Temáticas são abordadas desde os anos 60 no Japão e continuam exploradas até hoje
por
LUCCA CANTARIM DOS SANTOS
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16/06/2025 - 12h

“O sonífero”, projeto criado por Lucca Cantarim, estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) , tem por objetivo combater a visão reacionária a respeito de temas de gênero no entretenimento.

Trazendo a história da presença de personagens de diversas sexualidades e gêneros nos mangás e animes dentro da mídia japonesa, o autor trás uma reflexão leve, descontraída, porém importante a respeito de uma representatividade tão importante.

Os sete artigos que compõem o projeto estão disponíveis para serem lidos no site “Medium”, no perfil autoral de Lucca. Os textos contém entrevistas com pesquisadores, fãs e até mesmo leitores de dentro da comunidade LGBT que se identificam e se abrem sobre a importância da representatividade para eles.

Disponível em: https://medium.com/@luccacantarim/list/o-sonifero-d19af775653e

 

Ex-vocalista da banda “The Smiths” fará show após dois cancelamentos
por
Lucca Andreoli
Henrique Baptista
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16/06/2025 - 12h
Morrissey, ex-vocalista da banda The Smiths
Morrissey, ex-vocalista da banda The Smiths  
Instagram/@morrisseyofficial

Steven Patrick Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, anunciou que virá ao Brasil em novembro deste ano para uma apresentação única no dia 12 no Espaço Unimed, em São Paulo. 

Em 2023 o cantor adiou suas apresentações no Brasil por ter sido infectado pelo vírus da dengue. O adiamento para o início do ano seguinte foi novamente cancelado por exaustão física de Steven.

Após dois cancelamentos, em 2025 o show está novamente previsto para acontecer, mas apenas em São Paulo — em 2023, as apresentações incluíam o Rio de Janeiro, e em 2024, Brasília.

Sua última vinda ao Brasil foi em 2018, quando realizou shows em São Paulo e no Rio de Janeiro. 

Como vocalista dos Smiths, compôs grandes sucessos da banda, como “This charming man”, “Heaven knows I'm miserable now” e “There is a light that never goes out”.
A banda teve apenas quatro álbuns de estúdio e marcou a cena do rock alternativo, vindo a inspirar grandes nomes do rock nacional como Legião Urbana e Capital Inicial. 

Em carreira solo, já foram 13 álbuns lançados por Morrissey, que continua compondo.

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Como a exposição de Andy Warhol fortalece o cenário artístico brasileiro
por
Laura Petroucic
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11/06/2025 - 12h

Confira neste vídeo um panorama sobre a exposição Andy Warhol: Pop Art! em cartaz no Museu de Arte Brasileira da FAAP, em São Paulo. A professora de artes Luciana Helena dos Reis, em entrevista à AGEMT, fala da importância de Warhol como ícone do movimento pop art, além do porquê a vinda de amostras internacionais como esta são essenciais para fortalecer o papel do Brasil no circuito global das artes. Assista aqui 

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Ícone de transgressão e liberdade, Ney Matogrosso tem sua trajetória exposta em uma mostra que celebra sua luta LGBTQIA+ e o impacto de sua ousadia em gerações.
por
Isadora Cobra
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10/04/2025 - 12h


“Sem discurso nem bandeira, Ney apenas caminhou. E o fato de seguir em pé, atravessando tempos que derrubaram muitos ao redor, tornou-se inspiração e resistência.” A frase de Julio Maria, autor da biografia de Ney, sintetiza a essência de um artista cuja trajetória virou marco da cultura brasileira. No Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, uma exposição homenageia esse ícone, destacando sua importância como um dos maiores artistas do país, com foco em sua luta pela liberdade e a representação LGBTQIA+.

Aos 80 anos, Ney Matogrosso é mais do que cantor. É símbolo de coragem, transformação e luta. Sua ousadia vai além dos palcos, inspirando um Brasil envolto, há décadas, em debates sobre identidade, liberdade e repressão.

Em cartaz até 21 de abril, a mostra no MIS homenageia esse legado, convidando o público a revisitar a trajetória de um dos grandes nomes da música brasileira, cuja presença sempre provocadora atravessou gerações.

