Influenciadora é chamada de "homem" por espectadora; confusão gerou vaias, atraso no espetáculo e intervenção policial
por
Carolina Zaterka
Manoella Marinho
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15/04/2025 - 12h

 

Malévola Alves, influenciadora digital e mulher trans, denunciou ter sido vítima de transfobia no Teatro Renault, em São Paulo, no dia 26 de março de 2025, ao ser tratada pelo pronome masculino e chamada de “homem” por uma espectadora. O incidente ocorreu antes do início do musical “Wicked”. Malévola, com mais de 840 mil seguidores, publicou trechos do episódio em suas redes, que rapidamente viralizaram.

Segundo relatos de testemunhas e da própria vítima, a confusão começou quando Malévola esperava uma nota fiscal e a mulher atrás dela mostrou impaciência. As duas trocaram palavras e, ao se afastar, a mulher teria gritado "isso é homem ou mulher?" em sua direção. A vítima então se sentiu ofendida e levou a denúncia à plateia, apontando a espectadora como autora do ataque transfóbico, causando um tumulto que paralisou a plateia.

A reação do público foi de imediato apoio a Malévola, com vaias à agressora e pedidos para que ela fosse retirada do teatro. “A gente não vai começar a assistir a um espetáculo que é extremamente representativo para a diversidade com uma mulher dessa aqui. Não faz o menor sentido”, afirmou um dos espectadores durante o protesto.

Diante da pressão da plateia, a apresentação atrasou cerca de 30 minutos. A mulher acusada acabou saindo do teatro sob escolta policial, levada à  delegacia para realizar um boletim de ocorrência, recebendo aplausos e vaias dos demais presentes. Miguel Filpi, presente no evento, celebrou nas redes sociais: “Justiça foi feita!! Obrigado a todo mundo nessa plateia que fez a união para que isso acontecesse.”

Carlos Cavalcanti, presidente do Instituto Artium (Produtor do musical), pediu desculpas pelo ocorrido antes de dar início ao espetáculo: “Peço desculpas por esse acontecimento e por esse atraso. Tudo o que a gente pode admitir, é bom que a gente admita na vida, mas transfobia em Wicked, não dá”. A atriz Fabi Bang, também se manifestou durante e após o espetáculo: “Transfobia jamais” - uma improvisação durante a música “Popular”.

 

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Fabi Bang, atriz que interpreta Glinda, em apresentação do musical. Foto: Blog Arcanjo/Reprodução

Viviane Milano, identificada como a espectadora acusada, negou as acusações em um pronunciamento, alegando que a confusão na fila da bombonière não foi sobre identidade de gênero, mas sobre uma tentativa de furar fila. Ela afirmou: “Perguntei em voz alta: ‘Era o homem ou a mulher que estava na fila?’”, dizendo que sua pergunta foi mal interpretada.

A produção de Wicked e membros do elenco reiteraram seu compromisso com a diversidade e repudiaram o incidente. A nota oficial da produção destacou: “Nosso espetáculo é e continuará sendo um espaço seguro para todas as pessoas, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual.”

As últimas apresentações do cantor baiano reunem seus maiores sucessos e participações de grandes artistas brasileiros
por
Davi Rezende
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14/04/2025 - 12h

Tiveram início na última sexta-feira (11) os shows em São Paulo da turnê “Tempo Rei”, de Gilberto Gil, a última da carreira do lendário artista. O evento, que teve início em março, na cidade de Salvador (BA), chegou neste mês à capital paulista com quatro datas, duas neste final de semana e mais duas ao fim do mês.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Aquele Abraço
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende
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Reunindo participações especiais, cenários característicos e grandes sucessos da carreira do cantor, a turnê é uma grande celebração da história de Gil, enquanto seus últimos shows ao vivo. Desde os visuais até a performance do artista, tudo é composto de forma detalhada para transmitir a energia da obra de Gilberto, que se renova em apresentações vívidas e convidados de diversos gêneros musicais brasileiros.

Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Gil conquistou uma das trajetórias mais consolidadas e respeitadas da música brasileira. Com mais de 50 álbuns gravados, sendo 30 de estúdio, ele se tornou uma lenda da bossa nova e do samba, com produções que se provam atemporais, além de participações em movimentos políticos e artísticos que marcaram o Brasil.

Gilberto Gil agasalhado em exílio nas ruas de Londres
Gilberto Gil no exílio em Londres/ Foto: Reprodução/FFLCH - USP

 

Na década de 60, após se popularizar em meio a festivais, Gil fez grande parte da luta contra as opressões da Ditadura Militar no Brasil, tornando-se peça importante no movimento da Tropicália. Ao lado de artistas como Caetano Veloso e Gal Costa, Gilberto foi protagonista na revolução da arte brasileira, além de compor grandes canções de resistência.

