O thriller político estrelado por Wagner Moura chega aos cinemas no dia 6 de novembro
por
Isabelle Rodrigues
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19/09/2025 - 12h

O filme "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, foi escolhido nesta segunda-feira (15) pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2026 na categoria de Melhor filme internacional. Após a vitória do longa "Ainda estou aqui", de Walter Salles, o país voltou a brilhar aos olhos da mídia estrangeira, já que além das discussões em torno do prêmio, o público brasileiro movimentou a premiação como nunca antes. 

O longa do diretor pernambucano, situado em 1977, narra a história de Marcelo (Wagner Moura) que se refugia em Recife, após acontecimentos violentos em seu passado. Após buscar abrigo com outros grupos marginalizados, Marcelo acaba se envolvendo nos conflitos políticos e étnicos escondidos pela cidade.

Entre o elenco, estão nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Alice Carvalho

Elenco de agente secreto reunido para a exibição e premiação do filme no festival Cannes. Foto: reprodução / IMDB
Elenco de agente secreto reunido para a exibição e premiação do filme no festival Cannes. Foto: reprodução / IMDB

A indicação, porém, não significa que o filme já esteja entre os finalistas. A escolha dos longas a participarem da cerimônia acontece por meio de pré-seleções. Todos os países têm direito a enviar um candidato para a apuração, sendo necessário que o filme tenha sido feito fora dos Estados Unidos e com mais de 50% dos diálogos em qualquer língua, menos o inglês. Depois, o filme é selecionado de acordo com a crítica e o voto interno, determinando assim os cinco concorrentes finais. Por conta dessas etapas, vários filmes brasileiros já caíram na pré-seleção.

Antes de "Ainda estou aqui", o último filme nacional classificado foi "O ano que meus pais saíram de férias", do diretor Cao Hamburger em 2008, que chegou até a pré-indicação. Quase dez anos depois da primeira indicação, em 1999, de "Central do Brasil" de Walter Salles, que chegou a ser um dos finalistas.

O longa já conquistou oito prêmios, entre eles o de Melhor ator, para Wagner Moura e de Melhor diretor para Kleber Mendonça Filho, ambos no Festival de Cannes.

O Agente Secreto conta com exibições especiais por todo o país e estará disponível nos cinemas brasileiros a partir de 6 de Novembro.

Segue abaixo, o trailer da produção

Após 12 anos de sucesso, Invocação do Mal 4: Last Rites chega para dar fim a uma das mais aclamadas franquias de terror
por
Isabelle Rodrigues
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16/09/2025 - 12h

No dia 4 de setembro, chegou aos cinemas mundiais “Invocação do Mal 4: Last Rites”, o último capítulo da saga, que toma a atmosfera do polêmico caso da família Smurl, supostamente assombrada entre 1974 e 1989. 

Em seu primeiro final de semana em cartaz, o filme já arrecadou R$ 42 milhões, além de ter levado mais 2 milhões de pessoas aos cinemas, segundo dados divulgados pela Warner Bros. Foi confirmada uma continuação em desenvolvimento do universo, em forma de série pela HBO Max.

Judy e Lorraine compartilham da mesma habilidade, o que se torna um dos motores da narrativa  Reprodução/ Warner Bros
Judy e Lorraine compartilham da mesma habilidade, o que se torna um dos motores da narrativa  Reprodução / Warner Bros

O longa tem novamente a direção de Michael Chaves, que tomou da frente da saga desde o terceiro filme, The Devil Made Me Do It e The Nun 2, em 2021 e 2023. O filme   finaliza a saga dos Warren -  Lorraine (Vera Farmiga) e Ed (Patrick Wilson), com a adição de Judy, filha do casal (Mia Tomlinson) agora adulta e seu noivo Tony (Ben Hardy). Como um encerramento e tributo aos fãs de longa data, outros rostos conhecidos do universo  tomam a cena, como Drew(Shannon Kook), ajudante do casal no primeiro filme, Padre Gordon (Steve Coulter) e o Policial Brad (John Brotherton) também do primeiro.