Ney não desafiou só os limites da música, mas também rompeu barreiras sociais. Em tempos de forte repressão política e moral no Brasil, sua postura irreverente e escolhas estéticas foram mais que expressão artística: foram atos de resistência e afirmação da liberdade individual.

A exposição traz elementos dessa jornada de quebra de paradigmas. Imagens, vídeos, figurinos e objetos pessoais revelam a força de um artista que, desde os anos 70, desafia não apenas as normas musicais, mas as sociais. Ney é uma força propulsora de mudanças culturais, e a mostra evidencia isso.

De sua estreia com o grupo Secos & Molhados nos anos 1970 à carreira solo marcada por ousadia e inovação, a exposição é um convite a mergulhar em um universo de fantasia, erotismo e liberdade, marcas da identidade artística de Ney. Nela vamos conhecer a fundo essa personalidade marcada por uma história de superação, de quebras de tabus e de uma aura artística indomável, que se firmou como um dos artistas mais emblemáticos e provocadores da música brasileira.

A estudante de artes visuais e pesquisadora da música popular brasileira, Helena Bosco, descreve o impacto do artista: “O mais interessante é entender como Ney não quebrou só os padrões estéticos. Ele desafiou a visão tradicional sobre o corpo e a sexualidade. Sua arte está ligada ao processo de afirmação da identidade LGBTQIA+ no Brasil.”

Essa visão é reforçada por Julio Maria, autor da biografia: “Ney é exemplo de resistência. Ele não se importou em ser visto como transgressor, nem em ser ‘politicamente correto’. Ele foi autêntico, e isso é uma das maiores virtudes que um artista pode ter.”

A mostra também destaca o impacto internacional de Ney. Em um cenário global muitas vezes dominado por figuras convencionais, ele conquistou espaço com autenticidade e provocação. Para o historiador musical Roberto Carvalho, em entrevista exclusiva, “Ney é um artista que foi além do palco. Tornou-se agente de mudança. Sua música ecoa porque fala de liberdade.”

Nos anos 1970, o Brasil vivia sob ditadura militar, censura e moral conservadora. Ney, com sua figura excêntrica e letras provocativas, questionou padrões impostos pela sociedade e pela indústria musical. Foi um dos primeiros artistas a abordar temas como sexualidade e identidade de forma tão audaciosa, abrindo caminhos para novas gerações de artistas e militantes LGBTQIA+.

Sua arte contribuiu e ainda contribui para a construção de um Brasil mais plural, livre e respeitoso com todas as formas de amor e identidade.

Ao visitar a exposição, o público tem a chance de revisitar não só a história de um dos maiores artistas do Brasil, mas também refletir sobre o legado que ele deixa para as gerações atuais. Ney Matogrosso é um ponto de partida para debates sobre diversidade e liberdade.

Para Helena, “É uma síntese da cultura da música brasileira. Se não fosse por eles, não estaríamos onde estamos hoje.” Ney simboliza uma geração que abriu caminho. Gente que enfrentou preconceitos, que ousou se expressar quando tudo empurrava para o contrário. Com sua voz, sua imagem e sua coragem, ele ajudou a mudar o jeito como a música é feita e recebida no Brasil, e mais, ajudou a ampliar o espaço para quem queria ser diferente.

A exposição no MIS é mais do que uma homenagem. É uma celebração de sua contribuição à música brasileira e ao movimento LGBTQIA+. Ney encantou o público com sua arte e também foi uma voz corajosa que desafiou convenções, abrindo espaço para novas gerações de artistas e ativistas.

Sua trajetória continua sendo uma fonte de inspiração e resistência. A mostra oferece uma oportunidade única de entender a profundidade de sua contribuição à cultura brasileira. Visitar o MIS é não apenas revisitar a obra de um artista fundamental, mas refletir sobre o impacto que ele teve e ainda tem na construção de uma sociedade mais livre e plural.

 

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Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Riotur estima um público de aproximadamente 1,6 milhão de pessoas no evento
por
Renata Bittar
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26/04/2025 - 12h

A menos de 1 semana para o espetáculo, saiba como estão os preparativos para a capital fluminense receber a cantora Lady Gaga em Copacabana. Intitulado como Todo Mundo no Rio: Lady Gaga, o palco para o show gratuito já começa a ser montado e o Rio de Janeiro se prepara para a esperada chegada da Rainha do Pop.  

