Loud, G3X, Furia, Nyvelados, Funkbol, Desimpedidos e Dendele carimbaram a vaga para o mata-mata
por
Davi Garcia
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04/11/2025 - 12h

Na última segunda-feira (3), a Kings League Brasil, campeonato de futebol 7 realizado em São Paulo, conheceu seus classificados para o mata-mata da competição. Loud, G3X, Funkbol e Furia entraram na última rodada já classificadas, jogando por posições e pela liderança geral, que assegurava vaga direta nas semifinais. Nyvelados, Desimpedidos e Dendele também estarão nas fases finais da liga, criada por Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona.

Luqueta, presidente do Dendele, comemora classificação na Kings League com Lucas Hector, jogador do Dendele. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League
Luqueta, presidente do Dendele, comemora classificação na Kings League com Lucas Hector, jogador do Dendele. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League

Na primeira partida do dia, Funkbol e Real Elite se enfrentaram sem grandes pretensões. Afinal, o “time da quebrada e do funk”, presidido por MC Hariel, Michel Elias e Kond, já estava classificado em primeiro lugar no seu grupo. Enquanto isso, o “Elite”, de Whindersson Nunes, Ludmilla e Lucas Freestyle, lutava para evitar a pior campanha da competição. No entanto, o Funkbol confirmou o favoritismo e venceu por 6 a 3.

No confronto seguinte, a Loud encarou o Desimpedidos buscando também encerrar a fase de grupos com chave de ouro. A equipe dos streamers Coringa e Renato Vicente chegou como uma das melhores equipes da atual Kings League. Por outro lado, o Desimpedidos, do influenciador Toguro, amargava um turno decepcionante, com apenas três pontos. Apesar disso, chegou com chances de classificação para o mata-mata. A partida foi tranquila para a Loud, que goleou o ‘DEC’ por 10 a 4. Mesmo assim, o Desimpedidos se classificou para a próxima fase graças à derrota do Real Elite. 

Em sequência, Furia e G3X protagonizaram o clássicoentre as equipes mais tradicionais da competição. A “Pantera”, presidida por Neymar e Cris Guedes, precisava de uma vitória no tempo normal para se classificar com a melhor campanha da competição. Enquanto isso, a equipe de Gaules necessitava dos três pontos para carimbar o segundo lugar geral. O jogo foi quente do início ao fim, contando com brilho dos craques Leleti e Chaveirinho. No entanto, foi o “rei da Kings League”, Kelvin Oliveira, que decidiu para o G3X. ‘K9’ anotou três gols para vencer a Furia por 6 a 4. A partida ainda ficou marcada por provocações entre os presidentes das equipes.

Kelvin Oliveira, do G3X, comemora gol marcado contra a Furia. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League
Kelvin Oliveira, do G3X, comemora gol marcado contra a Furia. Foto: Rebeca Schumaker/Ag. Enquadrar/Kings League

No quarto duelo da rodada, o Nyvelados, de Nyvi Estephan, encarou o Fluxo, dos streamers Cerol e Nobru. O confronto era um verdadeiro ‘jogo de seis pontos’, afinal, quem vencesse estaria nos playoffs. O ‘FX’ liderou o placar por grande parte do jogo, até que Ivo, goleiro do time de Nyvi, anotou uma pintura de sua própria área para empatar e, consequentemente, embalar a virada. LeoGol, camisa 10 do Nyvelados, fechou a conta para classificar a equipe ao mata-mata, enquanto o Fluxo acabou eliminado da Kings League.

Por fim, Dendele, de Luqueta e Paulinho ‘o Loko’, e Capim, de Jon Vlogs e Luva de Pedreiro, se enfrentaram em busca da última vaga para a próxima fase. O jogo, marcado por um verdadeiro duelo de torcidas, teve os presidentes como protagonistas. Paulinho converteu o ‘pênalti presidente’ logo no início, deixando tudo igual no placar. Jon não deixou barato e também converteu em uma linda cobrança. Porém, com uma defesa sólida, o Dendele venceu o Capim por 4 a 2 e se classificou para os playoffs.

Na próxima segunda-feira (10), Furia e Nyvelados abrem a disputa do mata-mata. Quem vencer, enfrentará a líder Loud. Em seguida, o vencedor de Funkbol e Desimpedidos encara G3X ou Dendele. A Kings League Brasil tem transmissão em seu canal oficial do Youtube.

