Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
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Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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Uma análise profunda do caso Eliza Samudio, revelando novas vozes e perspectivas sobre um crime que chocou o Brasil
por
Pietra Nelli Nóbrega Monteagudo Laravia
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01/10/2024 - 12h

A obra “A Vítima Invisível: O Caso Eliza Samudio” estreou na quinta-feira (26) na Netflix, trazendo à tona um dos crimes mais impactantes do Brasil. O documentário revisita o assassinato da jovem modelo Eliza Samudio de 25 anos, ocorrido em 2010, e o envolvimento do ex-goleiro Bruno, que foi condenado há 11 anos atrás.

Reprodução Netflix

Reprodução/Netflix

Dirigido por Juliana Antunes, a produção se destaca por revelar dados inéditos que foram deixados de lado na cobertura midiática do caso. Com acesso a mensagens e conversas pessoais de Eliza, o documentário apresenta sua perspectiva, mostrando suas angústias e temores durante o relacionamento conturbado com Bruno. 

Em uma das gravações, Eliza, que estava grávida, expressa seu desejo de voltar a estudar, ao mesmo tempo em que relata o medo das ameaças que recebia do ex-atleta.

A narrativa também traça os eventos que levaram ao desaparecimento de Eliza, retratando a investigação que resultou na condenação de Bruno e de mais sete pessoas por sequestro e assassinato. Embora a sentença tenha ocorrido, o corpo de Eliza nunca foi encontrado, perpetuando o mistério e a dor da família.

Além de revisar os detalhes do crime, o longa busca ampliar a discussão sobre a violência de gênero e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na sociedade brasileira, ressaltando a importância de dar voz às vítimas em casos de abusos e crimes violentos, assim gerando uma reflexão sobre os direitos das mulheres e a urgência de combater a impunidade dos agressores.

Assista o trailer: 

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Festival divulga a programação diária para a edição do ano que vem
por
Gabriel Lourenço Schiavoni
Lucas Rossi
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26/09/2024 - 12h

Marcado para os dias 28, 29 e 30 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a 12ª edição do Lollapalooza já anunciou sua programação e abriu vendas de ingressos para os três dias de festival.  Os valores variam de R$ 500,00 no primeiro lote meia-entrada pista do Lolla Day, até R$ 4.850,00 no Lolla Lounge Pass, ingresso VIP para os três dias. Nesta edição do festival, os organizadores apostam em trazer artistas de diversos estilos musicais diferentes, alguns que fazem sucesso com o público mais jovem e outros que fizeram parte de uma geração anterior.

Um line-up bastante focado no pop inclui nomes populares no gênero como Olivia Rodrigo, Shawn Mendes, Alanis Morissette, Justin Timberlake, Tate McRae, Jão. O indie/alternativo também está bem representado no festival, com apresentações de Foster the People, Wave to Earth, Jovem Dionisio, The Marías e Artemas. Para fãs de música eletrônica, nomes como San Holo, Rüfüs du Sol, Zeed e Charlotte de Witte. Entretanto, gêneros como o rap acabaram sendo pouco representados na programação como destaque para o americano JPEGMafia.

Banda americana Blink-182 na ultima edição do Lollaloza Brasil Foto: Adriano Vizoni/Reprodução/Folhapress
Banda americana Blink-182 na ultima edição do Lollaloza Brasil Foto: Adriano Vizoni/Reprodução/Folhapress

Na sexta-feira (28) ocorrerão os shows da americana Olivia Rodrigo, cantora de sucessos como “vampire" e "drivers licence", e do trio de música eletrônica australiano Rüfüs du Sol que já se apresentou no festival na edição de 2019. Também se apresentaram no dia Jão, Girl in Red, JPEGMafia e Jovem Dionísio e outros mais.

Já no sábado (29), estão marcados os shows dos headliners canadenses Shawn Mendes, que esteve recentemente no Brasil para o Rock in Rio, e Alanis Morissete conhecida por músicas como "Ironic", “You Ougtha Know” e “Hand in my Pocket". The Marias, Tate McRae, Wave to Earth e Benson Boone complementam o dia.

