A obra “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio” estreou na quinta-feira (26) na Netflix, trazendo à tona um dos crimes mais impactantes do Brasil. O documentário revisita o assassinato da jovem modelo Eliza Samudio de 25 anos, ocorrido em 2010, e o envolvimento do ex-goleiro Bruno, que foi condenado há 11 anos atrás.
Reprodução/Netflix
Dirigido por Juliana Antunes, a produção se destaca por revelar dados inéditos que foram deixados de lado na cobertura midiática do caso. Com acesso a mensagens e conversas pessoais de Eliza, o documentário apresenta sua perspectiva, mostrando suas angústias e temores durante o relacionamento conturbado com Bruno.
Em uma das gravações, Eliza, que estava grávida, expressa seu desejo de voltar a estudar, ao mesmo tempo em que relata o medo das ameaças que recebia do ex-atleta.
A narrativa também traça os eventos que levaram ao desaparecimento de Eliza, retratando a investigação que resultou na condenação de Bruno e de mais sete pessoas por sequestro e assassinato. Embora a sentença tenha ocorrido, o corpo de Eliza nunca foi encontrado, perpetuando o mistério e a dor da família.
Além de revisar os detalhes do crime, o longa busca ampliar a discussão sobre a violência de gênero e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na sociedade brasileira, ressaltando a importância de dar voz às vítimas em casos de abusos e crimes violentos, assim gerando uma reflexão sobre os direitos das mulheres e a urgência de combater a impunidade dos agressores.
Assista o trailer:
Marcado para os dias 28, 29 e 30 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a 12ª edição do Lollapalooza já anunciou sua programação e abriu vendas de ingressos para os três dias de festival. Os valores variam de R$ 500,00 no primeiro lote meia-entrada pista do Lolla Day, até R$ 4.850,00 no Lolla Lounge Pass, ingresso VIP para os três dias. Nesta edição do festival, os organizadores apostam em trazer artistas de diversos estilos musicais diferentes, alguns que fazem sucesso com o público mais jovem e outros que fizeram parte de uma geração anterior.
Um line-up bastante focado no pop inclui nomes populares no gênero como Olivia Rodrigo, Shawn Mendes, Alanis Morissette, Justin Timberlake, Tate McRae, Jão. O indie/alternativo também está bem representado no festival, com apresentações de Foster the People, Wave to Earth, Jovem Dionisio, The Marías e Artemas. Para fãs de música eletrônica, nomes como San Holo, Rüfüs du Sol, Zeed e Charlotte de Witte. Entretanto, gêneros como o rap acabaram sendo pouco representados na programação como destaque para o americano JPEGMafia.

Na sexta-feira (28) ocorrerão os shows da americana Olivia Rodrigo, cantora de sucessos como “vampire" e "drivers licence", e do trio de música eletrônica australiano Rüfüs du Sol que já se apresentou no festival na edição de 2019. Também se apresentaram no dia Jão, Girl in Red, JPEGMafia e Jovem Dionísio e outros mais.
Já no sábado (29), estão marcados os shows dos headliners canadenses Shawn Mendes, que esteve recentemente no Brasil para o Rock in Rio, e Alanis Morissete conhecida por músicas como "Ironic", “You Ougtha Know” e “Hand in my Pocket". The Marias, Tate McRae, Wave to Earth e Benson Boone complementam o dia.
No domingo (30), último dia de festival, irão se apresentar o cantor americano Justin Timberlake, dono de hits como “Can’t Stop the Feeking”, “Rock Your Body”, “Mirror” e outros mais, além da banda de metal progressivo Tool que se apresentará no país pela primeira vez no festival. Bandas como Foster the People, Sepultura, Parcels também farão seus shows neste dia.
A venda do pacote Lolla Pass, que dá direito a presença nos três dias de festival, está aberta desde o dia 20 de agosto. Já as modalidades Lolla Day, que dá acesso a um dia de festival, e o Lolla Double, que permite a presença em dois dias, também já estão à venda. Os ingressos podem ser comprados tanto online pelo site Ticketmaster, quanto presencialmente pela bilheteria do Shopping Ibirapuera. Os ingressos comprados online têm um acréscimo de 20%, sendo a taxa de serviço do site.
Sucesso desde o dia de sua estreia, a série Shōgun, produzida pela FX, bateu recorde de premiações na noite do domingo (15), na 76ª edição do Primetime Emmy Awards. Foram 18 prêmios no total, mas o destaque fica com a vitória na categoria mais importante do evento: o prêmio de melhor série dramática. Além disso, o ator principal Hiroyuki Sanada e a atriz Anna Sawai levaram para casa os prêmios de melhor ator e melhor atriz, respectivamente, marcando também a primeira vez que um ator e uma atriz japoneses ganharam na categoria de atuação.
Em seu discurso de vitória, Anna Sawai agradece a sua família e a equipe com quem trabalhou na série: "Eu estava chorando antes mesmo de anunciarem meu nome. Estou um desastre hoje. Obrigada à Academia por me nomear ao lado de meus colegas indicados, cujo trabalho eu cresci assistindo e amando. Obrigada a John Landgraf e a toda a equipe da FX por acreditarem na nossa história. Obrigada, Justin [Marks] e Rachel [Kondo], por acreditarem em mim e me darem esse papel de uma vida.”

