Confira como foram os desfiles do último dia da semana de moda paulistana
por
Pedro da Silva Menezes
Helena Haddad
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23/04/2025 - 12h

Na sexta-feira (11), o último dia da 59ª edição da São Paulo Fashion Week foi marcado por três desfiles de estilos distintos. A capital paulista recebeu as novas coleções da Handred, Patricia Vieira e PIET que encerraram o evento.

Handred

Abrindo o  dia, Handred apresentou uma coleção cheia de referências artísticas brasileiras e inspiradas na tapeçaria. Ponto Brasileiro – nome da coleção assinada pelo estilista André Namitala- traduziu a homenagem desejada pelo artista: “Uma ode ao legado dos grandes mestres tapeceiros”

O desfile ocorreu na galeria Passado Composto, no bairro do Jardins. Enquanto os modelos passavam apresentando a coleção, André narrava o desfile comentando os looks, suas técnicas e seus pensamentos, uma ambientação única e intimista. A  Handred trouxe excelência na necessidade atual de experiências imersivas para a passarela.

A coleção acentua os trabalhos manuais do ateliê e comemora brasilidade – as cores vibrantes, peças inspiradas em obras de Jacques Douchez e na ilustração “Jardim Brasileiro” do artista Filipe Jardim. As técnicas refinadas com ajuda do Apara Studio relembram Genaro de Carvalho, tapeceiro brasileiro que incorporava cores e a cultura brasileira em suas obras.

Uma coleção com bordados, organza, lã, veludo e seda, tudo conversa com as obras. Outro ponto alto foi a beleza assinada por Carla Biriba, a maquiagem dos modelos conversava diretamente com as peças e passavam do corpo para o rosto. A linha transcende a moda e mostra como caminhar junto da arte brasileira.

Modelo no desfile da Handred
Desfile Handred. Fonte: Reprodução/Agfotosite

 

Patricia Viera 

Marca consolidada na SPFW e conhecida pelo trabalho com couro, Patricia Viera apresentou sua nova coleção na Casa Higienópolis, em parceria com o artista Jardel Moura, responsável pelo desenvolvimento do corte tipo richelieu - caracterizado por desenhos vazados, muitas vezes com flores, folhagens ou padrões geométricos . 

Sempre buscando inovação com sustentabilidade, Viera traz uma coleção que reforça seus atributos ao usar tecnologia a laser na construção do couro. Inspirada no Art Déco, a estilista aposta em tons sóbrios, como bordô, marinho e até metálicos, aliados à geometria. Os mosaicos, criados por meio do programa Zero Waste, reutilizam sobras de couro do ateliê, promovendo uma produção mais consciente.

Com uma ambientação clássica, a coleção revisita o passado sem deixar de valorizar o presente, trazendo elementos como um vestido de noiva e o uso de animal print. O trabalho artesanal das peças é único e reafirma o luxo característico da marca. Pela primeira vez, a marca apresentou uma coleção própria de sapatos, expandindo seu portfólio de produtos.

Modelo com vestido de noiva no desfile da Patricia Viera
Vestido de noiva em couro. Fonte: Agfotosite/Zé Takahashi

 

PIET

Com trilha sonora de Marcelo D2 e Nave Beats, Pedro Andrade criou um cenário único no estádio do Pacaembu para apresentar o desfile da PIET. O futebol foi o protagonista da coleção. O estilista explicou à CAPRICHO que a apresentação funciona como uma linha do tempo que começa nas memórias de infância, que ajudam a formar o imaginário coletivo da população sobre o esporte. “O futebol está no nosso DNA”, declarou.

Ele explora diversos personagens nas roupas: do torcedor ao técnico, passando pelo jogador e até mesmo pelo soldado na reserva, que passa a maior parte do tempo jogando bola. Por meio de uma combinação de modelagens justas e oversized, meiões, releituras de camisas de time e estampas camufladas, o estilista traduz essas personas em suas peças.

Modelos no desfile da Piet no campo do estádio do Pacaembu
Desfile da PIET na SPFW N59. Fonte: Agfotosite/Marcelo Soubiha

 

A maquiagem também teve destaque na passarela. Helder Rodrigues foi o responsável pela beleza dos modelos, que apareceram desde apenas com blush, até rostos completamente pintados, que evocaram a paixão dos fanáticos pelo esporte.

Desde 2022, a São Paulo Fashion Week passou a vender ingressos, mas o evento da marca de streetwear foi em contrapartida ao disponibilizar 4 mil entradas gratuitas para o público e reuniu uma comunidade fiel à marca. A escolha foi certeira, já que os torcedores formam parte essencial desse “jogo da moda”.

Estreante na SPFW em 2018, a PIET conquistou reconhecimento internacional ao firmar parcerias com marcas como Oakley, Puma e Levi’s. Com o encerramento da semana de moda, ela trouxe uma atmosfera de final de Copa do Mundo e reafirmou a democratização dos espaços da moda com a coleção “Farmers League”.

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Grandes marcas enfrentam críticas sobre métodos de produção e as reais práticas do mercado de luxo
por
Isabelli Albuquerque
Vitória Nascimento
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22/04/2025 - 12h

No começo do mês de abril, o jornal americano Women's Wear Daily (WWD) divulgou em suas redes sociais um vídeo que mostrava os bastidores da fabricação da bolsa 11.12, um dos modelos mais populares da histórica francesa Chanel. Intitulado “Inside the Factory That Makes $10,000 CHANEL Handbags” (“Dentro da Fábrica que Produz Bolsas Chanel de US$10.000”), o material buscava justificar o alto valor do acessório, mas acabou provocando controvérsia ao exibir etapas mecanizadas do processo, incluindo a costura.

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Imagem do vídeo postado pelo WWD que foi deletado em seguida. Foto: Reprodução/Tiktok/@hotsy.magazine

Embora o vídeo também destacasse momentos artesanais, como o trabalho manual de artesãs, a revelação de uma linha de produção mais automatizada do que o esperado causou estranhamento entre o público nas redes sociais. A repercussão negativa levou à exclusão do conteúdo poucas horas após a publicação, mas o vídeo continua circulando por meio de republicações. 

Além do material audiovisual, a WWD publicou uma reportagem detalhada sobre o processo de confecção das bolsas. Foi a primeira vez que a maison fundada por Coco Chanel, em 1910, abriu as portas de uma de suas fábricas de artigos em couro. A iniciativa está alinhada ao Regulamento de Ecodesign para Produtos Sustentáveis, que visa ampliar a transparência ao oferecer informações claras sobre a origem dos produtos, os materiais utilizados, seus impactos ambientais e orientações de descarte através de um passaporte digital dos produtos.

Em entrevista à publicação, Bruno Pavlovsky, presidente de moda da Chanel, afirmou: “Se não mostrarmos por que é caro, as pessoas não saberão”. Ao contrário do vídeo, as imagens incluídas na matéria priorizam o trabalho manual dos artesãos, reforçando a narrativa de exclusividade e cuidado artesanal.

Para a jornalista de moda Giulia Azanha, a polêmica evidencia um atrito entre a imagem construída pela marca e a realidade do processo produtivo. “Acaba criando um rompimento entre a qualidade percebida pelo cliente e o que de fato é entregue”, afirma. Segundo ela, a reação negativa afeta principalmente os consumidores em potencial, ainda seduzidos pelo imaginário construído pela grife, enquanto os compradores habituais já estão acostumados com o funcionamento e polêmicas do mercado de luxo.

