Último dia apresentou estilo high-tech de vanguarda, soteropolitano e jovial
por
Giovanna Montanhan
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17/11/2023 - 12h

Lucas Leão - marca idealizada em 2018 pelo estilista carioca de nome homônimo. Seu foco está em mesclar tecnologia com tecelagem. ‘’AI generativo por JE Kos’’ - nome dado a esta coleção, foi caracterizada por usar e abusar da alfaiataria, além da forte presença de tons sóbrios e pastéis. 

Peças oversized, tops e blazers com penduricalhos de cristais e mini vestidos com plumas se alternavam durante o desfile. Gravatas estilizadas, maxi bolsas, lapelas de cerâmica em formato de flor, e calçados como rasteirinhas, sandálias, scarpins e sapatilhas compunham o leque de acessórios na passarela. 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

 

Gefferson Vila Nova - criada em 2013 pelo designer baiano de nome homônimo, a marca é focada em moda masculina. ‘’Coração Tropical’’ foi o nome escolhido para essa coleção de verão,  a qual apresentou looks modernos, capazes de nos teletransportar diretamente para a Bahia, através do uso de  cores quentes e vivas, como o vermelho abundante, além da composição de ambiente, que contou com um telão ao fundo da passarela, que  transmitiu o tempo todo uma paisagem de pôr-do-sol. 

O desfile foi uma verdadeira ode ao AXÉ! Os tecidos fluídos dominaram, assim como as camisas brancas e azuis bordadas, que representavam paz e tranquilidade. As regatas brancas caneladas também foram destaque, além do peitoral dos modelos estava de fora em alguns looks, nos quais sungas e shorts tinham o destaque. 

A flor vermelha, usada atrás da orelha dos modelos como acessório, foi um grande diferencial. O uso de uma maxi bolsa prateada chamou a atenção por parecer uma esteira de praia e dar um toque de modernidade.  Os calçados, em sua maioria, eram tipicamente praianos, como chinelos de dedo e papetes. 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

Bold Strap - marca que está no mercado desde 2018, fundada por Pedro Andrade. O desfile, intitulado ‘’Bold Lesson’’  teve como base o estilo colegial e uma estética focada nos anos 2000. 

Antes de começar, foi usada uma estratégia de foco visual, na qual um relógio se expandia na medida que seus ponteiros giravam, até que um sinal típico de escola tocava ao fundo. 

A atriz Camila Queiroz abriu e fechou o show, desfilando com maestria, graça e simpatia. Modelos carregavam livros, vestiam jaquetas college oversized e roupas que pareciam uniformes, com a inicial B estampada. Desfilaram na passarela também, mini saias plissadas, mochilas, brincos de argola, salto alto com spikes, colares estilo chockers e gravatas na cor preta. 

A sensação era de que toda a plateia estava imersa em uma narrativa escolar, que nos remetia a série adolescente espanhola “Elite”, da Netflix. O design da passarela remetia a uma lousa, com rabiscos feitos em giz por toda a sua extensão. 

Além do estilo jovial, um outro dominava: o sensual. Meias arrastão, corsets pretos e jeans, luvas, vestidos curtos drapeados - além dos com rendas e cetim - fechavam a dinâmica idealizada pela grife.

 

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Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

 

 

 

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Os desfiles, os estreantes e as tendências: confira o resumo do que aconteceu no último dia da 56° edição do SPFW
por
NINA JANUZZI DA GLORIA
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16/11/2023 - 12h

Abrindo o último dia da São Fashion Week nesse domingo (12), Lino Villaventura celebrou os 45 anos de sua marca com uma coleção composta por 70 looks, na qual buscou focar em novidades, deixando os clássicos em segundo plano. 

O designer abriu o desfile com roupas super coloridas que brilharam sob os holofotes, seus visuais oitentistas foram compostos por meia-calça sobreposta por meias neons que iam até os joelhos. Como parte da performance, os modelos desfilaram incorporando gracinhas como piruetas e danças, durante o catwalk.

SPFW N56: Lino Villaventura — Foto: @agfotosite

Logo após o primeiro ato de apresentação, os looks que abriram a segunda parte remeteram brevemente a coleção anterior de Villaventura, que contava com vestidos longos e referências góticas. Com essa deixa, o conjunto de peças que seguiram foi composto por minivestidos e vestidos com nervuras e capas leves, em plástico ou organza. Todos os modelitos foram construídos com cores fortes, que acrescentavam um tom dramático junto das transparências fluídas.

Lino Villaventura comemora 45 anos de marca no SPFW — Foto: @agoftosite

Abrindo os desfiles da noite, Heloisa Faria estreou nas passarelas do SPFW, apresentando uma coleção carregada com referências do seu próprio estilo, além da essência upcycling. Peças de tricô e camisaria dominaram a passarela.

A técnica de upcycling que Faria domina se trata de uma reutilização criativa de produtos, peças e resíduos, para a criação de novos, sem a desintegração do mesmo, porém o utilizando em uma função diferente.

Heloisa Faria.  Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

Seguindo essa linha, Heloisa criou com esse processo peças fluídas e leves, a partir de vestidos de noivas da antiga Pilar - fundada por Andrea Garcia nos anos 2000. Os looks contavam ainda com rendas, jeans, moulage e outros pequenos detalhes que deram identidade a essa coleção.

A apresentação contou ainda com um show de Luiza Lian, que vestia uma das roupas da designer: um vestido branco, repleto de pequenos retalhos de rendas coloridas.

Heloisa Faria e Luiza Lian.  Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite

Encerrando o último dia de desfiles da SPFW 56, a marca Bold Strap roubou a cena com sua coleção “Bold Lesson”, que retrata com rebeldia e fetichismo a transição entre colégio e universidade.

