Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
por
Maria Clara Palmeira
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27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

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Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
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25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

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A incerteza quanto ao fim das salas de cinema e início da diminuição em massa de consumidores
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Chiara Renata Abreu
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18/06/2025 - 12h

A recente chegada dos streamings pode acabar com os cinemas. Internacionalmente, as plataformas têm se mostrado cada vez mais aptas a abalar seus concorrentes. 

Depois da pandemia, os donos dos cinemas sentiram a diminuição de movimento, que preocupa não só a indústria, mas a sociedade em si. Filmes e curtas fazem parte da formação da cultura de civilizações, e a incerteza de sua existência atormenta. Os streamings ganharam força no período de quarentena, ocupando o espaço que as salas obtinham. O conforto de estar em sua própria casa, poder parar o filme a qualquer momento e a variedade no catálogo são alguns dos principais motivos do aumento da modalidade segundo pesquisas da Cinepop, site especializado em cinema. 

De acordo com pesquisas da revista O Globo, a área do cinema conseguiu em 2023 superar as dificuldades e recuperar alguns de seus fregueses, mas os números seguem abaixo do que estavam antes da pandemia. Segundo o analista de mercado Marcelo J. L. Lima em entrevista para a revista, a crise é mundial, com ressalvas em países como França, Índia, Coreia do Sul e China, que tem menor influência de Hollywood. Ainda, a reportagem aponta que parte da fraqueza hoje encontrada na indústria se fez depois de 1980, a partir do início da migração dos cinemas de rua para os de shopping. Em 2008 apenas 27% deles eram fora dos centros de comércio. 

Em entrevista para O Globo, Marcos Barros, presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex), apontou que os cinemas estão em apenas 8% dos municípios brasileiros, apenas 451 de um total de 5.565 cidades. A volta dos cinemas de rua poderia diminuir o desequilíbrio das salas, gerando uma maior popularização do cinema. Segundo Raíssa Araújo Ferreira, estudante de cinema na Belas Artes, “os cinemas estão se perdendo. Antigamente existiam vários cinemas de rua, de mais fácil acesso. Hoje está acontecendo uma elitização das salas. Elas estão, por exemplo, muito longe das periferias e concentradas nos shoppings, então existe todo o gasto com a locomoção. O cinema se torna um lugar de privilégio”. 

“O cinema é a sétima arte. Ela é um conjunto de todas as outras artes, e o cinema é vivo. Ele é sempre atual. Ele é sempre de todas as épocas. Então nada que é vivo vai desaparecer sem deixar vestígios. O cinema tem muito o que falar. É como se as salas estivessem adormecidas. Elas não estão mortas, mas sim apagadas”, comenta a aluna. 

A jovem complementa com ideias para a volta do triunfo das salas de cinema. “Acho que precisamos reinventar as salas. Apostar em programações mais diversas, ingressos mais acessíveis, novas salas mais perto da periferia e espalhar o cinema pelas cidades do Brasil. Criar o desejo de ir ao cinema, como um acontecimento, e trazer experiências mais imersivas, como convidar atores para, antes da sala de cinema, falarem sobre o filme. Trazer também eventos para apoiar o cinema de rua, investindo nas produções independentes e criando lugares públicos. Assim, as salas vão se reposicionar e oferecer algo que o sofá de casa ou a cama não oferece”. 

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A história do grupo que ultrapassou as barreiras sonoras pode ser vista no centro de SP até o fim de agosto
por
Por Guilbert Inácio
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26/06/2025 - 12h

A exposição “O Quinto Elemento”, em homenagem aos 35 anos do notório grupo de rap Racionais MC’s, está em cartaz desde o dia 06 de dezembro de 2024, no Museu das Favelas, no Pátio do Colégio, região central da cidade de São Paulo. A mostra era para ter sido encerrada em 31 de maio de 2025, mas, devido ao sucesso, vai agora até 31 de agosto.

A imagem mostra um painel os quatros membros dos Racionais MC's
Em 2024, o museu ganhou o prêmio de Projeto Especial da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) pela exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Museu das Favelas

O Museu das Favelas está localizado no Centro histórico de São Paulo, mas esse nem sempre foi o seu endereço. Inaugurado no dia 25 de novembro de 2022, no Palácio dos Campos Elíseos, o Museu das Favelas ficou 23 meses no local até trocar de lugar com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, no dia 26 de agosto de 2024.  

