Professora de Ciências Sociais aponta a polarização intensificada como motivo da última eleição brasileira ter sido a mais acirrada da história
por
Pedro Rossetti
Gabriel Ferro
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18/09/2023 - 12h

As eleições no Brasil são, muitas vezes, um espetáculo de intensidade política e competição acirrada. Em 2022, a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro pela Presidência da República se tornou a mais parelha e toda história democrática brasileira, com menos de dois pontos percentuais de votos, onde o candidato do PT foi eleito com 50,90% contra 49,10% do então presidente, com 99,96% das urnas apuradas em todo o país.

Desde a redemocratização em 1988, apenas 6 eleições haviam chegado ao segundo turno, sendo a primeira de 1989 e as últimas cinco que vão de 2002 até 2018. Analisando a diferença entre os percentuais dos candidatos é possível ver que não há muita discrepância entre eles, porém, cada vez mais, o país passou a se dividir e formar disputas muito acirradas pelo cargo de poder mais alto do país.

Lula e Bolsonaro em debate durante as eleições de 2022. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Lula e Bolsonaro em debate durante as eleições de 2022. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Para entendermos como o Brasil passou a separar se em partidos políticos, Rose Segurado, Professora de Ciências Sociais da PUC-SP, compartilhou em entrevista com a Agemt, alguns insights valiosos sobre os fatores que alimentam essa disputa eleitoral apaixonante, destacando o peso do poder econômico, a influência das elites políticas e os desafios inerentes a um sistema político diversificado.

Conforme Segurado afirma, “A influência das eleições depende do contexto e da conjuntura política do momento, variando ao longo do período eleitoral. No entanto, um fator crucial que sempre se destaca é o poder econômico. Os interesses do capital e das elites políticas estão constantemente presentes e influenciam os resultados à medida que financiam e investem em candidatos alinhados com seus projetos políticos.”. É inegável que o poder econômico desempenha um papel significativo nas eleições, conferindo vantagens consideráveis a candidatos apoiados financeiramente pelas elites. Esta influência não apenas molda a agenda política, mas também exerce impacto nas escolhas dos eleitores.

Outro ponto de destaque feito pela especialista é a complexa paisagem partidária do Brasil: “Atualmente, contamos com uma miríade de partidos políticos, chegando a cerca de 35. Muitos destes partidos têm abordagens fisiológicas, priorizando a manutenção de determinados grupos no poder ou servindo como apoio, especialmente os chamados ‘partidos nanicos’,” A fragmentação do sistema político brasileiro pode tornar a escolha dos eleitores uma tarefa desafiadora, já que muitos partidos têm agendas pouco claras e frequentemente buscam alianças com as principais forças políticas em busca de poder e recursos. O resultado é uma falta de clareza sobre as opções disponíveis.

A professora enfatiza que embora haja evoluções ao longo do tempo, as raízes dos desafios eleitorais persistem. Ela destaca, com urgência, a necessidade de uma reforma política abrangente no Brasil para abordar essas questões estruturais, porém existe um empecilho: “Claro que nós temos mudanças ao longo do tempo, mas não muda substancialmente, a raiz das questões continua as mesmas. É muito difícil fazer uma reforma política radical, porque quem vota por essa reforma são os próprios parlamentares, então, evidentemente, como eles querem a perpetuação de um dado jogo político, eles não têm interesses em mudanças que sejam mais substanciais.”

            Por fim, uma questão que tem sido pauta em diversas áreas na atualidade é o avanço tecnológico e principalmente, as redes sociais. Não é apenas no Brasil que as eleições passaram a ter uma divisão muito grande de opinião popular, Estados Unidos, Angola e Israel, por exemplo, tiveram suas últimas eleições marcadas pelos detalhes nos números de votos, que se tornaram as mais acirradas de suas histórias democráticas.

Rose buscou destacar essa influência da internet na última eleição, especialmente destacando a propagação de Fake News, “Pela influência das redes sociais, as campanhas se tornam mais pulverizadas e com usos tecnológicos, algorítmicos e muito dinheiro, financiam algumas candidaturas ou distribuem fake news e desinformação pelas redes para afetar adversários políticos dessa tal candidatura. Isso vem contaminando muito o processo eleitoral, sobretudo nos últimos anos e as pessoas acabam escolhendo muitas vezes um candidato ou partido com base em um conjunto de mentiras e informações que não tem base nos fatos, então, esse é um problema muito grande para a democracia representativa na atualidade”. Além disso, completa com a questão da falsa sensação de ligação entre o candidato e seus eleitores, “A gente pensa que as redes podem garantir uma comunicação direta com o candidato, e essa é uma sensação falsa obviamente, candidatos têm uma equipe para promover essa interação e fazer com que o eleitor sinta que o candidato está falando diretamente com ele, sem nenhum tipo de mediação”.

