Lançado em 16 de agosto, o single ‘Die With A Smile’ - ‘Morra Com um Sorriso’, em tradução livre - trouxe pela primeira vez a parceria da dupla no cenário musical. Os indícios do dueto vieram desde o início da semana do lançamento, quando ambos fizeram postagens em suas redes sociais usando camisetas com o nome e rosto do outro.
Com uma sonoridade envolvente e emocionante, a música romântica traz uma mistura de pop, soul e folk. Nenhum dos dois economizou nas exibições vocais e na interpretação cênica da letra, que retrata a importância de pequenos momentos e como não estamos preparados para despedidas, principalmente quando se tem amor envolvido. A letra ainda relata que, no fim do mundo, o casal tem a intenção de estar junto para morrer com um sorriso, daí o trecho que dá nome à canção.
O casal retratado no eu-lírico da canção mostra uma paixão mútua intensa, algo que Gaga e Bruno demonstram de forma ímpar em sua exibição e trazem ao público uma apoteótica química, o que nos mostra o motivo de serem um dos maiores sucessos atuais na música internacional.
O clipe da música traz os dois ao centro de um palco do que seria um programa de televisão americano dos anos 1970. Bruno com uma guitarra e Gaga com um teclado, ambos com roupas combinando em tons de azul e vermelho, ela ao melhor estilo Dolly Parton e ele com um figurino que se assemelha a um cowboy forasteiro.
Essa parceria não poderia render números baixos. O clipe tem mais de 50 milhões de visualizações no YouTube, já no Spotify são cerca de 65 milhões de streams, estando no top global da plataforma por duas semanas consecutivas. A música também figura no ranking Hot 100 da revista Billboard desde o seu lançamento, ocupando atualmente a sexta colocação.
Em resumo, os artistas dão ao público uma experiência única ao ouvir o single, uma interpretação diferente do que costumam lançar. Cada trecho dos quatro minutos e doze segundos vale a pena, tanto para quem está apaixonado, quanto para quem vivenciou uma desilusão amorosa, ou só para quem apenas deseja ouvir uma boa música.
Clique aqui para ouvir a música completa:
Na madrugada do dia 19 de agosto, após 3 anos de seu último lançamento, a cantora e compositora Liniker lançou o álbum “Caju” que, já nas primeiras 24 horas de lançamento, teve seis milhões de reproduções. Revelado em um momento de profunda introspecção e inovação, o disco marca uma mudança na carreira da artista e na atual cena musical brasileira, entrelaçando experiências pessoais com uma estética única.
Com letras que exploram temas de identidade, amor e resiliência, “Caju” não é apenas uma evolução musical, mas também um testemunho de força e autenticidade, oferecendo uma visão íntima do universo de Liniker, enquanto desbrava novas fronteiras sonoras, combinando elementos de soul, funk e MPB, criando um ambiente que reflete tanto suas raízes culturais quanto suas aspirações contemporâneas.
De faixa em faixa com AGEMT
A primeira faixa “CAJU", que dá nome ao álbum, é uma peça central que encapsula muitos dos temas abordados ao longo do disco. A música explora questões de identidade, memória e afeto, utilizando a figura do caju como uma metáfora rica em significados. A música se destaca pela sua delicadeza que gera uma atmosfera calorosa e íntima, e pela fusão de elementos do MPB, soul e ritmos afro-brasileiros. O uso de instrumentos como o violão e teclados suaves, combinado com uma percussão leve, reforça a sensação de aconchego e conexão com a natureza, remetendo à simplicidade e à beleza do caju como símbolo.
Em “TUDO”, a segunda faixa, lançada como single, Liniker faz uso de batidas envolventes e empolgantes enquanto adiciona um refrão vicioso. A letra é embargada do sentimento de amor e de querer estar com a outra pessoa, utilizando o filme “Um amor para recordar” – baseado no livro de Nicholas Sparks – para romantizar o amor sem ensaio: o amor espontâneo. Entretanto, a parte mais importante, e a que nomeia a faixa, é o último verso que verbaliza como a protagonista não se diminuirá para caber em relações pequenas já que sua vontade de amar é tudo.
