
Segundo dados da Betway, 67 países, ou seja, um terço do mundo, têm ao menos um reality show indo ao ar em sua grade televisiva no ano. No Brasil, só na TV aberta, já foram exibidas, desde o ano 2000, pelo menos 63 edições.
O BBB, em 100 dias de programa, teve 163 milhões de brasileiros de olho nos brothers. Sendo em média, 40 milhões de telespectadores por exibição. Os realities shows têm uma longa história. Com o passar do tempo, sofreram muitas alterações, o que contribuiu para que esse tipo de programa fosse tão querido e envolvesse tanto o público na trama. O sucesso deles é insano e, cada vez, atingem mais pessoas. Pensando nisso, fizemos um episódio abordando a história dos realities aqui no Brasil desde os anos 2000, além de pensarmos nos motivos que fizeram com que eles conseguiram alcançar tanta audiência.
"Você sabe que posso levar isso para o próximo level, bebe" Essas são as palavras que a cantora norte-americana Britney Spears declara na faixa de abertura do seu sétimo álbum de estúdio entitulado Femme Fatale, antes da canção explodir em um refrão contagiante e viciante. O disco, lançado em 2011, completou 10 anos em 25 de março desse ano e se revela muito mais complexo e excelente revisitado com outros olhos e ouvidos.
Tomemos como exemplo o verso citado no começo do texto, o que parece ser uma simples composição de música chiclete se torna algo maior acompanhado da voz robótica da cantora e da produção eurodance da faixa. Spears de fato está elevando a música pop ao próximo nível – ao mundo da artificialidade, do dubstep – e fazendo jus ao título da música "Till the World Ends" nos convida a continuar dançando até o mundo acabar.
Os outros destaques do albúm são claros, o hit "Hold it Against Me" é uma das melhores canções de sua carreira, o hino de break up "Inside Out", a divertida "How I Roll" que se assemelha ao estilo da produtora SOPHIE, o EDM em parceria com will.i.am "Big Fat Bass", "Trip to Your Heart" que em momentos parece um update autotunado da famosa "Everytime" e "Criminal", uma balada mid-tempo que foi hit no Brasil.
Em seu "Manifesto ciborgue" publicado em 1985, a pensadora Donna Haraway se utiliza da imagem de um ciborgue, uma criatura pós-humana para demonstrar um ser que transcende as limitações de gênero e sexuais impostas pela sociedade dominante. Com Femme Fatale, Britney parece levar esse utopismo ao mundo pop, sua voz se encontra cada vez mais computadorizada e recheada de efeitos industriais, as músicas cada vez mais super produzidas, futuristas, com hooks e batidas viciantes. Não é à toa que o álbum serve de base para entendermos dois gêneros nascidos recentemente com raízes fortes na comunidade Queer online, o pc music e o hyperpop, que se conectam a nomes aclamados como SOPHIE, Charli XCX, A.G. Cook, Dorian Electra, entre outros.
Com o lançamento de "Framing Britney Spears", documentário produzido pelo The New York Times que expõe os assédios da grande mídia a cantora e a tutela imposta pelo pai que controla desde 2008 as finanças da filha, tornou-se necessário ressignificar os problemas mentais enfrentados por Britney que marcaram sua carreira em 2007, mas é também preciso fazer o mesmo com sua artisticidade. Se antes a musicista era definida por críticos esnobes como um mero fantoche nas mãos de sua gravadora, o cenário atual de boas-vindas ao poptimism e popularidade crescente do feminismo nos dizem outra coisa: a princesinha da pop sempre foi uma artista de talento, e o visionarismo de Femme Fatale confirma o fato.
A premiação mais importante do cinema mundial fez história em 2021, tanto positiva quanto negativamente. Isso porque, apesar da edição do Oscar deste ano ter sido a que teve a maior diversidade da história, foi também a que obteve o pior índice de audiência, superando a edição do ano passado, que tinha, até então, sido a pior audiência do Oscar. A cerimônia deste ano ocorreu no Teatro Dolby, em Los Angeles, Califórnia, no dia 25 de abril, quase dois meses após o previsto originalmente, devido ao impacto da pandemia de Covid-19 no mundo do cinema.
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Academia responsável pela organização do Oscar) parece, enfim, ter aberto os olhos para a diversidade no prêmio mais importante do cinema. Após ter recebido duras críticas nas últimas edições pela falta de diversidade na premiação, a Academia proporcionou o ano recorde em representatividade no Oscar. Na edição de 2015, por exemplo, nenhuma pessoa negra havia sido indicada nas principais categorias do prêmio. Já em 2021, além de negros, tivemos asiáticos, pessoas com a idade mais avançada e diversas mulheres concorrendo e levando a estatueta em várias categorias.
Como exemplo de vencedores, podemos citar Daniel Kaluuya, que conquistou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante pelo seu papel como Fred Hampton em “Judas e o Messias Negro”, e Chloé Zhao, diretora de “Nomadland”, que se tornou a primeira asiática e a segunda mulher a vencer o Oscar de Melhor Direção. Anthony Hopkins venceu o prêmio de Melhor Ator pelo seu papel como Anthony em “Meu Pai” e se tornou o mais velho vencedor dessa categoria. Além dos ingleses Riz Ahmed e Gary Oldman, disputavam com Hopkins o falecido Chadwick Boseman e o sul-coreano Steven Yeun, que se tornou o primeiro asiático a ser indicado na categoria de Melhor Ator da cobiçada estatueta. Já na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, Youn Yuh-jung fez história se tornando a primeira coreana a vencer um Oscar. Ela se tornou também a segunda mulher asiática a ganhar o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante.
