Os fãs de Arcane finalmente puderam voltar para Piltover e Zaun! A segunda e última temporada da série animada de League of Legends chegou à Netflix no dia 9 de novembro, trazendo de volta as irmãs Vi e Jinx em uma jornada repleta de ação e drama. As produtoras, Riot Games e Netflix, decidiram dividir a temporada em três atos, com três episódios em cada um. Essa estratégia, além de aumentar a expectativa, permite que a história seja explorada com mais profundidade em cada lançamento.
Calendário de lançamento:
- Ato I: Já disponível
- Ato II: 16 de novembro
- Ato III: 23 de novembro
Apesar da Netflix não ter se pronunciado oficialmente sobre a decisão de dividir a segunda temporada de “Arcane”, algumas hipóteses podem explicar essa escolha. Uma das principais razões é o controle sobre spoilers. Ao lançar os episódios em blocos, a plataforma pode evitar que a trama seja revelada rapidamente por maratonas, preservando a experiência dos demais espectadores.
Além disso, ao dividir a temporada em três partes, a Netflix e a Riot Games prolongam o sucesso de “Arcane”, garantindo que a série seja um dos assuntos mais comentados durante três finais de semana consecutivos e aumentando o engajamento do público.
Além da estratégia de lançamento, a série traz algumas novidades em sua segunda temporada. O relacionamento complexo entre Vi e Jinx é explorado com mais profundidade, mostrando como o ambiente difícil de Piltover e Zaun moldou suas personalidades. Essa temporada promete mergulhar ainda mais no dilema de Vi entre manter seus laços familiares com Jinx e as responsabilidades que assume no cenário instável de Zaun.

A recepção da crítica ao lançamento tem sido amplamente positiva. Os fãs elogiam a narrativa envolvente e o desenvolvimento profundo dos personagens. A série também continua abordando temas sociais relevantes, como desigualdade, opressão e abuso de poder, através da divisão social entre as sociedades simbióticas do universo da série. Esses temas adicionam uma camada a mais de reflexão que ressoa com os telespectadores e cria uma forte conexão emocional.
A produção também traz uma nova visão para o universo de League of Legends, dando aos jogadores uma compreensão mais detalhada dos personagens e de suas motivações, que antes eram descritas no jogo de forma superficial. A Riot Games tem aproveitado a popularidade de “Arcane” com eventos e skins temáticas dentro do jogo, promovendo uma experiência mais envolvente, unindo jogadores e espectadores.
Na quinta-feira (21), o filme “Wicked” estreia exclusivamente nos cinemas. Estrelado por Ariana Grande e Cynthia Erivo, ele é baseado no musical da Broadway de nome homônimo e conta a história de duas bruxas, Glinda e Elphaba, que se aproximam na universidade e enfrentam os conflitos que suas personalidades e vivências opostas causam.

Wicked antecede a história contada em Mágico de Oz, em que retrata o passado da “Bruxa Boa” e da “Bruxa Má do Oeste”. O enredo inicial foi pensado para um único volume, mas foi dividido em duas obras ao longo da produção. A segunda parte de “Wicked” será lançada em novembro de 2025.
No Brasil, o longa será dublado por Myra Ruiz e Fabi Bang, que interpretam as personagens na versão brasileira do musical “Wicked”. Além de retornarem para seus personagens através do filme, ambas participarão do retorno da peça para uma nova temporada em 2025 no Teatro Renault, local onde a última apresentação ocorreu, em 2016.


