Entre ocupações e assembleias, universitários fazem da moda um instrumento de protesto
por
Maria Julia Malagutti.
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26/06/2025 - 12h

Nas ruas e universidades, a moda afirma-se como linguagem política: um código visual capaz de expressar ideologias, indignações e identidades coletivas. Em um Brasil marcado por tensões sociais, reações conservadoras e a articulação de movimentos progressistas, o corpo torna-se campo de disputa simbólica.

Esse uso da estética como resistência não é novo. Nos anos 1960 e 1970, movimentos como o feminismo, o black power e o punk já faziam do vestuário uma ferramenta de contestação. Hoje, esse gesto se atualiza: a camiseta da seleção brasileira, antes símbolo nacional, virou objeto de disputa ideológica, enquanto outras peças se consolidam como marcas visuais de protesto, como os keffiyehs em atos pró-Palestina ou camisetas com frases como “Estado laico já”.

Em entrevista à AGEMT, a estilista Isadora Barbozza afirma que “o vestuário é essencial para transmitir mensagens sociais, culturais, ideológicas e políticas”. Para ela, é possível reconhecer, à primeira vista, a filiação a uma causa, crença ou identidade coletiva. “Você consegue, num olhar, identificar uma roupa de matriz africana. É muito expressivo”, destaca. Ela lembra que religiões, culturas e instituições sempre usaram a roupa como marcador simbólico — mostrando que o corpo vestido participa da construção de sentidos sociais.

Na universidade, esse fenômeno se intensifica. Na PUC-SP, onde o movimento estudantil voltou a se articular em 2025, com assembleias e protestos pela democratização interna e contra retrocessos nos direitos humanos, o vestir passou a compor o ato político. Camisetas com símbolos de partidos e movimentos sociais — como o PT, o MST e coletivos feministas — tomaram os corredores, transformando o corpo dos estudantes em suporte de convicções. A escolha da roupa deixa de ser neutra e se torna apoio ao debate.

A relação entre vestuário e engajamento também aparece na fala de Martim Tarifa, estudante de Jornalismo da PUC-SP. Em entrevista à AGEMT, ele conta que escolheu sua roupa com intenção ao participar da assembleia da ocupação estudantil. “Não fazia sentido ir com qualquer roupa. Vesti minha camiseta antifascista porque, da minha casa até lá, queria deixar claro meu apoio à mobilização”, explica. Para ele, mesmo quando não há uma intenção explícita, o modo de se vestir carrega significados. “Só de olhar para o estilo de uma pessoa, já dá pra perceber uma possível posição política. É uma forma de se posicionar e também de se identificar”, acrescenta.

 

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Confira como foram os desfiles do último dia da semana de moda paulistana
por
Pedro da Silva Menezes
Helena Haddad
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23/04/2025 - 12h

Na sexta-feira (11), o último dia da 59ª edição da São Paulo Fashion Week foi marcado por três desfiles de estilos distintos. A capital paulista recebeu as novas coleções da Handred, Patricia Vieira e PIET que encerraram o evento.

Handred

Abrindo o  dia, Handred apresentou uma coleção cheia de referências artísticas brasileiras e inspiradas na tapeçaria. Ponto Brasileiro – nome da coleção assinada pelo estilista André Namitala- traduziu a homenagem desejada pelo artista: “Uma ode ao legado dos grandes mestres tapeceiros”

O desfile ocorreu na galeria Passado Composto, no bairro do Jardins. Enquanto os modelos passavam apresentando a coleção, André narrava o desfile comentando os looks, suas técnicas e seus pensamentos, uma ambientação única e intimista. A  Handred trouxe excelência na necessidade atual de experiências imersivas para a passarela.

A coleção acentua os trabalhos manuais do ateliê e comemora brasilidade – as cores vibrantes, peças inspiradas em obras de Jacques Douchez e na ilustração “Jardim Brasileiro” do artista Filipe Jardim. As técnicas refinadas com ajuda do Apara Studio relembram Genaro de Carvalho, tapeceiro brasileiro que incorporava cores e a cultura brasileira em suas obras.

Uma coleção com bordados, organza, lã, veludo e seda, tudo conversa com as obras. Outro ponto alto foi a beleza assinada por Carla Biriba, a maquiagem dos modelos conversava diretamente com as peças e passavam do corpo para o rosto. A linha transcende a moda e mostra como caminhar junto da arte brasileira.

Modelo no desfile da Handred
Desfile Handred. Fonte: Reprodução/Agfotosite

 

Patricia Viera 

Marca consolidada na SPFW e conhecida pelo trabalho com couro, Patricia Viera apresentou sua nova coleção na Casa Higienópolis, em parceria com o artista Jardel Moura, responsável pelo desenvolvimento do corte tipo richelieu - caracterizado por desenhos vazados, muitas vezes com flores, folhagens ou padrões geométricos . 

