Profissionais da área relatam dificuldade de valorização, ausência de políticas públicas e dependência do mercado internacional para manter a carreira
por
Fernanda Dias
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18/09/2025 - 12h

A escultura no Brasil ainda é um campo pouco explorado e com inúmeros desafios, como a falta de políticas públicas, a ausência de incentivo cultural e um universo ainda limitado de pessoas dispostas a investir em arte no país. Para manter a profissão viva, muitos artistas recorrem ao mercado internacional e às redes sociais como alternativa de divulgação.

No cenário brasileiro, a escultura não ocupa o mesmo espaço que outras linguagens artísticas, como a música ou as artes visuais mais populares. O escultor Rick Fernandes, que atua na área desde a década de 1990, observa que a profissão ainda carece de reconhecimento cultural. “O brasileiro não tem a mesma tradição que americanos e europeus em colecionar arte. Muitas vezes, as prioridades econômicas acabam afastando o público”, afirma.

Esse distanciamento é agravado pela falta de políticas voltadas à categoria. Projetos de incentivo que poderiam estimular a prática da escultura em escolas ou em comunidades raramente são aprovados. Fernandes relembra tentativas frustradas em 2015 e 2023 de levar oficinas para jovens da periferia e para pessoas com deficiência. “Os incentivos, em sua maioria, estão voltados para música e grandes eventos. Nichos como a escultura ficam esquecidos”, critica.

   Rick Fernandes produzindo sua peça - foto: https://www.rfstudiofx.com/


                    Rick Fernandes produzindo sua peça - foto: https://www.rfstudiofx.com/

No mercado, outro obstáculo é a dificuldade de concorrer com produtos industrializados ou importados. Segundo Fernandes isso faz que muitos escultores direcionem suas obras ao exterior, onde encontram colecionadores e compradores mais fiéis. O artista calcula que cerca de 80% de suas encomendas vêm de fora do Brasil. Mesmo com a popularização de novas tecnologias, como impressoras 3D, ele destaca que há demanda para trabalhos exclusivos, o que mantém a escultura tradicional relevante.

As redes sociais têm sido fundamentais para reduzir a distância entre artistas e público. Plataformas como o Instagram permitem que escultores apresentem seus portfólios, encontrem clientes e troquem experiências em comunidades digitais. “Muitos dos meus contatos surgiram através da rede. É uma vitrine essencial para quem vive da arte”, ressalta o escultor.

Além do mercado e do incentivo, a valorização da escultura ainda depende de uma mudança de percepção social sobre o trabalho manual e artístico. Para Fernandes, investir na formação desde cedo é o caminho. “Campanhas nas escolas de ensino fundamental poderiam fazer a diferença. As crianças têm fome de aprender coisas novas e a escultura poderia ser mais explorada nesse ambiente”, defende.

Apesar das dificuldades, Fernandes garante que nunca pensou em desistir, movido por “amor e diversão”. Além de manter o estúdio, ele atua como professor. Nem todos tiveram a mesma sorte. A artista Júlia Dias, por exemplo, faz esculturas desde 2006, mas até hoje não tem uma base fixa de clientes, vivendo em meio à instabilidade de demandas que atinge grande parte dos escultores.

O campo da escultura se divide em diferentes níveis de atuação. Enquanto alguns artistas trabalham com peças decorativas ou personalizadas para ocasiões como aniversários e eventos, outros produzem obras direcionadas a colecionadores e galerias. Essa variedade mostra como a atividade é ampla, mas também deixa claro que nem tudo recebe o mesmo valor: trabalhos voltados ao mercado de luxo encontram maior reconhecimento e retorno financeiro, enquanto produções mais populares ainda lutam por espaço e estabilidade.

Outro desafio está ligado ao custo e ao acesso a materiais de qualidade. Fernandes explica que utiliza plastilina para modelagem, moldes de silicone para a finalização e resina de poliestone para as peças finais, com acabamento em aerógrafo e pincel. Segundo ele, os materiais nacionais apresentam bom custo-benefício e já não ficam atrás dos importados. Ainda assim, os gastos para manter a produção podem ser elevados, principalmente para quem não conta com retorno constante do mercado.

Apesar de não existirem editais exclusivos para escultores no Brasil, a categoria pode concorrer em programas de incentivo mais amplos voltados às artes visuais e à cultura. Iniciativas como os editais da Funarte (Fundação Nacional de Artes, do governo federal), o ProAC (Programa de Ação Cultural, mantido pelo governo de São Paulo)  e leis de incentivo fiscal possibilitam que projetos de escultura recebam apoio. No entanto, a concorrência é acirrada e a escultura segue como um nicho pouco contemplado, o que reforça a sensação de invisibilidade entre os artistas da área.

