Como os caminhos da vida do artista o levaram aos seus atuais modelos artísticos
por
Eduarda Teixeira Basso
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05/12/2023 - 12h

 

Nascido em Michigan nos Estados Unidos,  formado em arquitetura pela universidade de Maryland, com mestrado na Parson, o artista Evan Roth traz ao ambiente artístico um novo aspecto, moldando assuntos atuais com sua vida pessoal e criando obras originais e inusitadas. 

Atualmente morando na cidade de Berlim, Roth lembra sobre seu começo no ambiente artístico mencionando o período escolar: não tinha interesse em seguir um caminho nas artes, o que acabou o levando para o curso de arquitetura. Durante esse período,  ocorreu o surgimento da internet, que fez Roth se interessar mais pelas artes através das redes. Ele comenta: “ Em um certo ponto, eu percebi que eu estava tendo muito mais satisfação criativa fazendo isso depois do trabalho, criando coisas na internet, do que no escritório de arquitetura.” 

Assim, após terminar a faculdade, ele decidiu se dedicar à sua nova paixão. Procurou cursos que estavam começando a fazer design digital, o que acabou o levando a fazer um mestrado na faculdade de Comunicação, Design e Tecnologia da Parsons. No período acadêmico, já estava desenvolvendo projetos, como Taxonomia de Graffiti, Ilustração Tipografia, entre outros. 

Atualmente, Roth dá aulas em um curso de graduação na mesma faculdade em que completou seu mestrado, no programa de arte midiática. Ele trabalha em projetos de tese com os alunos, ao longo do último ano de graduação deles. Sobre dar aulas, ele consta: “ Eu gosto de ensinar. (...) Eu gosto de estar perto de estudantes e jovens, é um bom entretenimento”. 

Em palestras passadas, o americano tinha comentado sobre sua relação conturbada com a internet. Como foi um ponto inicial para sua inspiração nas artes, a forte mudança no ambiente tecnológico trouxe uma alteração pessoal no modo de observar esse fenômeno. Ele comenta sobre como antes o ambiente trazia um aspecto fortalecedor, o fato de tudo estar ao seu alcance foi algo que ele descreveu como “fascinante”. 

Com o tempo, o cenário do espaço virtual foi se modificando, assim como sua concepção. De algo leve e descontraído, em que era quase irônico chamar de um negócio, a internet foi logo se adaptando ao que é hoje. Essa perda de descontração e, de certa forma, liberdade, foi uma característica que impactou Roth. Ele menciona, “Acho que também a Internet estava mudando porque as pessoas estavam descobrindo, muito rapidamente, que muito dinheiro poderia ser feito lá.”

Ele também comenta sobre como essa modificação o fez questionar sua carreira artística: “Essa dinâmica mudou totalmente, e foi meio decepcionante assistir, porque meus olhos não previram isso (...) Eu passei por uma fase em que foi decepcionante, e então fiquei meio que questionando minha própria prática artística, tipo, pensando que não preciso que a Internet seja o ponto central da minha prática”

Mesmo ela não sendo o ponto central de todos seus trabalhos artísticos, o início da sua juventude, que de certa forma foi determinada pelo seu uso da internet, trouxe inspirações que até hoje é destacada em suas criações.

Algumas de suas obras podem ser definidas como um trabalho que visualiza a cultura através da tecnologia. Ele é capaz de misturar arte em sua forma estética, com seu interesse pela internet e seu funcionamento.  

 

PROJETOS 

 

Em seu projeto mais longínquo, a série “Landscape” (Paisagens) Evan Roth trabalha com a ideia da fisicalidade da internet, e assim, constrói imagens de paisagem da natureza, modificadas pelo uso da tecnologia. Iniciado em 2014, o americano visitava instalações de cabos submarinos de fibra óptica da internet que emergiram do oceano. 

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Imagem retirada do site Evan-roth.com - Cabos saindo do oceano na Australia

 

Ele menciona sua busca em mudar seu relacionamento e sua forma de pensar com a internet, e como esse projeto foi uma busca por esse movimento. Na época em que o projeto começou, não existiam tantas discussões sobre a infraestrutura da internet como há hoje, o artista relembra. Ele complementa: “E essa foi outra maneira interessante de pensar de forma diferente sobre a web. Em vez de apenas pensar nisso como uma espécie de fenômeno social, pensar nisso como algo físico, e através da compreensão da fisicalidade da web, não apenas como ela funciona tecnicamente, mas onde ela funciona.”

No começo da série, ele utilizava instrumentos de caça fantasma e tirava fotografias em preto e branco das paisagens encontradas. Todavia, ao pesquisar sobre o assunto de forma técnica, ele chegou aos fundamentos das fibras ópticas, e procurou entender as faixas de frequência, o que o levou ao espectro infravermelho.  Essa descoberta modificou o projeto, que passou a ser reproduzido através de imagens na frequência semelhante à internet, por modificações manuais das câmeras.  

 

De outro modo, essa série se destaca em sua vida, que de forma não intencional, se relaciona com o atual funcionamento da internet. Roth explica: “A outra coisa que fiz com aquela série, que foi diferente de outros projetos, foi permitir que fosse um pouco lento. Na minha experiência com artes midiáticas, socialmente, eu diria que há esse impulso de ‘o que vem a seguir? Qual é o próximo?’ (...)“

Sobre a intencionalidade de desacelerar com o projeto, que continua até hoje, ele complementa “ Aquele projeto que foi importante para mim, foi como pensar na lentidão como uma forma de combater alguns dos tipos de impulso que sei que sinto. Acho que muitas pessoas sentem, sempre tendo que seguir em frente rapidamente para a próxima coisa”.​

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Imagem tirada por Alexandre Delmar- exposição em Portugal do projeto "Red Lines with Landscapes"

 

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Imagem por Alexandre Delmar - exposição em Portugal em 2020 

Outro projeto do artista é o intitulado “Since you were born” (desde que você nasceu), em que ele expõe seus dados de navegação na internet, desde o dia que sua segunda filha nasceu, em 29 de junho de 2016, até preencher a Atrium Gallery, contabilizando em torno de quatro meses de pesquisa na rede. 

Do chão ao teto a sala é coberta por imagens. As cores vibrantes que nos prendem na tela de aparelhos tecnológicos tomam outros significados ao serem apresentadas em uma galeria. Utilizando páginas da internet, uma história é traçada da forma mais pessoal possível, ao mesmo tempo, demonstra como a internet passou a traçar a história da nossa vida, através do que consumimos nela no dia a dia. 