O filme conta com diversas liberdades criativas sobre o real caso, já que os Warrens apenas se envolveram dez anos depois da assombração ser notificada. O que não é estranho para a franquia, mas se torna especialmente notável como parte desse encerramento, já que na realidade o caso nunca foi resolvido pelo casal, fortalecendo as críticas da época que acusavam o casal de charlatanismo.

Ed e Lorraine Warren foram personalidades extremamente midiáticas durante seus casos. Reprodução / Carolyn Bauman
Ed e Lorraine Warren foram personalidades extremamente midiáticas durante seus casos. Reprodução / Carolyn Bauman

Lançada em 2013, a franquia Invocação do Mal (The Conjuring), dirigida por James Wan,  se tornou a série de filmes “baseado em fatos reais”, subgênero do terror, mais famosa. Ao longo dos doze anos a franquia se expandiu muito além dos diários e relatos dos Warren, criando um universo de terror único que se sustenta em continuações até hoje.

Atualmente, o universo conta com nove filmes, sendo eles quatro títulos principais, Invocação do mal 1, 2, 3 e 4, e seus spin-offs que expandiram o terror apresentado pela figuras de Annabelle, com três filmes, A freira, com dois e a Maldição da Chorona.

O casal Warren, ficou mundialmente conhecido após o lançamento dos filmes, porém essa fama trouxe ainda mais notoriedade aos questionamentos sobre a pseudociência, demonológica, defendida por eles. O casal, conhecidos como os maiores demonologistas, ou caça-fantasmas do mundo, eles fundaram a New England Society for Psychic Research (N.E.S.P.R.) -  Sociedade de Pesquisa Psíquica da Nova Inglaterra - em 1952, atuando durante cinco décadas, em supostamente mais de dez mil investigações, se mantendo ativos na mídia, com palestras e declarações sobre seus casos. Porém seu feito mais conhecido é o museu Oculto no porão de sua casa, que guarda itens referentes a todos os casos investigados pelo casal. Desde de 3 de Agosto, o museu é de propriedade do comediante americano Matt Riff.

O filme Invocação do Mal 4: O Último Ritual está em cartaz por cinemas em todo o país desde 4 de setembro.

Veja abaixo o trailer da produção: 

Título original: The Conjuring 4: The Last Ritual

Direção: Michael Chaves

Roteiro: Ian Goldberg, Richard Naing, David Leslie Johnson-McGoldrick

Elenco principal: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mia Tomlinson, Ben Hardy,

Rebecca Calder, Elliot Cowan

Evento promoveu diálogos sobre arte e saúde em experiências imersivas
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
Yasmin Solon
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10/09/2025 - 12h

Com idealização e curadoria da artista visual e arquiteta Marcella Benita Maksoud, o evento Casa‑Corpo transformou a experiência da endometriose em arte, informação e debate. Em cartaz de 14 de agosto a 6 de setembro de 2025, na Rua Pedroso Alvarenga, 678, no Itaim Bibi, em São Paulo, a mostra reuniu especialistas da saúde, artistas e público em vivências interativas que discutiram os impactos físicos, emocionais e sociais da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta cerca de uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva e caracteriza-se pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, podendo causar dor intensa, infertilidade e impactos na qualidade de vida.

Apesar de comum, a condição ainda é cercada por desinformação e negligência, o que torna ações como o Casa‑Corpo essenciais para ampliar o debate e o reconhecimento da endometriose como questão urgente de saúde pública.