Atualmente, a Chanel administra uma série de ateliês especializados em ofícios artesanais por meio de sua subsidiária Paraffection S.A., reunidos no projeto Métiers d’Art, voltado à preservação de técnicas manuais tradicionais. A marca divulga sua produção feita à mão como um de seus pilares. No entanto, ao longo dos anos, parte da fabricação tornou-se mais automatizada — sem que isso tenha sido refletido nos preços finais.

Em 2019, a bolsa 11.12 no tamanho médio custava US$ 5.800. Hoje, o mesmo modelo é vendido por US$ 10.800 — um aumento de 86%. Para Giulia, não é o produto em si que mantém o caráter exclusivo, mas sim a história da marca, a curadoria estética e seu acesso extremamente restrito: “No final, essas marcas não vendem bolsas, roupas, sapatos, mas sim a sensação de pertencimento, de sofisticação e inacessibilidade, mesmo que seja simbólico”.

A jornalista de moda acredita que grande parte das outras grifes também adota um modelo híbrido de produção, que combina processos artesanais e mecanizados. Isso se justifica pela alta demanda de modelos como as bolsas 11.12 e 2.55, os mais vendidos da Chanel, o que exige uma produção em escala. No entanto, Giulia ressalta que a narrativa em torno do produto é tão relevante quanto sua fabricação: “O conceito de artesanal e industrial no setor da moda é uma linha muito mais simbólica do que técnica”, afirma.

Na mesma reportagem da WWD, Pavlovsky afirmou que a Chanel pretende ampliar a divulgação de informações sobre o processo de fabricação de seus produtos. A iniciativa acompanha a futura implementação do passaporte digital, que será exigido em produtos comercializados na União Europeia. A proposta é detalhar como os itens são produzidos, incluindo dados voltados ao marketing e à valorização dos diferenciais que tornam as peças da marca únicas. A matéria da WWD foi uma primeira tentativa nesse sentido, mas acabou não gerando a repercussão esperada.

“O não saber causa um efeito psicológico e atiça o desejo por consumo, muito mais rápido do que a transparência”, observa Giulia, destacando o papel do mistério no universo do luxo. Para ela, as marcas enfrentam o dilema de até que ponto devem revelar seus processos sem comprometer a aura de exclusividade. Embora iniciativas como a da Chanel pareçam valorizar aspectos como a responsabilidade ambiental e o trabalho manual — atributos bem recebidos na era das redes sociais, a jornalista acredita que a intenção vai além da educação do consumidor: “A ideia é parecer engajado e preocupado com a produção e seus clientes, mas a intenção por trás está muito mais ligada a humanizar a grife do que, de fato, educar o público”.

 

Até onde as práticas de fabricação importam?

 

Também no início de abril, diversos perfis chineses foram criados no aplicativo TikTok. Inicialmente, vídeos aparentemente inocentes mostrando a fabricação de bolsas e outros acessórios de luxo foram postados. Porém, com o aumento das taxas de importação causada pelo presidente americano, Donald Trump, estes mesmos perfis começaram a postar vídeos comprovando que produtos de diversas grifes de luxo são fabricados na China.

Estes vídeos se tornaram virais, arrecadando mais de 1 milhão de visualizações em poucos dias no ar. Um dos perfis que ganharam mais atenção foi @sen.bags_ - agora banido da plataforma -, usado para expor a fabricação de bolsas de luxo. Em um dos vídeos postados no perfil, um homem mostra diversas “Birkin Bags” - bolsas de luxo fabricadas pela grife francesa Hermés, um dos itens mais exclusivos do mercado, chegando a custar entre US$200 mil e US$450 mil - que foram produzidas em sua fábrica.

As bolsas Birkin foram criadas em 1981 em homenagem à atriz Jane Birkin por Jean-Louis Dumas, chefe executivo da Hermés na época. O design da bolsa oferece conforto, elegância e praticidade, ganhando rapidamente destaque no mundo da moda.

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Jane Birkin usando a bolsa em sua homenagem. A atriz era conhecida por carregar diversos itens em sua Birkin, personalizando a bolsa com penduricalhos e chaveiros. Foto:Jun Sato/Wireimage.

A Hermés se orgulha em dizer que as Birkin são produtos exclusivos, principalmente devido ao lento processo de produção. De acordo com a marca, todo o processo de criação de uma Birkin é artesanal e o produto é fabricado com couros e outros materiais de difícil acesso. Porém, com a revelação do perfil @sen.bags_, o público começou a perceber que talvez a bolsa não seja tão exclusiva assim.

No mesmo vídeo mencionado anteriormente, o homem diz que tudo é fabricado na China, com os mesmos materiais e técnica, mas as bolsas são enviadas à Europa para adicionarem o selo de autenticidade da marca. Essa fala abriu um debate on-line, durante todo esse tempo, as pessoas só vêm pagando por uma etiqueta e não pelo produto em si?

Para Giulia, polêmicas desse nível não afetam de forma realmente impactante as grandes grifes de luxo, já que “A elite não para de consumir esses produtos, porque como já possuem um vínculo grande [com as marcas] não se trata de uma polêmica que afete sua visão de produto, afinal além de venderem um simples produto, as grifes vendem um estilo de vida compatível com seu público.

A veracidade destes vídeos não foi comprovada, mas a imagem das grifes está manchada no imaginário geral. Mesmo que a elite, público alvo destas marcas, não deixe de consumi-las, o resto dos consumidores com certeza se deixou afetar pelo burburinho.

Nas redes sociais, diversos internautas brincam dizendo que agora irão perder o medo de comprar itens nos famosos camelôs, alguns até pedem o nome dos fornecedores, buscando os prometidos preços baixos.

Financeiramente, a Chanel e outras marcas expostas, podem ter um pequeno baque, mas por conta de suas décadas acumulando capital, conseguiram se reequilibrar rapidamente. “Elas podem sentir um impacto imediato, mas que em poucos anos são contidos e substituídos por novos temas, como a troca repentina de um diretor criativo ou um lançamento de uma nova coleção icônica.”, acrescentou Giulia.

Outras grandes grifes já enfrentaram escandâlos, até muito maiores do que esse como menciona Giulia “A Chanel, inclusive passou por polêmicas diretamente ligadas a sua fundadora, até muito mais graves do que seu processo produtivo”, se referindo ao envolvimento de Coco Chanel com membros do partido nazista durante a Segunda Guerra. Porém, como apontado anteriormente, essas marcas conseguiram se reerguer divergindo a atenção do público a outro assunto impactante.

Esse caso foi apenas um de muitos similares na história da indústria da moda, mas, como apontado por Giulia: “A maior parte das grifes em questão tem ao menos 100 anos de história e já se reinventaram diversas vezes em meio a crises, logo a transformação será necessária.”

 

Tendências para próxima estação marcam presença na passarela em meio a referências inusitadas
por
Bruna Quirino Alves
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14/04/2025 - 12h


Weider Silveiro  

Weider Silveiro iniciou a sequência de desfiles da  quarta-feira (9) no Shopping JK Iguatemi. A inspiração de sua coleção de inverno foi a deusa do amor e da beleza, Vênus.