Sempre buscando inovação com sustentabilidade, Viera traz uma coleção que reforça seus atributos ao usar tecnologia a laser na construção do couro. Inspirada no Art Déco, a estilista aposta em tons sóbrios, como bordô, marinho e até metálicos, aliados à geometria. Os mosaicos, criados por meio do programa Zero Waste, reutilizam sobras de couro do ateliê, promovendo uma produção mais consciente.

Com uma ambientação clássica, a coleção revisita o passado sem deixar de valorizar o presente, trazendo elementos como um vestido de noiva e o uso de animal print. O trabalho artesanal das peças é único e reafirma o luxo característico da marca. Pela primeira vez, a marca apresentou uma coleção própria de sapatos, expandindo seu portfólio de produtos.

Modelo com vestido de noiva no desfile da Patricia Viera
Vestido de noiva em couro. Fonte: Agfotosite/Zé Takahashi

 

PIET

Com trilha sonora de Marcelo D2 e Nave Beats, Pedro Andrade criou um cenário único no estádio do Pacaembu para apresentar o desfile da PIET. O futebol foi o protagonista da coleção. O estilista explicou à CAPRICHO que a apresentação funciona como uma linha do tempo que começa nas memórias de infância, que ajudam a formar o imaginário coletivo da população sobre o esporte. “O futebol está no nosso DNA”, declarou.

Ele explora diversos personagens nas roupas: do torcedor ao técnico, passando pelo jogador e até mesmo pelo soldado na reserva, que passa a maior parte do tempo jogando bola. Por meio de uma combinação de modelagens justas e oversized, meiões, releituras de camisas de time e estampas camufladas, o estilista traduz essas personas em suas peças.

Modelos no desfile da Piet no campo do estádio do Pacaembu
Desfile da PIET na SPFW N59. Fonte: Agfotosite/Marcelo Soubiha

 

A maquiagem também teve destaque na passarela. Helder Rodrigues foi o responsável pela beleza dos modelos, que apareceram desde apenas com blush, até rostos completamente pintados, que evocaram a paixão dos fanáticos pelo esporte.

Desde 2022, a São Paulo Fashion Week passou a vender ingressos, mas o evento da marca de streetwear foi em contrapartida ao disponibilizar 4 mil entradas gratuitas para o público e reuniu uma comunidade fiel à marca. A escolha foi certeira, já que os torcedores formam parte essencial desse “jogo da moda”.

Estreante na SPFW em 2018, a PIET conquistou reconhecimento internacional ao firmar parcerias com marcas como Oakley, Puma e Levi’s. Com o encerramento da semana de moda, ela trouxe uma atmosfera de final de Copa do Mundo e reafirmou a democratização dos espaços da moda com a coleção “Farmers League”.

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Grandes marcas enfrentam críticas sobre métodos de produção e as reais práticas do mercado de luxo
por
Isabelli Albuquerque
Vitória Nascimento
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22/04/2025 - 12h

No começo do mês de abril, o jornal americano Women's Wear Daily (WWD) divulgou em suas redes sociais um vídeo que mostrava os bastidores da fabricação da bolsa 11.12, um dos modelos mais populares da histórica francesa Chanel. Intitulado “Inside the Factory That Makes $10,000 CHANEL Handbags” (“Dentro da Fábrica que Produz Bolsas Chanel de US$10.000”), o material buscava justificar o alto valor do acessório, mas acabou provocando controvérsia ao exibir etapas mecanizadas do processo, incluindo a costura.

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Imagem do vídeo postado pelo WWD que foi deletado em seguida. Foto: Reprodução/Tiktok/@hotsy.magazine

Embora o vídeo também destacasse momentos artesanais, como o trabalho manual de artesãs, a revelação de uma linha de produção mais automatizada do que o esperado causou estranhamento entre o público nas redes sociais. A repercussão negativa levou à exclusão do conteúdo poucas horas após a publicação, mas o vídeo continua circulando por meio de republicações. 

Além do material audiovisual, a WWD publicou uma reportagem detalhada sobre o processo de confecção das bolsas. Foi a primeira vez que a maison fundada por Coco Chanel, em 1910, abriu as portas de uma de suas fábricas de artigos em couro. A iniciativa está alinhada ao Regulamento de Ecodesign para Produtos Sustentáveis, que visa ampliar a transparência ao oferecer informações claras sobre a origem dos produtos, os materiais utilizados, seus impactos ambientais e orientações de descarte através de um passaporte digital dos produtos.

Em entrevista à publicação, Bruno Pavlovsky, presidente de moda da Chanel, afirmou: “Se não mostrarmos por que é caro, as pessoas não saberão”. Ao contrário do vídeo, as imagens incluídas na matéria priorizam o trabalho manual dos artesãos, reforçando a narrativa de exclusividade e cuidado artesanal.