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Último final de semana do evento ficou marcado por performances que misturaram passado, presente e futuro
por
Jessica Castro
Vítor Nhoatto
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16/09/2025 - 12h

A segunda edição do festival The Town se despediu de São Paulo com um resultado positivo e bastante barulho. Durante os dias 12, 13 e 14 de setembro, pisaram nos palcos do Autódromo de Interlagos nomes como Backstreet Boys, Mariah Carey, Ivete Sangalo e Katy Perry.

Realizado a cada dois anos em alternância ao irmão consolidado Rock In Rio, é organizado também pela Rock World, da família do empresário Gabriel Medina. Sua primeira realização foi em 2023, em uma aposta de tornar a cidade da música paulista, e preencher o intervalo de um ano do concorrente Lollapalooza.

Mais uma vez em setembro, grandes nomes do cenário nacional e internacional atraíram 420 mil pessoas durante cinco dias divididos em dois finais de semana. O número é menor que o da estreia, com 500 mil espectadores, mas ainda de acordo com a organizadora do evento, o impacto na cidade aumentou. Foram movimentados R$2,2 bilhões, aumento de 21% segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Após um primeiro final de semana marcado por uma apresentação imponente do rapper Travis Scott no sábado (6), único dia com ingressos esgotados, e um domingo (7) energético com o rock do Green Day, foi a vez do pop invadir a zona sul da capital. 

Os portões seguiram abrindo ao meio dia, tal qual o serviço de transporte expresso do festival. Além disso, as opções variadas de alimentação, com opções vegetarianas e veganas, banheiros bem sinalizados e muitas ativações dos patrocinadores foram pontos positivos. No entanto, a distância entre o palco secundário (The One) e o principal (Skyline), além da inclinação do terreno no último, continuaram provocando críticas.

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Segundo estudo da FGV, 177 mil litros de chope e 106 mil hambúrgueres foram consumidos nos 5 dias de evento - Foto: Live Marketing News / Reprodução

Sexta-feira (12)

Jason Derulo animou o público na noite de sexta com um espetáculo cheio de energia e coreografias impactantes. Em meio a hits como “Talk Dirty”, “Wiggle” e “Want to Want Me”, o cantor mesclou pop e R&B destacando sua potência vocal, além de entregar muito carisma e sensualidade durante a apresentação.

A noite, aquecida por Derulo, ganhou clima nostálgico com os Backstreet Boys, que transformaram o palco em uma viagem ao auge dos anos 90. Ao som de clássicos como “I Want It That Way” e “As Long As You Love Me”, a plateia virou um grande coral emocionado, enquanto as coreografias reforçavam a identidade da boyband. Três décadas depois, o grupo mostrou que ainda sabe comandar multidões com carisma e sintonia.

Com novo visual, Luísa Sonza enfrentou o frio paulista com um figurino ousado e um show cheio de atitude no Palco The One. Além dos próprios sucessos que a consagraram no pop, a cantora surpreendeu ao incluir releituras de clássicos da música brasileira, indo de “Louras Geladas”, do RPM, a uma homenagem emocionante a Rita Lee com “Amor e Sexo”. A mistura de hits atuais, performances coreografadas e referências à MPB agitou a platéia.

E completando a presença de potências nacionais, Pedro Sampaio fez uma apresentação histórica para o público e para si, alegando que gastou milhões para tudo acontecer. A banda Jota Quest acalentou corações nostálgicos, e nomes em ascensão no cenário do funk e rap como Duquesa e Keyblack agitaram a platéia. 

Sábado (13)

No sábado (13), o festival reuniu diferentes gerações da música, com encontros que alternaram festa, emoção e mais nostalgia. Ivete Sangalo levou a energia de um carnaval baiano para o The Town. Colorida, divertida e sempre próxima da multidão, fez do show uma festa ao ar livre, com direito a roda de samba e participação surpresa de ritmistas que incendiaram ainda mais a apresentação. O repertório, que atravessa gerações, transformou a noite em um daqueles encontros em que ninguém consegue ficar parado.

Mais íntimo e afetivo, Lionel Richie trouxe outro clima para a noite fria da cidade da música. Quando sentou ao piano para entoar “Hello”, parecia que o festival inteiro tinha parado para ouvi-lo. A emoção foi tanta que, dois dias depois, o cantor usou as redes sociais para agradecer pelo carinho recebido em São Paulo, declarando que ainda sentia o amor do público brasileiro.