"VELUDO MARROM", com 7 minutos de duração, se destaca por sua suavidade e intensidade emocional. A canção explora novamente temas relacionados ao amor, intimidade, e vulnerabilidade, fazendo isso através de uma combinação de letra poética e arranjos musicais cuidadosamente construídos. A faixa começa com uma introdução suave, marcada por acordes delicados e aveludados (como o próprio título sugere), que criam uma atmosfera íntima e acolhedora. Essa junção permite que o foco principal seja a voz de Liniker. A letra é profundamente simbólica e evocativa. O "veludo marrom" do título pode ser interpretado como uma metáfora para algo precioso, raro, e confortante. O veludo é um tecido que remete ao toque, à suavidade e ao luxo, sugerindo uma relação que é ao mesmo tempo acolhedora e envolvente.
"AO TEU LADO", faixa com colaboração da dupla ANAVITÓRIA, é uma celebração da intimidade e da conexão profunda entre duas pessoas. A música, com sua melodia suave e arranjo aconchegante, reflete a simplicidade e a beleza do amor genuíno. A interpretação vocal de Liniker é o ponto alto da faixa, transmitindo a segurança e o afeto que vêm de estar ao lado de alguém especial. Essa canção é um dos momentos mais ternos e sinceros do álbum, demonstrando a habilidade de Liniker em capturar as nuances do amor e da relação humana.
"ME AJUDE A SALVAR OS DOMINGOS" aborda a melancolia e a solidão associadas ao fim de semana, especialmente ao domingo, tradicionalmente conhecido como um dia de descanso. A música se destaca pela forma como trata das emoções complexas de maneira íntima e vulnerável. A produção é delicada, com arranjos que utilizam piano, violão, e alguns toques eletrônicos sutis para criar uma atmosfera contemplativa. O ritmo é lento e cadenciado, refletindo o tom melancólico da canção, e o desânimo sentido aos domingos. Essa faixa é uma expressão de um desejo profundo de encontrar conforto e companhia em um dia que, para muitos, é solitário e emocionalmente pesado. O domingo aqui é retratado como um momento em que a ausência e o vazio são mais percebidos, principalmente quando alguém se encontra sozinho ou em um estado de reflexão.
Com a participação de BaianaSystem, a faixa “NEGONA DOS OLHOS TERRÍVEIS” traz a valorização dos corpos femininos, especialmente o corpo negro. Com ritmos corriqueiros da música baiana, a faixa traz a símbolos da cultura afro-brasileira, com a representação da sereia, a “lavagem no Bonfim”, o “Abaeté”. Liniker, como uma mulher candomblecista, enaltece sua cultura e a feminilidade. Assim acontece com a próxima faixa, "MAYONGA", que também se destaca pela abordagem da ancestralidade, identidade e espiritualidade, mesclando ritmos afro-brasileiros e elementos contemporâneos e criando uma música com uma riqueza cultural intensa, que explora o conceito africano Sankofa – a importância de olhar o passado para construir o presente. O próprio nome da obra faz referência a religião afro-brasileira. “Mayonga” pode ser interpretada como uma figura mítica, representando a conexão com as raízes ancestrais e a força espiritual que advém dessa conexão, ou ainda como uma bebida tradicional que carrega consigo o poder de cura e proteção.
A oitava faixa do álbum, “PAPO DE EDREDOM”, com a colaboração da cantora e compositora soteropolitana, Melly, revela o afeto que, como cantam, esquenta como se fosse verão. O encontro dessas duas potências cancerianas traz o fervor da atração na letra e na melodia. Com o ritmo mais lento, a música transmite a complexidade da sensualidade, as vozes das duas artistas se misturam e tornam-se únicas. É a segunda vez que Liniker e Melly colaboram em um trabalho, no álbum de estreia da Melly, o Amaríssima, as duas cantoras dividem suas potências na faixa “10 minutos”, outra incrível amostra do talento que elas possuem juntas.
“POPSTAR” e “POTE DE OURO” são faixas que se complementam. Trazendo ritmos brasileiríssimos, Liniker mostra o lado do amor que mais importa: o amor próprio. As músicas exalam a autoconfiança que é facilmente deixada de lado em muitos discos românticos, é o olhar para si mesmo e perceber que merecem mais carinho e atenção do que estão recebendo. “Pote de ouro” conta com a participação da cantora Priscila Senna, dona dos hits mais tocados nas rádios recifenses como “Te Beijo Chorando”. As duas músicas apresentam a supervalorização da personagem principal, a colocando como “tesouro raro” e até “pote de ouro”.