Para a jornalista de moda Giulia Azanha, a polêmica evidencia um atrito entre a imagem construída pela marca e a realidade do processo produtivo. “Acaba criando um rompimento entre a qualidade percebida pelo cliente e o que de fato é entregue”, afirma. Segundo ela, a reação negativa afeta principalmente os consumidores em potencial, ainda seduzidos pelo imaginário construído pela grife, enquanto os compradores habituais já estão acostumados com o funcionamento e polêmicas do mercado de luxo.

Atualmente, a Chanel administra uma série de ateliês especializados em ofícios artesanais por meio de sua subsidiária Paraffection S.A., reunidos no projeto Métiers d’Art, voltado à preservação de técnicas manuais tradicionais. A marca divulga sua produção feita à mão como um de seus pilares. No entanto, ao longo dos anos, parte da fabricação tornou-se mais automatizada — sem que isso tenha sido refletido nos preços finais.

Em 2019, a bolsa 11.12 no tamanho médio custava US$ 5.800. Hoje, o mesmo modelo é vendido por US$ 10.800 — um aumento de 86%. Para Giulia, não é o produto em si que mantém o caráter exclusivo, mas sim a história da marca, a curadoria estética e seu acesso extremamente restrito: “No final, essas marcas não vendem bolsas, roupas, sapatos, mas sim a sensação de pertencimento, de sofisticação e inacessibilidade, mesmo que seja simbólico”.

A jornalista de moda acredita que grande parte das outras grifes também adota um modelo híbrido de produção, que combina processos artesanais e mecanizados. Isso se justifica pela alta demanda de modelos como as bolsas 11.12 e 2.55, os mais vendidos da Chanel, o que exige uma produção em escala. No entanto, Giulia ressalta que a narrativa em torno do produto é tão relevante quanto sua fabricação: “O conceito de artesanal e industrial no setor da moda é uma linha muito mais simbólica do que técnica”, afirma.

Na mesma reportagem da WWD, Pavlovsky afirmou que a Chanel pretende ampliar a divulgação de informações sobre o processo de fabricação de seus produtos. A iniciativa acompanha a futura implementação do passaporte digital, que será exigido em produtos comercializados na União Europeia. A proposta é detalhar como os itens são produzidos, incluindo dados voltados ao marketing e à valorização dos diferenciais que tornam as peças da marca únicas. A matéria da WWD foi uma primeira tentativa nesse sentido, mas acabou não gerando a repercussão esperada.

“O não saber causa um efeito psicológico e atiça o desejo por consumo, muito mais rápido do que a transparência”, observa Giulia, destacando o papel do mistério no universo do luxo. Para ela, as marcas enfrentam o dilema de até que ponto devem revelar seus processos sem comprometer a aura de exclusividade. Embora iniciativas como a da Chanel pareçam valorizar aspectos como a responsabilidade ambiental e o trabalho manual — atributos bem recebidos na era das redes sociais, a jornalista acredita que a intenção vai além da educação do consumidor: “A ideia é parecer engajado e preocupado com a produção e seus clientes, mas a intenção por trás está muito mais ligada a humanizar a grife do que, de fato, educar o público”.

 

Até onde as práticas de fabricação importam?

 

Também no início de abril, diversos perfis chineses foram criados no aplicativo TikTok. Inicialmente, vídeos aparentemente inocentes mostrando a fabricação de bolsas e outros acessórios de luxo foram postados. Porém, com o aumento das taxas de importação causada pelo presidente americano, Donald Trump, estes mesmos perfis começaram a postar vídeos comprovando que produtos de diversas grifes de luxo são fabricados na China.

Estes vídeos se tornaram virais, arrecadando mais de 1 milhão de visualizações em poucos dias no ar. Um dos perfis que ganharam mais atenção foi @sen.bags_ - agora banido da plataforma -, usado para expor a fabricação de bolsas de luxo. Em um dos vídeos postados no perfil, um homem mostra diversas “Birkin Bags” - bolsas de luxo fabricadas pela grife francesa Hermés, um dos itens mais exclusivos do mercado, chegando a custar entre US$200 mil e US$450 mil - que foram produzidas em sua fábrica.

As bolsas Birkin foram criadas em 1981 em homenagem à atriz Jane Birkin por Jean-Louis Dumas, chefe executivo da Hermés na época. O design da bolsa oferece conforto, elegância e praticidade, ganhando rapidamente destaque no mundo da moda.

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Jane Birkin usando a bolsa em sua homenagem. A atriz era conhecida por carregar diversos itens em sua Birkin, personalizando a bolsa com penduricalhos e chaveiros. Foto:Jun Sato/Wireimage.