Em resumo, as eleições no Brasil são constantemente disputadas devido a uma série de fatores complexos. A influência do poder econômico, a fragmentação do sistema político, a necessidade de reforma política e a crescente influência das redes sociais e da tecnologia são elementos que contribuem para a intensidade desse processo democrático. A compreensão desses desafios é essencial para fortalecer a democracia e buscar soluções que promovam eleições mais transparentes e representativas.

 

Esta reportagem foi produzida como atividade extensionista do curso de Jornalismo da PUC-SP.

 

Em seu próximo governo, "centrão" será peça fundamental
por
Antônio Bandeira de Melo
Gustavo Manfio
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18/11/2022 - 12h

No dia 30 de outubro de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, Partido dos Trabalhadores (PT), foi, pela terceira vez, eleito presidente do Brasil. Com 50,9% dos votos válidos, Lula derrotou Jair Bolsonaro, Partido Liberal (PL), no 2° turno mais apertado da história. Pouco mais de 2,1 milhões de votos separaram os dois candidatos. Lula já havia ocupado o cargo duas vezes, sendo a autoridade máxima do Poder Executivo entre 2003 e 2011. Mas, este seu terceiro mandato tem uma grande diferença para os anteriores: a base de apoio ao presidente parece enfraquecida. Nos últimos anos, com a polaridade da política brasileira o antipetismo se fez forte, o que levou ao crescimento da extrema direita no Brasil. Dessa vez Lula enfrentará maiores desafios para sua governabilidade.

Oswaldo Amaral, cientista político e professor da UNICAMP, explica que a pouca diferença entre os candidatos ocorreu por dois fatores. O primeiro é uma corrida eleitoral injusta. “Muitas das regras eleitorais foram violadas ou burladas, especialmente no que se toca a gastos. Foram mais de 50 bilhões de reais gastos em poucos meses, com clara finalidade eleitoral. Então isso fez com que, mesmo com a mal avaliação do governo Bolsonaro na maior parte do tempo, as eleições fossem equilibradas. A quantidade de recursos despejadas na economia fez o atual presidente ser mais competitivo.” O segundo era o antipetismo, e o fato de serem dois concorrentes com grande rejeição.

O Congresso Nacional é órgão constitucional que exerce as funções do poder legislativo. Ele é bicameral, então, é composto por duas casas: o Senado Federal, câmara alta, e a Câmara dos Deputados, câmara baixa. O Senado é integrado por 81 senadores que representam as 27 unidades federativas. Os mandatos são de 8 anos, então a cada 4 anos se renova um ou dois terços do Senado. Para exemplificar: em 2022, foram 27 senadores eleitos, um de cada unidade federativa, ou seja, um terço do Senado foi renovado. Nas próximas eleições serão dois terços. Ao todo, cada estado é representado por 3 senadores. Para 2023, os partidos políticos com mais eleitos são: PL (13), União (12), PSD (11), MDB (10) e PT (9).

Já na Câmara dos Deputados são 513 deputados federais que representam o povo. O número de deputados federais eleitos por estado leva em consideração o tamanho de sua população. Desse modo, o limite máximo por unidade federativa é de 70 deputados, caso de São Paulo, e o mínimo é 8, caso do Acre. Seus mandatos são de 4 anos, e em cada eleição se renova toda a Câmara Baixa. Se somarmos os partidos considerados de esquerda, que tendem a apoiar Lula, são 126 eleitos, sendo 68 do PT. Em contrapartida, o partido com maior número de representantes é o PL, de seu opositor, e atual presidente, Jair Bolsonaro, com 99 representantes. União Brasil (59), PP (47), PSD (42), MDB (42) e Republicanos (41) são os outros partidos com mais representantes. Os números mostram uma governabilidade difícil para o futuro chefe de poder.

Amaral cita algumas diferenças entre o futuro mandato de Luís Inácio e seu primeiro, em 2002. “A presidência da República está mais enfraquecida na sua relação com o Parlamento. Então, antes, o presidente tinha o poder de agenda maior, o que facilitava para ele a construção das coalisões para governar. Agora, com as mudanças que aconteceram durante o governo Bolsonaro, mudanças no regimento interno da Câmara, com alterações na forma de distribuição das emendas dos parlamentares, isso deu mais poder para o presidente da casa e os parlamentares. A construção das alianças e da coalisão pós-eleitoral, que torna possível a administração do governo fica mais difícil do que quando Lula assumiu pela primeira vez.”