A diva Mariah Carey apostou no glamour e em seu repertório de baladas imortais. A performance, embora marcada por certa distância, encontrou momentos de brilho quando dedicou uma música ao público brasileiro, gesto que foi recebido com emoção. Hits como “Hero” e “We Belong Together” reafirmaram o status da cantora como uma das maiores vozes do pop mundial.

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Vestindo as cores do Brasil, Mariah manteve seu estilo pleno, o que não foi positivo dessa vez - Foto: Ellen Artie

O festival também abriu espaço para outras vozes marcantes. Jessie J emocionou em um show acústico intimista, feito apesar de estar em tratamento contra um câncer de mama — e que acabou sendo o único da cantora na América do Sul após o cancelamento das demais datas na América do Norte e Europa. 

Glória Groove incendiou o público com sua potência performática e visual, enquanto Criolo trouxe poesia afiada e versos de impacto, lembrando a força política do rap. MC Livinho levou o funk a outro patamar e anunciou seu novo projeto de carreira em R&B. Péricles encerrou sua participação em clima caloroso de roda de samba, onde cada espectador parecia parte de um grande encontro entre amigos.

Domingo (14)

Com Joelma, o The Town se transformou em um baile popular de cores, brilhos e danças frenéticas. A cantora revisitou sucessos da época da banda Calypso e apresentou a força de sua carreira solo, mas também abriu espaço para artistas nortistas como Dona Onete, Gaby Amarantos e Zaynara. 

O gesto deu visibilidade a uma cena muitas vezes esquecida nos grandes festivais e reforçou sua identidade como representante da cultura amazônica. Com plateia recheada, a artista mostrou que a demanda é alta.

No início da noite, em um horário um pouco melhor que sua última apresentação no Rock In Rio, Ludmilla mobilizou milhares de pessoas no palco secundário. Atravessando hits de sua carreira como “Favela Chegou”, “É Hoje” e sucessos do Numanice, entregou presença de palco e coreografias sensuais. A carioca também surpreendeu a todos com a aparição da cantora estadunidense Victória Monet para a parceria “Cam Girl”.

Sem atrasos, às 20:30, foi a vez então de Camila Cabello levar ao palco o último show da C,XOXO tour. A performance da cubana foi marcada pelo seu carisma e declarações em português como “eu te amo Brasil” e “tenho uma relação muito especial com o Brasil [...] me sinto meio brasileira”. Hits do início de sua carreira solo animaram, como “Bad Kind Of Butterflies” e “Never Be The Same”, além de quase todas as faixas do seu último álbum de 2024, que dá nome à turnê, como “HE KNOWS” e “I LUV IT”. 

A performance potente e animada, que mesclou reggaeton e eletrônica, ainda contou com o funk “Tubarão Te Amo” e uma versão acapella de “Ai Se Eu Te Pego” de Michel Teló. Seguindo, logo após “Señorita”, parceria com o seu ex-namorado, Shawn Mendes, ela cantou “Bam Bam”, brincando com a plateia que aquela canção era para se livrar das pessoas negativas. Vestindo uma camiseta do Brasil e com uma bandeira, encerrou o show de uma hora e meia com “Havana”.

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Com coreografia, grande estrutura metálica e vocais potentes, Camila entregou um show de diva pop - Foto: Taba Querino / Estadão

Para encerrar o festival, Katy Perry trouxe espetáculo em grande escala, mas não deixou faltar momentos de intimidade. A apresentação iniciada pontualmente às 23h15 teve direito a pirotecnias, muitos efeitos especiais e um discurso emocionante da cantora sobre a importância de trazer sua turnê para a América do Sul. 

Em meio a cenários lúdicos, trocas de figurino e um repertório recheado de hits, Katy Perry chamou o fã André Bitencourt ao palco para cantarem juntos “The One That Got Away”, o que levou o público ao delírio. O show integrou a turnê The Lifetimes World Tour, e deixou a impressão de que a artista fez questão de entregar em São Paulo um dos capítulos mais completos dessa jornada.

No último dia, outros públicos foram contemplados também, com o colombiano J Balvin, dono de hits como “Mi Gente”, e uma atmosfera poderosa com IZA de cleópatra ocupando o palco principal no início da tarde. Dennis DJ agitou com funk no palco The One e, completando a proposta do festival de dar espaço a todos os ritmos e artistas, Belo e a Orquestra Sinfônica Heliópolis marcaram presença no palco Quebrada. 

A cidade da música em solo paulista entregou o que prometia, grandes estruturas e um line up potente, mas ainda segue construindo sua identidade e se aperfeiçoando. A terceira edição já foi inclusive confirmada para 2027 pelo prefeito Ricardo Nunes e a vice-presidente da Rock World, Roberta Medina em coletiva na segunda-feira (15).

