No dia 19 de setembro de 2024, o Brasil comemora o Dia Nacional do Teatro, uma data que celebra uma das manifestações artísticas mais antigas e ricas da humanidade. O teatro, com suas origens no Oriente, evoluiu ao longo dos séculos, tornando-se uma poderosa ferramenta de expressão cultural, social e política. No Brasil, essa arte remonta ao século XVI, quando foi utilizada pelos jesuítas para a catequização dos povos indígenas.

Desde a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808, o teatro foi ganhando espaço como forma de entretenimento, especialmente para a elite da época, que apreciava as companhias teatrais estrangeiras. Com o tempo, grupos teatrais nacionais, predominantemente de comédia, começaram a surgir, marcando o início da valorização da arte no país.
No entanto, o teatro brasileiro enfrentou grandes desafios, especialmente durante o período da ditadura militar. Durante esses anos de repressão, o teatro tornou-se um meio de resistência, sendo utilizado para criticar as políticas autoritárias e lutar pela liberdade de expressão. A censura imposta pela ditadura causou retrocessos significativos, mas o fim desse regime trouxe um novo fôlego para os artistas e para a cena teatral.
Em 19 de setembro, também é celebrado o Dia Nacional do Teatro Acessível, de acordo com o Projeto de Lei nº 6.139/13. A data busca promover a inclusão e o acesso de todos, especialmente das Pessoas Com Deficiência (PCDs), às atividades teatrais. O teatro acessível segue o princípio fundamental da Constituição Federal de 1988, que garante a todos o direito ao exercício pleno da cultura.
Além do Dia Nacional do Teatro, o Brasil também celebra em 20 de março o Dia Nacional do Teatro para a Infância e Juventude, e no cenário internacional, o Dia Mundial do Teatro, comemorado em 27 de março e instituído pela Unesco em 1961.