Nessa temática, a grife paulistana montou um verdadeiro cenário universitário, porém com um toque especial, incrementando um toque de extravagância. Peças grunge e ferozes fecharam a edição com a participação da atriz Camila Queiroz no desfile.

SPFW N56: Bold Strap — Foto: Gabriela Queiro @gabiqueiroph

O estilista responsável pela coleção, Peu Andrade, buscou referências das vivências de garotos e garotas nos anos 2000, em especial, em personagens caricatos do audiovisual da época, como o clássico filme “Meninas Malvadas”, de 2004.

A marca ainda levou 30 modelos com um olhar único e diverso sobre corpos e gêneros, mostrando que os estereótipos estão por fora, além de expressar o contraste das culturas punk rock e emo, de modo contemporâneo.

SPFW N56: Bold Strap — Foto: Gabriela Queiro @gabiqueiroph

Ambos os estilistas que participaram do último dia de desfiles trouxeram em suas coleções uma característica em comum: a mistura e celebração de coleções, estilos e culturas do passado, repaginados com elementos do presente e contando histórias de formas inovadoras.

 

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Confira as marcas que ganharam os holofotes no último sábado (11), em que grandes estilistas celebraram sua ancestralidade
por
Enrico Souto
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16/11/2023 - 12h

 

Modelos alinhados durante o desfile da marca Ateliê Mão de Mãe, na São Paulo Fashion Week.
A marca Ateliê Mão de Mãe abriu a série de desfiles no quarto dia da SPFW 56 (Foto: Marcelo Soubhia/ @agfotosite)

A 56ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW) passou por seu quarto dia de desfiles no último sábado (11). Oito marcas apresentaram suas coleções para o Verão 2024, que atravessaram questões como ancestralidade, sustentabilidade e diversidade.

E isso não é por acaso. A segunda temporada do evento em 2023 foi nomeada “Origens”, e desafiou 40 marcas a usar das peças para refletir sobre a importância de reconhecermos e preservarmos nossas raízes. A seguir, apresentamos os principais destaques dos desfiles do dia 4 da SPFW.

Ícaro Silva durante desfile da Ateliê Mão de Mãe, na SPFW
Ícaro Silva também foi presença carimbada no desfile do Ateliê Mão de Mãe
(Foto: @agfotosite) 

A sequência de desfiles se iniciou às 10h no Shopping Iguatemi, pela Ateliê Mão de Mãe. Dirigida por Patrick Fortuna e Vinicius Santana, juntamente de sua mãe, Luciene Santana, a marca tem enfoque em peças de crochê, todas feitas à mão. A AMM lançou recentemente uma parceria com a C&A e, para a 56ª edição do maior evento de moda do país, traz a coleção “Água de Meninos”

Nomeada pelo tradicional bairro de Salvador, capital baiana, o desfile explorou a cultura, vivência e espiritualidade do local, a partir das memórias afetivas dos próprios criadores. Com peças minuciosamente tricotadas, que exploram tons terrosos do verde ao laranja, o destaque fica para Baco Exu do Blues, que estreou nas passarelas junto à grife.

Imagem do desfile de João Maraschin, na SPFW
Vestido tricotado com materiais alternativos para o desfile de João Maraschin (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Logo em seguida, João Maraschin trouxe sua marca homônima ao palco da Fashion Week. O designer gaúcho, radicado em Londres, fez do sua estreia no evento uma ode à moda artesanal e consciente. Com a coleção “Home”, ele explorou o feito à mão através de alternativas sustentáveis, como tecidos jaquards fabricados em algodão orgânico, além de tricôs elaborados com cordas e linhas de pesca.

"[Minha moda] é colaborativa, coletiva e de suporte, com a educação e a preservação de técnicas manuais como principais pilares", explica Maraschin, que trabalhou juntamente a artesãos de comunidades do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Imagem do desfile de Ângela Brito, na SPFW
Peça com estampa de Maxwell Alexandre durante desfile de Ângela Brito (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Fechando os desfiles do Iguatemi, a marca de Ângela Brito tomou as passarelas com a coleção “Romaria”. Nascida em Cabo Verde, na África, e morando no Rio de Janeiro há 28 anos, a diretora criativa usou das peças em tons neutros para realizar um comentário sobre imigração: “a ideia veio desse questionamento de quando as pessoas voltam para sua cidade de origem e, a partir disso, entender como isso influência no comportamento cultural local”, ela comenta.

A grife de Ângela está no mercado desde 2014 e investe em uma moda “afrocosmopolita”, que reflete o diálogo entre sua cultura de origem e todas as outras que ela teve contato ao longo da vida. Entre os looks, inspirados em festas cabo-verdianas tradicionais, quatro contam com estampas projetadas pelo artista Maxwell Alexandre.

Imagem do desfile de Rocio Canvas, na SPFW
Looks ousados com inspirações diversas marcaram o desfile da Rocio Canvas (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Às 17h30, abrindo alas aos desfiles no Komplexo Tempo, a Rocio Canvas, fundada pelo designer Diego Malicheski, apresentou sua quarta participação na SPFW. Para a concepção de sua nova coleção, a grife desafiou a efemeridade das tendências da moda para criar uma série de peças atemporais.

Nesse processo, a marca brinca com referências múltiplas. De bolsas e botas de couro à la BDSM, até acessórios vintage inspirados em fotos antigas de sua mãe, dos anos 60 a 90, Diego revisita códigos que se cristalizaram ao longo de sua trajetória, redigindo uma carta de amor ao próprio ‘fazer’ moda.

Imagem do desfile da marca Az Marias, na SPFW
Elenco plural de modelos foi destaque em desfile de Az Marias
(Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

"Florescer – Ato III: Fogo" dá nome ao desfile da marca Az Marias, nesta edição do SPFW. Um elemento essencial à natureza, a CEO Cintia Felix se aprofunda na contradição entre renascimento e destruição das chamas, unindo sustentabilidade, referências à religiões de matriz africanas e um elenco de modelos que foge dos padrões estéticos tradicionais.