Confrontos do mata-mata da Kings League. Foto: Divulgação/Kings League
Confrontos do mata-mata da Kings League. Foto: Divulgação/Kings League

 

Verdão supera LDU com atuação dominante no Allianz Parque e assegura vaga após vitória por 4 a 0
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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31/10/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (30), o Palmeiras venceu a LDU por 4 a 0 no Allianz Parque, em São Paulo, e garantiu vaga na final da Copa Libertadores. O time paulista reverteu a derrota por 3 a 0 sofrida na ida, em Quito, e avançou para a decisão contra o Flamengo.

O primeiro tempo foi de imposição e intensidade do Palmeiras desde o apito inicial. A equipe pressionou a saída de bola e criou as principais oportunidades pelos lados do campo, com Allan participando ativamente das jogadas ofensivas. Aos 20 minutos, o atacante Ramón Sosa abriu o placar após cruzamento preciso do camisa 40. A LDU tentou responder em contra-ataques, mas parou nas intervenções de Carlos Miguel. Nos acréscimos da primeira etapa, aos 45+5, o zagueiro Bruno Fuchs ampliou após bola rebatida em cobrança ensaiada de falta.

Na volta do intervalo, o Palmeiras manteve o ritmo e controlou o jogo com posse e velocidade. O meio-campista Raphael Veiga, que começou no banco, entrou e mudou a dinâmica da partida: marcou aos 23 minutos, após tabela com o atacante Vitor Roque, em jogada de infiltração pelo centro. Mais tarde, aos 37, converteu pênalti sofrido por Allan e consolidou a virada histórica. A LDU tentou reagir nos minutos finais, mas encontrou uma defesa bem postada e pouco espaço para criar.

jogadores comemoram gol
Jogadores do Palmeiras comemorando o gol de Raphael Veiga. Foto: Divulgação / Conmebol

A vitória marcou um dos desempenhos mais consistentes da equipe nesta edição da Libertadores. O conjunto manteve equilíbrio tático, intensidade e precisão nas jogadas de ataque, com destaque para a atuação de Raphael Veiga, decisivo em um momento que exigia frieza e controle técnico.

A partida teve domínio técnico do Palmeiras. A equipe buscou as laterais e acelerou transições com Allan e Vitor Roque, além de explorar trocas rápidas no meio. As estatísticas confirmaram a superioridade: 68% de posse de bola, 25 finalizações e oito chutes no alvo pelo Palmeiras, contra duas finalizações da LDU.

A virada histórica coroou uma reação coletiva. Raphael Veiga foi o nome da noite ao transformar a entrada em contribuição direta na construção do placar. Após o apito final, o técnico Abel Ferreira destacou o comprometimento do elenco e a força mental da equipe para reverter o resultado.

O Palmeiras alcança agora a final da Copa Libertadores, que será disputada no dia 29 de novembro, no Estádio Monumental de Lima, no Peru, contra o Flamengo.

Seleção reage, confirma ótimo 2025 e já projeta o próximo confronto
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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30/10/2025 - 12h

 

A seleção brasileira feminina derrotou a Itália por 1 a 0 nesta terça-feira (28), no estádio Ennio Tardini, em Parma, na Itália. O gol da vitória saiu no segundo tempo, marcado por Luany após cruzamento de Dudinha. O resultado encerrou a Data-Fifa brasileira de outubro com 100% de aproveitamento.

O Brasil começou com dificuldades para encontrar seu ritmo, mas se ajustou ao longo da partida. As melhores chances vieram em cobranças de falta e jogadas pelo meio-campo, exigindo boas defesas da goleira italiana. Na etapa final, a equipe controlou as ações e aproveitou a oportunidade para definir o placar, segurando a vantagem até o fim.

Seleção brasileira enfrenta a Itália em amistoso
Lance do amistoso entre Itália e Brasil. Foto: Lívia Villas Boas/CBF

 

No balanço da partida, o Brasil finalizou 12 vezes contra 8 da Itália e mostrou solidez defensiva, reduzindo as chegadas perigosas das adversárias na etapa final. A posse de bola foi equilibrada, mas a seleção brasileira se mostrou mais eficiente nos momentos decisivos.