Essas datas reforçam a importância do teatro não apenas como forma de entretenimento, mas como uma poderosa ferramenta de transformação social, reflexão e resistência. Em 2024, o Dia Nacional do Teatro nos convida a refletir sobre o papel dessa arte na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e culturalmente rica.
Em São Paulo, uma programação diversificada marca a celebração da data em 2024. A comédia "Dois de Nós" estreia no TUCA (Teatro da PUC-SP) no dia 5 de setembro, com apresentações até 8 de dezembro de 2024. Com direção de José Possi Neto, o espetáculo reúne Antonio Fagundes e Christiane Torloni no elenco principal, ao lado de Thiago Fragoso e Alexandra Martins. A peça, indicada para maiores de 12 anos, aborda as complexidades dos relacionamentos de forma leve e bem-humorada.
As apresentações acontecem às sextas (21h), sábados (20h) e domingos (17h), com ingressos à venda no Sympla e na bilheteria do teatro.
Além disso, outras peças estão em cartaz na cidade de São Paulo. Confira:
AO VIVO – Dentro da cabeça de alguém
Inspirada em "A Gaivota" de Anton Tchekhov, a peça explora memórias e reflexões sobre a arte, destacando temas como machismo e etarismo.
Local: Teatro Sesi (Centro Cultural Fiesp)
Ingressos: Grátis
Em cartaz até: 01/12
A Última Entrevista de Marília Gabriela
Marília Gabriela retorna aos palcos, simulando um programa de entrevistas ao vivo com seu filho, Theodoro Cochrane.
Local: Teatro Unimed
Ingressos: A partir de R$ 60
Em cartaz até: 27/10
Legalmente Loira – O Musical
A comédia musical aborda temas como empoderamento feminino e misoginia, protagonizada por Myra Ruiz como Elle Woods.
Local: Teatro Claro Mais SP
Ingressos: A partir de R$ 19,80
Em cartaz até: 06/10
Elvis – A Musical Revolution
Biografia musical de Elvis Presley, interpretada por Leandro Lima.
Local: Teatro Santander
Ingressos: A partir de R$ 19,50
Em cartaz até: 01/12
Forever Young
Comédia musical ambientada em um retiro para artistas idosos, celebrando a juventude como estado de espírito.
Local: Teatro Fernando Torres
Ingressos: A partir de R$ 45
Em cartaz até: 11/11
Rei Lear
Adaptação de "Rei Lear" com drag queens como protagonistas.
Local: Teatro Alfredo Mesquita
Ingressos: Grátis
Em cartaz até: 29/09
Querido Evan Hansen
Musical sobre um adolescente ansioso que se envolve em um boato escolar, abordando temas como bullying e saúde mental.
Local: Teatro Liberdade
Ingressos: A partir de R$ 60
Em cartaz até: 22/09
Por um Fio
Peça sobre a vida de duas meninas, uma influenciadora digital e outra diagnosticada com TEA, abordando temas como redes sociais e o transtorno do espectro autista.
Local: Teatro Jardim Sul
Ingressos: A partir de R$ 80
Em cartaz até: 26/10
Um dos maiores eventos da música mundial retornou à zona oeste da capital carioca na última sexta-feira (13). A edição comemorativa de 40 anos do festival contou com nomes como Travis Scott, Paralamas do Sucesso, Imagine Dragons, Evanescence e Lulu Santos.
Realizado tradicionalmente na Barra da Tijuca, sua última aparição havia sido em 2022, e as expectativas para este ano eram altas. Não bastasse o sarrafo da edição passada, com Iron Maiden, Justin Bieber e Dua Lipa, por exemplo, o peso de esta ser uma espécie de aniversário do mais longevo e exitoso festival do Brasil agitavam as redes e o público.
São ao todo 24 realizações com a edição deste ano. Dessas, 10 no Rio de Janeiro, 10 em Lisboa, 3 em Madrid e 1 em Las Vegas. No caso do Brasil, fez com que o rock se popularizasse e recebesse mais atenção das gravadoras e imprensa. Em 1985 tocaram, por exemplo, Iron Maiden, AC/DC e Queen. Foi assim que o RiR, como é abreviado, fez do Brasil um destino relevante para artistas internacionais, abrindo as portas para tantos outros festivais que surgiram.
Gabriel Medina foi o criador do evento, hoje administrado pela filha do publicitário, Roberta Medina. A marca é responsável ainda pelo novato The Town, que realizou sua primeira edição em 2023, e é tido como a versão paulista do quarentão rockeiro. A ideia inclusive é de que os festivais ocorram de maneira intercalada agora.
De volta ao Rock in Rio, ao longo de sua história, mudanças e percalços também sempre estiveram presentes. O local da Cidade do Rock já mudou quatro vezes e artistas boicotaram o evento em 2001 pela diferença de tratamento entre as atrações nacionais e internacionais. A alocação dos artistas também foi tema polêmico em 2022, com palcos secundários recebendo grandes artistas brasileiros como Ludmilla, ao passo que o Palco Mundo recebia gringos sem uma base tão ampla de fãs no país, como Rita Ora.
Para 2024, a família Medina prometia melhorias nessas questões. Houve uma reconfiguração espacial para facilitar o fluxo de pessoas e expandir a capacidade do Palco Sunset, atrás apenas do Mundo em relevância. Além disso, pela primeira vez haverá o Dia Brasil, o penúltimo dia do RiR (21), no qual apenas artistas nacionais se apresentarão.
Destaques do primeiro dia
Os portões da Cidade do Rock foram abertos às 14h, com uma fila considerável já formada. O trânsito na região ficou intenso aos arredores por volta das 16h segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, mas não foram registrados incidentes. A distribuição gratuita de água também ocorreu normalmente e de forma acessível. A primeira apresentação foi logo às 15h com Mc Maneirinho no Palco Supernova.
Após alguns minutos de atraso devido a problemas técnicos e quase um cancelamento, Ludmilla foi a primeira a performar no Palco Mundo. Agora no palco adequado, após tumultos em 2022 no Palco Sunset, ela apresentou as faixas “Rainha da Favela", “Onda Diferente” e muitos outros de seus sucessos.
A artista surpreendeu na setlist com o cover de “snooze” da estadunidense SZA, na qual ao lado de dois guitarristas mostrou a potência de sua voz. O show foi encerrado com "Favela Chegou" em um clima ainda meio tenso pelos problemas iniciais. A cantora se apresentaria novamente no RiR 2024, no Dia Brasil, mas cancelou um mês atrás por problemas logísticos.