Com uma coleção de mais de 30 looks, Az Marias se apossa de tons de vermelho, laranja e dourado, explorando o contraste entre o sombrio representado pelas cinzas e o vibrante evocado pelas chamas. Com uma trilha sonora predominantemente de dancehall, gênero da cultura popular jamaicana, a grife ainda usou do palco para discutir questões como desenvolvimento sustentável e legalização da maconha.

Imagem do desfile de Renata Buzzo, na SPFW
Looks brilhantes fizeram do desfile de Renata Buzzo um dos mais notáveis (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Em um movimento inverso, Renata Buzzo decide desbravar o mar. Sendo a terceira parte de uma série de coleções apresentadas na SPFW desde novembro de 2022, “ASTRO/NÁUTICA” usa os oceanos como alegoria para comentar o lugar das mulheres na sociedade, frequentemente enxergadas como inconstantes: ora passionais, ora destrutivas. Muitas vezes, essas são reações à violências de homens – aqui, representados pela lua –, que continuam intocados em seus pedestais.

Com um elenco de modelos totalmente feminino, as peças ousadas de Buzzo passeiam pelo azul, prata e nude, com uma produção totalmente vegana. As mulheres de ocupavam o palco usavam maquiagens brilhantes, que se espalhavam até seus cabelos molhados, como se tivessem acabado de voltar de um mergulho.

Imagem do desfile da marca Santa Resistência, na SPFW
Peça com estampa inspirada em xilogravuras para o desfile de Santa Resistência (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Mônica Sampaio, fundadora da marca Santa Resistência, mudou-se do Recôncavo Baiano para o Rio de Janeiro enquanto ainda era criança e, desde então, jamais cortou vínculos com sua terra natal. Para seu desfile para a SPFW, a estilista conta sua história em uma releitura às obras de Catulo da Paixão Cearense (1863-1946), um dos maiores compositores da música popular brasileira e migrante, assim como ela.

Batizando a coleção como “Paixão Segundo Catulo”, Sampaio se une a outros artesãos nordestinos para projetar looks que celebrem a arte da região, com uma gama diversa de tons terrosos e estampas que remetem a xilogravuras e paisagens predominantes do Maranhão, Ceará e Rio. “[...] Quis trazer para a passarela o sertão que há dentro de mim. Saímos das nossas terras, mas carregamos conosco as lembranças e o carinho”, ela declara.

Imagem do desfile da marca Forca Studio, na SPFW
Modelo caminha ao lado de cinzas cenográficas durante desfile da Forca Studio (Foto: Ze Takahashi/ @agfotosite)

Encerrando as apresentações de sábado (11) com chave de ouro, a Forca Studio aborda as mudanças climáticas na coleção “Heatwave”. Através de peças de impacto, que evocam um cenário utópico e sensorial, a marca traduz nossas angústias com as crises ambientais globais. “Vivemos em um momento sem precedentes, e sentimos que a moda deve se tornar parte dessa mudança inadiável”, acrescenta um dos fundadores, o DJ e estilista Silvio De Marchi. 

A sustentabilidade, entretanto, também se vê fora das passarelas. Para o desfile, a Forca produziu seus looks através de materiais recicláveis, como câmaras de pneus, além de uma linha de tecido de borracha, produzida manualmente por tribos amazônicas. Durante a apresentação, a passarela foi tomada por cinzas de madeira queimada, tornando a mensagem literal e ampliando a imersão do público. 

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A 56ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW) chegou ao seu fim após cinco dias intensos, apresentando 38 desfiles e uma série de talks sobre moda e temas relacionados.
por
Sophia G. Dolores
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15/11/2023 - 12h

Foi o caso de Luiza Brunet, que surpreendeu ao fazer um retorno emocionante às passarelas após quase 30 anos de aposentadoria. O desfile pela carioca ‘The Paradise’ foi aplaudido, juntamente com a participação de Preta Gil e Izabel Goulart.

Aconteceu em novembro mais uma edição do SPFW
Aconteceu em novembro mais uma edição do SPFW  (Foto: Reprodção/ Instagram)

João Maraschin e Sau conquistaram o público com suas propostas frescas e autênticas. Maraschin, com suas peças de macramê e tricô, enquanto Sau trouxe elegância minimalista à moda praia.Helô Rocha também marcou seu retorno ao SPFW após seis anos, escolhendo o icônico Teatro Oficina para destacar uma coleção que celebra as raízes nordestinas.

A permanência da opção de compra de ingressos pelo público em geral também foi elogiada, pois proporcionou uma oportunidade mais acessível para os entusiastas da moda e estudantes participarem do evento. Além dos desfiles, o SPFW ofereceu diversas palestras sobre temas variados, desde responsabilidade social a inovação na moda, ampliando a experiência do evento.

Alguns desafios foram enfrentados e criticados, como os desfiles que ocorreram em dois espaços distintos em São Paulo, apresentando desafios de acesso via transporte público. Além dos atrasos frequentes e a falta de informações organizacionais que também foram observados.

Apesar de avanços na quebra de padrões estéticos, a representatividade de corpos diversos ainda precisa ser ampliada, especialmente em relação à presença de pessoas gordas nas passarelas.

Responsável pela mídia e marketing do evento
Responsável pela mídia e marketing do evento (Foto: Reprodção/ Instagram)

Para entender melhor os bastidores do evento, Kaio Raffael, publicitário e social media responsável por todas as redes sociais, marketing e divulgação do SPFW N56 contou sobre os insights sobre a estratégia digital adotada para amplificar a presença do evento e aproximar ainda mais os fãs da moda.