No domingo (30), último dia de festival, irão se apresentar o cantor americano Justin Timberlake, dono de hits como “Can’t Stop the Feeking”, “Rock Your Body”, “Mirror” e outros mais, além da banda de metal progressivo Tool que se apresentará no país pela primeira vez no festival. Bandas como Foster the People, Sepultura, Parcels também farão seus shows neste dia.

A venda do pacote Lolla Pass, que dá direito a presença nos três dias de festival, está aberta desde o dia 20 de agosto. Já as modalidades Lolla Day, que dá acesso a um dia de festival, e o Lolla Double, que permite a presença em dois dias, também já estão à venda. Os ingressos podem ser comprados tanto online pelo site Ticketmaster, quanto presencialmente pela bilheteria do Shopping Ibirapuera. Os ingressos comprados online têm um acréscimo de 20%, sendo a taxa de serviço do site.




 

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Com 18 prêmios, incluindo Melhor Série Dramática e vitórias históricas para Hiroyuki Sanada e Anna Sawai, Shōgun simboliza a ascensão das produções asiáticas no cenário global.
por
João Pedro Lindolfo
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24/09/2024 - 12h

 

Sucesso desde o dia de sua estreia, a série Shōgun, produzida pela FX, bateu recorde de premiações na noite do domingo (15), na 76ª edição do Primetime Emmy Awards. Foram 18 prêmios no total, mas o destaque fica com a vitória na categoria mais importante do evento: o prêmio de melhor série dramática. Além disso, o ator principal Hiroyuki Sanada e a atriz Anna Sawai levaram para casa os prêmios de melhor ator e melhor atriz, respectivamente, marcando também a primeira vez que um ator e uma atriz japoneses ganharam na categoria de atuação.

       Em seu discurso de vitória, Anna Sawai agradece a sua família e a equipe com quem trabalhou na série: "Eu estava chorando antes mesmo de anunciarem meu nome. Estou um desastre hoje. Obrigada à Academia por me nomear ao lado de meus colegas indicados, cujo trabalho eu cresci assistindo e amando. Obrigada a John Landgraf e a toda a equipe da FX por acreditarem na nossa história. Obrigada, Justin [Marks] e Rachel [Kondo], por acreditarem em mim e me darem esse papel de uma vida.”

Anna Sawai segura seu prêmio de melhor atriz
 Christopher Polk
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A atriz ainda completou com uma mensagem de apoio às mulheres: “Isto é para todas as mulheres que não esperam nada e continuam sendo um exemplo para todos. Muito obrigada." disse a atriz Anna Sawai em seu discurso de premiação.”

            A série é uma adaptação do romance de James Clavell, inspirado na vida do navegador inglês, William Adams, que serviu como conselheiro para o shogun Tokugawa Ieyasu no Japão feudal do século XVII. A trama acompanha John Blackthorne, um piloto europeu que naufraga no Japão e precisa se adaptar às complexas intrigas políticas e culturais locais, enquanto o país transita entre suas tradições e influências estrangeiras. 

A obra explora o choque de civilizações, as lutas entre os senhores feudais pelo poder e os conflitos religiosos entre o cristianismo e as crenças japonesas, oferecendo um retrato dramático e épico desse período histórico.

            Essa grande mistura do Ocidente com o Oriente é um dos motivos  do sucesso da série, pois, para o espectador que não fala japonês e não conhece a cultura japonesa, é difícil criar um senso de identificação enquanto assiste. Os recordes ganham maior atenção, porém um fator importante é como as premiações e o público estão mais abertos a produções vindas de fora dos Estados Unidos. 

Neste caso, Shōgun se torna a primeira série oriental  a ganhar na categoria de “melhor drama”, evidenciando a recente tendência de crescimento do mercado audiovisual asiático. Um exemplo claro dessa mudança foi a conquista de Parasita no Oscar de 2020.

            A vitória de Shogun e os recordes batidos são mais que apenas troféus, são um marco para todas as obras internacionais que um dia sonharam em representar sua arte no palco do mundo. A tendência é que cada vez mais obras de países diferentes recebam atenção no palco de grandes premiações.

 

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Haridade lançou seu terceiro álbum intitulado “Funk Superação” em agosto
por
Julia Cesar Rangel
Laila Cristina Lima dos Santos
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23/09/2024 - 12h

MC Hariel, conhecido também como Haridade, lançou, em 29 de agosto, seu álbum “Funk Superação”. O projeto conta com parcerias como Gilberto Gil, Péricles, Iza e IceBlue, e é uma “virada de página” do subgênero musical “funk ostentação”.

