Brasileirão tem hat-trick de Yuri Alberto, pênalti defendido por João Ricardo e demissão de Pepa no Sport
por
Felipe Pjevac
Tamara Ferreira
|
13/05/2025 - 12h

São Paulo 0x0 Fortaleza 

Empate pesa, e Leão do Pici cai para o 17° lugar na tabela

No jogo de abertura da sétima rodada do Brasileirão, realizado no Morumbis na última sexta-feira (02), São Paulo e Fortaleza desperdiçaram as chances que tiveram de marcar e ficaram no 0 a 0 com resultado ruim para ambas as equipes, mas pior para o Fortaleza, que agora ocupa a primeira posição na zona de rebaixamento.

O primeiro tempo foi morno, com o Tricolor paulista sem conseguir impor ritmo ou levar perigo ao time visitante. Por outro lado, o Fortaleza, que precisava da vitória, teve as melhores chances da etapa inicial. A primeira veio aos oito minutos, quando Yago Pikachu roubou a bola no campo de defesa e puxou o contra-ataque. A jogada terminou com Breno Lopes, que ganhou dos marcadores, mas foi bloqueado por Wendell na hora da finalização. Aos 12 minutos, Breno teve outra oportunidade, mas chutou para fora. Ainda no primeiro tempo, Lucero arriscou da entrada da área, mas a bola desviou e saiu pela linha de fundo.

O São Paulo só respondeu aos 25 minutos, com um cabeceio de André que passou à direita do gol. Aos 39, Breno Lopes recuperou a bola no meio de campo, avançou e arriscou de longe, mas Rafael defendeu com tranquilidade. A última chance da etapa foi  em uma cobrança de falta de Alisson que também saiu à direita da meta defendida por João Ricardo.

Jogadores do São Paulo e Fortaleza conversam com o árbitro da partida. Foto: Marcelo Zambrana/AGIF

A segunda etapa começou mais animada. Logo no primeiro minuto, André Silva roubou a bola e tocou para Lucas Ferreira, que com liberdade invadiu a área e finalizou para boa defesa de João Ricardo. Três minutos depois, Ferreirinha inverteu para Ferreira, que cortou para o meio e bateu — novamente o goleiro defendeu.

Aos 15, André Silva girou com categoria e tocou para Ferreirinha, que ganhou da marcação, invadiu a área sozinho e foi derrubado pelo goleiro. O árbitro marcou pênalti na hora. O próprio camisa 11 foi para a cobrança, mas João Ricardo defendeu com tranquilidade. 

Depois do lance, o jogo seguiu morno e a única chance real de gol saiu aos 41 e foi para os visitantes. Deyverson aproveitou um erro da defesa do Tricolor Paulista, recebeu a bola e chutou, mas foi travado por Ruan.

Com o empate, o São Paulo chegou a nove pontos e ocupa o 11° lugar na tabela. Por outro lado, a situação do Fortaleza se complicou: com sete pontos conquistados até aqui, a equipe caiu para a 17ª posição. Na próxima rodada, o Leão do Pici enfrenta o Juventude, no sábado (10), às 16h  (horário de Brasília). Já o Tricolor Paulista volta a campo no domingo (11), às 17h30 (horário de Brasília), contra o Palmeiras.

 

Corinthians 4x2 Internacional 

Com hat-trick do camisa 9, Alvinegro e Colorado protagonizam duelo com direito a oito gols

Na Neo Química Arena, Corinthians e Internacional realizaram um duelo eletrizante, com direito a viradas e oito gols marcados — seis deles validados. Com três gols de Yuri Alberto e um de Igor Coronado, o Timão venceu o Colorado por 4 a 2. Os tentos da equipe gaúcha foram anotados por Braian Aguirre e Thiago Maia. A expulsão do volante Bruno Henrique, no segundo tempo, pesou na queda de rendimento dos visitantes, que chegaram a estar vencendo por 2 a 1, mas não conseguiram sustentar a vantagem.

O primeiro tempo foi bem movimentado, a primeira grande chance foi para os donos da casa. Aos 11 minutos, Romero cruzou para Memphis Depay cabecear, acertando o travessão da meta defendida por Anthoni. Já a primeira finalização do Inter foi aos 22, com Bruno Henrique, mas o chute subiu demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 24 minutos, Memphis tocou para Yuri Alberto limpar e chutar no cantinho para abrir o placar da partida. Depois do gol para o Alvinegro, a equipe gaúcha teve boas chances de marcar, mas até então, Hugo Souza estava se sobressaindo nos lances. Até que, aos 37, Wesley cruzou, o goleiro corintiano não conseguiu afastar e Braian Aguirre, livre de marcação, completou para empatar o placar. Quatro minutos depois, a equipe do Internacional virou. Aos 41, após troca de passes rápida, Thiago Maia recebeu sozinho para marcar e virar o jogo para o Colorado. 

Atrás no placar, a equipe do Corinthians voltou para mais intensa para a etapa inicial. Com chances de tirar o fôlego desde o primeiro minuto, a equipe empatou a partida logo aos sete minutos, com Yuri, que recebeu livre e chutou, mas após revisão do VAR, o lance foi anulado por uma falta de Matheuzinho sobre Wesley na origem da jogada.

Com 15 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique, volante do Colorado, cometeu falta em Raniele recebeu o segundo cartão amarelo e deixou a equipe com um a menos. Três minutos depois, Matheus Bidu ajeitou de cabeça para Yuri Alberto completar e empatar o placar da partida — e, desta vez, o lance foi validado pela arbitragem. 

Yuri Alberto comemora seu gol com Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

A virada quase veio aos 33, quando Carrillo cruzou para Memphis pegar de primeira e marcar um golaço. No entanto, o lance foi revisado e invalidado por uma falta de André Ramalho em Luis Otávio. 

Aos 45, o VAR entrou em campo novamente, desta vez a favor do Timão, e o árbitro marcou um pênalti de Óscar Romero em Bidu. Yuri foi para a cobrança e completou, virando o placar da partida e garantindo seu hat-trick. Ainda deu tempo de Igor Coronado receber livre, aos 57 minutos, e marcar o último gol do jogo.

Com o resultado, o Corinthians chegou aos 10 pontos e ocupa o oitavo lugar da tabela, um a mais do que o Internacional, que é o nono colocado. Na próxima rodada, o Timão enfrenta o Mirassol no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília) . Já o Inter encara o Botafogo, no domingo (11), às 18h30 (horário de Brasília), no Nilton Santos.

 

Ceará 1x0 Vitória 

                                                                                            Ceará conquista vitória magra em casa

Também no início da noite de sábado (03), às 18h30, O Ceará derrotou o Vitória por 1 a 0, com gol de Marlon na etapa final, e manteve a sua invencibilidade no Estádio Presidente Vargas.

O Leão da Barra teve mais chances no começo do primeiro tempo, utilizando-se de uma marcação alta e, consequentemente, criando boas chances de abrir o marcador. Aos cinco minutos, após cruzamento de Jamerson, Janderson cabeceou com força, mas a bola saiu em tiro de meta. Aos 14, Carlinhos se jogou para finalizar após cruzamento de Claudinho, mas, desequilibrado, mandou para fora. O Ceará respondeu aos 18 minutos, com uma cobrança de falta de Lucas Mugni que passou longe do gol.

Os minutos finais da etapa inicial, reservaram grandes chances para as duas equipes. Aos 43, Matheuzinho desarmou e partiu em contra-ataque, finalizando da entrada da área, mas o goleiro defendeu. Na sequência, Pedro Raul recebeu cruzamento para cabecear, mas Lucas Arcanjo defendeu. Aos 45 minutos, Galeano arriscou de longe, a bola desviou em Pedro Henrique e passou muito perto do gol. O Vitória respondeu cinco minutos depois, com finalização desviada de Lucas Braga que também passou muito perto da meta.

Na segunda etapa, o Ceará voltou mais agressivo. Logo aos dois minutos, após cobrança de falta ensaiada, Matheus Bahia chutou de longe e Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique tentou finalizar, mas foi travado por Carlinhos. Aos oito minutos, Pedro Henrique cobrou falta e acertou o travessão. Dois minutos depois, Marllon aproveitou cruzamento e, sem precisar subir muito, cabeceou sozinho para abrir o placar.

Marllon comemora seu gol com Foto: Stephan Eilert / Ceará SC

Depois do gol, o Vozão ainda teve mais uma boa chance aos 15 minutos, com Pedro Henrique finalizando de fora da área e parando em boa defesa de Lucas Arcanjo. O Rubro-negro buscou o gol de empate em duas oportunidades, ambas com Wellington Rato. Na primeira, aos 26 minutos, o camisa 10 arriscou de fora da área, mas Fernando Miguel — em dois tempos — defendeu e na outra, aos 30 minutos, o atacante ficou com uma sobra com pouco ângulo, exigindo mais uma boa defesa do goleiro.