Fechado por três meses, o museu reabriu no dia 06 de dezembro de 2024, já com a nova exposição dos Racionais MC’s. Em entrevista à AGEMT, Eduardo Matos, um dos educadores do museu, explicou que a proposta da exposição chegou neles por meio de Eliane Dias, curadora da exposição, CEO da Boogie Naipe, produtora dos Racionais e esposa do Mano Brown. Eduardo complementou que o museu trocou de lugar para ter mais espaço para a mostra, já que no Campos Elísios não teria espaço suficiente para implantar a ideia. 

Tarso Oliveira, jornalista e historiador com pós-graduação em Africanidades e Cultura Afro-Brasileira, comentou que a gratuidade do museu é um convite para periferia conhecer a sua própria história e que, quando falamos de Racionais MC's, falamos de uma história dentro da história da cultura hip-hop, que salvou várias gerações fadadas a serem esquecidas e massacradas pelo racismo estrutural no Brasil. “Nós temos oportunidades de escrever a nossa narrativa pelas nossas mãos e voltada para o nosso povo. Isso é a quebra fundamental do epistemicídio que a filósofa Sueli Carneiro cita como uma das primeiras violências que a periferia sofre.”, afirma o historiador. 

O Quinto Elemento

Basta subir as escadas para o segundo andar do museu, para iniciar a imersão ao mundo dos Racionais. Na entrada, à sua direita, é possível ouvir áudios do metrô, com o anúncio das estações. Uma delas, a estação São Bento da linha 1-Azul, foi o berço do hip-hop em São Paulo, na década de 1980. À esquerda está um som com músicas dos Racionais, uma trilha que você irá ouvir em todos os espaços da exposição.

A imagem apresenta três placas, em sequência, com os dizeres "X", "Racionais MC's" e "Vida Loka".
Placas semelhantes às placas com nomes de rua trazem as letras do grupo. Foto: Guilbert Inácio.

No primeiro espaço, podemos ver o figurino do Lorde Joker, além de uma breve explicação da presença recorrente na obra do grupo da figura do palhaço em apresentações e músicas como “Jesus Chorou”, em que Mano Brown canta: “Não entende o que eu sou. Não entende o que eu faço. Não entende a dor e as lágrimas do palhaço.”

A imagem mostra uma fantasia laranja de um palhaço. Ao lado, há uma televisão.
O figurino é usado em shows pelo dançarino de break Jorge Paixão. Foto: Guilbert Inácio. 

Ao adentrar o segundo espaço, você mergulha na ancestralidade do grupo. Primeiro vemos imagens e um pouco da história das mães dos quatro membros, Dona Benedita, mãe e avó de Ice Blue; Dona Ana, mãe do Mano Brown; Dona Maria José, mãe de KL Jay e Dona Natalícia, mãe de Edi Rock. Todas elas são muito importantes para o grupo e ganharam, inclusive, referências em músicas como “Negro Drama” em que Brown canta: “Aí Dona Ana, sem palavra. A senhora é uma rainha, rainha”. 

É nessa área que descobrimos o significado do nome da exposição. Há um painel no local com um exame de DNA dos quatro integrantes que revela o ponto de encontro entre eles ou o quinto elemento – a África.

A imagem mostra um painel com o exame de DNA dos quatro membros dos Racionais MC's
Na “Selva de Pedra”, antes de todos se conhecerem, todos já estavam conectados por meio da ancestralidade. Foto: Guilbert Inácio.

O título se torna ainda mais significativo quando lembramos que a cultura hip-hop é composta por quatro elementos: rap, beat, break dance e grafite. O quinto elemento seria o conhecimento e a filosofia transmitida pelos Racionais, grupo já imortalizado na cultura brasileira, sobretudo na cultura periférica. 

Na terceira área, podemos conhecer um pouco de Pedro Paulo Soares Pereira, o Mano Brown; Paulo Eduardo Salvador, mais conhecido como Ice Blue; Edivaldo Pereira Alves, o Edi Rock e, por fim, Kleber Geraldo Lelis Simões, o KL Jay. Entre os inúmeros objetos, temos o quimono de karatê de Blue e o trombone de seu pai, a CDC do KL Jay, rascunhos de letras de Brown e Edi Rock.

