuitos representa os 60,7% restantes. Um dos motivos pode ser o corte de gastos dos ouvintes, fazendo-os acessar o aplicativo pelo plano gratuito. 

Ruan Silva, de 19 anos, usuário do Spotify, acredita que o aumento nas plataformas de música esteja atrelado aos novos planos de assinaturas e benefícios ao ouvinte. Ele relata que quando usava o aplicativo gratuito, havia muitas limitações e após passar para o plano premium, facilitou a experiência na plataforma. “Houve um crescimento significativo do meu tempo no app, muito por conta da assinatura Premium, que deixa bem mais autônomo as músicas que são reproduzidas”. Ele também critica o grande volume de anúncios na versão gratuita e o fato de o ouvinte poder escolher apenas cinco músicas por dia após o primeiro mês do plano grátis: “As músicas são trocadas de formas aleatórias, e para mim, essa questão precisa ser corrigida para uma melhor experiência no aplicativo.”, completa. 

Por outro lado, Ágnes Coser, de 17 anos, possui uma experiência com a versão Premium e alega que a plataforma “é bem eficaz e não tem muito o que mudar”. A estudante vê, a partir de conversas com amigos, que o acesso aos streamings de áudio vem aumentando, pois eles observam muitas propagandas para a utilização desses aplicativos. “Eu uso o Spotify duas horas por dia em média, e sinto que esse tempo de uso vem aumentando ao longo dos meses.”, afirma. 

O Apple Music, outro aplicativo de áudio presente no mercado e vinculado à empresa americana Apple, não divulga o balanço oficial de usuários desde 2019, quando atingiu 60 milhões de assinantes globalmente. Em 2020, o analista Gene Munster, da Loup Ventures, empresa de pesquisa e capital de risco focada em tecnologia, estimou que a plataforma já teria atingido 82 milhões de contas. O aplicativo conta com mais de 100 milhões de músicas e em alguns casos, a partir de parcerias com a Apple, oferece lançamentos exclusivos aos assinantes como o de Dancing In The Flames, do cantor canadense The Weeknd.

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Em 2023, o mercado fonográfico brasileiro obteve lucro de R$2,864 bilhões. Foto: Getty Images 

A Deezer, plataforma de origem francesa, atingiu no mercado global o número de 10,5 milhões de assinantes em 2023, sendo 2,7 milhões deles no Brasil, segundo a diretora global de Marketing da empresa, Maria Garrido, em entrevista à Época Negócios. Uma das mudanças que alavancaram a plataforma foram as parcerias com outras empresas de e-commerce e mídias. Nos países da América Latina, por exemplo, a parceria foi com a empresa Mercado Livre: quem assinasse o Meli+ (programa de assinatura da organização de Buenos Aires) garantia um ano de acesso ao Deezer Premium. 

Todas as plataformas apresentam serviços parecidos e os diferenciais são voltados aos planos disponíveis e as vantagens de cada aplicativo. O Spotify e o Apple Music possuem o plano Universitário que se encontra em torno de R$11,90 e é voltado para estudantes do ensino superior. A assinatura individual, que também encontramos na Deezer, varia entre R$20 e R$25 nos três streamings. Já o Duo, que são duas contas pelo preço de uma, varia entre R$27 e R$33. Por último, encontramos o plano Família também nas três plataformas, no qual seis contas valem o preço de uma e custam entre R$34 e R$40. Essas plataformas também oferecem o plano gratuito, mas que não traz ao assinante autonomia para navegar nos aplicativos. 

O impacto aos artistas independentes 

Artistas independentes buscam seu lugar no meio artístico e apostam nos streamings de música para alavancar suas produções, aproveitando o avanço da tecnologia para produzir sem a necessidade de uma gravadora renomada e para alcançar um público cada vez maior. Na maioria das vezes, para compartilhar aquela música que está guardada em seu celular nas plataformas de áudio é necessário se vincular a algum distribuidor como SoundOn, CD Baby, Tunecore, entre outros. Eles são a ponte entre o artista e os streamings, e garantem uma compatibilidade com as diretrizes das plataformas. Possuem diferentes modelos de benefícios, recursos e preços, então é essencial fazer uma pesquisa para saber qual deles é melhor para cada artista. 