O Ceará voltou a assustar aos 36 minutos. Rômulo arriscou de longe, Arcanjo defendeu e, no rebote, Pedro Henrique chutou, mas parou mais uma vez no goleiro rubro-negro.

Com o resultado, o Vozão chegou aos 11 pontos e ocupa o sétimo lugar na tabela. Já o Vitória caiu para a 18ª colocação, com apenas seis pontos somados.

Na próxima rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco da Gama no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), no Barradão. O Ceará entra em campo apenas na segunda-feira (12), contra o Santos, às 20h, na Vila Belmiro.

 

Fluminense 2x1 Sport

Após mais uma derrota, Pepa não é mais o técnico do Leão da Ilha

Na noite de sábado (03), o Fluminense marcou, no último minuto, o gol que garantiu a vitória de virada da equipe sobre o Sport, por 2 a 1, com gols de Pablo para o Leão e Serna e Everaldo para o Tricolor carioca.  Após a partida, o Sport anunciou a demissão do técnico Pepa.

Nos primeiros minutos, o Tricolor buscava controlar o ritmo da partida com troca de passes e jogadas pelos lados do campo, mas o Sport se defendia bem e levava perigo nos contra-ataques. Aos oito minutos, Cariús tocou para Chrystian Barletta, que apareceu livre e finalizou para boa defesa de Fábio.

Aos 23 minutos, Lucas Lima cruzou e Pablo, de cabeça, abriu o placar para o Leão da Ilha. O Sport seguiu se lançando ao ataque e aos 28 minutos, Pablo tocou para Barletta, que chutou dentro da área e Fábio defendeu. No rebote, Atencio acertou a trave, e na sequência, Lucas Lima finalizou, mas o goleiro do Flu segurou com segurança.

O time carioca respondeu um minuto depois, com chute de fora da área de Canobbio, que contou com um leve desvio de Caíque França antes de sair à esquerda do gol. Aos 37, o camisa 17 recebeu cruzamento de Arias, mas Caíque defendeu. O Tricolor ainda teve duas boas chances para empatar no fim da etapa inicial, aos 42, com Ganso, e aos 44, com Arias — ambos de cabeça —, mas a bola passou por cima do gol.

No segundo tempo, o Fluminense partiu para a pressão e aos 14 empatou o placar. Arias recebeu, se livrou da marcação e cruzou na medida para Serna completar para o fundo das redes. 

Aos 26, o árbitro chegou a apitar um pênalti em Arias, mas depois de analisar o lance, anulou o pênalti. Depois disso, o Flu seguiu buscando o gol e no último minuto da partida, aos 51 minutos, em cobrança de lateral, Arias repetiu o passe do primeiro gol e Everaldo marcou de cabeça, garantindo a virada e os três pontos para a equipe.

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Serna comemora seu gol. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com o resultado, o Sport permanece na lanterna do Brasileirão, com apenas dois pontos conquistados. Já o Fluminense chegou aos 13 pontos e ocupa a quinta colocação na tabela.

Ainda no sábado, o Sport anunciou oficialmente a demissão do técnico Pepa. O treinador, que comandava a equipe desde o ano passado e teve papel fundamental no acesso à Série A com aproveitamento de 64,5% em 28 rodadas, não resistiu ao mau início no campeonato. Nos sete jogos disputados até aqui, o time teve cinco derrotas e dois empates. Além dele, os auxiliares Samuel Correia, Hugo Silva, Pedro Oliveira e Pedro Azevedo também foram desligados.

Na próxima rodada o Sport receberá o Cruzeiro, no domingo (11), às 16h (horário de Brasília). Já o Fluminense enfrentará também no domingo (11), o Atlético-MG, fora de casa, às 17h30.

 

Bahia 1x0 Botafogo

Tricolor conquista mais um resultado importante no Brasileirão

No último sábado (3), o Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O time baiano vinha em boa fase, com quatro vitórias consecutivas, enquanto o Botafogo vinha de dois triunfos seguidos.

Tomada pela forte chuva em Salvador, a partida foi marcada pelo equilíbrio no início, com ambas as equipes tendo dificuldades para criar chances claras de gol. Porém, o Bahia começou o primeiro tempo dominando o jogo, com seu estilo baseado em passes rápidos, e passou a pressionar o adversário.

Aos 30 minutos, o Botafogo tentou uma jogada ensaiada em falta cobrada por Marlon Freitas e Artur, mas a bola não levou perigo. Em seguida, Vitinho fez uma boa jogada pela direita, mas o cruzamento não foi aproveitado por Mastriani.

O Bahia seguiu com grande volume ofensivo e, aos 38 minutos, após uma jogada brilhante de Erick Pulga, que driblou três jogadores do Fogão, Cauly recebeu o passe e marcou um gol com muita categoria.

Sob forte chuva, Bahia comemora gol da vitória. Foto: Reprodução/Instagram/Bahia

No segundo tempo, os donos da casa tiveram um gol anulado após revisão do VAR, que marcou impedimento de Juba. O Glorioso tentou pressionar, e aos 24 minutos, Artur teve uma boa chance após um roubo de bola, mas finalizou em cima do goleiro Marcos Felipe.

O goleiro John, do Botafogo, foi expulso por colocar a mão na bola fora da área, mas após revisão do VAR, a punição foi revertida para cartão amarelo. O Tricolor conseguiu segurar o placar magro e garantiu a vitória.

Com o resultado, o Bahia subiu para a sexta posição no Campeonato Brasileiro, com 12 pontos, enquanto o Botafogo estacionou no meio da tabela, com 8 pontos.

O próximo compromisso das equipes é pela Copa Libertadores. O Fogão visita o Carabobo, da Venezuela, às 19h desta terça-feira (6), enquanto o Tricolor recebe o Nacional, do Uruguai, às 19h de quarta-feira (7).

 

Grêmio 1x0 Santos

Após seis partidas sem vencer, Grêmio se recupera com placar magro

Na tarde deste domingo (4), o Grêmio venceu o Santos por 1 a 0 na Arena e se recuperou após uma sequência sem vitórias. Em um jogo marcado por muitos erros e pouco brilho técnico, o destaque ficou por conta de Cristian Oliveira, autor do gol que garantiu a vitória do time gaúcho.

A partida começou com o Santos tomando a iniciativa e mantendo mais a posse de bola. Nos primeiros minutos, o jogo foi intenso, com entradas duras e cartões amarelos para ambos os lados.

A primeira grande chance foi do time paulista, quando Soteldo acionou Deivid Washington, mas a defesa gremista conseguiu interceptar. O Grêmio respondeu logo em seguida com uma boa chance de Cristian Oliveira, que parou na defesa do goleiro Brazão.

Apesar das tentativas, o primeiro tempo foi truncado, com muitas falhas defensivas e erros de passe dos dois times. O Peixe tentou pressionar no fim da primeira etapa, mas sem sucesso. O placar ficou no zero a zero até o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o time gaúcho apresentou mais intensidade e passou a controlar melhor as ações. Cristian Oliveira quase marcou aos 12 minutos, mas a jogada foi cortada por Zé Ivaldo.

Jogadores do Grêmio celebram gol de Cristian Olivera. Foto: Reprodução/Instagram/Grêmio

A insistência gremista foi recompensada aos 31 minutos, quando o próprio Cristian recebeu assistência de Alysson e finalizou com precisão para garantir o gol da vitória.

Após sofrer o gol, o Santos tentou reagir e buscou o empate, mas encontrou dificuldades para furar a marcação do Grêmio. A equipe gaúcha soube administrar a vantagem até o apito final, somando três pontos importantes.

O resultado alivia a situação do Grêmio, que subiu para a 12ª colocação com oito pontos, enquanto o Santos permanece em situação delicada, ocupando a vice-lanterna da tabela com apenas quatro pontos. Os gaúchos vão ao Peru para enfrentar o Club Atlético Grau, pela Copa Sul-Americana, enquanto o Peixe só volta a campo na próxima segunda (12), quando recebe o Ceará.

 

Vasco 0x1 Palmeiras

Vitor Roque marca pela primeira vez, e Verdão vence Vasco no Mané Garrincha

Em Brasília, o Palmeiras venceu o Vasco por 1 a 0, com gol de Vitor Roque — que balançou as redes pela primeira vez com a camisa alviverde — e retornou a liderar o Campeonato Brasileiro.