Além de trazer um estudo de várias versões da figura mitológica, previamente retratadas na história, o estilista também se aprofundou nas representações humanas da divindade, ao aclamar artistas femininas conhecidas por, tanto por seus talentos, como suas belezas físicas, como Madonna, Cher e Joelma.

As peças da coleção trazem uma nova versão dos caimentos clássicos de busto, quadril e cintura, incorporando novos formatos e silhuetas para os cortes. Com paletas em tons pastéis, elementos que estão em alta no mundo da moda também foram incluídos nos looks, como a saia balonê e a modelagem assimétrica.

Modelo com vestido vinho desfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo de vestido rosa vdesfilando na passarela
Weider Silverio SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reptilia

O segundo desfile do dia foi da marca Reptilia. A coleção “Tectônica” se inspira em falhas e deslocamentos geológicos, apresentando peças com tons terrosos e estampas que remetem ao solo. 

As peças foram pensadas a partir de uma proposta agênero e tal pluralidade ficou evidente  passarela. A cartela de cores predominante no desfile ficou estacionada nos  tons marrons, com leves toques de azuis, verdes e cinzas, remetendo  a pedras minerais.

A estamparia chamou atenção por um  detalhe particular da diretora criativa, Heloisa Strobel. As estampas foram feitas a partir de fotos tiradas pela própria designer com uma câmera analógica de 35mm durante uma viagem ao Oriente Médio.

A composição de looks conta com sobreposições, peças modulares, tecidos fluídos e alfaiataria que é característica da marca. Além disso, o processo de produção inova ao combinar corte a laser com bordado manual e uso de retalhos. O reaproveitamento de tecidos reafirma o compromisso da marca com a moda sustentável.

Modelo desfilando com vestido estampado
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando na passarela com roupa preta e branca
Reptilia SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Led

O desfile da marca Led foi o terceiro do dia, com a irreverência de ser inspirado em novelas brasileiras.

LED apresenta a sua coleção “BR SHOW”, ambientada como um programa de televisão. A trilha sonora contava com um remix de bordões icônicos da teledramaturgia brasileira, falas de apresentadores e aberturas de programas famosos.

O estilista, Celio Dias, disse em entrevista à Globo que aproveitou a estreia da nova versão de “Vale Tudo” para embarcar na atmosfera das novelas brasileiras, sob a perspectiva de alguém que acompanhou o surgimento de tendências que vieram dessas produções.

As peças da coleção são maximalistas e contam com mistura de estampas: animal print, listras e bolinhas, além de ornamentos como franjas e pelúcia, também incorporando pontos de tricô e crochê em alguns modelos.

O streetwear teve grande destaque no desfile, com a presença de calças cargo, casacos esportivos, moletons, camisetas gráficas com trocadilhos e tênis de corrida.
 

Modelo desfilando com macacão listrado
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando com vestido listrado preto e branco
LED SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

À La Garçonne

O último desfile da noite foi da marca À La Garçonne, com sua coleção mesclada entre streetwear e alfaiataria.

O estilista Fábio Souza não pensou em nenhum tema específico para basear a sua coleção, seu foco era criar peças usáveis prezando o conforto acima da estética.

O vestuário apresentado chamou atenção pela mistura de estampas, com destaque para o xadrez, que é a tendência da estação. Silhuetas bem estruturadas, uso de pregas, caimento oversized e tênis esportivos compuseram os looks.

A paleta de cores é sóbria em tons de verde militar, marrom e grafite, com o contraste de alguns relances em tons de vermelho e roxo.

O processo de produção da coleção foi realizado a partir do upcycling de tecidos vintage da própria marca e garimpado de outras. O estilista reforça o conceito de moda consciente e reuso de materiais têxteis, criando novas peças customizadas e sustentáveis.

Modelo desfilando com terno xadrez
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite
Modelo desfilando vestido e calça de terno
À La Garçonne SPFW N59. Foto: Zé Takahashi/ @agfotosite


 

 

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Com grandes nomes da moda brasileira, evento chega ao seu penúltimo dia
por
Gustavo Oliveira de Souza
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14/04/2025 - 12h
Foto de desfile
Modelo durante desfile da Dendezeiro. Foto: Mauricio Santana, Getty Images
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Na quinta-feira (10), o quinto dia de desfiles na São Paulo Fashion Week  trouxe aos holofotes marcas fundamentais ao cenário nacional, pilares do reconhecimento da moda brasileira país a fora.

João Pimenta 

O primeiro desfile do dia foi do estilista João Pimenta. O já consagrado artista, que por alguns anos misturou elementos da moda voltada aos dois gêneros decidiu apostar em um conceito quase todo concentrado  no vestuário masculino. O desfile aconteceu na estação Júlio Prestes do metrô, com o nome “Em Construção”. Sua obra buscou questionar os rumos da tecnologia na moda e valorizar o trabalho manual.

Dendezeiro

No JK Iguatemi, a Dendezeiro foi a segunda grife do dia a desfilar. A marca baiana da dupla Hisan Silva e Pedro Batalha trouxe um conceito que homenageava a região Norte do Brasil, com muito destaque à Amazônia. Chamada de “Brasiliano 2: A Puxada para o Norte”, o desfile destacou a fauna, com estampas de peixe e bolsas em formato de capivara, além de camisetas com frases exaltando a cultura local.

MNMAL

O penúltimo desfile do dia foi da estreante MNMAL. Fundada em 2022, a marca tem seu conceito baseado no minimalismo, e na passarela não foi diferente. Assinada pelo estilista Flávio Gamaum, as peças têm como principal destaque o conforto, pensada para o cotidiano no lar e home-office. Mesmo com todo o conforto, a elegância não é deixada de lado.

Walério Araújo 

Fechando o dia 10, o importante estilista Walério Araújo trouxe seu conceito usualmente impactante. Já tendo sido considerado um dos maiores estilistas do mundo, o pernambucano traz, novamente, a ousadia. Com diversas homenagens às mulheres trans, a bandeira de arco-íris apareceu em vestidos e peças mais casuais. Como novidade, a alfaiataria esteve presente, com peças que mostram a diferença na manifestação de gênero em locais públicos e privados.

Todos os desfiles marcaram, novamente, uma nova trajetória na moda brasileira. Sendo dos mais novos aos mais veteranos, quem esteve presente pôde acompanhar mais um capítulo da história do fashion no Brasil. 

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Tecnologia auxilia na análise de tendências, preferências do público e desempenho de vendas, otimizando a criação de coleções mais assertivas e sustentáveis
por
Larissa Pereira José
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24/03/2025 - 12h

A moda sempre foi um reflexo do comportamento humano, e nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel crucial na forma como as coleções são criadas. No segmento fashion, que exige inovação constante para atender a um público cada vez mais exigente, a Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma ferramenta essencial. Desde a pesquisa de tendências até a análise de dados de vendas, a tecnologia vem revolucionando o processo criativo e estratégico.  

Para entender melhor essa transformação, conversamos com Nayara Graziela do Lago, estilista responsável pelo desenvolvimento de roupas fitness femininas para um grande magazine. Com anos de experiência no setor, ela destaca como a IA tem otimizado seu trabalho e impactado positivamente as coleções. “Antes, a pesquisa de tendências era um processo muito manual e baseado na intuição. Hoje, conseguimos usar IA para analisar um grande volume de informações e identificar padrões com muito mais precisão”, explica Nayara.  

