
Apesar de Novembro ter grande destaque pelo Novembro Azul, o Novembro Roxo ganha cada vez mais espaço pois é o Mês Internacional de Sensibilização para a Prematuridade. Com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre o parto prematuro e como preveni-lo, o mês tem como a principal data o dia 17. A divulgação do assunto é extremamente importante já que é um problema de saúde pública e a principal causa de morte infantil no Brasil e no Mundo.
São considerados bebês prematuros aqueles que nascem com menos de 37 semanas. Os prematuros ainda possuem características, por não estarem preparados para nascer, como: baixo peso; pele fina, brilhante e rosada; veias visíveis; pouca gordura sob a pele; pouco cabelo; orelhas finas e moles; cabeça desproporcionalmente maior que o corpo; musculatura fraca; pouca atividade corporal; além de, poucos reflexos de sucção e deglutição. Alguns desconfortos respiratórios e infecções fazem estes recém-nascidos precisarem dos cuidados da UTI Neonatal.
“É um momento muito difícil para a família, pois ninguém espera ter um bebê prematuro” diz Gisele Pires Lorandes, Médica Neonatal. Há ainda três classificações de prematuridade de acordo com a idade gestacional: Limítrofe, os nascidos entre 37 e 38 semanas; Moderado, os que nascem entre 31 e 36 semanas e Extremo, aqueles nascido entre 24 e 30 semanas. “Quando um prematuro vai para a UTI cuidamos tanto do bebê como da família. Toda a equipe de profissionais estão envolvidos nessa acolhida: médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, ou seja, é um cuidado multiprofissional” conta Lorandes.
A campanha deste ano, desenvolvida pela Estratégia QualiNeo, foi baseada no clássico infantil “O Pequeno Príncipe” e tem como título “Tu te tornas eternamente responsável pelo cuidado que praticas”, a mesma tem como finalidade fazer com que as pessoas, entre elas, pais e profissionais da saúde fiquem conscientes quanto à importância de uma assistência eficiente para os bebês prematuros.

A ação visa demonstrar que todo impacto contribui direta e indiretamente para a qualidade de vida dos bebês. O objetivo é uma mobilização nacional em busca de modelo de assistência pré-natal amplo, contato pele a pele entre os recém-nascidos e os pais, redução de dores e afins. “A presença da família é muito importante para a recuperação dos bebês, pois sabemos que o toque e a voz da mãe os acalma, deixando mais seguro e tranquilo para sua total recuperação” explica a médica.
Um tipo de tratamento que vem sendo bastante usado também é chamado de Método Canguru. No Brasil é usado há 20 anos e é utilizado por cerca de 200 unidades de Sistema Único de Saúde (SUS). Ao redor do mundo tem sido usada essa metodologia. Ela consiste em deixar o recém-nascido em contato pele com pele, na posição vertical, lembrando a posição do canguru com seu filho. Segundo pesquisas isso tem uma série de benefícios: Favorece o vínculo mãe e filho, diminui o tempo de separação entre eles, também estimula o aleitamento materno, favorece um melhor desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do recém-nascido de baixo peso, favorece a estimulação sensorial adequada do bebê além de reduzir o estresse e a dor do recém-nascido.
A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros - ONG Prematuridade.com realiza tarefas durante todo o mês de Novembro para despertar a atenção dos brasileiros acerca do tema. E para isso, eles desenvolveram algumas ideias como: doação de itens de higiene para UTIs Neonatal, distribuição de material informativo, vestir roxo no dia 17 e o uso de fitas roxas durante todo o mês.
Além disso, eles se unem à EFCNI (European Foundation for the Care of Newborn Infants) e ao March of Dimes para promover ações durante todo o mês ao redor do mundo. A principal delas é a iluminação de roxo de prédios e monumentos para chamar atenção à causa. Entre estes pontos estão: Empire State Building, nos Estados Unidos; Cataratas do Niágara, no Canadá; Budapeste Eye, Hungria e muitos outros.


A Associação ainda possui um link que mostra alguns eventos e programações referente ao Novembro roxo na maioria dos Estados brasileiros.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, em uma pesquisa de dezembro do ano passado, cerca de 30 milhões de bebês nascem prematuros por ano no mundo. De acordo com a ONU, os nascimentos prematuros são responsáveis por quase 50% das mortes de recém-nascidos no mundo.