Às 21h foi a vez de 21 Savage trazer o rap internacional à Barra da Tijuca, em um show com menos de uma hora e pouca interação com a plateia. Essa já ansiosa pelo principal nome do dia, o estadunidense Travis Scott.
Depois de um show solo no dia 11 de setembro em São Paulo, o rapper se apresentou na cidade do rock, no Rio de Janeiro, com muitos gritos e pulos. Conhecido pelas rodas punks que se criam durante a apresentação e pela animação provocada pelo artista, o show caloroso que também aconteceu no Palco Mundo superou as expectativas dos fãs.
Além das cinco vezes que cantou o sucesso "FE!N", agitou a plateia principalmente com hits do seu último álbum "UTOPIA" de 2023. Apesar de reclamações no palco sobre os telões, Travis honrou sua posição no RiR 2024.

Não só o trap internacional foi o ponto alto do evento, já que Veigh e Kayblack causaram euforia no público do Palco Sunset. Os artistas fizeram do show um ringue de luta, e a batalha conteve hits dos dois que se apresentaram em um ritmo frenético, Veigh com um roupão azul e KayBlack com um vermelho (imitando lutadores de boxe).
A rapper Slipmami, que acumula mais de 5 milhões de visualizações em seus clipes no YouTube, fez sua apresentação com seus versos irônicos e afiados. A cantora abriu o Espaço Favela nesta edição e cantou sucessos como “Malvatrem”, “8x5” e “Rap Cerva e Swapeeka”.
O rap foi um gênero muito presente no primeiro dia de Rock in Rio, em vários palcos diferentes, até mesmo artistas não muito conhecidos na indústria musical tiveram a oportunidade de se apresentar em um dos maiores festivais do Brasil. Fizeram seus shows no palco Global Village, a rapper Katú Mirim, que além de compositora é ativista indígena, e Victor Xamã, que trata em suas canções a cultura da Amazônia.
Destaques do segundo dia
O início dos trabalhos do segundo dia do Rock in Rio 2024 ficou ao cargo mais uma vez do Palco Supernova, desta vez com a dupla de rappers nerds 7 Minutoz. Já às 16:40, de volta ao evento pela quarta vez, Lulu Santos abriu o Palco Mundo e emocionou o público mesmo apesar do horário, um tanto cedo para os padrões dos festivais.
Ele, que se apresentou na primeira edição do festival em 1985, fez história novamente em sucessos como "Toda Forma de Amor", "Tempos Modernos", "A Cura" e "Um Certo Alguém". Atualmente na turnê “Barítono”, nome em referência a uma interpretação em tom mais grave de suas canções, Lulu levantou a plateia com amor e propriedade. O cantor ainda retorna ao evento no Dia Brasil.
A dona dos sucessos "Lush Life" e "Never Forget You", além da voz da recentemente viralizada "Symphony", Zara Larsson levou muito pop à cidade do rock. Além de seus hits que animaram o público no começo da noite, incluindo o meme do golfinho nos telões, a participação especial de DENNIS marcou a segunda vinda da cantora ao país.
O brasileiro que na última quinta lançou um remix da faixa "Ammunition" de Zara, levou funk a performance dançante e carismática da sueca. No palco, ela recebeu ainda uma camiseta personalizada do Flamengo e agradeceu o calor do público brasileiro e a parceria com o DJ.