E não tem como falar de ritmos brasileiros sem falar de samba. É desse gênero, tão amado pelos brasileiros, que “FEBRE”, a décima faixa do álbum, se apropria. A música é extremamente dançante e gostosa de escutar, a sensação que exala dela é de um fim de tarde de um domingo no qual a vontade de amar aperta. E é nessa vibe dançante que “DEIXA ESTAR” se encontra, com a participação de Lulu Santos e Pabllo Vittar. A música, com seu estilo Boogie Woogie, deixa de lado a dúvida e passa a mensagem de que o dia está acabando e a personagem principal está pronta para o que vier.
A penúltima faixa de CAJU, “SO SPECIAL”, com colaboração do duo de DJs Tropkillaz, começa com um barulho de chaves e uma porta de um carro batendo: o indício de que o fim está próximo. Liniker canta com um inglês poético, a batida eletrônica carrega a leveza que so special transmite. Perfeita para uma balada, a artista mostra mais uma vez sua versatilidade musical. Os últimos segundos da música são um vazio, mas um vazio barulhento. Um eco após a Liniker exclamar “You so special” que se estende por vinte segundos perfeitos que relembram como um “acordar”.
A última faixa “TAKE YOUR TIME AND RELAXE”, que, em uma tradução livre, seria o mesmo que dizer “espere e relaxe”, Liniker recita uma carta. De Caju para Caju. A faixa traz jús ao nome, é relaxante e traz esperança em sua letra. De todas as canções do álbum, essa é a que mais reproduz a necessidade de liberdade, de se entender como pessoa grande, mesmo com os altos e baixos da vida. Enfim, o álbum proporciona o conhecimento de Caju, e mostra o seu auto conhecimento.
Sensações finais
Liniker mostrou, outra vez, o motivo de ter sido imortalizada na Academia Brasileira de Cultura. Em um mundo cada vez mais rápido, onde o neoliberalismo transforma o cenário em fábricas de som com no máximo 2 minutos de duração e poucas faixas, a artista dá um salto à frente e relembra o gosto de apreciar a música. CAJU, um álbum extenso de uma hora de duração, não há como ser apenas escutado, é preciso entendê-lo.
A autoestima e o carinho que ressoam no álbum são o que explica os 30 milhões de streamings em apenas 4 dias após seu lançamento. É a versatilidade de Liniker, que atravessa por gêneros musicais diferentes, e o seu trabalho de compositora, produtora, cantora e estudiosa musical, que traz a música brasileira a patamares altos. CAJU atingiu o 6º lugar no álbum debut global no Spotify e vem subindo cada vez mais nos charts, mostrando sua relevância.
Começa nesta sexta-feira (6), a 27ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que dura até 15 de setembro. O maior evento cultural da América Latina é voltado para leitores de todas as idades com o intuito de reunir leitores, explorar uma ampla seleção de livros, participar de discussões e interagir com autores.
Realizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizado pela RX, o evento reúne nove espaços culturais oficiais, cerca de 150 expositores, editoras, livrarias, distribuidores e mais de mil horas de programação.
Segundo o site do evento, são mais de 600 autores confirmados, dentre eles: Hayley Kiyoko (autora de “Girls like Girls”), Jeff Kinney (autor de “Diário de Um Banana”), Abby Jimenez (autora de “Para Sempre Seu”) e Junior Rostirola (autor de “Café com Deus Pai”).
A Colômbia é a convidada de honra desta edição, que destaca a rica diversidade cultural e literária da América Latina. O país terá uma comitiva com 17 autores, acadêmicos e chefs e ocupará um estande de 300 m² na feira.
Além de espaços e senhas para autógrafos, a Bienal Internacional do Livro promete uma experiência inesquecível dentro da programação. Confira algumas atividades que farão parte do evento:
- BiblioSesc: Com curadoria de Tiago Marchesano e Clivia Ramiro, do Sesc São Paulo, o BiblioSesc (Praça da Palavra e Praça de Histórias) trará conversas, narrações de histórias e performances artísticas.
- Arena Cultural: Um espaço dedicado aos visitantes que oferece a chance de interagir com autores nacionais e internacionais de sucesso, em palestras e conversas exclusivas, sob a curadoria de Diana Passy.
- Cozinhando com Palavras: Liderado pelo chef André Boccato, o curador mais experiente da feira, este espaço conta com mais de 50 eventos e celebra a gastronomia, um elemento central da cultura e identidade brasileiras.