Ferramentas de inteligência artificial são capazes de cruzar dados de redes sociais, desfiles internacionais, comportamento de busca na internet e até avaliações de clientes em e-commerce. Isso permite que a equipe de estilo tenha uma visão mais clara do que está em alta e do que realmente pode funcionar para o público-alvo. “No segmento fitness, por exemplo, percebemos que há uma crescente demanda por peças multifuncionais, que possam ser usadas tanto na academia quanto no dia a dia. A IA nos ajuda a confirmar essa tendência analisando o comportamento dos consumidores em tempo real”, acrescenta a Nayara.  

Além de prever tendências futuras, a inteligência artificial também tem um papel fundamental na análise de coleções passadas. A tecnologia permite avaliar quais peças tiveram melhor desempenho de vendas, quais cores e modelagens foram mais aceitas e até quais tecidos proporcionaram mais conforto ao consumidor.  

“A cada nova coleção, conseguimos acessar relatórios detalhados sobre o que funcionou e o que precisa ser ajustado. A IA cruza dados de vendas com feedbacks dos clientes e nos mostra, por exemplo, se determinada peça foi muito devolvida por problemas de caimento ou se uma estampa específica teve alta aceitação. Isso nos dá uma base muito mais sólida para criar novos produtos”, explica Nayara.  

Esse tipo de análise evita desperdícios e ajuda a direcionar melhor os investimentos na produção. Em um mercado cada vez mais competitivo, entender as preferências do público-alvo é essencial para criar coleções assertivas e bem-sucedidas. Outro aspecto revolucionário do uso da inteligência artificial na moda está na criação de estampas e modelagens. Hoje, já existem softwares que geram prints exclusivos baseados em combinações de cores e texturas identificadas como tendências. Além disso, ferramentas de simulação virtual permitem testar digitalmente o caimento das peças antes mesmo da confecção dos primeiros protótipos físicos.  

“Isso reduz drasticamente o desperdício de materiais e encurta o tempo de desenvolvimento das coleções. Antes, fazíamos diversos testes com tecidos e modelagens diferentes, o que demandava tempo e custos. Agora, conseguimos visualizar um look completo de forma digital e fazer ajustes antes de costurá-lo”, explica Nayara. 

Maquinário de fábrica têxtil que desenvolve peças sem costura.
Maquinário de fábrica têxtil que desenvolve produtos sem costura.

Apesar das inúmeras vantagens proporcionadas pela IA, Nayara faz questão de ressaltar que a tecnologia não substitui a criatividade humana. “A moda tem emoção, identidade e precisa criar conexão com o consumidor. A IA é uma ferramenta poderosa, mas o toque final ainda é do estilista. Somos nós que interpretamos os dados e transformamos essa informação em coleções que realmente conversam com o público.”  

Para a estilista, o futuro da moda passa pela combinação entre tecnologia e sensibilidade humana. “O uso da IA no desenvolvimento de coleções já é uma realidade e tende a crescer cada vez mais. Mas a essência da moda continua sendo a criatividade e a capacidade de contar histórias por meio das roupas”.  

Com um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, a inteligência artificial se consolida como um diferencial estratégico para marcas que desejam inovar, reduzir desperdícios e entregar produtos alinhados às expectativas do consumidor moderno. E, como Nayara bem pontua, quando aliada ao olhar criativo do estilista, a tecnologia se torna uma poderosa ferramenta para transformar dados e estatísticas em coleções de sucesso.

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No segundo dia da São Paulo Fashion Week, a estilista Isaac Silva levou as passarelas para a Ocupação 9 de Julho
por
Nina Januzzi da Gloria
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26/05/2023 - 12h

Com o tema “Banho de Axé”, inspirado na canção de Banho de Folha, de Luedji Luna, a grife de Isaac Silva teve seu desfile-manifesto montado em uma ocupação do movimento sem-teto, que fica no Centro de São Paulo. O evento ocorreu durante o dia 24 de maio (quarta-feira) e contou com a presença de diversos famosos, como os ex-bbs Gabriel Santana e João Luiz.

A escolha de Silva por essa locação não foi por acaso. A designer escolheu a Ocupação 9 de Julho para homenagear Carmen Silva, que trabalha e lidera o Movimento Sem-Teto do Centro [MSTC], e mostrar a importância e o objetivo do movimento. Além disso, a nova coleção ter sido exibida nessa localização, tinha como objetivo passar ao público a mensagem de que passou da hora de uma nova moda estar sob os holofotes.

Buscando passar a mensagem de inclusão e diversidade de sua grife para essa coleção, a estilista optou em suas roupas por modelagens e estruturas diversas, em comprimentos e formatos para todos os sexos e públicos, desfilados por pessoas de silhuetas e gêneros diversos. Entre o casting de modelos, a marca convidou moradores da ocupação para participarem.

Durante a passagem pela passarela, desfilaram looks jeans com dois diferentes tons, roupas estampadas, baseadas na obra da artista plástica Heloísa Ariadne, que contavam com detalhes em verde e off-white. Em seguida contando com a participação de figuras como, a cantora Jojo Todynho, Marcia Pantera e os ex-bbs Fred Nicácio e Tina Calamba, entraram produções com cores vibrantes e cheia de vida.

Algumas produções ainda contaram com a escolha do verde liso, como os que foram desfilados pelos convidados do MSTC e do jornalista Manoel Soares, que contavam também em seu look com a frase, slogan da grife, “Acredite no Seu Axé”.

A coleção também busca celebrar maneiras de se fazer roupas de uma maneira consciente, humanizada e ecológica. Para isso, as parcerias firmadas refletem o trabalho sustentável da marca, como exemplo temos a líder em produção de jeans no Brasil, Vicunha e a marca Glow Têxtil, que foi responsável pelas estampas da coleção.

Ainda seguindo a linha sustentável escolhida pela designer, os acessórios usados são feitos a mão por meio de processos de reciclagem de resina e são assinados pela marca MKWC. Outros adornos, como as bolsas-bola, feitas de fibras naturais, são de uma colaboração da grife de Silva com as artesãs quilombolas de São Lourenço de Goiana, em Pernambuco.

Ao final do evento Carmen Silva, e suas filhas Preta Ferreira e Kellen Wini, também desfilaram usando looks verde, finalizando o evento com uma bandeira do movimento MSTC, reafirmando assim a filosofia de inclusão da marca.

Desfile de Isaac Silva acontece no Centro de São Paulo e conta com a participação de famosos  Foto: Fabiano Battaglin/gshow
Desfile de Isaac Silva acontece no Centro de São Paulo e conta com a participação de famosos  Foto: Fabiano Battaglin/gshow
Jojo Todynho desfila para Isaac Silva Foto: Agência Brazil News / Elas no Tapete Vermelho
Jojo Todynho desfila para Isaac Silva
Foto: Agência Brazil News / Elas no Tapete Vermelho
Fred Nicácio Foto: Agência Brazil News / Elas no Tapete Vermelho
Fred Nicácio
Foto: Agência Brazil News / Elas no Tapete Vermelho

 

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A marca João Pimenta dá a largada na edição N55 da SPFW em um desfile comemorativo aos 20 anos da grife
por
Manuela Mourão
Helena Saigh
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24/05/2023 - 12h

A grife brasileira João Pimenta, que carrega o nome do estilista,  abre a quinquagésima quinta edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), em clima de comemoração. A marca comemora seus 20 anos com um desfile no Theatro Municipal, local especial para João, repleta de figurinos inovadores que trouxeram o trabalho notório para os palcos.