Mesmo com esses meios de acesso, ainda há obstáculos para os artistas independentes crescerem nos streamings de áudio. Victor Alexandre, artista independente de 21 anos e estudante de Direito na Universidade de São Paulo (USP), cita que os maiores desafios nesse meio são justamente o fato de se inserir nas plataformas e ter visibilidade. Ele conta sua experiência no Spotify, quando precisou passar por alguns trâmites para que sua música estivesse em alguma playlist e assim ganhasse notoriedade. “Antes do lançamento, você precisa escolher uma playlist e tem que escrever um texto gigante explicando por que você acha que sua música tem que entrar nela, falar um pouco do lançamento, e no final das contas, não entra. Normalmente, para conseguir, você tem que ser de alguma gravadora”. 

Victor também acredita que o fato de fazer tudo sozinho é uma dificuldade enfrentada, pois grandes artistas podem ir aos estúdios para gravar suas músicas, contam com ajuda nas produções e conseguem apoio publicitário. “No último lançamento eu escrevi a música, toquei os instrumentos, produzi, fiz a divulgação, fiz a capa. Então, é muito difícil ter que fazer tudo, ao mesmo tempo que é bom você ter controle, também é desgastante. [...] Para você ter uma oportunidade, para você ter visibilidade, você tem que, claro, ter um trabalho bem-feito, mas também um pouco de sorte”, completa. 

Mesmo sendo algumas vezes um obstáculo, a autonomia que artistas independentes têm em produzir suas próprias músicas sem precisar de um empresário ou gravadora para isso também é visto como algo positivo. Matheus Dionizio, de 24 anos, é produtor musical, atua como artista independente no cenário da música cristã e acredita que hoje vivemos uma democratização da música. “Com o crescimento da tecnologia, pessoas produzem e ‘bombam’ suas canções utilizando até mesmo o celular. As plataformas de streaming ‘acabaram’ com as cópias físicas [CD’s] e tornaram simples o lançamento de canções. [...] Pode-se dizer com toda certeza que elas não só oferecem meios para visibilidade de artistas independentes, mas que são o próprio meio”.

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Além de ser um artista independente, Matheus Dionizio produz e acompanha outros artistas como ele. Foto: Reprodução/Instagram/@matheusdionizios 

O lucro é gerado, mas e os streams? 

Em janeiro de 2024, o Spotify divulgou que os artistas independentes geraram quase US$ 4,5 bilhões de lucro em 2023 e isso representa metade do que toda a indústria obteve no ano na plataforma, cerca de US$9 bilhões. Além disso, o streaming informou que mais da metade dos 66 mil artistas que conseguiram US$10 mil no aplicativo são de países em que a língua inglesa não é a primeira, destacando o português, o francês, o espanhol, o coreano e o alemão. 

Segundo o relatório da Pró-Música, em 2023 o Brasil teve 87,1% do total da renda do mercado musical gerada pelos streamings, alta de 14,6% comparado a 2022. As plataformas como Deezer, Apple Music e Spotify tiveram um crescimento de 21,9% nas assinaturas e atingiram R$1,6 bilhão nas receitas do país. Matheus Dionizio vê essa alta no mercado algo positivo e mesmo que parte desse faturamento vá para grandes artistas, ainda sim “demonstra a força do mercado musical brasileiro e amplia as oportunidades para todos”. Para o produtor, com mais ouvintes nas plataformas, o público se torna mais diverso e propício a descobrir novas vozes, e “com um ecossistema mais próspero, as plataformas de streaming investem em curadoria e apoio a artistas emergentes, dando maior visibilidade a quem ainda busca seu espaço”. 

O destaque a aqueles que ainda procuram crescer no ramo nem sempre chega aos usuários. Beatriz Mariano, de 21 anos e assinante do Apple Music fala que, mesmo utilizando em média o aplicativo por duas a quatro horas do seu dia, não tem como sugestões artistas novos, mas apenas as músicas do momento. “Eu gosto muito de ir atrás de playlists aleatórias e conhecer artistas independentes através disso. [...] eu acredito que os grandes artistas pagam para que isso aconteça [terem suas músicas recomendadas]. Então creio que as recomendações também são movimentadas pelo capitalismo.”, completa. 

A jovem frisa que, mesmo gostando da plataforma, já que oferece músicas exclusivas e a usa para fazer praticamente tudo em sua vida, gostaria que essa questão das recomendações melhorasse, pois não seguem o que ela sinaliza. “Eu gosto de pagode, mas a plataforma sempre recomenda sertanejo. Mesmo eu colocando que não quero a recomendação, ainda sim aparece. Então eu acho que pelo menos o gosto do cliente deveria ser respeitado”. 