A Inteligência Artificial (IA) transforma constantemente inúmeras indústrias, e uma das mais afetadas— talvez a mais vulnerável quando se trata de questões legais e criativas—é a da música. A discussão sobre a importância da regulamentação da IA surgiu quando Michael Smith, um americano de 52 anos, foi acusado de utilizar a IA para criar músicas de bandas fictícias, e publicá-las em plataformas de streaming.
Damian Williams, procurador dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, e Christie M. Curtis, diretora assistente interina do escritório de campo do FBI em Nova York, publicaram no site oficial da Justiça do governo dos EUA (United States Attorney’s Office- Southern District of New York) que Smith foi formalmente acusado em três processos criminais relacionados ao esquema. Segundo a diretora, para o site oficial da Justiça do governo dos EUA (United States Attorney’s Office- Southern District of New York), ele arrecadou cerca de US$10 milhões em royalties através do uso de inteligência artificial e bots automatizados.
Smith não apenas criou centenas de milhares de faixas com auxílio da IA, mas também usou bots para simular ouvintes, que reproduziam as músicas repetidamente para inflar os números de streaming. O golpe, que durou sete anos, permitiu que ele desviasse milhões de dólares, com suas bandas fictícias — que atendiam com nomes como Callous Post, Calorie Screams e Calvinistic Dust — e figuraram nas paradas das principais plataformas de música. A data ainda não foi divulgada mas seu julgamento será analisado por um magistrado dos EUA na Carolina do Norte.

A escala massiva permitida pela IA foi crucial para que o crime passasse despercebido por tanto tempo, o que serviu como alerta para as plataformas de streaming reforçarem suas medidas de prevenção de fraudes. Embora algumas plataformas já tivessem sinalizado atividades suspeitas relacionadas a Smith em 2018, ele conseguiu operar até 2024.
Essa combinação resulta na perda de uma fatia maior da receita de streaming, que prejudica aqueles que dependem de uma remuneração justa pelo seu trabalho criativo. A tecnologia de IA, capaz de compor melodias, harmonias e letras, está expandindo os horizontes criativos, mas gera debate entre os artistas. Em entrevista para a AGEMT, o artista e produtor Silvera comenta sobre benefícios, mas alerta: "Eu me divirto usando [IA] para fazer música. Para mim, o fator humano é quem faz e fará sempre a diferença".
No entanto, Pablo Cândido, que também trabalha na área de produção musical, vê a IA uma perda de autenticidade e da alma do trabalho humano. “Atualmente, as músicas feitas por IA são como hambúrgueres de fast food: sem gosto, parecem que estão lá pra preencher um vazio, enquanto a música ‘de verdade’ se tornou como um [hambúrguer] artesanal”, compara ele, também para a AGEMT.

A fraude do streaming e o papel da IA
A música gerada pela IA se tornou um ponto de discórdia na indústria. A fraude do streaming reúne duas grandes preocupações dos artistas: a diluição dos royalties e o uso de bots para manipular os números de reprodução. O guitarrista Ney Silva comentou, em entrevista para a AGEMT sobre o assunto: "Com o uso da IA, perdemos o princípio de que música é a arte de expressar os sentimentos contidos em nossas almas... É sobre tocar vidas".
Internacionalmente, músicos como Slash, do Guns N' Roses, já expressaram preocupação com a perda da autenticidade na música gerada por IA: "fria, sem alma e confusa". Ed Sheeran também falou sobre o impacto no mercado de trabalho, para a Audacy Live: "Se você está tirando o emprego de um ser humano, provavelmente é algo ruim". Embora a IA possa abrir portas para novas formas de criação, o futuro da música ainda enfrenta o desafio de definir até que ponto a tecnologia pode melhorar a produção musical sem comprometer sua essência.
Entre os dias 7 e 20 de novembro, os amantes de cinema poderão conferir a décima quinta edição do Festival Varilux de Cinema Francês. O evento contará com a exibição de 20 filmes inéditos em 60 cidades do Brasil.
Em São Paulo, os filmes serão exibidos nos seguintes espaços: Cine Marquise, Cine LT3, Cinemark Iguatemi, Cinépolis Jardim Pamplona, Espaço de Cinema Augusta, Cinesystem Frei Caneca, Cinesystem Pompeia, Kinoplex Itaim e REAG Belas Artes, sempre das 14h às 21h.
Além da programação regular, o Varilux tem a segunda edição de uma Mostra de Realidade Virtual, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro – com entrada gratuita. O evento exibirá oito filmes selecionados na competição oficial de conteúdo criativo de realidade virtual da Bienal de Veneza. As sessões contam com cadeiras giratórias e óculos de RV, que proporcionam uma imersão completa ao espectador.
Na capital paulista, os filmes da mostra serão exibidos no Espaço Augusta de Cinema, de 7 a 13 de novembro, e no Centro Cultural São Paulo, de 21 a 28 de novembro. Já no Rio de Janeiro, as exibições acontecem no Estação Net Rio, entre os dias 7 e 13 de novembro, e no Cinesystem Botafogo, de 14 a 20 de novembro, das 14h às 21h.
O Festival Varilux foi criado em 2008 pela Unifrance – organização que promove o cinema e a televisão franceses – com apoio da Embaixada da França no Brasil e da Delegação das Alianças Francesas. Fora da França, tornou-se o maior festival de cinema francês do mundo. Este ano, a curadoria dos filmes foi realizada por Michel Reilhac, produtor especializado em narrativas interativas.
Confira mais informações sobre os curtas da Mostra de Realidade Virtual abaixo:
All unsaved progress will be lost, de Melanie Courtinat (Venice Immersive 2022) – 10 min
O filme é uma viagem introspectiva a uma cidade abandonada e envolta em névoa, inspirada pela história de uma mulher que se recusou a deixar sua vila natal após um desastre. Uma presença ameaçadora continua a pairar de forma enigmática, criando um espaço onde o espectador pode projetar seus próprios medos e inseguranças.