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Imagem retirada do site Evan-roth.com- Exposição em Red Brick Art Museum em Beijin, China

 

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Imagem: Fred Dott- Exposição “Give and Take” parte do projeto "Since you were born" na Alemnhã em 2022

Mesmo a tecnologia sendo grande parte de sua arte, ao tratar de sua relação com ela, ele expõe um alívio em não ter nascido nos dias atuais, e ter evitado crescer com as redes sociais, “Eu tenho tantos problemas, como me forçar a não ficar preso nesses pergaminhos de destruição infinita, penso como é para os jovens.”

Mas sua relação com o assunto, deixou de ser algo preto e branco. De fascinado com esse novo mundo em seu início à uma relação turbulenta com sua mudança, atualmente ele se encontra em outro lugar: “Não é que eu ache que seja apenas um lugar incrível e fortalecedor. Eu não acho que seja pura maldade ou algo assim. Mas eu acho que é assim, você sabe, é como qualquer outra coisa, como se você devesse sempre questionar quem se beneficia com o sistema de participação.”


 

NOVO PROJETO

 

Evan Roth varia quando se trata de formas de arte. Ele navega por diferentes criações artísticas, sendo a mais nova delas, a música. Em 2023 ele começou um projeto chamado “Rotary Farm”. Sobre isso, ele comenta: “Para mim, música é algo que estou fazendo apenas como um projeto de paixão.”. Ele mencionou que ao contrário do seu trabalho artístico, no qual leva de forma mais séria e profissional, com a música ele procura se divertir. 

Sobre sua relação com a música, Roth expressa: “A música é incrível (...) Para mim, a música é a arte original, na qual você pode fazer algo divulgá-lo. Você não precisa dizer nada sobre isso. Pode afetar o humor de alguém, pode mudar o pensamento de alguém. Para mim a música é realmente. Não sei. Há algo na música que é muito difícil de descrever e simplesmente poderoso.”

 

Com influências do Pop e no Hip Hop, (artistas como Killer Mike e André 3000 estão em seu repertório musical) ele se vê recorrendo a interesses do passado em seu projeto. Ao discorrer sobre o assunto, ele comenta: “ a música também é estranha, porque é tão baseada na nostalgia, o que geralmente sou crítico, em relação à nostalgia, mas muitas das minhas práticas de ouvir música vêm de crescer com música hip hop, então muitos dos meus pontos de contato para ouvir música pop contemporânea são de escutar muito rap dos anos 80, 90 e início dos anos 2000, o que para mim foi muito interessante.”

 

A obsessão do mundo pela tecnologia, fez com que muitas coisas acabassem mudando junto com sua chegada. Uma delas foi a arte, que como apresentada, é um dos temas principais tratados na obra de Evan Roth. Ao discorrer sobre o significado de arte, Roth desenvolve a ideia da importância de obras que não estão baseadas na necessidade de “resolver os problemas do mundo”. Ele conclui: “Acho que uma coisa à qual estou voltando cada vez mais ultimamente é a sinceridade. Eu acho que se os artistas estão fazendo coisas de um ponto de vista sincero, e estão fazendo algo porque estão entusiasmados com isso e amam isso, para mim, no final das contas, isso comunica mais e isso é mais comovente do que muitas outras coisas.”

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Composto por performances e discursos gravados, evento não é mais o que se espera de uma premiação
por
Victória da Silva
Vitor Nhoatto
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23/11/2023 - 12h

Estreando seu novo formato totalmente digital e acontecendo em nova data, o Billboard Music Awards 2023 consagrou neste domingo (19) artistas como Karol G, Drake e Taylor Swift. No entanto, formado por vídeos pré-gravados e sem  tapete vermelho ao vivo. A premiação foi marcada pela baixa repercussão midiática e desapontamento com o modelo adotado.

Tradicionalmente realizado nos Estados Unidos, desde 2011, anualmente em maio, o evento promovido pela revista Billboard este ano foi reagendado para substituir o American Music Awards (AMAs). A empresa Dick Clark Production, dona de ambas as premiações, realocou o AMAs para o ano de 2024, o que gerou certa estranheza dos espectadores desde o início.

Somado a isso e a configuração inédita de performances e discursos gravados, o público ainda foi surpreendido pela transmissão não televisionada do evento pela primeira vez, tendo ficado restrita ao site da Billboard. A lista de vencedores foi divulgada durante o evento. No entanto, os artistas já haviam sido informados semanas antes do programa, e já estavam com as estatuetas nos vídeos de agradecimento. 

Performances

Cantora americana Bebe Rexha durante uma performance da música I’m Good (Blue) com os braços abertos em um cenário escuro profundo com fumaça ao fundo e uma orquestra sinfônica. Ela está em frente a um microfone e veste um vestido preto com detalhes em prateado e luvas de renda preta e com um cabelo platinado liso.
Performance de Bebe Rexha da sua música "I'm Good (Blue)” feat. David Guetta. - Foto: Reprodução/Youtube

Abrind os trabalhos da noite de domingo, Karol G apresentou um medley das músicas ‘QLONA’, ‘Labios Mordidos’ e ‘OJOS FERRARI’. Gravada em Los Angeles, a performance da cantora colombiana contou com vários dançarinos e coreografia afiada em um palco coberto por água, sendo marcada por movimentos sensuais e belos efeitos no molhado cenário.

Mesmo com o ‘flop’ do evento, fãs de Mariah Carey conseguiram apreciar a performance da aclamada música natalina ‘All I Want For Christmas Is You’ que teve pela primeira vez uma apresentação em premiações. Além disso, a cantora foi homenageada pelo prêmio Billboard Chart Achievement, já que marcou a lista Hot 100 da Billboard em várias décadas diferentes, em especial com a canção de natal apresentada — que todo final de ano volta a aparecer na parada de sucesso norte-americana.

Com direito à orquestra sinfônica e efeitos cinematográficos, Bebe Rexha entregou uma performance impecável do seu estrondoso sucesso 'I'm Good (Blue)' em parceria com David Guetta. Em seguida, em um cenário diferente e com várias dançarinas, a cantora americana cantou o seu último lançamento em conjunto ao DJ, 'One In A Million', indicada ao Grammys 2024. 

Outro destaque foi a apresentação de Tate McRae com a música 'Greedy', que viralizou no TikTok recentemente e domina as paradas de sucesso do mundo todo. Gravada em um hotel em Los Angeles, a performance foi marcada pela intensa coreografia por parte de Tate e das dezenas de dançarinos.