Como usuária do Deezer, Nicole Domingos, estudante de 19 anos de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) conta que a plataforma recomenda novos artistas a ela: “A cada cantor novo que eu coloco na minha playlist, o Deezer me recomenda novos artistas parecidos que talvez eu goste.” Ela cita que com o aumento no uso da plataforma, teve seu gosto musical ampliado e acredita que “as plataformas de músicas vem crescendo cada vez mais, pois as pessoas estão cada vez mais necessitadas de distrações e é isso que a música faz conosco”.

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Muitas pessoas possuem o hábito de ouvir músicas quando estão lendo, estudando ou até fazendo afazeres domésticos. Foto: iStock by Getty Images 

Ao falar de distrações também pensamos nas redes sociais, que hoje são meios que ajudam músicos e artistas a virarem hits entre as pessoas. Para Matheus Dionizio, manter uma presença ativa nas redes sociais também é uma estratégia dos artistas independentes terem mais chances nas plataformas, já que como produtor musical, ele percebe que os músicos “enfrentam dificuldades em manter constância nos lançamentos, uma vez que o artista é o próprio produtor fonográfico (quem custeia a obra), e de se manter atualizado quanto às mudanças das plataformas de streaming”. Sendo ativo nas redes, o artista também consegue divulgar suas produções e alcançar outros públicos. 

Victor Alexandre coloca o TikTok como um exemplo disso, pois o aplicativo possui um algoritmo diverso e, para ele, mais inclusivo, o que torna a auto divulgação mais fácil em alguns casos. Mas ele também ressalta que isso pode trazer pontos negativos: “Hoje em dia existe uma mudança no meio da música em relação ao que as pessoas consomem. As músicas são mais curtas, elas têm que ter uma dancinha ou coisa do tipo, então ao mesmo tempo em que isso mudou para bom, mudou para mau também”. 

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A instituição marca a vida dos frequentadores, viabilizando a cultura, o lazer e o aprendizado
por
Victória da Silva
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28/11/2024 - 12h

 

O Serviço Social do Comércio, mais conhecido como Sesc, é uma entidade privada muito frequentada por paulistas e paulistanos, e desempenha um papel fundamental para a democratização do acesso à cultura e à educação. Seus espaços são repletos de exposições, shows, sessões de cinema, práticas de esportes e várias outras atividades que inserem os visitantes em um ambiente agradável.

Desde sua fundação - pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em 1946 - o Sesc visa a melhoria de vida das pessoas que trabalham com comércio, suas famílias e a sociedade em geral. Além disso, tem a educação como base para a transformação social, fazendo com que ela seja alicerce de toda a instituição.

De acordo com o seu site: “No estado de São Paulo, o Sesc conta com uma rede de mais de 40 unidades operacionais – centros destinados à cultura, ao esporte, à saúde e à alimentação, ao desenvolvimento infantojuvenil, à terceira idade, ao turismo social e a demais áreas de atuação”.

Para Matheus Sampaio, graduado em história da arte pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e colaborador do Sesc Pinheiros, todos que vivem e amam cultura, consequentemente, amam o Sesc. A instituição é ligada ao setor do comércio e ganha 1% da verba de todo o estado, e dessa forma consolidou seu grande poder aquisitivo. “Eu acredito que esse poder está sendo voltado para a população, então eu considero fundamental e acho lindo”, afirma Sampaio.

Luíza Claudino, estudante de 17 anos, é uma das frequentadoras do Sesc e costuma ir às unidades Belenzinho, Guarulhos, Itaquera e Pompeia. A jovem compartilha que apesar de sua família não ser do âmbito comercial, ela frequenta os espaços desde criança. “Acredito que é isso que me faz gostar tanto do Sesc: ele é acessível a todos. Já fui em muitos shows, peças e exposições no Sesc, tudo por um valor baixo ou até mesmo de graça”, afirma.

A gratuidade de algumas das atividades do Sesc é ponto relevante, já que vários indivíduos, principalmente das periferias, não possuem recursos suficientes para obter o direito a essas experiências. Além disso, o Sesc quebra as barreiras e o estereótipo errôneo de que pessoas de baixa renda são desprovidas de cultura e desinteressadas pela esfera artística.

De acordo com Sampaio, esse estigma foi muito pautado em sua graduação, já que espaços como galerias e museus são, por vezes, inacessíveis às comunidades. Ele reforça: “O MASP, por exemplo, é um dos museus mais relevantes da América Latina e tem muita gente que não sabe disso e nunca visitou. Por causa desse distanciamento, não é algo fácil ou acessível. Já o Sesc - pensando nas artes visuais e nas exposições – rompe com esse paradigma, pois além das exposições serem gratuitas, elas estão localizadas em diferentes partes de São Paulo”.