Astra, de Oriane Hurard (Venice Immersive 2024) – 60 min
Uma imersão no universo da astronomia, em que se exploram diversos planetas, além de suas paisagens e atmosferas. O longa oferece uma abordagem interativa que permite aos espectadores entender o sistema solar de maneira direta.

Champ de bataille, de François Vautier (Venice Immersive 2024) – 20 min
No ano de 1916, os campos de Verdun, na França, vivenciaram momentos de extrema violência. Em meio a esse cenário desolador, um soldado, chamado Julien, vivencia o horror da guerra, deixando para trás sua juventude e alegria. A experiência é no formato de um vídeo 360º e oferece uma imersão na vida nas trincheiras durante a Batalha de Verdun.

Empereur, de Marion Burger e Ilan Cohen (Prêmio Melhor Realização Venice Immersive 2023) – 40 min
Uma jornada ao interior da mente de um pai que perdeu a capacidade de se comunicar devido à afasia. Apresentada em uma estética monocromática, a narrativa íntima se desenrola como uma viagem com elementos surrealistas, enquanto explora a transformação emocional e mental do protagonista.

Ito Meikyu, de Boris Labbé (Grande Prêmio de Venice Immersive 2024) – 15 min
Interior e exterior, exibição e observação, feminino e masculino; todas essas dualidades se confrontam ou se entrelaçam no interminável ciclo de um labirinto sem fim. A vida, neste contexto, se revela como uma tela viva, onde cada fio e cada caminho ramificado formam uma trama complexa e em constante evolução.

Mamie Lou, de Isabelle Andreani (Venice Immersive 2024) – 25 min
Mergulhado no universo espiritual dos ancestrais, o público acompanha Nana Lou em sua última jornada. Enquanto sua neta, Clémentine, dá à luz em uma maternidade em Tóquio, Nana Lou sofre um derrame em sua casa, na França, e é levada ao hospital, onde se encontra entre a vida e a morte. Como uma presença luminosa ao seu lado, o espectador a guia em uma viagem pelas suas lembranças, ajudando-a a encontrar serenidade e a fazer a passagem em paz. O filme promove uma reflexão sobre a morte e a maneira de enfrentá-la.

Oto’s planet, de Oriane Hurard (Prêmio especial do Juri Venice Immersive 2024) – 28 min
Uma fábula animada que narra a colonização de um astronauta em um microplaneta habitado por uma preguiça gentil. O filme explora as diferentes barreiras que separam as culturas ao invés de promover a convivência harmoniosa entre diferentes modos de vida.