A primeira grande chance da partida saiu aos oito minutos e foi para o Palmeiras. Estêvão recebeu passe de Piquerez, invadiu a área e chutou para a defesa de Léo Jardim. O Gigante da Colina respondeu aos 14, com Loide Augusto, que recebeu cruzamento de Paulo Henrique e, livre de marcação, chutou de primeira, para defesa tranquila de Weverton. Um minuto depois, Loide ganhou de Giay e tocou para Rayan finalizar, mas o goleiro palmeirense defendeu mais uma.

Aos 17, foi a vez do Palmeiras responder, Estêvão cobrou escanteio para a entrada da área, Felipe Anderson cabeceou para o meio e Bruno Fuchs desviou para fora. A melhor chance da etapa inicial saiu aos 48 minutos, Nuno Moreira cobrou uma falta em direção à área, Weverton saiu da meta para afastar, mas a bola sobrou para João Victor chutar para o gol, mas Giay, de bicicleta, afastou o perigo.

O Alviverde voltou mais ofensivo para a segunda etapa e, logo aos três minutos, teve uma grande chance. Piquerez tocou para Emiliano Martínez finalizar de fora da área, a bola ainda desviou na zaga do Vasco, mas Léo Jardim se esticou todo e defendeu, evitando o gol do Verdão.

Antes de balançar as redes, o Palmeiras teve chances com Piquerez e Richard Rios, ambos em finalizações de fora da área. Aos 15 minutos, Facundo Torres pressionou Hugo Moura, que errou na saída de bola. Estêvão recuperou e rolou para Vitor Roque completar e marcar seu primeiro gol com a camisa do Alviverde.

Vitor Roque comemora seu gol. Foto: César Greco/Palmeiras

Com a vantagem no placar, a equipe comandada por Abel Ferreira controlou o ritmo de jogo e garantiu mais três pontos no campeonato nacional.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 16 pontos e assumiu a liderança do Brasileirão. Por outro lado, o Vasco segue com sete pontos e caiu para o 14° lugar. 

O Gigante da Colina volta a campo no próximo sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, fora de casa. Já o Verdão recebe o São Paulo, às 17h30, no domingo (11). 

 

Cruzeiro 2x1 Flamengo

Rubro-Negro sofre primeira derrota no Brasileirão e deixa a liderança

Fechando o domingo (4), o Mineirão foi palco de um clássico nacional. O Cruzeiro venceu o Flamengo por 2 a 1, em uma partida marcada por emoções até o apito final.

O Flamengo começou o jogo com uma proposta ofensiva, mas foi o Cruzeiro que saiu na frente. Aos 14 minutos, Kaio Jorge driblou Léo Pereira, arrancou e acertou um chute no canto, abrindo o placar para o Cabuloso.

A equipe carioca respondeu rapidamente, com uma ótima defesa de Cássio após cabeçada de Léo Ortiz. Kaio Jorge ainda teve nova oportunidade aos 31 minutos, mas parou no travessão.

O empate veio aos 43 minutos, quando Gerson ajeitou e Arrascaeta chutou no ângulo de Cássio; o uruguaio,que jogava no Cruzeiro, não comemorou o gol em respeito ao ex-clube.

O segundo tempo teve ritmo ainda mais intenso, com chances claras para os dois lados. O Cruzeiro foi quem mais pressionou, exigindo boas defesas do goleiro Rossi, principalmente em finalizações de Matheus Pereira e Kaio Jorge.

Gabigol pega rebote de pênalti perdido para desempatar o jogo nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Cruzeiro

Aos 43 minutos, Gabigol, ídolo do Flamengo, entrou em campo pela primeira vez contra a equipe carioca. E foi dele o lance final: aos 48, perdeu um pênalti, defendido por Rossi, mas aproveitou o rebote para marcar o gol da vitória cruzeirense.

Com o resultado, a equipe mineira manteve-se no G4, próxima do topo da tabela, enquanto o Flamengo perdeu a invencibilidade e a liderança da competição, agora ocupada pelo Palmeiras.

Os dois clubes entram em campo nesta quarta-feira (7), às 21h30, por competições internacionais. O Flamengo vai à Argentina encarar o Central Córdoba pela Libertadores, enquanto o Cruzeiro visita o Mushuc Runa no Equador, pela Copa Sul-Americana.

 

Juventude 0x1 Atlético-MG

Com gol de Scarpa, Galo conseguiu sua segunda vitória no campeonato

O Atlético-MG conquistou sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão ao derrotar o Juventude por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), em uma partida repleta de lances polêmicos e revisões do VAR.

O gol da vitória foi marcado por Gustavo Scarpa, em cobrança de falta com desvio, ainda no primeiro tempo. O resultado tirou o Galo da zona de rebaixamento, levando o time à décima colocação, enquanto o Juventude caiu para o 15º lugar.

O jogo começou agitado, com boas chances para os dois lados. O Juventude quase abriu o placar logo no início, com Jadson driblando o goleiro Everson, mas Fausto Vera salvou de cabeça. O Atlético chegou a marcar com Rony após lançamento de Cuello, mas o gol foi anulado por impedimento.

Gustavo Scarpa comemora o gol da vitória do Galo. Foto: Reprodução/X/Atlético-MG

Aos 29 minutos, após perder chance clara, Scarpa cobrou falta em direção à área, a bola passou por todos os defensores e morreu no fundo das redes, abrindo o placar para o Galo.

O time mineiro manteve o domínio durante todo o primeiro tempo e voltou para a segunda etapa pressionando ainda mais. Apesar das oportunidades criadas, o Galo pecou nas finalizações.

O Juventude, mesmo com dificuldades, conseguiu balançar as redes aos 22 minutos com Nenê, mas o gol foi anulado por toque de mão de Ênio na origem da jogada.

A partida seguiu com o Atlético desperdiçando chances e o Juventude crescendo no jogo. Aos 34 minutos, o time da casa teve pênalti marcado, mas novamente o VAR entrou em ação e anulou a jogada por impedimento, frustrando a torcida mandante. Apesar da pressão final, o placar não se alterou, e o Atlético confirmou uma vitória importante fora de casa.

Agora, o Juventude se prepara para enfrentar o Fortaleza no próximo sábado (10), enquanto o Atlético-MG viaja ao Chile para encarar o Deportes Iquique às 19h de quinta-feira (8), pela Copa Sul-Americana.

 

Red Bull Bragantino 1x0 Mirassol

Com a vitória em casa, Massa Bruta empatou com o Palmeiras em pontos

O Red Bull Bragantino venceu o Mirassol por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), e assumiu a vice-liderança da competição, com 16 pontos — mesma pontuação do líder Palmeiras, que leva vantagem no saldo de gols.

O jogo também marcou a estreia do novo estádio do clube, o Estádio Cícero de Souza, em Bragança Paulista, e contou com um gol salvador do atacante Isidro Pitta nos acréscimos do segundo tempo.

O primeiro tempo foi movimentado e com boas chances para ambos os lados. O Bragantino foi mais ofensivo e acertou duas bolas na trave com Jhon Jhon e Lucas Barbosa. Walter, goleiro do Mirassol, fez defesas importantes, evitando gols em finalizações de Juninho Capixaba e Sasha.

Pitta salva o Bragantino com gol nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Red Bull Bragantino

Do lado do Mirassol, Reinaldo quase surpreendeu em cobrança de falta direta, mas parou em Cleiton.

No segundo tempo, o Mirassol voltou com mais intensidade e quase abriu o placar com Fabrício Daniel e Edson Carioca, que levaram perigo em jogada de contra-ataque.

O Bragantino seguiu com mais posse de bola e criou oportunidades importantes com Vinicinho e Juninho Capixaba, mas sem sucesso nas finalizações. A defesa do Mirassol, liderada por Yago Felipe, conseguiu afastar o perigo em várias ocasiões.

A partida parecia caminhar para um empate, até que, aos 46 minutos da etapa final, Pedro Henrique fez boa jogada e encontrou Isidro Pitta livre na área. O atacante dominou e bateu cruzado para garantir a vitória do Massa Bruta, que segue firme na briga pela liderança do Brasileirão.

O Bragantino vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no próximo sábado (10), enquanto o Mirassol, que tem 7 pontos e está na 16ª posição, recebe o Corinthians, também no sábado.

Trio se junta à FURIA como representantes do Brasil na Kings World Cup Clubs
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
|
13/05/2025 - 12h

A Kings League, liga de futebol sete fundada pelo ex-jogador Gerard Piqué em 2022, está em sua primeira temporada no Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio definiu, na última sexta-feira (9), as quatro equipes classificadas para as semifinais e que representarão o Brasil no mundial da categoria, que acontece em Paris, no mês de junho. 