A estudante do 3° ano do ensino médio, Nicolly Gomes, também considera o Sesc como um facilitador de acessos, já que beneficia a comunidade possuindo lazer de qualidade e preços acessíveis. “Eu gosto do Sesc porque é um ambiente acessível, com muitas opções culturais e esportivas, onde eu sempre posso participar e aprender algo novo", afirma.

Matheus, que até este ano já contribuiu para 21 exposições artísticas e passou por diferentes instituições como o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Farol Santander e o Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE), disserta que o Sesc já é valorizado, mas poderia ser ainda mais. “O que o Sesc faz é muito grande e bonito. O empenho de montar essas exposições e promover esses shows, gratuitos ou por um preço baixo, é encantador”, conta o educador.

Além do mais, muitas vezes as pessoas não vão para o Sesc em busca de uma exposição artística, mas ao ir para exercer outra atividade, elas se deparam com diferentes mostras. “É uma das coisas que eu gosto ainda mais do Sesc, porque ele realmente aproxima as pessoas. Claro que ainda existem várias camadas, ainda existe uma barreira, mas não tão grande quanto as grandes galerias de artes que até mesmo quando há gratuidade, não é nada convidativo”, ele completa.

Há diversas exposições em cartaz até dezembro de 2024 como “Novo Poder: passabilidade” na unidade da Avenida Paulista, “Terra de Gigantes” no Sesc Casa Verde, “Nós - Arte e Ciência por Mulheres” em Interlagos e “Um Defeito de Cor” na unidade Pinheiros.

 

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Visita de alunos da PUC-SP e Mackenzie na exposição “Um Defeito de Cor”. Foto: Victória da Silva

Para além do campo das artes, o Sesc alcança aqueles que gostam da prática de esportes. Luíza conta que faz parte do programa “Esporte Jovem” há quase três anos, este que promove o exercício de diferentes jogos entre jovens de 13 e 17 anos, ensinando as técnicas e táticas de cada um. “Jogo vôlei com uma turma muito bacana e aprendo bastante, tanto sobre a vida quanto sobre o esporte”, a estudante informa.

Alguns Sescs dispõem de piscinas para recreação e nado livre. São ao todo 15 unidades na capital e grande São Paulo que oferecem esse serviço, e possibilitam o usufruto desse lazer não só para crianças e adolescentes, mas também para o público 60+.

Embora haja muitos elogios à estrutura e até mesmo à comida do Sesc, há alguns pontos de melhoria que são considerados. Luíza, por exemplo, sente falta de um teatro no Sesc Itaquera, já que outras unidades comportam teatros, mas não há nenhum nessa unidade que ela habitualmente frequenta: “Com um teatro, teríamos mais peças, principalmente aquelas que poderiam interessar à população da periferia, onde a unidade fica localizada.” Já a outra jovem, Nicolly, declara a sua insatisfação pela pouca variedade de livros na biblioteca da unidade Guarulhos.

Em suma, a instituição Sesc atua de maneiras diferentes em todo o Brasil, mas garante - especificamente em São Paulo - um refúgio para os dias corridos da cidade grande e ainda, proporciona para diferentes indivíduos vivências e programas de qualidade. Luíza finaliza: “Penso que, com seus cursos e atividades, o Sesc muda a vida das pessoas. Como já participei de alguns cursos, pude ver essa transformação acontecer pessoalmente”.

Com a proximidade de dezembro, os filmes natalinos ganham cor em formatos variados, de animação até ação
por
Gisele Cardoso dos Santos
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28/11/2024 - 12h

A aproximação do fim do ano trouxe os lançamentos natalinos para os cinemas e para o canal de streaming Netflix. Entre os gêneros é possível encontrar comédia romântica, ação e fantasia. O elenco também é variado nas produções de fim de ano, com: Lindsay Lohan, Ian Harding, Dwayne Jonhson e Chris Evans.

Um amor feito de neve

O filme conta a história de uma jovem viúva que enfrenta o luto pela morte de seu marido. Com a ajuda da magia do Natal, Kathy reencontra a felicidade quando seu boneco de neve cria vida e se torna um grande companheiro. Porém, com o passar do inverno, seu amor pode desaparecer junto com a neve. O filme está disponível na Netflix, tendo sido lançado em 13 de novembro.