Kaio destacou: "Nosso foco foi criar uma narrativa envolvente nas redes sociais, proporcionando aos seguidores uma experiência única. Utilizamos estratégias inovadoras para divulgar os desfiles, buscando estabelecer uma conexão autêntica com o público."

O publicitário, ao abordar as críticas direcionadas ao evento, ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda: "Todas as críticas são valiosas para nós. Estamos cientes dos desafios enfrentados, como os atrasos e a questão da diversidade. Encaramos essas observações como oportunidades de aprimoramento [...] nosso compromisso é evoluir a cada edição, garantindo que o SPFW seja um espaço inclusivo, acessível e representativo para todos os amantes da moda. A crítica construtiva nos impulsiona a fazer melhor na próxima vez, e estamos dedicados a proporcionar uma experiência ainda mais extraordinária nas edições futuras."

 O publicitário ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda
 O publicitário ressaltou a importância de ouvir e aprender com a comunidade da moda (Foto: Reprodução/ Instagram)

O SPFW N56, com seus altos e baixos, encerra mais uma edição, deixando marcas na indústria da moda e abrindo espaço para reflexões sobre o futuro do evento, e principalmente da moda.

 

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Mario Queiroz, reconhecido por seu trabalho no segmento masculino, participa da Escola de Verão da PUC-SP
por
Rodrigo Ferreira
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13/11/2023 - 12h

O estilista e professor, Mario Queiroz, consultor e designer de moda, autoridade em Moda Masculina, com diversas apresentações na SPFW, está ofertando um curso intensivo durante os dias 15 a 19 de janeiro de 2024, na PUC-SP, dentro do projeto Escola de Verão

Queiroz é Doutor em Comunicação e Semiótica pela mesma universidade, e sobre o curso, diz que “trata dos papéis da comunicação na moda e analisa a Moda como forma de Comunicação”. Em conversa com alunos de jornalismo da universidade onde se realizará o curso, ele lembra que a moda e a comunicação não se separam, até mesmo quando se trata de política, “a moda é política, me veio uma situação de ontem, em que o grampo da gravata do governador era uma metralhadora”, ressalta o estilista.

Em seu olhar, muitas coisas são ditas através da moda, assim como o adorno de arma usada por Tarcisio de Freitas em uma gravata passa uma mensagem de ódio. Em sua opinião, hoje ocorre um “fenômeno novo, em que a moda advinda das periferias cresce muito”, e “a roupa já nem sempre é indicativo de condição social”, o que pode democratizar relações sociais em certas situações. Ele traz inclusive um exemplo pessoal, em que em frente a uma loja de luxo em Paris, mesmo vestido com “roupas de rua”, foi convidado a entrar, o que era impossível com os mesmos trajes em sua juventude.

Após 20 edições no SPFW (São Paulo Fashion Week), e fechar sua loja, Mario Queiroz decidiu se dedicar à atividade docente, já tendo realizado cursos no Senac e outras instituições, tendo como tema principal de pesquisa a questão de gênero”. Fiz o doutorado, tese ‘homem e/ou mulher’, não publicado, porque no meio do caminho veio um convite para fazer um livro acessível a todos sobre masculinidade ‘homens e moda no século XXI’”, diz o professor, que acredita que “a moda é a forma como você quer se representar, vai além da roupa”.

 

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O evento promoveu a arrecadação de fundos para o museu em parceria com a grife Chanel, prestando homenagem às histórias indígenas junto da presença de Vanessa da Mata
por
Giulia Fontes Dadamo
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22/09/2023 - 12h

Aconteceu ontem (19) a 9ª edição da MASP Festa, celebração anual do museu que foi criada com a missão de arrecadar fundos para conseguir verbas para a instituição. O tema deste ano, "Histórias Indígenas", foi o centro de diversas oficinas, exposições, cursos e palestras da instituição durante 2023.

A organização, em parceria com a Chanel, contou com a presença de empresárias, modelos, atrizes e amantes do mundo da moda. "É uma festa que é muito ligada à valorização da arte e da cultura brasileira, o MASP fomenta e incentiva artistas brasileiros há muitos anos, então é uma ode à cultura e essa conexão entre cultura e moda." diz a atriz Carla Salle em entrevista, convidada pela marca para participar do evento. 
 

Carla Salle
Carla Salle. Imagem: Helena Maluf

A noite começou com um jantar assinado pela chef Manu Ferraz, do restaurante A Bananeira, que possui um espaço no subsolo do museu. Como entrada, foram servidos grandes montes desconstruídos de manteiga e flor de sal posicionados bem ao centro da mesa, cobertos por formigas da Amazônia para comer com pãezinhos. Já o prato principal foi peixe no molho de tucupi, purê de banana e salada de feijão. Apesar da escolha extravagante, a chef buscou valorizar a cultura brasileira nos seus pratos.

Após o jantar, o professor pesquisador Ibã Huni Kuin do Acre, integrante do “Movimento dos Artistas Huni Kuin” (Mahku), fez uma apresentação na língua nixi pae. Ibã envelopou a icônica rampa do museu com pinturas do coletivo que está em exposição no MASP. "É uma primeira experiência que nós indígenas que estamos chegando no museu mostrando a cultura de língua, de cura e de admiração. Eu tô muito feliz compartilhando esse conhecimento, encontrando vários artistas e mais informações."
 

Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin
Da esquerda para a direita: Carmo Johnson, Mytara Karaja Rare Huni Kuin e Ibã Huni Kuin. Imagem: Helena Maluf
 

As atrizes globais convidadas pela Chanel, Sophie Charlotte (que estrela o filme "Meu Nome é Gal" no dia 19/10) e Isabelle Drummond (que possui rumores de participar numa novela na HBO Max futuramente) demonstraram seu apoio à causa do tema principal da noite. "A moda que movimenta tanto a opinião pública pode ajudar nessa luta de colocar a questão indígena no Brasil no centro da conversa. Demarcação é importantíssima, demarcação já!" disse Sophie. "Todo tipo de manifestação dá voz à causas, às esferas e aos povos. Essa movimentação e o fato das pessoas estarem aqui em prol disso já dá voz e traz conscientização." acrescentou Isabelle, que manifestou sua intensa identificação com o assunto após contar sobre suas visitas à terras indígenas. 