Só no Brasil, cerca de 11% dos bebês nascem antes do tempo. São 340 mil prematuros nascendo todo ano no país. Cerca de seis a cada 10 minutos, muitos deles não sobrevivem ou ficam com algum tipo de sequela.
O parto prematuro pode conter alguns sintomas. As contrações do trabalho de parto podem ocorrer entre a 20ª e 37ª semanas de gravidez, sendo que para uma gravidez saudável, a mulher começaria a sentir os primeiros sintomas entre a 37ª e 41ª semana. Algumas precauções podem ser tomadas, como por exemplo, um pré-natal adequado, além de alguns cuidados como ter uma dieta saudável, ter atenção redobrada com a higiene íntima para que não haja infecção, evitar desidratação, ou seja, beber água regularmente, não carregar objetos pesados, entre outros. Nem tudo pode ser controlado, muitos casos ocorrem devido uma ruptura espontânea da bolsa. Mas com orientações de uma obstetra, fazendo exames laboratoriais e seguindo um pré-natal muitos fatores podem ser prevenidos ou minimizados.
Natasha Ozella e Vinicius Godoy, tiveram gêmeos prematuros, “eles nasceram com 29 semanas. Ficaram no hospital por 68 dias. Nos ensinaram a ter todos os cuidados com os bebês prematuros: banho, amamentação, dar remédios, cuidados com engasgos, refluxo, dores abdominais...depois que foram liberados para irem embora os médicos passaram cuidados especiais para ter. Amamentação a cada 3 horas, dia e noite, acompanhamento com oftalmo, fono, fisio, cardiológico e pediátrico”.
A doutora Gisele Lorandes ainda complementa. “Após a alta, as recomendações são para o prematuro as mesmas de um bebê que não seja. Será realizado consultas de rotina com o pediatra e geralmente recomendamos evitar ambientes fechados com aglomerados de pessoas, pois ele ainda não tomou todas as vacinas e o risco de adquirir uma infecção é grande”.
#DiaMundialdaPrematuridade #NovembroRoxo #WorldPrematurityDay #WPD #17/11
Desenvolvido por uma empresa sediada em Berlim, o Clue promete cuidar da saúde reprodutiva das mulheres. O aplicativo é feito para dispositivos móveis, e tem como principal objetivo ajudar a controlar e entender melhor o ciclo menstrual, além dos dias férteis e dos sintomas da TPM.
A plataforma, lançada em 2013 pela empresa BioWink GmbH, permite visualizar a data de maior probabilidade de engravidar, e facilita que a mulher monitore outras 30 categorias relacionadas à saúde, como sono, vida sexual e digestão.
Ao baixar o aplicativo pela primeira vez, algumas perguntas básicas são feitas, como “você lembra quanto tempo durou o seu último ciclo?” e “você está grávida?”, a partir disso, o aplicativo calcula todo o ciclo menstrual.
A cada dia, poderão ser acrescentadas informação em diversas categorias relacionadas à saúde, que ajudam a compor cada momento do ciclo: fase emocional, desejos de comida, vitalidade, situação da pele e dores no corpo. O aplicativo também aponta em que etapa se encontra, e ainda dá informações para os sintomas, dizendo se eles são normais, ou se devem ser avaliados por um médico.
A CEO da BioWink GmbH, Ida Tin, diz que tinha como intenção “começar uma revolução na saúde reprodutiva”, e por isso, o Clue também conta com análises da vida sexual e reprodutiva das mulheres, dando opções de monitoramento para os dias de festa, já que o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros pode influenciar no ciclo, dias sexualmente ativos e práticas de exercícios. O aplicativo tem a disposição caixinhas de informações, explicando e dando dados para todos os processos do ciclo menstrual.
Porém, para a médica de família e comunidade, Daniela Dantas, 34, o aplicativo deve ser usado com cautela, por se tratar de uma tabelinha moderna e a probabilidade de uma gravidez ser grande.
Para a médica do Espaço Irís, localizado em Campinas, “muitas pessoas usam como se fosse um método de percepção de fertilidade, e não é a mesma coisa. É um cálculo matemático, uma aproximação.” Para ela, a percepção da fertilidade passa pelo fator de a mulher olhar o seu corpo e ser capaz de dizer quando está no seu período fértil, compreendendo o seu ciclo menstrual.