Para a felicidade dos stays, o grupo sul-coreano Stray Kids apresentou as faixas “S-Class” e “LALALA” com uma performance coreografada, figurinos impactantes e vários dançarinos. Mesmo não sendo ao vivo, a apresentação foi um marco para os fãs do octeto e para o próprio grupo de K-pop, já que foi sua estreia no palco da Billboard Music Awards.

Sendo o maior vencedor da edição deste ano com 11 estatuetas no total, o cantor country Morgan Wallen também se apresentou. Envolvido em polêmicas com falas racistas em 2021, ele fechou a premiação cantando sua música em homenagem ao time de baseball Atlanta Braves intitulada '98 Braves'. 

Premiações

Cantora norte-americana Karol G em um vestido de látex quase transparente bem colado ao corpo com cabelo loiro molhado segurando um troféu do Billboard Music Awards na mão esquerda com o braço para baixo, e com um microfone na mão direita para cima ao comemorar a recepção do prêmio em um estúdio de gravação totalmente branco com luzes dando um efeito degradê levemente alaranjado
Karol G durante vídeo de agradecimento ao receber prêmios no BBMAs 2023. -  Foto: Gilbert Flores 

Mesmo com a informação de que os ganhadores da BBMAs haviam sido notificados com antecedência sobre seus prêmios e não com os gritos e reação do público, ainda houve a curiosidade de quais foram os principais vencedores. De várias partes do mundo, os ganhadores enviaram vídeos já com os troféus em mãos, muitos nos cenários de suas performances e com o mesmo look do tapete vermelho.

Nessa noite de domingo, Taylor Swift levou para casa 10 das 20 estatuetas que estava concorrendo, se igualando ao rapper Drake como artista com mais BBMAs, cada um com 39 no total. Ela faturou categorias como Melhor Artista e Melhor Música em Vendas com 'Anti-Hero'. Enquanto isso, o rapper norte-americano ganhou 5 das 14 indicações que teve, dentre elas Melhor Artista de Rap e Melhor Artista Masculino de Rap. 

Tendo sido o grande vencedor da noite, o cantor Morgan Wallen ganhou 11 categorias das 17 indicações que teve, incluindo: Melhor Artista Masculino, Melhor Álbum da Billboard 200 com ‘One Thing at a Time’ e ainda, Melhor Música Hot 100 e Melhor Música em Streaming com a canção “Last Night”.

Zach Bryan se destacou ganhando 4 prêmios, dentre eles Melhor Artista Novo e Melhor Álbum de Rock com “American Heartbreak”. Além disso, Karol G marcou presença além da performance ao faturar dois prêmios, sendo eles Melhor Artista Feminina Latina e Melhor Artista Latino de Turnê, enquanto Bebe Rexha junto a David Guetta levou em Melhor Música Dance/Eletrônica por I'm Good (Blue).

SZA ganhou 4 das 17 categorias em que havia sido indicada, incluindo Melhor Artista de R&B, Melhor Artista Feminina de R&B, Melhor Álbum de R&B com ‘SOS’ e Melhor Música de R&B com a faixa “Kill Bill”. The Weeknd também brilhou na edição deste ano, recebendo a estatueta de Melhor Artista Masculino de R&B.

No gospel, pela terceira vez consecutiva, Kanye West ganhou a categoria de Melhor Artista Gospel, causando um certo alvoroço nas redes sociais. O rapper competiu pela estatueta devido às suas composições de Hip-Hop Cristão presentes no álbum “Jesus is King” de 2019 e “Donda” de 2021. Como em todas as categorias da premiação, somente o desempenho em vendas e streams nas plataformas musicais é levado em consideração, não havendo votação aberta. 

Ganhando como Melhor Trilha Sonora, “Barbie: The Album” recebeu prestígio depois de todo o sucesso cinematográfico do filme de Greta Gerwig. Contando com artistas como Sam Smith, Dua Lipa, Tame Impala e Nicki Minaj, o trabalho também está indicado ao Grammys 2024.

Uma polêmica que repercutiu entre os kpoppers foi a nova categoria de Melhor Música de K-pop, que teve como ganhador o single “Seven” do cantor Jungkook em parceria com a rapper norte-americana Latto. No momento em que o prêmio foi anunciado, somente a imagem da cantora aparece, causando revolta nas armys que tanto admiram o compositor sul-coreano.

Abaixo a lista completa de vencedores das 71 categorias:

MELHOR ARTISTA
Drake
Luke Combs
Morgan Wallen
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)

ARTISTA REVELAÇÃO
Bailey Zimmerman
Ice Spice
Jelly Roll
Peso Pluma
Zach Bryan (VENCEDOR)

MELHOR ARTISTA MASCULINO
Drake
Luke Combs
Morgan Wallen (VENCEDOR)
The Weeknd
Zach Bryan

MELHOR ARTISTA FEMININA
Beyoncé
Miley Cyrus
Olivia Rodrigo
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)

MELHOR DUO/GRUPO
Eslabon Armado
Fifty Fifty
Fuerza Regida (VENCEDOR)
Grupo Frontera
Metallica

MELHOR ARTISTA BILLBOARD 200
Drake
Luke Combs
Morgan Wallen
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)

MELHOR COMPOSITOR HOT 100 [NOVA CATEGORIA]
Ashley Gorley
Jack Antonoff
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)
Zach Bryan

MELHOR PRODUTOR HOT 100 [NOVA CATEGORIA]
Jack Antonoff
Joey Moi (VENCEDOR)
Metro Boomin
Taylor Swift
Zach Bryan

MELHOR ARTISTA HOT 100
Drake
Luke Combs
Morgan Wallen (VENCEDOR)
SZA
Taylor Swift

MELHOR ARTISTA – STREAMING
Drake
Morgan Wallen (VENCEDOR)
SZA
Taylor Swift
Zach Bryan

MELHOR ARTISTA – VENDAS
Jason Aldean
Miley Cyrus
Morgan Wallen
Oliver Anthony Music
Taylor Swift (VENCEDORA)

MELHOR ARTISTA – RÁDIO
Miley Cyrus
Morgan Wallen
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)
The Weeknd

ARTISTA GLOBAL 200
Bad Bunny
Morgan Wallen
SZA
Taylor Swift (VENCEDORA)
The Weeknd

ARTISTA GLOBAL (EXCLUSIVO NOS EUA)
Bad Bunny
Ed Sheeran
NewJeans
Taylor Swift (VENCEDORA)
The Weeknd

MELHOR ARTISTA R&B
Beyoncé
Chris Brown
Rihanna
SZA (VENCEDORA)
The Weeknd

MELHOR ARTISTA R&B MASCULINO
Chris Brown
Miguel
The Weeknd (VENCEDOR)

