Walério Araújo, um dos nomes mais emblemáticos da moda brasileira, está nos preparativos para lançar sua mais nova leva de peças no domingo (22/10), penúltimo dia da maior semana de moda da América Latina, a São Paulo Fashion Week Sempre se espera que ele entregue ousadia, irreverência e peças únicas, como só ele consegue criar.
Nesta edição do evento, serão 40 desfiles ao total, e terá como palco principal o Pavilhão das Culturas Brasileiras, localizado dentro do Parque Ibirapuera, além de locações externas como o Shopping Iguatemi, o Museu do Ipiranga e o Pavilhão Japonês. O tema, ‘As Joias da Rainha’, retrata uma forma grandiosa de homenagear a jornalista Regina Guerreiro - a mulher que ditou regras e deu uma nova roupagem ao jornalismo de moda brasileiro.
Trajetória de Walério Araújo
Com uma carreira que transcende décadas, Walério Araújo é celebrado por romper barreiras e trazer uma nova narrativa ao mundo da moda. Nascido nos anos 1970 na cidade pernambucana de Lajedo, Walério cresceu em uma família de costureiras e bordadeiras, e iniciou sua carreira na moda em 1987, após realizar um curso por correspondência. Mesmo sem uma formação acadêmica convencional em moda, seu talento se consolidou rapidamente.
Sua habilidade prática se evidenciou quando transformou um abadá da marca de cerveja Devassa em um vestido bordado com cristais Swarovski para a socialite americana Paris Hilton. A peça que se tornou um dos figurinos mais comentados do carnaval de 2010.

No ano seguinte, ele viajou para São Paulo pela primeira vez para fazer um curso presencial de desenho de moda. Em 1990, retornou à sua cidade natal e foi contratado por uma loja de tecidos na Bahia, onde trabalhou por dois anos em Paulo Afonso e Salvador. Em 1992, mudou-se definitivamente para a capital paulista, começando a trabalhar na Rua das Noivas e, posteriormente, na 25 de Março, como desenhista em lojas de tecidos.
A partir de 1994, sua carreira ganhou força ao participar do Mercado Mundo Mix - evento alternativo que destacava novos talentos e tendências no cenário da moda nacional. Foi por meio dessa plataforma que Walério chamou a atenção de Paulo Borges, idealizador e diretor executivo da São Paulo Fashion Week. Convidado a integrar o time de estilistas do extinto evento Amni Hot Spot, Walério apresentou cinco edições de suas coleções irreverentes e criativas, com temáticas ousadas.
Desde então, ele conquistou um espaço único na indústria da moda brasileira. Seu estilo reflete suas raízes, combinando elementos da cultura pop e da cena underground. Walério sempre foi apaixonado por criar peças que contam histórias e provocam sensações. Seu talento para misturar texturas, cores vibrantes e cortes arrojados o tornou uma figura icônica, desejada por celebridades como Glória Maria, Sabrina Sato, Ivete Sangalo, Elke Maravilha, Elza Soares, Rita Lee, Dercy Gonçalves e até mesmo Hailey Bieber, firmando sua posição como um dos grandes mestres do glamour brasileiro.








Momentos memoráveis no SPFW
Walério Araújo tem uma longa história com o SPFW, e a cada edição desafia o público e a crítica com coleções que são verdadeiras obras de arte.
Para quem acha que o estilista só cria roupas multicoloridas, o desfile da edição 54, em 2022, provou o contrário. Naquele ano, o gótico dominou as passarelas com tons de preto e roxo, mas sem perder seu DNA de excentricidade. Correntes prateadas, caveiras, cruzes e assimetrias, junto a ornamentos inspirados no movimento barroco, deram vida à coleção, que foi também marcada por experiências pessoais de Walério. Ele comentou, em entrevista à Vogue Brasil, que já havia feito uma coleção com estética dark há 15 anos, mas que essa tinha um peso especial.