- Espaço Educação: O Espaço Educação busca promover encontros e discutir temas como educação ambiental, inovação e políticas públicas, com a curadoria de Solange Petrosino.
- Espaço Infâncias: oferece uma programação interativa, sob orientação de Elisabete da Cruz, que inclui narrações de histórias, conversas com autores e ilustradores, pocket shows e atividades práticas, destacando os 17 ODS como protagonistas para as crianças.
- Espaço Cordel e Repente: Pelo segundo ano consecutivo, Lucinda Marques supervisiona o espaço que celebra a vitalidade da literatura de cordel, com debates, palestras, shows, narrações de histórias e apresentações artísticas relevantes ao tema.
- Papo de Mercado: No Papo de Mercado, a curadora Cassia Carrenho dedica o espaço às reflexões sobre questões de interesse para os profissionais da cadeia do livro, com foco na troca de experiências.
- Salão de Ideias: Leonardo Neto, da CBL, e Clivia Ramiro e Tiago Marchesano, do Sesc SP, dirigem o espaço que reunirá grandes nomes para promover debates sobre questões sociais e culturais de relevância.
A Bienal acontece entre os dias 6 e 15 de setembro de 2024, no Distrito Anhembi, na Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo, local que voltará a sediar a feira após reforma. O evento terá um espaço 15% maior do que a edição anterior, ocupando 75 mil metros quadrados; com o objetivo de evitar superlotação.

Crianças de 12 anos ou menos, idosos com 60+ e portadores da Credencial Plena do Sesc têm entrada gratuita ao evento. Para os demais visitantes, ao adquirir ingresso antecipado online até o dia 05 de setembro (quinta-feira), é possível receber um cashback (R$15 para ingresso inteiro e R$10 para meia-entrada) para utilizar com os expositores participantes da ação durante o evento. Para resgatá-lo, basta se cadastrar no aplicativo da Zig utilizando o mesmo CPF da compra.
Bienal Internacional do Livro de São Paulo
Quando: 6 a 15 de setembro
Onde: Distrito Anhembi, na Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana, São Paulo
Ingressos: https://feverup.com/m/177232
O entretenimento na cidade de São Paulo não para: no mês de setembro a variedade cultural vai de um dos maiores eventos nacionais da literatura até sessões sobre o processo brasileiro de decolonização.
Na área musical, a cidade também não deixa a desejar, com a ocupação do músico Naná Vasconcelos, que ganha homenagem no Itaú Cultural, o Drag Brunch, e os variados shows que trarão alegria para os paulistas. Confira o que a cidade pode oferecer no mês de setembro.
Naná Vasconcelos
O músico pernambucano Naná Vasconcelos será homenageado no Itaú Cultural através de fotografias, documentos, entrevistas, objetos e instrumentos, como seu famoso berimbau, que fazem parte de sua história na música. Tendo performado com artistas como Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo, Itamar Assumpção, o percussionista já foi eleito o melhor do mundo oito vezes pela revista Down Beat, e é considerado uma autoridade na percussão.
Quando: 17 de julho a 27 de outubro;
Onde: Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP);
Ingressos: Entrada gratuita.
Drag Brunch
O almoço com Drag Queens é um evento que reúne apresentações como lip syncs (dublagens e interpretações de músicas), moda e comida. O espetáculo é diurno e conta com diversos artistas que performam a arte drag para os convidados durante o almoço.
Quando: 8 e 22 de setembro;
Onde: Bourbon Music Street | Rua dos Chanés, 127 - Moema, São Paulo, SP;
Ingressos: Mesas para 2, 4 ou 6 pessoas entre R$ 150 e R$ 220.
Cinemateca

A cinemateca traz, logo no começo do mês duas sessões especiais com os longas “Canções em Pequim” e “Nós Somos o Amanhã” (2024), de Lute Steffen. O primeiro, de Milena Loura Barba, é embalado por uma conversa com os professores Francisco Foot e Cecília Mello, e o lançamento de “Minha China Tropical”, livro de Foot.
Quando: “Canções em Pequim” - 5 de setembro, “Nós Somos o Amanhã” - 6 de setembro;
Onde: Sala Grande Otelo (Largo Sen. Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, São Paulo, SP);
Ingressos: Entrada gratuita.