A Hermés se orgulha em dizer que as Birkin são produtos exclusivos, principalmente devido ao lento processo de produção. De acordo com a marca, todo o processo de criação de uma Birkin é artesanal e o produto é fabricado com couros e outros materiais de difícil acesso. Porém, com a revelação do perfil @sen.bags_, o público começou a perceber que talvez a bolsa não seja tão exclusiva assim.

No mesmo vídeo mencionado anteriormente, o homem diz que tudo é fabricado na China, com os mesmos materiais e técnica, mas as bolsas são enviadas à Europa para adicionarem o selo de autenticidade da marca. Essa fala abriu um debate on-line, durante todo esse tempo, as pessoas só vêm pagando por uma etiqueta e não pelo produto em si?

Para Giulia, polêmicas desse nível não afetam de forma realmente impactante as grandes grifes de luxo, já que “A elite não para de consumir esses produtos, porque como já possuem um vínculo grande [com as marcas] não se trata de uma polêmica que afete sua visão de produto, afinal além de venderem um simples produto, as grifes vendem um estilo de vida compatível com seu público.

A veracidade destes vídeos não foi comprovada, mas a imagem das grifes está manchada no imaginário geral. Mesmo que a elite, público alvo destas marcas, não deixe de consumi-las, o resto dos consumidores com certeza se deixou afetar pelo burburinho.

Nas redes sociais, diversos internautas brincam dizendo que agora irão perder o medo de comprar itens nos famosos camelôs, alguns até pedem o nome dos fornecedores, buscando os prometidos preços baixos.

Financeiramente, a Chanel e outras marcas expostas, podem ter um pequeno baque, mas por conta de suas décadas acumulando capital, conseguiram se reequilibrar rapidamente. “Elas podem sentir um impacto imediato, mas que em poucos anos são contidos e substituídos por novos temas, como a troca repentina de um diretor criativo ou um lançamento de uma nova coleção icônica.”, acrescentou Giulia.

Outras grandes grifes já enfrentaram escandâlos, até muito maiores do que esse como menciona Giulia “A Chanel, inclusive passou por polêmicas diretamente ligadas a sua fundadora, até muito mais graves do que seu processo produtivo”, se referindo ao envolvimento de Coco Chanel com membros do partido nazista durante a Segunda Guerra. Porém, como apontado anteriormente, essas marcas conseguiram se reerguer divergindo a atenção do público a outro assunto impactante.

Esse caso foi apenas um de muitos similares na história da indústria da moda, mas, como apontado por Giulia: “A maior parte das grifes em questão tem ao menos 100 anos de história e já se reinventaram diversas vezes em meio a crises, logo a transformação será necessária.”

 

Tendências para próxima estação marcam presença na passarela em meio a referências inusitadas
por
Bruna Quirino Alves
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14/04/2025 - 12h


Weider Silveiro  

Weider Silveiro iniciou a sequência de desfiles da  quarta-feira (9) no Shopping JK Iguatemi. A inspiração de sua coleção de inverno foi a deusa do amor e da beleza, Vênus.

Além de trazer um estudo de várias versões da figura mitológica, previamente retratadas na história, o estilista também se aprofundou nas representações humanas da divindade, ao aclamar artistas femininas conhecidas por, tanto por seus talentos, como suas belezas físicas, como Madonna, Cher e Joelma.

As peças da coleção trazem uma nova versão dos caimentos clássicos de busto, quadril e cintura, incorporando novos formatos e silhuetas para os cortes. Com paletas em tons pastéis, elementos que estão em alta no mundo da moda também foram incluídos nos looks, como a saia balonê e a modelagem assimétrica.

Modelo com vestido vinho desfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo de vestido rosa vdesfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reptilia

O segundo desfile do dia foi da marca Reptilia. A coleção “Tectônica” se inspira em falhas e deslocamentos geológicos, apresentando peças com tons terrosos e estampas que remetem ao solo. 

As peças foram pensadas a partir de uma proposta agênero e tal pluralidade ficou evidente  passarela. A cartela de cores predominante no desfile ficou estacionada nos  tons marrons, com leves toques de azuis, verdes e cinzas, remetendo  a pedras minerais.

A estamparia chamou atenção por um  detalhe particular da diretora criativa, Heloisa Strobel. As estampas foram feitas a partir de fotos tiradas pela própria designer com uma câmera analógica de 35mm durante uma viagem ao Oriente Médio.

A composição de looks conta com sobreposições, peças modulares, tecidos fluídos e alfaiataria que é característica da marca. Além disso, o processo de produção inova ao combinar corte a laser com bordado manual e uso de retalhos. O reaproveitamento de tecidos reafirma o compromisso da marca com a moda sustentável.

Modelo desfilando com vestido estampado
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando na passarela com roupa preta e branca
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Led

O desfile da marca Led foi o terceiro do dia, com a irreverência de ser inspirado em novelas brasileiras.