Na edição 55, em 2023, a homenageada foi Elke Maravilha. Inspirado pela extravagância e liberdade de sua musa, Walério criou um desfile que trouxe à cena toda a expressividade que ambos compartilhavam. Em entrevista ao Gshow, o estilista comentou que escolheu elementos do cotidiano de Elke, que, embora não fossem minimalistas, eram mais usáveis. Assim, recriou um look feminino criado há 16 anos, complementado por uma peruca. O desfile foi marcado por excessos, como era típico de Elke, com túnicas, vestidos, capas e acessórios de cabeça, além de referências às cores da bandeira LGBTQIAP+ e muito paetê.




A coleção "Signos", apresentada na edição 56, em 2023, celebrou a astrologia de forma criativa. Walério interpretou os doze signos do zodíaco com looks cheios de metáforas visuais e uma estética maximalista. O estilista, que se autodefine como "lúdico", relatou à Vogue que mergulhou nos signos e no universo do cosplay para criar a coleção.




E em 2024, na edição 57, Walério homenageou sua mãe, Maria do Carmo, carinhosamente chamada de Dona Neném, de 94 anos. A coleção trouxe referências nostálgicas da infância do estilista, como estampas de ovo frito e porquinhos, além de molduras com fotos de família e balões coloridos adornando as peças. Um vestido amarelo opulente representava o cuscuz, um prato tradicional nordestino. Nos bastidores, Walério contou ao portal Elas no Tapete Vermelho que seu maior objetivo era retratar os hobbies de sua mãe e mostrar seu orgulho das raízes pernambucanas.





E a conclusão a que se chega é que Walério Araújo nunca trilha caminhos previsíveis, e a edição N58 do SPFW será mais uma prova de sua capacidade de surpreender o público. A expectativa é sempre esperar pelo inesperado e audacioso.
Era 1993, o Brasil tinha acabado de passar por uma crise política com o Impeachment do então presidente, Fernando Collor, e estava mergulhado em uma crise econômica feroz, cenário nem um pouco agradável para o florescimento de um movimento fashion brasileiro. Em contrapartida, nesse ambiente hostil, estava nascendo o embrião do que seria a maior semana de moda da América Latina.
O produtor Paulo Borges em conjunto com a empresária Cristiana Arcangeli, deram um grande passo para que a moda brasileira conquistasse espaço nos cenários nacionais e internacionais, quando criaram o Phytoervas Fashion - evento que em sua primeira edição contou com apenas nove desfiles, durante 3 dias, em um galpão na Vila Olímpia, zona oeste de São Paulo.

Grandes nomes atuais da moda nacional usaram a primeira edição do evento como um espécie de incubadora, entre eles Fause Haten, Glória Coelho e Alexandre Herchcovitch - que apresentou pela primeira vez na passarela do Phytoervas sua clássica estampa de caveiras, hoje conhecida internacionalmente.
Até aquele ano, não existia nenhuma semana de moda que expandisse a produção brasileira e grande parte do vestuário nacional como majoritário, dependendo diretamente de pequenas aparições no calendário europeu. O objetivo da empreitada de Borges e Arcangeli era fomentar as criações nacionais. O êxito foi tão grande que o Phytoervas Fashion se desdobrou em oito edições, sendo a última em 1996.
Posteriormente, houve a cisão entre a dupla de idealizadores. Cristiana manteve o nome Phytoervas, enquanto Paulo, em parceria com o Morumbi Shopping, deu início ao Morumbi Fashion Week.
Os dois eventos conviviam em perfeita harmonia. Enquanto o primogênito enveredou mais para o lado do entretenimento - em formato de competição, o Phytoervas Fashion Award, que premiava estilistas, publicitários, jornalistas e outros profissionais da área. A modelo Gisele Bündchen, por exemplo, ganhou o prêmio de melhor modelo em 1998 - o novato se manteve forte em seu caráter mercadológico e fortalecedor da indústria nacional e foi estabelecido como o calendário oficial da moda brasileira.

