Novo disco da cantora é o primeiro após grande turnê mundial e promete retomar parceria com Max Martin
por
Luis Henrique Oliveira
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12/08/2025 - 12h

Na madrugada desta terça-feira (12), Taylor Swift anunciou o lançamento de seu 12º álbum de estúdio, intitulado “The Life of a Showgirl”. A revelação veio após o fim de uma contagem regressiva no site oficial da cantora, acabando exatamente às 00h12 no fuso-horário norte americano, 01h12 no horário de Brasília.

Combinado com o anúncio, um  trecho do podcast New Heights Show, apresentado pelos irmãos Travis e Jason Kelce, namorado e cunhado de Swift, mostra a cantora abrindo uma maleta e apresentando seu novo disco. A capa será revelada apenas nesta quarta-feira (13) durante sua participação especial no programa.

A cantora Taylor Swift no podcast New Heights Show, apresentando a capa de seu novo disco, porém borrada.
Taylor Swift faz anúncio de novo álbum em trecho divulgado de podcast. Foto: Instagram/@taylorswift

Taylor sempre deixou pistas antes de comunicar um novo projeto. No trabalho anterior, “The Tortured Poets Department” (2024), ela posava para fotos fazendo o sinal de dois, revelando mais tarde se tratar de um álbum duplo – e dessa vez não foi diferente.

Os rumores de um novo disco correm no mundo Swiftie (fãs da artista) desde o fim da The Eras Tour, quando a cantora apresentou um novo logotipo e passou a usar 12 letras para estender palavras simples (como prolongar o “d” em “god” nos stories do Instagram, por exemplo).

As especulações ganharam força na segunda-feira quando sua equipe de marketing postou nas redes sociais um carrossel de doze fotos suas usando roupas laranjas durante a última turnê, cor inédita dentre as que compõem a paleta dos álbuns anteriores, junto de uma legenda sugestiva: “lembrando de quando ela disse ‘vejo você na próxima era…'”. 

Após o anúncio, outdoors do Spotify foram colocados em Nova York e Nashville - cidade natal de Taylor -  a fim de divulgar uma playlist em conjunto da cantora, intitulada “And, baby, that’s show business for you” (“e, amor, isso é show business para você”, em tradução livre). Todas as músicas que estão presentes no compilado foram produzidas por Max Martin e Shellback, que trabalharam com Swift nos álbuns Red (2012), 1989 (2014) e Reputation (2017), sendo uma possível pista do que esperar do novo projeto.

Outdoor em Nova York com fundo laranja brilhante, no centro está o código para uma playlist exclusiva da cantora Taylor Swift
Playlist traz 22 faixas, presentes nos álbuns Red, 1989 e Reputation. Foto: Reprodução/X/@TSUpdating

“The Life of a Showgirl” será o primeiro disco da cantora após readquirir os direitos de seus seis primeiros discos, vendidos sem seu consentimento quando sua antiga gravadora, Big Machine Records, foi comprada pelo empresário Scooter Braun, em 2019.

Taylor conseguiu recuperar suas masters em maio deste ano, encerrando não só a luta para consegui-las de volta, mas também o projeto de regravação de suas músicas.

O álbum ainda não tem data de lançamento oficial, entretanto a previsão de entrega dos vinis vai para até o dia 13 de outubro.

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Compositor e cantor vivia com sequelas decorrentes de um AVC que sofreu em março de 2017
por
Bianca Novais
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08/08/2025 - 12h

A família de Arlindo Cruz anunciou a morte do compositor, cantor e instrumentista nesta sexta-feira (8), através das redes sociais do artista. Considerado um dos maiores sambistas do país, Arlindo vivia com a saúde debilitada desde março de 2017, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

“Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho", diz a nota de falecimento. O sambista morreu no hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

 

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu na capital fluminense em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, Zona Norte da cidade. Em homenagem a ele, escreveu uma de suas canções mais conhecidas, “Meu Lugar”, parte do álbum “Hoje tem samba” (2002).