Embora uma pessoa na tirolesa tenha se enroscado no material cenográfico, o show da banda OneRepublic impressionou. Por volta das 21h20 eles iniciaram a apresentação que foi repleta de hits de outros artistas (aqueles que o vocalista, Ryan Tedder, ajudou a produzir), com direito a violino e pandeiro no palco.
Com o público imerso na simpatia e carisma de Tedder, um coral harmônico foi ecoado na cidade do rock quando tocada a canção “Counting Stars”. Além disso, o cantor vestiu uma camisa do Brasil, tocou piano e toda a banda demonstrou uma grande presença no palco.
Em seguida, a banda que lota estádios e já produziu músicas que estouraram nas plataformas digitais, Imagine Dragons, conquistou mais uma vez a plateia do RiR. Os headliners da noite apresentaram os sucessos “Thunder”, “Believer”, “Radioactive” e “Demons”, além de promoverem um discurso sobre saúde mental em um momento tão importante como o setembro amarelo.

O dia ainda contou com NX Zero fechando o Palco Sunset em uma atmosfera de nostalgia e emoção. A banda de rock criada em 2001 está em sua turnê de reencontro "Cedo Ou Tarde", iniciada em 2023 após 6 anos de hiato. "Pela Última Vez", "Bem ou Mal" e "Razões e Emoções" foram apenas alguns dos sucessos que embalaram as paradas nos anos 2000 e 2010.
Di Ferrero levantou mais ainda a plateia na hora de "Cedo ou Tarde", parceria com o rapper Chorão, morto em 2013. Algumas partes dos versos, não cantadas de propósito pelo vocalista, emanaram das bocas dos telespectadores, como se esses fossem o hit do momento. A banda encerrou com o anúncio do fim da turnê e o lançamento em 4 de outubro de um DVD com imagens exclusivas das apresentações realizadas.

No Espaço Favela, além da apresentação solo de DENNIS após a aparição mais cedo com Zara, o carioca Thiago Pantaleão levou uma mistura de pop e funk mais cedo. E em plena madrugada, DJ Snake encerrou o segundo dia remontando a uma balada com seus hits "Let Me Love You" e "Lean On".
Destaques do terceiro dia
Único dos três primeiros dias que ainda contava com ingressos disponíveis, foi o dia do puro rock, nacional e internacional. O Palco Mundo teve seus trabalhos iniciados pela banda Paralamas do Sucesso, de volta ao festival para recriar a apresentação icônica de 1985.
Às 19h, foi a vez da banda estadunidense Journey representar o rock dos anos 70 e 80. De início o som estava muito baixo, o vocalista Arnel Pineda, na banda desde 2007, chegou a interromper a apresentação. Sem muitos elementos tecnológicos, a segunda performance no Brasil da banda foi moderada, com os pontos altos no final. Os hits inesquecíveis "Don't Stop Believin" e "Anyway You Want It" fizeram a plateia cantar junto.
Em seguida, Evanescence fez um show memorável. Nas mídias sociais, muitos falavam sobre “os emos dos anos 2000 estarem sendo representados”, além de vários comentários elogiando a poderosa apresentação. “Bring Me To Life”, “Going Under” e “My Immortal” foram canções que levaram o público à loucura.
No dia mais rockeiro do RiR 2024, nada como uma banda de rock raiz, Avenged Sevenfold. Em sua sexta vinda ao país, segunda na Cidade do Rock após 10 anos, encerrou o Palco Mundo com hits, muita guitarra e gritos do público. A performance começou no passado recente com "Game Over", do álbum de 2023 "Life Is But a Dream…"
Vieram então faixas dos outros 6 discos do grupo, com destaque para "Hail to the King", um dos seus maiores sucessos, e muita emoção do vocalista M. Shadows em "Nightmare". Esse inclusive recebeu do público uma bandeira do Corinthians, e após o equívoco inocente, abriu uma bandeira verde e amarela. A volta no tempo com os riffs de guitarras e vocais afiados acabou com "A Little Piece of Heaven" de 2007, além da satisfação dos metaleiros.