Em 1969, após o lançamento de um de seus maiores clássicos, “Aquele Abraço”, Gil se exilou fora do Brasil para fugir da Ditadura, em Londres. Na Inglaterra, ele seguiu produzindo e performando, ao lado de outros grandes gênios tropicalistas, até retornar em 1971, lançando no ano seguinte o álbum “Expresso 2222” (1972). Três anos após o grande sucesso, Gil lança o álbum “Refazenda” (1975), primeiro disco de uma trilogia composta por “Refavela” (1977) e “Realce” (1979).

Todos os grandes momentos da vida do cantor são representados na turnê, tanto com sua performance, dirigida por Rafael Dragaud, quanto na cenografia, montada pela cineasta Daniela Thomas. Na setlist, Gil ainda presta homenagens a grandes figuras da música, como Chico Buarque (que faz participação em vídeo tocado ao fundo de Gilberto, durante a apresentação) quando interpreta “Cálice”, canção de sua autoria ao lado do compositor carioca, e até Bob Marley, no momento que toca “Não Chore Mais” (versão da música “No Woman, No Cry” do cantor jamaicano) com imagens da bandeira da Jamaica ao fundo.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Não Chore Mais
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

 

Nas apresentações no Rio de Janeiro, o artista convidou Caetano e Anitta para comporem a performance, enquanto em São Paulo, na sexta-feira (11) MC Hariel e Flor Gil, a neta do cantor, deram as caras, além de Arnaldo Antunes e Sandy terem participado do show de sábado (12).

A turnê “Tempo Rei” aproxima Gilberto Gil do fim de sua carreira, celebrando sua história nos shows que rodam o Brasil inteiro. A reunião de artistas já consolidados na indústria para condecorar o cantor em suas apresentações prova a grandeza de Gil e como sua obra é imortal, movimentando a música de todo o país ao seu redor. Sua performance é energética e vívida, como toda a carreira do compositor, fazendo dos brasileiros os súditos do Tempo Rei.

Gilberto Gil em show no Allianz Parque cantando Expresso 2222
Gilberto Gil em show da turnê "Tempo Rei" no Allianz Parque, em São Paulo/ Foto: Davi Rezende

As apresentações de Gil seguem ao longo do ano, encerrando em novembro, na cidade de Recife (PE). Em São Paulo, o cantor ainda se apresenta em mais duas datas, nos dias 25 e 26 de abril, no Allianz Parque.

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Filme brasileiro conta a história de uma senhora que através de uma câmera expôs uma rede de tráfico no Rio de Janeiro
por
Kaleo Ferreira
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14/04/2025 - 12h

O filme “Vitória” lançado no dia 13 de março de 2025, dirigido por Andrucha Waddington e roteirizado por Paula Fiuza, tem como tema a história de Dona Nina (Fernanda Montenegro), uma senhora de 80 anos que sozinha, desmantelou um esquema de tráfico de drogas em Copacabana, filmando com uma câmera a rotina do mercado criminoso da janela de seu apartamento.

 

Cena do filme ”Vitória” (Foto: CNN Brasil)
Cena do filme ”Vitória”. Foto: CNN Brasil

 

O longa é inspirado no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, escrito pelo jornalista Fábio Gusmão e baseado na história verídica de Joana Zeferino da Paz. Grande força do filme vem da atuação de Fernanda, que consegue transmitir a solidão, indignação, determinação e a garra que a personagem teve para confrontar o crime na Ladeira dos Tabajaras.

O filme começa construindo uma atmosfera de grande tensão, claustrofobia e solidão dentro do pequeno apartamento com o reflexo da violência diante dos olhos, assim mergulhando na realidade crua do cotidiano carioca, expondo a fragilidade da segurança pública e o poder que o crime organizado possui. 

Em certos momentos, o ritmo da narrativa se torna um pouco lento e cansativo e a ação do longa começa com a introdução do jornalista Fábio, interpretado por Alan Rocha, que desenvolve uma relação de parceria com Dona Nina. Ele assiste às fitas gravadas por ela, provas de criminosos desfilando com armas à luz do dia, vendendo e utilizando drogas entre crianças e adolescentes, além de ter ajuda dos policiais para o tráfico. E diante de tudo, decide ajudar a senhora, assim escrevendo uma grande reportagem que colocaria os holofotes sobre todo o esquema de tráfico. 

 

Cartaz do filme (Foto: IMDb)
Cartaz do filme. Foto: IMDb

 

O filme tem a participação de outras atrizes, como Linn da Quebrada e Laila Garin, que mesmo em papeis secundários, também merecem destaque por agregar camadas à narrativa e mostrar diferentes facetas de como a comunidade é afetada pela violência.