Festival reúne multidões, entrega shows históricos e consagra marco na cena musical brasileira
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
Yasmin Solon
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10/09/2025 - 12h

Com mais de 100 mil pessoas por dia, o The Town estreou no último fim de semana, 6 e 7 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

Travis Scott encerrou o sábado (6) no palco Skyline com um show eletrizante, enquanto Lauryn Hill emocionava fãs no palco The One ao lado dos filhos YG e Zion Marley. No domingo (7), os destaques ficaram por conta de Green Day e Iggy Pop, além de apresentações de Bad Religion, Capital Inicial e CPM 22.

O festival retoma a programação nos dias 12, 13 e 14 de setembro, com shows de Backstreet Boys, Mariah Carey, Lionel Richie e Katy Perry.

“The Flight”: o balé aéreo que surpreendeu no The Town. Foto: Khadijah Calil
“The Flight”: o balé aéreo que surpreendeu no The Town. Foto: Khadijah Calil 
Fãs aguardam o início dos shows no gramado do Autódromo de Interlagos. Foto: Khadijah Calil
Fãs aguardam o início dos shows no gramado do Autódromo de Interlagos. Foto: Khadijah Calil 
Espalhados pelo Autódromo de Interlagos, brinquedos e atrações visuais oferecem ao público momentos de lazer entre os shows. Foto: Khadijah Calil
Espalhados pelo Autódromo de Interlagos, brinquedos e atrações visuais oferecem ao público momentos de lazer entre os shows. Foto: Khadijah Calil 
Capital Inicial leva o rock nacional ao palco Factory, na abertura do segundo dia. Foto: Khadijah Calil
Palco Factory, que recebeu o Capital Inicial na abertura do segundo dia. Foto: Khadijah Calil 
Palco Skyline iluminado durante o show de encerramento do sábado (6). Foto: Lais Romagnoli
Palco Skyline iluminado durante o show de encerramento do sábado (6). Foto: Lais Romagnoli
Iluminação e cenografia transformam Interlagos durante a primeira edição do festival. Foto: Lais Romagnoli
Iluminação e cenografia transformam Interlagos durante a primeira edição do festival. Foto: Lais Romagnoli
Matuê leva o trap nacional ao palco The One no primeiro dia de festival. Foto: Yasmin Solon
Matuê leva o trap nacional ao palco The One no primeiro dia de festival. Foto: Yasmin Solon
Público lota a Cidade da Música durante o primeiro fim de semana do The Town. Foto: Yasmin Solon
Público lota a Cidade da Música durante o primeiro fim de semana do The Town. Foto: Yasmin Solon

 

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Colombiana ficou conhecida por misturar crítica social, poesia e arte
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
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09/09/2025 - 12h

 

Da Colômbia para o Edifício Pina Luz, Beatriz González ganha uma homenagem em celebração aos seus mais de 60 anos de carreira. Na Pinacoteca de São Paulo, a exposição Beatriz González: a imagem em trânsito reúne mais de 100 trabalhos da artista, produzidos desde a década de 1960.

Beatriz González
Beatriz González trabalha em sua obra 'Telón de la móvil y cambiante naturaleza', de 1978. Foto: Reprodução.

Reconhecida como uma das maiores personalidades da arte latino-americana, a colombiana se destacou ao transformar peças de mobiliário em pinturas. Com a política e cultura de seu país como inspiração, Beatriz combina crítica social e poesia em suas telas, como em Yolanda nos Altares, onde representa agricultores que lutavam pela devolução de suas terras, roubadas por um grupo paramilitar. 

A artista tem sua primeira mostra individual no Brasil espalhada por sete salas da Pinacoteca. A última vez que suas obras foram expostas no Brasil foi em 1971, na 11ª Bienal de São Paulo.

Logo no início da mostra, o público se depara com um espaço dedicado à reprodução e circulação artística na mídia. Um dos trabalhos mais icônicos da artista, Decoración de interiores, marca presença na sala. Uma cortina estampada com o retrato do então presidente da época (1978-1982), Julio César Turbay, questiona o peso da hierarquia presidencial.

Obra
'A Última Mesa'. Foto: Reprodução

 

Do conflito armado colombiano até suas vivências em comunidades indígenas, González extrai registros da imprensa para suas pinceladas. Entre as obras expostas, Los Suicidas del Sisga toma forma a partir de um caso real sobre um duplo suicídio cometido por um casal, refletindo sobre os códigos que vinculam a imagem à crônica policial e sua reprodução nos meios de comunicação de massa. Mais tarde, Beatriz passa a focar na iconografia política colombiana, como a tomada do Palácio da Justiça.

