O Congresso em Foco, site de jornalismo independente focado nos detalhes do congresso nacional Brasileiro publicou uma matéria buscando revelar as dificuldades de encontrar candidatos que genuinamente tem um foco importante nas questões ambientalistas e causas sociais, tentando diferenciar quando essas bandeiras são levadas a série e quando são apenas uma coletânea de refrões para atrair eleitores.
Com o início da campanha legislativa dia 16 de Agosto e mais de 10 mil candidatos tendo que disputar os 45 dias antes da eleição resulta em um espaço muito competitivo, que dificulta a pesquisa para representativos de ideais mais progressivos.
O primeiro semestre de 2022 foi marcado pela apresentação de projetos de lei prejudiciais a às pautas de clima e sócio-ambientais, permitindo aberturas que favorecem a fragilização do licenciamento ambiental, a premiação de grileiros, a promoção do uso de agrotóxicos, a redução de áreas protegidas, a fragilização de normas de proteção das unidades de conservação e o Código Florestal.
No máximo, apenas 1/3 dos parlamentares podem ser considerados aliados ou simpatizantes das causas climáticas e sócio-ambientais por meio de sua participação na câmara e no senado por meio de seu histórico de votação.
Em uma tentativa de aumentar esse percentual, deram se início a um processo de coalizão na criação do painel farol verde, juntando 26 organizações e redes da sociedade civil com o intuito de facilitar a pesquisa do vereador baseado em sua colaboração para pautas de teor ambientalista.
Usando o índice de convergência ambiental como referência, uma coletânea de pautas que permitem ver o histórico de voto de todos os candidatos à reeleição no congresso nacional, também apresentando de projetos de Lei oferecidos por esses representantes, de pauta aderente aos princípios favoráveis à conservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável do Brasil e suas populações marginalizadas.
O painel Farol verde também aceita o perfil de novos candidatos que desejam participar da corrida eleitoral, podendo se inscrever no projeto e inserir seus dados no banco de pesquisa após a participação de um questionário indicando o posicionamento do candidato em relação às pautas referentes ao índice de convergência ambiental.
A semana que antecedeu o ato do Bicentenário da Independência, utilizado pela campanha de Bolsonaro como manobra de marketing e de engajamento do eleitorado, assim como demonstração de mobilização de forças, foi marcada pelo novo escândalo imobiliário da família do presidente.
Como explicita a reportagem publicada pelo UOL, a família do candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL) comprou, nos últimos 32 anos, 107 imóveis - dos quais 51 foram total ou parcialmente adquiridos em dinheiro vivo. Ao todo, foram investidos R$13,5 milhões em espécie.
Como resposta, Bolsonaro acabou alterando seu discurso em relação a compras de imóveis feita com dinheiro vivo e relativizou afirmando que vários destes haviam sido comprados pelo seu ex-cunhado (nome associado a apenas 8 das referidas compras).
O atual presidente da República também concedeu à rede Jovem Pan uma entrevista exclusiva na qual afirmou ter visitado as obras da ponte nas fronteira do Paraguai. Segundo o mandatário há a possibilidade dos dois países utilizarem em conjunto o Lago de Itaipu para a piscicultura.
Na entrevista, Bolsonaro também foi questionado quanto ao último levantamento das pesquisas feito pelo Paraná Pesquisas, a qual apresenta um empate técnico entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (respectivamente com 37,1% e 41,3%), e responde que o público apresenta uma “aceitação excepcional ao nosso mandato”. O presidente atribui essa aceitação com as diminuições no preço dos combustíveis e ao índice de desemprego: “só tem notícia boa”.
Embora o Brasil tenha voltado ao mapa da fome e venha passando por momentos de insegurança democrática com os recentes ataques e condutas golpistas do atual presidente, Bolsonaro afirma que “você tem que comparar o Brasil com o mundo; o Brasil tá muito melhor do que qualquer outro país do mundo”.