Capim FC 4 X 5 Desimpedidos Goti

Abrindo o mata-mata da Kings League Brazil, o Capim FC começou com tudo, marcando com o goleiro Barata ainda no primeiro minuto. A equipe ampliou quatro minutos depois com boa finalização de Igo. O terceiro gol do Capim foi marcado por GB Medeiros, aos dez minutos da etapa inicial. Antes do apito final no primeiro tempo, Luisinho marcou e diminuiu para o Desimpedidos Goti.

Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, Marcelinho diminuiu a desvantagem do Desimpedidos no primeiro minuto, cobrando pênalti. Aos 30, Cadu acertou chute preciso e empatou o jogo. O camisa 6 voltou a marcar um minuto depois e virou o jogo para o Desimpedidos Goti. Aos 36 minutos, o Capim FC empatou com o presidente Jon Vlogs cobrando pênalti. No lance seguinte, foi a vez de Toguro converter o pênalti presidente, colocando o quinto gol do Desimpedidos no marcador e dando números finais à partida.

Com a vitória, o Desimpedidos Goti está classificado para as semifinais da competição e também vai ao Kings World Cup Clubs 2025. 

Nyvelados FC 1 X 4 Fluxo FC

Na segunda partida da noite, o Fluxo FC saiu na frente com Boolt aos sete minutos. Aos 19, Luan marcou e empatou para o Nyvelados. A igualdade no placar não durou muito tempo, já que Vini voltou a colocar o Fluxo na frente aos 20 minutos de jogo.

O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando empatar, o Nyvelados teve grandes oportunidades. A equipe, entretanto, acabou não conseguindo vazar a rede adversária. Aos 32 minutos, Chaveirinho marcou o terceiro do Fluxo na cobrança de shoot out. Aos 37, Helber mandou a bola para o fundo da rede, marcando o quarto do Fluxo e carimbando o passaporte da equipe para o mundial de clubes em Paris. 

Dendele FC 8 X 4 G3X FC

Na última partida da noite, o jogo começou movimentado. Aos quatro minutos, o Dendele abriu o placar com Lucas Hector. Aos oito, Romarinho mandou contra o próprio gol e empatou para o G3X FC. Aos 13, Lucas voltou a ampliar para o Dendele. Um minuto depois, a equipe presidida por Gaules empatou com Rufino. O G3X virou o placar aos 19, com Ton empurrando a bola pro fundo da rede. 

No segundo tempo, o Dendele FC utilizou a carta secreta, o Jogador Estrela, em Tuco. O camisa 92 marcou aos 22. Devido ao power up da carta, o gol valeu por dois, virando o placar para o Dendele. Aos 24, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem de sua equipe.

O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Aos 35, Kelvin Oliveira acabou perdendo o shoot out, utilizado no lugar do pênalti presidente. Três minutos depois, o G3X utilizou sua carta secreta, que deu nova cobrança de shoot out para o camisa 9, que converteu. Aos 40 minutos, o VAR revisou uma disputa na área e marcou pênalti para o Dendele. Lucas Hector bateu e converteu. Como a partida já estava nos minutos finais, o gol do camisa 29 valeu por dois. Aos 41 minutos, Rufino acabou expulso por falta dura, encerrando o sonho do G3X FC em buscar o empate. 

Com a vitória surpreendente, o Dendele, que se classificou para o mata-mata no último lance da fase regular, também representará o Brasil em Paris, no mês de junho. 

Na segunda-feira (12), as semifinais da Kings League Brazil trazem emoção e definem os finalistas da primeira edição do torneio. A decisão acontece no domingo (18), no Allianz Parque, em São Paulo (SP). 

Vale ressaltar que a FURIA já estava classificada para as semifinais da Kings League Brazil porque terminou a fase regular na primeira posição geral. Confira os horários dos confrontos:

 

  • 19h: FURIA FC X Desimpedidos Goti
  • 20h: Fluxo FC X Dendele FC
O time venceu a primeira na Inglaterra e garantiu a classificação na França
por
Lorrane de Santana Cruz
|
13/05/2025 - 12h

Na última quarta-feira (7) Paris Saint Germain e Arsenal voltaram a campo para disputar o segundo jogo válido pela semifinal da Liga dos Campeões.

Jogando em casa, o PSG precisava de um empate para classificar, enquanto os ingleses viajaram precisando de dois gols para garantir a classificação direta. O técnico Luis Enrique escalou o time francês com Dembélé no banco, o artilheiro é o principal jogador da equipe e marcou o gol da vitória na Inglaterra no primeiro jogo. No placar agregado a partida acabou 3 a 1 para os franceses.

Perdendo por 1 a 0, o Arsenal iniciou o primeiro tempo mantendo a posse de bola, diferente do que foi na primeira partida. Com 2 minutos de jogo, Declan Rice, camisa 41 do time inglês subiu mais que Marquinhos e cabeceou em direção ao gol, mas a bola foi para fora. Logo depois, em uma cobrança de lateral, Thomas Partey lançou a bola para área francesa e Martinelli apareceu de trás para chutar, mas a bola parou em Donnarumma que salvou o Paris de tomar gol cedo.

Uma das defesas do goleiro do Paris na partida
Uma das defesas do goleiro Donnarumma na partida (imagem: Instagram oficial @psg)

Aos 7 minutos em outra cobrança de lateral realizada por Partey, a bola entrou na meta do Paris, e os zagueiros sumiram para tirar, porém no rebote Odegaard chutou e obrigou o goleiro do time francês a fazer outra difícil defesa. Com a pressão feita pelo Arsenal, o PSG teve sua primeira boa oportunidade aos 16 minutos, quando Doué tocou para Kvaratskhelia que chutou firme, carimbando a trave de Raya.

Em um erro da defesa inglesa aos 22, Barcola roubou a bola e arrancou em direção a área onde achou Doué livre, o camisa 14 do Paris bateu fraco em direção ao gol e o goleiro do Arsenal defendeu.

O time de Londres acumulou chances perdidas de abrir o placar ainda no primeiro tempo. Com 26 minutos, Rice deu uma entrada forte em Kvaratskhelia e foi punido com o cartão amarelo.

O Paris Saint-Germain aproveitou a falta e lançou a bola na área que foi interceptada pela defesa do Arsenal, no entanto, Fabián Ruiz aproveitou o rebote e lançou um chute em direção ao gol para abrir o marcador no Parc des Princes.

Na volta do intervalo, os visitantes se mantiveram no ataque. A equipe treinada por Arteta via a pressão aumentar junto com o placar agregado de 2 a 0. Saka tentou levar perigo em uma cobrança de escanteio, porém o goleiro do Paris interceptou. Aos 18 minutos, o Arsenal seguia buscando diminuir a diferença no placar, Bukayo Saka recebeu um passe, entrou na área e chutou forte no alto e no canto do gol de Donnarumma, que mais uma vez brilhou na partida.

No entanto, um minuto depois em uma jogada criada pelo Paris, Hakimi, chutou em direção a trave inglesa, mas a bola desviou na mão de Lewis-Skelly e o árbitro foi chamado pelo VAR que após revisão marcou pênalti para o time francês. Na cobrança, Vitinha bateu no canto e Raya foi buscar.

Os donos da casa voltaram a marcar aos 27 minutos, quando Hakimi recebeu a bola e bateu livre em direção ao gol, ampliando o placar para 3 a 0 e confirmando sua classificação para a final.

A equipe inglesa só conseguiu marcar um gol aos 30 minutos, quando Saka aproveitou um desvio do goleiro do Paris Saint-Germain e fez o primeiro do time na semifinal. Porém, o roteiro do primeiro tempo se repetiu, e a equipe voltou a perder chances de gol.

Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação
Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação (imagem: Instagram oficial @psg)

A final acontece dia (31) deste mês, às 16h (horário de Brasília), na Alemanha, no estádio Allianz Arena, em Munique.

A CBF finalmente conseguiu o “sim” do técnico italiano após anos de espera
por
Amanda Campos
Lorena Basilia
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12/05/2025 - 12h

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (12), oficialmente, Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. O renomado treinador italiano, de 65 anos, deixará o comando do Real Madrid ao final da La Liga, campeonato espanhol, e assumirá o cargo no dia 26 de maio. O anúncio aconteceu pelas redes sociais da associação, após semanas de especulações e expectativas.