“Só não se perca ao entrar” de Fernanda Corsini. Foto: Khadijah Calil.
“Só não se perca ao entrar” de Fernanda Corsini. Foto: Khadijah Calil.
 “É preciso dar vazão” de Marcella Benita. Foto: Khadijah Calil.
 “É preciso dar vazão” de Marcella Benita. Foto: Khadijah Calil.
  “Procurar as fronteiras e com as pontas dos dedos alcançar mais fundo” de Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
  “Procurar as fronteiras e com as pontas dos dedos alcançar mais fundo” de Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
Sem título, Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
Sem título, Alix Spell. Foto: Yasmin Solon.
"Ambivalências", Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
"Ambivalências", Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
Sem título, Camila Alcântra. Foto: Yasmin Solon.
Sem título, Camila Alcântra. Foto: Yasmin Solon.
“Sedução” de Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
“Sedução” de Marcella Benita. Foto: Lais Romagnoli.
Um universo não compreendido. Foto: Lais Romagnoli.
"Sentido", Marcella Benita. Foto: Lais Romagnoli.
  “Fraturas e próteses” de Alix Spell.  Foto: Lais Romagnoli.
  “Fraturas e próteses” de Alix Spell.  Foto: Lais Romagnoli.

 

Brasilidade estampada em drinques autorais e petiscos cheios de identidade
por
Mohara Ogando Cherubin
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09/09/2025 - 12h

O primeiro bar da cozinheira-empresária Manuelle Ferraz, também dona do restaurante “A Baianeira”, localizado no MASP, foi aberto em abril de 2024. O “Boteco de Manu” está situado onde as ruas se cruzam na Barra Funda, mais precisamente na Rua Lavradio, 235, em meio à intensa Avenida Pacaembu. A forte identidade do bar já é percebida em seu nome. O “de” Manu faz jus ao modo de falar no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, bem perto da Bahia, local onde a chef nasceu.

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O bar funciona de quarta a sexta das 18h à 00h, aos sábados das 13h à 00h e aos domingos das 12h às 18h. O local dispõe de mesas vermelhas do lado de fora, além do balcão no salão e um quintal na parte de trás do bar. Foto: Mohara Cherubin 

 

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“Foi em um boteco que eu te conheci”. A frase foi inspirada no trecho “Foi no Risca Faca que eu te conheci”, do forró “Risca Faca”, do cantor Pepe Moreno. A expressão "risca-faca", comum no Nordeste, traz a ideia de um ambiente divertido, com música alta, rodeado de liberdade e alegria. Foto: Mohara Cherubin
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A cozinha do boteco oferece uma variedade de pratos, como fritos, caldos e sanduíches. Entre as criações do cardápio, destacam-se a carne de sol com mandioca, o sanduíche de linguiça com queijo e a coxinha de camarão. Já as bebidas favoritas do local são o goró de mainha e o mel de cupuaçu, drink com vodka, infusão de cupuaçu e melado de cana. Foto: Mohara Cherubin 
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Com um globo espelhado e quadros decorando as paredes, o salão relembra a definição de “risca-faca”. Foto: Mohara Cherubin.
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A parede ao lado esquerdo do salão é decorada com a série “Meninas do Rio”, da artista Ana Stewart, que retrata mulheres de comunidades do subúrbio do Rio de Janeiro com um intervalo de 10 anos, revelando a partir de um ensaio íntimo as mudanças nos lares e nas vidas dessas mulheres. Foto: Mohara Cherubin
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Ainda no lado esquerdo do balcão, o cliente tem acesso aos banheiros e ao quintal do boteco, que fica na parte de trás do local. Foto: Mohara Cherubin
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Se não conseguir lugar nas mesas espalhadas no espaço externo do boteco, o cliente pode se servir no balcão do salão ou no quintal. Foto: Mohara Cherubin
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Aos domingos o boteco apresenta o famoso “tecladinho”. O cantor John Batista agita o bar com muita sofrência e bregas antigos, do jeito que o público gosta. Também aos domingo é servida a feijoada de domingo. Foto: Mohara Cherubin
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O balcão fica em frente ao bar e à entrada da cozinha. Garrafas com as frases “A beleza de ser um eterno aprendiz” e “Viva lá vinho” também decoram o espaço. No balcão, o cliente pode comer, beber e curtir o ambiente do boteco. Foto: Mohara Cherubin
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Carne de sol com mandioca, um dos pratos mais pedidos do Boteco de Manu, acompanha muito sabor, pimenta da casa e manteiga derretida se o cliente desejar. Foto: Mohara Cherubin
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Goró de mainha, o favorito do Boteco de Manu, é uma bebida vinda diretamente da Baianeira a base de gengibre, abacaxi, rapadura, limão e segredos da chef Manu. A frase “doses de amor” estampa o rótulo do goró. Foto: Mohara Cherubin
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O Boteco de Manu conquista os clientes com seu ambiente vibrante e energia única. Visite a esquina mais bonita da Barra Funda e aproveite. Foto: Mohara Cherubin