No entanto, nem só de rock foi o dia 15 de setembro. Ironizando o fato de o funk ser subjugado e estar dividindo a atenção entre os palcos do evento - em um dia com atrações majoritariamente de punk e metal - Mc Hariel se apresentou antes do headliner do Espaço Favela e cantou faixas como “Até o Sol Raiar”, “Vida Louca Bela e Curta” e “Ilusão (Cracolândia)”. Logo após, Mc Poze do Rodo também agitou o lugar com várias de suas músicas, além de surpreender a audiência ao pedir sua namorada em casamento em cima do palco.
Barão Vermelho também tocou na 1° edição em 1985, e no ano de 2024 foi destaque do Palco Sunset, com faixas históricas que marcam a trajetória da banda. Os fãs foram acalentados com “Por Você”, “Pro dia Nascer Feliz”, “Puro Êxtase” e muitas outras que a banda brasileira produziu, deixando uma herança para o rock nacional.
Às 17h50 Planet Hemp transformou o Palco Sunset em uma manifestação pelo verde, com direito a Pitty como convidada. A banda de rap rock que revelou Marcelo D2 e BNegão sempre foi defensora da legalização da maconha no Brasil, tanto que um baseado inflável flutuava pela plateia empolgada pela reparação histórica do Rock in Rio. Na edição de 2001, o grupo carioca fez parte do boicote em resposta à diferença de tratamento entre artistas nacionais e internacionais, e até então, não havia retornado na Cidade do Rock.
Tocaram faixas dos anos 90 e 2000 como "Teto de Vidro" e "Fazendo a Cabeça", além de canções do último trabalho "Jardineiros", de 2022. As rimas, marcadas por questões sociais, como desigualdade, racismo e a vida na periferia, foram ainda acompanhadas por críticas em relação às queimadas pelo Brasil e aos discursos da extrema direita.
O headliner do palco, Incubus, trouxe nostalgia para os apreciadores de suas canções alternativas. Depois de sete anos sem participar do festival, a banda norte-americana deixou um “gostinho de quero mais”, já que terá show solo no Brasil em abril de 2025, prometendo entregar ainda mais do que aconteceu no RiR ao cantar as faixas “Circus”, “Anna Molly” e “Wish You Were Here”.

Próximo final de semana
A Cidade do Rock volta com seus trabalhos na próxima quinta (19), se encerrando no domingo seguinte. Dentre as principais atrações para o segundo final de semana estão Katy Perry, Ed Sheeran e Mariah Carey. Lembrando que sábado será o Dia Brasil, com nomes como IZA, Chitãozinho & Xororó, Luiza Sonza, Ney Matogrosso e Alcione.
Após 40 anos de história no metal, a banda brasileira Sepultura anunciou o fim de suas atividades com sua última turnê mundial, a “Celebrating Life Through Death”, o que marca o fim de uma era para o heavy metal. O grupo passou por várias cidades pelo Brasil, no mês de setembro, e finalizou com uma apresentação sold out (todos os ingressos vendidos), no dia 8, em São Paulo.
A turnê passou pelo Brasil todo, começando em Belo Horizonte e terminando em São Paulo. Os shows na capital paulista, do dia 6 a 8 de setembro, tiveram três bandas de abertura para cada apresentação: “Torture Squad”, “Cultura Tres” e “Black Pantera”, todas as noites esgotadas.