No catálogo, também estão releituras de clássicos contemporâneos. Entre elas, González dá uma nova cara a Mulheres no jardim, de Claude Monet, em Sea culto, siembre árboles regale más libros.

A série Pictogramas particulares encerra a exposição. Nela, a colombiana lança luz sobre a migração forçada, desastres ambientais e a violência nos territórios rurais. A partir de placas de trânsito, a artista representa hipóteses de crise social.

Em cartaz até 1º de fevereiro de 2026, a mostra conta com curadoria de Pollyana Quintella e Natalia Gutiérrez.

Serviço:

  • Local: edifício Pina Luz
  • Data: de 30 de agosto até 1 de fevereiro de 2026
  • Endereço: Praça da Luz, 2, Bom Retiro, São Paulo — SP
  • Valor: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). Gratuito aos sábados
  • Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h
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De “Tyler, The Creator” a “Chappell Roan”, o festival promete abalar Interlagos em março
por
Jessica Castro
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09/09/2025 - 12h

O Lollapalooza Brasil anunciou na última quinta-feira (28) o line-up oficial da edição 2026 e evidenciou que será uma das  programações mais ousadas da história do festival. Entre os headliners confirmados estão Sabrina Carpenter, Lorde, Deftones e Skrillex, que prometem agitar o Autódromo de Interlagos, em São Paulo, entre os dias 20 e 22 de março.

O anúncio reforça o peso do Lolla como vitrine global e marca estreias muito aguardadas no Brasil e na América do Sul — como Chappell Roan, Tyler, The Creator e Doechii. A lista de atrações ainda traz nomes de destaque  como Interpol, Djo, Marina e Addison Rae, além de uma forte presença nacional com artistas que vão do rap ao rock alternativo.

 

Assim como em anos anteriores, o Lollapalooza Brasil mantém o formato de três dias, com múltiplos palcos. Os ingressos da categoria Lolla Pass, que garantem acesso a todo o festival, já estão à venda no site da Ticketmaster Brasil. Com o patrocínio do Banco Bradesco, há 15% de desconto e a possibilidade de parcelamento em até dez vezes sem juros para portadores do cartão, válido para todas as modalidades: inteira, meia-entrada e entrada social. 

O público pode escolher entre três categorias de acesso: Pista, Comfort e Lounge. Quanto mais exclusiva a opção, maiores os benefícios: o Comfort oferece áreas reservadas, enquanto o Lounge inclui open bar e food, espaço premium e transporte exclusivo.

Confira os valores:

Lolla Pass (3 dias – ingresso básico)

  • Bilheteria física: R$ 2.112 (inteira) | R$ 1.161,60 (social) | R$ 1.056 (meia)

  • Online (Ticketmaster, com taxa de 20%): R$ 2.534,40 (inteira) | R$ 1.413,92 (social) | R$ 1.267,20 (meia)
     

Lolla Comfort Pass (3 dias – área exclusiva com estrutura extra)

  • Bilheteria física: R$ 4.330 (inteira) | R$ 2.401,50 (social) | R$ 2.165 (meia)

  • Online (Ticketmaster, c/ taxa 20%): R$ 5.196  (inteira) | R$ 2.877,80 (social) | R$ 2.598 (meia)
     

 Lolla Lounge Pass (3 dias – VIP, open bar/food e área premium)

  • Bilheteria física: R$ 4.832 (inteira) | R$ 3.901,60 (social) | R$ 3.776 (meia)

  • Online (Ticketmaster, c/ taxa 20%): R$ 5.254,40  (inteira) | R$ 4.133,92 (social) | R$ 3.987,20 (meia)

 

Onde comprar:

  • Online pelo site da Ticketmaster Brasil

  • Bilheteria física: Shopping Ibirapuera (SP).

 

Lolla Day (válido para apenas 1 dia): ainda não disponível, mas será liberado quando o festival divulgar a divisão das atrações por dia.

 

Line-up completo do Lollapalooza Brasil 2026

  • Sabrina Carpenter
     

  • Tyler, The Creator
     

  • Chappell Roan
     

  • Deftones
     

  • Lorde
     

  • Skrillex
     

  • Doechii
     

  • Turnstile
     

  • Lewis Capaldi
     

  • Cypress Hill
     

  • Peggy Gou
     

  • Kygo
     

  • Interpol
     

  • Addison Rae
     

  • Katseye
     

  • Brutalismus 3000
     

  • Ben Böhmer
     

  • Lola Young
     

  • Edson Gomes
     

  • Marina
     

  • Djo
     

  • FBC
     

  • TV Girl
     

  • Mu540
     

  • Riize
     

  • Men I Trust
     

  • ¥ousuke ¥uk1matsu
     

  • Royel Otis
     

  • Bunt.
     