 

Museu de Imagem e Som organiza exposição para o saudoso músico baiano com um acervo único e experiências interativas
por
KHADIJAH CALIL
LAIS ROMAGNOLI
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22/08/2025 - 12h

No aniversário da morte de Raul Seixas, o MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, celebra o ídolo brasileiro com a mostra "O Baú do Raul". Contando com mais de 500 itens originais, o acervo foi inaugurado em 11 de julho e ficará em cartaz até 28 de setembro.

A exposição é uma oportunidade para fãs e curiosos mergulharem em um grande capítulo da história da música brasileira por meio de experiências interativas.

A programação celebra os 80 anos que Raul Seixas completaria em 2025 e relembra sua personalidade como um verdadeiro símbolo de liberdade.

 

Local: Museu da Imagem e do Som – MIS | Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo.
Horário: terças a sextas: 10h às 19h / sábados:10h às 20h /domingos e feriados: 10h às 18h.
Permanência até 1h após o último horário.
Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) / Terças: ingresso gratuito, retira apenas na bilheteria física do MIS/ Quarta B3: na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3, a entrada também é franca.
Classificação indicativa: Livre

 

A mostra é dividida em 15 salas, concebidas a partir das 13 faixas musicais mais aclamadas de Seixas. Foto: Lais Romagnoli
A mostra é dividida em 15 salas, concebidas a partir das 13 faixas musicais mais aclamadas de Seixas. Foto: Lais Romagnoli/Agemt
A influência de Raul Seixas perdura até hoje, sendo lembrado por ter quebrado padrões ao misturar rock, blues e rebeldia em sua arte. Foto: Lais Romagnoli
A influência de Raul Seixas perdura até hoje, sendo lembrado por ter quebrado padrões ao misturar rock, blues e rebeldia em sua arte. Foto: Lais Romagnoli/Agemt
A celebração de Raul Seixas na capital paulista é uma verdadeira viagem no tempo, resgatando um dos grandes marcos culturais do país. Foto: Lais Romagnoli
A celebração de Raul Seixas na capital paulista é uma verdadeira viagem no tempo, resgatando um dos grandes marcos culturais do país. Foto: Lais Romagnoli/Agemt

 

Em ambientes customizados, o universo do eterno "Maluco Beleza" é recriado para proporcionar uma melhor experiência aos fãs. Foto: Khadijah Calil
Em ambientes customizados, o universo do eterno "Maluco Beleza" é recriado para proporcionar uma melhor experiência aos fãs. Foto: Khadijah Calil/Agemt

 

 

No espaço "Toca do Raul", os visitantes poderão cantar sucessos como “Maluco Beleza”, “Metamorfose Ambulante”, “Gita” e "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás". As apresentações serão gravadas e disponibilizadas aos participantes. Foto: Khadijah Calil
No espaço "Toca do Raul", os visitantes poderão cantar sucessos como “Maluco Beleza”, “Metamorfose Ambulante”, “Gita” e "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás". As apresentações serão gravadas e disponibilizadas aos participantes. Foto: Khadijah Calil/Agemt
O acervo da mostra foi disponibilizado pela ex-companheira do artista, Kika; por sua filha, Vivian; e por Sylvio Passos, amigo do músico e fundador do fã-clube oficial. Foto: Khadijah Calil
O acervo da mostra foi disponibilizado pela ex-companheira do artista, Kika; por sua filha, Vivian; e por Sylvio Passos, amigo do músico e fundador do fã-clube oficial. Foto: Khadijah Calil/Agemt