Em resumo, “Vitória” é um filme emocionante e que faz refletir. Apesar dos problemas no ritmo do filme, a força de uma história real e a grande atuação de Fernanda Montenegro, com seus 95 anos, o consolidam como um filme digno de ser assistido e relevante para o cinema brasileiro. 

É um retrato da realidade brasileira que ao dar voz a uma história de resistência contra o crime, levanta questões importantes sobre segurança, justiça e o papel dos cidadãos contra a violência, dando esperança em resistir a toda criminalidade que a sociedade enfrenta com tanta frequência, além de dar voz a uma mulher que decide não se calar.

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O grupo sul-coreano encerra sua passagem pelo Brasil com o título de maior show de K-pop no país
por
Beatriz Lima
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09/04/2025 - 12h

 

Na primeira semana de abril, São Paulo e Rio de Janeiro foram palco dos shows da DominATE Tour, do grupo de K-pop Stray Kids. Em novembro de 2024, o grupo anunciou sua primeira passagem pela América Latina após sete anos de carreira, com shows no Chile, Brasil, Peru e México, causando êxtase aos fãs do continente.

Stray Kids é um grupo de K-pop composto por oito integrantes, Bang Chan, Lee Know, Changbin, Hyunjin, Han, Felix, Seungmin e I.N. O grupo estreou em 2018, após um programa eliminatório com diversos trainees da JYP Entertainment - empresa que gere o grupo. No dia 8 de julho de 2024, o grupo anunciou sua terceira turnê mundial chamada ‘DominATE Tour’, com shows iniciais pelo Leste e Sudeste Asiático e Austrália. 

A DominATE Tour foi anunciada para a divulgação de seu mais recente álbum, ATE, lançado dia 19 de julho de 2024. Com o sucesso mundial do grupo e da música “Chk chk boom”, com a participação dos atores Ryan Reynolds e Hugh Jackman no clipe, o grupo divulgou datas para a turnê na América Latina, América do Norte e Europa no início de 2025.

Foto de divulgação da turnê DominATE
Imagem de divulgação da turnê DominATE. Foto: Divulgação/JYP Entertainment

No Brasil, o octeto iniciou sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro com seu show de estreia dia 1 de abril no Estádio Nilton Santos, com mais de 55 mil pessoas presentes no local. Em sua primeira data na cidade de São Paulo, sábado (5), o grupo sul-coreano teve os ingressos esgotados e, mesmo com chuva e baixas temperaturas, bateu o recorde de maior show de K-pop no Brasil, com um total de 65 mil pessoas no Estádio MorumBIS. No dia seguinte, o grupo teve seu último dia de passagem pelo país e somou no total - nos dois dias de show na capital paulista - 120 mil pessoas.

Show do Stray Kids no Estádio MorumBIS
Primeiro dia de show do Stray Kids em São Paulo. Foto: JYP Entertainment / Iris Alves

 

Os shows contaram com estruturas complexas e atraentes - com direito a fogos de artifícios e explosões de luz a cada performance -, tradução simultânea nos momentos de interação com o público, banda e equipe de dança do próprio grupo, além de estações de água e paramédicos à disposição do evento. Foram três noites marcantes tanto para os fãs brasileiros quanto para os próprios membros do grupo. “Eu sinto que tudo que nós passamos durante esses sete anos foi para encontrar vocês.” diz Hyunjin em seu primeiro dia de show no Brasil. 

Com o recorde de público nos shows e reações positivas na mídia e público brasileiro, o grupo promete voltar ao país em uma nova oportunidade, deixando claro seu amor pelo país e pelos fãs brasileiros. “Bom, é a sensação de que ganhamos uma segunda casa… todos nós [os oito membros]” declara o líder Bang Chan no primeiro show de São Paulo.

Membros do grupo após o show do Rio de Janeiro.
Foto divulgada após o show do Stray Kids no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/JYP Entertainment

 

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Último dia do festival em São Paulo também reuniu shows de Justin Timberlake, Foster The People e bandas nacionais
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Maria Eduarda Cepeda
Jessica Castro
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09/04/2025 - 12h

 

Neste domingo (30), o Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, recebeu o último dia da edição 2025 do Lollapalooza Brasil. O festival, que reuniu uma diversidade de estilos, contou com apresentações de bandas indies nacionais, como Terno Rei, e gigantes do pop, como Justin Timberlake. Como destaque, tivemos a histórica estreia da banda Tool em solo brasileiro, a volta de Foster The People ao festival e o show emocionante de encerramento do Sepultura, que consagrou sua importância como uma das maiores referências do metal, tanto no Brasil quanto no mundo.