Com a vitória, a equipe soma apenas duas derrotas em 2025 e confirma o bom desempenho no ano. O resultado reforça a combinação de experiência e juventude sob o comando de Arthur Elias, com equilíbrio defensivo e velocidade nas transições. O triunfo também reafirma a superioridade brasileira diante da Itália, consolidando a fase positiva contra rivais europeias.

O próximo compromisso da seleção será em 2 de dezembro, em amistoso contra Portugal, na cidade de Aveiro, com horário ainda a ser definido.

O Rubro-Negro segurou o empate sem gols na Argentina e se classificou com a vantagem mínima do placar agregado
por
Pedro Lima
Renan Barcellos
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30/10/2025 - 12h

 

Nesta quarta-feira (29), o Flamengo foi a Avellaneda, na Argentina, enfrentar o Racing pelo jogo da volta das semifinais da Libertadores. Com a vantagem de 1x0 construída no jogo passado, no Rio de Janeiro, o clube carioca tinha a missão de segurar o time argentino, que contava com o apoio de sua torcida. 

Sem Pedro, cortado do jogo por uma fratura no antebraço, o técnico Filipe Luís optou por utilizar o atacante equatoriano Gonzalo Plata. A outra troca executada pelo técnico rubro-negro foi na zaga, Leo Ortiz no lugar de Danilo. O Racing por sua vez entrou com uma formação mais ofensiva, desta vez sem os cinco zagueiros, já que necessitava da vitória. 

O primeiro tempo começou elétrico, o Flamengo não se contentava com a vantagem no placar agregado e criou ótimas oportunidades de gol, Luiz Araújo tentou duas vezes, chutando de fora da área e levando muito perigo. Mas o jogo era lá e cá, o Racing também criava suas chances, forçando grandes defesas do goleiro Rossi e pressionando a zaga do Flamengo. Ainda no primeiro tempo, os uruguaios Varela e Arrascaeta desperdiçaram oportunidades claríssimas a favor do Flamengo, deixando escapar o que seria uma vantagem quase que irreversível para o time argentino. O primeiro tempo acabou, e o Flamengo segurava sua classificação fazendo um ótimo jogo tanto ofensivo quanto defensivo. 

Na volta do intervalo, o jogo estava mais pegado e faltoso, diferente do primeiro tempo. Aos 9 minutos da segunda etapa veio o grande divisor de águas da partida, em um lance duvidoso com o zagueiro Marcos Rojo, o juiz Piero Maza expulsou Gonzalo Plata por agressão e o Flamengo ficou com 10 jogadores em campo. 

A partir daí, a pressão do Racing foi constante. Já nos acréscimos, o atacante Vietto forçou a melhor defesa de Rossi em toda a partida, consagrando o goleiro rubro negro como o melhor jogador em campo. Com a zaga e o goleiro inspirados, o Flamengo segurou o resultado de 0x0 até o fim, evitando qualquer chance de empate do time argentino no placar agregado. 

Léo Pereira e Léo Ortiz comemorando a classificação. Foto: Divulgação/X/@Flamengo
Léo Pereira e Léo Ortiz comemorando a classificação. Foto: Divulgação/X/@Flamengo 

Depois de dois anos seguidos com eliminações amargas, para o Olimpia (do Paraguai) e para o Peñarol (do Uruguai), o Flamengo volta a final da Libertadores, o que não acontecia desde 2022, com a missão de ser o único time brasileiro com quatro troféus da competição. 

Filipe Luís destacou na coletiva de imprensa como o seu time foi aguerrido e competitivo durante os 90 minutos. Está é a quarta final de Libertadores de Filipe Luís pelo Flamengo, sua primeira como técnico. A decisão da competição está marcada para o dia 29 de novembro, em Lima, no Peru. O Flamengo aguarda o seu adversário do confronto entre Palmeiras x LDU. 

Aos 19 anos, brasileiro supera Davidovich Fokina em Basileia, entra no top-30 e garante maior título do país desde Guga
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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29/10/2025 - 12h

 

 

O tenista brasileiro João Fonseca venceu Alejandro Davidovich Fokina por 2 sets a 1 (6/3 e 6/4) e levantou o troféu do ATP 500 da Basileia, na Suiça, neste domingo (26). É o maior título de um brasileiro em simples desde Gustavo Kuerten, o Guga, em 2001. O carioca dominou a final desde o início e não deu chances ao espanhol, então 18º do ranking.