 

Sophie Charlotte e Isabelle Drummond
Da esquerda pra direita: Sophie Charlotte e Isabelle Drummond. Imagem: Helena Maluf

O evento contou com outros convidados famosos para prestigiar o evento. Além do curador do museu Adriano Pedrosa, a festa estava repleta de patronos do MASP, art advisors, e empresários — como Paula Mageste (CEO da Globo Condé Nast), Carol Bassi (dona da marca que carrega seu nome), Maria Laura Neves (redatora-chefe da Vogue Brasil) e Sandra Annenberg (jornalista).

Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi.
Da esquerda para a direita: Sandra Annenberg, Igi Ayedun e Carol Bassi. Imagem: Helena Maluf

Igi Ayedun, jovem patrona do MASP, artista e dona da galeria de arte Hoa manifestou muito orgulho em apoiar todas as atividades do museu ao contar sobre ser uma das responsáveis pelo envolvimento da a Chanel com a festa."É muito bom que o MASP se responsabilize por fazer a história dos povos originários parte da cronologia da arte brasileira."

A vantagem dessa relação dos patronos com a marca foi ressaltada pela convidada do Iguatemi, Taciana Veloso. "É muito interessante ter a Chanel, uma marca tão importante no universo de moda e luxo, apoiar essa causa não é? A cultura faz parte do nosso país de uma forma muito relevante e essa é uma oportunidade de a gente estar aqui e prestigiar a arte brasileira e o museu que conta uma história linda pra gente.", expôs a profissional de RP e uma das criadoras da Index.

Apesar de já possuir oito edições anteriores a essa, a MASP Festa teve pela primeira vez "sold-out" nos ingressos do show, segundo afirmação de Vanessa da Mata no seu Instagram. A empresária, patrona do museu e dona da grife de beachwear Jo De Mer esteve na festa desde a primeira edição e comentou sobre sua evolução ao longo dos anos: "O evento está ficando cada vez maior com mais adesão tanto da classe artística quanto de pessoas que apoiam o museu e a Chanel abre o caminho para outros patrocínios, para que em algum momento outros brands brasileiros possam estar envolvidos em eventos com fim de divulgar arte, cultura e nossas raízes."

Para finalizar a noite, a festa contou com apresentações de Vanessa da Mata, indicada ao Latin Grammy Award por melhor álbum de MPB pelo seu novo disco Vem doce, e a DJ Dani Vellocet, que tocou até o fim da festa.

Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet
Da esquerda para a direita: Vanessa da Matta e DJ Dani Vellocet. Imagem: Helena Maluf
 

 

A temporada foi marcada por muitas peças fluídas de alfaiataria, rendas, transparências, metalizados e mais!
por
Giovanna Montanhan
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15/09/2023 - 12h

Os eventos intitulados fashion weeks surgiram com uma espécie de peças-chave na indústria da moda, são eles os agentes capazes de promover as últimas tendências e coleções de estilistas renomados. Paris, Milão, Tóquio e São Paulo, assim como Nova Iorque, são cidades que sediam essas semanas e se destacam nesse cenário fashionista

A norte-americana e publicitária na área da moda, Eleanor Lambert, foi a responsável por organizar a primeira semana de moda na década de 40. No período em que a Segunda Guerra Mundial estava em vigor, criou o ‘’Press Week’’ (Semana da Imprensa) -  reuniu jornalistas especializados no ramo e designers norte-americanos para divulgar suas coleções sazonais. Este evento surgiu em virtude das consequências deixadas pela guerra, quando a França, por exemplo, estava profundamente envolvida no conflito e não podia se concentrar em apresentações de grandes grifes.

Após a realização da primeira Semana da Imprensa, a revista Vogue (fundada nos Estados Unidos, em 1894) dedicou suas páginas às tendências norte-americanas, e não apenas às francesas.

Com o cessar da guerra, essa ocasião intitulada como Semana da Imprensa, veio a ser o que conhecemos hoje pela Semana de Moda de Nova Iorque. 

Nesta edição, várias tendências chamaram a atenção. Designs ousados e inovadores, tecidos leves e com transparências que refletiam a sensualidade feminina, as clássicas camisas brancas, os looks brilhosos e metalizados com certeza ocuparão grande parte do nosso guarda-roupa nesta estação, além de muita alfaiataria oversized, quebrando as regras tradicionais de se usar a peça com corte ajustado e apresentando-a em proporções mais exageradas.

As coleções apresentaram uma fusão de estilos retrô misturados a abordagens futuristas, criando um equilíbrio entre o nostálgico e o vanguardista. A moda sustentável também desempenhou um papel significativo, com muitas marcas que incorporaram materiais e práticas ecologicamente conscientes em suas criações. 

Foram seis dias repletos de glamour na cidade da Big Apple. Entre os dias 08 e 13 de setembro, 71 marcas desfilaram, majoritariamente de forma presencial - com a mostra virtual de apenas duas delas (Maisie Wilen e Et Ochs). 

Primeiro dia (08/09):

Destaque para:

Helmut Lang - fundada em 1986, na França, por um estilista de nome homônimo da marca, Helmut atingiu o ápice do sucesso entre os anos 90 e 2000, e agora quem assume sua direção criativa é o vietnamita Peter Do. O que se destacou durante o desfile foi a forte presença de ternos - do smoking aos de alfaiataria - camisetas com frases do poeta Ocean Vuong, peças de couro e o estilo esportivo como base para os visuais. 