As idas e vindas da decisão expôs o quanto a CBF estava disposta a tudo para garantir o nome de peso. Nas redes sociais, a entidade se tornou "chacota", desde discursos públicos até silêncios constrangedores, todas as fichas foram apostadas em um nome que não demonstrava interesse.

 

Uma enrolação digna de novela

No fim de 2022, com a eliminação do Brasil nas quartas de finais da Copa do Mundo e a saída de Tite, Ancelotti passou a ser tratado como “plano A",  a CBF garantiu que ele viria. Em 2023, o presidente Ednaldo Rodrigues falou publicamente sobre a vinda dele, como se o contrato estivesse fechado – sem nunca ter um anúncio oficial. Enquanto isso, Ancelotti seguia em silêncio, focado no Real Madrid e nas vitórias, e nunca confirmou nada. 

Sem técnico fixo, a Seleção ficou à deriva. O técnico do sub-20 da amarelinha, Ramon Menezes, assumiu como interino e comandou o Brasil em amistosos e no início da preparação olímpica. Era um nome de transição e a pressão pós-copa não ajudou. Logo após, Fernando Diniz entrou como técnico interino enquanto, ao mesmo tempo, comandava o Fluminense. Nesse cenário, a campanha nas Eliminatórias foi um desastre. O Brasil colecionou derrotas e ficou pela primeira vez fora do G-6 da América do Sul.

Em 2024, Dorival Júnior foi chamado para arrumar a casa, e ainda assim, o nome do italiano continuava a circular.  A “Era Ancelotti” era uma ilusão sustentada pela esperança e promessas. 

Com a demissão do último técnico, Dorival Júnior, no fim de março, o nome de Ancelotti foi novamente citado como um possível substituto. A ideia era convencer o técnico a vir imediatamente, para encerrar de vez o ciclo. Mas o clima esfriou de novo. Internamente, pesava o fato de ele ainda estar no Real Madrid e sem dar sinais claros de querer mudar os ares. O nome sumiu no noticiário por alguns dias, até reaparecer, dessa vez com mais força.

A contratação é histórica, por ser a primeira vez em quase 60 anos que um estrangeiro assume a Seleção Brasileira. O último foi o argentino Filpo Núñez em 1965, que comandou o time por apenas uma partida, em um amistoso contra o Uruguai. 

É oficial e imediato. Ancelotti vai fazer sua primeira atuação ainda neste mês de maio, para a convocação de dois jogos das eliminatórias da Copa de 2026. O primeiro acontecerá no dia 05 de junho, contra o Equador no Estádio Monumental Banco Pichincha, em Guayaquil. O segundo acontecerá no dia 10 de junho, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. 

 

 A escalação de estrelas do futebol 

Carlo Ancelotti começou a treinar clubes no futebol italiano em 1995,  assumiu o comando do Reggiana, depois Parma e Juventus. Mas sua trajetória de maior destaque iniciou em 2001 no Milan.

A palavra que define o esquema tático de Ancelotti é adaptabilidade, quando o técnico escalava o Milan em 4-3-2-1, o que possibilitava que um meio campo de Kaká, Pirlo, Seedorf e Gattuso pudessem, juntos, criar jogadas para o atacante mais avançado. Com a equipe italiana, ele conquistou duas Liga dos Campeões (2002-3, 2006-07) e um Mundial de Clubes FIFA em 2007, além das competições nacionais.

Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
 

Em 2009, Carlo precisou se adequar aos moldes ingleses quando decidiu migrar para o Chelsea. As diferenças do futebol jogado não foram um problema para ele, na temporada de estreia já venceu a Premier League. Ao assumir um esquema tático mais ofensivo e móvel, o técnico conseguia dar espaço para as estrelas Lampard e Drogba serem artilheiros. A era no futebol inglês ficou marcada por uma posição mais conservadora na defesa e de inovação do meio para a frente.

Dois anos depois, Ancelotti recebeu o desafio para comandar um clube de uma liga de segundo escalão e com um jejum de títulos de quase duas décadas. Pode-se dizer que existiu um PSG antes e outro, totalmente diferente, da passagem do técnico. O italiano saiu de Paris com o sonhado título nacional e uma base para uma equipe em evolução rumo à elite do futebol.

Como se a sua glória fosse infinita, em 2014 Ancelotti somou ao extenso histórico de títulos a La Décima, o 10º título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid. No ataque o trio BBC e o meio campo seguro de Toni Kroos e Luka Modric, criaram um 4-3-3 sólido que não deixava espaço para o adversário marcar.

Carlo Ancelotti
Ancelotti com os jogadores do Real Madrid após o título da Champions League em 2024. — Foto: Reprodução/X Twitter/ Carlo Ancelotti

Depois de Itália, Inglaterra, França e Espanha, Carlo chegou aos estádios alemães. Em 2016, no Bayern de Munique, para não perder o costume,  venceu a Bundesliga no ano em que estreou. O técnico manteve a flexibilidade e espaço para as estrelas do time brilharem. 

O retorno do craque tático para a Espanha não fugiu do esperado, o Real Madrid de 2021 estava em processo de adaptação aos jovens que chegavam e Ancelotti soube administrar e lapidar jogadores. Os brasileiros Vinicius Jr e Rodrygo foram conquistando a confiança do técnico e cresceram dentro do time de veteranos. A equipe ficou marcada por viradas históricas e a conquista da tríplice coroa em 2022.

 

Expectativa para a Copa de 2026

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, Ancelotti assume com tempo suficiente para testar, errar e acertar. Mas não há espaço para o fracasso, a pressão é imensa. O Brasil não vence a Copa há mais de 20 anos, e a seleção masculina anda colecionando frustrações. A chegada do italiano é vista como um divisor de águas, para dar esperança à torcida desesperada para resgatar o protagonismo que o país já teve. 

O placar agregado ficou 7 a 6 a favor da Inter contra o Barcelona
por
Guilherme Carvalho
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12/05/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (6), a Inter de Milão garantiu sua vaga na final da Champions League ao derrotar o Barcelona por 4 a 3 na prorrogação, pela segunda partida da semifinal. 

 

Assim como no jogo de ida no estádio do Barcelona, o tempo normal neste jogo da volta também encerrou com 3 a 3, no qual o placar agregado ficou em 6 a 6, levando a decisão para o tempo extra, onde o jogador Davide Frattesi marcou o gol decisivo para a Inter de Milão.

Comemoração do Davide Fratessi, jogador da Inter da Milão, após marcar o gol da classificação do time italiano para a final da Champions League
Comemoração de Davide Fratessi após ter feito o gol da classificação da Inter para a final. Foto: Divulgação/Inter de Milão

Desde o apito inicial, os italianos sufocaram o Barcelona, impedindo que os espanhóis construíssem jogadas com sua tradicional posse de bola.

 Aos 21 minutos, a recompensa veio: Dimarco interceptou um passe descuidado na saída de bola do Barcelona e, com um toque preciso, encontrou Dumfries invadindo a área. O lateral holandês, em vez de finalizar, rolou com altruísmo para Lautaro Martínez, que, sem goleiro, apenas empurrou para o gol, fazendo 1 a 0 e incendiando o San Siro. 

O Barcelona, apesar de ter mais posse, não conseguia furar o bloqueio defensivo da Inter, com Çalhanoglu e Barella neutralizando as tentativas de Pedri e Dani Olmo no meio-campo. O time italiano ainda criou chances, como um gol anulado de Acerbi por impedimento após cruzamento de Çalhanoglu.

Nos acréscimos, o momento decisivo: O atacante Lautaro Martínez da Inter foi derrubado pelo zagueiro Cubarsí na área após um giro rápido. Inicialmente, o árbitro mandou seguir, mas após revisão no VAR confirmou o pênalti. Çalhanoglu, com frieza, bateu forte no canto direito, enganando o goleiro Szczesny, que caiu para o lado oposto, fechando o primeiro tempo em 2 a 0. 

O placar refletiu a superioridade italiana, enquanto o Barcelona parecia perdido, sem criar chances claras.

O segundo tempo trouxe um Barcelona completamente diferente, impulsionado pela urgência e ajustes táticos de Hans Flick. Os espanhóis voltaram com intensidade, utilizando a velocidade de Lamine Yamal e Raphinha pelas pontas e a criatividade de Pedri no meio. 

Aos 8 minutos, a reação começou: o espanhol Gerard Martín, explorando o corredor direito, cruzou na medida para o zagueiro Eric García, que acertou um chute colocado no ângulo, sem chances para Sommer, reduzindo para 2 a 1. O gol deu vida ao Barcelona, que passou a pressionar. 