Menciona também a mentira sobre a criação do Pix - na qual alega ter criado esse meio de pagamento - e o como essa medida afetou o setor bancário, que já afirmou não ter sido abalado por ela.
Nesta segunda-feira (29), repercutiu a fala de Jair Bolsonaro contra a jornalista Vera Magalhães durante o debate da Band. O candidato do Partido Liberal (PL) alegou que a repórter era a “vergonha do jornalismo” por abordar as questões polêmicas das vacinas contra COVID-19 - esnobadas pelo presidente atual.
Seguindo o seu dia no Palácio do Planalto, Bolsonaro convidou defensores da educação do homeschooling - educação domiciliar. Logo, encontrou oito embaixadores.
Já na terça-feira (30), amedrontados com a grande rejeição de Bolsonaro, seguranças do candidato temem envenenamento por sanduíches em debates. Em Brasília, um grupo bolsonarista banca outdoors em prol de ato golpista na próxima semana - 7 de Setembro.
Nesta quarta-feira (31), atacado no último debate pelo candidato do PL, o presidente do Chile - Gabriel Boric - insinuou como a América Latina deve se unir perante um suposto golpe na próxima quarta-feira do Bolsonarismo.
Na quinta-feira (1), o último resultado da pesquisa DataFolha saiu. Lula perdeu a soberania do primeiro turno, logo abrindo um caminho para Bolsonaro participar do segundo. Porém, Bolsonaro lidera como o candidato com a maior rejeição do eleitorado.
Já na sexta-feira (2) , Bolsonaro reagiu à tentativa de homicídio do Fernando Andrés Sabag Montiel, 35, contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Com um tom de obrigação, mencionou que já mandou uma notinha e que lamenta o ocorrido. O candidato do PL relembrou a facada de 2018 e constatou como o agressor não sabia mexer com a arma.
A nova rodada da pesquisa Datafolha, contratada pela TV Globo, divulgada nesta quinta-feira (01), mostra que o ex-presidente Lula (PT) se mantém na liderança isolada para a disputa do Palácio do Planalto. O petista aparece com 45% das intenções de voto, ante 32% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma diferença de 13%.
Embora o candidato do PT siga na dianteira, a sua porcentagem de votos diminuiu 2% quando comparada a pesquisa anterior de 18 de agosto
No cenário atual, Lula não venceria o pleito no primeiro turno. Segundo o DataFolha, o petista tem 48% dos votos válidos, excluindo brancos e nulos.
A descida de Lula já era esperada pela campanha do petista, pois o candidato vem sofrendo ataques de três adversários ao mesmo tempo e sobre o mesmo tema, que é a corrupção. Embora já fosse esperado, o sinal de alerta está ligado no Partido dos Trabalhadores.
A pesquisa só não foi pior para Lula, pois Jair Bolsonaro não se movimentou. Ao que tudo indica, a margem de crescimento do atual presidente acabou. Bolsonaro tem 32% das intenções de votos no primeiro turno.
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 45% (na pesquisa anterior, de 18/8, estava com 47%)
- Jair Bolsonaro (PL): 32% (32% na pesquisa anterior)
- Ciro Gomes (PDT): 9% (7% na pesquisa anterior)
- Simone Tebet (MDB): 5% (2% na pesquisa anterior)
Para o candidato à reeleição, o cenário de estabilidade não é nada bom. Isso porque o presidente gastou bilhões de reais em benefícios sociais que colocam em xeque o futuro do país para nada. Essa estratégia para reeleição há tempos daria certo, porém o desastre governamental de Bolsonaro foi tão grande que nem isso pode salvá-lo.
TERCEIRA VIA
Se os dois dianteiros tem pontos a lamentar, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) tem algo para comemorar. O ex-ministro subiu dois pontos percentuais e agora tem 9% e a candidata do MBD tem 5%, um acréscimo de 3 pontos percentuais em comparação com a última pesquisa.