LED apresenta a sua coleção “BR SHOW”, ambientada como um programa de televisão. A trilha sonora contava com um remix de bordões icônicos da teledramaturgia brasileira, falas de apresentadores e aberturas de programas famosos.

O estilista, Celio Dias, disse em entrevista à Globo que aproveitou a estreia da nova versão de “Vale Tudo” para embarcar na atmosfera das novelas brasileiras, sob a perspectiva de alguém que acompanhou o surgimento de tendências que vieram dessas produções.

As peças da coleção são maximalistas e contam com mistura de estampas: animal print, listras e bolinhas, além de ornamentos como franjas e pelúcia, também incorporando pontos de tricô e crochê em alguns modelos.

O streetwear teve grande destaque no desfile, com a presença de calças cargo, casacos esportivos, moletons, camisetas gráficas com trocadilhos e tênis de corrida.
 

Modelo desfilando com macacão listrado
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando com vestido listrado preto e branco
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

À La Garçonne

O último desfile da noite foi da marca À La Garçonne, com sua coleção mesclada entre streetwear e alfaiataria.

O estilista Fábio Souza não pensou em nenhum tema específico para basear a sua coleção, seu foco era criar peças usáveis prezando o conforto acima da estética.

O vestuário apresentado chamou atenção pela mistura de estampas, com destaque para o xadrez, que é a tendência da estação. Silhuetas bem estruturadas, uso de pregas, caimento oversized e tênis esportivos compuseram os looks.

A paleta de cores é sóbria em tons de verde militar, marrom e grafite, com o contraste de alguns relances em tons de vermelho e roxo.

O processo de produção da coleção foi realizado a partir do upcycling de tecidos vintage da própria marca e garimpado de outras. O estilista reforça o conceito de moda consciente e reuso de materiais têxteis, criando novas peças customizadas e sustentáveis.

Modelo desfilando com terno xadrez
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando vestido e calça de terno
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite


 

 

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Com grandes nomes da moda brasileira, evento chega ao seu penúltimo dia
por
Gustavo Oliveira de Souza
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14/04/2025 - 12h
Foto de desfile
Modelo durante desfile da Dendezeiro. Foto: Mauricio Santana, Getty Images
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Na quinta-feira (10), o quinto dia de desfiles na São Paulo Fashion Week  trouxe aos holofotes marcas fundamentais ao cenário nacional, pilares do reconhecimento da moda brasileira país a fora.

João Pimenta 

O primeiro desfile do dia foi do estilista João Pimenta. O já consagrado artista, que por alguns anos misturou elementos da moda voltada aos dois gêneros decidiu apostar em um conceito quase todo concentrado  no vestuário masculino. O desfile aconteceu na estação Júlio Prestes do metrô, com o nome “Em Construção”. Sua obra buscou questionar os rumos da tecnologia na moda e valorizar o trabalho manual.

Dendezeiro

No JK Iguatemi, a Dendezeiro foi a segunda grife do dia a desfilar. A marca baiana da dupla Hisan Silva e Pedro Batalha trouxe um conceito que homenageava a região Norte do Brasil, com muito destaque à Amazônia. Chamada de “Brasiliano 2: A Puxada para o Norte”, o desfile destacou a fauna, com estampas de peixe e bolsas em formato de capivara, além de camisetas com frases exaltando a cultura local.

MNMAL

O penúltimo desfile do dia foi da estreante MNMAL. Fundada em 2022, a marca tem seu conceito baseado no minimalismo, e na passarela não foi diferente. Assinada pelo estilista Flávio Gamaum, as peças têm como principal destaque o conforto, pensada para o cotidiano no lar e home-office. Mesmo com todo o conforto, a elegância não é deixada de lado.

Walério Araújo 

Fechando o dia 10, o importante estilista Walério Araújo trouxe seu conceito usualmente impactante. Já tendo sido considerado um dos maiores estilistas do mundo, o pernambucano traz, novamente, a ousadia. Com diversas homenagens às mulheres trans, a bandeira de arco-íris apareceu em vestidos e peças mais casuais. Como novidade, a alfaiataria esteve presente, com peças que mostram a diferença na manifestação de gênero em locais públicos e privados.

Todos os desfiles marcaram, novamente, uma nova trajetória na moda brasileira. Sendo dos mais novos aos mais veteranos, quem esteve presente pôde acompanhar mais um capítulo da história do fashion no Brasil. 

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Alexandre Herchcovitch retorna ao SPFW com desfile de abertura
por
Carolina Johansen Saraiva de Carvalho
Julia Cesar Rangel
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19/09/2024 - 12h

A 58a edição da São Paulo Fashion Week anunciou nesta segunda-feira (16) o calendário que contará com o retorno do designer Alexandre Herchcovitch como abertura da temporada. Pioneiro das semanas de moda no Brasil, o desfile da ‘Herchcovitch; Alexandre’ ocorrerá no dia 14 de outubro, às 11h, na Secretaria Estadual de Cultura no Complexo Cultural Júlio Prestes, no centro da cidade. 