  • D4vd
     

  • 2hollis
     

  • The Dare
     

  • Viagra Boys
     

  • DJ Diesel
     

  • Horsegiirl
     

  • N.I.N.A
     

  • Foto em Grupo
     

  • Balu Brigada
     

  • The Warning
     

  • Róz
     

  • Hamdi
     

  • Negra Li
     

  • Atkô
     

  • Idlibra
     

  • Mundo Livre S/A
     

  • Agnes Nunes
     

  • Zopelar
     

  • Aline Rocha
     

  • Febre90s
     

  • Scalene
     

  • Oruã
     

  • Orquidea
     

  • Varanda
     

  • Alírio
     

  • Papisa
     

  • Terraplana
     

  • Cidade Dormitório
     

  • Nina Maia
     

  • Marcelin O Brabo
     

  • Stefanie
     

  • Worst
     

  • Crizin da Z.O.
     

  • Jadsa
     

  • Papangu
     

  • Blackat
     

  • Bruna Strait
     

  • Analu
     

  • Artur Menezes
     

  • Jonabug
     

  • Entropia
     

  • Hurricanes
     

  • Camila Jun

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Cidade será tomada por espetáculo de cores e formas em evento no Jardim Botânico
por
Majoí Costa
|
21/11/2024 - 12h
Festival Lektrik ocorrerá em dezembro, no Jardim Botânico
Festival Lektrik ocorrerá em dezembro, no Jardim Botânico. Foto: Lektrik/Divulgação

 

O mês de dezembro trará um espetáculo inesquecível para São Paulo: o Lektrik, festival internacional de luzes, que iluminará o Jardim Botânico na zona sul da cidade. O evento promete transformar as trilhas do parque com mais de um milhão de luzes LED, criando um cenário mágico com esculturas e lanternas gigantes. 

Com o tema “Viagem pelo mundo”, o festival apresentará mais de 40 cenários temáticos, todos feitos com materiais como aço e seda, compondo uma experiência sensorial única. As peças foram elaboradas por um grupo de 150 artesãos especializados, trazendo vida a mais de 100 esculturas iluminadas que estarão espalhadas pelo parque. 

Segundo o site do evento, foram utilizadas mais de 120 toneladas de aço e 150 mil pés de seda. Os cenários contam com temas como jardim e fundo do mar, em luzes e cores variadas.

Além das atrações visuais, o Lektrik também contará com apresentações musicais, shows acrobáticos, feira de artesanato e uma diversidade de opções gastronômicas. As visitas acontecerão à noite, das 17h às 22h. 

Os ingressos para o Lektrik começam a ser vendidos na próxima terça-feira (26), ao meio-dia. Interessados podem se cadastrar na lista de espera no site oficial do evento. 

 

Festival Lektrik

Onde: Jardim Botânico de São Paulo (Av. Miguel Estefano, 301 – Vila Água Funda);

Quando: dezembro de 2024;

Ingressos: a partir de R$ 34.

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Tradicional festival de música retorna para a capital paulistana depois de 3 anos de ausência.
por
Fabrício Gracioso De Biasi
Marcelo Victorio
|
21/11/2024 - 12h

Os organizadores confirmaram a nona edição do festival para 2025, marcada para o dia 31 de maio no Parque Ibirapuera. Reformulado, o evento promete trazer um line-up ainda misterioso. A festa, que costumava acontecer em 15 de novembro, teve sua última edição em 2022.

Popload Festival: evento de música retorna após quase três anos em novo local (Bruno Soares / Popload/Reprodução)
Popload Festival: evento de música retorna após quase três anos em novo local.
Foto: Bruno Soares / Popload / Reprodução

Em comunicado, os organizadores expressaram: “Nossa história é também a sua, e é por isso que estamos voltando. Festivais de música são marcos geracionais, revelam e celebram artistas, criando memórias que perduram. Temos orgulho de fazer isso há mais de 10 anos”. E completaram: “Para quem já nos acompanha, o reencontro será inesquecível. E para aqueles que irão vivenciar o Popload Festival pela primeira vez, sejam muito bem-vindos”. Famoso por trazer grandes nomes da música nacional e internacional para seu line-up, o festival já contou com apresentações de artistas como Lorde, Patti Smith, The XX, Tame Impala, Iggy Pop, Metronomy, Blondie, além dos brasileiros Luedji Luna, Emicida, Tim Bernardes, Silva, entre outros. 