Andréa Freitas, cientista política e professora da UNICAMP, aponta que os atores políticos mudaram significativamente do seu primeiro mandato para agora.  “Mudaram os partidos com as maiores bancadas, na época em que foi presidente pela primeira vez, as maiores bancadas eram do PT, PSDB, PFL e PMDB. E, agora vemos o surgimento de dois atores muito fortes o PL, mais a direita, e o União Brasil, antigo PFL, repaginado em uma fusão com o PSL. Tem também o PSD, do Kassab. Do ponto de vista dos partidos políticos a variável constante é o PT, à esquerda. Embora, o União Brasil venha do antigo PFL ele passou por muitas mudanças ao longo do tempo. Não dá para dizer que é a mesma coisa de 2003.”

Ela também explica que o Congresso não é muito diferente do qual o Lula governou pela primeira vez, quando se divide entre esquerda, direita e centro. “O PT tinha grande bancada, mas os partidos de esquerda não. Vale lembrar que em seu primeiro governo, o PSOL se separa do PT, então mesmo na esquerda tinha uma oposição. De forma geral, a divisão da casa se mantém, um quarto a direita, um quarto a esquerda e dois quartos para o centro.” A professora analisa que “a direita, o PL, e talvez outros pouco pequenos partidos fiquem a oposição. O resto dos partidos de centro, nessa ideia que se convencionou de ‘centrão’, já tem declarado apoio ao Lula e a intenção de fazer parte da coalisão. No primeiro governo ele tinha oposição muito forte no PSDB e no PFL que tinham duas grandes bancadas e faziam a oposição de forma sistemática. Hoje, o União Brasil, novo PFL, com as mudanças das características, já declarou a intensão de formar coalisão com o governo. E, o PSDB declarou que pode votar favoravelmente as medidas de Lula se isso se alinhar com as preferências do partido. Então existe uma coalisão pré-montada em termos de intenções, que, claro, vai depender das negociações da composição dos gabinetes dos ministérios. Como o Lula vai distribuir os ministérios entre esses partidos vai decidir se eles vão ‘jogar juntos’ ao longo do governo.”

Em termos de formação da coalisão Freitas explica que Lula deve negociar com o mesmo número de partidos. “Além dos partidos de esquerda e da federação que ele faz parte, alguma coisa entre 7 ou 8 partidos para formar a coalisão de governo”.

Diante do cenário conturbado e da grande polarização política, Lula deu início às estratégias muito antes de seu mandato começar. Participando das eleições desde 1989 e de volta à concorrência presidencial, o candidato do PT formou a maior coligação de sua carreira política e das eleições de 2022. A aliança juntou 9 partidos políticos: PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, Solidariedade, Avante, Agir e PSB, partido do vice Geraldo Alckimin, o adversário principal de Lula na eleição de 2006. Além disso, para o 2º turno teve o apoio oficial dos dois principais concorrentes que ficaram pelo caminho, Simone Tebet (MDB), terceiro lugar em votos, que participou de sua campanha, e Ciro Gomes (PDT), quarto lugar em votos, que acompanhou a decisão do seu partido.

Nas eleições do segundo turno, as 27 unidades federativas se dividiram em 13 vitorias para o candidato do PT, e 14 para Bolsonaro, mesmo Lula tendo ganhado em votos absolutos, sendo que o único local onde teve alteração no resultado do primeiro para o segundo turno foi o Amapá, onde na primeira disputa Lula venceu, mas na segunda Bolsonaro saiu vencedor. Dentro dos locais onde o eleito presidente ganhou, fica muito claro sua soberania no nordeste, mas também fica a insatisfação do centro-oeste, sul e sudeste, que mostraram a preferência pelo atual presidente. Algo já tradicional, segundo a professora.

Entretanto, para Freitas, o fato de ele não ter ido bem nessas regiões não implica em menos apoio no legislativo federal. Para ela, “a preocupação é com os governadores. Mas, como estados e municípios são muito dependentes do governo federal em recursos financeiros, não deve haver uma oposição muito forte. Não no sentido que eles vão se alinhar, ou defender as propostas encabeçadas pelo presidente, mas no sentido que eles não devem ser uma oposição quando o assunto não implicar em temas caros para os próprios estados. Os governos estaduais não devem implicar na redução nas taxas de sucesso ou na capacidade de governar do Lula, pensando na relação entre executivo e legislativo. A coalisão entre os líderes partidários é mais importante.”

“A luta pelas mudanças climáticas é indissociável da luta contra a pobreza”.
por
Francisco Barreto
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17/11/2022 - 12h

 

futuro presidente discursando
Lula faz pronunciamento na COP 27 (imagem reprodução)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silvia, nesta quarta-feira, (16) discursou na 27.ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) em Sharm El Sheikh, Egito. As declarações do próximo líder brasileiro expressaram as intenções do futuro governo: em relação às mudanças climáticas; ao modelo de produção agropecuário do país; e ao desejo de mudança das posições diplomáticas brasileiras.