Diferente do primeiro dia, o domingo foi marcado por tempo firme e céu aberto, sem a interferência da chuva. Com condições climáticas favoráveis, o público pôde aproveitar muito seus artistas favoritos ao longo do dia.

As primeiras atrações do dia já davam o tom da despedida do festival: uma mistura de muito indie, rock n’ roll e nostalgia no ar. No palco Budweiser, a cantora pernambucana Sofia Freire abriu os trabalhos com uma estreia marcante, conquistando o público com talento e carisma. E no palco Mike´s Ice, a banda "Charlotte Matou um Cara" chamou atenção por ter a vocalista, Andrea Dip, vestida em uma camisa de força. 

Além de cantora, Andrea é jornalista e faz parte da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. Em 2013, recebeu o Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo pelo seu trabalho na história em quadrinhos “Meninas em Jogo” e foi premiada pelo Troféu Mulher Imprensa na categoria site de notícias em 2016.

Vocalista da banda "Charlotte Matou um Cara", Andrea Dip, usando uma camisa de força rosa
A banda já dividiu palco com a cantora e atriz Linn da Quebrada. Foto: Adriana Vieira / Rock On Board

Com músicas que tratam temas como machismo, ditadura militar e a luta contra a violação do corpo feminino, o grupo trouxe para o festival a agressividade e a energia para o "dia do rock". 

Na sequência, o grupo Terno Rei assumiu o palco e transformou a plateia ainda tímida em um coro envolvido por seu setlist, que mesclou sucessos da carreira e novas apostas sonoras. A banda ainda aproveitou o momento para anunciar seu próximo álbum, “Nenhuma Estrela”, com lançamento marcado para 15 de abril.

Depois de 8 anos longe do Brasil, Mark Foster e Isom Innis voltaram pela terceira vez ao Lollapalooza Brasil. As músicas foram de seus sucessos mais recentes às músicas mais queridas pelos fãs, como "Houdini" e "Call It What You Want". Com um público morno, mesmo com a presença dos fãs fiéis, eles não desanimaram e se mostraram contentes por estarem de volta. A música mais famosa, "Pumped Up Kicks", finalizou a apresentação do grupo.

A banda Tool se apresentou pela primeira vez no Brasil após 35 anos de carreira, mas quem compareceu esperando ver o grupo e uma apresentação tradicional teve uma surpresa. Tool fez um show cru, sem pausas e sem momentos emocionados. O visual sombrio e imersão feita pelos visuais espirituais do telão comandaram os espectadores a uma experiência única no festival, sendo o show mais enigmático da noite. A setlist foi variada, com alguns de seus sucessos e músicas de seu álbum mais recente "Fear Inoculum". Apesar da proposta diferenciada, o público pareceu embarcar na viagem sensorial proposta pelo grupo. 

Vocalisa da banda Tool na frente do telão, mas não somos capazes de ver seu rosto, apenas sua silhueta
A presença enigmática do vocalista causou muita curiosidade entre os espectadores. Foto: Sidnei Lopes/ @observadordaimagem

Sepultura está dando adeus aos palcos ao mesmo tempo que celebra seus 40 anos de carreira, assim como o nome de sua turnê, "Celebrating Life Through Death". Fechando a edição de 2025 do festival, a banda teve convidados curiosos para a setlist. Para acompanhar a música "Kaiowas", o cantor Júnior e o criador do Lollapalooza, Perry Farrell, subiram no palco para integrar o ritmo agressivo dessa despedida. Com uma setlist semelhante a do show feito em setembro do ano passado, também dessa turnê de adeus, o grupo não deixou o clima cair mesmo com os problemas técnicos que enfrentaram. O som estava abafado e baixo comparado ao de outros palcos, a banda Bush enfrentou o mesmo problema em sua apresentação. 

A banda encerrou seu legado no festival com um de seus maiores sucessos internacionais, "Roots Bloody Roots", eternizando seu legado e deixando saudades em seus fãs que se mantiveram devotos até o fim.

No palco ao lado, o grande headliner da noite, Justin Timberlake, mostrou que seu status de popstar segue intacto. A apresentação, que não foi transmitida ao vivo pelos canais oficiais do evento, teve performances energéticas, muita dança e vocais entregues sem base pré-gravada.

Justin Timberlake se apresentando no palco principal do festival
Justin Timberlake encerra a terceira noite do festival Lollapalooza 2025. — Foto: Divulgação/Lollapalooza

Com um show marcado por coros emocionados em “Mirrors” e uma enxurrada de hits como, “Cry Me a River”, “SexyBack” e “What Goes Around... Comes Around”, ele reforçou sua presença como um dos grandes nomes da música pop.

