O dia sempre começa às 4h00min da manhã num pequeno apartamento de conjunto habitacional em Cidade Tiradentes, extremo leste da capital paulista. Depois de tomar banho e comer, Eduardo desce a rua de sua casa, espera o ônibus fretado da Mercedes-Benz e ruma em direção a São Bernardo do Campo, onde trabalha. Bate o ponto às 5h30, pega seus equipamentos de proteção e inicia seu turno de trabalho na linha de montagem às 5h45min. É lá que ele fica - montando motores de ônibus e caminhões das frotas Mercedes - até 15h00min.
A rotina de Eduardo na montadora, entretanto, mudou nos últimos meses. Tudo parece mais vazio. Alguns rostos conhecidos já não são mais vistos. Até o fretado, que costumava ser mais disputado, agora tem assento vago ao lado da janela. Cerca de 1.200 dos mais 8.000 funcionários da Mercedes de São Bernardo estão de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) e não conseguem trabalhar desde o início de maio. A montadora diminuiu os turnos e a produção de automóveis.
Uma das responsáveis pela situação das montadoras do ABC paulista é a atual taxa de juros, recém fixada em 13.25% ao ano pelo Banco Central autônomo, comandado por Roberto Campos Neto. A cada 45 dias, a taxa Selic (a taxa básica de juros) é determinada num encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central; oito diretores do BC - além do presidente - são os diretores desse comitê.
A ideia geral adotada pelo Banco Central é de que os juros precisam subir para controlar o consumo e fazer com que a inflação caia; atualmente, porém, o Brasil não vive um período de alta da inflação. Segundo levantamento dos portais MoneYou e Infinity Asset Management, descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses (5,32%) da taxa de juros até o mês de julho (13,75%), a taxa de juros reais é de 6,82%. A maior do mundo.
Abuso
Para Paulo Roberto Feldmann, economista e professor da ECA-USP, a atual taxa de juros é abusiva, diminui o poder de compra e impacta a economia negativamente. Ele afirma que, considerando a inflação, a taxa Selic deveria estar em torno dos 5%. “Muitos países sequer colocam diferença de 1% [entre a taxa de juros e a inflação]. Nos Estados Unidos, por exemplo, é 0,5% acima da inflação. No Japão, é menos de 0,5%”, assegura.
O professor também contesta Roberto Campos Neto, que constantemente afirma que as decisões do BC são “técnicas”. “A visão técnica é uma piada. (...) Quando decretaram que o Banco Central seria autônomo, colocaram a raposa para tomar conta do galinheiro. Agora o BC trabalha a favor desse grupo, por isso coloca essa taxa de juros lá em cima”, diz.
O sonho da casa própria
Feldmann explica que alguns dos grandes impactados pela alta da taxa Selic são os empréstimos e financiamentos. As taxas impedem que empréstimos sejam tomados (principalmente por micro, pequenas ou médias empresas), enquanto a população geral perde poder de compra e paga mais caro em financiamentos a longo prazo, como de carros ou casas.
Victória, analista de comércio exterior, conta que sempre teve o sonho da casa própria como o objetivo máximo de sua vida. A família dela, como as de muitos brasileiros, nunca teve um imóvel regularizado, com escritura, para chamar de seu. “É o maior orgulho que eu tenho, e acho que vai ser a minha maior conquista da vida por muito tempo”.
O sonho se tornou prático por meio de um financiamento do programa Minha Casa Minha Vida, contratado no início deste ano. O imóvel ainda está na planta e deve ser concluído daqui dois anos - enquanto isso, Victória precisa pagar o montante, próximo de 200 mil reais. “Por ser um imóvel que não tem nem 30 m², é realmente muito caro”, confessa.
O financiamento, entretanto, se torna uma dor de cabeça para a maioria dos assalariados - como no caso dela. O valor mensal se torna um gasto fixo, e o salário fica comprometido por muito tempo. “Fiquei totalmente engessada financeiramente”, diz. “Vou receber as chaves e não sei se vou ter dinheiro para mobiliar a casa.”
Nem todos conseguem entrar num financiamento. É o caso de João, bancário, que veio do interior para a capital paulista em busca de oportunidades profissionais. Ele conta que já conquistou muita coisa: “O trabalho mudou minha vida. Para quem já teve muito pouco, qualquer pouco é muito”.