Gaga, que não vem ao Brasil há mais de 8 anos, irá se apresentar em frente ao Hotel Copacabana Palace e seu palco contará com 10 telões de LED. Em publicação na rede social Instagram, a cantora afirma “É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos pequenos monstros. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada”. O aumento de ofertas aéreas e o reforço da segurança pela prefeitura do Rio de Janeiro podem garantir ao evento mais credibilidade e audiência 

Em entrevista exclusiva cedida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) o e Riotur (Empresa Municipal de Turismo do Rio), o órgão afirma que o evento deve gerar um impacto econômico de aproximadamente R$ 600 milhões para a cidade. O Secretário da Cultura, Lucas Padilha, ainda afirma que o espetáculo é “uma ação coordenada que reforça não só o papel do Rio como capital cultural, mas também seu protagonismo como motor do turismo e da economia criativa” 

Ainda em contato com a SMDE, a autoridade pública afirma que o setor de turismo também será beneficiado com o evento, já que as companhias aéreas LATAM e Azul aumentarão a quantidade de frotas.  Entre os dias 1º e 4 de maio, o aeroporto RIOgaleão contará com 24 voos extras operados pela LATAM. A companhia aérea Azul prevê 230 operações no RIOgaleão e outras 252 no Santos Dumont. 

Além disso, de acordo com levantamentos da Hotéis Rio, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade para o período do evento havia atingido a marca de 71,4%, superando os níveis habituais de maio. 

Em depoimento do Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima destaca que incluir no calendário do Rio um show internacional por ano foi uma ideia super acertada pelo prefeito Eduardo Paes.  “Do ponto de vista econômico, é mais importante ainda, porque movimenta a cidade em um mês antes considerado de baixa temporada: com hotéis cheios e aumento de gastos em bares e restaurantes e no comércio, gerando emprego e renda para a população”, afirma Osmar. 

Em 2024, a cantora Madonna estreou a praia de Copacabana e também se apresentou gratuitamente. Com aproximadamente o mesmo público estimado para o show de Gaga, o evento superou a expectativa inicial de uma audiência de 1 milhão de pessoas e um lucro de R$ 300 milhões e acabou alcançando público de 1,6 milhão de pessoas e movimentação econômica de cerca de R$ 469,4 milhões, segundo dados da SMDE. Por isso, espera-se que essa estimativa para o futuro show esteja equivocada e baixa. 

Com essa alta demanda de turistas e fãs, setores como segurança pública, transportes e estrutura também estão se preparando para sustentar o evento. A SMDE e Riotur ainda declaram que serão instalados 2 contêineres do Corpo de Bombeiros na orla e uma Central de Órgãos Públicos, que abrigará o Centro de Monitoramento e a Secretária da Mulher. 

Stefani Germanotta, mais conhecida como Lady Gaga, é uma cantora norte-americana que iniciou sua carreira musical em 2007. Com hits de sucesso como Bad Romance e Born This Way, a também vencedora do prêmio Grammy irá apresentar seu recém lançado álbum Mayhem. O show, planejado para começar as 21:15 do dia 3 de maio, ocorrerá em frente ao hotel Copacabana Palace, na praia de Copacabana. 

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Autora de "A Vegetariana" foi reconhecida pela Academia Sueca por sua prosa poética intensa
por
Barbara Ferreira
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16/10/2024 - 12h
Han Kang é a primeira autora sul-coreana a ganhar o Nobel de Literatura.Foto: Reprodução/AP Photo/Lee Jin-man
Han Kang é a primeira autora sul-coreana a ganhar o Nobel de Literatura.Foto: Reprodução/AP Photo/Lee Jin-man 

Han Kang conquistou o Prêmio Nobel de Literatura 2024, e é a primeira sul-coreana a receber a honraria. O anúncio foi feito na quinta-feira, 10 de outubro, pela Academia Sueca de Estocolmo. A academia justificou a escolha, visto que Kang possui uma “intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana".

A escritora nasceu em 1970, em Gwangju, na Coreia do Sul. Filha do renomado romancista e professor universitário Han Seung-won, ela possui uma formação rica em literatura, iniciada em 1993 com uma série de poemas na revista "Literatura e Sociedade". Em 1994, recebeu o prêmio do concurso literário de primavera de Seoul Shinmun com o conto “The Scarlet Anchor" e, em 1995, estreou na prosa com a coleção de contos "Amor de Yeosu".