Apesar de definitivamente não estar em sua melhor fase — após polêmicas envolvendo sua ex-namorada Britney Spears, que o acusou de um relacionamento abusivo, e uma prisão em 2024 por dirigir embriagado — Timberlake demonstrou um forte engajamento com o público, que saiu eletrizado do show. 

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Com apresentação de Rita Von Hunty, a produção da TV Brasil está prevista para 2025
por
Barbara Ferreira
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08/10/2024 - 12h
Série apresentará figuras históricas brasileiras e tem estreia planejada para 2025. Foto: Reprodução/Instagram/@comonascemosherois
Série apresentará figuras históricas brasileiras e tem estreia planejada para 2025. Foto: Reprodução/Instagram/@comonascemosherois

Produção da TV Brasil, as gravações da série “Como Nascem os Herois” começaram no mês de setembro e a Drag Queen Rita Von Hunty está envolvida no projeto. O lançamento está previsto para 2025 e será transmitido no canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).

A série terá como foco 10 personalidades que fazem parte do Livro de Aço, termo que se refere a uma coletânea simbólica de nomes de oficiais das Forças Armadas do Brasil, especialmente no Exército Brasileiro, guardado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.

O objetivo do projeto é compreender a história de figuras como Zumbi dos Palmares, Tiradentes, Dom Pedro 1º e Getúlio Vargas, evidenciando a trajetória da construção de um heroi nacional e sua contribuição para a identidade do país. 

Será uma série de 10 episódios e contará com a direção de Iberê Carvalho, roteiro de Rafaela Camelo e apresentação de Rita Von Hunty, personagem drag queen criada pelo ator e professor Guilherme Terreri.

Terreri é conhecido por seu canal do YouTube, em que utiliza do alter ego para explicar temas filosóficos e históricos. O canal, “Tempero Drag”, tem mais de um milhão de seguidores e foi criado em 2015.

“Como Nascem os Heróis”

Quando: 2025 
Produção: Iberê Carvalho
Roteirização: Rafaela Camelo
Apresentação: Rita Von Hunty (Guilherme Terreri)
Transmissão: Canal da EBC (Empresa Brasil de Comunicação)

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Mês traz diversos shows nacionais e internacionais
por
Maria Eduarda Camargo
Victória da Silva
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04/10/2024 - 12h


Com a chegada de um dos meses mais cobiçados para o entretenimento, o mês de outubro traz diversidade cultural para a cidade de São Paulo. O Dia da Música, que foi comemorado na terça-feira, 1º de outubro, abre alas para outras festividades, como o Dia das Crianças e o Halloween.
Além das datas, muitas personalidades nacionais e internacionais farão apresentações, entre Paul McCartney e Alcione. No cinema, também não faltam opções, como a Mostra de Cinema Coreano (KOFF), que oferece sessões gratuitas. Confira tudo que São Paulo oferece no mês de outubro.


Show Alcione

Alcione se apresentará no Tokio Marine Hall
UMAlcione se apresentará no Tokio Marine Hall. Foto: Spotify/Divulgação


A cantora Alcione completará seus 50 anos de carreira com um show exclusivo no Tokio Marine Hall. Com um apanhado de seus maiores sucessos, a Dama do Samba relembra seus mais de trinta álbuns.
Quando: 5 de outubro; 
Onde: Tokio Marine Hall (R. Bragança Paulista, 1281 - Várzea de Baixo, São Paulo, SP);
Ingressos: R$160,00 a R$290,00

Paul McCartney

Got Back Paul McCartney


O ex-Beatles retorna à São Paulo para dois shows de sua turnê “Got Back”, entre 15 e 16 de outubro. Paul é um visitante frequente do Brasil, e já esgotou mais de 10 shows no país. Desta vez, ele também visitará Florianópolis para um show único.
Quando: 15 e 16 de outubro;
Onde: Allianz Parque (Rua Palestra Itália, 200 - Água Branca, São Paulo);
Ingressos: a partir de R$300,00.


Koff - Korean Film Festival

Vidas Passadas, filme de Celine Song
Vidas Passadas, filme de Celine Song. Foto: Prime Video/Divulgação


O Festival de Cinema Coreano (KOFF) traz sua mostra de longas e curtas que concorrem nas categorias de não competitivo e competitivo, e serão disponibilizados em sessões gratuitas. Entre as obras, destacam-se nomes como “Vidas Passadas” (indicado ao Oscar), “A Table For Two”, “Mimang” e “Complete Utopia”.
Quando: 3 a 9 de outubro;
Onde: Reserva Cultural (Avenida Paulista, 900 - Bela Vista, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Fresno

Fresno turnê
Pôster da turnê “Eu Nunca Fui Embora”. Foto: Fresno/Divulgação

Comemorando seus 25 anos, a banda promove a turnê “Eu Nunca Fui Embora” e seu álbum homônimo. Os fãs do grupo serão acalentados e curtirão o ritmo de Lucas Silveira, Gustavo Mantovani e Thiago Guerra.
Quando: 18 de outubro;
Onde: Espaço Unimed (R. Tagipuru, 795 - Barra Funda, São Paulo);
Ingressos: R$80,00 a R$140,00.