Também dono do sonho do próprio “lugar onde cair morto”, como ele mesmo diz, João vive de aluguel na zona leste da capital - e não deve mudar essa situação no futuro próximo. “Para comprar o apartamento pronto, você tem que dar 20% de entrada. É bastante dinheiro, né? Se os juros estivessem mais baixos, talvez a linha de crédito que eu pegasse para fazer o financiamento me ajudasse nisso”. No último mês de abril, entretanto, a Caixa Econômica Federal aumentou em 0,5% a taxa anual de juros do crédito imobiliário, fixando-a em 8,99%.
Empregos em baixa
De acordo com Eduardo, personagem que abriu essa reportagem, há um consenso entre os “peões” da fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo: a maioria não sabe qual é exatamente a taxa de juros, mas todos concordam que ela está atrapalhando.
Para além do layoff, a alta dos juros faz com que a empresa monte - e venda - menos veículos. O setor de caminhões da Mercedes, por exemplo, um dos mais movimentados no início do ano, vem dando folga aos profissionais da fábrica em três dos cinco dias da semana. Não há demanda (nem matéria-prima) suficiente.
Paulo Roberto Feldmann afirma que mesmo com os impactos nos financiamentos e empréstimos, o principal resultado da alta na taxa de juros é a baixa oferta de empregos. “Os empresários não estão aplicando o dinheiro nas empresas, e, portanto, não estão gerando emprego. Esse é o principal impacto. Eles ganham muito mais aplicando em qualquer aplicação de renda fixa”, explica.
E essa baixa nos empregos não resume-se apenas à falta de ofertas, mas também à falta de qualidade delas. As principais montadoras do ABC estão aumentando a fatia de funcionários terceirizados, mais baratos e com menos direitos, se comparados aos de regime tradicional com regras CLT. A maioria dos contratados está chegando em vínculos determinados (ou temporários) de trabalho, cuja duração máxima é de dois anos. Depois disso, há dois caminhos: efetivação em contrato indeterminado - o caso de Eduardo na Mercedes - ou demissão. Grande parte dos trabalhadores perdem seus empregos.
A situação é parecida na Volkswagen, outra grande montadora, que anunciou essa semana uma paralisação na produção das unidades de Taubaté, Curitiba e São Bernardo do Campo - no caso dessa última, uma parada seguida de férias coletivas.
Em comunicado divulgado há algumas semanas, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC culpou a taxa Selic pelas paralisações e convocou a população para a “luta”. “Isso não pode ser considerado uma queda de braços entre o governo e o banco central, mas sim uma decisão que afeta toda a sociedade”, afirmou Wellington Messias Damasceno, diretor da corporação.
Na última reunião do Copom, realizada no último dia 2/8, o comitê decidiu pela diminuição de 0,5% da taxa Selic, concretizando a queda de 13,75% para 13,25% ao ano. A tendência é que o índice siga caindo, mas, para o Prof. Feldmann, isso acontecerá de maneira bastante gradual. “A pressão em cima do Banco Central é muito grande para diminuir. A situação está escandalosa. Nem os grandes rentistas conseguem justificar uma taxa tão alta”, justifica. O Copom se reunirá novamente em 19 e 20 de setembro e a expectativa é de uma redução na taxa capaz de modificar o poder de compra dos brasileiros.
O Brasil segue com a 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, apesar da decisão do Comitê de Política Monetária (COPOM), órgão do Banco Central, em diminuir a Selic em 0,5 ponto percentual. A taxa, que não considera a inflação, era de 13,75% e agora está em 13,25% ao ano.
De acordo com a projeção divulgada pelo portal MoneYou, descontada a inflação para os próximos 12 meses, os juros reais ficam em 6, 68% no país - correspondendo a maior taxa de juros reais do mundo - com um valor próximo ao México (6,64) e Colômbia (6,15).
O juro real é a taxa de juros ajustada pela inflação. Para calcular o valor resultante, é necessário subtrair a taxa de inflação da taxa de juros nominal. A relação entre as duas taxas pode determinar se os ganhos ou custos financeiros se igualam, superam ou ficam abaixo do impacto da inflação, afetando diretamente o poder de compra ao longo do tempo.