Línguas africanas que fazem o Brasil
A mostra do Museu da Língua Portuguesa, sob curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, traz espaços interativos com palavras e frases de línguas dos habitantes de terras da África Subsaariana, como o iorubá, eve-fom e as do grupo bantu, essenciais na criação do português falado no Brasil atualmente.
Quando: até janeiro de 2025
Onde: Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/nº, Portão 1, São Paulo, SP)
Ingressos: R$12 a 24
J. Cunha: Corpo Tropical

A Pinacoteca reúne cerca de 300 itens do artista José Antônio Cunha, entre pinturas, desenhos, cartazes, estampas, objetos e documentos. A obra “Códice” é um destaque, por ter sido mostrada em sua integridade em apenas três ocasiões, e a mostra tem curadoria de Renato Menezes.
Quando: até 29 de setembro
Onde: Pina Estação (Largo General Osório, 66, Santa Efigênia, São Paulo, SP)
Ingressos: R$ 17 a R$ 32
Bienal do Livro
A Bienal Internacional do Livro ocorre de 6 a 13 de setembro, e conta com diversos espaços, editoras, leitores, livreiros, autores e editores. Veja mais sobre o evento aqui.
Shows
Nesse mês, não só cantores nacionais irão satisfazer o público paulista, mas também diversos artistas internacionais estarão na cidade. Desde o pagode do Péricles até The Weekend, não faltará gênero musical para agradar a galera. Confira os shows:

Péricles
Data: 6 de setembro
Local: Befly Hall
Horário: 22h
The Weeknd
Data: 7 de setembro
Local: Estádio do MorumBIS
Abertura dos portões: 16h
Horário: 21h
Travis Scott
Data: 11 de setembro
Local: Allianz Parque
Abertura dos portões: 16h
Horário: 21h
Filipe Ret
Data: 14 de setembro
Local: Espaço Unimed
Abertura dos portões: 21h
Horário: 23h
ARTMS
Data: 17 de setembro
Local: TerraSP
Horário: 20h
Ne-Yo
Data: 19 de setembro
Local: Espaço Unimed
Horário: 21h
Mariah Carey
Data: 20 de setembro
Local: Allianz Parque
Horário: 17h
Zé Neto & Cristiano e Diego & Arnaldo
Data: 20 de setembro
Local: Espaço Unimed
Abertura dos portões: 20h
Horário: 22h
Silva
Data: 27 de setembro
Local: Espaço Unimed
Abertura dos portões: 20h
Horário: 22h
Niall Horan
Data: 28 de setembro
Local: Parque Ibirapuera
Abertura dos portões: 16h
Horário: 20h
Coala Festival
Além dos inúmeros shows, nos dias 6, 7 e 8 de setembro ocorrerá no Memorial da América Latina o Coala Festival, que contará com apresentações de Os Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, O Terno, Planet Hemp, entre outros.

Após 15 anos de separação, marcada por conflitos públicos e nos bastidores entre os irmãos Liam e Noel Gallagher, a banda britânica Oasis surpreendeu o mundo ao anunciar seu retorno aos palcos no próximo ano. A notícia foi divulgada na madrugada desta terça-feira (27), em um comunicado nas redes sociais, onde o grupo confirmou uma série de shows para o verão de 2025 no hemisfério norte.
"É isso, está acontecendo!", proclamou o Oasis, despertando uma onda de euforia entre os fãs. A turnê, intitulada "Oasis Live '25", terá início em 4 de julho em Cardiff, no País de Gales, e seguirá para Manchester, cidade natal dos Gallagher, onde estão programadas quatro apresentações.
Além disso, a banda fará quatro noites no lendário estádio de Wembley, em Londres, com shows adicionais em Edimburgo e Dublin. A venda de ingressos começará no próximo sábado (31), com a promessa de que outras datas fora da Europa serão anunciadas em breve.
O retorno ocorre em um momento simbólico, 30 anos após o lançamento do primeiro álbum da banda, "Definitely Maybe", que marcou o início da trajetória do Oasis no cenário do “britpop” dos anos 1990. O anúncio veio após semanas de especulações intensificadas por uma série de postagens enigmáticas de Liam Gallagher nas redes sociais, e um vídeo misterioso que gerou um frenesi entre os fãs.
A história da banda
Oasis destacou-se nos anos 90 por quebrar paradigmas. Em meio a uma crescente vertente do som Grunge e Rock Glam, a banda retomava o rock clássico dos anos 70 britânico, com inspirações como Rolling Stones e The Beatles.