Apenas sete minutos depois veio o empate. Martín brilhou novamente, cruzando com precisão para Dani Olmo, que ganhou no corpo da zaga “interista”e cabeceou para empatar em 2 a 2. 

A Inter, atordoada, dependia das grandes defesas de seu goleiro, Sommer. Primeiro, salvou um chute à queima-roupa de Eric García após novo passe de Martín, depois, se esticou para desviar um chute de Yamal de fora da área.  

Após diversas chances empilhadas pelo Barcelona, aos 42 minutos, veio a virada. Pedri achou Raphinha perto da área no lado esquerdo, o brasileiro chutou, Sommer defendeu, mas, no rebote, Raphinha bateu no contrapé do goleiro, fazendo 3 a 2 no estádio San Siro. 

A eliminação parecia iminente, mas a Inter mostrou resiliência. Aos 48 minutos, com o tempo esgotado, Thuram avançou pela direita e cruzou rasteiro para o zagueiro Acerbi, que, posicionado como centroavante, finalizou de primeira no ângulo, empatando em 3 a 3 e levando o jogo à prorrogação. 

No tempo complementar, as equipes estavam visivelmente desgastadas, mas a Inter encontrou forças para buscar a vaga. 

Aos 9 minutos do primeiro tempo extra, Thuram deu um show de força e habilidade pela direita, segurando a marcação e tocando para Taremi. O iraniano, com inteligência, deixou a bola passar para Frattesi, que chegou livre e finalizou de canhota, vencendo Szczesny e colocando a Inter de Milão na frente, 4 a 3.

 O gol reacendeu o San Siro, e o clube italiano passou a jogar com inteligência, fechando espaços. O Barcelona, desesperado, tentou reagir. Aos 12 minutos, Yamal quase empatou com um chute colocado da direita, mas Sommer, em noite inspirada, voou para fazer outra defesa espetacular. 

No segundo tempo da prorrogação, Lewandowski teve uma chance de ouro, cabeceando livre após cruzamento improvável de Yamal, mas mandou por cima, desperdiçando a oportunidade. 

A Inter, com Sommer seguro e uma defesa sólida, segurou o resultado nos minutos finais, garantindo a classificação. Yamal, novamente, ainda tentou uma última finalização com efeito, mas Sommer, mais uma vez, salvou, consolidando-se como o grande destaque da partida.

A grande final está marcada para 31 de maio, às 16h (horário de Brasília), na Allianz Arena, em Munique, contra o vencedor da outra semifinal entre PSG e Arsenal.

Termo antes usado de forma pejorativa foi adotado pelo Fluminense como forma de representação da torcida e combate ao preconceito
por
Vinícus Evangelista
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16/11/2023 - 12h

“A primeira vez que eu olhei pro lado e vi que a maioria das pessoas se pareciam comigo, foi justamente quando eu estava no meio da torcida do pó de arroz.”, revela o jornalista e torcedor tricolor, Fagner Torres. “Eu ia no restaurante, no cinema, no teatro, lugares onde a maioria da galera era branca. Onde a maioria era como eu? Na arquibancada, pô!”, finaliza. O tradicional nevoeiro branco em meio as cadeiras virou símbolo de festa para a torcida do Fluminense. Hoje é comum que cada torcedor tricolor leve um saco do pó de arroz para os jogos no Maracanã, lançando-os ao céu e celebrando antes mesmo da bola rolar. 

Por muitos anos, chamar um torcedor do Fluminense de “pó de arroz” era motivo de ofensa e chacota. Muitos torcedores rivais ainda hoje usam dessa palavra para acusar o clube de ser racista, afirmando que, no passado, o Fluminense obrigava os jogadores pretos a passarem pó de arroz no rosto para jogarem se passando por brancos, “minha vó me conta isso desde que eu tinha cinco anos”, revela Thaissan Passos, ex-treinadora do futebol feminino do Fluminense. 
 
O folclore se espalhou a partir de uma crônica lançada em meados do século XX, se espalhando ao longo do tempo como uma polêmica que até hoje gera controvérsias e discussões. Independentemente da origem, fato é que a torcida tricolor adotou o pó de arroz como um verdadeiro símbolo antirracista, tornando o que antes era usado de forma pejorativa como representação de toda a torcida nas arquibancadas das laranjeiras: “Maior orgulho pra gente é quando saímos do jogo com todo o pó na cabeça. Não é uma maneira de embranquecer a torcida, e sim de dizer que nós vencemos o racismo aqui dentro e que somos um grupo a utilizar um xingamento que seria racista para combatê-lo!”, afirma o antropólogo torcedor do Fluminense, Ernesto Xavier. 

 

A POLÊMICA ORIGEM DO PÓ DE ARROZ 

Foto 1
Carlos Alberto defendeu o Fluminense depois de ter atuado no América-RJ. Foto: Flu-Memória 


Em 13 de Maio de 1914, Carlos Alberto, de 17 anos, se preparava para atuar pelo Fluminense contra o seu ex-clube, América, pelo Campeonato Carioca daquele ano. O jogador, que era o único preto da equipe, foi visto com um pó branco no rosto, que durante a partida começou a se desmanchar em seu suor, abrindo brecha para a torcida Americana provocar o recém-saído da equipe: “Pó de Arroz! Pó de Arroz!”, gritava a torcida. 

“O rapaz veio conosco do América para o Fluminense, ele fazia a barba e, ao invés de deixar com sua cor natural e passar talco, ele colocava uma coisa branca, fazendo um contraste muito grande entre uma parte e outra do rosto, e então os torcedores começaram a chamar o time do Fluminense de ‘pó de arroz’”, explicou, aos 90 anos de idade, Marcos Carneiro de Mendonça, então goleiro da equipe de Carlos Alberto. 

O caso voltou à tona 38 anos depois do jogo contra o América, em uma coluna publicada pelo jornalista Mário Filho no “Jornal dos Sports”, onde o autor alega que Carlos Alberto utilizava pó de arroz para esconder sua etnia, visto que, segundo Mário, o Fluminense era uma equipe elitista da qual apenas brancos eram benquistos: “Valia a pena ser Fluminense, Botafogo, Flamengo, clube de brancos. Se aparecia um mulato, num deles, mesmo disfarçado, o branco pobre, o mulato, o preto da geral, eram os primeiros a reparar. (...) Era o momento que Carlos Alberto mais temia. Preparava-se para ele, por isso mesmo, cuidadosamente, enchendo a cara de pó-de-arroz, ficando quase cinzento, não podia enganar ninguém, chamava até mais atenção. A torcida do Fluminense procurava esquecer de que Carlos Alberto era mulato. Um bom rapaz, muito fino”, finaliza a coluna. 

 

Foto 2
Novela “Lado a Lado”, da Globo, parodiou o caso de 1914, com o personagem Chico, interpretado por César Mello, sendo a representação ficcional de Carlos Alberto. Foto: Blog do Mauricio Stycer / UOL 


O trecho publicado no jornal foi retirado do livro de Mário que teve sua primeira edição publicada em 1947, denominado “O Negro no Foot-Ball Brasileiro”, onde o autor desmistifica as especulações que afirmavam que o Fluminense obrigava Carlos a usar o pó de arroz. Com base no livro, o historiador Athos Vieira explica que o jogador utilizava o produto por causa do racismo imposto pela sociedade, mas que o clube em nenhum momento obrigava Carlos a utilizar pó de arroz. “O racismo não era do Fluminense, e sim da sociedade, das instituições, o Fluminense como tal era um clube racista, de pessoas brancas. Carlos Alberto, um menino tímido, se sentia incomodado com os holofotes e usava o pó de arroz para dissimular a cor de sua pele”, explica. 
 
Athos chama atenção para o fato de que, no livro, Mário entrevista Carlos Alberto ainda em vida, onde o jogador explica as diferenças entre o América e o Fluminense, ressaltando que ambos eram times de branco, porém, por ser um clube aristocrata, o tricolor promovia bailes e eventos de luxo: “Essa era a diferença entre os times da Zona Sul e Norte, no América as famílias iam ver os jogos e se encontravam uma vez por semana na arquibancada. No Fluminense, eles viviam no clube, todo mundo devia ser igual, mesmo na cor”, afirma, segundo Athos Vieira, Carlos Alberto em entrevista à Mário Filho. 
 
Por outra ótica, o também historiador Felipe Duque, aponta que Carlos Alberto era um adolescente de muitas espinhas no rosto, obrigando-o a utilizar um medicamento para contê-las, esse que por sua vez continha na bula a recomendação de passar pó de arroz no rosto logo após o uso do remédio, com o objetivo de manter a pele protegida e evitar a oleosidade: “o talco é uma coisa só pra aliviar o pós-barba, já o pó de arroz tem a função de proteger. Como que um menino tímido de 17 anos vai ter a noção que quando ele corresse aquilo ia se desmanchar no sol?”, questiona.