Em valores nominais, o Brasil está empatado com a Colômbia (13,25%) após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros no início de agosto. O país fica atrás somente da Hungria (15%), Turquia (17,50%) e Argentina (97%).
Segundo Livi Gerbase, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), "um cenário econômico onde as taxas de juros são altas impacta a vida das pessoas além de intensificar a desigualdade econômica".
Livi explica que altas taxas de juros tornam o crédito mais caro e dificultam o acesso a empréstimos para famílias mais pobres, restringindo o consumo e o investimento em educação e moradia.
"Enquanto os mais ricos podem se beneficiar de investimentos com maiores taxas, aqueles com menos recursos enfrentam dívidas onerosas e oportunidades limitadas".
O economista e professor de finanças da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Paulo Romaro, aponta:
"Para obter um crescimento econômico e reduzir as desigualdades é necessário implementar reformas que impulsionem a produtividade, focando em políticas públicas voltadas aos mais vulneráveis".
Loja em berlin, com aviso luminoso da recém compradora. Foto:Bucherer)
A gigante de luxo Rolex adquiriu uma das maiores vendedoras de relógio do mundo, a Bucherer, as duas empresas suíças mantêm relações desde 1924. A compra feita no dia 24 de agosto não teve o valor informado, mas a obtenção ainda precisa ser aprovada pelas comissões de competição da Suíça.
A aquisição ocorreu depois da decisão de Jörg Bucherer, 3° geração de donos, considerar colocar a empresa familiar à venda, por causa da falta de descendentes diretos. Segundo a Rolex, a empresa de 135 anos possui mais de 100 lojas no mundo, sendo 53 varejistas oficiais da marca e 48 da Tudor, (empresa irmã). Em nota, a empresa suíça afirmou: “O grupo Rolex está convencido de que esta aquisição é a melhor solução não só para as suas marcas próprias, mas também para todas as marcas parceiras de relógios e jóias, bem como para todos os funcionários do grupo Bucherer”.
A Bucherer vende joias e relógios, os estandes de exposição da varejista são altamente disputados entre fabricantes, como Rolex, Cartier, Patek Philippe, Breguet, IWC, Jaeger, Lecoultre e Omega. De acordo com o vendedor e entusiasta de relógios, Teddy Baldassare: “A Rolex agora controla a fonte [de lucros] da maioria dessas marcas. Além disso, [a compra] vai solidificar ainda mais a ideia de exclusividade da Rolex, como as listas de espera. [...] Vai ter consequências de bilhões de dólares”, conclui.
A Rolex é uma das marcas mais famosas do mundo, pertencente ao grupo sem fins monetários Fondation Hans Wilsdorf. Sendo responsável por 30% dos relógios mecânicos de toda Suíça. Os acessórios já estiveram em filmes do James Bond e recentemente uma versão do relógio "Oyster perpetual day-date" é objeto das investigações relacionadas ao ex -presidente Jair Bolsonaro.
Nessa semana o Agemt Explica vai falar sobre a Taxa Selic, você sabe o que é? Como ela funciona? Como ela afeta a economia do Brasil ou o cotidiano dos brasileiros? Calma, Agemt Explica!
A taxa básica de juros da economia brasileira, popularmente conhecida como taxa Selic, desempenha um papel fundamental no sistema financeiro do país.
Isso porque é usada como uma ferramenta de controle da política monetária e um mecanismo de combate à inflação, sendo o principal parâmetro para diversas operações financeiras, como por exemplo os juros praticados em empréstimos, financiamentos, investimentos e outros produtos financeiros.
Como ela funciona?
A taxa Selic é definida periodicamente nas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM), órgão que compõe o Banco Central, que acontecem a cada 45 dias. Quando a reunião do Copom ocorre, os membros do comitê avaliam as condições econômicas do país, decidindo se a Selic deve ser mantida, aumentada ou reduzida.
Um dos principais indicadores usados pelos membros do comitê é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país.
Como mecanismo de controle inflacionário, a taxa pode atuar de duas formas:
- Quando a economia do país precisa ser estimulada, o Banco Central pode decidir reduzir a taxa SELIC para assim facilitar o crédito para população, uma vez que eles se tornam mais baratos.
- Por outro lado, caso a economia esteja aquecida e exista o risco de alta da inflação, o Banco Central pode optar por aumentar a SELIC para conter o aumento do preços de bens e serviços, uma vez que quanto maior estiver a demanda, menor pode estar a oferta.