A atriz ainda completou com uma mensagem de apoio às mulheres: “Isto é para todas as mulheres que não esperam nada e continuam sendo um exemplo para todos. Muito obrigada." disse a atriz Anna Sawai em seu discurso de premiação.”
A série é uma adaptação do romance de James Clavell, inspirado na vida do navegador inglês, William Adams, que serviu como conselheiro para o shogun Tokugawa Ieyasu no Japão feudal do século XVII. A trama acompanha John Blackthorne, um piloto europeu que naufraga no Japão e precisa se adaptar às complexas intrigas políticas e culturais locais, enquanto o país transita entre suas tradições e influências estrangeiras.
A obra explora o choque de civilizações, as lutas entre os senhores feudais pelo poder e os conflitos religiosos entre o cristianismo e as crenças japonesas, oferecendo um retrato dramático e épico desse período histórico.
Essa grande mistura do Ocidente com o Oriente é um dos motivos do sucesso da série, pois, para o espectador que não fala japonês e não conhece a cultura japonesa, é difícil criar um senso de identificação enquanto assiste. Os recordes ganham maior atenção, porém um fator importante é como as premiações e o público estão mais abertos a produções vindas de fora dos Estados Unidos.
Neste caso, Shōgun se torna a primeira série oriental a ganhar na categoria de “melhor drama”, evidenciando a recente tendência de crescimento do mercado audiovisual asiático. Um exemplo claro dessa mudança foi a conquista de Parasita no Oscar de 2020.
A vitória de Shogun e os recordes batidos são mais que apenas troféus, são um marco para todas as obras internacionais que um dia sonharam em representar sua arte no palco do mundo. A tendência é que cada vez mais obras de países diferentes recebam atenção no palco de grandes premiações.
MC Hariel, conhecido também como Haridade, lançou, em 29 de agosto, seu álbum “Funk Superação”. O projeto conta com parcerias como Gilberto Gil, Péricles, Iza e IceBlue, e é uma “virada de página” do subgênero musical “funk ostentação”.
Na visão do funkeiro, o álbum fala sobre o gênero como um “instrumento de superação”: “O título é uma crítica ao funk que é chamado, pejorativamente, de ‘ostentação’”, diz, em entrevista ao podcast “G1 Ouviu”.
Uma parte do dinheiro arrecadado no álbum será destinado a ajudar estudantes que enfrentam dificuldades em pagar o transporte ou até mesmo a mensalidade de seu curso. Como compartilhado em suas redes sociais, o MC não se preocupa com os números para considerar esse trabalho o mais importante de sua trajetória até hoje: “[...] Pode ser que esse projeto não atinja tantos milhões na internet, como alguns outros, porém com certeza esse é o maior projeto que eu já fiz…[...]”
Danilo dos Santos, jovem que cursa sociologia e política na FESP-SP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), foi o primeiro a receber a ajuda. Para o G1, Hariel disse também que irá pagar a mensalidade de alunos que já estão fazendo a faculdade, para não “correr o risco de ajudar pessoas que não valorizem a oportunidade”.
O álbum conta com vários subgêneros do funk, entre eles o ostentação. Hariel explica que muitas pessoas comentam sobre esse estilo de forma pejorativa, que “existe uma diferença entre conquistar e ganhar”, e que quando um funkeiro conquista algo, todos costumam achar que foi “fruto de coisa errada”, completa, para a entrevista. Ele é reconhecido por abordar temas importantes em suas composições, e gravou seu show em um palco totalmente construído a partir de materiais recicláveis.
Segundo ele, o logo do álbum, que apresenta um colar dourado com uma fênix, significa algo que renasce, independente do que aconteça, e traz o funk como uma eternidade.

Encontro de Gerações
Uma das participações mais especiais e esperadas do álbum de Hariel foi Gilberto Gil, compositor, cantor, produtor e instrumentista, é considerado uma lenda da Música Popular Brasileira (MPB). Gil é fonte de inspiração e referência para o funkeiro, mas está próximo de se aposentar dos palcos. A parceria dos dois com a música “A Dança” foi marcante para “o funk romper barreiras”, como escreveu o MC em um post com Gilberto.