Sons da Rua

Sons da Rua
Multidão de pessoas sempre comparece ao evento. Foto: Facebook Sons da Rua/Divulgação

O festival, que conta com artistas como Matuê, Mc Hariel e Tasha & Tracie, fará sua 7° edição neste ano e agitará a região da Barra Funda. Apresentando a cultura do Hip Hop e do Funk, os shows são repletos de rimas, muita dança e energia.
Quando: 26 de outubro;
Onde: Memorial da América Latina (Av. Mário de Andrade, 664 - Barra Funda, São Paulo);
Ingressos: a partir de R$70,00.

Castelo Rá-Tim-Bum - 30 anos

Castelo Rá tim bum
Hall de entrada do castelo quando o seriado ainda era gravado. Foto: Reprodução/ Lu Grecco
 


A exposição do Castelo Rá-Tim-Bum é perfeita para comemorar o Dia das Crianças, mas também  traz nostalgia para os fãs do seriado. Com acervo original da época e salas inéditas para visitação, o local contempla 18 cenários distribuídos em cerca de 600 metros quadrados, que trazem a sensação mágica do programa.
Quando: A partir de 10 de outubro;
Onde: Solar Fábio Prado (Av. Brig. Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano, São Paulo);
Ingressos: R$20,00 a R$60,00.


38° Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus

Realizada pelo Museu de Arte Moderna (MAM), a mostra reúne 34 artistas e coletivos de 16 estados diferentes. A exposição traz temas como combustão, eletricidade e atrito, e abrange a ideia de uma temperatura oposta ao zero absoluto, capaz de derreter qualquer material existente.
Quando: A partir de 5 de outubro;
Onde: Museu de Arte Contemporânea da USP (Av. Pedro Álvares Cabral, 1301 - Vila Mariana, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Divinas Cores

Em exposição individual, Suzy Fukushima - artista plástica - celebra seus 20 anos de carreira. Na mostra, que conta com impressões fine art, pinturas em telas e cerâmicas, ela apresenta obras com a temática religiosa e demonstra a religiosidade através da arte e sua conexão com a fé.
Quando: 12 a 26 de outubro;
Onde: Art Lab Gallery (R. Oscar Freire, 916 - Cerqueira César, São Paulo);
Ingressos: Entrada gratuita.


Virada Sônica - A escalada do som na arte contemporânea

Nessa exposição, a magia do som é explorada por 28 artistas através de pinturas, esculturas, vídeos e instalações. “A exposição permite descobrir desde fenômenos acústicos e paisagens sonoras até a utopia do silêncio”.
Quando: Até 13 de outubro;
Onde: Farol Santander (R. João Brícola, 24 - Centro Histórico de São Paulo, São Paulo);
Ingressos: R$20,00 a R$40,00.

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Mostra recria espaço onde a garota se refugiou ao longo dos seus últimos anos
por
Victor Trovão
Larissa Isabella Araújo
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04/10/2024 - 12h

Em meio a alguns cômodos, uma fogueira de livros, ursos de pelúcia, canetas e seu fiel diário, a exposição “Anne Frank: Deixem-nos ser” expõe de modo imersivo o contexto em que a garota judia viveu. O projeto relembra a história de Anne, considerada como um símbolo de questionamento à liberdade durante o nazismo.

A garota morreu aos 15 anos junto de sua irmã em um campo de concentração e, ao longo dos anos, se tornou uma grande figura do Holocausto pelas anotações documentadas em seu diário, que após a sua morte, foi publicado por seu pai - Otto Frank, o único sobrevivente da família. 

Com o propósito de salvar sua família, Otto construiu um esconderijo nos fundos de uma fábrica na cidade de Amsterdã. O local onde ela viveu escondida ao longo dos seus dois últimos anos de vida é reproduzido dentro da exposição realizada na Unibes Cultural em São Paulo. 

O projeto traz à memória a vida de Anne e de todas as vidas perdidas devido ao genocídio realizado pelos nazistas. Através de materiais enviados pela Anne Frank House Amsterdã, museu biográfico, a exposição é construída e cria uma imersão em um período da vida de garota judia, o espaço em que sobreviveu e as pessoas que faziam parte de sua vida naquele momento. 