O final da década de 90 marcou o ápice do Morumbi Fashion Week com a presença de casas internacionais na semana, como Gucci, Chanel e Versace, que além de legitimarem o evento no calendário internacional, também projetaram mais confiança para investidores, fomentando assim, indiretamente, a indústria brasileira, cada vez mais.
SPFW no novo milênio
O ano de 2001 marca a reinvenção da semana de moda brasileira como a conhecemos até hoje. Junto com o novo batismo, de São Paulo Fashion Week, veio também a primeira transmissão ao vivo, pelo site oficial do evento, com a intenção de alcançar o Brasil todo e derrubar as barreiras da elite paulistana.
A SPFW sempre carregou em seu DNA um caráter relacionado à identidade cultural nacional. Em sua primeira edição, o estilista Ronaldo Fraga produziu uma coleção em homenagem a Zuzu Angel, que ganhou fama ao questionar, em seus desfiles, as violências do período da Ditadura Militar no Brasil. No ano seguinte, o tema de uma das duas edições foi “Moda Brasileira por Brasileiros”. Pulando para 2009, o evento homenageou o centenário de Carmen Miranda.
Assim, a semana conquistou renome e se consagrou como a quinta maior semana de moda do calendário, atrás apenas de Paris, Milão, Nova York e Londres. O impacto da SPFW na indústria da moda brasileira é imensurável e sempre renovando suas temáticas, colocando pautas sociais importantes em foco - agora alarmando para o lado sustentável, de preocupação com o consumo e com responsabilidade social - o evento se mantém concretizado no posto de maior semana de moda da América Latina.
O que esperar da edição n58?
A próxima edição acontecerá entre os dias 14 e 21 de outubro, no Parque Ibirapuera e no Shopping Iguatemi. Com um total de 39 desfiles, divididos entre as duas localidades, a edição de número 58 do SPFW contará com o retorno de Alexandre Herchcovitch ao calendário, a apresentação externa, no Museu do Ipiranga, do projeto social Ponto Firme e a celebração dos 70 anos do Pavilhão Japonês, com o desfile de Fernanda Yamamoto.
A semana também será palco de estreias aguardadas no cenário da moda brasileira, como Normando e Dario Mittmann.
O dia de encerramento da NYFW não deixou nem pouco a desejar. As marcas escolhidas para o dia deixaram a sensação de que todos os estilos se juntaram para a bagunça de cores mais linda possível.
Segundo rumores, a era das roupas estampadas morreu após 2006, mas os designers parecem pensar o contrário e a aposta da vez em trazer de volta o estampado foi um acerto sem igual. É inegável que as estampas mais escandalosas como zebra, cobra e onça são coisa do passado. Neste dia final, ficou perceptível que a nova moda para 2025 será o floral. Todas as marcas parecem estar sedentas pela possibilidade de revolucionar o estilo.
Talvez possamos considerar esse retorno como uma consequência da estética clean, que no início do ano era tendência entre famosos e anônimos. Contrário ao esperado pela crítica, muitas pessoas ainda adotam este estilo, com algumas ressalvas e padrões.
Algumas das marcas que se destacaram no evento foram:
Lost pattern
A marca apostou, principalmente, em tons como branco e bege com sutis toques coloridos, como padrões e estampas, principalmente florais, que são sua marca registrada. O destaque fica para a leveza apresentada por cada peça, sendo em sua maioria similares a roupas praianas.
A estética clean, citada antes, faz seu retorno principalmente por ser um estilo querido pela marca, que tem diversas coleções focadas nesse visual.

Foto/Reprodução por Cristian Paez/Instagram
African fashion council
Investindo em padrões e cores fortes, as peças da coleção trazem diversos tons de vermelho, laranja e marrons. Todo o conjunto possui cortes e aberturas que aumentam o movimento das peças de forma fenomenal, valorizando os diferentes biotipos apresentados.
É necessário dar destaque para as composições feitas, diversos acessórios como colares grandes e brincos maiores ainda chamam a atenção de qualquer espectador, montando um produto final de tirar o fôlego, e culturalmente muito significativo.
A música usada no desfile também mereceu destaque, a trilha escolhida complementa perfeitamente o tom escolhido para o desfile, sendo em alguns momentos possível sincronizar o andar das modelos com seu toque.
Melitta Baumeister
A marca apostou em diferentes formas, testando os limites da criatividade da Designer, o estilo extremamente oversized também é uma das características mais marcantes, além de ser uma coleção focada no estilo esportivo não casual . Vale ressaltar que a marca segue o modelo de desfile criativo, suas peças não tem pretensão de funcionar fora da passarela ou de serem necessariamente confortáveis.