A imagem mostra um bicicleta BMX azul
Primeira BMX de Edi Rock. Foto: Guilbert Inácio. 

O próximo espaço é o “Becos do som e do Tempo”, que está dividido em vários pequenos slots que mostram a trajetória musical do grupo. Podemos ver rascunhos de letras, registros de shows e a história de algumas músicas, além de alguns prêmios conquistados durante a carreira do grupo. 

Algumas produções expostas são “Holocausto Urbano” (1990); “Escolha seu Caminho” (1992); “Raio X do Brasil” (1993); “Sobrevivendo no Inferno” (1997); “Nada Como um Dia Após o outro Dia” (2002).

A imagem mostra um painel com os dizeres "Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição" e uma foto dos quatro membros dos Racionais MC's. Ao lado, há fotos individuais dos membros.
O grupo confirmou um novo álbum para este ano, mas ainda não divulgou o título da obra nem a data de lançamento. Foto: Guilbert Inácio.

Nos próximos espaços, tem uma área sobre o impacto cultural, um cinema que exibe shows e o local “Trutas que se Foram” em homenagem a várias personalidades da cultura hip-hop que já morreram. A exposição se encerra no camarim, onde estão disponíveis alguns papéis e canetas para quem quiser deixar um registro particular na exposição.

A imagem mostra uma pequena placa com a foto da Dina Di e os dizeres: "Dina Di. Cria da área 019, como as quebradas conhecem a região de Campinas, no interior de São Paulo, Viviane Lopes Matias, a Dina Di, foi uma das mulheres mais importantes do rap no Brasil. Dina era a voz do grupo Visão de Rua. Dona de uma voz forte, assim como sua personalidade, a rapper nasceu em 19 de fevereiro de 1976 e morreu em 19 de março de 2010. Foi uma das primeiras mulheres a conquistar espaço no rap nacional. Dina nos deixou por causa de uma infecção hospitalar, que a atingiu 17 dias após o parto de sua segunda filha, Aline."
Nomes como Sabotage, Chorão, WGI, entre outros são homenageados na exposição. Foto: Guilbert Inácio. 

Segundo Eduardo, a exposição está movimentando bastante o museu, com uma média de 500 a 800 pessoas por dia. Ele conta que o ápice da visitação foi um dia em que 1500 pessoas apareceram no local. O educador complementa que, quando a exibição chegou perto da sua primeira data de encerramento, em maio, as filas para visitar o espaço aumentaram consideravelmente. O que ajudou a administração a decidir pela prorrogação.  

Eduardo também destaca que muitas pessoas vão ao museu achando que ele é elitizado, mas a partir do momento em que eles veem que o Museu das Favelas é acolhedor, com funcionários dispostos a tirar suas dúvidas e com temas que narram o cotidiano da população brasileira, tudo muda. 

 “Dá para sentir que o pessoal se sente acolhido, e tendo um movimento desse com um grupo que é das favelas, das quebradas, que o pessoal se identifica, é muito melhor. Chama atenção e o pessoal consegue ver que o museu também é lugar da periferia”, conclui. 

Impacto Cultural

Os Racionais surgiram em 1988 e, durante todo o trajeto da exposição, podemos ver o quão importante eles são até hoje para a cultura brasileira, seja por meio de suas músicas que denunciaram e denunciam o racismo, a violência do Estado e a miséria na periferia – marcada pela pobreza e pela criminalidade –, seja ocupando outros espaços como as provas nacionais e vestibulares.

A imagem mostra duas provas do Exame do Ensino Médio de 2023 com os trechos "Até no lixão nasce Flor" e É só questão de tempo, o fim do sofrimento".".
Trechos de Vida Loka, parte I e II nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2023 (ENEM). Foto: Guilbert Inácio. 

Em 2021, foi ao ar a primeira temporada do podcast Mano a Mano, conduzido por Brown e a jornalista Semayat Oliveira, que chegou a sua terceira temporada em 2025.

Inclusive, o podcast, que já teve inúmeros convidados da cultura e da política vai virar  um livro, homônimo. A publicação sairá pela Companhia das Letras, que já publicou o livro “Sobrevivendo no Inferno”, em 2017. 