 

 

 

Podcast sobre moda e redes sociais
por
Lorrane de Santana Cruz
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06/06/2023 - 12h

"A moda, no meu ponto de vista, é um reflexo da sociedade, ela vai muito além das roupas e acessórios. Moda é comunicação, cultura, economia, política. É por meio dela que conseguimos criar diálogos, nos conectamos com as pessoas ao nosso redor e expressamos nossa personalidade ao mundo", diz Luisa Masson, entrevistada do podcast. Com o avanço das redes sociais o mundo fashionista sofreu alterações. As influenciadoras comentam sobre o crescimento de conteúdos no TikTok. 

Fenômeno da HBO Max chega ao fim sendo aclamada pela crítica
por
Laura Teixeira
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30/05/2023 - 12h

Finalizada neste domingo (28), Succession foi criada por Jesse Armstrong e estreou no canal de streaming HBO Max em 2018. A série conta a história da família Roy, proprietária da WayStar Roy, um dos maiores conglomerados de mídia dos Estados Unidos. 

O início da primeira temporada é marcada pelo adoecimento de Logan Roy (Brian Cox), patriarca da família e comandante da empresa. Esse acontecimento faz com que seus filhos Shiv (Sarah Snook), Roman (Kieran Culkin), Connor (Alan Ruck) e Kendall (Jeremy Strong) comecem a disputa pelo poder.

Divulgação da  primeira temporada/ reprodução: HBO Max

Quando lançada, a série não teve tanta adesão do público como em suas temporadas finais. Com termos técnicos e diálogos difíceis, seu roteiro prometia uma trama bastante conhecida pelo público: ricos disputando por negócios. A genialidade da série aos poucos foi se mostrando quando ela atualizou o tema batido e complexificou os personagens com muitos acontecimentos inspirados na vida real. Succession consegue mostrar ao público os bastidores, momento que  a burguesia faz de tudo para a manutenção do poder.

  Apesar de se passar nos Estados Unidos, Succession cativou fãs em todo o mundo, inclusive no Brasil. O delírio coletivo de que bilionários tinham vidas fora do comum e eram pessoal a cima da média foi desmontado pela série. Além disso, por ser uma trama de bastidores de uma família rica, as curiosidades que as pessoas têm vai além dos EUA . A critica de cinema Isabela Boskov afirmou ser um dos finais mais bem construidos da historia da TV, podendo ser comparada com outros sucessos da HBO como Os Sopranos. Outros veículos brasileiros como o Omelete Tv também viram a série como uma obra prima contemporânea, extrapolando as fronteiras norte americanas.

Tudo começa com os filhos ansiosos pela retirada do pai do cargo de CEO na empresa. Enquanto Logan Roy passa dias difíceis no hospital, Kendall Roy planeja tomar seu lugar e ser o mais novo magnata das mídias dos EUA. O comportamento supostamente transgressor de Kendall é bastante recorrente em todas as temporadas, mas em momentos de crise, o personagem se mostra bastante infantil, buscando a aprovação do pai e que ele resolva tudo quando as coisas dão completamente errado. 

No mesmo momento do adoecimento do patriarca, outro evento importante acontece. Tom Wambsganss (Matthew Macfadyen) pede Shiv em casamento, sendo mais um a disputar um pedaço do poder. Junto com o primo Greg (Nicholas Braun), Tom cumpre o papel de alguém de  fora da família que aos poucos vai adentrando, assim como o público que assiste. Pouco a pouco, os dois também são corrompidos pelo capital, uma vez que na quarta temporada ambos já pensam como um Roy e fazem a sujeira que é necessária para permanecerem ali.