Tocava cavaquinho, banjo e ainda na juventude começou a se apresentar profissionalmente, enquanto estudava teoria musical na escola Flor do Méier. Nesse período, foi apadrinhado musicalmente por Candeia, outro renomado sambista carioca.

Estudou na escola preparatória para Cadetes do Ar aos 15 anos, em Barbacena (MG), mas logo voltou ao Rio. Passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Ubirany e Almir Guineto. Lá, conheceu Zeca Pagodinho e Sombrinha, que, à época, também eram revelações no mundo do samba.

Escreveu algumas músicas para outros intérpretes - “Lição de Malandragem” (David Correa), “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione) - antes de entrar no Grupo Fundo de Quintal, em 1981.

 

 

Ganhou notoriedade nacional durante os 12 anos na banda e gravou sucessos como “Só Pra Contrariar”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Em 1993, seguiu carreira solo e continuou nos holofotes, com várias músicas em parceria com outros gigantes do samba. Entre seus álbuns de maior destaque recente estão “MTV ao Vivo Arlindo Cruz” (2009) e “Batuques do Meu Lugar” (2012).

Sombrinha foi uma de suas parcerias mais frutíferas. Escreveram “O Show Tem Que Continuar” e “Alto Lá", também com Zeca Pagodinho. Com este, assinou a autoria de sucessos atemporais da música brasileira como “Bagaço da Laranja”, “Dor de Amor” e “Camarão que Dorme a Onda Leva".

 

Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo compôs mais de 500 músicas, segundo seu site oficial, incluindo sambas-enredo para escolas de samba do Rio de Janeiro: Grande Rio, Vila Isabel, Leão de Nova Iguaçu e Império Serrano, sua escola de coração e que o homenageou no enredo do carnaval de 2023. Mesmo com a saúde fragilizada, ele participou do desfile no último carro alegórico, com ajuda de amigos e familiares.

Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba e é reconhecido como um dos responsáveis pela revitalização do gênero nos anos 1980. Seu último lançamento foi ao lado do filho Arlindinho, em 2017, gravado pouco antes de sofrer o AVC.

Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Ele foi apelidado de “o sambista perfeito” por amigos e admiradores, em referência a uma de suas composições, em parceria com Nei Lopes. O apelido virou o título da biografia do músico, escrita pelo jornalista Marcos Salles e publicada em junho deste ano.

Arlindo Cruz era candomblecista, filho de Xangô, e atuava contra a intolerância religiosa. Ele deixa esposa, Babi Cruz, e três filhos: Arlindinho, Flora e Kauan.

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Banda mineira trouxe show inédito para a capital paulista com mistura de sentimentos e surpresas
por
Giovanna Britto
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06/08/2025 - 12h

No último sábado (02) a banda Lagum se apresentou no Espaço Unimed com a turnê “As cores, as curvas e as dores do mundo”. Com ingressos esgotados, o espetáculo contou com todas as músicas do novo álbum, que dá nome à  apresentação, e com diversos outros hits do grupo, como “Deixa”, “Oi”, “Ninguém me ensinou” e “Bem melhor”.

Banda Lagum no palco do Espaço Unimed
Banda Lagum durante show no Espaço Unimed. Foto: Reprodução/Instagram/@lagum

O quinto disco, lançado em maio de 2025, teve uma recepção calorosa pelos fãs e gerou expectativas em torno da subida de Pedro, Chico, Jorge e Zani ao palco. Cada momento do show condiz com a proposta da nova fase da banda: questionar o mundo moderno, ao mesmo tempo em que aproveita o momento e enxerga a beleza no cotidiano.

Em entrevista à AGEMT, Pedro Calais, o vocalista, comenta sobre a experiência: “A vida é agora, a gente só tem essa chance de viver e não vamos nos privar de fazer uma coisa maneira, de estar com as pessoas que querem o nosso bem e pessoas que queremos o bem, como nossos fãs”.