De acordo com Priscilla Parodi, fundadora e diretora da Inspirar-te e responsável pela realização da exibição, o objetivo do projeto foi muito além de reproduzir de forma fiel o Anexo Secreto. “Desenvolvemos o eixo curatorial e a narrativa desta exposição com a intenção de criar um manifesto humanista, incorporando arte, o legado de Anne Frank, os direitos humanos, nossas questões universais e o mundo em que vivemos hoje”, explicou em entrevista.  

Para Parodi, a exposição possui um potencial de impacto socioeducativo ao ser fundamentada em temas curriculares e abordar o período da Segunda Guerra Mundial. “E não há melhor maneira de falar com jovens do que através de uma jovem: Anne Frank. A partir dela, diversas possibilidades se abriram, permitindo o aprofundamento em discussões essenciais para nossa sociedade”, comentou. 

A exposição combina vários formatos de obras de arte, de pinturas e esculturas, até documentos e objetos históricos, como fotografias e itens da época, criando um percurso imersivo que apresenta diferentes camadas da realidade aos visitantes. “As obras não estão ali apenas para ilustrar o passado, mas para auxiliar no aprendizado e na reflexão. Elas geram um impacto visual, proporcionando uma experiência sensível e envolvente, ao mesmo tempo que ajudam a entender o contexto histórico e os conceitos apresentados”, compartilhou Priscila. 

O “Diário de Anne Frank” se tornou uma grande obra literária após a publicação por retratar de modo único o que a garota e sua família passaram até o assassinato no campo de concentração. Pensando nisso, a mostra busca representar o potencial crítico ao reforçar o comprometimento com a liberdade e os direitos humanos. 

“Este projeto promove um movimento gerador de mudanças sociais, orientado pela pluralidade e humanidade. Ele propõe uma reflexão profunda sobre os nossos desafios contemporâneos e reforça a importância da liberdade, da igualdade de direitos, da democracia e do respeito às diferenças. Enquanto membros de uma sociedade, somos todos responsáveis pelo meio em que vivemos, jovens ou adultos, e precisamos despertar essas reflexões”, contou Priscilla Parodi.

A exibição é um espaço que se compromete a conectar o passado com o presente e ao diálogo com o futuro. Por meio do projeto que conta um pedaço da vida de Anne Frank, a perspectiva dos visitantes é transformada por um olhar delicado sobre o existir e a brutalidade da perseguição sobre os povos. Anne gritou pelo direito de ser - um grito que vive até hoje e se une a outras lutas pela liberdade. 

 

Serviço:

Abertura ao público: 03/08/2024  

Horário: das 13h30 às 19h, de quarta a domingo

Local: Unibes Cultural (1º e 2º andar) - R. Oscar Freire, 2500 - Sumaré São Paulo, SP 05409-012

Classificação indicativa: Livre

Preço dos ingressos: R$ 15,00 (inteira) R$ 7,50 (meia-entrada)

*Entrada gratuita às sextas-feiras com reserva de ingresso (ingressos liberados às segundas-feiras)

Contatos para agendamento: annefrank@unibescultural.org.br e Whatsapp: 3065-4333

Exposição com recursos de acessibilidade e áudio guia na Plataforma MuseA.

Encerramento: 22 de dezembro de 2024

 

 

Anne 1
Cartazes do período nazista. Foto: Victor Trovão
Anne 2
Livros e baús da época. Foto: Victor Trovão
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Quarto em que os familiares de Anne se refugiavam. Foto: Victor Trovão

 

Anne 5
Mesa de estudos de Anne.  Foto: Victor Trovão

 

Anne 5
Cozinha da família de Anne. Foto: Victor Trovão

 

Anne 6
Mesa da cozinha repleta de figurinhas e jogos infantis. Foto: Victor Trovão 

 

Anne 7
Escada para o sótão onde a família se escondia. Foto: Victor Trovão
Anne 8
Pedras e tradição judaica sobre o luto. Foto: Victor Trovão
Anne 9
Painel de entrada da exposição. Foto: Victor Trovão

 

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Espetáculo tem estreia marcada para 04 de novembro no Teatro Estúdio, em São Paulo
por
João Victor Tiusso
Lucca Fresqui
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03/10/2024 - 12h

 

 Musical Dom Casmurro/Divulgação
 Musical Dom Casmurro/Divulgação

Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, Dom Casmurro, será adaptado para musical, que estreia em 04 de novembro no Teatro Estúdio. O elenco conta com Rodrigo Mercadante interpretando Bentinho, Luci Salutes como Capitu, e Cleomácio Inácio como Escobar. Na produção, as letras e letras e músicas originais são de Guilherme Gila e a direção é de Zé Henrique de Paula. 