Na segunda temporada, Logan já está recuperado e volta ao comando com seu filho, Kendall, que obedece ao pai como um cachorro, após fracassar na escalada ao trono. Além disso, escandalos envolvendo assédio sexual, moral, assasinatos e ocultação de cadáver vêm à tona contra executivos da área de cruzeiros da empresa, articulando todos os interessados a salvá-la. É importante ligar esse momento da ficção com a realidade, já que o ator Nicholas Braun, que interpreta o primo Greg, foi acusado de assédio sexual por diversas mulheres do ramo do entretenimento dos EUA em 2023.

O escândalo dos cruzeiros faz com que a família debata um possível CEO que não seja Roy, a fim de minimizar o caso. A temporada é encerrada com Kendall mais um vez indo contra o pai, tentando novamente chegar ao poder e, de novo, falhando. A terceira temporada é marcada pela disputa entre Logan e o filho, além de uma possível compra da WayStar Roy por uma empresa focada em tecnologia, a GoJo. Na série, ela representa as bigtechs como  Meta e Tesla, que são comandadas por jovens bilionários supostamente brilhantes, que incorporam empresas mais tradicionais.

Em 26 de março de 2023 foi lançada a última e mais bem avaliada temporada  de Succession, a qual encerra de maneira brilhante a corrida ao trono e mostra como a dinâmica de meritocracia não existe, tudo é decidido com base na persuasão. A média de avaliação de sites como IMDB e Rotten Tomatoes, crítica especializada, varia de 9 a 10, sendo uma das melhores avaliações já vistas na história da TV. 

Tom e Shiv/ fonte: HBO

Na última fase da trama,  personagens como Greg e Tom começam a colher os frutos plantados no primeiro episódio lançado em 2018, demonstrando que aprenderam o suficiente com os Roy, inclusive manipulando-os para ganharem a disputa do poder. Outro importante personagem dos episódios finais é o dono da bigtech GoJo, Lucas Matsson, sueco que brinca o tempo todo com a família, ao mesmo tempo que mostra ter comportamentos totalmente contraditórios e até criminosos. Em certa altura é dito, inclusive, que o mérito da longevidade da bigtech pouco tem a ver com seu dono e sim com a construção de homem genial que foi feita em volta dele.

As eleições americanas são destaque na temporada, quando é possível que os espectadores tenham dimensão da importância da mídia nesse momento, pois uma trama que aconteceu na vida real é retratada. 

Durante as eleições presidenciais de 2020, disputadas  entre Joe Biden e Donald Trump, o canal americano Fox News declarou a vitória para Trump e, quando o resultado oficial saiu, contrário ao republicano, a emissora usou essa declaração falsa para articular o golpe antidemocrático que ficou conhecido como o ataque ao Capitólio, no dia 6 de Janeiro de 2021.

Em Succession, o jornal ATN - pertencente à WayStar Roy - se coloca a favor do candidato de extrema direita, Jerryd Mencken (Justin Kirk), que inclusive afirma que mesmo se perder, quer começar ganhando. O paralelo com a realidade vem quando o jornal declara a vitória ao republicano, em um discurso logo após a suposta vitória, Mencken  afirma que não irá aceitar resultado diferente, usando a importância da ATN como argumento. O final da série não aborda uma tentativa de golpe, mas deixa subentendido que algo parecido pode estar prestes a acontecer.

 

Kendall Roy/ fonte: HBO

O terceiro episódio da temporada foi eleito o melhor de toda a série, com avaliação máxima pela crítica. Um acontecimento desse episódio faz com que a família tenha que lidar com o mais democrático acontecimento da humanidade: a morte. Por quatro anos Succession brinca com uma dualidade da burguesia, que se entende como superior quando na realidade não é, todos os seres possuem o mesmo fim. A morte parece fazer com que os Roy percebam isso, por toda a última temporada os jogos de poder vão ficando mais fracos e Connor, Kendall, Roman e Shiv entendem que eles, no final das contas, não são tão relevantes e excêntricos quanto o mundo faz parecer que eles sejam. Os irmãos percebem que são totalmente substituíveis. O décimo e último episódio encerra esse ciclo e demonstra que quem chega no trono não é o mais apto e sim o que mais soube jogar o jogo do poder.