O festival foi criado pelo músico e jornalista Lúcio Ribeiro em 2013, e é reconhecido por trazer ao Brasil artistas internacionais renomados, assim como promover bandas nacionais emergentes. Além dos shows, o festival se destaca pela estrutura e experiências oferecidas, como áreas de convivência, gastronomia diversificada e atividades culturais. Ele também reflete um compromisso com questões socioambientais, frequentemente incluindo iniciativas de sustentabilidade.

O Popload Festival não é apenas um evento de música, mas um ponto de encontro para fãs de culturas alternativas e inovadoras, ajudando a transformar o cenário musical brasileiro ao longo dos anos. Vale dizer que ainda não foi informado valores e data de abertura de vendas para o festival.

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Vencedores serão comunicados ao público na terça-feira, 19 de novembro
por
Sophia Razel
Letícia Alcântara
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18/11/2024 - 12h
Da esquerda para a direita: Edgard Telles, Luciany Aparecida, João Silvério, Jacques Fux e Itamar Vieira Junior.
Edgard Telles, Luciany Aparecida, João Silvério Trevisan, Jacques Fux e Itamar Vieira Junior, finalistas da categoria "Romance Literário". Foto: Reprodução/Bel Pedrosa/Bellevue Literary Press; Reprodução/Larissa Queiroz/ Acervo Pernambuco; Reprodução/ Renato Parada/Revista Continente; Reprodução/Patrick Ackley/Estado de Minas; Reprodução/Portal Vozes/Adenor Gondim

 

Na última terça-feira (05), foram revelados os semifinalistas do 66º Prêmio Jabuti, um dos mais importantes reconhecimentos literários do Brasil. 

 

Criado em 1958 e promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o prêmio celebra a riqueza da produção editorial nacional em 22 categorias, que incluem os eixos de Literatura, Não Ficção e Produção Editorial e Inovação.

 

Com mais de 4 mil obras inscritas na edição, uma das novidades foi a introdução da categoria Escritor Estreante — Poesia, no Eixo Inovação.  A categoria é destinada a autores que lançaram seu primeiro livro de poesia em língua portuguesa no Brasil entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023. Além disso, no Eixo Não Ficção, foram acrescentadas três novas divisões: Saúde e Bem-Estar, Educação e Negócios.

 

Os vencedores de cada grupo receberão uma estatueta e um prêmio de R$ 5 mil, exceto na categoria Livro Brasileiro Publicado no Exterior. O prêmio máximo da edição, o de “Livro do Ano” – concedido à obra com a melhor classificação entre as categorias de Literatura e Não Ficção – será premiado com R$ 70 mil, além de passagens e hospedagem para a Feira do Livro de Frankfurt de 2025, evento literário conhecido mundialmente e que ocorre sempre em outubro.

 

Os vencedores serão anunciados na cerimônia de premiação, marcada para o dia 19 de novembro, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo. 

 

Também é possível acompanhar o evento ao vivo através da transmissão feita pelo canal da CBL no YouTube. A lista completa dos semifinalistas pode ser conferida aqui.

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Onze artistas brasileiros levaram troféus para casa entre as categorias secundárias
por
Gisele Cardoso
|
18/11/2024 - 12h

Na última quinta (14), aconteceu a premiação do Grammy Latino 2025, em Miami. Contamos com grandes nomes indicados, em destaque, Anitta com “Mil Veces” e Xande dos Pilares com “Xande canta Caetano”, os únicos a representar o Brasil nas categorias gerais, mas que não levaram os prêmios.

Os maiores indicados da noite foram Edgar Barrera com nove indicações, seguido por Bad Bunny e Karol G (em sua primeira indicação à premiação) com 8 cada. O trio confirmou o favoritismo e levou quatro categorias principais: Compositor do ano, Produtor do ano, Melhor performance de reggaeton e Melhor Álbum de música urbana.

Edgar Barrera, o maior vencedor da noite, com seus três gramofones. Foto: Reprodução/Instagram Edgar Barrera
Edgar Barrera, o maior vencedor da noite, com seus três gramofones. Foto: Reprodução/Instagram Edgar Barrera

Xamã, Lulu Santos, Gabriel O Pensador, Xande dos Pilares, Ana Castela, Jota.Pê, Thales Roberto, Os Garotin, Erarmos Carlos, Mariana Aydar e Mestrinho, foram os artistas que trouxerem os gramofones de ouro para o Brasil nesta edição.

Um dos momentos mais marcantes da premiação foi a apresentação de Anitta e Tiago Iorc interpretando “Mas que nada” de Sergio Mendes. Simone Mendes e Alok, completaram os shows de brasileiros da noite.