Seu maior sucesso internacional veio com "A Vegetariana", publicado em 2007 e traduzido para o português em 2018. O livro, composto de três partes, explora as consequências violentas de uma mulher que se recusa a seguir as normas alimentares tradicionais quando para de comer carne.

A obra de Han Kang é conhecida por expor a dor mental e física enquanto cria uma conexão profunda com o pensamento oriental. Além de "A Vegetariana", outros livros dela traduzidos para o português incluem "Atos Humanos" e "O Livro Branco", todos lançados pela editora Todavia.

Segundo a academia, “o trabalho de Han Kang é caracterizado por essa dupla exposição da dor, uma correspondência entre tormento mental e físico com estreitas conexões com o pensamento oriental".

O prêmio Nobel de Literatura é destinado à pessoa que "tenha produzido a obra mais notável no campo da literatura" e Han Kang é a 18º mulher que recebe o prêmio, dentre os 121 contemplados. Cada vencedor ganha também 10 milhões de coroas suecas, equivalentes a aproximadamente R$ 5,3 milhões.

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O artista conversou com a AGEMT e compartilhou sobre sua experiência no mundo dos desenhos
por
Giovanna Brito
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14/10/2024 - 12h

Entre os prédios do bairro de Perdizes e as praias do Guarujá, Jordí Martinez dedica seu tempo à família, sua cachorra Brisa e seu trabalho como desenhista. Espanhol radicado no Brasil, não é muito difícil reconhecer seu sotaque e o amor pela arte, área em que trabalha há mais de 40 anos.

Em entrevista exclusiva à AGEMT, o artista conversou por chamada de vídeo, em sua casa. Ao fundo, desenhos e livros enchiam o ambiente, sempre reforçando a sua presença artística.

Jordí acumula grandes títulos ao longo da carreira: desenhou quadrinhos do Sítio do Pica Pau Amarelo, Os Trapalhões, histórias de Edgar Allan Poe e o famoso Chacal. Hoje, o artista também desenvolve charges e caricaturas para seu perfil no Instagram, no qual usa de humor ácido para se posicionar politicamente.

A esquerda, uma border collie de cor clara. A direita, o desenhista Jordi Martinez sorri para a camêra.
Jordí Martinez ao lado de sua cachorra Brisa. Foto: Reprodução/CCXP.

“Meus desenhos para o Instagram não eram políticos, mas quando o Bolsonaro assumiu o poder, não consegui engolir aquele cara”, diz Jordí, com um senso de obrigação em se posicionar contra o que estava acontecendo na época, principalmente para mostrar o seu ponto de vista aos seus seguidores mais jovens.

O desenhista chegou às terras brasileiras durante o período da Ditadura militar. Votou pela primeira vez por aqui e vivenciou todos os governos desde então. Jordí, que afirma sempre ter um conteúdo novo para produzir, fazia de duas a três charges diárias para sua conta nas redes sociais. Hoje, com os preparativos para a CCXP24 a todo vapor, ele produz apenas uma por dia, mas sempre com doses de humor, recheada de opiniões e posicionamento político.

Charge humorística de Jordí Martinez. Na imagem, uma figura do político Pablo Marçal aparece tocando uma flauta, hipnotizando dois eleitores do Bolsonaro que vão surgindo pela margem.
Charge produzida por Jordí Martinez. Foto: Reprodução/Instagram/@jordi_atelier.

 

Jordí estará presente no evento todos os dias: “Esse convite da CCXP foi muito legal. Eu já trabalhei com publicidade, conheci e falei com muitas pessoas, então estou mais pro sossego hoje em dia (risos), não tenho mais a necessidade de estar envolvido nessa multidão”. 

Mesmo assim, ele se mostra ansioso e dedicado ao falar sobre os seus preparativos. Martinez já participou uma vez do evento como convidado, mas afirma que dessa vez será diferente. Agora o artista terá sua própria mesa no Artists’ Valley, onde divulgará vários de seus trabalhos. “Vou conseguir vender o que eu quiser: alguns prints, cursos de desenho, talvez eu venda um original.”, afirma o ilustrador.