A conferência ocorrida na parte da tarde com Lula foi marcada por um enorme entusiasmo das alas favoráveis ao político, como por boa parcela dos estrangeiros aqui presentes e pela imprensa. Entrar na conferência foi um esforço homérico visto a enorme multidão que se aglomerava na entrada do pavilhão. O clima esquentou quando a maioria do público, não jornalista foi barrado de entrar. A organização precária dos dirigentes da conferência decidira realizar o evento em um salão pequeno com apenas uma entrada; desta maneira, jornalistas e curiosos disputaram palmo a palmo o estreito acesso ao salão.

Lula abriu seu discurso com agradecimentos ao convite do governo egípcio e, em seguida prometeu o retorno da participação efetiva do Brasil aos assuntos de preservação ecológica e controle climático. Teceu críticas a guerra na Ucrânia e afirmou que a fortuna investida no conflito seria melhor empregada a favor do combate ao aquecimento global.

tumulto entre a imprensa e curiosos na entrada do pavilhão onde Lula discursou
Insatisfação generalizada entre o publico impedido de entrar no saguão onde o pronunciamento ocorria (imagem autoral)

O ex-presidente salientou a situação alarmante de fome no mundo e pressionou os líderes presentes de países desenvolvidos a cumprirem suas promessas feitas no passado para que as nações menos favorecidas possam enfrentar as consequências das mudanças climáticas provocadas por suas ações.

O político também aproveitou os holofotes para alfinetar o governo atual taxando-os de negacionistas climáticos. E se comprometeu a abandonar a postura diplomática isolacionista adotada pelo o atual chefe de Estado.

“Entre 2004 e 2012 reduzimos a taxa de devastação amazônica em 83%, ao mesmo tempo, o PIB agropecuário cresceu 75%”, reforçando a disposição do estadista em apaziguar os setores do agronegócio.

Em seguida foi prometido reforçar os laços com países latino-americanos e caribenhos através da realização da cúpula dos países membros do Tratado de Integração e Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CALC), respeitando a soberania dos membros signatários. Também firmou que irá retomar o compartilhamento de tecnologia e de desenvolvimento com os países africanos aliados e combaterá a fome ao nível nacional e internacional.

“Ninguém está a salvo” disse o ex-presidente, explicitando a seca recorde no território nacional e os ciclones nos EUA. “Segundo projeções da Organização Mundial da Saúde, entre 2030 e 2050 o aquecimento global poderá matar 250 mil pessoas por ano”.

Prosseguindo o discurso, Lula reafirmou a desigualdade climática que existe no planeta: “O 1% mais rico do mundo emite 70 mil toneladas per capita de CO₂ por ano, enquanto os 50% mais pobres emitem cerca de uma tonelada, segundo dados disponibilizados na COP 26.” Continuando no mesmo tema, Luís Inácio alega que: “A luta pelas mudanças climáticas é indissociável da luta contra a pobreza”.

Lula reafirma a importância da Amazônia e se compromete a lutar contra o desmatamento em seu governo: “A população Amazonense e os povos originários possuirão papel chave nesta empreitada”. O político demonstrou seu interesse em reativar o Fundo Amazônia sem abrir mão da soberania nacional. Fez questão de expressar seu desejo de que a COP 30, que ocorrerá em 2025, seja realizada em solo Amazonense.

O líder petista prometeu expandir as matrizes energéticas verdes. Além de afirmar que, em seu governo, pretende ampliar a produção agropecuária sustentável com sequestro de carbono, reafirmando que o setor do agronegócio é um importante aliado estratégico.

Foi endossada a continuidade do Acordo das Florestas entre os governos do Brasil, Indonésia e Congo firmados na primeira semana da COP 27.

Lula criticou, também, o atual funcionamento das Nações Unidas (ONU); e que a enfatizando que a organização reflete, de forma antiquada, o cenário político da Segunda Guerra Mundial, em que poucos Estados possuem relevância. Prosseguindo, redirecionou as críticas ao modo de funcionamento da Cúpula de segurança da ONU, especificamente para a política de veto, exigindo uma participação democrática e igualitária de todos os continentes nas Nações Unidas.

A manifestação foi convocada por grupos de extrema direita nas redes sociais, pede intervenção e nega resultado das urnas
por
Artur dos Santos
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02/11/2022 - 12h

Apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no último domingo (30), convocaram manifestações em diversos quartéis militares no país para pedir intervenção militar, intervenção federal e a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal nesta quarta-feira (2). Em São Paulo, a maior concentração foi no região do Monumento dos Bandeirantes e do Quartel General do Exército.

Desde segunda-feira (31) mensagens circulavam em grupos do Telegram convocando a presença de apoiadores na frente dos quartéis de todos os estados para que pedissem Intervenção Militar. As manifestações ocorrem em cidades de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, entre outros estados. 

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Foto encaminhada em grupos do Telegram

As manifestações conversam diretamente com os bloqueios a estradas de diferentes estados do país - que nos últimos dias foram dispersados pela Polícia Federal e por torcidas organizadas - que também discordam dos resultados das eleições.