João Pimenta é uma marca de alfaiataria masculina reconhecida internacionalmente, criada por um dos estilistas mais renomados da SPFW, de acordo com o site oficial da loja. Seus produtos variados, incluem calças de alfaiataria, camisas, blazers de alfaiataria, saias e vestidos, além de incentivar a inserção de uma moda livre de rótulos, na qual homens podem usar saias e vestidos, tanto quanto mulheres.

O desfile foi aberto ao público, com ingressos gratuitos, exigindo apenas a realização de uma reserva prévia, para garantir o controle da lotação do espaço. 

Com styling de Paulo Martinez, direção de Richard Luiz e Paulo Borges e beleza de Ricardo dos Anjos, o desfile foi dividido em 4 atos, divididos pela paleta de cores da coleção. Os tons variaram entre brancos, azuis, cinzas, metalizados e preto. 

A coleção “ópera fashion” de João se mostrou comemorativa, atual e ao mesmo tempo fiel a identidade da grife. O cowboy, o punk e o dândi, foram os personagens identificados na passarela. Jaquetas com franjas, rendas, chapéus e botas, trouxeram o cowboy, estilo que se popularizou nos últimos tempos no mundo da moda. O punk apareceu em peças de vinil, bastante pesadas e escuras, couro, brilho, patchwork, correntes e detalhes já conhecidos pelos fãs da marca: os crucifixos invertidos. E por fim, mantendo-se devoto ao estilo dândi, uma alfaiataria sofisticada e andrógina, com bastante sobreposição e volume.     

 

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Foto/divulgacão

A apresentação trazia como centro a dualidade entre uma obra teatral e um desfile, entre o figurino e a moda, o estilista e o artista. Essa característica honra perfeitamente a trajetória e a personalidade de João pelas passarelas e pelo teatro, além de reforçar o tema da Fashion Week Origens. 

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Foto/divulgação

O olhar da marca traz a proposta de que o figurino é livre para ser moda, e que não há regras para o vestuário.

Durante o desfile, foram apresentados cerca de 60 looks ousados, inspirados principalmente em uma mistura de festas religiosas do interior brasileiro, da subversão dos homens que moram em cidades grandes, referências históricas, com a presença de silhuetas vitorianas e a libertação de uma moda de gêneros e o ênfase ao andrógeno . "Depois de 20 anos, eu entendi que meu trabalho é assim. Se eu tenho um cliente que consome esse produto, por que eu não posso ser autêntico e fazer as coisas do jeito que eu acredito?", disse João, no final do desfile de ontem (22).
 

A passarela contou também com um texto escrito pelo diretor de teatro Gerald Thomas e ganhou vida na voz da atriz Vera Holtz, enquanto Fernanda Maia entregava uma trilha sonora ao vivo em um piano no palco. Para criar ainda mais um cenário teatral, as músicas se intensificavam durante certos momentos do desfile, as luzes piscavam e João Pimenta provava mais uma vez a qualidade de seu trabalho. 

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Foto/divulgação

 

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Espalhada pela capital paulista, a edição 55 da SP Fashion Week acontecerá entre 25 e 28 de maio com desfiles exclusivos no histórico Teatro Municipal
por
Manuela Mourão
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23/05/2023 - 12h

"Mantendo a proposta de ocupar a cidade de São Paulo, a edição 55 do Sp Fashion Week terá apresentações em diversos pontos importantes e icônicos da capital paulista", disse um porta-voz oficial do evento. O Komplexo Tempo, na Moóca, por exemplo, está localizado em um lugar histórico para a moda, em um bairro pioneiro da indústria têxtil e hoje considerado um polo de inovações na cidade.

A edição 55 da SPFW, busca explorar o tema Origens/Ressignificar e faz parte de uma trilogia iniciada em 2021, que traz uma reflexão sobre quem somos e o que nos torna um coletivo humano criativo, destacando a diversidade e a pluralidade de expressão artística e estética.

O evento inicia em grande estilo no dia 22, com o desfile de João Pimenta no Teatro Municipal para comemorar os 20 anos de marca. Outra grife que desfila antes da abertura oficial da semana de moda é a Isaac Silva, no dia 24 de maio, em um local ainda não divulgado. 

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Foto/divulgação

Este ano, a SPFW contará com 40 desfiles totais, desses sendo 31 presenciais e 9 fashion filmes que serão exibidos em uma tela de cinema do Shopping Iguatemi em uma sessão exclusiva no dia 24.  Além disso, a edição N55 contará com a estreia de 7 novas marcas: David Lee, Forca, Foz, Gefferson Vila Nova, Marina Bitu, The Paradise e Rafael Caetano. 

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Os ingressos variaram entre R$103 e R$1.782,50, sendo esta a segunda vez em que o evento abriu suas portas para o público pagante.  

 

LINE-UP

 

22 de Maio

 

20h João Pimenta (Theatro Municipal)

 

24 de Maio

 

10h Fashion Filmes (Iguatemi São Paulo) 

 

14h30 Isaac Silva (Externo) 

 

25 de Maio

 

10h Igor Dadona (Senac Faustolo) 

 

11h Gefferson Vila Nova (Senac Faustolo) 

 

12h30 Patrícia Viera (Iguatemi São Paulo) 

 

14h30 TA Studios (Iguatemi São Paulo) 

 

17h00 Ponto Firme (Externo) 

 

19h30 Localiza (Projeto especial)

 

20h30 Meninos Rei (Komplexo Tempo)

 

21h30 Martins (Komplexo Tempo)

 

26 de Maio

 

10h Rafael Caetano (Senac Faustolo) 

 

11h Ronaldo Silvestre (Senac Faustolo) 

 

12h30 Apartamento 03 (Iguatemi São Paulo) 

 

14h30 Mnisis (Iguatemi São Paulo) 

 

19h00 LED (Komplexo Tempo) 

 

20h30 Dendezeiro (Komplexo Tempo) 

 

21h30 The Paradise (Komplexo Tempo)

 

27 de Maio

 

10h Maurício Duarte (Senac Faustolo)

 

11h Silvério (Senac Faustolo)

 

12h30 Renata Buzzo (Iguatemi São Paulo)

 

14h30 Marina Bitu (Iguatemi São Paulo) 

 

16h30 Forca Studio (Externo)

 

18h30 Thear (Komplexo Tempo)

 

19h30 AZ Marias (Komplexo Tempo)

 

20h30 Santa Resistência (Komplexo Tempo)

 

21h30 Weider Silveiro (Komplexo Tempo)

 

28 de Maio

 

11h Fernanda Yamamoto (Externo)

 

17h30 Walério Araújo (Komplexo Tempo)

 

18h30 David Lee (Komplexo Tempo)

 

19h30 Greg Joey (Komplexo Tempo)

 

20h30 Lino Villaventura (Komplexo Tempo)

 

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O evento aconteceu na última segunda-feira (01/05) e trouxe como tema “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”, onde a figura central era o designer Karl Lagerfeld e sua carreira.
por
Bianca Athaide
Giovanna Montanhan
Giulia Fontes Dadamo
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06/05/2023 - 12h

Entenda o “polêmico” tema do Met Gala desse ano: 

Karl Lagerfeld, um dos mais célebres designers da história da moda, faleceu em fevereiro de 2019, deixando para trás um legado marcado pela sua genialidade artística e personalidade controversa. 