João Fonseca no ATP 500
João Fonseca comemora ponto durante ATP 500. Foto: Divulgação/@ATPTour


O resultado colocou Fonseca no 28º lugar do ranking mundial, a melhor posição da carreira. O salto confirma a temporada de afirmação do jovem de 19 anos, que começou o ano fora do top-100 e agora está entre os 30 melhores. Dentro de quadra, a vitória veio com saque potente e boa leitura dos momentos de pressão. Fonseca conseguiu quebras logo no início dos dois sets e manteve a vantagem até o fim. Na campanha, chegou a registrar um serviço de 232 km/h.

O título em Basileia rendeu 500 pontos e consolida o nome do brasileiro entre os principais do circuito. O feito encerra o jejum do tênis brasileiro em torneios acima de ATP 250 e reacende a confiança do torcedor.

O feito também teve reflexo financeiro. Com a premiação de 471 mil euros, Fonseca ultrapassou R$ 13 milhões acumulados em prêmios na carreira, marca alcançada antes de completar 20 anos. Emocionado na cerimônia, agradeceu à família e lembrou Roger Federer, dez vezes campeão no torneio suíço. Também prometeu que irá cumprir a promessa feita ao staff: raspar o cabelo após a vitória.

O calendário segue intenso. Depois de Basileia, Fonseca disputa o Masters 1000 de Paris, na França. A sequência mantém o ritmo de quem deixou o rótulo de promessa e passou a colecionar resultados contra adversários de peso. Em um ano, o brasileiro saltou do 145º lugar para o top-30. O título na Suíça é o ponto mais alto até agora e João Fonseca já projeta um 2026 com ambições ainda maiores.

Saída do treinador argentino liga alerta para crise no clube paulista
por
Carolina Zaterka Ajzen
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16/06/2025 - 12h

   A diretoria são-paulina vinha manifestando apoio público a Zubeldía há pouco tempo, apesar da pressão externa. Ainda em meados de abril, quando oscilavam os primeiros resultados da temporada, o diretor de futebol Carlos Belmonte afirmou que não havia risco de demissão e que o treinador seguiria no cargo “independentemente do resultado” de um jogo-chave, citando confiança total no trabalho do argentino. Na ocasião, Belmonte garantiu à ESPN que não havia risco de demissão e que a gestão tinha total convicção no trabalho do Zubeldía, enfatizando também que os jogadores confiavam no argentino. 
   O dirigente chegou a cravar que Zubeldía continuaria no comando pelo menos até o clássico seguinte, numa demonstração pública de respaldo ao treinador. Além disso, Belmonte fez questão de rechaçar rumores de que o clube estaria negociando com outro técnico pelas costas: “Nós nunca faríamos isso. Só podemos buscar um treinador quando não tivermos um. Essa especulação nunca existiu.”, disse ele, negando que Dorival Júnior (na época, livre no mercado) estivesse apalavrado para um retorno.
   Nos bastidores, porém, a cúpula tricolor já demonstrava preocupação. Pessoas próximas ao presidente Julio Casares revelaram que ele era um dos últimos defensores de Zubeldía dentro do clube, tentando dar voto de confiança ao técnico em meio à má fase. Entretanto, o clima no conselho deliberativo e entre outros diretores era de ceticismo crescente. Após a derrota para o Vasco, a pressão atingiu níveis “próximos do insuportável”, conforme definiu uma fonte ouvida pelo blog do jornalista Jorge Nicola. Dirigentes e conselheiros passaram a duvidar que Zubeldía teria capacidade de reverter a situação, diante de um time estagnado que não reagia mesmo após mudanças táticas e retornos de lesionados.
 