O pré-show já exalava a energia do que estava por vir, com uma setlist, que ia de Charlie Brown Jr. até Jão. Com a entrada marcada para às 22:30, o grupo manteve a exaltação do público com “Eterno Agora”, “Dançando no escuro” e “Universo de coisas que desconheço”, a última em parceria com a dupla AnaVitória, presente na plateia para apoiar os amigos. 

Atenciosos, os músicos estavam atentos ao bem-estar do público e parando as canções para pedir ajuda aos socorristas quando necessário. Os momentos de conexão foram compostos de falas com piadas internas entre a fanbase - como a ausência do hit queridinho dos fãs “Fifa” - até ao chá revelação de Chico, baixista, que espera uma menina com a esposa e influenciadora Marina Gomes.

Baixista Chico falando ao microfone enquanto coloca a mão na barriga da sua esposa grávida Marina
Foto: Reprodução/Instagram/@portallagum

 

Pedro também comentou sobre essa relação cada vez mais próxima entre os fãs: “De uma hora pra outra, a gente começou a ser visto como artista, como alguém importante. Essa quebra de mostrar para as pessoas que o que a gente tá fazendo é pela essência, é pelo produto musical em si, vai total de encontro com o nosso conceito. É descer um pouco dessa coisa da cabeça de, ‘pô, tamo querendo fazer isso aqui pra tá aqui em cima’, sabe? Vai bem de encontro com o que a gente tá propondo”.

O momento mais esperado da noite foi com a penúltima música “A cidade”, terceira faixa do novo álbum, que viralizou  no TikTok com pessoas retratando perdas e saudades de entes queridos. A emoção tomou conta do público, que cantava e chorava por todo o Espaço.

Visão ampla do palco, telões e plateia no espaço Unimed
Visão do fundo na plateia com Pedro interagindo no microfone. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

Algumas canções, como “Tô de olho”, possuem sonoridades diferentes das gravações divulgadas nas plataformas digitais. Isso complementa a sensação de estar presenciando algo especial, pensado com carinho e a dedo.  Esses aspectos reafirmam mais uma vez a intenção do grupo de fazer com que as pessoas se conectem com o agora, vivenciando momentos marcantes e de forma original.

O show, sem dúvida, é uma experiência emocional e musical única. A escolha das performances e timbres é preparada exclusivamente para cada noite e cidade, de forma a impactar e proporcionar um momento sensorial muito mais imersivo. A Lagum volta à cidade de São Paulo no dia 3 de outubro para uma data extra devido à grande procura de ingressos.

Painel fotográfico com a divulgação da turnê "As cores, as curvas e as dores do mundo" e patrocínios do show.
Painel de divulgação da turnê para tirar fotos. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

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Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
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Maria Clara Palmeira
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27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

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Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
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Maria Luiza Pinheiro Reining
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25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

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Ícone de transgressão e liberdade, Ney Matogrosso tem sua trajetória exposta em uma mostra que celebra sua luta LGBTQIA+ e o impacto de sua ousadia em gerações.
por
Isadora Cobra
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10/04/2025 - 12h


“Sem discurso nem bandeira, Ney apenas caminhou. E o fato de seguir em pé, atravessando tempos que derrubaram muitos ao redor, tornou-se inspiração e resistência.” A frase de Julio Maria, autor da biografia de Ney, sintetiza a essência de um artista cuja trajetória virou marco da cultura brasileira. No Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, uma exposição homenageia esse ícone, destacando sua importância como um dos maiores artistas do país, com foco em sua luta pela liberdade e a representação LGBTQIA+.

Aos 80 anos, Ney Matogrosso é mais do que cantor. É símbolo de coragem, transformação e luta. Sua ousadia vai além dos palcos, inspirando um Brasil envolto, há décadas, em debates sobre identidade, liberdade e repressão.

Em cartaz até 21 de abril, a mostra no MIS homenageia esse legado, convidando o público a revisitar a trajetória de um dos grandes nomes da música brasileira, cuja presença sempre provocadora atravessou gerações.