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"Eu, particularmente, peço Intervenção Federal", diz manifestante à AGEMT
Foto: Artur dos Santos

Em entrevista à AGEMT, um manifestante afirmou que “a grande maioria não concorda com o resultado das urnas”. Segundo ele, haveria urnas que apenas computaram 200 votos durante todo o período de votação, além de cidades com 30 mil habitantes que registraram 70 mil votos. Ambas as afirmações foram desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Placa com os dizeres:"Houve fraude nas urnas, queremos o exército art. 142 (sic)"
Foto: Artur dos Santos
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Foto: Artur dos Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para outro manifestante, esse vestido com roupas camufladas, o Brasil teria chegado em um limite: “chegamos em um limite do Brasil virar um país comunista”. Ainda diz, em meio a estouros de fogos de artifício, que “ninguém aceita um ladrão no poder, então a gente quer todo mundo na cadeia. Todo mundo que tem culpa no cartório que fosse preso”. 

Quanto ao pronunciamento de Jair Bolsonaro feito na terça-feira (1), disse ter sido perfeito: “ele falou o que tinha que falar, quem quiser entender que entendeu. Ele tem as cartas na manga”. Durante a manifestação, a reportagem presenciou uma manifestante perguntando para um policial militar se ele estaria “do nosso lado”; a isso, o policial em questão respondeu que sim. 

 

Presidente diz que manifestações pacíficas são bem vindas e que últimas movimentações são fruto de indignação e sentimento de injustiça
por
Artur dos Santos
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01/11/2022 - 12h

Jair Messias Bolsonaro (PL) realizou nesta terça feira (1) em Brasília seu primeiro pronunciamento após derrota no segundo turno para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu breve discurso, o atual presidente menciona “manifestações populares” e as associa com “sentimento de indignação e injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Também defendeu que os métodos dessas manifestações, que desde domingo (30) bloqueiam as estradas de 25 estados do país impedindo a circulação de remédios, alimentos e pessoas e questionam os resultados das eleições, “não podem ser os métodos da esquerda”. Segundo Bolsonaro, esses métodos “sempre prejudicaram a população”. O atual presidente também mencionou o surgimento da direita no país com os resultados das eleições para o senado e para a câmara, além de afirmar que nunca foi antidemocrático durante seu mandato. 

 

Uma análise das principais propostas de Ciro Gomes apresentadas no debate
por
Murari Vitorino
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01/09/2022 - 12h

Com o início da temporada de debates, começou o período onde o eleitorado julga qual candidato se destaca em comparação aos demais adversários. O debate, é em essência, um exercício político onde as propostas são polidas após serem confrontadas de forma saudável.

 

Porém, o primeiro evento mediado pelo canal Band demonstrou constantes trocas de farpas e ataques pessoais. Muito pouco foi falado sobre o futuro e muito foi glorificado do passado, e nem sempre, de forma sincera. Essa atitude foi marcada pelos três maiores candidatos: Lula, Bolsonaro e Ciro.

 

Ciro Gomes, candidato pelo PDT, almejou através de todo o evento um distanciamento dos dois grandes adversários. Sendo incisivo com ambos e retomando as pautas de corrupção dos governos deles.

 

Ao se dirigir a Bolsonaro, afirmou  que a economia herdada por ele era desastrosa, para insinuar uma incompetência do ex-presidente enquanto se postava como alguém muito mais competente para a economia, acenando para esquerda brasileira ao prometer a taxação de grandes fortunas.

 

Em contrapartida, o pedetista foi quem mais criticou diretamente o atual presidente, apontando as incoerências dele em forma de denúncia, apesar de ainda muito superficial.

 

Seu plano aparenta se tornar uma opção distante entre os dois, uma alternativa completamente nova e diferente. Criticar os dois lados tem sido a forma de se distanciar, porém isso instaura um clima pesado entre as partes, especialmente entre Lula e Ciro.

 

Ficou evidente quando a jornalista Patrícia Campos Melo perguntou para os dois candidatos qual seria a postura dos candidatos em um provável segundo turno onde, possivelmente, ocorreria uma disputa entre  Lula e Bolsonaro. Esta pergunta gerou algumas trocas de críticas sutis entre ambas as partes, porém de forma controlada.

 

PROPOSTAS DE GOVERNO
 

Quando tomou o microfone, a maior parte da fala de Ciro Gomes foi dedicada a glorificar as ações tomadas pelo seu partido no Ceará, seu estado de origem. Dentre o que foi destacado nesse debate, a educação e a segurança pública estiveram em primeiro plano.