O primeiro contrato com uma grande gravadora ocorreu em 1994, a Sony Music, já com a grande estreia do single “Supersonic”. Porém, o maior sucesso veio com a música “Live Forever”, que garantiu o quarto lugar na Billboard gerando a primeira platina para a banda, com mais de 600 mil cópias vendidas. Após vários hits, foi lançado o primeiro álbum, “Definitely Maybe”, em 1994.
Com o término da primeira tour, a banda lança o primeiro single “Some Might Say” do segundo álbum que seria responsável pela fama mundial de Oasis, “(What’s Story) Morning Glory?”, no ano de 1995, vendendo 367 mil cópias já na primeira semana e contando com o maior sucesso do grupo, “Wonderwall”.
O declínio do grupo começou em 1997 com o lançamento do terceiro álbum, “Be Here Now”. Em sua semana de estreia foi bem avaliado, entretanto, semanas seguintes a discografia foi altamente criticada por sua alta produção e também pelo comportamento errático dos irmãos Gallagher durante as apresentações.
Após a prisão de Liam por posse de drogas, Paul Arthurs e Paul McGuigan, guitarrista e baixista respectivamente, saíram da banda. Depois dessas baixas, o grupo recrutou novos membros e lançaram “Standing on the Shoulder of Giants” em 2000, sendo o quarto álbum de estúdio Oasis. Esse novo projeto não obteve tanto sucesso como os três últimos, sem contar a desagradável relação entre os irmãos Gallagher, que fez Noel cancelar sua presença em 27 shows da turnê.
Em 2002, o álbum “Heathen Chemistry” é anunciado, contando com um grande sucesso, o single “Stop crying your heart out“. Porém, esse disco dividiu opiniões entre os fãs e a crítica, considerado por muitos como uma época de crise no pop-rock britânico.
Por fim, “Dig Out Your Soul”, último álbum da banda lançado em 2008, foi marcado pela crise do grupo. Com a saída do baterista em 2004, e pela pouca presença de Noel na produção - por acreditar que as novas obras não comunicavam o que sentia - o disco contou muito com o produtor musical Dave Sardy. Mesmo com a boa recepção crítica, não foi o suficiente para manter o grupo que, no ano seguinte, declarou o seu fim.
A relação conturbada dos irmãos Gallagher
Liam Gallagher e Noel Gallagher, ambos fundadores da banda, são conhecidos por seu relacionamento cheio de polêmicas. Durante a turnê do primeiro álbum, em 1994, vieram a público as brigas que ocorriam nos bastidores do show, até mesmo a informação de que Liam jogou um pandeiro na cabeça do irmão, que se retirou do palco logo em seguida. Já em 1995, Noel bateu no caçula com um taco de críquete depois de ser surpreendido por seus amigos no estúdio de gravação.
Em 28 de agosto de 2009, a banda se desfez nos bastidores do festival Rock en Seine, em Paris, após uma briga entre os irmãos que culminou na destruição de uma guitarra, posteriormente leiloada por 385 mil euros. O anúncio da separação foi feito pela banda Bloc Party diante de um público perplexo, privado de um dos shows mais aguardados do evento.
Na época, Noel expressou sua frustração em uma declaração no site da banda, afirmando que era "impossível continuar trabalhando com Liam por mais um dia". O episódio marcou o fim de uma era para o rock britânico, consolidando o festival parisiense como "amaldiçoado" com grandes shows cancelados, incluindo os de Amy Winehouse nas edições anteriores.
Agora, com a reconciliação dos irmãos Gallagher, o cenário musical é preparado para um dos retornos mais aguardados da história do rock. O festival Rock en Seine já manifestou interesse em ser palco deste reencontro histórico. “Seria apoteótico”, declarou Matthieu Ducos, diretor do festival, sonhando com o que seria um dos eventos mais emblemáticos do Oasis.
A notícia do retorno da banda chocou os fãs pelo mundo inteiro, principalmente por causa dos comentários de Noel em uma entrevista para o jornal britânico, Big Issue, em 2019, afirmando que não pensava em voltar a fazer shows com seu irmão. “Saí da banda há 10 anos. Acho que o vi duas vezes nesse tempo, e em ambas as vezes, quase acabamos brigando sem motivo. Não visualizo a manhã que acordo e penso como queria passar dois anos em turnê, brigando ao redor do mundo com Liam” compartilhou o artista.