Dantas também alerta para o fato de o Clue ser um aplicativo, que possui termos de adesão e de privacidade. Segundo a médica “ele tem acesso a vários tipos de informação sobre a vida sexual e reprodutiva das mulheres, é como se pudesse roubar essas pistas e vender para empresas”, mencionando os efeitos negativos que os algoritmos podem gerar na vida reprodutiva das mulheres. O aplicativo é de grande utilidade, mas deve ser usado com consciência.
A plataforma criada por Tin, presente em 15 idiomas, inclusive em português, usufrui da tecnologia para desvincular a ideia de menstruação e gravidez dos tabus colocados sobre os temas, um fato que ainda ocorre em muitos países. O ciclo menstrual faz parte da saúde feminina, e conhecê-lo é um passo importante de autoconhecimento e empoderamento. A desenvolvedora do app afirma que tanto a menstruação, quanto a saúde reprodutiva, devem ser “uma terra sem tabu”, pelo fato de serem um assuntos que necessitam, cada vez mais, de discussão e esclarecimento.
O mini documentário Absorvendo o Tabu, ganhador de um Oscar e disponível na Netflix, aborda os estigmas em cima da menstruação na Índia, mostrando que o ciclo reprodutivo feminino ainda é um assunto pouco discutido, e por consequência, pouco explorado.
Além do aplicativo, o Clue conta com um blog com postagens sobre saúde reprodutiva, sexo e dúvidas frequentes sobre a menstruação. O site dispões de uma gama imensa de textos, em inglês, português e espanhol que abordam de questões biológicas até abordagens culturais sobre os temas. Com mais de 8 milhões de cadastros ativos, a plataforma também está presente no Instagram, Twitter e Facebook, e conta com um programa de podcast – em inglês – sobre a saúde hormonal feminina.

Setembro é considerado o mês da prevenção ao suicídio. A campanha brasileira iniciada em 2015 é uma ação do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Uma pesquisa da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) informa que a taxa entre os adolescentes que vivem nas grandes capitais aumentou quase 25% entre 2006 e 2015 e, ainda, o estudo comprova que os jovens do sexo masculino cometem o suicídio até três vezes mais.

O dia 10/09 é considerado, desde 2003, o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. Os especialistas acreditam que a precaução é a melhor forma de ajudar. Por isso, no mês nove são organizados eventos com debates sobre o suicídio, alertando a população sobre a conscientização. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a medida preventiva auxilia 90% dos casos.
O psicólogo e professor da PUC-SP Marcelo Borelli explica “com certeza boa parte das tentativas de suicídio ou mesmo o suicídio poderiam ser evitados se de fato houvesse um acompanhamento mais próximo dessa pessoa, se ela tivesse seu espaço para poder falar o que está sentindo, se ela puder pensar sobre questão da vida dela”. Borelli ainda conta que é muito importante chamar atenção para a questão do suicídio e da saúde mental no mês de setembro, mas, que esse assunto precisa ser discutido, inclusive com campanhas, ao longo do ano.
Considerado um problema de saúde pública com 32 mortes diárias, o estado do Rio Grande do Sul registra a maior taxa, 10,2 suicídios por 10 mil habitantes, dados do Ministério da Saúde de 2010. A campanha “falar é a melhor solução” busca maior visibilidade à causa e, para isso, ilumina e pinta lugares ou pontos estratégicos para chamar atenção da população.

Lucas Ganemian, jornalista, foi diagnosticado com depressão há menos de dois meses e falou como o apoio da família foi primordial “acredito que ao falar com meus pais, apesar da preocupação que eles tiveram, consegui procurar ajuda rapidamente. Eles, com meu irmão e meu cunhado me deram total apoio”.
O diálogo constante é importante principalmente devido a alguns mitos que as pessoas, sem informação, falam como por exemplo “quem ameaça se matar, está querendo chamar atenção”. O especialista explicou “isso (esses mitos) é muito triste. Na verdade, a pessoa que tem depressão está sofrendo muito, um sofrimento que ela não tem controle, ela não tem vontade de fazer as coisas mais simples”. Ele ainda esclareceu que apenas a comunicação consegue mudar essas narrativas.