 

Com a difusão desses serviços, o país está nos top 3 de consumidores de plataformas audiovisuais no mundo.
por
Iris Martins
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29/05/2023 - 12h

O Brasil é o segundo país que mais consome serviços de streaming, de acordo com o relatório de adoção de Streaming Global do Finder de 2021, ficando apenas atrás da Nova Zelândia. O estudo da companhia australiana leva em conta os 18 principais mercados de streaming do mundo, dentre eles estão: Netflix, Amazon Prime Video, HBO MAX, entre outras. A pesquisa mostrou que pelo menos 65% dos adultos brasileiros possuem um serviço de streaming, enquanto a média global é de 56%. Foram considerados 28.547 adultos de 18 países, e o Brasil ficou em segundo por uma diferença de 0,26%.

Este é exemplo claro da popularização dos serviços de filmes e séries online é o evento Tudum da Netflix. Sua primeira edição, realizada em 2020, contou com experiências imersivas e novidades para os amantes das produções da plataforma, contabilizando mais de 50.000 pessoas durante os quatro dias de evento. Já a segunda e terceira edições do festival tiveram que ser realizadas de maneira remota dada à pandemia de COVID-19. A atriz Maisa Silva, é a apresentadora oficial da Tudum, estratégia inteligente para cativar o público jovem fã de cultura pop. O sucesso do streaming e do evento se comprovou em 2023 com o esgotamento de ingressos em apenas uma hora após sua liberação.

Isadora Pinho, de 21 anos, consumidora assídua dessas plataformas e estudante de psicologia, relata: “Hoje tem a possibilidade de assistir de qualquer dispositivo, seja ele uma televisão, um computador ou celular, e às vezes trazer um pouco de entretenimento para um momento estressante independente do lugar.” De acordo com a NordVPN, especializada em cibersegurança, o brasileiro gasta cerca de 92 horas por semana na internet, mas a atividade que mais toma seu tempo é assistir streaming, com 13 horas semanais. A jovem conta que não foge das estatísticas: “Acho que passo em média umas 4 horas por dia, porque eu adoro descansar assistindo filme ou série sozinha enquanto faço alguma coisa, tipo pintar as unhas ou fazer alguma maquiagem. Mas também porque eu gosto muito de ver filmes sobre alguns assuntos da faculdade, muitas vezes recomendados pelos meus professores, pra poder me inteirar da matéria."

Logos de alguns dos principais streamings (Montagem por: Iris Martins)
Logo dos principais streamings (Montagem por: Iris Martins)

A fuga da realidade é um fator bem atrativo para as pessoas. A antropóloga Milena Leão conta mais sobre o assunto em entrevista para a AGEMT: “Uma das características mais marcantes dos brasileiros é o caráter "descolado". Do malandro, brincalhão que tem seu tom pejorativo em muitos contextos de xenofobia, mas que reflete uma característica do brasileiro de estar aberto ao novo, ao entretenimento. E sim, muitas vezes na busca pelo escapismo, denotando um certo descompromisso com a realidade, nem que seja pelo período de um episódio.”

Com os serviços de streaming cada vez mais populares, outra questão levada em conta é: o acesso ao entretenimento. É de se imaginar que quando com preços acessíveis para a população há um maior público e o mesmo acontece com os streamings.  “É importante deixar claro que não devemos generalizar, tão pouco esquecer que apesar de acessível para muitos, há uma parcela da população que não tem acesso, uns devido a índices de pobreza e outros por não conseguirem se comprometer com uma mensalidade regular, o que acredito ter gerado uma nova dinâmica de atendimento para esse público, onde muitos serviços abriram mão de termos de fidelidade permitindo uma certa fluidez de entrada e saída de assinantes”, relata Milena.