Os três shows em São Paulo deram “sold out” em minutos. Foto: Maria Eduarda Cepeda
Mesmo com a saída do baterista Eloy Casagrande para o Slipknot, semanas antes do início da turnê, o Sepultura seguiu com a contratação de Greyson Nekrutman, ex-baterista da banda de hardore punk e trash, “Suicidal Tendencies”. A recepção dos fãs foi calorosa para o novo baterista: em meio a gritos e aplausos, Nekrutman teve a oportunidade de conhecer o carinho acalorado dos brasileiros.
E não foi diferente para os outros integrantes. A despedida foi especial para todos que estavam ali. Animados para os shows em São Paulo e sem perder o ritmo, finalizaram com o seu maior sucesso “Roots Bloody Roots”, do álbum “Roots” de 1996, levando todos à loucura.

Greyson começou sua carreira no jazz e se tornou membro do Suicidal Tendencies com 21 anos. Foto: @xchicanox/ Instagram/Reprodução
A banda continua a turnê agora pela América do Norte, entre setembro e outubro, com as bandas “Obituary”, “Agnostic Front” e a também brasileira, “Claustrofobia”. Na Europa, seguem até novembro com os ucranianos do “Jinjer”, “Jesus Piece” e “Obituary”. Voltam para a América Latina em dezembro, com shows em Ribeirão Preto, Manaus e algumas capitais no nordeste, finalizando a agenda em março de 2025 com a apresentação no Lollapalooza Argentina, Chile e com seu último show no festival do Brasil.
Entre os dias 9 e 13 de outubro, no Expo Center Norte, ocorre a 15° edição da Brasil Game Show (BGS), maior feira de games da América Latina e segunda maior do mundo. Quase 3 milhões de pessoas já passaram pelo evento nas edições anteriores, que neste ano conta com a maior programação já feita.
Até agora, mais de 3 mil influenciadores já foram confirmados, além de 7 convidados internacionais:
- Ned Luke - Ator de Michael de Santa em GTA V
- Neil Newbon - Ator de Astarion em Baldur's Gate 3
- Roger Clark - Ator de Arthur Morgan em Red Dead Redemption 2
- Shawn Fonteno - Ator de Franklin Clinton em GTA V
- Shota Nakama - Produtor musical de jogos e criador da Video Game Orchestra
- Jun Senoue - Compositor musical da série Sonic the Hedgehog
- Ikumi Nakamura - CEO da Unseen e designer de The Evil Within

Além disso, já foram confirmados Meet and Greets, como são chamados os encontros de criadores de famosos com os fãs, com a Thaiga, - influenciadora, analista de e-sports, apresentadora e streamer de League Of Legends (LoL) - e Goularte - famoso streamer brasileiro.
A BGS 2024 contará com uma vasta lista de expositores, incluindo grandes nomes da indústria dos games e da tecnologia. Empresas como Nintendo, JBL, Palworld, IGG, Gartic, Level Infinite, Hoyoverse, Intel e muitos outros estarão presentes. O evento também reúne novidades no cenário da tecnologia, bem como divulga novos jogos, produtos, e campanhas no universo dos games.
A feira também abrirá espaço para desenvolvedores independentes, oferecendo uma plataforma para que pequenas empresas e startups mostrem seus jogos e produtos ao público. Além disso, a BGS contará com palestras, campeonatos de e-sports e competição de cosplays.