Além disso, ele também planeja outros lançamentos para o evento: “Já estou fazendo uma história nova. Eu não queria fazer, dá muito trabalho (risos), mas eu gosto.”

Segundo ele, o contato chegou depois da produção da CCXP ter se encantado com um de seus relançamentos mais aguardados, o Chacal. A obra foi muito bem recebida pelo público, mesmo depois de 43 anos de espera. “O desenho e a história já estavam prontos, então foi uma mão na roda! As pessoas adoraram! A capa é muito linda, tudo está muito bem feito”, ele conta.

Chacal, inicialmente publicado pela extinta editora Vecchi, conta a história de um caçador de recompensas implacável, no estilo faroeste. Esse foi um dos trabalhos mais marcantes de Jordí; não é à toa que diversas editoras, como a Ucha Editora, Skript e Tábula, o procuraram para lançar novas histórias do título.

“Foi uma conquista desenhar esse personagem. Na época, a editora Vecchi estava procurando artistas para desenvolver um personagem de faroeste. Eles fizeram um teste com vários desenhistas, foi difícil, mas eu caprichei. Ofereci qualidade e consegui! Gostaram do meu trabalho e ter a oportunidade de desenhar o Chacal foi magnífica! Até hoje tenho os desenhos do primeiro Chacal, feito a mão com bico de pena e pincel”, conta.

Capa da história em quadrinhos Chacal: A caçada humana.
“Chacal: A caçada humana” publicado em 2022 pela editora Skript. Foto: Reprodução/Comic Boom.

 

Além de Chacal, outro trabalho de Jordí foi republicado há dois anos atrás: “Manuscrito encontrado numa garrafa”, uma história de Edgar Allan Poe. A diversidade de gêneros nos trabalhos de Jordí é evidente, passando pelo infantil e aventura até chegar no macabro e erótico. 

Quanto a esta ecleticidade, o desenhista comenta: “Isso [eu faço] pela sobrevivência, mas eu sempre gostei. Ninguém me dizia que eu não poderia desenhar dos dois jeitos. Eu estou habituado com revistas de humor desde garoto. Depois eu comecei a gostar dos desenhos mais sérios, acompanhei algumas revistas francesas de aventura”.

“Depois que cheguei no Brasil, tive a chance de entrar na editora Rio Gráfica (atual Globo). Ali comecei a desenhar personagens infantis, como os do Sítio do Pica-Pau Amarelo”, completa.

Jordí considera o desenho como seu melhor amigo, pois desenhou durante todas as fases da sua vida, desde a infância: “Quando eu não estou desenhando, estou criando; quando não estou criando, estou aprendendo; quando não estou aprendendo, estou dando aula. Tudo está muito ligado ao desenho”.

Ele percebeu que poderia realmente trabalhar com isso após sua mãe vender um de seus desenhos a uma loja de móveis. O artista trabalhou durante um período com agência de publicidade, mas o restante da carreira foi focado no lápis e no papel. 

Jordí chegou ao Brasil com 18 anos, sem documentos, dinheiro e companhia. Durante muito tempo enfrentou desafios e lutou pelas suas conquistas. “Eu poderia ter feito qualquer coisa, poderia estar morto, poderia estar em uma cadeia (risos), mas eu sempre fui fiel ao desenho e o desenho fiel a mim. A folha em branco é tudo, ela recebe tudo que você dá para ela. Quanto mais amor você der, mais amor ela vai te dar.”

“Eu sobrevivi a vida inteira desenhando, e quando eu me aposentei, consegui ter tempo de realmente aprender a desenhar. Quando você tem que matar um leão a cada dia para sobreviver você faz de tudo e não tem muito tempo para aprender da forma tradicional. Eu ia aprendendo em cima da correria. Depois de um tempo aqui no Brasil, voltei para a Espanha e tive a oportunidade de visitar mais museus, estudar e conhecer mais da arte. Foi uma experiência muito enriquecedora”, finaliza.

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Comemorado em 12 de outubro, o Dia das Crianças traz experiências na capital paulista
por
Michelle Batista Gonçalves
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11/10/2024 - 12h

Chegou mais um Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro, em que as famílias desejam curtir e celebrar a data.  Se você deixou para última hora, ficou sem criatividade ou simplesmente não sabe o que fazer para sair da rotina com os pequenos, veja uma programação completa de passeios e atividades que acontecem na cidade de São Paulo.