Alexandre  Herchcovitch ficou conhecido por criar suas peças pensando na atemporalidade e não se curvar ao modelo de produção fast-fashion. Tanto em qualidade quanto em design, o estilista se afasta dos produtos efêmeros e de curto ciclo de vida, ao optar por materiais de boa qualidade e consumo consciente. Em entrevista para o programa ‘Roda Viva’, o designer afirma sobre a qualidade e durabilidade de suas coleções: “As minhas roupas são slow-fashion. É uma roupa que você paga mais caro, porém ela irá durar cerca de seis anos.  Se for menos de seis anos, eu irei achar o meu trabalho um desserviço.”

No ano de 2016 o designer vendeu a sua marca ‘Alexandre Herchcovitch’ para o grupo InBrand. Seis anos mais tarde, ele retorna a marca como o diretor de criação. Durante uma conversa com a plataforma ‘Steal the Look’, Herchcovitch declara: “Não aceitei a proposta de renovação. Quem não aceitou continuar trabalhando lá fui eu, porque era uma proposta muito unilateral e que não permitia o meu avanço em outros cenários como a sustentabilidade”.

Alexandre Herchcovitch na SPFW
Alexandre Herchcovitch (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

Herchcovitch apresentou suas coleções diversas vezes na SPFW – conhecida como a maior semana de moda da América Latina. Por conta do seu afastamento da marca, atualmente ele diz desconhecer o seu público, contudo acredita que este seja composto por pessoas que gostam da moda duradoura. “Para se produzir a moda do Brasil, basta você ser brasileiro.” afirma Alexandre na mesma entrevista citada anteriormente. Ele afirma que recentemente os estilistas brasileiros deixaram de fazer moda europeia ou americana, quando perceberam que o nosso país tem muita cultura a ser utilizada no mundo fashion. O ato de enxergar o talento nas nossas raízes, fez com que houvesse uma procura pela cultura brasileira e como fruto dessas ações surge o Brazil Core, estilo inspirado no país que teve muito sucesso no mundo todo no ano passado, através do impulso das redes sociais.

Para Alexandre, a moda é uma forma de expressão, uma maneira de viver e acredita que consegue transmitir para as pessoas através da roupa dele seus pensamentos e sentimentos. Quanto às críticas, para o programa ‘Roda Viva’ ele afirma que elas o ajudam a crescer e que sempre buscava ler o que falavam sobre suas coleções. Entretanto, o designer disse que as críticas de moda se esvaziaram e hoje em dia são apenas elogios, afirmando que isso não contribui em nada para o crescimento dos artistas. Alexandre Herchcovitch é um dos designers mais aclamados do Brasil, conhecido por suas coleções únicas e ousadas e seu modo de produção consciente e slow-fashion. Seu retorno ao SPFW como “Herchcovitch; Alexandre” promete ser um dos destaques do evento, incitando altas expectativas no público para seu comeback com uma coleção que promete impressionar e inspirar. 

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Design feito por jovem estilista inova ao trazer sustentabilidade como foco
por
Davi Garcia
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19/09/2024 - 12h

 

Na última terça-feira (17), foi apresentado, na Fashion Week de Milão, a nova camisa nº3 da Udinese, clube italiano que disputa a Serie A, principal divisão do país. Feito pela estilista italiana Flora Rabitti, de 32 anos, em conjunto com a Macron, o uniforme inova ao ser produzido de maneira 100% sustentável. 

Com design em cor lilás e chamas brancas por toda a camisa, Flora se inspirou nos raios de sol presentes no relógio da praça principal da cidade de Udine, a ‘Piazza della Libertà’ (Praça da Liberdade). Além disso, o elemento faz parte de um grande significado cultural para a cidade, presente em obras e peças da região.

Nova camisa nº 3 da Udinese. (Foto: Instagram/Udinese)
Nova camisa nº 3 da Udinese. (Foto: Instagram/Udinese)

 

A Udinese tem a tradição de ser um time ecologicamente sustentável, se intitulando como o “mais verde da Itália”. Os uniformes da equipe já são derivados de plástico reciclado, porém, a nova camisa do time de Udine terá todos os detalhes feitos a partir desse material, algo nunca feito na história.

O clube italiano exibiu seu uniforme durante uma mesa sobre a união do futebol com a sustentabilidade na Fashion Week de Milão, que começou no dia 17 de setembro e vai até o dia 23 do mesmo mês.