Ciro comemora, mas de maneira comedida o seu avanço. O bom desempenho do candidato do PDT no debate promovido pela Band, TV Cultura, portal UOL e Folha de São Paulo o fez crescer dentro da margem de erro, que pode ser enxergado como nada demais. O ex-ministro ainda está muito longe do 2° turno e faltam 30 dias para as eleições. Ou seja, pouco tempo para uma subindo exponencial.
Se de um lado Ciro Gomes comemora timidamente, Tebet celebra com mais força. Embora a candidata do MBD siga com a porcentagem abaixo dos dois dígitos, ela foi a única a subir acima da margem de erro. Isso é notável, pois o ótimo desempenho no debate da semana passada colocou Tebet em evidência.
Se a senadora manter o desempenho nos próximos debates, há margem de crescimento. Talvez não para ir ao segundo turno deste ano, mas sim para ser conhecida pelo público para o próximo pleito.
O Datafolha ouviu 5.734 pessoas em 285 municípios de terça (30) a esta quinta (01). O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR00433/2022.
O Instituto DataFolha divulgou nesta quinta feira (01) mais uma pesquisa eleitoral para o governo de São Paulo. Fernando Haddad (PT) mantém a liderança das intenções de votos com 35%, mas viu sua vantagem aos demais candidato cair em relação a última pesquisa do dia 18 de agosto. Tarcísio de Freitas aparece com 21%, um aumento de 5%, e Rodrigo Garcia tem 15%, antes eram 11%.
- Fernando Haddad (PT): 35% (na pesquisa anterior, de 18/8, estava com 38%)
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 21% (16% na pesquisa anterior)
- Rodrigo Garcia(PSDB): 15% (11% na pesquisa anterior)
O cenário é preocupante para Fernando Haddad, pois sua vantagem confortável para Tarcísio de Freitas caiu acentuadamente. Se na pesquisa anterior a diferença era de 22%, na mais recente, despencou para 14%. O petista perdeu espaço nos seguintes segmentos:
- Nas faixas etárias de 25 a 34 anos (de 42% para 30%) e de 35 a 44 anos (de 40% para 31%)
- Entre eleitores com escolaridade média (de 38% para 32%),
- Entre os mais ricos, com renda superior a dez salários (de 41% para 30%)
- No eleitorado que se declara de cor preta (de 48% para 39%).
A queda de Hadadd mostra que ainda há falhas no diálogo da esquerda com a população média.
Já Tarcísio de Freitas vem surfando em uma crescente acentuada. O candidato de Jair Bolsonaro avançou em quem tem entre 25 e 34 anos (de 15% para 24%), entre quem tem escolaridade superior (de 18% para 26%) e na faixa de renda de 5 a 10 salários (de 23% para 35%). Além disso, o eleitorado de centro, que é tendência no estado de São Paulo, vem comprando as ideias de Tarcísio.
Outro que subiu foi Rodrigo Garcia. Mas, mesmo que tenha melhorado seus índices, a situação do atual governador é delicada. Com o aumento de Tarcísio, a possibilidade de Garcia ir para o 2° turno é cada vez menor. O candidato do PSDB tenta manter a hegemonia do partido no estado paulista, mas esbarra na polarização que é vista nacionalmente sendo refletida em São Paulo. Há uma grande chance da dinastia PSDB acabar neste pleito de 2022.
SEGUNDO TURNO
A pesquisa DataFolha também mostra cenários de 2° turno para o governo de São Paulo. Em uma eventual disputa entre Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas, o petista aparece com 51% das intenções de votos, contra 36% do candidato de Republicanos. Vale levar em consideração que a diferença diminuiu entre os dois candidatos para o segundo turno. Haddad em 18/08 estava com 53%, enquanto Tarcísio estava com 31%.