MELHOR ARTISTA R&B FEMININA
Beyoncé
Rihanna
SZA (VENCEDORA)

MELHOR TURNÊ R&B
Beyoncé (VENCEDORA)

Bruno Mars
The Weeknd

MELHOR ARTISTA RAP
21 Savage
Drake (VENCEDOR)
Lil Baby
Metro Boomin
Travis Scott

MELHOR ARTISTA RAP MASCULINO
21 Savage
Drake (VENCEDOR)
Travis Scott

MELHOR ARTISTA RAP FEMININA
Doja Cat
Ice Spice
Nicki Minaj (VENCEDORA)

MELHOR TURNÊ RAP
50 Cent
Drake (VENCEDOR)
Snoop Dogg & Wiz Khalifa

MELHOR ARTISTA COUNTRY
Bailey Zimmerman
Luke Combs
Morgan Wallen (VENCEDOR)
Taylor Swift
Zach Bryan

MELHOR ARTISTA COUNTRY MASCULINO
Luke Combs
Morgan Wallen (VENCEDOR)
Zach Bryan

MELHOR ARTISTA COUNTRY FEMININA
Lainey Wilson
Megan Moroney
Taylor Swift (VENCEDORA)

MELHOR DUO/GRUPO COUNTRY
Old Dominion
Parmalee
Zac Brown Band (VENCEDOR)

MELHOR TURNÊ COUNTRY
George Strait
Luke Combs
Morgan Wallen (VENCEDOR)

MELHOR ARTISTA ROCK
Jelly Roll
Noah Kahan
Stephen Sanchez
Steve Lacy
Zach Bryan (VENCEDOR)

MELHOR DUO/GRUPO ROCK [NOVA CATEGORIA]
Arctic Monkeys (VENCEDOR)

Foo Fighters
Metallica

MELHOR TURNÊ ROCK
Coldplay (VENCEDOR)

Depeche Mode
Elton John

MELHOR ARTISTA LATINO
Bad Bunny (VENCEDOR)

Eslabon Armado
Fuerza Regida
Karol G
Peso Pluma

MELHOR ARTISTA LATINO MASCULINO
Bad Bunny (VENCEDOR)

Peso Pluma
Rauw Alejandro

MELHOR ARTISTA LATINA FEMININA
Karol G (VENCEDORA)

ROSALÍA
Shakira

MELHOR DUO/GRUPO LATINO
Eslabon Armado
Fuerza Regida (VENCEDOR)
Grupo Frontera

MELHOR TURNÊ LATINA
Daddy Yankee
Karol G (VENCEDORA)
RBD

MELHOR ARTISTA GLOBAL K-POP [NOVA CATEGORIA]
Jimin
NewJeans (VENCEDOR)
Stray Kids
TOMORROW X TOGETHER
TWICE

MELHOR TURNÊ K-POP [NOVA CATEGORIA]
BLACKPINK (VENCEDOR)

SUGA
TWICE

MELHOR ARTISTA AFROBEATS [NOVA CATEGORIA]
Burna Boy (VENCEDOR)

Libianca
Rema
Tems
Wizkid

MELHOR ARTISTA DANCE/ELETRÔNICA
Beyoncé (VENCEDORA)

Calvin Harris
David Guetta
Drake
Tiësto

MELHOR ARTISTA CRISTÃO
Brandon Lake
Elevation Worship
for KING & COUNTRY
Lauren Daigle (VENCEDORA)
Phil Wickham

MELHOR ARTISTA GOSPEL
CeCe Winans
Elevation Worship
Kanye West (VENCEDOR)
Kirk Franklin
Maverick City Music

ÁLBUM BILLBOARD 200
Drake & 21 Savage, Her Loss
Metro Boomin, HEROES & VILLAINS
Morgan Wallen, One Thing at a Time (VENCEDOR)
SZA, SOS
Taylor Swift, Midnights

MELHOR TRILHA SONORA
Barbie: The Album (VENCEDORA)

Pantera Negra: Wakanda para Sempre
ELVIS
Homem-Aranha Através do Aranhaverso
Top Gun: Maverick

MELHOR ÁLBUM R&B
Beyoncé, RENAISSANCE
Brent Faiyaz, WASTELAND
Drake, Honestly, Nevermind
Steve Lacy, Gemini Rights
SZA, SOS (VENCEDOR)

MELHOR ÁLBUM RAP
Drake & 21 Savage, Her Loss (VENCEDOR)

Future, I Never Liked You
Lil Baby, It’s Only Me
Metro Boomin, HEROES & VILLAINS
Travis Scott, UTOPIA

MELHOR ÁLBUM COUNTRY
Luke Combs, Gettin’ Old
Luke Combs, Growin’ Up
Morgan Wallen, One Thing at a Time (VENCEDOR)
Taylor Swift, Speak Now (Taylor’s Version)
Zach Bryan, American Heartbreak

MELHOR ÁLBUM ROCK
HARDY, the mockingbird & THE CROW
Jelly Roll, Whitsitt Chapel
Noah Kahan, Stick Season
Steve Lacy, Gemini Rights
Zach Bryan, American Heartbreak (VENCEDOR)

MELHOR ÁLBUM LATINO
Bad Bunny, Un Verano Sin Ti (VENCEDOR)

Eslabon Armado, DESVELADO
Ivan Cornejo, Dañado
Karol G, MAÑANA SERÁ BONITO
Peso Pluma, GÉNESIS

MELHOR ÁLBUM K-POP [NOVA CATEGORIA]
Jimin, FACE
NewJeans, 2nd EP ‘Get Up’
Stray Kids, 5-STAR (VENCEDOR)
TOMORROW X TOGETHER, The Name Chapter: TEMPTATION
TWICE, READY TO BE: 12th Mini Album

MELHOR ÁLBUM DANCE/ELETRÔNICO
Beyoncé, RENAISSANCE (VENCEDOR)

Drake, Honestly, Nevermind
ILLENIUM, ILLENIUM
Kim Petras, Feed the Beast
Tiësto, DRIVE

MELHOR ÁLBUM CRISTÃO
Anne Wilson, My Jesus (VENCEDOR)

Brandon Lake, House of Miracles
CAIN, Rise Up
Elevation Worship, LION
Lauren Daigle, Lauren Daigle

MELHOR ÁLBUM GOSPEL
Jonathan McReynolds, My Truth
Maverick City Music x Kirk Franklin, Kingdom Book One (VENCEDOR)
Tye Tribbett, All Things New
Whitney Houston, I Go to the Rock: The Gospel Music of Whitney Houston
Zacardi Cortez, Imprint (Live in Memphis)