Em boa atuação de James Rodríguez, tricolor paulista domina o jogo e respira no campeonato
por
Vinícus Evangelista
Giovanna Stevano
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16/11/2023 - 12h

O São Paulo ganhou do Grêmio por 3 a 0 no sábado (28), no Estádio do Morumbi pela rodada 28° do Brasileirão. Os gols foram marcados por Michel Araújo, Pablo Maia – ambos com assistência de James Rodríguez – e Luciano, que aproveitou erro do lateral esquerdo Wesley para concluir o placar.

O São Paulo começou melhor o jogo, o primeiro gol saiu aos 21 minutos, após cobrança de escanteio de James, Michel Araújo marcou de cabeça. O Tricolor Paulista percebeu a dificuldade do adversário de criar pelo meio-campo e aproveitou os contra-ataques e o talento de James Rodríguez, protagonista da partida. O São Paulo finalizou 3 vezes no gol de Grando, e Rafael sofreu apenas 1 finalização, o que mostra que o primeiro tempo teve muita intensidade, mas baixas chances de gol.

 

Foto 1
James deu duas assistências e acertou 89% dos passes. Foto: Marcos Ribolli / ge

O Grêmio voltou desorganizado e a equipe paulista não sofreu sustos e teve mais volume de jogo. Em uma jogada de contra-ataque, James serviu Pablo Maia dentro da área, que conseguiu ampliar. No que seria o último lance da partida, o time gremista foi todo para a área, e deixou apenas Wesley, jovem substituto do lateral Reinaldo, na cobertura, porém o garoto falhou e Luciano aproveitou, fechando 3 a 0 no Morumbi.

Durante o jogo destacou-se a solidão de Luis Suárez no campo de ataque. Com os demais atacantes sendo empurrados para o campo defensivo pelo São Paulo, sobrou para o centroavante uruguaio tentar resolver tudo sozinho, cobrando faltas, escanteios, arriscando arremates de fora da área e até batendo boca com a arbitragem, que rendeu o terceiro cartão amarelo para o jogador no campeonato, portanto, o atacante foi suspenso do confronto contra o Flamengo.


Com a vitória e já garantido na próxima Conmebol Libertadores após a conquista inédita da Copa do Brasil, o São Paulo se afastou de qualquer perigo da parte de baixo da tabela, se consolidando na 10ª colocação e tendo o Palmeiras, fora de casa, como próximo adversário (25/10). Enquanto isso, o Grêmio cai para a 6ª posição do Campeonato Brasileiro, tendo que vencer o Flamengo, do técnico Tite, dentro de casa (25/10), para conseguir voltar ao G4 da competição na próxima rodada.

Após dois tropeços em outubro, os comandados de Fernando Diniz buscam se recuperar e voltar à liderança da competição
por
Gabriel Alves Dutra
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16/11/2023 - 12h

Depois de quase um mês de espera, as Eliminatórias Sul-Americanas para a próxima Copa do Mundo estão de volta, em partidas que marcam a última Data Fifa do ano. A Seleção Brasileira fecha 2023 com dois desafios importantes na busca por uma vaga no Mundial de 2026, que será realizado em três países: Estados Unidos, México e Canadá.

O Brasil enfrenta nesta quinta (16) a seleção da Colômbia, no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla. Na próxima terça, a seleção recebe a Argentina, atual campeã do mundo, no Maracanã. As expectativas para este jogo são enormes, já que pode ser a última partida de Lionel Messi em solo brasileiro.

O goleiro Ederson, do Manchester City, titular da Seleção em todos os jogos sob o comando de Fernando Diniz, foi cortado da convocação devido a um trauma no pé esquerdo. Veja como ficou a lista final para a Data Fifa de novembro:

 

  • Goleiros: Alisson (Liverpool), Bento (Athletico-PR) e Lucas Perri (Botafogo)

  • Laterais: Carlos Augusto (Inter de Milão), Emerson Royal (Tottenham) e Renan Lodi (Olympique de Marselha)

  • Zagueiros: Bremer (Juventus), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Nino (Fluminense)

  • Meio-campistas: André (Fluminense), Bruno Guimarães (Newcastle), Douglas Luiz (Aston Villa), Joelinton (Newcastle) e Raphael Veiga (Palmeiras)

  • Atacantes: Endrick (Palmeiras), Gabriel Jesus (Arsenal), Gabriel Martinelli (Arsenal), Paulinho (Atlético-MG), Pepê (Porto), Raphinha (Barcelona), Rodrygo (Real Madrid) e Vini Jr (Real Madrid)

 

A grande novidade da lista fica por conta do atacante Endrick, do Palmeiras, uma das maiores promessas do futebol brasileiro e mundial. O garoto, de apenas 17 anos e quatro meses, se tornou o quarto jogador mais jovem a ser convocado para a Seleção Brasileira, atrás apenas de Pelé (16 anos e 8 meses), Edu (16 anos e 10 meses) e Coutinho (17 anos e 1 mês).

 

Endrick se apresenta à Seleção Brasileira (Vítor Silva/ CBF)

 

O Brasil vem de dois resultados decepcionantes nos jogos de outubro realizados pelas Eliminatórias: empate em casa por 1 a 1 contra a Venezuela; e derrota para o Uruguai por 2 a 0 em Montevidéu. O fraco desempenho da Seleção Brasileira ligou um alerta para os dois próximos jogos, que prometem ser ainda mais complicados.

A Argentina lidera a competição, com 12 pontos conquistados em quatro jogos. Uruguai e Brasil fecham o Top-3, com 7 pontos cada. A Celeste está na frente pelo critério de gols marcados. A Seleção Colombiana está em 5º, com uma vitória e três empates nas suas quatro partidas. Sendo assim, o Brasil enfrenta nesta Data Fifa as duas únicas seleções invictas até o momento.

Vale lembrar que o próximo Mundial será o primeiro a ser realizado com 48 equipes. Por isso, o número de vagas pelas Eliminatórias Sul-Americanas também aumenta. Antes, as quatro primeiras equipes se classificavam diretamente para a Copa, e o 5º colocado disputava a repescagem. No novo formato, as seis primeiras  vão direto ao Mundial, e o 7º disputa a partida extra.

Descubra a resposta desse questionamento, conhecendo um pouco mais desses dois times lendários da seleção brasileira.
por
Antônio Valle
Christian Policeno
|
16/11/2023 - 12h

Brasil: 1982

A Seleção Brasileira de 1982, também conhecida como "Seleção de Ouro", ficou marcada por seu futebol ofensivo e vistoso. Apesar de ter encantado o mundo, o Brasil foi eliminado na 2° fase da Copa do Mundo para a pragmática Itália, de Zoff e Paolo Rossi, em um dos maiores jogos da história das Copas do Mundo.

A história desse jogo é recheada de bons enredos. Para a Seleção Brasileira, essa história começa a ser contada em 1979, quando Telê Santana assume o cargo de técnico, e, junto à CBF implementa o que é conhecido como "seleção permanente", isso é, os jogadores passaram a se reunir com mais frequência. Então, para o trabalho realizado em campo, não era mais só momento e a continuidade passou a ser chave.

A Seleção deu show e encantou o mundo em suas expedições internacionais, em preparação à Copa. Em 1981, a "Canarinho" bateu a Inglaterra em Wembley, pela primeira vez, assim como fez com a França no Parque dos Príncipes, e derrotou a Alemanha de virada. É muito devido a essa excursão que, ainda hoje, se discute o "time perfeito" e o que aconteceu na "Tragédia de Sarriá".

Entre o time de 1981, e o da estreia da Copa de 1982, o Brasil tinha apenas 2 modificações. Leandro, lateral-direito, entrou no lugar de Edevaldo, e Serginho Chulapa assumiu a 9 da seleção. Inclusive, achar o centroavante perfeito foi a maior dificuldade de Telê Santana, que testou alguns nomes, como: Roberto Dinamite e César, do Vasco, Nunes, do Flamengo, Roberto, do Sport, Baltazar, do Grêmio, e Reinaldo, do Atlético-MG. Telê escolheu Careca, do Guarani, mas o atacante se lesionou na fase final da preparação para o Mundial, e, então a vaga abriu novamente.