 

Possivelmente, um dos tópicos mais delicados de todas as propostas do candidato do PDT, a educação tomou maior parte das suas falas. Remeteu à algo parecido com a reforma do Novo Ensino Médio de 2016 que enfatiza um modelo de estudo novo focado na formação técnica e profissionalizante. A mudança, à época, trouxe uma série de questionamentos e críticas ao governo Temer. Ciro segue no mesmo caminho. Caso não haja mudanças significativas na proposta, essa pauta pode acabar sendo muito controversa em um possível governo.

 

No debate, o candidato pedetista afirmou ter um projeto para automatizar o policiamento em conjunto com o uso de algoritmos, algo que está em vigor nos Estados Unidos. Entretanto, a ação tem se comprovado ser um instrumento que viabiliza a perseguição de policiais em áreas urbanas majoritariamente negras. 

 

Em suma, a problemática ocorre devido aos algoritmos serem apenas números alimentados por pessoas, que por natureza, são parciais. Se uma quantidade considerável de policiais com tendências racistas prenderam pessoas em um bairro específico, o programa vai entender que esse bairro é mais perigoso e vai aumentar a necessidade de policiamento nele, gerando mais crimes menores registrados.

Estas medidas acabam sendo pouco explicadas pelo candidato quando em frente das câmeras, usando o seu livro "Projeto Nacional" como muleta e servindo como gesso de sua campanha, limitando os detalhes de seus planos ao eleitorado dedicado que está disposto a ler um livro de quase duzentas paginas detalhando seus passos caso assuma a cadeira de presidente. 

Ao invés de promover-se, mais procura criticar abertamente os candidatos, sendo mais incisivo ao governo Lula na maioria das vezes, ficando muito evidente no último debate. Muito pouco foi detalhado sobre sua visão de governo, se limitando a promessas eleitoreiras rasas como a tão referida reforma do modelo de impostos.

Petista enfatiza que a iniciativa “vai voltar a ser um programa de governo” que ajudará milhares de pessoas, juntamente a aprovação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
por
Victoria Leal
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31/08/2022 - 12h

O programa Minha Casa Minha Vida, criado em 2009 durante a gestão do governo Lula, foi um projeto de habitação federal do país que proporcionu condições a famílias de baixa renda para adquirirem seu imóvel próprio.


Como o MCMV melhorou o déficit habitacional no Brasil? A Agemt explica:

O programa Minha Casa Minha Vida era voltado para famílias de baixa renda, as quais não tinham um imóvel próprio e nem condições de adquirir o seu. Diante da crise de falta de moradia, o programa entregou cerca de 2,7 milhões de residências que beneficiaram aproximadamente 10 milhões de famílias em mais de 90% dos municípios brasileiros.

Metade das unidades do projeto foram destinadas a grupos de baixa renda, que recebiam até R$1800 reais mensalmente. Além disso, se estabeleceu prioridade para as mães chefes de família. Elas tinham preferência para assinar a escritura no alinhamento da documentação e, em caso de separação, a mulher ficava com o imóvel.


Dentre as famílias que tiveram acesso ao benefício, 70% tinham renda familiar de até R$800 reais por mês, 67,7% eram negros, mais de 50% não tinham o ensino fundamental completo e cerca de 46% recebiam o auxílio “Bolsa Família”.


E como isso impactou na economia ?


Além de todos os fatores sociais do projeto que colaboraram para acessibilizar a aquisição de moradias, houve também um aumento no número de empregos gerados em decorrência dos avanços no mercado imobiliário. Segundo o portal Lula, mais de R$300 bilhões de reais foram investidos na iniciativa, o que serviu como incentivo para empresas de construção imobiliária, além de aumentar 54% dos seus rendimentos
segundo o IBGE.


Mudou a gestão, mas e o projeto? Continua?


Após a posse do presidente da república Jair Bolsonaro, o projeto Minha Casa Minha Vida foi extinguido para dar lugar a outra iniciativa, própria do atual governo, mas que segue uma linha de atuação similar à de o seu antecessor.

O projeto Casa Verde e Amarela é o mais recente programa habitacional do governo federal, no qual, todo financiamento feito a partir do dia 26 de agosto de 2020, por pessoas com renda bruta mensal de até R$7 mil reais mensais, está apto para participar do programa e facilitar a aquisição da residência própria.

Em 2021, o programa teve uma redução de recursos, o que consequentemente desestruturou a parcela do mercado imobiliário responsável pela construção civil das unidades do projeto. Segundo estudos da Fundação João Pinheiro, em 2019, o déficit de moradias chegava aos 5,876 milhões.


Programas habitacionais no cenário político


Mesmo sendo um projeto do atual governo para abarcar o maior número de pessoas no plano habitacional do Casa Verde e Amarela, o mapeamento de renda estipulado é  até R$7 mil reais mensais e nenhuma política de prioridades para eixos sociais acaba tirando a prioridade de grupos familiares em situação de urgência. Isso se explica, pois mesmo com qualquer tipo de auxílio, os trâmites de aquisição por necessidade real não serão vinculados a parcela de baixa renda.