- Fernando Haddad (PT): 51% (na pesquisa anterior, de 18/8, estava com 53%)
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 36% (31% na pesquisa anterior)
- Brancos e nulos: 9% (12% na pesquisa anterior)
- Não sabe: 3% (4% na pesquisa anterior)
Já em um cenário de 2° turno entre Fernando Haddad e Rodrigo Garcia, o candidato do PT segue na dianteira com 48% das intenções de votos, contra 38% do atual governador. A diferença também diminuiu em relação a última pesquisa, visto que Haddad estava com 51% e Garcia estava com 32%.
- Fernando Haddad (PT): 48% (na pesquisa anterior, de 18/8, estava com 51%)
- Rodrigo Garcia(PSDB): 38% (32% na pesquisa anterior)
- Brancos e nulos: 11% (14% na pesquisa anterior)
- Não sabe: 3% (4% na pesquisa anterior)
O DataFolha ouviu 1.808 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro em 74 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-04954/2022.
A nova rodada da pesquisa IPEC, encomendada pela TV Globo, divulgada nesta segunda-feira (29), mostra que o ex-presidente Lula (PT) segue na liderança isolada para a disputa do Palácio do Planalto. O petista aparece com 44% das intenções de voto, ante 32% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em relação a pesquisa feita em 15 de agosto, não houve nenhuma alteração na porcentagem de intenção de votos dos dois candidatos. A pesquisa tentou mensurar qual o impacto da sabatina realizada no Jornal Nacional na semana passada. Ao que tudo indica, o cenário das eleições se mantém em estabilidade, o que é bom para Lula e ruim para Jair Bolsonaro.
No cenário apresentado pelo IPEC, ainda há a possibilidade de Lula vencer o pleito no primeiro turno, mas está dentro do limite. Segundo o Instituto, o petista tem 50% dos votos válidos, excluindo brancos e nulos. até o pleito no dia 02 de outubro, é possível que a possibilidade de vitória no primeiro turno não se concretize.
A nova pesquisa para o lado de Bolsonaro é preocupante. Um cenário de estabilidade é ruim para o atual presidente, pois evidencia que Bolsonaro não tem mais margem de crescimento e que seu discurso contra Lula e as medidas econômicas não colaram na população. Em que pese o desempenho regular do candidato do PL na sabatina do Jornal Nacional, integrantes do QG bolsonarista acreditavam em uma subida do presidente na pesquisa. Cada dia que passa, fica mais difícil a vida do atual presidente.
Depois dos dois dianteiros, aparece Ciro Gomes (PDT) com 7% das intenções de votos. o ex-ministro oscilou um ponto para cima em comparação com a ultima pesquisa IPEC. Embora tenha acontecido um aumento, o cenário do pedetista segue complicado há quase 30 dias do primeiro turno.
Simone Tebet (MDB) também subiu, agora tem 3% - eram 2% na pesquisa de 15 de agosto. A senadora segue no mesmo cenário de Ciro Gomes: há um crescimento, mas tímido e dentro da margem de erro.
2º turno
Em um cenário de 2° turno, Luiz Inácio Lula da Silva segue na dianteira com 50% das intenções de votos, contra 37% de Jair Bolsonaro. Em relação a pesquisa anterior, Lula oscilou 1 ponto para baixo, enquanto Jair Bolsonaro teve um aumento de 2%. Ambos dentro da margem de erro.
- Lula (PT): 50%
- Bolsonaro (PL): 37%
Pesquisa espontânea
Na resposta espontânea, onde não são mostrados os nomes dos candidatos, os números de Lula e Bolsonaro estão próximos da estimulada. Lula tem 40%, enquanto Bolsonaro tem 31%, o que mostra uma forte certeza de votos dos eleitores de ambos os candidatos.
- Lula (PT): 40% (41% na pesquisa anterior, em 15 de agosto)
- Jair Bolsonaro (PL): 31% (30% na pesquisa anterior)
- Ciro Gomes (PDT): 4% (3% na pesquisa anterior)
- Simone Tebet (MDB): 2% (0% na pesquisa anterior)