MÚSICA HOT 100
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage, “Creepin’”
Miley Cyrus, “Flowers”
Morgan Wallen, “Last Night” (VENCEDORA)
SZA, “Kill Bill”
Taylor Swift, “Anti-Hero”

MELHOR MÚSICA – STREAMING
Miley Cyrus, “Flowers”
Morgan Wallen, “Last Night” (VENCEDORA)
SZA, “Kill Bill”
Taylor Swift, “Anti-Hero”
Zach Bryan, “Something in the Orange”

MÚSICA MAIS VENDIDA
Jason Aldean, “Try That in a Small Town”
Jimin, ‘Like Crazy”
Miley Cyrus,“Flowers”
Oliver Anthony Music, “Rich Men North of Richmond”
Taylor Swift, “Anti-Hero” (VENCEDORA)

MELHOR MÚSICA – RÁDIO
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage, “Creepin’”
Miley Cyrus, “Flowers” (VENCEDORA)
Rema & Selena Gomez, “Calm Down”
Taylor Swift, “Anti-Hero”
The Weeknd & Ariana Grande “Die for You”

MELHOR COLABORAÇÃO
David Guetta & Bebe Rexha, “I’m Good (Blue)”
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage, “Creepin’” (VENCEDORA)
Rema & Selena Gomez, “Calm Down”
Sam Smith & Kim Petras, “Unholy”
The Weeknd & Ariana Grande, “Die for You”

MÚSICA GLOBAL 200
Miley Cyrus, “Flowers” (VENCEDORA)

Rema & Selena Gomez, “Calm Down”
SZA, “Kill Bill”
Taylor Swift, “Anti-Hero”
The Weeknd & Ariana Grande, “Die for You”

MÚSICA GLOBAL (EXCLUSIVO NOS EUA)
David Guetta & Bebe Rexha, “I’m Good (Blue)”
Harry Styles, “As It Was”
Miley Cyrus, “Flowers” (VENCEDORA)
Rema & Selena Gomez, “Calm Down”
The Weeknd & Ariana Grande, “Die for You”

MELHOR MÚSICA R&B
Metro Boomin, The Weeknd & 21 Savage, “Creepin’”
Miguel, “Sure Thing”
The Weeknd & Ariana Grande, “Die for You”
SZA, “Kill Bill” (VENCEDORA)
SZA, “Snooze”

MELHOR MÚSICA RAP
Coi Leray, “Players”
Drake & 21 Savage, “Rich Flex” (VENCEDORA)
Gunna, “fukumean”
Lil Durk ft. J. Cole, “All My Life”
Toosii, “Favorite Song”

MELHOR MÚSICA COUNTRY
Bailey Zimmerman, “Rock and a Hard Place”
Luke Combs, “Fast Car”
Morgan Wallen, “Last Night” (VENCEDORA)
Morgan Wallen, “You Proof”
Zach Bryan, “Something in the Orange”

MELHOR MÚSICA ROCK
Jelly Roll, “Need A Favor”
Stephen Sanchez, “Until I Found You”
Steve Lacy, “Bad Habit”
Zach Bryan ft. Kacey Musgraves, “I Remember Everything”
Zach Bryan, “Something in the Orange” (VENCEDORA)

MELHOR MÚSICA LATINA
Eslabon Armado x Peso Pluma, “Ella Baila Sola” (VENCEDORA)

Fuerza Regida x Grupo Frontera, “Bebe Dame”
Grupo Frontera x Bad Bunny, “un x100to”
Karol G & Shakira, “TQG”
Yng Lvcas x Peso Pluma, “La Bebe”

MELHOR MÚSICA K-POP [NOVA CATEGORIA]
Fifty Fifty, “Cupid”
Jimin, “Like Crazy”
Jungkook ft. Latto, “Seven” (VENCEDORA)
NewJeans, “Ditto”
NewJeans, “OMG”

MELHOR MÚSICA AFROBEATS [NOVA CATEGORIA]
Ayra Starr, “Rush”
Libianca, “People”
Oxlade, “KU LO SA”
Rema & Selena Gomez, “Calm Down” (VENCEDORA) 
Victony, Rema, & Tempoe ft. Don Toliver, “Soweto”

MELHOR MÚSICA DANCE/ELETRÔNICA
Bizarrap & Shakira, “Shakira: Bzrp Music Sessions, Vol. 53”
David Guetta, Anne-Marie & Coi Leray, “Baby Don’t Hurt Me”
David Guetta & Bebe Rexha, “I’m Good (Blue)” (VENCEDORA)
Elton John & Britney Spears, “Hold Me Closer”
Tiësto ft. Tate McRae, “10:35”

MELHOR MÚSICA CRISTÃ
Brandon Lake, “Gratitude” (VENCEDORA)
Chris Tomlin, “Holy Forever”
for KING & COUNTRY with Jordin Sparks, “Love Me Like I Am”
Lauren Daigle, “Thank God I Do”
Phil Wickham, “This Is Our God”

MELHOR MÚSICA GOSPEL
CeCe Winans, “Goodness of God” (VENCEDORA)

Crowder & Dante Bowe ft. Maverick City Music, “God Really Loves Us”
Elevation Worship ft. Chandler Moore & Tiffany Hudson, “More Than Able”
Maverick City Music & Kirk Franklin ft. Brandon Lake & Chandler Moore, “Fear is Not My Future”
Zacardi Cortez, “Lord Do It for Me (Live in Memphis)”

Entenda por quê a 15a. retomada indígena foi marcada pela resistência e quais as dificuldades encontradas por alunos indígenas da PUC-SP
por
Eduarda Teixeira Basso
Gusthavo Sampaio
Maria Clara Aoki
|
21/11/2023 - 12h

A 15ª Retomada Indígena ocorreu nos dias 9 e 10 de novembro na PUC-SP, no Campus Monte Alegre. O evento, que teve como tema “Decolonialidade, Terra e Ancestralidade”,  tem um papel importante para os indígenas que estudam na universidade, e o ato procura mostrar a diversidade que a cultura do grupo traz para o ambiente acadêmico. Assim, a reportagem em vídeo a seguir mostra como foi a décima quinta retomada, e sua magnitude.