Palmeiras e São Paulo na semifinal do Paulistão 2025 - Reprodução Cesar Greco/Palmeiras

Palmeiras e São Paulo na semifinal do Paulistão 2025 - Reprodução Cesar Greco/Palmeiras

 

   No âmbito nacional e internacional, o desempenho de Zubeldía foi paradoxal. Na Copa Libertadores 2025, o time fez uma campanha histórica na fase de grupos: eles conseguiram a conquista inédita de vencer todos os jogos fora de casa (algo que o clube nunca havia feito antes na história da competição). Com a força desse desempenho, o São Paulo avançou para as oitavas de final como o primeiro colocado do grupo. A equipe também avançou na Copa do Brasil, para as oitavas de final, na qual o Athletico-PR é seu adversário. 
   Por outro lado, o calcanhar de Aquiles foi o Campeonato Brasileiro. O São Paulo do antigo técnico não conseguiu embalar uma boa sequência na liga nacional. Em 12 rodadas disputadas até a pausa de junho, o time conquistou apenas 12 pontos (2 vitórias, 6 empates e 4 derrotas) e ocupa a 14ª colocação na classificação – somente um ponto acima da zona de rebaixamento. Esse rendimento aquém do esperado no Brasileirão foi apontado unanimemente como o principal fator para a queda do treinador. Mesmo com a vaga assegurada nas oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil, a diretoria não tolerou o risco de ver o Tricolor envolvido na luta contra o rebaixamento  no campeonato nacional.
   Outro aspecto marcante da passagem de Zubeldía foi seu estilo explosivo à beira do gramado. O argentino rapidamente caiu nas graças da torcida pelo jeito enérgico com que vivia as partidas, comemorando gols efusivamente e reclamando de arbitragens com veemência. No entanto, essa característica cobrou seu preço: em 85 jogos no comando, Zubeldía recebeu nada menos que 35 cartões (32 amarelos e 3 vermelhos) – um recorde negativo que o fez cumprir diversas suspensões e desfalcar o time no banco em partidas importantes. 
  Em determinado momento de 2025, o técnico acumulava mais cartões amarelos do que vitórias na temporada, estatística que evidenciou problemas de disciplina e certa desorganização em campo. As escolhas táticas de Zubeldía também ficaram sob escrutínio conforme os resultados pioravam. Por exemplo, a insistência em escalar o atacante Luciano improvisado como meio-campista gerou muitas críticas dos analistas e torcedores, que viam o time sem criatividade no setor ofensivo.

 

Luis Zubeldía tomou cartão vermelho diante do Athetico-PR, na Ligga Arena. Foto: Reprodução: Nelson AlmeidaTV Globo
Luis Zubeldía tomou cartão vermelho diante do Athetico-PR, na Ligga Arena. Foto: Reprodução: Nelson AlmeidaTV Globo


   A diretoria são-paulina vinha manifestando apoio público a Zubeldía há pouco tempo, apesar da pressão externa. Ainda em meados de abril, quando oscilavam os primeiros resultados da temporada, o diretor de futebol Carlos Belmonte afirmou que não havia risco de demissão e que o treinador seguiria no cargo “independentemente do resultado” de um jogo-chave, citando confiança total no trabalho do argentino. Na ocasião, Belmonte garantiu à ESPN que não havia risco de demissão e que a gestão tinha total convicção no trabalho do Zubeldía, enfatizando também que os jogadores confiavam no argentino. 
   O dirigente chegou a cravar que Zubeldía continuaria no comando pelo menos até o clássico seguinte, numa demonstração pública de respaldo ao treinador. Além disso, Belmonte fez questão de rechaçar rumores de que o clube estaria negociando com outro técnico pelas costas: “Nós nunca faríamos isso. Só podemos buscar um treinador quando não tivermos um. Essa especulação nunca existiu.”, disse ele, negando que Dorival Júnior (na época, livre no mercado) estivesse apalavrado para um retorno.
   Nos bastidores, porém, a cúpula tricolor já demonstrava preocupação. Pessoas próximas ao presidente Julio Casares revelaram que ele era um dos últimos defensores de Zubeldía dentro do clube, tentando dar voto de confiança ao técnico em meio à má fase. Entretanto, o clima no conselho deliberativo e entre outros diretores era de ceticismo crescente. Após a derrota para o Vasco, a pressão atingiu níveis “próximos do insuportável”, conforme definiu uma fonte ouvida pelo blog do jornalista Jorge Nicola. Dirigentes e conselheiros passaram a duvidar que Zubeldía teria capacidade de reverter a situação, diante de um time estagnado que não reagia mesmo após mudanças táticas e retornos de lesionados.
 