Une eau la nuit, de Chelanie Beaudin-Quintin (Venice Immersive 2024) – 23 min
Filme de cine-dança de realidade virtual subaquática, com coreografia de Caroline Laurin- Beaucage. Com os bailarinos Léonie Bélanger, Luca Lazylegz Patuelli, Rowan Mercille, Jimmy Chung, Rachel Harris e Emmanuel Jouthe.

A programação completa, dias e horários das exibições do Festival Varilux podem ser conferidas AQUI.
O compositor, empresário e ativista social Quincy Jones morreu no último domingo, 3 de novembro, em sua residência em Bel Air, Califórnia, aos 91 anos de idade. Sua carreira, que se estendeu por mais de sete décadas, foi marcada por uma série de colaborações históricas com nomes relevantes da música, como Frank Sinatra, Michael Jackson, Ray Charles, Sarah Vaughan, entre outros. Até o momento, a causa da morte ainda não foi divulgada.
A jornada musical de Quincy Jones começou no jazz, gênero em que ele deu seus primeiros passos como trompetista e arranjador para Lionel Hampton. Seu envolvimento com esse tipo musical moldou seu olhar para a música, servindo de base para ele se aventurar e dominar outros estilos ao longo da vida.
Jones também quebrou barreiras na indústria musical ao se tornar um dos primeiros afro-americanos em posição executiva em uma grande gravadora, a Mercury Records. Em uma época com poucas oportunidades para negros no setor, essa conquista marcou um avanço significativo na luta por representatividade. Como pioneiro, ele abriu portas para que outros artistas e produtores afro-americanos também pudessem ocupar espaços importantes na indústria fonográfica.

O arranjador inovou ao reunir talentos diversos para suas produções, incluindo o icônico guitarrista Eddie Van Halen e o ator Vincent Price. Sua capacidade de combinar sons e estilos diferentes criou uma experiência envolvente para os ouvintes, solidificando sua reputação como um mestre na produção musical. Os álbuns “Off the Wall,” “Thriller” e “Bad,” de Michael Jackson e produção de Jones, não apenas moldaram o pop da década de 80, mas também quebraram barreiras culturais, integrando elementos de vários gêneros musicais. Em especial, “Thriller” se destacou ao vender milhões de cópias e estabelecer novos marcos para a indústria musical.
Além de sua carreira musical, Quincy Jones também se aventurou no cinema e no entretenimento, contribuindo com mais de 35 trilhas sonoras ao longo de sua trajetória. Ele produziu filmes como “A Cor Púrpura”, que recebeu várias indicações ao Oscar, e o programa de televisão “Um Maluco no Pedaço”, que revelou o ator Will Smith ao mundo e trouxe uma nova abordagem à representação afro-americana na TV.
Embora alguns prêmios tenham escapado, seu impacto cultural foi inegável. Jones via a composição de trilhas sonoras como uma fusão de ciência e emoção, oferecendo profundidade e atmosferas aos filmes e programas que produzia. Sua adaptabilidade e colaboração em diferentes projetos cinematográficos demonstraram sua versatilidade e visão inovadora.
Com uma carreira repleta de conquistas, o produtor acumulou 28 prêmios Grammy e mais de 80 indicações, tornando-se um dos artistas mais premiados da história. Além dos Grammys, ele recebeu honrarias como o Kennedy Center Honors e a Legião de Honra da França, consolidando-se como uma figura de enorme impacto cultural e artístico no cenário mundial.

Na esfera pessoal, Quincy Jones foi um defensor ativo de diversas causas sociais. Ele fundou a “Quincy Jones Listen Up! Foundation”, voltada a conectar jovens com música, cultura e tecnologia. Esse envolvimento filantrópico foi motivado pela convicção de que a fama deve ser utilizada como um meio para ajudar os necessitados.