 

Parque Ibirapuera

 

Parque Ibirapuera, localizado na Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Vila Mariana. Foto: Divulgação/Arquivo Ibirapuera e Parque Urbanos

 

Se sua família prefere diversão à moda antiga, uma visita ao Parque Ibirapuera neste dia 12 é uma boa pedida. Além das áreas verdes, perfeitas para piqueniques e brincadeiras ao ar livre, o local terá uma programação especial com oficinas de arte, shows de música infantil e apresentações de teatro, tanto no sábado (12/10), quanto no domingo (13/10).

 

Desafio com a Masha e o Urso, às 9h, na Serraria do Ibirapuera, Estação "Biodiversidade: Bicho ou Planta?" e sessões infantis no Planetário são algumas das opções.

 

Quando: 12 de outubro, a partir das 9h;

Onde: Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Vila Mariana);

Ingressos: Entrada gratuita.

 

"Rua do Brincar", no Museu do Futebol

 

O evento "Rua do Brincar", no Museu do Futebol, contará com diversas atividades, como: oficinas de slackline, parkour, skate e grafitagem. Mas o esporte também não fica  de fora: haverá um campinho de futebol disponível para os pequenos. Gratuito, ele ainda contará com uma discotecagem de músicas brasileiras.

 

Quando: 12 de outubro, das 10h às 17h;

Onde: Museu do Futebol (Praça Charles Miller - Pacaembu);

Ingressos: Entrada gratuita.

 

Museu da Língua Portuguesa: Festival Dia das Crianças

 

Showzin - Canções brazucas para crianças. Foto: Divulgação

 

O Museu da Língua Portuguesa celebra a data, no Festival Dia das Crianças 2024, com circo, oficinas artísticas, gincanas e até mesmo um programa de auditório. As atividades serão gratuitas e destinadas para todas as idades, em vários espaços, como o Saguão B, Pátio B e até mesmo a calçada. Para mais informações sobre horários de cada programação, acesse o site da instituição.

 

Quando: 12 de outubro, 10h às 17h;

Onde: Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n - Luz);

Ingressos: Entrada gratuita.

 

Espetáculo "Dinossauros do Brasil"

 

Evento do Sesc também ocorre no domingo (13). Foto: Divulgação/Sesc

 

"Dinossauros do Brasil" é um espetáculo para toda a família. A peça faz uma viagem histórica e retorna aos tempos em que os dinossauros habitavam o planeta. Voltando às épocas jurássicas, ela conta sobre 13 espécies que viviam pelo Brasil.

 

Quando: 12 e 13 de outubro, às 15h;

Onde: Sesc 14 Bis (R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista)

Ingressos: Entrada gratuita.

 

Peça "Ursinho Pooh - O Novo Musical"

 

Peça de desenho animado ocorre no Teatro Villa Lobos. Foto: Divulgação/Pamela Raith

 

O famoso personagem da Disney, Ursinho Pooh, convida as crianças a conhecer sua história no Teatro Villa Lobos com o espetáculo "Ursinho Pooh, da Disney: o Novo Musical".

 

A peça retrata as aventuras de Pooh e seus amigos no Bosque dos Cem Acres, cidade fictícia do desenho, onde enfrentam desafios ao longo das estações, especialmente com a ausência de Christopher Robin, que está na escola. A trama destaca como a amizade é fundamental para superar as dificuldades.

 

Quando: 12 e 13 e3 outubro, às 11h, 14h e 17h;

Onde: Teatro Villa Lobos (Av. Dra. Ruth Cardoso, 4777 - Jd. Universidade Pinheiros)

Ingressos: Entre R$ 21,18 e R$ 250.