Ney não desafiou só os limites da música, mas também rompeu barreiras sociais. Em tempos de forte repressão política e moral no Brasil, sua postura irreverente e escolhas estéticas foram mais que expressão artística: foram atos de resistência e afirmação da liberdade individual.

A exposição traz elementos dessa jornada de quebra de paradigmas. Imagens, vídeos, figurinos e objetos pessoais revelam a força de um artista que, desde os anos 70, desafia não apenas as normas musicais, mas as sociais. Ney é uma força propulsora de mudanças culturais, e a mostra evidencia isso.

De sua estreia com o grupo Secos & Molhados nos anos 1970 à carreira solo marcada por ousadia e inovação, a exposição é um convite a mergulhar em um universo de fantasia, erotismo e liberdade, marcas da identidade artística de Ney. Nela vamos conhecer a fundo essa personalidade marcada por uma história de superação, de quebras de tabus e de uma aura artística indomável, que se firmou como um dos artistas mais emblemáticos e provocadores da música brasileira.

A estudante de artes visuais e pesquisadora da música popular brasileira, Helena Bosco, descreve o impacto do artista: “O mais interessante é entender como Ney não quebrou só os padrões estéticos. Ele desafiou a visão tradicional sobre o corpo e a sexualidade. Sua arte está ligada ao processo de afirmação da identidade LGBTQIA+ no Brasil.”

Essa visão é reforçada por Julio Maria, autor da biografia: “Ney é exemplo de resistência. Ele não se importou em ser visto como transgressor, nem em ser ‘politicamente correto’. Ele foi autêntico, e isso é uma das maiores virtudes que um artista pode ter.”

A mostra também destaca o impacto internacional de Ney. Em um cenário global muitas vezes dominado por figuras convencionais, ele conquistou espaço com autenticidade e provocação. Para o historiador musical Roberto Carvalho, em entrevista exclusiva, “Ney é um artista que foi além do palco. Tornou-se agente de mudança. Sua música ecoa porque fala de liberdade.”

Nos anos 1970, o Brasil vivia sob ditadura militar, censura e moral conservadora. Ney, com sua figura excêntrica e letras provocativas, questionou padrões impostos pela sociedade e pela indústria musical. Foi um dos primeiros artistas a abordar temas como sexualidade e identidade de forma tão audaciosa, abrindo caminhos para novas gerações de artistas e militantes LGBTQIA+.

Sua arte contribuiu e ainda contribui para a construção de um Brasil mais plural, livre e respeitoso com todas as formas de amor e identidade.

Ao visitar a exposição, o público tem a chance de revisitar não só a história de um dos maiores artistas do Brasil, mas também refletir sobre o legado que ele deixa para as gerações atuais. Ney Matogrosso é um ponto de partida para debates sobre diversidade e liberdade.

Para Helena, “É uma síntese da cultura da música brasileira. Se não fosse por eles, não estaríamos onde estamos hoje.” Ney simboliza uma geração que abriu caminho. Gente que enfrentou preconceitos, que ousou se expressar quando tudo empurrava para o contrário. Com sua voz, sua imagem e sua coragem, ele ajudou a mudar o jeito como a música é feita e recebida no Brasil, e mais, ajudou a ampliar o espaço para quem queria ser diferente.

A exposição no MIS é mais do que uma homenagem. É uma celebração de sua contribuição à música brasileira e ao movimento LGBTQIA+. Ney encantou o público com sua arte e também foi uma voz corajosa que desafiou convenções, abrindo espaço para novas gerações de artistas e ativistas.

Sua trajetória continua sendo uma fonte de inspiração e resistência. A mostra oferece uma oportunidade única de entender a profundidade de sua contribuição à cultura brasileira. Visitar o MIS é não apenas revisitar a obra de um artista fundamental, mas refletir sobre o impacto que ele teve e ainda tem na construção de uma sociedade mais livre e plural.