Um amor feito de neve foi lançado em 13 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix
Um amor feito de neve foi lançado em 13 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix

 

Aquele Natal

“Aquele Natal” é um filme de animação para a família. A história narra o natal mais complicado do Papai Noel, quando uma nevasca quase arruinou as comemorações de fim de ano das famílias de Wellington. Porém, em busca de um milagre de Natal, os cidadãos se lembram do que é mais precioso na data. Pode ser assistido pela Netflix a partir de 04 de dezembro.

Aquele Natal será lançado em 04 de dezembro. Foto: Divulgação/Netflix
Aquele Natal será lançado em 04 de dezembro. Foto: Divulgação/Netflix

Sintonia de Natal

Lançado em 07 de novembro pela Netflix, “Sintonia de Natal” traz um triângulo amoroso entre Leyla, James e Teddy.

Ela conhece James no ano anterior em um aeroporto, em um encontro proporcionado por voos atrasados na noite de Natal. Apaixonados, eles combinam de se encontrar no especial de Natal de um grupo musical no ano seguinte, mas os ingressos acabaram  esgotando. Em busca de encontrar seu amado, ela consegue ajuda de Teddy, um assistente pessoal que vai abalar a sua certeza sobre quem é o par perfeito.

Sintonia do Natal foi lançado em 07 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix
Sintonia do Natal foi lançado em 07 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix

Nosso segredinho

Ao conhecer a família do novo namorado na noite de Natal, Avery, interpretada por Lindsay Lohan, descobre que seu ex, é o atual namorado de sua cunhada Katie. Juntos, eles concordam em não contar sobre essa saia justa e lutam para guardar esse segredo. O filme foi lançado em 27 de novembro, na Netflix.

Nosso segredinho será lançado em 27 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix
Nosso segredinho será lançado em 27 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix

No Ritmo do Natal

A comédia romântica conta sobre uma ex-bailarina que retorna para a cidade da sua família ao descobrir que o estabelecimento de seus pais está prestes a fechar as portas. Para impedir que isso aconteça, ela monta uma apresentação com garçons bailarinos e aposta todas as suas fichas na noite de natal. Está disponível desde 20 de novembro também na Netflix.

No Ritmo do Natal foi lançado em 20 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix
No Ritmo do Natal foi lançado em 20 de novembro. Foto: Divulgação/Netflix

Operação Natal

Saindo da sala de estar e entrando nas salas de cinema, a produção “Operação Natal” foge do tradicional e apresenta uma história natalina de aventura. Nessa história, o papai noel é “Das Neves”, um senhor forte e descolado. Porém, ele é raptado e cabe ao caçador de elite, Jack O’Malley (Chris Evans) e Callum Drift (Dwayne Johnson) trazê-lo de volta.

Operação Natal foi lançado em 7 de novembro. Foto: Divulgação/Warner Bros Pictures
Operação Natal foi lançado em 7 de novembro. Foto: Divulgação/Warner Bros Pictures
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Aos 18 anos, mineira fecha contrato vitalício com uma das mais importantes casas de ópera do mundo
por
Gisele Cardoso dos Santos
|
28/11/2024 - 12h

A jovem Luciana se tornou a primeira brasileira da história a entrar na Ópera de Paris. Seu contrato garante o vínculo até os seus 42 anos, considerada a idade média de aposentadoria para bailarinas na França.

 

Com sua trajetória no ballet iniciada aos 3 anos, a jovem passou pela Petite Danse no Rio de Janeiro, onde se destacou e chamou a atenção tanto das professoras quanto dos internautas. Depois de muitos prêmios e festivais nacionais, Luciana se apresentou em Nova York para a YAPG 2018 e ficou entre as 12 melhores do mundo. Já em 2021, foi uma das 70 bailarinas que representaram o Brasil no Prixx de Lausanne, uma das maiores competições mundiais do ballet clássico, presidida na Suíça.

Luciana se mudou para o Rio de Janeiro aos 9 anos. Foto: Reprodução/Instagram Luciana Sagioro
Luciana se mudou para o Rio de Janeiro aos 9 anos. Foto: Reprodução/Instagram Luciana Sagioro

Com sua participação, a bailarina conseguiu o terceiro lugar no geral e o primeiro lugar como melhor performance artística, categoria que era decidida por voto público. A mineira, com apenas 15 anos, já saiu da competição com sua bolsa garantida na Escola de Dança da Ópera de Paris, na qual agora foi contratada.

 

A Ópera Nacional de Paris, foi fundada em 1669 e realiza suas apresentações de ballet no teatro Palais Garnier. A ópera é reconhecida mundialmente por seus espetáculos como: Paquita, Swan Lake, Don Quixote, La Bayadère, La Source e Giselle.

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