Apesar de todas essas informações que trazem alegria e a esperança de um mundo mais justo, nem tudo foi alegria no Oscar 2021. A audiência desta edição foi a pior da história. A premiação foi assistida por 9,85 milhões de espectadores nos Estados Unidos, superando a edição do ano passado, que havia sido assistida por 23,6 milhões e era, até então, a pior audiência da história do Oscar. A queda da audiência da premiação do ano passado para a deste ano foi de cerca de 58,3%. Apesar da baixa, é importante ter em mente que a pandemia do coronavírus contribuiu firmemente para a queda na audiência. Além disso, não foi apenas o Oscar que sofreu com esse problema. O Globo de Ouro, por exemplo, teve uma média de 6,9 milhões de espectadores na edição de 2021, número muito inferior aos 18,3 milhões do ano passado. Vale lembrar que esses dados, tanto do Oscar como do Globo de Ouro, não consideram os espectadores de fora dos Estados Unidos.
A edição de 2021 do Oscar foi diferente de todas as outras. Definitivamente, entrou para a história. Não foi uma edição perfeita, mas muitas coisas boas podem ser vistas nela. A pandemia, de fato, afetou diversos setores, e o mundo do cinema, sem dúvidas, não foi exceção. A premiação do Oscar com menos audiência ter sido durante a pandemia não é nenhuma coincidência. Apesar disso, 2021 foi o ano no qual o Oscar mais abraçou a diversidade, algo que vinha sendo muito exigido pelo público, e isso deve sempre ser recordado.
O videogame exerce papel marcante na vida do jovem. Com o período pandêmico isso se agravou, ainda mais na era Geek na qual vivemos, da cultura pop e das tecnologias. Porém, há muito o que se levar em conta, por isso em uma conversa com Luís Felipe Meirelles Coelho, usuário de videogame, com Patrícia Amaral, psicóloga e Fernando Fraga, gerente comercial da loja Big Boy Games vamos falar sobre este assunto.
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São inegáveis a importância das músicas e a força com o público da banda Charlie Brown Jr no final dos anos 90 e nos anos 2000. A banda e os fãs, porém, acabaram sofrendo duros golpes. O vocalista e líder, Chorão, morreu no ano de 2013, vitima de uma overdose, e pouco tempo depois o baixista e braço direito de Chorão, Champignon, cometeu suicídio, dando fim a banda.
O filho de chorão Alexandre Abrão sempre tentou deixar o legado vivo da banda do Pai, foi essa tentativa que o aproximou de João Carvalho, ilustrador que ajuda Alexandre em projetos para manter a banda viva.
“Eu me sinto muito honrado de fazer parte da celebração da historia da banda, onde os fãs podem ter o contato e manter viva a história deles”, comenta João.
João conheceu Alexandre em 2015 participando de um evento juntos, hoje são grandes amigos. João desenvolve posters especiais para manter a historia da banda viva, mas ele sempre teve uma relação de carinho com a banda “Descobri com muitos da minha geração dos anos 2000 através da malhação, de ligar o rádio e estar sempre tocando as musicas deles, então o Charlie Brown Jr sempre esteve muito presente na minha vida”.
Com a chegada do documentário Marginal Alado, do diretor Felipe Novaes, que conta não só as histórias da banda mas do vocalista que era a alma da banda, Charlie Brown Jr foi para os Trend Topics e suas músicas foram as mais ouvidas por semanas no Spotify Brasil. Muitos fãs ficaram felizes com o documentário, como Camila Perdigão( 26) que falou um pouco da experiência dela com a banda e com o documentário.
“Acredito que tenha perdido um pouco força porque o Chorão era muito a cara e a representação da banda. Mas ainda tem muito jovem que cresceu ouvindo a banda, tipo o povo que nasceu nos anos 2000, por exemplo e aí depois quem nasceu antes e passou mais tempo ouvindo CBJR vai passar pros seus, sejam irmãos e irmãs mais novos ou agora filhos.”
Sobre sua identificação com a banda comentou que se sente ligada à banda por ser de sua cidade natal: “Me identifico pelo fato da banda ser de Santos, minha cidade então é a casa sobre o que é cantado”.
Camila também deu suas impressões sobre o filme: “documentário bom que mostra toda a trajetória da banda e principalmente do chorão. Nos mostra as intimidades, brigas, bastidores da banda e do vocalista e infelizmente nos mostra também o declínio em relação ao consumo de droga. Em diversos momentos do documentário o corpo chegava a arrepiar e bater uma emoção.”
Charlie Brown Jr permanece com o legado vivo entre diversas gerações e o documentário Marginal Alado abre portas para novas gerações conhecerem a banda e se conectarem com o legado dela, que dessa forma permanecerá sempre vivo.