 

Mostra em homenagem a Othon Bastos e peça sobre Bossa Nova estão entre as opções culturais
por
Giulia Palumbo
|
20/11/2023 - 12h

À medida que o ano se aproxima do fim, muitas pessoas estão planejando escapar da agitação da cidade e aproveitar os dias de folga. No entanto, para aqueles que optarem por ficar em São Paulo no fim de semana, há diversas oportunidades para relaxar e explorar a vida cultural da capital. Aqui estão cinco opções de passeios culturais gratuitos para aproveitar durante o fim de semana.


6ª Mostra de Dança

O evento chega à sua última semana, que neste ano tem como tema a memória do corpo. Na programação estão as apresentações de obras como "D’Existir", da coreógrafa pernambucana Mariana Muniz, "Movendo o Solo de Terrenos Submersos", do baiano Neemias Santana, "CorpoCatimbó", do multiartista cearense Zé Viana Junior e "Angelim Vermelho", da coreógrafa amazonense Francis Baiardi, entre outros. As apresentações acontecem no palco e na calçada. 

Onde: Itaú Cultural - av. Paulista, 149, Bela Vista, região central. De terça a sábado, das 11h às 20h; domingo e feriados, das 11h às 19h. 

90 Anos de Othon Bastos

A mostra celebra as nove décadas de vida do ator baiano com a exibição de alguns filmes clássicos de sua trajetória, entre eles o histórico "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha, "Triste Trópico", de Arthur Omar, "Bicho de Sete Cabeças", de Laís Bodanzky e "S. Bernardo", de Leon Hirszman.

Onde: Cinemateca Brasileira - lgo. Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino. De sexta-feira as 19h, sábado das 16h às 19h30 e domingo às 18h. 

Foto Reprodução

Bardot

Os amantes do cinema clássico da primeira metade do século 20 poderão acompanhar a exibição gratuita de "Bardot", série que narra a ascensão meteórica da atriz Brigitte Bardot na França do pós-guerra. A série busca explorar os caminhos que tornaram a atriz uma estrela mundial e também aqueles que fizeram com que ela se tornasse uma figura reclusa, avessa à vida pública e que coleciona acusações de antissemitismo e racismo.

Onde: Cine Marquise - av. Paulista, 2.073, Cerqueira César, região oeste. De sábado e domingo, das 18h às 20h.

Bossa Nova Cabaret

Livremente inspirado em fatos e passagens da história da criação da bossa nova, o espetáculo é uma comédia de variedades retratada em formato de um show, que traz ainda personagens e músicas do movimento fundado por Johnny Alf, João Gilberto e Antônio Carlos Jobim. A produção é do grupo Circo Grafitti e tem no elenco nomes como Rosi Campo, Conrado Caputo e Rachel Ripani.

Onde: Teatro do Sesi - av. Paulista, 1.313, Cerqueira César, região oeste. De quinta a sábado, às 20h, aos domingos a partir das 19h. 

Foto Reprodução
Elenco da peça de teatro que promete entreter o público (foto divulgação)

Divas do Jazz


A cantora Graça Cunha interpreta, como o título do show faz supor, o repertório de divas do jazz americano, entre elas Ella Fitzgerald, Billie Holiday, Sarah Vaughan e Nina Simone. A diva soul Aretha Franklin entra no repertório também, ao lado de nomes contemporâneos do pop jazz, como Norah Jones e Diana Krall. Na setlist, clássicos como "Fever", "My Baby Just Cares for Me" e "Night and Day".

Onde: Sesc Campo Limpo - r. Nossa Senhora do Bom Conselho, 120, Chácara Nossa Senhora do Bom Conselho, região sul. De sexta-feira, às 20h

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A paralisação terminou após 118 dias de filmes e séries suspensos.
por
Giovanna Montanhan
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16/11/2023 - 12h

O comitê representante dos atores (SAG-AFTRA) divulgou na última quarta-feira (08), em suas redes sociais, que conseguiu alcançar um acordo com os estúdios de cinema representados pela AMPTP - Alliance of Motion Picture and Television Producers. Uma das maiores problemáticas era a demora de atingir um consenso entre as partes, a melhora salarial e como articular da melhor forma a questão que envolve a regulamentação da Inteligência Artificial (IA) e o quanto isso afetaria as futuras performances dos profissionais da área. 

De acordo com a revista norte-americana Hollywood Reporter, tudo aconteceu de forma unânime. Isso permite que todas as atividades de trabalho sejam retomadas normalmente. Na última sexta-feira (10), essa decisão foi submetida ao conselho nacional do sindicato para aprovação.

Segundo a revista norte-americana Deadline, o novo acordo apresenta um modelo para criar, usar e modificar as  "réplicas digitais" de artistas, ou seja, a imitação da voz ou a imagem, usadas em cenas ou trilhas sonoras em que o mesmo não participou fisicamente, por meio da IA. O pacto diferencia as representações simuladas feitas por grandes estúdios e por produtoras independentes, permitindo que os atores negociem seu pagamento de forma individual. 

Porém, os atores vinculados diretamente aos estúdios serão compensados pela produção da criação e do uso dessas réplicas em inteligência artificial em diferentes meios e produtos resultantes. No que tange à reprodução de atores coadjuvantes, o contrato resguarda esses artistas de serem substituídos por réplicas digitais, estipulando que tais processos não serão empregados para substituir figurantes nem para contornar a contratação destes profissionais. O consentimento do intérprete também é necessário para iniciar o desenvolvimento de replicação, incluindo para alterações digitais em materiais já gravados. 

As principais reivindicações foram os requerimentos por salários mais justos, que conforme relatado para a revista Variety, foi acordado pelo sindicato com um aumento de ao menos 7%, o que representa 2% a mais do que o acordado pelo WGA - Writers Guild of America (sindicato dos roteiristas) e pelo DGA - Directors Guild of America (sindicato dos diretores). Além de um bônus adicional de U$40 milhões previsto para artistas envolvidos em produções de streaming que atinjam um nível específico de popularidade. E mais de U$1 bilhão para incrementar medidas de proteção contra o uso de inteligência artificial, aumentar a exigência de coordenadores de cenas íntimas, como as de nudez e as de simulação de sexo, e proporcionar uma garantia de serviços adequados de cabelo e maquiagem para artistas com variadas tonalidades de pele e cabelos, entre outras medidas.

Após o encerramento, muitos artistas celebraram este dia especial e tão aguardado em suas redes, como a atriz e presidente do comitê, Fran Drescher, que postou o seguinte texto: "Conseguimos!!!! O negócio de mais de um bilhão de dólares! Três vezes maior que o último contrato! Novos caminhos foram abertos em todos os lugares! Obrigada aos membros do SAG-AFTRA por aguentarem e resistirem a este acordo histórico! Obrigada comitê de negociações, capitães de ataque, equipe, Duncan & Ray, nossos advogados, a equipe de IA, família e amigos. Nossos sindicatos irmãos por seu apoio incansável! E à AMPTP por nos ouvir e chegar a esse momento!"