Ao longo de sua carreira, Lagerfeld trabalhou em diversas marcas, incluindo Chanel, Fendi, Balmain, Chloé e, a que levava seu nome, Karl Lagerfeld. Conhecido por suas opiniões e falas polêmicas, muitas vezes era alvo da crítica pública.

Em 2012, foi acusado de racismo por ter chamado a cantora americana Rihanna de "aborígene". Após a repercussão negativa do comentário, ele se desculpou publicamente. Além de Rihanna, Lagerfeld ofendeu outra famosa cantora, Adele, em 2012. Durante uma entrevista, ele afirmou que achava a britânica "um pouco gorda demais’’, o que o colocou novamente no holofote. 

Dando sequência às polêmicas, em 2017, Lagerfeld foi acusado de plagiar uma criação do designer de jóias americano Brad Kroenig. Kroenig afirmou que Lagerfeld havia copiado uma de suas criações sem sua permissão.

O designer também esteve envolvido em uma polêmica em relação ao movimento #MeToo. Karl afirmou que acreditava que a mobilização -  que começou com atrizes hollywodianas denunciando casos de assédios no cenário envolto as produções cinemátográficas - havia ido longe demais e também criticou as mulheres que denunciaram casos de assédio e abuso sexual na indústria da moda. As declarações foram amplamente criticadas nas redes sociais. Personalidades influentes da indústria mostram repúdio, como a modelo Gigi Hadid, que afirmou que Lagerfeld "estava fora de sintonia com os tempos".

Logo após as declarações, Lagerfeld se desculpou novamente e afirmou que suas palavras haviam sido mal interpretadas. 

Outra situação desagradável envolvendo o designer, foi em 2018 quando Lagerfeld foi acusado de apropriação cultural após o desfile que apresentava a coleção de primavera da Chanel, em Paris. A linha de inspiração foi baseada na cultura africana, mas muitos afirmaram que as criações não receberam consulta específica e apresentaram pouco respeito às tradições do continente.

Dando continuidade às polêmicas do ano de 2018, Lagerfeld foi criticado por fazer comentários problemáticos sobre refugiados durante uma conversa com a apresentadora da TV alemã, Anne Will. Sendo ele de origem alemã, o designer afirmou que a chanceler Angela Merkel havia cometido um "erro fatal" ao permitir que mais de um milhão de refugiados entrassem na Alemanha.

Ainda assim, em contrapartida a todas as suas polêmicas, não há como refletir sobre a história da moda do século 20 e não citar Karl Lagerfeld. Seu nome estará para sempre marcado nas maiores maisons da indústria. 

 

Met Gala Looks - Um Overview: 

Anna Wintour 

A diretora global de conteúdo da Vogue vestiu um modelo Chanel Alta Costura 2023, em cores neutras.

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Foto: Getty Images

 

Dua Lipa

A cantora Dua Lipa, uma das co-anfitriãs da noite, usou um vestido comprido branco Chanel Alta Costura Inverno de 1992. De acordo com a Harper 's Bazaar dos Estados Unidos, as jóias foram estimadas em cerca de 10 milhões de dólares.

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Foto: Getty Images

 

Penélope Cruz

A atriz espanhola Penélope Cruz, outra das co-anfitriãs da noite e embaixadora da Chanel, vestiu o clássico vestido vintage de noiva. O modelo era um Chanel Alta Costura Primavera 1988.

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Foto: Getty Images / Jamie McCarthy

 

Nicole Kidman 

A atriz usou o mesmo vestido que estrelou no comercial do perfume No5 da Chanel, em 2004, que foi dirigido por Karl.

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Foto: Reprodução Getty Images 

 

Olivia Wilde 

A atriz e diretora vestiu um look Chloé, um modelo em formato de violino lançado em 1983. 

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Foto: David Fisher/Shutterstock

 

Michaela Coel

A atriz, também co-anfitriã da noite, vestiu um modelo exclusivo da Schiaparelli, esculpido com 13.000 cristais.

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Foto: Getty Images

 

Gisele Bündchen

A supermodelo fez sua primeira aparição pública após o divórcio com o jogador de futebol americano Tom Brady. Ela vestiu um Chanel Alta Costura Verão 2007.  Essa foi a segunda vez que usou o mesmo vestido, ele foi usado inicialmente durante um editorial para a revista Harper’s Bazaar da Coréia, que continha o styling assinado por Karl Lagerfeld.

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Foto: Reprodução Harper's Bazaar - UOL

 

Naomi Campbell

A modelo vestiu um Chanel Alta Costura 2010. Um clássico vestido espiral indiano em tom rosê e muitos brilhos prateados.

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Foto: Reprodução / The Fashionista Stories

 

Anitta

A cantora brasileira vestiu um modelo sob medida por Marc Jacobs em preto e branco, cores clássicas da Chanel que Karl perpetuou durante seu trabalho na marca. As botas brilhosas de plataforma fazem parte da coleção de Alta Costura Verão 2023. As jóias, colar e brinco - de  diamantes, platina e safira laranja - foram assinadas pela grife Tifanny & Co, além de acessórios como relógios da marca Roger Dubuis e luvas.

 

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Foto: Getty Images

 

Jared Leto

O vocalista da banda 30 Seconds to Mars ousou, e foi vestido de Choupette - a gatinha de estimação do estilista Karl Lagerfeld.

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Foto: Reprodução/ Getty Images

 

Kim Kardashian

A empresária vestiu um modelo da grife italiana Schiaparelli em tons de bege e branco, sem deixar de lado a sensualidade e ousadia. O look usado no tapete vermelho remete a um look usado por ela anteriormente, quando foi capa da Playboy em 2007. Para compor este visual, foram necessárias 50 mil pérolas verdadeiras e 16 mil cristais que ajudaram a torná-lo icônico e similar ao estilo que a Chanel propunha, durante a gestão de Karl Lagerfeld.

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Foto: Getty Images / Jamie McCarthy

 

Kendall Jenner

A modelo – uma uma das modelos queridinhas de Karl – vestiu um look assinado pelo estilista Marc Jacobs, com toques de referência a identidade visual de Lagerfeld

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Foto: David Fisher/Shutterstock

 

Kylie Jenner

A empresária, que é a nova garota propaganda da Jean Paul Gaultier, vestia um modelo assimétrico e vibrante assinado da marca que foge do clássico P&B.

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Foto: David Fisher/Shutterstock

 

 

Doja Cat

A rapper teve sua estreia no tapete vermelho do MET e fez jus ao seu nome artístico ‘’cat ‘’ (que em tradução livre, significa gata em inglês) e vestiu-se como Choupette, –  a gata herdeira de todo o patrimônio de Karl – em um vestido modelo sereia, do estilista Oscar de la Renta. A maquiagem também estava de acordo com o dress code que ela escolheu, a prótese de nariz de gato trouxe ainda mais inovação para a composição do look.

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Foto: Theo Wargo/Getty Images/AFP 

 

Anne Hathaway

A atriz vestiu Atelier Versace, um modelo feito de tweed –  clássico tecido da Chanel, inspirado no vestido de 1994 que Elizabeth Hurley usou. Enfeitado com pérolas e alfinetes que trouxeram a essência de um vestido genuinamente assinado por Donatella Versace.