“Minha família nunca foi uma opção de conversa, porque eles são muito fechados, eu sinto que eles não entendem, eles acham que é uma besteira, que é só pensar positivo que vai passar” relatou uma estudante que prefere não ser identificada e sofre de depressão há 11 anos, ao menos quatro vezes tentou se matar. Ela ainda nos contou como seu ex namorado tratava a depressão dela “ele não entendia nem um pouco o que eu sentia, o que eu tinha. Ele não deixava eu chorar, porque, segundo ele, chorar é um sinal de fraqueza”.
Mayllon Soares, professor de educação física, namorou por dois anos uma mulher que tem depressão. Ele acredita que ela desenvolveu no relacionamento anterior que aparentava ser abusivo. Ele ainda comenta “tomei alguns cuidados depois que fiquei sabendo da depressão. Um deles, foi marcar uma sessão com a psicóloga dela para entender melhor como eu poderia ajuda-la superar a depressão de maneira mais rápida”.
O desemprego também tem sido um fator de risco das tentativas de suicídio. Borelli concorda com isso quando afirma “acho que parte disso tem a ver com o modo que a nossa sociedade está estruturada. As pessoas mais velhas, além de se sentirem mais sozinhas, não tem lugar no mundo. Os jovens por outro lado, vão sentindo cada vez mais uma pressão sobre o seu futuro, então, muitas vezes a vida pode ficar mais rasa, mais superficial. Aí a gente pode pensar que essas duas populações estão mais vulneráveis”.
“Meu primeiro gatilho foi o bullying e também a falta de atenção dos meus pais. O segundo, foi recentemente, faz um ano, meu ex-namorado era muito abusivo, ele me maltratava muito, meio que me abusava sexual e psicológicamente. Com isso, eu piorei e tenho recaídas até hoje, mas eu estou melhorando, sendo acompanhada, tendo bom amparo” contou a estuante.
Quem pensa que só pessoas do anonimato sofrem com depressão, estão enganadas. Diversos casos já foram relatados por celebridades, como a atriz internacional Catherine Zeta-Jones, o ator Jim Carrey a cantora Adele, o ator brasileiro Selton Mello e a atriz Adriana Esteves. Alguns casos são mais graves, Sophie Turner, famosa pelo seu papel de Sansa Stark em Game of Thrones, disse que pensou várias vezes em suicídio. Ela ainda disse que acredita que sofreu muito pela profissão que escolheu, diferente dos seus amigos de escola. Outros famosos que já assumiram que sofrem depressão e que também pensaram em cometer suicídio foram a cantora Demi Lovato e Paula Fernandes.
A OMS estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020.
No mês de setembro algumas ações no Brasil foram realizadas:
- Vozes do silêncio: música de Carlinhos Brown em parceria com a CVV para a campanha #falarpodemudartudo.
- Sessão de terapia: série do GloboPlay está aberta a todos durante o mês de Setembro, sendo um convite à cuidar da saúde mental.
- Grande labirinto de girassóis (15/09): mais de dois mil girassóis foram espalhados no Largo da Batata em São Paulo, com o desejo de acabar com o preconceito e o silêncio sobre a depressão.
- Corinthians espalha girassóis pela arena (21/09): antes do jogo contra o Bahia, uma campanha alerta sobre depressão e suicídio, com o lema: “Na direção da vida - Depressão sem Tabu”, 70 crianças acompanharam os jogadores segurando girassóis.

- 4ª Caminhada pela Vida – Encerramento do Setembro Amarelo:
Data: 29/09 | a partir das 9h30
Local de saída: Av. Paulista, 37 – em frente à Casa das Rosas
Organização: CVV
Apoio: Uninove | Coren | Ecofit | Rede Social do Centro
Participação: Gratuita
Informações: cvvsp@cvv.org.br
A ONG mais antiga do país ajuda no apoio emocional e prevenção ao suicídio, a “CVV: Como vai você?” está disponível 24h pelo telefone 188 gratuitamente, chats no site https://www.cvv.org.br/ e pessoalmente.
A cor amarela:
Por detrás da cor, de acordo com a Associação Catarinense de Psiquiatria, há uma história: Em 1994, um americano de 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a vida dirigindo seu carro amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espalhando mundo afora.