Foto/ Reprodução por Isidiore Montag/Vogue
Kallmeyer
A coleção, tem em sua totalidade peças elegantes e com uma tabela de cores relativamente neutras, focando em jeitos de renovar o que já temos como elegante, a variação de caimentos e tecidos torna o produto final um refresco para o estilo. É visto que a marca já tem um histórico de manter suas coleções com elementos da estética clean e a dita Old Money, que consiste em demonstrar poder aquisitivo familiar, o estilo ficou bem popular por famosas como Sofia Richie e Julia Roberts.

Foto/ Reprodução por Filippo Flores/Vogue
A segunda edição do "Brazil: Creating Fashion for Tomorrow" (BCFT) abriu o calendário da London Fashion Week 2024 com uma exposição na embaixada do Brasil em Londres. O evento, realizado antes do início oficial da semana de moda, destacou o papel das mulheres na indústria da moda, com a mostra “A Chain of Women”, que apresentou marcas brasileiras lideradas por mulheres focadas em sustentabilidade e empoderamento feminino.

Com curadoria de Camila Villas, Lilian Pacce e Marília Biasi, a exposição celebrou o uso de materiais sustentáveis e o artesanato tradicional do Brasil, mostrando iniciativas que conectam mulheres de diferentes comunidades. Entre as marcas participantes estavam Catarina Mina, com comunidades do Ceará; Farm Rio, em colaboração com as artesãs indígenas Yawanawá; Lenny Niemeyer, em parceria com artesãs do Maranhão e PatBo, com sua escola de bordadeiras, todas promovendo moda consciente e colaborativa. Também estavam presentes marcas como Malwee, Renata Brenha e Flavia Aranha, todas com foco em práticas de produção sustentáveis e inclusivas.
Além das coleções exibidas, o BCFT ofereceu painéis e workshops que abordam temas essenciais para o futuro da moda, como inovação sustentável e inclusão. O evento destacou a importância da solidariedade entre as mulheres na indústria, reforçando o compromisso da moda brasileira com a criatividade e responsabilidade social.

Os 40 anos da Semana de Moda de Londres
A Semana de Moda de Londres há muito tempo compete por atenção ao lado dos prestigiados eventos em Paris, Milão e Nova York. No entanto, ao longo de seus 40 anos de história, ela conquistou um espaço único, sendo reconhecida por sua ousadia criativa e energia rebelde. Diferente de suas contrapartes, a cena da moda em Londres prospera ao romper barreiras e abraçar o não convencional, oferecendo uma experiência distintamente própria.
A primeira semana, realizada em 1984 em um estacionamento na Kensington High Street, foi organizada por Lynne Franks, personalidade importante no campo das relações públicas. Durante a recepção em Downing Street para celebrar o evento inaugural, a designer Katharine Hamnett chamou a atenção ao se encontrar com a primeira-ministra Margaret Thatcher usando uma camiseta de protesto com o slogan "58% Não Querem Pershing", em oposição às armas nucleares. Esse momento deu o tom para as muitas declarações ousadas e disruptivas que a Semana de Moda de Londres passaria a ser conhecida.

Desde a presença da Princesa Diana em uma recepção para designers em seus primeiros anos até a rainha sentada ao lado de Anna Wintour em um desfile de Richard Quinn, a Semana de Moda de Londres proporcionou inúmeros momentos icônicos. Shalom Harlow sendo pintada por robôs em um desfile de Alexander McQueen e Posh Spice desfilando com shorts de cetim são apenas alguns exemplos das cenas inesquecíveis que fazem deste evento tudo, menos discreto.
Harris Reed
No primeiro dia da edição celebratória de 2024, além da presença de marcas brasileiras, Londres também foi tomada pelos designs marcantes de Harris Reed. Para a primavera/verão 2025 no Tate Modern, ele apresentou uma coleção com silhuetas maximalistas e tecidos pouco convencionais. Utilizou materiais como uma toalha de renda italiana de 200 anos, que encontrou após meses pesquisando plataformas como eBay e sites de tecidos vintage. Esses tecidos históricos foram transformados em peças artísticas e detalhadas, com elementos como corsets, estruturas de gaiola, leques, apliques e golas altas. A coleção exalava uma elegância britânica do Velho Mundo, mas evitava exageros ou ornamentos excessivos.