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O ex-The Beatles se apresenta em São Paulo em com a turnê Got Back.
por
Fabrício Gracioso De Biasi
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11/10/2024 - 12h

 

Foto poor Marcos Hermes


 
   O cantor e compositor Paul McCartney, de 82 anos, deu início à sua turnê “Got Back” de 2024 na América Latina. A jornada começou no dia 1º de outubro, com uma apresentação em Montevidéu, no Uruguai, onde o artista entoou 37 sucessos que marcaram sua carreira.
   Além de clássicos da época dos Beatles, como "Hey Jude" e "Let It Be", McCartney surpreendeu os fãs com a apresentação de “Now and Then”, seu último single, que traz à tona a nostalgia e o legado da banda que fez sucesso em 1960, apelidando o período de “Beatlemania”.
   A Bonus Track, responsável pela produção dos shows no Brasil, já fez indicações de uma provável setlist para as apresentações que acontecerão em solo brasileiro, baseadas no repertório do Uruguai.
   Algumas faixas que provavelmente farão parte das apresentações são: “A Hard Day’s Night”, “Junior’s Farm”, “Letting Go”, “She’s a Woman”, dentre várias outras, incluindo o recente lançamento “Now and Then”.  
   Os fãs brasileiros poderão desfrutar de três shows: nos dias 15 e 16 de outubro, em São Paulo, no Allianz Parque, e no dia 19 de outubro, em Florianópolis, no Estádio Ressacada.
   Vale destacar que, em sua última passagem pelo Brasil, em 2023, McCartney fez cinco apresentações em diferentes cidades, vendendo mais de 2 milhões de ingressos. O artista, que é sempre uma atração do Brasil, se apresentou em Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, o que consolida sua popularidade com o público.  

Turnê Got Back – Paul McCartney


Quando: 15 e 16 de outubro (São Paulo) e 19 de outubro (Florianópolis);
Onde: Allianz Parque, em São Paulo, e Estádio Aderbal Ramos da Silva (Ressacada), em Florianópolis;
Ingressos: a partir de R$ 300.

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Após 20 anos do segundo filme, a atriz confirmou sua participação na franquia.
por
Kiara Elias
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11/10/2024 - 12h
Atriz Anne Hathaway posando com um vestido branco e joias coloridas.
Anne Hathaway anuncia “O Diário da Princesa 3”(Foto:Reprodução/Instagram/@annehathaway)

 

A franquia de "Diário da Princesa" ganhará uma continuação. O longa, que ainda não tem previsão de estreia, é esperado para 2025 e terá Anne Hathaway, que também protagonizou os dois primeiros filmes, vinte anos atrás, como personagem principal. O filme está em desenvolvimento desde 2022, após rumores de um possível retorno da produção. 

Anne Hathaway comentou em uma entrevista ao Entertainment Tonight que adoraria participar e que torcia para esse “comeback”. Julie Andrews, que interpreta a Rainha Clarisse, disse ao The Hollywood Reporter, na mesma época, que não tinha interesse em participar da sequência devido a morte do diretor original, Garry Marshall. 

Os filmes são uma adaptação dos romances de Meg Cabot, de nome homônimo, que contam a história de Mia Thermopolis (Anne Hathaway). Ela é uma estudante comum que depois de 15 anos vivendo uma vida “normal” em São Francisco com sua mãe, descobre que herdou de seu pai o trono de Genóvia.

Durante o primeiro filme, lançado em 2002, Mia recebe aulas de etiqueta de sua avó paterna (Julie Andrews) para aprender a se portar como uma princesa. Já no segundo, Mia volta a Genóvia, após a formatura, e assume seu papel como futura rainha. Perto de seu 21º aniversário, ela descobre uma cláusula na constituição do país para a realeza, que a obriga a se casar antes de sua coroação. Com apenas 30 dias para “encontrar um marido”, Mia se vê pressionada entre as tradições do reino ou a luta pelo direito de governar sozinha.

Imagem do filme "O Diário da Princesa 2" com Anne Hathaway e Julie Andrews caracterizadas de Mia Thermopolis e Rainha Clarisse, respectivamente.e
Anne Hathaway tinha 18 anos quando estreou em O Diário da Princesa. FOTO: Divulgação Disney

 

Com direção de Adele Lim, que trabalhou em filmes como “Loucas em Apuros” (2023), “Podres de Ricos” (2018) e “Raya e o Último Dragão” (2021), a expectativa é que a trama da Disney traga os novos desafios de Mia após assumir o posto de rainha do pequeno país europeu.

Em uma postagem no Instagram, Anne Hathaway divulgou um clipe dos dois primeiros filmes e anunciou que está "de volta à Genóvia." Na legenda, escreveu: "O conto de fadas continua." Até agora, Julie Andrews, que interpretou a rainha Clarisse Renaldi, não foi confirmada na nova produção.

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