Alguns atores demonstraram publicamente seu envolvimento direto durante os quase quatro meses de greve, como: Jane Fonda, Sarah Jessica Parker, Jennifer Coolidge, Jessica Lange, entre outros. 

 

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Foto: VALERIE MACON/AFP - Getty Images

 

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Foto: GC Images

 

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Foto: BauerGriffin - INSTARImages

 

 

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Foto: Getty Images

 

 

 

 

 

 

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Autora Rafaela Silva aponta dificuldades para a representatividade de negros na literatura
por
Raissa Santos Cerqueira
Ana Clara Farias
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09/11/2023 - 12h

“Quando há pessoas falando sobre nós, sobre nossas vivências e sobre nossos corpos podemos nos ver naquele espaço”, afirmou Rafaela Silva (24) sobre a crescente produção de obras literárias que têm enfoque na representação positiva da população negra. O crescimento de livros com protagonistas negros e o aumento da procura por eles nos mercados levou títulos como “Lendários”, de Tracy Deonn e “Agora que ele se foi”, por Elizabeth Acevedo a ganharem espaço nas estantes de leitores pelo mundo todo. A divulgação que livros com protagonismo negro receberam durante os temos de confinamento fez com que mais livros que abordam a vida de pessoas afrodescendentes se tornassem cada vez mais populares. 

Nos últimos anos, houve um crescimento exponencial na quantidade de personagens negros, tanto em obras literárias, quanto cinematográficas, os personagens vêm ganhando destaque se tornando protagonistas, ou pontos importantes da história. Ainda assim a comunidade enfrenta alguns desafios para que sejam devidamente representados “Alguns conseguimos perceber que a pessoa apenas colocou um personagem de minoria para dizer que tem” Ressalta a escritora, e completa “Ainda precisamos cobrar das pessoas escreverem sobre pessoas pretas e isso é cansativo”. 

O número de autores negros publicados no Brasil ainda é considerado baixo, se comparado com a quantidade de autores brancos. Por consequência, os personagens desses autores também são brancos, o que aponta a falta de representatividade. De acordo com os dados das maiores editoras brasileiras, segundo uma pesquisa da Universidade de Brasília (UnB), entre 1965 e 2014, 70% dos autores são homens e, dessa porcentagem, 90% são brancos. Esse estudo revela que a escalada para uma cultura representativa de autores negros ainda é uma longa caminhada.

Rafaela, nascida em São Carlos e formada em Linguística pela Ufscar (Universidade Federal de São Carlos), também ressalta que, mesmo com os pontos negativos, a inserção de pessoas negras nessas obras é algo a se comemorar, além de se esforçar para sempre ter negros em suas obras. Em todas as suas histórias publicadas na Amazon, sendo elas: “Apito final”, “Meu lugar” e “As cores do nosso amor”, Rafaela colocou personagens negros em posição de protagonismo “É a minha reparação histórica” afirmou ela. “Todas as minhas obras escritas até aqui abordam o racismo, sei que parece cansativo, mas sempre que vou escrever trago minhas vivências e isso reflete muito nas minhas obras” explicou a autora. 

Livro 1
Ilustração dos personagens de "Apito Final" por: Maria Luísa Pitombeira

Além da questão da inclusão, a literatura negra também é necessária porque ela é capaz de desbancar padrões e estereótipos relacionados à cultura e ao povo afro-brasileiro. Quando contadas por escritores negros, as histórias têm um ponto de vista próprio de pessoas que vivem diariamente essa cultura sem reforçar os padrões criados pelo ponto de vista branco e eurocêntrico.

Apesar da pouca representatividade, existem autores negros relevantes e essenciais para a história literária do Brasil. Entre eles, podemos citar Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Machado de Assis — considerado o maior escritor brasileiro —, Lima Barreto, entre muitos outros grandes nomes da literatura no país. Esses autores, que são atemporais, trazem em suas obras histórias com perspectivas únicas, contando sobre suas vivências e acontecimentos por eles presenciados.

 

Cantora e compositora nipo-americana destrincha a experiência feminina de transitar a vida nos detalhes
por
Maria Eduarda Camargo
Bianca Novais
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07/11/2023 - 12h

 

“You're growing tired of me. And all the things I don't talk about”. Montagem: Bianca Novais.
“You're growing tired of me. And all the things I don't talk about”. Montagem: Bianca Novais.

Be The Cowboy completa cinco anos de lançamento em 2023. O álbum sucessor de Puberty 2 aborda a continuação de um eu-lírico em comum – que mescla a estética ruidosa de colagens da década de 1990 e um quê do universo e da dor feminina. 

Para o álbum Puberty 2, que finaliza com a música A Burning Hill, o eu-lírico termina na promessa de um final de melancolia e tranquilidade. O instrumental, que se mistura muito com o de Memento Mori, lançado em 2013 por Crywank, utiliza de sons mais acústicos e simplórios – estética que se esvai completamente em Be The Cowboy.
 

 

Geyser, faixa inaugural, abre o álbum com sons sintéticos, mas um eu-lírico muito conectado ainda com Burning Hill. Mitski explora as nuances de um amor despedaçante, além de uma melancolia cálida, enquanto explica a promessa de um “eu” que procura por mais, conectando-se com o título do álbum, como explica em entrevista:
 

 

 

O single do álbum, Nobody, é explorado pela artista como a despersonalização de si e esse sentimento de solidão que é carregado por todo o álbum, e também por outros trabalhos da artista.
 

 

 

 

Já no título que finaliza o álbum, o piano acompanha a lentidão da artista e inicia um novo eu-lírico. Neste, Mitski explora o esvair de sua juventude e a entrada ao desconhecido, algo que retoma em seu próximo trabalho, especialmente nas primeiras faixas Valentine, Texas e Working for the Knife (2022), de Laurell Hill, em que Mitski realmente torna-se o “Caubói”.

 

“I used to think i’d be done by 20. Now at 29, the road ahead appears the same. Though maybe at 30 I’ll see a way to change”. Montagem: Bianca Novais.
“I used to think i’d be done by 20. Now at 29, the road ahead appears the same. Though maybe at 30 I’ll see a way to change”. Montagem: Bianca Novais.