Por muitos anos, a Semana de Moda de Londres não foi fortemente associada à alta-costura, até a chegada de Harris Reed. Um designer de moda fluido, conhecido por suas silhuetas dramáticas e sensibilidade em relação à forma feminina, Reed rapidamente ganhou destaque com suas criações ousadas e repletas de estrelas. Seu trabalho já apareceu em grandes tapetes vermelhos quando o designer vestiu artistas importantes como Harry Styles, Nicola Coughlan, Ashley Graham, Demi Moore e Lily Collins. Os desfiles de Reed se tornaram uma marca registrada da London Fashion Week, trazendo a habilidade artesanal da alta-costura para o centro do evento.
COS
O desfile da COS, marca do conglomerado de moda H&M, aconteceu no Brooklyn na manhã do dia 10. A diretora criativa, Karin Gustafsson, usou como inspiração para a coleção o trabalho da coreógrafa Tina Bausch, usando as ideias de movimento e fluidez para incorporar em seus looks.
O resultado foi uma coleção de peças no estilo "quiet luxury", refletindo um espírito minimalista. Seguindo as tendências da estação, a linha inclui agasalhos de lã drapeados e alfaiataria de alta qualidade, além de jaquetas de couro oversized, calças amplas, vestidos longos e blusas com gola amarrada. As camadas transparentes e as malhas finas também se destacaram. A designer ainda elevou a aposta nos trajes de noite, apresentando um deslumbrante vestido preto de corte enviesado, com costas dramaticamente baixas amarradas por duas fitas, e uma cauda marfim impressionante.
Reprodução: Vogue
Michael Kors
A Michael Kors também apresentou sua coleção de Primavera/Verão 2025 nesta terça, Camila Coelho, a cantora Mary J. Blige, e as atrizes Lindsay Lohan, Kerry Washington, Mindy Kaling, Olivia Wilde, Suki Waterhouse e Shailene Woodley foram algumas das celebridades presentes nas primeiras fileiras do evento.
Os destaques foram os elementos artesanais, tanto nas roupas como nos acessórios fazendo referência aos 35 anos de parceria da Michael Kors com ateliês de Florença. Essa estética é evidenciada pelo uso de rendas e texturas florais, que vão além das estampas e se transformam em apliques, conferindo um volume romântico a saias e casacos (com brilho, ou sem). Os plissados também marcaram presença nesta coleção, confirmando uma das tendências para o verão de 2025. A coleção inclui saias, vestidos e transparências, além de propostas utilitárias, com destaque para os trench coats, e uma alfaiataria descontraída em branco, azul-marinho, preto e uma paleta de tons neutros, que trazem elegância atemporal para o verão.
Reprodução: Vogue
PatBo
A única marca brasileira a integrar o calendário oficial do CFDA (Council of Fashion Designers of America), a PatBo, apresentou sua nova coleção “Ethereal” durante a Semana de Moda de Nova York (NYFW).
A coleção é uma verdadeira jornada visual que explora o conceito de leveza, delicadeza e transformação, qualidades ligadas à borboleta, símbolo bastante utilizado nas peças). Mergulhando no significado emocional da metamorfose, a PatBO captura a essência da mudança e da evolução, traduzindo esses temas através de silhuetas e tecidos leves e etéreos, como chiffon, tafetá e tricoline bordada, adornados com franjas em degradê e lycra. A paleta suave inclui tons de rosa, marrom, vinho e off-white, combinados com detalhes metalizados em prata e dourado, que proporcionam um brilho extraordinário. Além disso, os paetês, inspirados nas escamas das borboletas, acrescentam um toque mágico e luxuoso à coleção.
O evento teve parcerias exclusivas, com patrocínio do C6 Bank, beleza a cargo da Eudora, bolsas da marca brasileira Nannacay, calçados da Schutz, joias da Diamond Design e cuidados corporais da Sol de Janeiro. Além disso, contou com um time espetacular de modelos, incluindo Camila Queiroz, Alessandra Ambrósio, Emily Nunes e Bruna Tenório na passarela, enquanto o styling foi assinado por Rita Lazzarotti.
Reprodução: Instagram/ Patricia Bonaldi
Elena Velez