Na visão do funkeiro, o álbum fala sobre o gênero como um “instrumento de superação”: “O título é uma crítica ao funk que é chamado, pejorativamente, de ‘ostentação’”, diz, em entrevista ao podcast “G1 Ouviu”.

Uma parte do dinheiro arrecadado no álbum será destinado a ajudar estudantes que enfrentam dificuldades em pagar o transporte ou até mesmo a mensalidade de seu curso. Como compartilhado em suas redes sociais, o MC não se preocupa com os números para considerar esse trabalho o mais importante de sua trajetória até hoje: “[...] Pode ser que esse projeto não atinja tantos milhões na internet, como alguns outros, porém com certeza esse é o maior projeto que eu já fiz…[...]”

Danilo dos Santos, jovem que cursa sociologia e política na FESP-SP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo), foi o primeiro a receber a ajuda. Para o G1, Hariel disse também que irá pagar a mensalidade de alunos que já estão fazendo a faculdade, para não “correr o risco de ajudar pessoas que não valorizem a oportunidade”. 

O álbum conta com vários subgêneros do funk, entre eles o ostentação. Hariel explica que muitas pessoas comentam sobre esse estilo de forma pejorativa, que “existe uma diferença entre conquistar e ganhar”, e que quando um funkeiro conquista algo, todos costumam achar que foi “fruto de coisa errada”, completa, para a entrevista. Ele é reconhecido por abordar temas importantes em suas composições, e gravou seu show em um palco totalmente construído a partir de materiais recicláveis.

Segundo ele, o logo do álbum, que apresenta um colar dourado com uma fênix, significa algo que renasce, independente do que aconteça, e traz o funk como uma eternidade. 

 Capa do álbum “Funk Superação” - Foto: Instagram @mchariel
Capa do álbum “Funk Superação” - Foto: Instagram @mchariel 

Encontro de Gerações

Uma das participações mais especiais e esperadas do álbum de Hariel foi Gilberto Gil, compositor, cantor, produtor e instrumentista, é considerado uma lenda da Música Popular Brasileira (MPB). Gil é fonte de inspiração e referência para o funkeiro, mas está próximo de se aposentar dos palcos. A parceria dos dois com a música “A Dança”  foi marcante para “o funk romper barreiras”, como escreveu o MC em um post com Gilberto. 

Gilberto Gil e MC Hariel para a GQ BRASIL de setembro – Foto: GQ BRASIL/ Reprodução
Gilberto Gil e MC Hariel para a GQ BRASIL de setembro – Foto: GQ BRASIL/ Reprodução 

Quem é o MC Hariel?

Hariel Denaro Ribeiro, conhecido como MC Hariel, é um cantor e compositor de funk. Natural da Vila Aurora, na zona norte da capital paulista, ele tem um relacionamento próximo com a música desde criança, influenciado por seu pai, que era músico amador.  

Começou a gravar suas músicas com 11 anos, mas estourou somente aos 17 com a música ‘Passei Sorrindo’.

Ele trabalhou como entregador de pizza, de panfletos e vendedor de cartões, entre outras profissões. A música ‘Pirâmide Social’ gravada em 2022, relata sobre o dia de sua demissão como atendente de telemarketing. Foi “descoberto” pelo produtor Neco Coelho , que apresentou o funkeiro para um dos DJs mais influentes no funk paulista na época, o DJ Pereira. Ambos entraram para a gravadora de funk GR6. 

Dos subgêneros do funk, Hariel começou com o ousadia, tendo passado para o funk ostentação e pelo funk consciente, em que é mais conhecido atualmente. Um dos diferenciais do músico é o jogo entre os diferentes estilos de funk.  

Com uma carreira que soma mais de 10 anos, é considerado um dos principais nomes do funk, tanto no cenário paulista quanto no nacional, motivo pelo qual é apelidado de: ‘Haridade’.