Em depoimento, a reunião com empresários da construção civil em São Paulo que ocorreu terça-feira, 23, o candidato Lula afirma que o Programa de Aceleração do Crescimento “foi extraordinário”, pois a iniciativa do projeto não se fundamentou a partir do gabinete, mas sim, com empresários, governadores e prefeitos. Essa privatização de empresas de construção civil dá margem para que o projeto possa ser realizado sem depender inteiramente do orçamento governamental. Isso assegura que, caso seja reeleito e volte com o projeto Minha Casa Minha Vida, as unidades serão entregues aos proprietários participantes do projeto, dignificando a sua moradia.

O debate reuniu os candidatos mais bem avaliados no DataFolha. Lula desaponta seus eleitores com respostas pouco incisivas
por
Laura Celis Brandão
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31/08/2022 - 12h

O candidato a presidência Luís Inácio Lula da Silva (PT) participou do debate presidencial realizado pela Band no último domingo (28), enfatizando todas as pautas já trazidas anteriormente e mantendo suspense sobre parte de seu plano de governo.

Quando perguntado sobre a Petrobras pelo candidato Jair Bolsonaro (PL), Lula utilizou a mesma “cópia" que apresentou no “Jornal Nacional” na última semana. Ele citou os planos anti-corrupção criados quando ocupava a cadeira da presidência, como o Portal da Transparência, e isentou-se em retrucar o presidente da República sobre os escândalos de corrupção de seu atual governo.

Por mais que especialistas como Tiago Garrido considerem a estratégia de Lula correta em não rebater Jair Bolsonaro no tema abordado, isso acabou gerando um descontentamento por parte dos eleitores do petista. Eles acreditam que o ex-presidente acabou “ficando em cima do muro”, eximindo-se de um posicionamento mais afirmativo.

Lula manteve-se enfatizando os feitos do seu governo (2003-2011) como uma forma de “refrescar a mente” do cidadão que viveu naquela época. Retomou assuntos como educação, o aumento da fome no Brasil, a pandemia e sua inocência nos processos da Lava Jato. Além disso, reforçou que haverá "compromisso com a justiça social, a inclusão com direitos, trabalho, emprego, renda e segurança alimentar”, assim como consta em seu plano de governamental.

Com poucos projetos apresentados pelos candidatos, o debate realizado na BAND, no domingo 28, foi marcado por autoafirmações e meias respostas
por
Artur dos Santos
Fernanda Querne
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30/08/2022 - 12h

Neste domingo (28), Jair Messias Bolsonaro - candidato do Partido Liberal (PL) - participou do debate presidencial na Band junto aos demais candidatos à presidência do Brasil. Jornalistas e presidenciáveis o questionaram sobre a harmonia entre os poderes, fome no Brasil, corrupção na gestão da pandemia e a desregulamentação da venda de armamentos e munições dentro do país.

 

Em um debate morno, Bolsonaro (segundo nas pesquisas de intenção de voto) agiu como de costume ao chamar o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ex-presidiário”, defender “Deus, pátria, família e liberdade” e atacar abertamente a jornalista Vera Magalhães - chamando-a de “vergonha para o jornalismo brasileiro” - após pergunta sobre política de vacinação que o incomodou.
 

Desarmonia entre os poderes

 

O jornalista Rodolfo Schneider perguntou a Jair Bolsonaro sobre a desarmonia entre os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. O candidato do PL explicou que escolheu os seus ministros pelos critérios técnicos, sem ingerência política, mesmo que, no auge da pandemia, um ex-militar - Eduardo Pazuello - tenha administrado o ministério da Saúde e causado a crise de falta de oxigênio em Manaus. 

bolso e moraes
"não tenho problema com poder nenhum", afirma Bolsonaro.
Foto: Yahoo notícias/reprodução

O atual líder do Executivo confirmou intrigas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas afirmou não ter problema com poder nenhum: “O respeito não falta por minha parte”. Em seguida, aproveitou a oportunidade para atacar a operação da Polícia Federal contra os empresários bolsonaristas autorizada pelo presidente do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) na última terça-feira (23).

 

Petrobrás e Corrupção

 

O atual presidente, argumentando com fake news, insistiu que o prejuízo na Petrobras foi de  R$ 900 bilhões por corrupção durante os governos petistas. Porém, segundo o Estadão Verifica, o rombo na Petrobras é de R $6, 17 bilhões. Jair tentou intimidar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao dinheiro desviado - o qual afirmou que poderia ser usado para a transposição do Rio São Francisco mais de uma vez. De acordo com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União Secretaria Federal de Controle Interno, 88% dos pagamentos da transposição ocorreram durante os governos de Lula e Dilma.  