Segundo Tarso, o grupo representa a maior bandeira que a cultura negra e periférica já levantou nesse país, visto por muitos como super-heróis do gueto contra um sistema racista e neoliberal; além de produtores de uma música capaz de mudar a atitude e a perspectiva das pessoas, trazendo autoestima, além de muito conhecimento. 

“Um dos principais motivos do grupo se manter presente no cenário cultural é não se acomodar com a "força da camisa", como cita o Blue.  E sempre buscar ir além artisticamente, fazendo com que seus fãs tendam a ir para o mesmo caminho e continuem admirando sua arte e missão.”, finaliza Tarso. 

 

Serviço

O Museu das Favelas é gratuito e está aberto de terça a domingo, das 10h às 17h, com permanência permitida até às 18h. A retirada dos ingressos pode ser online ou na recepção do museu. Além da exposição “O Quinto Elemento”, também é possível visitar as exibições “Sobre Vivências” e “Favela é Giro”, nos mesmos horários.

Temáticas são abordadas desde os anos 60 no Japão e continuam exploradas até hoje
por
LUCCA CANTARIM DOS SANTOS
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16/06/2025 - 12h

“O sonífero”, projeto criado por Lucca Cantarim, estudante de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) , tem por objetivo combater a visão reacionária a respeito de temas de gênero no entretenimento.

Trazendo a história da presença de personagens de diversas sexualidades e gêneros nos mangás e animes dentro da mídia japonesa, o autor trás uma reflexão leve, descontraída, porém importante a respeito de uma representatividade tão importante.

Os sete artigos que compõem o projeto estão disponíveis para serem lidos no site “Medium”, no perfil autoral de Lucca. Os textos contém entrevistas com pesquisadores, fãs e até mesmo leitores de dentro da comunidade LGBT que se identificam e se abrem sobre a importância da representatividade para eles.

Disponível em: https://medium.com/@luccacantarim/list/o-sonifero-d19af775653e

 

Filme da Disney ganhou novo trailer nesta quinta-feira (21); confira
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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22/11/2024 - 12h
Pôster do filme Rei Leão
Filme será um prelúdio do filme Rei Leão (2019). Créditos: Divulgação/Disney

Filme aguardado por crianças, jovens e adultos de todo mundo, “Mufasa: O Rei Leão” já tem data de estreia nos cinemas brasileiros. No dia 19 de dezembro, a novidade chega às telas de todo o país. A história vai narrar acontecimentos antes do live-action “O Rei Leão” (2019).

Quem está no filme?

O passado de Mufasa (Aaron Pierre), será contado nesta nova história da Disney. Donald Glover voltará novamente como Simba, enquanto a cantora Beyoncé será Nala, conhecidos personagens no universo de “Rei Leão”. A novidade está em torno de Blue Ivy Carter, filha de Beyoncé e Jay-Z, que vai estrear como atriz dando voz à Kiara.

Novo trailer

Antes do lançamento do filme, a Disney soltou nesta última semana um último trailer para os fãs, que já conta com mais de sete milhões de visualizações. Confira:

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Hugh Grant, que já venceu Globo de Ouro, é o protagonista do 12° filme da produtora neste ano
por
Marcelo Victorio
João Pedro Lindolfo
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22/11/2024 - 12h

 

Cena do filme Herege
O filme de terror psicológico estreou nos cinemas nesta quinta-feira (21). Créditos: Divulgação / A24

“Herege” é o mais novo longa da aclamada produtora cinematográfica, A24. Estrelado por Hugh Grant, a novidade norte-americana conta a história de duas jovens missionárias que tentam converter um homem, mas acabam entrando em situação de perigo e presas na casa do personagem em questão. O filme é distribuído pela Diamond Films Brasil e já está em cartaz nos cinemas.

Entenda a história

Paxton (Chloe East) e Barnes (Sophie Thatcher), a princípio, são bem recepcionadas pelo Sr. Reed (Hugh Grant) em sua casa. No entanto, ao passar do tempo a situação vivida pelas missionárias começa a se tornar incômoda e percebem que quanto mais tempo passam no local, mais perigo correm. Em determinado momento, Sr. Reed força as duas a participarem de um jogo que desafia a fé delas em Deus.

A24

atores dos filmes produzidos pela a24
Atores dos últimos lançamentos da A24 (Mia Goth, Wagner Moura e Lola Petticrew). Créditos: Divugalção/A24

Já conhecida no cinema, a produtora, fundada em 2012 por Daniel Katz, David Fenkel e John Hodges, já lançou outros onze longas-metragens neste ano que incluem: Guerra Civil; Tuesday: O Último Abraço; e MaXXXine.