 

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Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Riotur estima um público de aproximadamente 1,6 milhão de pessoas no evento
por
Renata Bittar
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26/04/2025 - 12h

A menos de 1 semana para o espetáculo, saiba como estão os preparativos para a capital fluminense receber a cantora Lady Gaga em Copacabana. Intitulado como Todo Mundo no Rio: Lady Gaga, o palco para o show gratuito já começa a ser montado e o Rio de Janeiro se prepara para a esperada chegada da Rainha do Pop.  

Gaga, que não vem ao Brasil há mais de 8 anos, irá se apresentar em frente ao Hotel Copacabana Palace e seu palco contará com 10 telões de LED. Em publicação na rede social Instagram, a cantora afirma “É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos pequenos monstros. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada”. O aumento de ofertas aéreas e o reforço da segurança pela prefeitura do Rio de Janeiro podem garantir ao evento mais credibilidade e audiência 

Em entrevista exclusiva cedida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) o e Riotur (Empresa Municipal de Turismo do Rio), o órgão afirma que o evento deve gerar um impacto econômico de aproximadamente R$ 600 milhões para a cidade. O Secretário da Cultura, Lucas Padilha, ainda afirma que o espetáculo é “uma ação coordenada que reforça não só o papel do Rio como capital cultural, mas também seu protagonismo como motor do turismo e da economia criativa” 

Ainda em contato com a SMDE, a autoridade pública afirma que o setor de turismo também será beneficiado com o evento, já que as companhias aéreas LATAM e Azul aumentarão a quantidade de frotas.  Entre os dias 1º e 4 de maio, o aeroporto RIOgaleão contará com 24 voos extras operados pela LATAM. A companhia aérea Azul prevê 230 operações no RIOgaleão e outras 252 no Santos Dumont. 

Além disso, de acordo com levantamentos da Hotéis Rio, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade para o período do evento havia atingido a marca de 71,4%, superando os níveis habituais de maio. 

Em depoimento do Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Osmar Lima destaca que incluir no calendário do Rio um show internacional por ano foi uma ideia super acertada pelo prefeito Eduardo Paes.  “Do ponto de vista econômico, é mais importante ainda, porque movimenta a cidade em um mês antes considerado de baixa temporada: com hotéis cheios e aumento de gastos em bares e restaurantes e no comércio, gerando emprego e renda para a população”, afirma Osmar. 

Em 2024, a cantora Madonna estreou a praia de Copacabana e também se apresentou gratuitamente. Com aproximadamente o mesmo público estimado para o show de Gaga, o evento superou a expectativa inicial de uma audiência de 1 milhão de pessoas e um lucro de R$ 300 milhões e acabou alcançando público de 1,6 milhão de pessoas e movimentação econômica de cerca de R$ 469,4 milhões, segundo dados da SMDE. Por isso, espera-se que essa estimativa para o futuro show esteja equivocada e baixa. 

Com essa alta demanda de turistas e fãs, setores como segurança pública, transportes e estrutura também estão se preparando para sustentar o evento. A SMDE e Riotur ainda declaram que serão instalados 2 contêineres do Corpo de Bombeiros na orla e uma Central de Órgãos Públicos, que abrigará o Centro de Monitoramento e a Secretária da Mulher. 

Stefani Germanotta, mais conhecida como Lady Gaga, é uma cantora norte-americana que iniciou sua carreira musical em 2007. Com hits de sucesso como Bad Romance e Born This Way, a também vencedora do prêmio Grammy irá apresentar seu recém lançado álbum Mayhem. O show, planejado para começar as 21:15 do dia 3 de maio, ocorrerá em frente ao hotel Copacabana Palace, na praia de Copacabana. 

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Os festivais musicais mostram a realidade da arte no Brasil
por
Guilherme Zago
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10/06/2025 - 12h

O término do grande evento de música colocou em destaque o problema da falta de enaltecimento sobre o artista e a cultura brasileira. Em comparação, os músicos estrangeiros possuem mais atenção do público, dos investidores e dos patrocinadores, que por muitas vezes, não são nacionais. Por consequência, o engajamento de festivais depende dos artistas internacionais que são chamados.