 

Zubeldía à beira do campo em partida contra o Vasco. Foto: Rubens Chiri e Paulo Pinto/Saopaulofc.net
Zubeldía à beira do campo em partida contra o Vasco. Foto: Rubens Chiri e Paulo Pinto/Saopaulofc.net

 

   O clube segue vivo em duas frentes importantes. Na Copa Libertadores da América enfrentará o Atlético Nacional, da Colômbia, em agosto. Já na Copa do Brasil, disputa vaga contra o Atlético-PR e o primeiro jogo acontece no dia 31 de julho, no Morumbi. Ao mesmo tempo, a equipe convive com a ameaça de uma campanha desastrosa no Brasileirão. O novo treinador herdará um cenário desafiador, porém com oportunidades. A possibilidade de conquistar um título continental ou nacional de mata-mata é real e pode dar brilho à temporada. Por outro lado, o técnico estreante precisará, com urgência, estancar a sangria no Campeonato Brasileiro para afastar o fantasma do rebaixamento.
   Felizmente para o Tricolor, o calendário reserva uma janela valiosa para arrumar a casa. Devido à realização da Copa do Mundo de Clubes da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) em junho e julho, as competições serão paralisadas por quase um mês. Com isso, o São Paulo só volta a campo pelo Brasileirão no dia 11 de julho, quando enfrentará o Flamengo, no Maracanã. 
   Essa pausa deverá ser aproveitada como uma espécie de “mini pré-temporada” pelo elenco. Os jogadores entraram em férias logo após a partida contra o Vasco e tem retorno marcado para 26 de junho, data em que a comissão técnica – possivelmente a nova – iniciará os trabalhos visando a retomada dos torneios. A ideia manifestada nos bastidores é anunciar o novo treinador antes dessa reapresentação, justamente para que ele possa dispor de cerca de duas semanas de treinamentos ininterruptos com o grupo completo, sem a pressão imediata de jogos oficiais.
   Esse período também servirá para recuperar jogadores lesionados. Atualmente, o Departamento Médico conta com  nomes importantes, como Oscar e Lucas, em fase final de reabilitação. 
   No entanto, nem tudo são boas notícias. A tabela de reestreia no Brasileirão promete ser ingrata, exigindo que o eventual “efeito positivo” da troca de comando seja imediato. Logo apósvisitar o Flamengo no Rio de Janeiro, o Tricolor enfrenta na sequência, ainda fora de casa, o Red Bull Bragantino, terceiro colocado na tabela, em Bragança Paulista. Depois recebe, no Morumbi, o Corinthians, no clássico Majestoso, em duelo que pode ter contornos decisivos para as pretensões do Tricolor no campeonato. 
   Assim, a consequência direta da saída de Zubeldía é que o São Paulo aposta numa espécie de “recomeço” no meio da temporada. A margem de erro diminuiu: se antes havia esperança de recuperação com o treinador antigo, agora a expectativa recai sobre um novo nome para extrair mais deste elenco. A diretoria sinaliza que irá “fazer de tudo para salvar o ano”, o que inclui eventualmente reforçar o time com contratações pontuais indicadas pelo próximo técnico, aproveitando a janela de transferências de julho. 
   Entretanto, qualquer plano passa por uma variável fundamental: a resposta dos jogadores dentro de campo. Se o grupo conseguir assimilar bem as mudanças e reagir, o São Paulo ainda pode almejar uma campanha digna em 2025. Caso contrário, a saída de Zubeldía terá sido em vão, e o clube poderá enfrentar um segundo semestre tão ou mais conturbado quanto o primeiro.
 

Com um compilado de quatro reportagens, textos trazem diferentes perspectivas sobre o tema
por
Nathalia de Moura
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16/06/2025 - 12h

O site Donas da Bola, idealizado por Nathalia de Moura para a disciplina de Jornalismo Contra-Hegemônico, lecionada pela Professora Doutora Anna Flávia Feldmann, visa, a partir de dados, imagens, entrevistas e diferentes perspectivas, mostrar a desvalorização do futebol feminino, além de impulsionar e dar voz à luta e às atletas.