Assista ao trailer de Herege: 

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Loja que ganhou um novo lar em casarão histórico é uma ótima opção para quem busca atividades culturais em um ambiente acolhedor
por
Leticia Alcântara
Sophia Razel
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22/11/2024 - 12h

Em um ambiente agradável e vintage, o espaço da nova Livraria Cultura é composto por dois andares que promovem uma verdadeira atmosfera cultural, proporcionando muito mais que a experiência de comprar um livro. 

Ao adentrar o local, o visitante se depara com estantes que cobrem uma variedade impressionante de temas: desde literatura nacional e internacional, até quadrinhos, história, filosofia, arte, além de áreas como design e gastronomia. Há livros para todos os gostos e idades, garantindo que cada visitante encontre uma obra que desperte seu interesse e o transporte para novos universos literários.

Os apaixonados por livros infantis, por exemplo, encontrarão um espaço encantador, com um ambiente lúdico e interativo para as crianças. Isso cria a oportunidade perfeita para um passeio em família, permitindo que os pequenos se divirtam enquanto descobrem o prazer da leitura. 

Já para os amantes de uma boa sinfonia, a livraria também possui um piano à disposição de seus frequentadores, influenciando a interação com o universo musical e uma trilha sonora para as leituras feitas no local.

Foto de piano disponível na livraria
Piano disponível para os visitantes da livraria. Foto: Sophia Razel

Nova casa, novo capítulo

Em abril deste ano, após acumular dívidas de aluguel desde 2020, a justiça decretou ordem de despejo a livraria, que por muitos anos morou no coração de São Paulo, a Avenida Paulista. Agora localizada na Avenida Angélica, número 1212, o local faz sucesso e é destino de quem busca passeios culturais, principalmente aos finais de semana. 

O espaço é perfeito para aqueles que desejam fazer um programa agradável, apreciando uma boa leitura, descobrindo novos autores ou simplesmente aproveitando a arquitetura e o seu clima aconchegante. 

Os horários de funcionamento são: de segunda a sábado, das 9h às 22h e aos domingos das 11h às 20h.

Entrada Livraria Cultura, Higienópolis
Fachada do novo espaço da Livraria Cultura.
Foto: Letícia Alcântara

 

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Em seus primeiros 10 dias de exibição nos cinemas, o filme brasileiro quebra recordes,conquistando festivais e críticas internacionais
por
Majoí Costa
Nicole Conchon
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21/11/2024 - 12h
Foto: Pôster oficial do filme.
Foto: Pôster oficial do filme

 

O longa-metragem "Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, mergulha em temas complexos como o exílio, desaparecimento, repressão e resistência durante a ditadura civil-militar no Brasil. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme traz à tona a história de sua mãe, Eunice Paiva, interpretada pela atriz Fernanda Torres. A narrativa se desenrola ao redor da luta pessoal de Eunice junto aos seus cinco filhos, para lidar com a dor do desaparecimento de seu marido, o deputado cassado Rubens Paiva. 

A narrativa desenvolvida em torno da luta de Eunice fez com que o filme se tornasse um grande marco cultural no cinema brasileiro e uma das histórias mais completas sobre como ficaram as famílias dos presos e desaparecidos durante o regime militar. A personagem marcada pela vontade e perseverança de resgatar a história do que aconteceu com o seu marido, provoca uma reflexão forte sobre o custo humano na repressão política. 

 

Sucesso de público e crítica 

Além de Fernanda Torres, o elenco conta com grandes nomes do cinema brasileiro, e a direção de Walter Salles, reconhecido internacionalmente por filmes como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”, provocando uma profundidade única à obra. A sensibilidade ao tratar de um tema tão doloroso, aliado ao excelente trabalho dos atores, tem sido amplamente elogiada. 

 

O filme ter alcançado 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros é um indicativo de que o público está aberto a discutir e refletir momentos sombrios da história do país. Esse número também demonstra que as novas gerações, muitas vezes distantes das experiências diretas da ditadura, estão dispostas a se engajar com esse passado, entendendo suas implicações para o presente e o futuro. 