 

Imensidão de pessoas acompanham um show no Lollapalooza 2025- Instagram/Lollapalooza

Imensidão de pessoas acompanham um show no Lollapalooza 2025- Instagram/Lollapalooza

Artista headliner é a atração principal de um evento. No Lollapalooza foram protagonizados com o cargo mais importante do festival, os seguintes artistas: Olívia Rodrigo, Shawn Mendes, Rüfüs do Sol, Alanis Morissete, Justin Timberleke e Tool. Segundo a organização do espetáculo, cerca de 240 mil pessoas foram ao evento prestigiar os astros do espetáculo.

Em entrevista ao Jornal AGEMT, Carolina Zaterka, estudante de jornalismo da PUC-SP, afirmou sobre o motivo de se interessar em comprar os ingressos do evento: “O principal motivo foi a Olivia Rodrigo, que eu sou fã a muito tempo, e como foi a primeira vez que ela veio ao Brasil, aproveitei a oportunidade”. A aluna, não foi a única que, como a maioria dos outros jovens, viram no Lollapalooza a chance de ver pela primeira vez seu ídolo internacional. Política adotada pelos investidores desses grandes festivais, os quais visam dar destaques ao “estrangeirismo”.

Além da cultura estrangeira, a música brasileira também apareceu no evento, com intérpretes como: Jão, Marina Lima e Sepultura, os quais apresentaram shows de destaque. Durante os três dias de festival, 33 artistas nacionais se apresentaram nos palcos do Lollapalooza. Mas com tratamentos diferentes em relação aos convidados internacionais. Os músicos brasileiros tocaram em horários em que o público total ainda não chegou, e apresentaram-se em palcos distantes do principal, resultando na falta de espectadores em seus espetáculos.

A estudante também alegou que sentiu a baixa representatividade dos artistas brasileiros no festival. Segundo ela, “Mesmo com mais nomes nacionais na programação, a estrutura do festival continua hierarquizada...Nenhum artista brasileiro ocupou o posto de headliner, e muitos se apresentaram em palcos secundários ou em horários de menor visibilidade. Parece que colocaram artistas brasileiros só para dizer que teve, mas sem dar o destaque que eles realmente merecem.”

A desvalorização da cultura brasileira é um processo recente. No século passado, artistas nacionais eram reverenciados e devidamente respeitados pelos festivais. O Rock in Rio, um dos maiores festivais realizados no Brasil, nos anos de 1980 até 2000, possuiu em seus palcos músicos marcantes da cultura brasileira, como: Ney Matogrosso, Cássia Eller, Barão Vermelho, e muito mais.

Icônico show de Cássia Eller no Rock in Rio em 2001- Créditos Rádio Rock

Icônico show de Cássia Eller no Rock in Rio em 2001- Créditos Rádio Rock 

No entanto, ainda havia artistas estrangeiros apresentando nos palcos do Rio de Janeiro. Com isso, tanto os músicos estrangeiros, como os nacionais possuíam espaço para realizar seus espetáculos. Mas houve uma queda na representatividade. No ano de estreia do Rock in Rio em 1985 entre as 28 atrações, metade eram brasileiras. Já no primeiro ano do Lollapalooza 12 representantes nacionais estavam presentes em meio a 36 artistas.

A queda gera preferência para que o estrangeiro seja chamado e se apresente nos maiores palcos dos festivais. Essa atitude é resultado de um pensamento negativo da própria população brasileira acerca de sua cultura. A tese é sustentada por duras críticas aos atuais músicos nacionais, baseado em uma perspectiva saudosista. Mas será que a culpa dessa baixa representatividade está somente nas mãos dos artistas? Ou será que nós, e principalmente os organizadores, somos responsáveis sobre a desvalorização da cultura brasileira nos grandes festivais de música.