Com um compilado de quatro reportagens, o primeiro texto contextualiza historicamente o futebol feminino, trazendo o olhar de Renata Beltrão, Mestre em Museologia e Coordenadora de Comunicação do Museu do Futebol. O segundo texto aborda a realidade das categorias de base feminina de clubes brasileiros. Com depoimentos das atletas Laryssa Lourenço e Giovanna Holanda, temos um panorama das equipes jovens e o sentimento das jogadoras perante a realidade enfrentada.

A terceira reportagem foca na cobertura jornalística na modalidade feminina, os desafios enfrentados e o que pode ser feito para melhorar, tudo isso com a ajuda da Jornalista do jornal Lance!, Juliana Yamaoka. Na quarta e última reportagem, uma entrevista com a goleira do Corinthians, Kemelli Trugilho, mostra um panorama do futebol profissional feminino e a situação dos clubes da elite brasileira, além das medidas que podem ser tomadas para alavancar e valorizar o esporte.

Para acessar as reportagens, basta clicar no link a seguir: https://donasdabola.my.canva.site/

Conheça o podcast gol de pátria
por
Matheus Henrique
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16/06/2025 - 12h

O Gol de Pátria é um podcast universitário e independente, produzido por Matheus Henrique, estudante de Jornalismo da PUC-SP.

O objetivo do projeto é discutir política a partir do futebol, mostrando como clubes, torcidas e seleções carregam identidades nacionais e disputas históricas. A proposta aqui é investigar de que forma o esporte reflete e influencia noções políticos, culturais e sociais.

No primeiro episódio do Gol de Pátria, falamos sobre a fundação de alguns clubes e o contexto político em que surgiram. Na primeira parte, analisamos como a ditadura franquista na Espanha se relacionou com times como o Barcelona F.C. e o Athletic Bilbao. Na parte final do episodio, vamos até a Escócia para entender como a rivalidade entre Celtic F.C. e Rangers F.C. expressa questões profundas entre unionismo e separatismo no país.

Trabalho realizado para a disciplina de Jornalismo Contra-hegemônico, lecionada pela professora Anna Flávia Feldmann.

Ficha técnica:

Produção, locução, direção e edição: Matheus Henrique

Trabalhos técnicos: Ernesto Foschi

Duração: 25:56

Líder do ranking mundial não perdia desde fevereiro deste ano
por
Henrique Baptista
Lucca Andreoli
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13/06/2025 - 12h

 

Brasileiros da Legacy cumprimentam a equipe europeia após vitória Foto: Divulgação/Radosław Makuch/HLTV
Brasileiros da Legacy cumprimentam a equipe europeia após vitória Foto: Divulgação/Radosław Makuch/HLTV

Os brasileiros da Legacy tiveram uma estreia histórica no Stage 3 do BLAST.tv Austin Major 2025. Com uma atuação dominante, os brasileiros atropelaram a Vitality pelo placar de 13 a 3 e quebraram uma impressionante sequência de 30 partidas invictas da equipe europeia, que não perdia desde fevereiro.


Até então, o time da estrela mundial Zywoo havia vencido todos os seus confrontos no ano em partidas decisivas, conquistando seis campeonatos em sequência e alcançando o primeiro lugar do ranking global de forma isolada. 


Apesar da grande vitória, os brasileiros foram superados no segundo jogo do dia pela Virtus.Pro por 13 a 11 no mapa Ancient, em duelo bastante equilibrado. Com isso, a campanha da Legacy no Stage 3 agora é de uma vitória e uma derrota, e a classificação para os playoffs será decidida nas próximas duas rodadas.

FURIA brilha no primeiro dia do Stage 3

A FURIA fez bonito no início do Stage 3. A equipe venceu seus dois compromissos da quinta-feira: primeiro contra a The MongolZ, em partida acirrada na Inferno, e depois contra a Aurora, com uma performance mais sólida. Os Panteras chegam ao placar de 2 a 0 em vitórias e precisam ganhar apenas mais uma para se garantirem entre os oito melhores do Major.

Molodoy foi o destaque do segundo confronto, com rating de 1.92  Foto: Divulgação/Radosław Makuch/HLTV
Molodoy foi o destaque do segundo confronto, com rating de 1.92  Foto: Divulgação/Radosław Makuch/HLTV

paiN em risco após duas derrotas

Para os brasileiros da paiN Gaming a situação é delicada no Major. Após as derrotas para a G2 Esports e Team Spirit, a equipe fecha o primeiro dia do Stage 3 na zona de eliminação, onde qualquer nova derrota resultará na despedida do torneio. A próxima partida será nesta sexta-feira (13), contra a Nemiga, em confronto decisivo.