 

Ainda sobre corrupção, Bolsonaro defende: “cadê a corrupção, a nota? Não tem nada!” após chamar Lula (PT) de “ex-presidiário” - apelido ao qual, em resposta, o petista pediu direito à réplica que foi negado pelos moderadores do debate.  

 

MAPA DA FOME DAS NAÇÕES UNIDAS


 

O candidato do Partido Democrátido Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, perguntou a Jair Bolsonaro sobre a volta da fome no Brasil e como a insegurança alimentar afeta o país. O atual presidente culpou a política do “fique em casa” pela inflação econômica e saudou a deflação brasileira e a queda do desemprego - cuja taxa caiu para 9, 3%. Porém, os brasileiros considerados “desocupados”  ainda são 10,1 milhões. 

 

O candidato do PL enalteceu o como os índices da extrema pobreza, provavelmente, diminuirão até o final de 2022 - de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) - embora tenha afirmado que “alguns passam fome sim”. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só houve crescimento da extrema pobreza durante o começo do governo Bolsonaro até 2021. 

 

DISCUSSÃO SOBRE A VACINA 

 

O momento de maior tensão no debate foi o que seguiu a pergunta sobre a queda na política de cobertura vacinal nos últimos anos feita por Vera Magalhães a Ciro Gomes (PDT).

 

Questionando a queda na porcentagem de vacinação (como a da “Tríplice viral que foi de 71% em 2021 a nem 50 % neste ano”), Magalhães pergunta ao Pedetista em quais medidas a desinformação difundida pelo presidente da república pode ter contribuído para agravar a pandemia e quais planos tem para a retomada de um plano de vacinação funcional.

 

Em resposta, Ciro Gomes afirma que “tudo está fora do lugar” e se indigna ao mencionar o desemprego no país. Menciona a brutalidade pela qual o trabalhador informal brasileiro passa todas as semanas e as metas de vacinação que cumpriu em seus mandatos.

vera e bolso
"Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro. A senhora foi conivente com a corrupção”
Foto: Revista Fórum/reprodução

Bolsonaro, em comentário à resposta de Ciro, não falou de políticas de vacinação e atacou a jornalista. “Você dorme pensando em mim. Você faz afirmações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro. A senhora foi conivente com a corrupção”, afirma o presidente. Este comportamento reflete o constante ataque que o atual presidente da República vem fazendo a jornalistas durante seu mandato, responsabilizado por 147 das 430 agressões sofridas por jornalistas no Brasil no último ano.

 

Conheça as propostas do ex-vice governador de João Dória
por
Lucas Santoro Galvani
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29/08/2022 - 12h

O candidato a reeleição ao governo do estado, Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou neste mês seu plano de governo para um possível segundo mandato. O ex-vice governador de João Dória tem propostas para os âmbitos da saúde, segurança pública, meio ambiente, educação e transporte. Confira os destaques:

Saúde: A principal aposta de Rodrigo para esta esfera é a implementação da telemedicina nas redes básicas de saúde dos municípios. Segundo o candidato, evitando o deslocamento e facilitando os diagnósticos da população em geral.

Além disso, o tucano pretende ofertar acompanhamento digital de pacientes por profissionais dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) após cirurgias, sessões de quimioterapia e consultas.

Segurança Pública: O candidato visa uma política de “tolerância zero” na segurança, objetivando a alteração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na intenção de aumentar a internação em casos de infrações violentas para oito anos, atualmente são três anos.

Rodrigo também almeja aumentar o número de vagas no sistema penitenciário de São Paulo, criando mais unidades prisionais. Porém, não há uma estimativa de quantas unidades.

Outro objetivo do atual governador é o fortalecimento do combate ao crime organizado e aos crimes hediondos. Rodrigo também quer acabar com as saídas em feriados dos presos em regime semiaberto, as chamadas “saidinhas”.

Educação: Em caso de vitória, Rodrigo prevê o aumento das escolas em tempo integral do ensino médio, de atuais 2050 para 2500. O candidato também pretende ofertar cursos técnicos e de especialização a todos os estudantes matriculados no último estágio da educação básica.

Meio Ambiente: A aposta do candidato é a criação do “Poupatempo Ambiental, cujo objetivo é reunir todos os órgãos ambientais e centralizar todas as questões de atendimento em um único local.

            Também é proposto que as empresas da iniciativa privada recebam incentivos para investirem e trabalharem em favor das causas ambientais, por meio da PSA (Pagamento por Serviços Ambientais).

Transporte e Mobilidade Urbana: O plano de governo também engloba a conclusão das obras da linha 9 Esmeralda e da linha Laranja do metrô. Prevê também a conclusão da ligação do aeroporto de Congonhas com as linhas 9, 15 e 17 da CPTM e finalizar as obras da linha 2 Verde. Também é prometido o começo das obras do trem que ligará São Paulo à Sorocaba.