Christian Siriano - fundada em 2008 nos Estados Unidos, pelo estilista de nome homônimo da marca. Ficou conhecido, por ter vencido o reality show ‘’Project Runaway’’ -  um programa de televisão de competição de moda em que aspirantes a estilistas competem em desafios semanais para criar roupas criativas e inovadoras, são julgados por estilistas renomados do ramo, com o objetivo de ganhar visibilidade e uma oportunidade na indústria da moda.

Christian sempre se mostrou preocupado em incluir todos os tipos de corpos na passarela, além de brincar com diferentes texturas e formas, apresentou tecidos fluídos que transmitem leveza, muitas camadas e designs únicos.

 

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Foto: Divulgação

 

 

Ralph Lauren - fundada em 1964 nos Estados Unidos, pelo próprio Ralph Lauren. A grife surgiu de forma inóspita. Ralph chamava atenção por ter o costume de usar gravatas estreitas, até que um dia, ele decidiu criar sua própria marca de gravatas. Este desfile foi um dos principais da noite e considerado um dos mais esperados pelos amantes da moda, visto que fazia quatro anos que a marca não participava da semana de moda de Nova Iorque, pois a empresa vinha tendo dificuldades para se adequar às demandas dos consumidores e do mercado. E o resultado não foi nada positivo. 

A razão do retorno talvez parta de uma tendência que viralizou recentemente nas redes sociais intitulada “Old Money” -  um estilo de vida associado a famílias de longa data com riqueza e status social estabelecidos ao longo de várias gerações. No caso da moda, esse estilo de roupa é caracterizado e almejado pelos jovens, como algo elegante que valoriza a qualidade e os cortes da peça. A partir disso, a marca teve a oportunidade de voltar a ativa, pois sempre fez o seu nome em cima de padrões mais clássicos, atemporais e tradicionais. 

Foi possível observar nas passarelas peças em jeans com estampas, bordados, corsets, saias compridas, muita alfaiataria mesclada com o estilo esportivo, além de cores neutras e listras.

 

Coach - fundada em 1941 nos Estados Unidos, por um grupo de artesãos. Começou com a produção de artigos de couro (como carteiras e bolsas). 

Mais adiante, foi comprada pelo grupo americano Tapestry (que também comanda a americana Kate Spade). O ponto alto da noite (e da marca) foi o uso do couro sustentável, além de peças que resgatam essa essência dos anos 90, com vestidos colados, transparência com renda, e tecidos reutilizados de outras coleções antigas. 

 

Prabal Gurung - fundada em 2009, pelo estilista nepalês-americano de mesmo nome, seu foco foi na tendência de peças metalizadas, no uso abundante de cores vibrantes, e roupas que remetem ao frescor do verão, além de apostar em maxi acessórios (com destaque para os brincos).

 

Collina Strada - fundada em 2008, nos Estados Unidos, por Hillary Taymour, é uma marca que possui ideais sustentáveis e utiliza materiais reciclados para criar suas coleções. A ideia que a estilista quis transmitir com esse desfile, aconteceu a partir de uma reflexão sobre o futuro em virtude dos inúmeros desastres ambientais causados pela crise climática. Com o auxílio de uma ferramenta de IA, Hillary junto de sua equipe, construíram os looks dessa temporada. E o resultado pode ser visto a partir de peças maximalistas, assimétricas, com espartilhos, sobreposições, mix de texturas, cetim e rendas. 

 

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Segundo dia (09/09): 

Destaque para: 

Proenza Schouler - fundada em 2002, nos Estados Unidos, pelos sócios Jack McCollough e Lazaro Hernandez. Trouxeram a atmosfera dos anos 90 de volta para a passarela, em um desfile repleto de peças de alfaiataria, sobreposições e tecidos leves. 

PatBo - foi a única marca brasileira inserida na programação. Fundada em 2012, pela estilista mineira Patrícia Bonaldi, a coleção vibrante, inspirada nos anos 70, apostou em modelos com bastante movimento, franjas, aplicações de pedrarias e peças que não escondem a sensualidade da mulher. 

 

patbo
Foto: Divulgação

 

Com a presença da transparência, corpos reais na passarela, cores fortes, como as características da bandeira do Brasil (verde e amarelo), cores neutras (como branco e bege) e as cores que remetem o estilo jovial (como pink e lilás), a beleza do desfile foi assinada pela marca homônima da jornalista e empresária Bruna Tavares. 

Khaite - fundada em 2016 nos Estados Unidos, por Catherine Holstein. Seu estilo é baseado nas típicas mulheres nova-iorquinas, com a cintura e ombros bem marcados. A modelagem oversize toma conta da grande maioria dos looks, os modelos drapeados e com transparência também estão presentes. 

As cores transitam do neutro (preto e branco) para o metalizado (dourado), ao verde militar, vermelho e laranja.

Eckhaus Latta - fundada em 2012 nos Estados Unidos, por Mike Eckhaus e Zoe Latta. Para criar seus visuais, a marca utilizou uma tecnologia de tecelagem em 3D chamada Vega, que inclusive foi lançada nesse desfile e inserida no mundo da moda. Esse feito contribui para a redução de resíduos, o que faz com que a marca alcance um potencial sustentável. Os looks, em sua maioria, eram peças em jeans reconstruídos, tops de malha, tecidos translúcidos e metalizados. 

 

Palomo Spain - fundada em 2015 na Espanha, por Alejandro Gómez Palomo. Seu objetivo era fazer uma coleção andrógina que mostrasse a dualidade do ser humano. Parte do desfile focou no desejo carnal e na sensualidade (representada pela cor vermelha), enquanto a outra parte mais romântica teve foco na pureza (representada pela cor branca), com calças de penas, blazers croppeds, shorts, vestidos transparentes e conjuntos cobertos de flores. 