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Foto: Getty Images

 

Billie Eilish

A cantora Billie Eilish apareceu usando um vestido preto feito sob medida com transparência e luva 7/8 assinado por Simone Rocha. Além de presilhas no cabelo que deram um ar vintage para o visual.

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Foto: Getty Images

 

Cardi B

A rapper mudou o tom de seu cabelo para o platinado em homenagem a Karl, com um vestido bem justo na parte de cima, na parte de baixo repleto de camélias em tamanho grande (flor que é a marca registrada da Chanel). O visual todo foi assinado por Thom Browne. Além de estar usando preto e branco - cores tradicionalmente lembradas como “as cores da Chanel”.

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Foto: Kevin Mazur / MG23 / Getty Images

 

Rihanna

A cantora e empresária ousou em um Maison Valentino da Alta Costura Inverno 2019. Seu look reverência as noivas de Karl e traz à tona novamente o elemento da noite: as camélias, em muito volume e quantidade

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Foto: Getty Images

 

Lizzo

A cantora Lizzo foi outra personalidade que usou e abusou das pérolas para compor seu look. O modelo escolhido é do ano de 1991 e foi retirado do acervo da Chanel.

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Foto: Dimitrios Kambouris / Getty Images 

Jeremy Pope

Um dos looks mais marcantes do evento foi assinado pela grife francesa Balmain. Quem o vestiu foi o ator e cantor Jeremy Pope, com todo o styling marcado por Oliver Rousteing e com uma cauda longa que exibia o perfil de Karl Lagerfeld.

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Foto: Getty Images

 

Oliver Rousteing

O primeiro homem negro a assumir o império de uma grife francesa, usou Balmain – marca assinada por ele mesmo –para compor este look. Utilizou uma ecobag inspirada em um modelo que o próprio Karl usou em 2009. A produção também foi marcada pelo uso de preto e pérolas nos acessórios, o que legitimou a essência Chanel.

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Foto: Reprodução / Getty Images

 

Paris Hilton

A socialite foi outra personalidade que fez sua estreia no baile mais famoso do mundo. Marc Jacobs foi a grife escolhida. Ela exibia no pescoço um colar preto com a flor camélia – marca registrada da Chanel, além de vestir um salto plataforma.

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Foto: Getty Images

 

Viola Davis

A atriz EGOT apareceu com um vestido rosa choque da Maison Valentino, trabalhado com diversas plumas na parte superior. Um fato curioso é que essa era a cor que Karl Lagerfeld mais detestava.

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Foto: Jamie McCarthy / Getty Images

 

Lil Nas X

O artista sensação do momento foi o que mais surpreendeu na noite, ao aparecer de fio dental e com o corpo todo cravejado de pérolas, 218.783 cristais e 5 mil pedras. Segundo a revista Page Six, a caracterização levou em torno de 10 horas para ser concluída e foi feita pela maquiadora Pat McGrath.

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Foto: Reuters

 

Lily Colins

A estrela da série Emily em Paris modelou em um vestido feito sob medida pela estilista Vera Wang – conhecida por desenhar vestidos de noiva; ela estava com uma saia preta que estampava o nome KARL em letras grandes brancas, como uma forma de homenagear o designer alemão.

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Foto: Dimitrios Kambouris / Getty Images 

 

Jennie Ruby

A vocalista da banda de K-pop BLACKPINK, além de ser embaixadora da Chanel, fez seu debut no evento pela primeira vez. Ela escolheu usar um vestido da marca de Alta Costura da coleção de Inverno de 1990, também com as respectivas cores que remetem à grife.

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Foto: Getty Images

 

Cara Delavigne

A modelo que teve um contato próximo com Karl fez uma releitura moderna de uma sessão de fotos com a Chanel de 2013, usando a peruca do ensaio junto com uma versão da icônica camisa branca do estilista.

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Foto: Getty Images

 

Jenna Ortega

Já a estrela da série da Wandinha, – de muito sucesso em 2022 – conseguiu combinar a homenagem ao estilista com a identidade de sua personagem; exibindo um look todo preto, uma blusa transparente com um laço e um bolero de tweed como sobreposição.

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Foto: Getty Images

 

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Reviva alguns dos looks e histórias mais marcantes de um dos maiores eventos de moda
por
Maria Fernanda Muller
Mariana Souza
Yasmin Solon
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04/05/2023 - 12h

Enfim aconteceu mais uma edição do Met Gala!

 O tema da exposição que justifica o Met Gala 2023 – arrecadar fundos para o Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque – é “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”, uma homenagem a imensa obra e vida de Karl Lagerfeld, estilista e designer de moda alemão que faleceu em 2019. Lagerfeld esteve à frente de Fendi, Chanel e sua grife homônima, além de passagens em outras marcas da alta costura como Balmain, Jean Patou e Chloé.

Além de toda sua trajetória, 150 peças originais desenhadas por Lagerfeld, serão expostas ao público. Portanto, o dress code do evento foi definido como “In honor of Karl” (“Em homenagem a Karl”). Anna Wintour, editora chefe da Vogue America e presidente do Met Gala, convidou Penélope Cruz, Michaela Coel, Roger Federer e Dua Lipa para serem os co-apresentadores da noite exclusiva.

Lagerfeld foi polêmico inúmeras vezes por fazer comentários indelicados. Apesar de ser progressista nos desenhos, o estilista idolatrava a magreza, já foi acusado de xenofobia, misoginia, machismo e ainda se mostrou contra as causas animais que visam acabar com o uso de animais em roupas, bolsas e sapatos.

Separamos alguns dos momentos que fizeram história ao longo dos anos. Reunindo celebridades, estilistas, designers, modelos e o melhor do mundo artístico, mergulhe nessa linha do tempo: 

Cher Met Gala 1974

No Met Gala de 1974, o tema foi "Romantic and Glamorous Hollywood Design". A exposição e o evento celebraram a moda e o estilo da Era de Ouro de Hollywood, homenageando os designers e estilistas que contribuíram para o glamour e o romance do cinema. O tema permitiu aos convidados explorar o estilo clássico e sofisticado dos filmes e estrelas da época, destacando-se com trajes elegantes inspirados na moda hollywoodiana.

Neste ano o vestido de Cher, feito pelo renomado estilista Bob Mackie, causou muita agitação. O vestido foi considerado um dos Naked Dresses (vestido transparente) mais famosos de todos os tempos. 

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Cher chegando no MET de 1974, com o vestido feito por Bob Mackie - Foto: Ron Galella / Getty Images

Um vestido transparente bordado com mangas e saia de penas brancas. Quase tudo era visível, incluindo os mamilos de Cher (os protetores de mamilos ainda não eram usados naquela época).

Um tempo depois, ela usou o vestido em uma fotografia que apareceu na capa da revista Time, que na época reservava o lugar de destaque para líderes mundiais ou pessoas que tivessem destaque revolucionário, em contrapartida, Cher estampava a capa usando a peça polêmica, o que fez com que a revista esgotasse quase que imediatamente nas bancas de jornais. A repercussão foi tamanha que algumas cidades chegaram a proibir a venda da edição.