 

 

 

 

 

 

Explore a extraordinária jornada do inventor do avião nesta cativante exposição
por
Giulia Palumbo
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06/11/2023 - 12h

O Museu Catavento apresenta a exposição "Santos Dumont: Entre Máquinas e Sonhos" em comemoração ao 150º aniversário do nascimento do renomado inventor do avião. A exibição vai além da aviação, explorando a vida e as conquistas de Santos Dumont em diversos aspectos, incluindo sua significativa contribuição para as ciências, especialmente engenharia, aeronáutica e física.

Dentre os destaques, os visitantes terão a oportunidade de admirar réplicas em tamanho real de duas de suas criações mais icônicas: o Demoiselle e o 14-bis, que foi o primeiro avião a voar no mundo. Além disso, um caça F5 da Aeronáutica estará em exibição. Todos os aviões foram construídos pelo Museu Aeroespacial e farão parte do acervo permanente do Catavento.

Santos Dumont, em imagem que faz parte de mostra do Museu Catavento, em SP — Foto: Divulgação
Santos Dumont, em imagem que faz parte de mostra do Museu Catavento, em SP — Foto: Divulgação

Os visitantes poderão explorar as primeiras incursões de Santos Dumont no mundo da mecânica, que incluem automóveis, motocicletas e inovações engenhosas. Através de painéis visuais interativos detalhados e dioramas, a exposição retrata o surgimento das diversas paixões de Dumont que o conduziram a se tornar um ilustre inventor, com destaque para seu tempo em Paris, na França.

A exposição é patrocinada pelo Grupo Ultra, por meio de suas empresas Ultragaz, Ultracargo e Ipiranga e da Embraer, com apoio da Força Aérea Brasileira e do Museu Aeroespacial, Museu Paulista, Instituto Cultural Santos Dumont e da Fundação Casa de Cabangu, responsável pela administração do Museu Casa Natal de Santos Dumont. Através de detalhados painéis visuais interativos e dioramas, a mostra apresenta o nascimento das muitas inquietações de Dumont que o transformaram em um grande inventor, tendo em Paris, na França, pontos marcantes. Toda a exposição explora a conexão entre o inventor do avião e a missão do Museu Catavento, de despertar o interesse pela ciência e tecnologia.
Seu ponto de partida explora os interesses iniciais de Santos Dumont pela ciência e pela mecânica, mostrando experiências realizadas na fazenda de café de sua família.A exposição busca ressaltar a conexão entre o inventor do avião e a missão do Museu Catavento, que é despertar o interesse do público pela ciência e tecnologia.
Por fim, a exposição contará com uma área dedicada a oficinas de blocos de montar, atividades pensadas para o público infantojuvenil. Haverá também quiz sobre a vida de Santos Dumont e oficina de aviões de papel, onde os visitantes poderão interagir e experimentar diferentes aspectos das técnicas de voo. Uma plataforma de lançamento estará disponível para desafiar os entusiastas do voo a testarem suas criações.

Serviço: Exposição "Santos Dumont: Entre Máquinas e Sonhos"
Preço: R$15,00
Data: 29 de setembro a 7 de abril de 2024
Horário de funcionamento: Das 9h às 17h (a bilheteria fecha às 16h)
Local: Museu Catavento, Avenida Mercúrio, Parque Dom Pedro II, s/n

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O Pixo como resposta a invisibilidade na periferia
por
José Pedro dos Santos
Renan Barcellos
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31/10/2023 - 12h

                                     

Por ser o principal centro econômico do Brasil, a cidade de São Paulo tem, aproximadamente, 12,5 milhões de habitantes. Entre eles, existem várias personalidades, cada qual com a sua opinião sobre o que ocorre na cidade. Sendo o melhor sistema governamental existente até a atualidade, a democracia tem como objetivo principal atender a vontade da maioria. No entanto, diversos temas são discutidos a anos na região, principalmente aqueles mais polêmicos, sobretudo quando envolve diferentes atores paulistanos. Eleito em 2016, o ex-prefeito João Doria, teve como uma das suas principais pautas a temática do Pixo (forma escrita pelos praticantes) nas ruas paulistanas. Filiado ao Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), com posicionamento mais atrelado as pautas conservadas de direita, o tucano foi duro no combate dessa prática.

Porém, todo esse contexto reacendeu debates sobre o pragmatismo estrutural esperado da cidade mais desenvolvida do país. Diversos questionamentos sobre esse aspecto da cidade já se tornaram patrimônio cultural, principalmente entre os mais jovens. Exemplo disso é a famosa frase do rapper Criolo. ‘’Não existe amor em SP’’, embora seja uma frase curta, exprime o sentimento de milhares de cidadãos que enxergam nesse objetivismo corporativista da metrópole, a causa da falta de afeto nas relações interpessoais do cotidiano, chegando a citar a pichação em sua letra.

O Pixo caracteriza-se como outro elemento cultural que gera polêmicos debates em São Paulo. As medidas radicais do psdbista contra a prática, geraram novos questionamentos sobre a falta de espaço cultural que propicie voz para aqueles que são jogados a margem da sociedade e que enxergam na pichação, a possibilidade de serem escutados.

               Diversas manifestações contra o radicalismo político do ex-prefeito surgiram visando questionar as medidas contra a cultura, frases como ‘’Cidade de concreto’’ ou ‘’Cidade cinza’’ passaram a ser ainda mais presentes entre os paulistanos, gerando debates entre aqueles a favor do ato e aqueles contrários, ou seja, a dualidade do Pixo.

critica as ações repressivas de João Doria

Representados pelo ex-prefeito e govenador, as classes ricas, mais influente em questões políticas devido a sua riqueza, apoiam a guerra contra os pichadores, defendendo as penas exercidas por Doria, argumentando que a pichação tira a seriedade da cidade e afirmando que o Pixo não se caracteriza como arte, ou seja, desclassificando qualquer caráter cultural.

Todavia, a pixação já apresenta longo histórico de cunho social. Inspiradas nas Runas Anglo-Saxônicas, formadoras do primeiro alfabeto europeu, o Futhorc, as primeiras manifestações de pichação, da forma como ela é conhecida no contexto contemporâneo, começaram a surgir na década de 80, com o movimento Punk Rock. Sua percepção de demarcação de um território público com escritas favoráveis as eclosões culturais que denunciavam as torturas físicas e sociais sofridas por minorias e os dilemas morais vivenciados por jovens revolucionários, compactuava com as pichações encontradas na década de 60, durante a Ditadura Militar, que, no entanto, não utilizavam as inspirações do alfabeto Futhorc.

 

                                                                                                                                                                         Alfabeto Anglo-Saxônico (Futhorc)