Modelo exibe novo uniforme da Udinese no Museu Casa Cavazzini. (Foto: Instagram/Udinese)
Modelo exibe novo uniforme da Udinese no Museu Casa Cavazzini. (Foto: Instagram/Udinese)

 

Em entrevista no evento, Magda Pozo, diretora comercial da Udinese, valorizou o trabalho de Flora Rabitti, e ressaltou os valores do clube de Udine: “O desenho do nosso uniforme de 2024/25 reflete perfeitamente nossos valores de inovação e sustentabilidade. Está em linha com nosso compromisso comum de apoiar os jovens, o que nos levou a trabalhar ao lado de Flora Rabitti, que é um talento emergente no mundo da bola”.

 

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Afeto, design e estética entre linhas
por
Gabriela Jacometto
Helena Haddad
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19/09/2024 - 12h


  Conhecido por seus looks “handmade” - "feito à mão" em português -  o projeto Ponto Firme surgiu em 2015 a partir da iniciativa voluntária de seu criador Gustavo Silvestre, ao fazer um workshop de crochê na Penitenciária II Desembargador Adriano Marrey localizada em Guarulhos.  A penitenciária é apenas masculina, o que fez  Gustavo se surpreender com o interesse dos detentos. 

   O estilista, que buscava por técnicas contrárias ao fast fashion, encontrou no crochê exatamente o que queria. A técnica envolve o slow fashion e o artesanal, conceitos e aspectos de moda que Silvestre sempre trouxe em suas criações. 

    Na penitenciária, alguns dos detentos já sabiam fazer crochê, porém tinham pouco repertório para desenvolver as peças, mas isso não foi problema para Gustavo e nem para os detentos. Conforme o projeto foi crescendo, mais e mais alunos foram entrando na oficina e aprendendo.

 

     O processo de criação das peças é feito inteiramente dentro da penitenciária, contando com a ajuda de ex -detentos, que, agora em liberdade, ajudam o projeto.  E claro, é fundamental que todos os participantes do Ponto Firme tenham a oportunidade de ver o resultado final. Por isso, Gustavo organiza um desfile dentro da penitenciária, completo com modelos, maquiagens, passarela e com as famílias dos detentos como convidados.

    Após chegarem a um acordo, os participantes da iniciativa  decidiram que o lucro das peças seria dividido igualmente entre os membros do projeto que já estão em liberdade. 

     A estreia do projeto foi em grande estilo na passarela do SPFW de 2018, suas peças emocionaram os presentes. A maestria no trabalho de crochê enriqueceu o evento, destacando a importância contínua de valorizar o feito à mão. O trabalho artesanal, aliado à precisão de cada look desfilado, trouxe ainda mais força ao universo da moda, fazendo com que em 2020 o projeto participasse novamente do evento.

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Imagem: Gustavo Silvestre Brasil

     

 Cruzando fronteiras, o projeto chegou a apresentar um desfile em Nova York. E fez parceria com a marca do designer sueco GERMANIER no desfile SS23. 

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Imagem: Gustavo Silvestre Brasil

     São Paulo Fashion Week N58

   A 58 edição da SPFW será realizada nos dias 14 a 21 de outubro. A semana é considerada a maior da moda da América Latina e contará com 40 coleções. Com o tema “Jóias da Rainha”, homenagem para a jornalista Regina Guerreiro, busca uma forma de “destacar o valor da memória como um instrumento para as novas gerações da moda brasileira”.

  O Projeto Ponto Firme, diferente de outras marcas, terá um desfile externo no Museu do Ipiranga, será a segunda marca a desfilar, fechando o primeiro dia da semana de moda brasileira. Conhecido pelo crochê, podemos esperar originalidade nos looks artesanais. Gustavo Silvestre, coordenador da marca, preza pela beleza da ancestralidade do crochê, casando perfeitamente com o tema da edição. A última coleção apresentada contou com roupas de paetês, feitas por crochê à mão, com certeza o novo acervo a ser apresentado irá marcar a moda brasileira novamente.

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O movimento brasileiro retorna à 58ª edição do São Paulo Fashion Week com uma coleção que celebra a diversidade do algodão, destacando a importância das fibras naturais em um mercado dominado por sintéticos.
por
Liz Ortiz Fratucci
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19/09/2024 - 12h

 

  Falta menos de um mês para a 58º edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), que acontecerá de 16 a 21 de outubro, no Pavilhão das Artes, no Parque Ibirapuera e no Shopping Iguatemi São Paulo, além de outras locações onde acontecerão desfiles externos. Neste ano, o evento homenageará a primeira editora de moda do Brasil, Regina Guerreiro. Além das marcas tradicionais, o calendário da SPFW incluirá projetos e movimentos sociais, como o Sou de Algodão que irá apresentar sua coleção dia 18 de outubro às 19h30.

 Muitas vezes confundida como uma marca de roupas devido seus desfiles, a Sou de Algodão é na verdade uma iniciativa nacional que foi lançada em 2016, cujo objetivo é promover o consumo consciente da fibra e fortalecer a união de todos os elos da cadeia do algodão. O movimento tem como objetivo conscientizar o consumidor sobre a importância do uso de fibras naturais, em vez de fibras sintéticas, já que essas apresentam diversos impactos ambientais negativos.