O uso da renda  contrastava com as peças feitas em jeans e em couro. ‘’Jardim das Rosas‘’ foi o título escolhido para nomear essa coleção, por isso, até as bolsas tinham formato de rosas com hastes que quase alcançavam o chão, além de tecidos rosa claro, que exibiam ilustrações florais por meio de vestidos com gola, calças esvoaçantes e corsets. 

Dion Lee, fundada em 2009 na Austrália, pelo designer homônimo ao nome da marca. O designer saiu de sua zona de conforto, que costuma ser monocromática nesta temporada, e abraçou os tons mais vibrantes. 

O desfile apresentou um encontro entre o atelier e a oficina, onde peças como chaves de fenda foram transformadas em corsets, ferramentas viraram cintos e andaimes se tornaram inspiração para joias. 

Calças jeans volumosas laminadas e peças em couro foram destaque, além dos tons metálicos muito presentes nas saias, vestidos texturizados, tanto em preto quanto em vermelho.

 

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Terceiro dia (10/09):

Destaques para: 

FFORME - lançada em setembro de 2022, pelas sócias Nina Khosla e Laura Vazquez. Foi apresentada uma coleção focada em peças de alfaiataria como calças, saias e blazers, túnicas, vestidos midi que modelam o corpo, peças de couro maleável e uma grande aposta na tendência do chinelo de dedo, que promete ser o hit da próxima estação.

Jason Wu Collection - fundada em 2007 em Taiwan, pelo designer de mesmo nome. Sua coleção intitulada ‘’Solstício’’, teve como base peças feitas com artesanato e apresentou looks em tom off-white - com a aparência de roupas comidas por traças - estampas inspiradas na natureza em casacos e camisas, uma variedade de tecidos translúcidos, silhuetas afinadas e cores monocromáticas.

 

jason wu
Foto: Divulgação

 

Phillip Lim - fundada em 2005 nos Estados Unidos, pelo designer homônimo e por Wen Zhou. Apresenta uma coleção baseada no estilo urbano esportivo, com peças em jeans, e uso abundante da cor cáqui. Construiu modelos em silhuetas feitas de náilon, muita alfaiataria, transparência, texturas e bordados.

 Area - fundada em 2014 nos Estados Unidos, pelos estilistas Piotrek Panszczyk e Beckett Fogg. A marca forneceu um toque de excentricidade para o desfile, com a ideia inicial de contar uma história a partir do homem pré-histórico, além da presença de peles (feitas por jeans estampado de cores variadas) e ossos (de resina) para representar os visuais - tudo de maneira sustentável. Além da enorme quantidade de cristais utilizados. 

Ulla Johnson - fundada em 1998 nos Estados Unidos, pela estilista de nome homônimo. Seu estilo característico é o maximalista. Suas peças, em geral, são marcadas pelas estampas animal print, psicodélicas, muitos modelos em xadrez, plissados, bordados, drapeados e tecidos leves. Algumas peças foram inspiradas na arte excêntrica da pintora Shara Hughes. 

 

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Quarto dia (11/09):

Destaque para: 

Michael Kors - fundada em 1981 nos Estados Unidos, pelo estilista homônimo. Michael trouxe à tona as décadas de 60 e 70 para este desfile. Peças rendadas nas cores neutras (caramelo, preto e branco) foram destaque, além de blazers e tricôs. Os vestidos variavam de tamanho, indo desde os mais curtinhos até os mais longos. 

Altuzarra - fundada em 2008 nos Estados Unidos, por Joseph Altuzarra. Inspirou-se na Nouvelle Vague - movimento cinematográfico francês das décadas de 50 e 60, conhecido por sua abordagem criativa e pela ruptura com as convenções tradicionais do cinema, com foco na experimentação narrativa e visual. Para esta coleção criou uma atmosfera que transparecia o estilo romântico, com a presença de cetim, poás e peças bufantes.

 

altuzarra
Foto: Divulgação

 

Tory Burch - fundada em 2004 nos Estados Unidos, pela estilista de nome homônimo. Uma coleção minimalista, com foco nas curvas, sapatos com bordas arredondadas, óculos de sol em formatos não tradicionais e coloridos, além do cetim como protagonista em vestidos, túnicas e casacos. 

 

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Quinto dia (12/09): 

Destaque para: 

Carolina Herrera - fundada nos anos 80, pela venezuelana de mesmo nome. O desfile foi assinado pelo diretor criativo Wes Gordon, que atua há cinco anos no cargo. 

O show foi aberto com a icônica camisa branca da marca, junto de vestidos longos e midis florais, que dispunham de muito volume. Croppeds, saia lápis, peças brilhosas e vestidos de renda com transparência foram destaque. O encerramento ficou por conta da mesma versão da camisa famosa, só que na cor preta. Uma coleção que mostrou que a marca sempre permanecerá com os mesmos valores tradicionais, apresentando modelos que ilustram a classe e a elegância da mulher moderna.

 

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Foto: Divulgação

 

 

Gabriela Hearts - fundada em 2015, pela uruguaia de mesmo nome. Gabriela foi diretora criativa da grife Chloé por três anos. Agora, a estilista volta às raízes com sua marca própria. 

Para esta coleção, usou do trabalho do haitiano Levoy Exil, para criar peças artesanais feitas em macramê e bordados. Modelos de alfaiataria foram a peça chave para compor os looks, além de calças largas e saias midi, Gabriela fez uso da transparência por meio de vestidos, e também exibiu visuais de paetês feitos de material reciclado e couro de descarte. 

Elena Vélez - fundada em 2018 nos Estados Unidos, pela designer de nome homônimo da marca. Ela fez da passarela convencional um verdadeiro lamaçal para as modelos desfilarem suas criações. De tênis Nike a chinelos e saltos altos, os calçados afundavam na lama. 