Na estreia da Copa do Mundo, contra a União Soviética, o Brasil entrou com Dirceu, no lugar de Paolo Isidoro. O time não funcionou, foi para o intervalo perdendo de 1x0. Com a volta de Isidoro o time melhorou e buscou a virada. Ainda não foi o suficiente para que ele se mantivesse no time titular. Na segunda partida, Telê achou seu quadrado de meio campo ideal: Cerezo, que havia voltado de suspensão, Falcão, primeiro jogador a atuar fora do país a disputar a Copa do Mundo pelo Brasil, Sócrates e Zico. O que chamava a atenção era a ausência de um ponta-direita.

O meio de campo era encantador: trocava passes e rodava a bola perfeitamente. Mas, às vezes, faltava velocidade. Zico e Sócrates revezavam quem caia pela direita, mas nem sempre conseguiam. Com as subidas de Leandro, e a falta de um ponta, criava-se espaços não compensados pelos zagueiros brasileiros.

A Itália reconheceu os erros brasileiros. E, foi subindo pela esquerda, que Cabrini achou o cruzamento perfeito para Paolo Rossi abrir o placar aos 5 minutos de jogo. Além disso, o a marcação individual italiana limitou o poder de criação dos meias brasileiros.

Ainda assim, o Brasil buscou o empate com Sócrates aos 12". Mas Rossi, em noite mágica ampliou, aos 25 minutos. O jogo foi para o intervalo com 2x1 no placar. No começo do segundo tempo, Falcão empatou, mas logo em seguida Rossi fez o terceiro e acabou com a alegria brasileira.

A Seleção Italiana era talentosa e perfeitamente ajustada defensivamente. Além disso, buscava vingança. Além da goleada, por 4x1, na Copa de 1970, o Brasil bateu a "Azzura" em 1978, na disputa pelo terceiro lugar. E, conseguiu.

"Enzo" Bearzot, técnico italiano de 1982, foi muito criticado ao convocar Paolo Rossi para a Copa, mas sua escolha rendeu uma das melhores revira voltas do futebol. O centroavante da Juventus, voltou da Espanha, com, além do troféu de campeão, o prêmio de melhor jogador e a artilharia do campeonato.

Mas, o que muitos não sabem, é que Rossi foi punido por 2 anos após envolvimento com apostas e manipulação de resultados, no esquema Totonero. Antes do Mundial, ele havia disputado apenas três partidas oficiais.

Para se ver como funciona o esporte. A Itália enfrentava um péssimo momento e seu futebol não convencia. A "Azzura" contou, justamente, com o criticado Paolo Rossi, para ganhar de uma das melhores seleções brasileiras de todos os tempos. O camisa 20 fez três gols, na vitória por 3x2, após um começo de campeonato medíocre do atacante.

 

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Seleção Brasileira de 1982. Reprodução: Esquemas táticos.

Brasil 1994:

Falando agora sobre a seleção tetracampeã do mundo, será possível observar se um futebol “feio”, também é capaz de trazer resultados. Ou melhor do que bons resultados, TÍTULO!

A seleção brasileira de 1994 era comandada por Carlos Alberto Parreira, mas antes disto, o técnico da seleção era Zagallo, uma lenda na seleção. Porém, como nem tudo são flores, Zagallo acabou sendo um “problema”, para o melhor jogador da “canarinho” de 1994. Isto, por que, o Baixinho não possuía uma boa relação com o treinador, e afirmou na época que não gostaria de ser convocado para a seleção brasileira caso ficasse no banco de reservas.

Com a chegada de Parreira, o baixinho foi bancado pelo treinador, e não decepcionou. Nas eliminatórias, Romário realizou um campeonato muito bom, e na copa do mundo de 1994, não foi diferente. O baixinho foi o artilheiro da seleção com cinco gols marcados, se firmando como um dos maiores centroavantes da história do futebol, e da “amarelinha”.

Falando um pouco sobre a Copa do Mundo, o Brasil chegou na competição com o pé direito, ganhando da Rússia pelo placar de 2X0, com gols de Romário e Raí, no segundo jogo, vitória sobre Camarões, com gols do “Baixinho”, Márcio Santos e Bebeto, e finalizando a fase de grupos, o Brasil tropeçou com a seleção da Suécia, empatando o jogo em 1X1.

Já no mata-mata, o osso começou a roer, e o Brasil ganhou da seleção norte americana por 1X0, em jogo difícil, com gol de Bebeto. Nas quartas de final, um jogo épico, o Brasil ganhou da ótima seleção da Holanda, por 3X2, em um jogo muito parelho, os gols foram marcados por Romário, Bebeto e Branco. Na semifinal, o Brasil enfrentou novamente a seleção da Suécia, e ganhou o jogo com placar mínimo de 1X0, com gol de Romário aos 35 minutos do 2 tempo.

No ultimo e mais decisivo jogo da competição, dois fatores extremamente relevantes estavam em cena, além é claro, de uma final de Copa do Mundo. Menos de dois meses antes da final competição, o maior ídolo do país na época, Ayrton Senna, morreu em um acidente de carro, durante uma corrida da Formula 1, deixando o país inteiro em lagrimas, outra questão, é que o Brasil passara pelo seu maior jejum de títulos de Copa do Mundo na história, sendo 24 anos sem levantar o troféu. Tudo isto trazia uma sensação de ainda mais apreensão, sobre o possível título da seleção.

O jogo foi extremamente nervoso, e terminou no placar de 0X0, levando a disputa para os pênaltis. Nos chutes ao gol, o Brasil sagrou-se campeão, pelo placar de 3X2, com o último pênalti isolado, pelo então melhor jogador do mundo na época, Roberto Baggio.

Jogar de maneira não tão vistosa, mas levantando o caneco, é sem dúvida mais prazeroso que o contrário.

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Seleção Brasileira de 1994. Reprodução: "é pênalti".

 

Cada vez mais, as SAFs são a resposta para o drama dos clubes brasileiros. Mas, será que elas têm a solução?
por
Cristian Francisco Buono Costa
Leonardo Caporalini Teodoro
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13/11/2023 - 12h

A lei 14.193/21, do senador Rodrigo Pacheco e relatoria do senador Carlos Portinho, conhecida como Lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol), aprovada em agosto de 2021, chegou com uma grande expectativa: torcedores de todo o país depositam nas SAFs a esperança de um futuro vitorioso. Para compreender esse assunto, é importante saber que a Lei da SAF é um importante instrumento jurídico, porém, seu sucesso ou fracasso depende basicamente de alguns fatores. Existem muitos modelos possíveis para a construção de uma Sociedade Anônima do Futebol, e saber qual modelo o seu clube deseja é fundamental para a longevidade do processo. Nunca se esqueça que as SAFs podem, em determinado momento, nem existir mais. Portanto, o percentual dos societários, controle patrimonial e modelo de governança são fatores muito relevantes nesse processo.

Quanto mais graves forem os problemas políticos e maiores forem as responsabilidades financeiras, maior será a probabilidade de se chegar a um mau acordo quando um clube implementa uma SAF. Precisamos lembrar que os investidores desejam o retorno do seu investimento. Quando um clube se senta à mesa de negociações e se depara com as condições que mencionamos acima, certamente saberá usar o “poder” do seu dinheiro. Construir uma SAF tem tudo a ver com construir uma aliança. As de casamento, por exemplo, são feitas para durar. Compreender como escolher um parceiro é talvez a decisão mais importante que um clube irá tomar. Uma boa escolha pode ser a diferença entre o sucesso ou o fracasso de uma equipe e até mesmo a sua longevidade.

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Na Série A temos 9 clubes com o modelo em prática: Bahia, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Cuiabá, Vasco, Fortaleza, Atlético-MG e América-MG. Cinco dessas equipes, entretanto, lutam atualmente contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Isso poderia ser um mau sinal?

A Sociedade Anônima do Futebol pode, de fato, ser uma boa escolha no atual mundo dos clubes. Isto porque em conjunto com parcerias concretas, o drama do passado pode ser amenizado. Contudo, alertamos que esta possibilidade corre o risco de se tornar uma utopia, o que seria um erro grave.

Por outro lado, o debate provocado pela SAF poderá ajudar administradores e profissionais do futebol a encontrar melhores soluções para os problemas administrativos do time. Desta forma, poderá até inspirar cenários econômicos nacionais que exijam soluções mais criativas e menos rígidas. Apesar disso, não devem ser encaradas como solução final: o que real define a situação de um clube, é a sua gestão. O conselho dos times pode parecer irrelevante, mas estabelece o futuro político das agremiações. Essa sim, é a solução para a crise das instituições esportivas: a definição por um cenário político que realmente coloque os interesses do clube acima de tudo, e assim, efetue uma administração de exemplo.