Os ingressos ainda estão à venda já no 6° lote a partir de R$ 139. Qualquer visitante da feira pode entrar no evento pagando meia-entrada mediante a doação de 1kg de alimento não perecível.
Brasil Game Show
Quando: de 9 a 13 de outubro
Onde: Expo Center Norte, Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme, São Paulo
Ingressos: de R$ 139 a R$ 2,6 mil, disponíveis pelo site
A 40° edição do Video Music Awards (VMA), uma das principais premiações do mundo da música, aconteceu na última quarta (11) em Nova York, Estados Unidos. Promovido pela MTV, contou com homenagem a Katy Perry e performances calorosas como Anitta, Eminem e Camila Cabello. Marcado para acontecer originalmente no dia 10 de setembro, o evento foi adiado em um dia e movimentou as redes pela mudança de data também.
Por conta do debate presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump, a premiação teve que acontecer no 11 de setembro, data em que um atentado terrorista provocou a morte de cerca de 3 mil pessoas após dois aviões colidirem com as famosas torres gêmeas, em Nova York (EUA). A triste coincidência foi lembrada durante o evento, que doou todo o lucro da noite para duas ONGs em apoio às vítimas, a “9/11 Day” e a “Tuesday's Children”.
O show de abertura da premiação ficou com os versos rápidos de Eminem, rapper estadunidense com mais de 20 anos de carreira. Andando pelos palcos da UBS Arena em Nova York, ele cantou sucessos de seu décimo segundo e mais recente álbum, "The Death of Slim Shady (Coup De Grâce)".
Após a participação especial de Jelly Roll na faixa "Somebody Save Me" de Eminem, a primeira categoria da noite foi entregue. Taylor Swift e Post Malone foram os premiados por "Fortnight" em Melhor Colaboração.
Karol G foi a segunda a se apresentar, em um cenário decorado com as bandeiras de países latino-americanos. Ao som de "Si Antes Te Hubiera Conocido" e em meio a várias dançarinas, uma com cada bandeira, ela dançou com a plateia.
Estreando como solista, LISA do grupo de k-pop Blackpink, agitou a plateia. Com uma coreografia afiada e efeitos pirotécnicos no palco, cantou seus singles "New Woman", que na versão original conta com Rosalía, e "Rockstar".
Logo em seguida, Shawn Mendes se apresentou com "Isn't That Enough", último single de seu novo projeto que será lançado em 18 de outubro. Ele também apresentou uma música inédita, “Nobody Knows”.

Sabrina Carpenter também subiu no palco em uma atmosfera mágica e espacial. A artista cantou “Espresso”, “Please Please Please” e seu último lançamento “Taste”, performance que agitou a plateia após beijar um alien, integrando também elementos da premiação na performance, cuja estatueta é um astronauta.
Depois foi a vez de Anitta, que pelo terceiro ano seguido integra o VMA. A brasileira começou a performance com o lançamento "Paradise", parceria com DJ Khaled e Fat Joe. Depois foi a vez de animar o público com a faixa "Alegria" do rapper argentino Tiago PZK. O encerramento do medley foi com "Savage Funk".
Megan Thee Stallion foi a apresentadora do ano, e como de costume na premiação da MTV, trouxe doses de humor e leveza - além de looks diferentes. Além disso, flashbacks de momentos marcantes de outras edições passavam pelo telão em formato de astronauta.
A rapper se destacou também no tapete vermelho com um vestido preto feito por Nicole + Felicia Couture que foi muito compartilhado nas plataformas digitais. Vestindo um body tomara que caia, conectado a uma saia de design transparente, esvoaçante e volumosa na calda, o look de Megan misturou sensualidade, confiança e autenticidade.
De volta às apresentações e premiações, começa um dos momentos mais esperados de todo ano, o Video Vanguard Award. Recebido por Nicki Minaj na última edição, o prêmio homenageia grandes nomes da indústria da música. Orlando Bloom foi o responsável por anunciar o nome de sua esposa, Katy Perry.

Em uma performance que certamente ficará na história do VMA, a dona de “Roar” cantou seus principais sucessos. Com um look inspirado em seu último videoclipe, "Women's World", a cantora utilizou bailarinos, estruturas metálicas, e foi içada por um cabo. Ela performou “Dark Horse”, “I Kissed a Girl”, “Fireworks” e outros grandes hits da carreira.
Katy fechou o espetáculo com o seu último single "Lifetimes", de seu próximo álbum “143”, com lançamento previsto para 20 de setembro. Escorregando pela plataforma que se apresentou e com uma borboleta mecânica na mão, em referência ao seu novo projeto, Perry recebeu o troféu de astronauta dourado e agradeceu pelos mais de 20 anos de sucesso e apoio de sua gravadora e seus fãs.
Em um ritmo acelerado e com bastante destaque nesta edição às apresentações, foi a vez de Chappell Roan ocupar o palco. A drag queen do interior do Mississipi encantou com "Good Luck, Babe!" em uma atmosfera medieval em referência ao clipe da faixa.