Os ritmos e músicas variam do rock ao MPB. A proposta de Gila e Zé Henrique é oferecer uma nova perspectiva à obra de Machado de Assis, centrada nos personagens Bentinho, Capitu e Escobar.

Para trazer a atmosfera de Bentinho como narrador-personagem, o rock and roll dá vida à raiva e rebeldia do protagonista, enquanto a MPB traz um toque emocional e nacional às letras. 

Considerado título fundamental na formação da literatura nacional, “Dom Casmurro” narra a história de vida de Bentinho, um advogado de uma família rica no Rio de Janeiro, que se apaixona por Capitu, uma jovem com quem passou boa parte da infância e adolescência. A história se desenvolve à medida que Bentinho se vê cego de ciúmes quando seu melhor amigo, Escobar, volta para sua vida e passa a se aproximar de Capitu.

O musical passou três anos sendo planejado e foi viabilizado por meio de um financiamento coletivo. A obra dá segmento ao projeto iniciado por Guilherme Gila em 2023, quando estreou “A Igreja do Diabo”, adaptação do conto de nome homônimo, também de Machado de Assis, publicado em 1884, que lhe rendeu um Prêmio Bibi Ferreira e um Prêmio Destaque Imprensa Digital.

A iniciativa segue a tendência de produções da Broadway de adaptarem obras clássicas e inseri-las no mercado musical e no teatro. Apesar disso, produções como essa ainda são raras no Brasil pela falta de incentivo e interesse público. 

Os ingressos antecipados para o musical de “Dom Casmurro” já estão à venda pelo site do projeto do financiamento. As sessões são de segunda e terça-feira à noite, e a temporada tem a promessa de ser “curta”.

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A segunda edição do KOFF (Korean Film Festival) exibirá mais de 60 produções
por
Bárbara More
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02/10/2024 - 12h

Os amantes de cinema coreano já podem marcar no calendário que entre os dias 03 e 09 de outubro São Paulo receberá a segunda edição do KOFF, ou Korean Film Festival (Festival de Cinema Coreano). O evento contará com a exibição de 22 longas-metragens e 40 curtas-metragens como parte de uma Mostra Competitiva e uma Mostra Não-Competitiva em duas salas de cinema no Reserva Cultural, na Avenida Paulista. 

O KOFF passou por Piracicaba entre os dias 15 e 18 de agosto, e agora se prepara para chegar à capital paulista com a programação recheada de produções de todos os gêneros e para todos os gostos. Os ingressos para as sessões são gratuitos e podem ser reservados através do site oficial em um link disponível nas redes sociais do evento.
 

Greta Lee e Teo Yoo em cena do filme "Vidas Passadas"
Cena do filme “Vidas Passadas”. Crédito: Reprodução

Dentre os longas que mais atraem a atenção está “Soulmate”, dirigido por Min Yon-geun. O drama romântico com Kim Da-Mi, Byeon Woo-seok e Jeon So-nee como os protagonistas. “Exhuma”, de Jang Jae-hyun, é outro grande querido; o terror sobrenatural inclui elementos de mistério e do oculto em uma trama com os astros Choi Min-sik, Kim Go-Eun, Yoo Hae-jin e Lee Do-hyun.

Para os fãs de Park Seo-joon, Park Bo-young e Lee Byunghun, será exibido “Sobreviventes - Depois do Terremoto”; o filme de Um Tae-hwa se passa em uma Seul fictícia destruída por um terremoto.

“Vidas Passadas”, de Celine Song que também estará em cartaz, foi indicado a dois prêmios no Oscar 2024, além de ser vencedor de Melhor Diretor e Melhor Filme no Film Independent Spirit Awards.

Dotados de elencos renomados, diretores reconhecidos e aclamação da crítica, outros longas que também se destacam na programação são “Road to Boston”, de Kang Jae-gyu; “Mimang”, de Kim Tae-yan; “Força-Bruta: Sem saída”, de Lee Sang-yong; e “Spring in Seoul, de Kim Sung-su”.

O curta-metragem “Night Fishing” será exibido em todos os dias de festival e é um dos mais aguardados, pois a produção de Moon Byoung-Gon foi vencedora na categoria Melhor Edição no 28° Fantasia International Film Festival. 

KOFF (Korean Film Festival)
Quando:  03 e 09 de outubro
Onde: Reserva Cultural (Avenida Paulista, 900 - Bela Vista - SP) 
Ingressos: Entrada gratuita mediante reserva da sessão.

Confira os ingressos disponíveis aqui.
 

 

 

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