Na Semana de Moda de Nova York, Elena Velez apresentou sua coleção Primavera/Verão 2025, intitulada “La Pucelle”, uma homenagem às mulheres icônicas e revolucionárias da história. A estilista, conhecida por seu estilo provocativo, desenhou a coleção com inspirações que vão desde Jeanne d’Arc até Calamity Jane, visando desafiar as normas sociais e criar uma visão disruptiva de feminilidade.
A coleção destaca-se por suas silhuetas ousadas, incluindo vestidos rendados e rasgados, peças de couro marcantes, e roupas com slogans impactantes. Destaque especial para os vestidos de baile retrabalhados, como o usado pela cantora Tinashe durante o desfile. A proposta de Velez para a temporada se alinha com uma exploração das mulheres como figuras sombrias e complexas, evidenciada na colaboração com a plataforma UGG New Heights e o OnlyFans.
A designer, finalista do prêmio LVMH, continua a sua jornada de subversão das convenções da moda com uma abordagem que mistura anarquia feminina com sofisticação material. Seus desfiles anteriores, como o de Primavera/Verão 2024, já haviam gerado grande controvérsia ao incorporar elementos provocativos, como modelos se arrastando em lama. Velez busca estabelecer um espaço único para o estilo punk na moda americana, desafiando instituições e a tendência de categorizar seu trabalho em nichos específicos.
Reprodução: Instagram/ Elena Velez
Cynthia Rowley
Na mais recente edição da Semana de Moda de Nova York, Cynthia Rowley ofereceu uma homenagem à sua cidade natal com uma apresentação singular. Em vez de um desfile tradicional, Rowley produziu um curta-metragem ambientado em diversos restaurantes icônicos de Nova York, capturando a resiliência dos nova-iorquinos em tempos desafiadores. O filme, que será exibido na nova plataforma RUNWAY360 do CFDA em 16 de setembro, transforma esses estabelecimentos em cenários para uma homenagem fashion à cidade.
A coleção Primavera/Verão 2024 de Rowley, composta por 20 looks inovadores, combina estilos que atravessam as estações, refletindo a evolução da marca em direção a um modelo atemporal. A linha inclui tanques e suéteres delicados em algodão e cashmere, moletons adaptados com vestidos clássicos e calças "ligadas", uma fusão de peças esportivas e formais. A coleção também destaca trajes de mergulho e natação com designs criativos, bem como lenços de seda em novas estampas e óculos com lentes rosa. Entre as novidades, estão os tênis de cano baixo e alto da marca, oferecendo um toque de conforto elevado. Com uma entrega mais ágil, a nova coleção estará disponível para compra no mesmo mês de sua apresentação, celebrando a cidade de Nova York com um estilo inovador e acessível.
Reprodução: Instagram/ Cynthia Rowley
Luar
A Luar, uma das marcas de maior destaque na moda americana contemporânea, consolidou sua presença na Semana de Moda de Nova York (NYFW) com um desfile notável. O evento ganhou ainda mais notoriedade com a presença de ícones como Beyoncé no desfile anterior e Madonna na mais recente edição. Raul Lopez, o designer por trás da Luar e cofundador da Hood by Air, recebeu o prêmio de Designer de Acessórios do Ano pelo CFDA em 2022 e, no ano seguinte, foi premiado como Marca do Ano no Latin American Fashion Awards. Com raízes dominicanas e baseado em Williamsburg, Lopez traz para suas coleções uma perspectiva única que reflete sua experiência como jovem latino e LGBTQIAP+ em Nova York, começando sua trajetória ao criar roupas para a vibrante cena de voguing da cidade.
No desfile da Luar para a coleção Primavera 2025, realizado durante a NYFW, Madonna fez uma aparição marcante na primeira fila. A icônica cantora e estilista, conhecida por seu estilo inovador, estava acompanhada por outras celebridades, como Ice Spice. Madonna optou por um vestido-casaco em tom camel com ombros exagerados e estruturados, complementado por meias arrastão pretas e botas de cano alto, evidenciando um toque de glamour pop old-school que refletiu a estética audaciosa da Luar.
Reprodução: Instagram/ Luar