 

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76ª edição do Emmy Awards contou com surpresas nas premiações e quebra de recordes
por
João Victor Tiusso
Lucca Fresqui
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23/09/2024 - 12h
Foto: Jamie Lee Curtis premiada no Emmy 2024 / Reuters
Jamie Lee Curtis premiada no Emmy 2024 @ Reuters

O Emmy 2024 foi um marco de representatividade e inclusão na televisão, destacando a diversidade de histórias e talentos em todas as categorias. O evento, que ocorreu no dia 15 de setembro, é a principal premiação da televisão e levou em conta apenas os títulos que estrearam entre 1ª de junho de 2023 e 31 de maio de 2024. 

"Xógum”, a grande vencedora da noite, se tornou a primeira série não falada em inglês, na história da televisão, a levar o principal prêmio da noite: Melhor Série Dramática. 

O épico japonês, protagonizado por Hiroyuki Sanada e Anna Sawai, levou 18 estatuetas no total, batendo o recorde de premiações em uma mesma temporada. Esse reconhecimento reforça a importância de narrativas que abrangem diferentes perspectivas culturais. 

"Hacks” surpreendeu ao superar "The Bear" e levar o prêmio de Melhor Série de Comédia. Apesar de não ficar com o prêmio principal da categoria, “The Bear” foi a segunda maior vencedora da edição, com 11 prêmios, incluindo a vitória de Jeremy Allen White como Melhor Ator em Série de Comédia, e de Jamie Lee Curtis como Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia. 

A representatividade feminina também esteve em evidência no Emmy 2024. Além de Anna Sawai, Jean Smart, de "Hacks", foi premiada pela terceira vez como Melhor Atriz em Comédia, consolidando seu papel de destaque no cenário televisivo. 

Nas categorias de minissérie, a grande vencedora foi "Bebê Rena", que levou a estatueta de melhor minissérie ou filme para a TV. Além disso, seu criador Richard Gadd foi premiado nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Ator além de Jessica Gunning (Martha) como Melhor Atriz Coadjuvante.

Confira todos os vencedores:

Melhor Série de Drama: "Xógum" (Disney+) 

Melhor Atriz em Série de Drama: Anna Sawai - "Xógum" (Disney+)

Melhor Ator em Série de Drama: Hiroyuki Sanada - "Xógum" (Disney+)

Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama: Billy Crudup - "The Morning Show" (Apple TV+) 

Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama: Elizabeth Debicki - "The Crown" (Netflix) 

Melhor Ator Convidado em Série de Drama: Néstor Carbonell - "Xógum" (Disney+) 

Melhor Atriz Convidada em Série de Drama: Michaela Coel - "Sr. & Srª. Smith" (Amazon Prime Video) 

Melhor Série de Comédia: "Hacks" (Max) 

Melhor Ator em Série de Comédia: Jeremy Allen White - "The Bear" (Disney+) 

Melhor Atriz em Série de Comédia: Jean Smart - "Hacks" (Max) 

Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia: Ebon Moss-Bachrach - "The Bear" (Disney+) 

Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia: Liza Colón-Zayas - "The Bear" (Disney+) 

Melhor Ator Convidado em Série de Comédia: Jon Bernthal - "The Bear" (Disney+) 

Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia: Jamie Lee Curtis - "The Bear" (Disney+)

Melhor Série Limitada ou Antologia: "Bebê Rena" (Netflix) 

Melhor Ator em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Richard Gadd - "Bebê Rena" (Netflix) 

Melhor Atriz em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Jodie Foster - "True Detective: Night Country" (Max) 

Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Lamorne Morris - "Fargo" (Amazon Prime Video) 

Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Jessica Gunning - "Bebê Rena" (Netflix) 

Melhor Direção em Série de Drama: Frederick E.O. Toye - "Xógum" (Disney+) 

Melhor Direção em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Steven Zaillian - “Ripley” (Netflix)

Melhor Direção em Série de Comédia: Christopher Storer - "The Bear" (Disney+) 

Melhor Roteiro em Série de Drama: Will Smith - "Slow Horses" (Apple TV+) 

Melhor Roteiro em Série Limitada, Antologia ou Filme para TV: Richard Gadd - "Bebê Rena" (Netflix) 

Melhor Roteiro em Série de Comédia: Lucia Aniello, Paul W. Downs, Jen Statsky - "Hacks" (Max) 

Melhor Talk Show de Variedades: "The Daily Show" (Comedy Central) 

Melhor Programa de Competição: "The Traitors" 

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