Os dados divulgados pela ComScore Brasil nesta segunda-feira, 18, mostram que o longa arrecadou R$23,5 milhões em bilheteria até o momento. Em seu primeiro final de semana, a produção alcançou a liderança no ranking dos filmes mais assistidos no Brasil. 

O filme será o representante brasileiro na corrida pelo Oscar 2025 pela Academia Brasileira de Cinema. Para mais de colecionar inúmeras críticas positivas nos principais veículos de cinema, o longa recebeu a estatueta de Melhor Roteiro pelo Festival de Veneza e na seção de Latino & Television do Critics Choice Awards pela atuação de Fernanda Torres. Ainda, com mais de 40 mil votos, a honraria foi concedida no Festival Internacional de Cinema de Vancouver, no Canadá. 

 

Cena de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, presa por dias.  Reprodução: Omelete
Cena de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, presa por dias. Reprodução: Omelete

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Impacto cultural

O Brasil vivenciou, entre 1964 e 1985, um regime militar brutal que perseguiu, torturou e matou opositores políticos. Milhares de pessoas, entre elas militantes, intelectuais, artistas e cidadãos comuns, sofreram diretamente com as consequências desse sistema autoritário. As marcas dessa repressão ainda estão presentes na sociedade brasileira através de histórias pessoais de sobreviventes, mas também por meio das famílias que continuam em busca por justiça e pela verdade.

Para além de um filme que conta a história de uma mãe, é sobre a memória de um país. Nesse cenário, “Ainda Estou Aqui” assume um papel crucial: ele não só resgata uma parte da história da nação, como também mantém viva a necessidade de compreender o impacto psicológico e social do regime. 

Mais que uma peça cinematográfica, o filme provoca uma reflexão vital, por meio do drama da perda, sobre os traumas do passado, os danos da Ditadura e a necessidade de preservação da memória histórica. 

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Do funk ao MPB, a programação inclui artistas brasileiros renomados e promete movimentar o turismo na cidade.
por
Majoí Costa
Nicole Conchon
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21/11/2024 - 12h
Visão do Cristo Redentor durante réveillon no Rio de Janeiro
Visão do Cristo Redentor durante réveillon no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação/ Riotur/ Fernando Maia 

A cidade do Rio de Janeiro começa a se preparar para uma das maiores festas de Réveillon do mundo. Este ano, Copacabana, conhecida por receber milhões de turistas de diversos locais, terá uma programação especial com artistas prestigiados. 

Entre os nomes já confirmados estão Anitta, Ivete Sangalo, Caetano Veloso e Maria Bethânia, que prometem marcar a noite com shows grandiosos. Além das apresentações musicais, o espetáculo de fogos de artifício, marca registrada do réveillon carioca, será novamente um dos pontos altos da festa, com uma exibição sincronizada com trilha sonora.

O show pirotécnico, terá a duração de 12 minutos, contará com dez balsas em Copacabana e outras três no Flamengo. Além destes locais, também estão previstas queimas de fogos na Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes, mas no alto dos hotéis, e não na praia.

 

Queima de fogos em Copacabana / Foto: Fernando Maia
Visão do Cristo Redentor durante réveillon no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação/ Riotur/ Fernando Maia 

 

Serão 12 palcos espalhados pela cidade, dois já foram confirmados especificamente em Copacabana, Palco Rio (em frente ao hotel Copacabana Palace), para celebrar a diversidade da música brasileira, e o Palco Pra Sambar. Estes receberão 20 torres de som, garantindo que todos os presentes possam aproveitar a música.  Os demais locais onde estão previstos palcos para festejar a chegada de 2025 são: Praia do Flamengo, Praia de Ramos, Parque Madureira, Penha, Ilha do Governador, Ilha de Paquetá, Parque Realengo, Parque Oeste (Inhoaíba), Praia de Sepetiba e Barra de Guaratiba.

O Réveillon 2025 promete não só atrair turistas de todo o mundo, mas também gerar uma grande movimentação econômica no setor de turismo e serviços. Só no ano passado, a movimentação econômica do evento foi de R$ 3 bilhões. 

Em Tweet publicado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, o político brinca: “Turistas podem reservar seus quartos de hotel! Cariocas se preparem!”.

A programação completa será divulgada em breve pelas redes sociais da  Prefeitura do Rio de Janeiro, incluindo os palcos e os horários das apresentações. 

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