 

Rihanna Met Gala 2015

O tema deste ano foi "China: Through the Looking Glass" (China: Através do Espelho). A temática do evento explorou a influência da cultura chinesa na moda ocidental ao longo dos anos, além de combinar elementos tradicionais chineses com interpretações modernas e contemporâneas, examinando como a estética chinesa influenciou e inspirou os designers de moda. 

O resultado foi a incorporação de elementos inovadores na estética americana, o que enriqueceu a exposição dos trajes no tapete vermelho. Muitos convidados abraçaram o tema com a introdução desses elementos e referências da cultura chinesa em seus looks. Rihanna fez uma entrada ousada e icônica com seu visual que se tornou um dos mais comentados e memoráveis da noite. 

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Rihanna foi um dos destaques no tapete vermelho do MET de 2015 - Foto: Mike Coppola / Getty Images

Ela vestia um vestido amarelo extravagante, criado pelo estilista chinês Guo Pei. O vestido era extremamente volumoso, com uma cauda longa que se estendia pelo tapete vermelho. Feito de seda amarela vibrante, apresentava uma mistura de elementos tradicionais chineses e um design contemporâneo. Era ricamente decorado com bordados intrincados, detalhes florais em 3D e contas douradas.

O look de Rihanna foi tão impactante que foi apelidado de "omelete" ou "pizza" nas redes sociais, devido ao seu formato circular e tamanho exuberante. O vestido levou dois anos para ser criado e foi uma escolha arrojada que capturou a atenção de todos no evento.

 

Zendaya Met Gala 2019 

Em 2019, o tema da edição foi “Camp: Notes on Fashion”, inspirado pelo ensaio de Susan Sontag, intitulado “Notes On Camp” em 1964. O termo “camp” refere-se a uma estética extravagante, exagerada e irônica, que celebra o artificial, o teatral e o exagerado na moda.

Neste ano, o tapete vermelho foi repleto de looks ousados e extravagantes. Muitos convidados abraçaram a oportunidade de usar roupas dramáticas, cores vibrantes, estampas chamativas e elementos que captassem o espírito camp, entretanto, um look em específico chamou a atenção.

Zendaya e seu estilista Law Roach apostaram em uma entrada teatral, recriando um momento de conto de fadas. Enquanto caminhava pelo tapete vermelho, o estilista segurava uma varinha de fada e acionava efeitos especiais para transformar seu vestido em uma cor brilhante de azul, como uma referência ao vestido mágico da Cinderela.

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O vestido de Zendaya se transformou no meio do tapete, em 2019 - Foto: Getty Images

O vestido de Zendaya foi uma homenagem à famosa atriz e cantora americana, Dorothy Dandridge, que foi a primeira mulher negra indicada ao Oscar de Melhor Atriz. O look de Zendaya foi inspirado no icônico vestido de Dandridge no filme "Carmen Jones" (1954). 

O vestido da grife Tommy Hilfiger, criado em colaboração com a estilista Law Roach, foi altamente aclamado e se tornou um dos mais comentados e elogiados da noite. A homenagem da atriz e a abordagem criativa para representar a transformação da Cinderela a tornaram uma das estrelas mais memoráveis do evento.


 

Kim Kardashian Met Gala 2021 e 2022

Em eventos grandes como o Met Gala, é impossível não existir nenhuma polêmica. Kim Kardashian já é uma convidada frequente, e mesmo sendo uma figura importante, não foge das críticas. Veja dois looks que dividiram opiniões e levaram a empresária a ser alvo de alguns julgamentos. 

Em 2021 o tema do Met Gala foi “Na América: Um Léxico da Moda”, e Kim surpreendeu todos ao aparecer com corpo inteiramente coberto por um tecido preto. O look era um design da marca de luxo Balenciaga, mas aparentemente não agradou muito o público. Em comparação com os anos anteriores, a mídia ficou decepcionada que a empresária não entregou o esperado.

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Kim Kardashian, de Balenciaga, foi alvo de críticas nas redes sociais - Foto: Mike Coppola / Getty Images

Já em 2022 a polêmica desagradou muito mais a mídia e os fãs do evento. Para o tema deste ano, “Gilded Glamour and White Tie”, a inspiração era a Era Dourada do século 19 nos Estados Unidos. Kim Kardashian foi longe demais com sua proposta e usou o icônico vestido de Marilyn Monroe, de quando a atriz cantou o então polêmico "Parabéns” ao Presidente John F. Kennedy. 

Apesar da surpreendente homenagem, ao devolver a peça, o colecionador Scott Fortner diz que o tecido do vestido estava esgarçado e alguns cristais estavam faltando. No Instagram, a conta The Marilyn Monroe Collection postou a comparação do antes e pós evento.

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O antes e depois do vestido original usado por Marilyn Monroe - Foto: Reprodução via Instagram (@MarilynMonroeCollection)
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O vestido usado por Kim Kardashian, em 2022, causou polêmica nas redes sociais - Foto: John Shearer / Getty Images

 

Gigi Hadid Met Gala 2022

A modelo apostou em um look inteiramente vinho da Versace. Gigi já é a cara da marca de luxo e internautas acreditam que o visual captou bem a essência da grife. A construção da roupa é composta por um casaco puffer oversized - e um corset sobreposto a um macacão de látex.

O impacto que Gigi Hadid causou com sua extravagância rendeu vários elogios. A sua superprodução foi chamada de "excêntrica", “ousada”, “marcante”. Além disso, a modelo deu show de elegância e carisma no Red Carpet, roubando os holofotes.

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Gigi Hadid, de Versace, arrancou elogios com a sua produção, em 2022 - Foto: Jamie McCarthy / Getty Images 

Contando com a maquiagem e o colar na mesma paleta de cores, o figurino foi uma aposta e tanto. Marcou o conhecido “ano do exagero” no Met Gala e fez história no evento.

 

Blake Lively e o Met Gala

Por falar em fazer história, podemos fazer uma menção honrosa a atriz. A mais esperada todos os anos infelizmente não compareceu no Met Gala deste ano. Mas vale a pena relembrar a história que Blake fez até então.

Blake Lively já teve sua presença marcada por várias marcas luxuosas, como Gucci, Chanel, Versace, Ralph Lauren e Marchesa. A atriz já participou do evento 11 vezes, só teve ausência em 2019, 2020 e 2021 desde o primeiro convite em 2008.

Seus looks mais icônicos e conhecidos são os de 2018 e o de 2022. No de 2018 o tema foi "Corpos Celestiais: Moda e a Imaginação Católica”, e ela chamou a atenção de todos com um vestido vermelho Versace. A elegância dela e o look a levaram para a lista das mais bem vestidas do evento.

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Em 2018, Blake foi com um dos principais looks da noite, de Versace - Foto: Getty Images

Quatro anos mais tarde, Blake revolucionou o Met Gala. Em sua primeira aparição desde 2018, ela se tornou anfitriã da cerimônia e marcou seu nome para sempre. Novamente com uma peça assinada pela Versace, seu look passou por uma transformação enquanto subia as escadarias. 

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Blake abriu o laço no vestido, inspirado na Estátua da Liberdade, revelando uma nova cauda - Fotos: Getty Images

Inicialmente cor de cobre inspirado no Art Deco, de repente revela um verde água que estava escondido no laço de seu vestido até então. Inspirado em Nova York e as cores remetendo à Estátua da Liberdade, Blake roubou os holofotes mais uma vez.

 

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