Glossário Counter-Strike:

Inferno / Anubis / Ancient / Mirage / Dust2: Mapas do jogo. Cada partida é disputada em um ou mais mapas, com estilos e táticas próprios.
Melhor de um (MD1) / Melhor de três (MD3): Formatos de série. No MD1, a vitória é decidida em um único mapa. No MD3, vence quem ganhar dois mapas.
Playoffs: Etapa eliminatória do torneio, que reúne as melhores equipes após a fase de grupos.
Stage: Etapa do Major. O campeonato é dividido em diferentes stages, e o Stage 3 reúne os oito melhores times da competição.

Desempenho afeta distribuição de vagas para o Major de Budapeste
por
Henrique Baptista
João Pedro Lindolfo
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11/06/2025 - 12h

O MIBR se despediu do BLAST.tv Austin Major 2025 nesta terça-feira (10). A equipe brasileira foi superada pela FaZe Clan por 2 a 0 na série decisiva do Stage 2 e terminou sua campanha com três derrotas e apenas duas vitórias. O revés não só selou a eliminação do time, como também trouxe um impacto significativo para o cenário das Américas: a região perdeu uma das 11 vagas que teria direito para o próximo mundial, em Budapeste, no segundo semestre de 2025.

Com a derrota, o MIBR finaliza sua participação na competição entre os 11 primeiros, faturando uma premiação de US$ 10 mil, equivalente a R$ 55,7 mil. A FaZe, por sua vez, avançou ao Stage 3, a fase principal do torneio, que reúne as oito melhores equipes.

A eliminação veio após uma campanha de altos e baixos. O MIBR chegou ao confronto decisivo embalado pela vitória sobre a Falcons, uma das favoritas ao título e top 4 do ranking mundial, em uma série épica de três mapas e três overtimes

No primeiro mapa, Anubis, a FaZe dominou completamente, vencendo por 13 a 4. O MIBR ainda mostrou resistência em Ancient, levando a disputa para a prorrogação, mas acabou derrotado por 16 a 12, dando adeus ao Major.

 

O ucraniano S1mple comemora vitória sobre a equipe brasileira.
O ucraniano S1mple comemora vitória sobre a equipe brasileira. Foto: Divulgação/Josip Brtan/HLTV

Américas sofrem revés no sistema de classificação

A eliminação do MIBR teve consequências além do desempenho esportivo. Por conta do novo sistema de classificação baseado em desempenho regional, as Américas precisavam colocar ao menos cinco equipes entre as 16 melhores para manter suas 11 vagas no Major de Budapeste.

Com as classificações de FURIA, paiN, Legacy e Liquid, o número ficou em apenas quatro, insuficiente para manter o total. A vaga perdida será realocada para a Ásia, região que teve desempenho histórico em Austin com a Lynn Vision.

Três brasileiros seguem no Major

Apesar da queda do MIBR, o Brasil ainda está representado no BLAST.tv Austin Major por três equipes: FURIA, paiN e Legacy, todas classificadas ao Stage 3. A competição segue nos Estados Unidos até o dia 22 de junho, com premiação total de US$ 1,25 milhão, cerca de R$ 6,95 milhões.
 

Glossário Counter-Strike:

Anubis / Ancient: Mapas do jogo com características táticas distintas. Cada série pode ter até três mapas.

 

Melhor de três mapas (MD3): Formato em que duas equipes disputam até três mapas. Vence quem ganhar dois.

 

Troca de lados: Mudança de função no meio do mapa — quem ataca (TR) passa a defender (CT) e vice-versa.

 

Rating: Índice que mede o desempenho individual dos jogadores. Um rating acima de 1.00 indica performance superior à média.

 

Overtime: Prorrogação. É ativada quando o jogo termina empatado no tempo regular. A disputa segue até que uma equipe abra vantagem.

 

Stage: Etapa do campeonato. O Major é dividido em stages, como o Challengers Stage, Stage 2 (suíço) e Stage 3 (fase principal).