Porém, no caminho contrário, a Netflix pretende taxar seus assinantes que compartilham a senha. Na última terça-feira, 23 de maio, a multinacional passou a cobrar R$12,90 mensais para o compartilhamento de senha da plataforma com pessoas de fora da residência principal do assinante. Segundo a empresa, a assinatura permanece liberada para os residentes de uma mesma casa - compartilhadores da mesma internet. Porém, caso você queira utilizar o streaming fora dessa conexão será necessário a assinatura extra limitada a uma assinatura no plano padrão e duas no extra. Tal decisão deve impactar no acesso às mídias oferecidas pela plataforma. O conteúdo passa a ficar cada vez mais restrito por esse aumento no preço e limitação de compartilhamento. Internautas têm expressado seu descontentamento com a decisão, mas a empresa não se posicionou a respeito.

 

Paralisação acontece desde o dia 02/05 e não tem previsão de acabar.
por
Giovanna Montanhan
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11/05/2023 - 12h

Os membros do Sindicato dos Roteiristas da América (WGA, como é abreviado em inglês) decidiram parar de trabalhar em protesto às condições de trabalho que enfrentam e salários abaixo do ideal dado a quantidade de demandas. A greve dos roteiristas começou nesta terça-feira (05), e já afeta a produção de programas de entrevistas, séries e filmes nos Estados Unidos. 

Uma das principais reivindicações é a melhoria nas remunerações por roteiros e no amparo trabalhista para profissionais que são responsáveis por tornar toda a produção possível.

ROTEIRISTAS
Foto: Membros do WGA protestam do lado de fora dos estúdios Sunset Bronson em Los Angeles.
Reprodução: Luís Sinco/Los Angeles Time 

A greve teve início após meses de negociações entre o WGA e os estúdios de cinema e televisão, que não conseguiram chegar a um acordo. Expressaram apoio à paralisação dos roteiristas: a atriz Jennifer Coolidge,que também é membro do sindicato de atores - Screen Actors Guild (SAG), Cynthia Nixon, Amanda Seyfried, Quinta Brunson, os apresentadores Jimmy Fallon e Seth Meyers. 

A paralisação afeta diretamente o calendário de lançamento de filmes e o cronograma de produção de episódios de seriados. Estima-se que inúmeros programas e episódios possam ser paralisados, inclusive muitos deles já começaram a ser reprisados, como Jimmy Kimmel Live e The Late Show (Canal CBS), Tonight e Late Night (Canal NBC). Além de séries de muito sucesso como, a terceira temporada da série de comédia da ABC Abbott Elementary, a sexta temporada da série da Netflix Cobra Kai,  a segunda temporada do spin off da HBO  House of Dragons e a quinta e última temporada da série de Stranger Things (Netflix. 

A indústria de entretenimento é uma das principais fontes de emprego nos EUA, de acordo com a Associação de Cinema da América (MPAA), em 2019, foram gerados $25,5 bilhões em receitas apenas no mercado doméstico, e $101 bilhões no mercado global. Ainda assim, membros do WGA afirmam que os contratos atuais não são justos o suficiente e não dão valor ao trabalho e à criatividade necessária para se produzir um bom projeto.

Não se sabe quanto tempo a greve dos roteiristas de Hollywood vai permanecer, pois de acordo com a revista Variety, o WGA afirma que a situação vai seguir até que um acordo seja feito. O sindicato pede ainda a compreensão da indústria e do público que consome diariamente os conteúdos que produzem.

 

Conteúdos de diferentes países chegam ao streaming e mostram pluralidade de cenários e contextos
por |
02/05/2023 - 12h

 Por Felipe Volpi Botter

 Existem milhares de séries na Netflix e muitas são estadunidenses, porém, nos últimos anos ela vem produzindo muitas obras em outros países, Como a La Casa de Papel, Alice in borderlands, Emilly in Paris, dentre outras. No vídeo a seguir, um usuário da Netflix responde perguntas sobre a Netflix nas séries de fora do eixo estadunidense.

Segue o link do vídeo.

https://youtu.be/ngTtfV-HKp4