Peças em linho e algodão, látex, tons de marfim, vestidos com corsets, camadas de lingerie, jaquetas, calças com cintos e costuras aparentes, saia com modelo assimétrico, casacos alongados, calças jeans e roupas térmicas fizeram o desfile da estilista memorável. 

O conceito estipulado por ela para esta coleção foi representar uma espécie de ‘’heroína anti-moda’’, além de criticar a estética feminina moderna. 

 

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Sexto dia (13/09): 

Destaque para: 

Puppets and Puppets - fundada em 2019 nos Estados Unidos, pelos sócios Carly Mark e Ayla Argentina. O desfile começou ao som da canção ‘’Careless Whisper’’ de George Michael, interpretada por um saxofonista conhecido por tocar nas estações de metrô de Nova Iorque, chamado John Ajilo. As peças transitavam entre vestidos de tafetá cáqui com mangas curtas a camisetas e calças largas cáqui,com bolsos fundos. A coleção também apresentou vestidos de lantejoulas drapeados e peças com franjas. Os acessórios considerados surrealistas incluíam uma banana pendurada na transversal - como se fosse uma bolsa- uma bolsa com uma colher gigante de prata como alça e uma nova colaboração entre a marca Keds com tênis de lona, cobertos de boquinhas de batom. 

 

puppets
Foto: Divulgação

 

Luar - fundada em 2017 nos Estados Unidos, por Raul Lopez. A marca apresentou uma coleção repleta de peças bem estruturadas em alfaiataria, peças sem distinção de gênero, com formas futuristas e acessórios excêntricos. Também foi visto na passarela, óculos de sol anexados a blusas, camisas acolchoadas, pulseiras de cristal nos punhos e saias longas com contas. 

 

PH5 - fundada em 2014 na China, pelos sócios Wei Lin e Zoe Champion. 

O foco do desfile foram peças de malha feitas à mão, coletes de tricô, golas assimétricas, e acessórios descolados. Além do clássico chinelo com meia que faz parte do estilo casual. As cores que predominaram foram as de tons pastéis. 

 

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Dia a dia em um dos bairros mais movimentados de São Paulo
por
Leonardo de Sá
|
11/09/2023 - 12h

Na última terça-feira (03), em um dos bairros mais movimentados de São Paulo, encontramos um variado estilo de vestimenta. Com uma origem oriental, a região chama a atenção pela grande quantidade de jovens e adultos usando roupas populares da cultura pop de países como Coreia do Sul e Japão. O ambiente enriquecedor e particular representa a infusão da cultura brasileira e asiática.

Então, neste ensaio fotojornalístico procurei abordar as gerações mais novas e suas inspirações. 

 

Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Homem posando com sua tatuagem em evidência. Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Homem posando com sua tatuagem em evidência. Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Homem posando com sua tatuagem em evidência. Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Homem posando com sua tatuagem em evidência. Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Acessórios que compoê o estilo. Autor Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Acessórios que compoê o estilo. Autor Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Mãe e filha posam com roupas inspiradas na cultura oriental: Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Mãe e filha posam com roupas inspiradas na cultura oriental:
Autor: Leonardo de Sá
Fotojornalismo | Moda cotidiana no bairro da Liberdade
Mãe e filha posam com roupas inspiradas na cultura oriental. 
Autor: Leonardo de Sá

 

O evento de moda direcionado para pessoas plus size fez no dia 2 e 3 a sua 35 edição com mais de 50 marcas participando
por
Felipe Assis Pereria da Silva
|
11/09/2023 - 12h

Em São Paulo, na sua avenida mais conhecida e cartão postal da cidade, a Avenida Paulista, ocorreu um grande evento de moda importante que nesta edição comemora com sucesso a sua 35 edição. O Pop Pluz size é um grupo que oferece moda e cultura plus size, dando espaço inclusivo e democrático para todos que frequentaram o evento, tanto para as marcas que participaram do mesmo. Criando um local acolhedor e importante para pessoas que a "grande moda" sempre olhara com desdém.

FELIPE
Feira Pop Plus Foto: Felipe Assis
FELIPE
Feira Pop Plus-Felipe Assis
FELIPE
Feira Pop Plus - Foto: Felipe Assis
FELIPE
Feira Pop Plus Foto: Felipe Assis
FELIPE
Feira Pop Plus - Foto: Felipe Assis
FELIPE
Feira Pop Plus - Foto: Felipe Assis

 

Diversidade de estilos e looks marca a moda cotidiana no bairro da capital paulista
por
Kauã Alves
|
11/09/2023 - 12h

Fotografias feitas para a disciplina de "Fotografia: Projetos". O tema proposto foi moda e estética, e o Bairro da Liberdade, em São Paulo, é referência e polo cultural quando se trata do assunto. O bairro reúne diversas gerações através da cultura asiática, com as famosas lanternas vermelhas e muita culinária japonesa, as roupas se alternam em visual oriental e os clássicos "cosplays".

Mãe e filha com roupas de estilo oriental
Mãe e filha pousam com roupas de estilo oriental. Autor: Kauã Alves
Homem pousa com óculos escuros na principal avenida do bairro
Homem pousa com óculos escuros na principal avenida do bairro. Autor: Kauã Alves 
Homem e mulher com cosplays de personagens de anime
"Cosplays" pousam com roupas de personagens de anime. Autor: Kauã Alves
Detalhes de tatuagem
Homem pousa com tatuagem colorida à mostra. Autor: Kauã Alves
Mãos com anel no parque da liberdade
Mãos com anel no parque da liberdade. Autor: Kauã Alves
a
Amigos se alimentam no parque da liberdade com roupas de animes. Autor: Kauã Alves