Tiago Iorc e Anitta em sua apresentação no Grammy Latino 2025. Foto: Kevin Winter
Tiago Iorc e Anitta em sua apresentação no Grammy Latino 2025. Foto: Kevin Winter

 

Confira os vencedores das principais categorias:

  • Gravação do ano

“Mambo 23″ – Juan Luis Guerra y 4.40

  • Álbum do Ano

“Radio Güira” – Juan Luis Guerra 4.40

  • Música do Ano

“Derrumbe” – Jorge Drexler

  • Artista Revelação

Ela Taubert

  • Melhor Álbum Vocal de Pop

“El Viaje” – Luis Fonsi

  • Melhor Álbum Vocal de Pop Tradicional

“García” – Kany García

  • Melhor Canção de Pop

“Feriado” – Rawayana

  • Melhor Performance de Música Eletrônica Latina

“Tranky Funky” – Trueno

  • Melhor Performance de Reggaeton

“Perro Negro” – Bad Bunny e Feid

  • Melhor Álbum de Música Urbana

“Mañana Será Bonito (Bichota Season)” – Karol G

  • Melhor Canção de Rap/Hip Hop

“Aprender A Amar” – Nathy Peluso

  • Melhor Canção Urbana

“Bonita” – Daddy Yankee

  • Compositor do Ano

Edgar Barrera

  • Produtor do Ano

Edgar Barrera

  • Melhor Vídeo Musical – Versão Curta

“313″ Residente, Penélope Cruz & Silvia Pérez Cruz

  • Melhor Video Musical – Versão Longa

“Grasa (Album Long Form)” – Nathy Peluso

  • Melhor Álbum de Pop/Rock

“Reflejos de Lo Eterno” – Draco Rosa

  • Melhor Álbum de Música Mexicana Contemporânea

“Boca Chueca, Vol 1′” – Carin León

 

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A animação inspirada no jogo League of Legends será lançada em 3 partes, com uma delas já disponível
por
João Pedro Lindolfo
Fabricio De Biasi
|
18/11/2024 - 12h

Os fãs de Arcane finalmente puderam voltar para Piltover e Zaun! A segunda e última temporada da série animada de League of Legends chegou à Netflix no dia 9 de novembro, trazendo de volta as irmãs Vi e Jinx em uma jornada repleta de ação e drama. As produtoras, Riot Games e  Netflix, decidiram dividir a temporada em três atos, com três episódios em cada um. Essa estratégia, além de aumentar a expectativa, permite que a história seja explorada com mais profundidade em cada lançamento.

Calendário de lançamento:

  • Ato I: Já disponível
  • Ato II: 16 de novembro
  • Ato III: 23 de novembro

Apesar da Netflix não ter se pronunciado oficialmente sobre a decisão de dividir a segunda temporada de “Arcane”, algumas hipóteses podem explicar essa escolha. Uma das principais razões é o controle sobre spoilers. Ao lançar os episódios em blocos, a plataforma pode evitar que a trama seja revelada rapidamente por maratonas, preservando a experiência dos demais espectadores. 

Além disso, ao dividir a temporada em três partes, a Netflix e a Riot Games prolongam o sucesso de “Arcane”, garantindo que a série seja um dos assuntos mais comentados durante três finais de semana consecutivos e aumentando o engajamento do público.

Além da estratégia de lançamento, a série traz algumas novidades em sua segunda temporada. O relacionamento complexo entre Vi e Jinx é explorado com mais profundidade, mostrando como o ambiente difícil de Piltover e Zaun moldou suas personalidades. Essa temporada promete mergulhar ainda mais no dilema de Vi entre manter seus laços familiares com Jinx e as responsabilidades que assume no cenário instável de Zaun.

Cena da última temporada de “Arcane”
Cena da última temporada de “Arcane”. Foto: Reprodução/Netflix


A recepção da crítica ao lançamento tem sido amplamente positiva. Os fãs elogiam a narrativa envolvente e o desenvolvimento profundo dos personagens. A série também continua abordando temas sociais relevantes, como desigualdade, opressão e abuso de poder, através da divisão social entre as sociedades simbióticas do universo da série. Esses temas adicionam uma camada a mais de reflexão que ressoa com os telespectadores e cria uma forte conexão emocional.


A produção também traz uma nova visão para o universo de League of Legends, dando aos jogadores uma compreensão mais detalhada dos personagens e de suas motivações, que antes eram descritas no jogo de forma superficial. A Riot Games tem aproveitado a popularidade de “Arcane” com eventos e skins temáticas dentro do jogo, promovendo uma experiência  mais envolvente, unindo jogadores e espectadores.

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