Quem é o MC Hariel?
Hariel Denaro Ribeiro, conhecido como MC Hariel, é um cantor e compositor de funk. Natural da Vila Aurora, na zona norte da capital paulista, ele tem um relacionamento próximo com a música desde criança, influenciado por seu pai, que era músico amador.
Começou a gravar suas músicas com 11 anos, mas estourou somente aos 17 com a música ‘Passei Sorrindo’.
Ele trabalhou como entregador de pizza, de panfletos e vendedor de cartões, entre outras profissões. A música ‘Pirâmide Social’ gravada em 2022, relata sobre o dia de sua demissão como atendente de telemarketing. Foi “descoberto” pelo produtor Neco Coelho , que apresentou o funkeiro para um dos DJs mais influentes no funk paulista na época, o DJ Pereira. Ambos entraram para a gravadora de funk GR6.
Dos subgêneros do funk, Hariel começou com o ousadia, tendo passado para o funk ostentação e pelo funk consciente, em que é mais conhecido atualmente. Um dos diferenciais do músico é o jogo entre os diferentes estilos de funk.
Com uma carreira que soma mais de 10 anos, é considerado um dos principais nomes do funk, tanto no cenário paulista quanto no nacional, motivo pelo qual é apelidado de: ‘Haridade’.

O Emmy 2024 foi um marco de representatividade e inclusão na televisão, destacando a diversidade de histórias e talentos em todas as categorias. O evento, que ocorreu no dia 15 de setembro, é a principal premiação da televisão e levou em conta apenas os títulos que estrearam entre 1ª de junho de 2023 e 31 de maio de 2024.
"Xógum”, a grande vencedora da noite, se tornou a primeira série não falada em inglês, na história da televisão, a levar o principal prêmio da noite: Melhor Série Dramática.
O épico japonês, protagonizado por Hiroyuki Sanada e Anna Sawai, levou 18 estatuetas no total, batendo o recorde de premiações em uma mesma temporada. Esse reconhecimento reforça a importância de narrativas que abrangem diferentes perspectivas culturais.
"Hacks” surpreendeu ao superar "The Bear" e levar o prêmio de Melhor Série de Comédia. Apesar de não ficar com o prêmio principal da categoria, “The Bear” foi a segunda maior vencedora da edição, com 11 prêmios, incluindo a vitória de Jeremy Allen White como Melhor Ator em Série de Comédia, e de Jamie Lee Curtis como Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia.
A representatividade feminina também esteve em evidência no Emmy 2024. Além de Anna Sawai, Jean Smart, de "Hacks", foi premiada pela terceira vez como Melhor Atriz em Comédia, consolidando seu papel de destaque no cenário televisivo.
Nas categorias de minissérie, a grande vencedora foi "Bebê Rena", que levou a estatueta de melhor minissérie ou filme para a TV. Além disso, seu criador Richard Gadd foi premiado nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Ator além de Jessica Gunning (Martha) como Melhor Atriz Coadjuvante.
Confira todos os vencedores:
Melhor Série de Drama: "Xógum" (Disney+)
Melhor Atriz em Série de Drama: Anna Sawai - "Xógum" (Disney+)
Melhor Ator em Série de Drama: Hiroyuki Sanada - "Xógum" (Disney+)
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama: Billy Crudup - "The Morning Show" (Apple TV+)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama: Elizabeth Debicki - "The Crown" (Netflix)
Melhor Ator Convidado em Série de Drama: Néstor Carbonell - "Xógum" (Disney+)
Melhor Atriz Convidada em Série de Drama: Michaela Coel - "Sr. & Srª. Smith" (Amazon Prime Video)
Melhor Série de Comédia: "Hacks" (Max)
Melhor Ator em Série de Comédia: Jeremy Allen White - "The Bear" (Disney+)
Melhor Atriz em Série de Comédia: Jean Smart - "Hacks" (Max)
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia: Ebon Moss-Bachrach - "The Bear" (Disney+)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia: Liza Colón-Zayas - "The Bear" (Disney+)
Melhor Ator Convidado em Série de Comédia: Jon Bernthal - "The Bear" (Disney+)
Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia: Jamie Lee Curtis - "The Bear" (Disney+)
Melhor Série Limitada ou Antologia: "Bebê Rena" (Netflix)
Melhor Ator em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Richard Gadd - "Bebê Rena" (Netflix)
Melhor Atriz em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Jodie Foster - "True Detective: Night Country" (Max)
Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Lamorne Morris - "Fargo" (Amazon Prime Video)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Jessica Gunning - "Bebê Rena" (Netflix)
Melhor Direção em Série de Drama: Frederick E.O. Toye - "Xógum" (Disney+)
Melhor Direção em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Steven Zaillian - “Ripley” (Netflix)
Melhor Direção em Série de Comédia: Christopher Storer - "The Bear" (Disney+)
Melhor Roteiro em Série de Drama: Will Smith - "Slow Horses" (Apple TV+)
Melhor Roteiro em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Richard Gadd - "Bebê Rena" (Netflix)
Melhor Roteiro em Série de Comédia: Lucia Aniello, Paul W. Downs, Jen Statsky - "Hacks" (Max)
Melhor Talk Show de Variedades: "The Daily Show" (Comedy Central)
Melhor Programa de Competição: "The Traitors"