 O primeiro desfile que o projeto apresentou na semana de moda de São Paulo, foi em 2022 e contou com a colaboração de 18 estilistas brasileiros. A produção ficou a cargo de Paulo Borges, idealizador do SPFW e embaixador da iniciativa, enquanto o styling foi assinado por Paulo Martinez, renomado editor de moda. A proposta da apresentação da coleção foi provocar uma reflexão sobre a moda sustentável e mostrar a versatilidade do algodão e como ele pode ser explorado além do estilo básico. A coleção contou com alfaiataria, aplicações manuais e uma diversidade de tipos de tecido feitos do material têxtil natural, como: malha, tricoline, jacquard, sarja, gaze e denim.

Modelos na passarela do desfile de 2022 da Sou de Algodão
Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite

 

Na edição de 2023, o Sou de Algodão voltou a marcar presença no SPFW, novamente com a colaboração de Paulo Borges e Paulo Martinez. Desta vez, o foco foi no denim, com nove designers explorando sua versatilidade em peças desconstruídas, bordadas, com silhuetas marcantes e utilizando a técnica de patchwork.

Modelo desfilando look jeans na SPFW de 2023
Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

Para este ano, é esperado pelo público mais uma coleção colaborativa com estilistas brasileiros, possivelmente incluindo nomes já parceiros, como: Amapô, Dendezeiro, Heloísa Faria, Korshi 01, Ronaldo Silvestre e Thear.

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O penúltimo dia da semana de moda britânica trouxe para suas passarelas ancestralidade, romantismo e relembrou estilos dos anos 90 de forma inovadora.
por
NINA JANUZZI DA GLORIA
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18/09/2024 - 12h

O London Fashion Week é conhecido por ser a mais excêntrica e descolada entre as semanas de moda europeias.  No dia 15 de setembro, alguns dos destaques vieram de grandes nomes e propostas ousadas tanto na moda quanto na beleza. Entre os designers que passaram pela passarela nesse dia, se destacaram Simone Rocha, Ahluwalia e KNWLS. 

Simone Rocha

A designer de moda irlandesa, Simone Rocha, mais uma vez trouxe para suas criações uma abordagem romântica, apresentando uma coleção inspirada em casamentos, com foco em silhuetas volumosas, florais e exageradas, acompanhadas de grandes laços. A estilista apresentou suas criações em um cenário delicado, utilizando uma beleza discreta, que destacava o natural e suave, complementado por tecidos leves e tons pasteis.

Vestido da Designer Simone Rocha  Foto: Filippo Fior/Gorunway.com

Simone ainda incorporou toques artísticos nas roupas, inspirados pela natureza e tradições familiares, que foram trazidos por ela a partir de detalhes rendados, os quais refletem sua estética única de misturar moda e arte. Outro detalhe que chamou a atenção durante seu desfile, foram as aplicações de pétalas nos rostos das modelos.

Aplicação de pétalas no rosto   Foto: Getty Images

KNWLS

A marca KNWLS, dos designers Charlotte Knowles e Alexandre Arsenault, também se destacaram durante os desfiles do dia 15. A coleção da grife britânica apresentou a estética "quiet grunge"- estilo inspirado na moda grunge dos anos 1990 - explorando maquiagens de tons terrosos e neutros, com sobrancelhas raspadas​. Essa beleza exibida durante o show, foi marcada por um estilo cru e desarrumado, destacando a partir da maquiagem, o aspecto vivido e natural que se misturava combinando com a estética rebelde das roupas repletas de corsets e rendas, remetendo fortemente o estilo dos anos 1980. 

Peça que desfilou pela grife KNWLS  Foto: Daniele Oberrauch/Gorunway.com

Ahluwalia

Passou pela passarela ainda nesse dia, a marca Ahluwalia, da designer Priya Ahluwalia. Sua coleção intitulada "Home Sweet Home”, era focada na ancestralidade e pertencimento, influenciada por raízes culturais e referências pessoais, utilizando tecidos texturizados e cores vibrantes. 

Criação da marca Ahluwalia apresentada no desfile  Foto: Umberto Fratini/Gorunway.com

Priya procurou dar ênfase em elementos como os tapetes persas e indianos, utilizados no cenário. A beleza utilizada no desfile incluía perucas trançadas e maquiagens em tons terrosos, além de unhas que eram trabalhadas em designs inspirados pela ancestraliade. 

Os desfiles dessas marcas, durante o London Fashion Week, não apenas trouxeram inovação para a passarela em termos de design, mas também ressaltaram o poder da maquiagem e da beleza, como penteados, para contar por meio visual, histórias. 

 

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