Os trabalhos seguiram com um descanso da produção com a entrega do prêmio de Melhor Afrobeats, recebido por Tyla pelo sucesso "Water". A cantora da África do Sul frisou como a música africana tem crescido nos últimos anos, seu potencial, a riqueza de estilos e produções dos países do continente, até então relegadas em segundo plano.
A anfitriã Megan Thee Stallion performou em seguida com faixas do seu último álbum, MEGAN. Primeiro foi a vez de"B.A.S.", com direito a tambores no palco. Depois disso, Yuki Chiba subiu ao palco para cantar "Mamushi" com a rapper.
Baixando as batidas por minuto e a sensualidade na UBS Arena, Benson Boone cantou e andou pelos palcos. Voz do hit recente "Beautiful Things", na lista das mais escutadas do mundo no Spotify, encantou a plateia com seus vocais impecáveis e expressividade no cantar.
Sabrina Carpenter subiu ao palco novamente, desta vez para receber o prêmio de Música do Ano pelo gigantesco sucesso "Espresso". Vencendo Taylor Swift e Post Malone, Beyoncé e Travis Scott, ela agradeceu principalmente seus fãs, emocionada por receber seu primeiro astronauta.
Ainda com a estratégia de dar mais espaço para a música latina, foi a vez de Rauw Alejandro estrear na premiação da MTV. O porto riquenho levou suas origens e sucessos, além de muita dança e espanhol a Nova York.
Em um cenário de subúrbio americano, cabelo curto e vermelho, Halsey entregou um rock de garagem animado e fresquinho. A cantora performou sua mais nova faixa, "Ego", lançada semana passada, promovendo sua fase inspirada nos anos 2000.
Após o momento nostálgico, LISA subiu ao palco mais uma vez, para receber sua primeira estatueta de astronauta, na categoria Melhor k-pop. Em tributo a carreira de um dos principais astros do rock, Lenny Kravitz apresentou três clássicos, com um destaque para “Are You Gonnna Go My Way” O rapper Quavo também esteve na apresentação.

Camila Cabello apresentou uma performance apontada pelos fãs como uma “indireta” para Sabrina Carpenter, já que criou-se uma rivalidade entre as duas muito discutida pelos internautas após o lançamento de “Sweet N’Sour”, álbum de Carpenter que continha referências ao relacionamento de Cabello e Shawn Mendes. A morena iniciou sua apresentação assistindo “June Gloom” em um computador, quebrando-o em seguida, e cantou “GODSPEED”.
Mais tarde, Ariana Grande venceu a categoria de Melhor Cinematografia pelo clipe de “we can't be friends (wait for your love)” e Dua Lipa ganhou a de Melhor Coreografia pela música “Houdini”. Outro resultado muito aguardado durante a noite foi o de Artista Revelação, que se destinou ao sucesso Chappell Roan.
Sendo este o seu terceiro prêmio do VMA, Anitta foi a próxima a subir ao palco, na categoria de Melhor Vídeo Latino com “Mil Veces”. Com isso, a “Girl From Rio” venceu por três anos seguidos: em 2022 por “Envolver” e em 2023 por “Funk Rave”. Tanto na plateia quanto nas redes sociais, a brasileira foi ovacionada e recebeu elogios.

O prêmio de Melhor Vídeo do Ano foi para “Fortnight” de Taylor Swift e Post Malone e “Human” do cantor Lenny Kravitz levou a estatueta de Melhor Clipe de Rock. Por fim, Le Sserafim performou “Crazy” e enlouqueceu os admiradores do grupo. Também no k-pop, o grupo Seventeen levou o prêmio de Melhor Banda.