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A revolução da inteligência artificial é um marco do avanço tecnológico interminável de nossa sociedade, porém com esse avanço surge um debate, não novo, mas reformulado: poderiam inteligências artificias fazerem arte?
por
Eduardo Bettini
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10/06/2025 - 12h

Estamos em uma era de avanços que vêm mudando o mundo em que vivemos, e o principal deles é a inteligência artificial, o que um dia foi um sonho distante de filmes futuristas como o icônico HAL 9000 de “2001 uma odisseia no espaço” agora vem se tornando realidade, e de forma irônica um dos campos qual mais afeta é o da arte, uma das principais formas sendo o cinema. 

Como ferramenta a IA vem ganhando um enorme espaço no cinema, desde rejuvenescer o Harisson Ford em “Indiana Jones e o Chamado do Destino” até melhorar o sotaque húngaro de Adrien Brody em “O Brutalista”, e de fato a IA é uma ferramenta extremamente útil e prática, porém seu uso levanta a polêmica do porquê não foram usados profissionais formados para tal? Em uma entrevista o diretor de cinema Aarón Fernandez comentou “A IA é uma ferramenta que vai mudar bastante o jogo sendo para o bem ou para o mal”, e de fato, tanto é que em 2023 Hollywood parou devido a isso, atores e roteiristas fizeram uma greve de grandes proporções com objetivo de se blindar contra os avanços da IA, que ainda em seu início era vista como uma ameaça a seus trabalhos. Mas pelo jeito as opiniões mudaram, visto que Adrien Brody levou para casa o Oscar de melhor ator, mesmo tendo utilizado de IA para melhorar sua atuação, trazendo à tona essa discussão. Também deve ser dito que os programas usados nas produções de filmes já vêm com funções que utilizam alguma forma de inteligência artificial "tudo que é usado para produzir um filme já tem IA, então mesmo não querendo usar você está sendo de certa forma obrigado a usar" concluiu Aarón. 

Porém o uso de inteligências artificiais para alguns está passando dos limites, devido ao aumento expressivo em seu uso recentemente, com a amazon prime chegando a dublar filmes inteiros usando vozes criadas por IA, o que deixou diversos dubladores e telespectadores frustrados, devido à baixa qualidade, mas para os dubladores isso representa muito mais, pois muitos conseguem imaginar um futuro que seu trabalho se torne obsoleto, afinal os “dons” das maquinas acabam saindo muito mais barato para produtoras do que profissionais da área. 

Esse “boom” da inteligência artificial não veio do nada, as IAs são desenvolvidas desde no mínimo 1958, quando Jonh McCarthy publicou o documento “Programs With Common Sense” onde o termo foi utilizado pela primeira vez. Empresas como a IBM progrediram muito com suas IAs, como em 1961 com o IBM 7094, qual foi a primeira máquina a cantar, ou também o Deep Blue que derrotou o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em 1997, assim demonstrando a inteligência e potencial das máquinas. Porém esse avanço nos leva a uma pergunta, com essa capacidade toda, seriam IAs capacitadas de fazer arte por si mesmas?  

O debate em questão tem diversas camadas e foi abordado por inúmeros filmes e livros ao longo dos anos, mas hoje em dia ele ganhou ênfase em consideração dos avanços da nossa sociedade, pois agora com a nova atualização das IAs, elas conseguem gerar imagens através de um banco de dados gigante, o que por si só já é uma grande polêmica, sendo base de um processo envolvendo o fotografo Robert Kneschke, na qual o alemão processou a desenvolvedora LAION, devido ao uso de fotos dele na base de dados para treinar a Inteligência artificial da empresa, com a corte alemã julgando a favor da empresa. A base da argumentação de quem é contra softwares inteligentes no cinema está aí, as IAs não criam nada do zero, elas precisam de diversas inspirações para fazer sua “arte”. 

O campo de animações é um dos que serão mais afetados por essas artes artificiais, pois ela consegue criar animações, por enquanto ainda de baixa qualidade, porém com a evolução constante isso provavelmente irá mudar. Mas para muitos artistas, sejam eles do cinema ou outros meios, as IAs não conseguirão fazer arte por si só, como disse Aarón "a arte é uma coisa especificamente humana, que corresponde a uma vontade humana, e as máquinas não têm vontade".  

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São João, uma festa cultural, conhecida por todo o País, mas não com a mesma relevância
por
Liliane Aparecida Barbosa Gomes
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10/06/2025 - 12h

O investimento feito pelas Quadrilhas Juninas no Nordeste é grande, podendo chegar até 10mil R$ por brincante (nome dado a pessoa que dança pela quadrilha), em São Paulo as Quadrilhas Juninas também têm um gasto exuberante. 

Ambas têm as mesmas ideias de arrecadação para adquirir esse valor, promovendo eventos com uma prévia da apresentação, rifas, jantares temáticos, entre outros. Toda a arrecadação é destinada 100% a quadrilha, serve para pagar figurinos, transporte e até alimentação em alguns casos. O valor que a quadrilha adquire durante o ano, é remetido para o ano seguinte. 

Se tem algo em comum entre as Quadrilhas Juninas de São Paulo e do Nordeste é o amor para espalhar essa arte cultural por todos os lugares. Mas a grande diferença entre eles é que no Nordeste, eles encontram apoio, pois para eles essa arte é importante, coisa que não ver em São Paulo.  

No Nordeste o apoio do governo é um diferencial importante comparado a São Paulo, chegando a um investimento de 24,6 milhões, de acordo com dados publicados no diário de Pernambuco, já que lá o São João é mais tradicional, sendo algo de geração em geração. 

Ainda que essa festa tenha um impacto na vida das pessoas, principalmente os nordestinos que vivem em São Paulo, fazendo com que eles se recordem da terra natal. São Paulo não vê essa festividade com uma grande relevância, deve-se do fato de ser uma metrópole maior, com culturas diferentes, e de ser algo que não tem um retorno financeiro tão considerável, comparado a outras festividades como o Carnaval.        

O São João, pode sim ser algo maior, disse Paulo Ricardo, vice-presidente da quadrilha asa branca e comprador de uma empresa de telecomunicação “Eu acredito que nós temos que levar o São João não da sua forma de espetáculo, mas na forma de construção como cadeia cultural. O São João ele tira pessoas de extrema vulnerabilidade, a gente consegue profissionalizar pessoas com inúmeros talentos e pouco se fala. Vai muito além daquela apresentação que dura por volta de 30 minutos, que por trás disso tem 6 a 8 meses de preparação com muito dinheiro e dedicação das pessoas. Acho que devemos levar para conhecimento do grande público, até do poder público, o que é uma quadrilha junina, que nem dentro do nosso próprio grupo temos a dimensão do conseguimos atingir. Eu com meus 15 anos de São João, ainda me surpreendo com história de pessoas que relatam que saiu da depressão, largou drogas, resgatou o casamento, tudo por causa do São João, são muitas histórias envolvidas, pessoas impactadas. Acredito que precisamos documentar primeiro isso e depois levar para conhecimento do grande público, sendo ou não relacionado a São João, daí pode ser um paralelo de ser rentável também, que é uma das minhas missões de mostrar que o São João pode ser muito bonito e bem vendido, atraindo um grande público e internamente pode ajudar a vida de pessoas e famílias.” 

                                       Quadrilha Asa Branca 

Imagem 3, Imagem                                                                                                                                                        

                                                                             Arquivo: foto do Instagram 

 

 

A arte cultural remetida pelo São João, vai muito além de dançar, é a forma de resgatar a cultura, espalhar amor. Ver os sorrisos nos rostos e até mesmo lágrimas nos olhos de ver esse espetáculo, é o que faz o quadrilheiro continuar, a cultura tem de espalhada a todos os cantos. 

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