O Banco Central do Brasil (BCB) tem como principal missão manter a inflação sob controle e dentro da meta estabelecida. Atualmente, no ano de 2023, a meta da inflação se encontra em 3,25% p.p, com margem de tolerância de 1,75% a 4,75%.
E quais os efeitos da taxa no país?
Qualquer mudança relativa no aumento ou queda da taxa tem um impacto significativo para os vários setores financeiros e da economia como um todo.
De acordo com que explica Cristina Helena de Mello, economista e professora de crescimento e desenvolvimento da PUC-SP, quando a taxa de juros se encontra muito elevada, ela atua como um elemento concentrador da renda, visto que remunera capitais e cria renda passiva para os mais ricos.
Por outro lado, os gastos governamentais com pagamento de juros aumentam, além de provocar, também, um maior endividamento e transferência de renda dos mais pobres, já que a oferta de crédito fica mais cara.
Uma Selic mais baixa estimula a geração de renda, empregos, novos investimentos e também a arrecadação de novos impostos, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas.
Como estamos no cenário atual?
Atualmente a taxa Selic se encontra em 13,25% ao ano, tendo sido reduzida no início de agosto. Vale lembrar que antes da redução a taxa estava em 13,75% ao ano, maior taxa desde 2016 (14,25%).
O Banco Central optou, nos últimos meses, pela manutenção da taxa básica, uma política contracionista mais “cautelosa” como vinha sendo definida pelo órgão. A queda na taxa representa as quedas consecutivas da inflação oficial medida pelo IPCA.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a última prévia oficial da inflação, relativa ao mês de julho, registrou a marca de 0,12% no mês, um acúmulo de 3,99% nos últimos 12 meses, o que mantém a inflação dentro da margem de tolerância prevista pelo Banco Central para o ano.
Contudo, caso ocorra uma elevação nos preços de bens e serviços e isso gere, novamente, uma pressão inflacionária, o BC poderá voltar a elevar a taxa de juros.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,12% no mês de julho. O número representa um acréscimo de 0,20 ponto porcentual em relação à taxa de junho, que havia sido de -0,08%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,99%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,99%, superando os 3,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.
O IPCA é uma ferramenta crucial para avaliar a evolução dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, ele serve como um indicador da inflação enfrentada e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo diversas regiões metropolitanas do país, além de algumas cidades específicas.
Em linhas mais claras, o IPCA desempenha o papel de espelho do custo de vida experimentado por essa parte da população. Dessa forma, ele captura as variações de preços em uma variedade de produtos e serviços, permitindo que as autoridades econômicas, consumidores e demais interessados compreendam as tendências inflacionárias em diferentes partes do Brasil.
Setores em Destaque
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IPCA, cinco apresentaram alta no mês de julho. O grupo de Transportes teve o maior impacto, com 1,50% de variação e contribuição de 0,31 ponto porcentual. Nesse grupo, os preços da gasolina tiveram um aumento notável de 4,75%, sendo o item com maior contribuição individual para o índice do mês. Itens como gás veicular (3,84%) e etanol (1,57%) também tiveram alta, enquanto o óleo diesel apresentou uma queda de 1,37%. Passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) também contribuíram para o aumento no grupo.
Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,46%, com impacto de -0,10 ponto porcentual no índice. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), destacando-se quedas em produtos como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). Por outro lado, as frutas tiveram aumento de preço, com destaque para banana-prata (4,44%) e mamão (3,25%).
No grupo de Habitação, a taxa de -1,01% impactou o índice em -0,16 ponto porcentual. A maior contribuição para essa variação veio da energia elétrica residencial, que registrou queda de 3,89% devido à incorporação do Bônus de Itaipu (um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual em residências de classes residencial e rural, que tiveram ao menos um mês, em 2022, consumo faturado inferior a 350 KWh) nas faturas emitidas em julho. A taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta devido a reajustes em algumas regiões.
Variações Regionais
As variações regionais também tiveram impacto no IPCA de julho. Porto Alegre foi a região que apresentou a maior variação, com 0,53%, devido ao aumento do preço da gasolina (6,98%). Belo Horizonte teve a menor variação, registrando queda de -0,16%, influenciada pelas quedas nos preços dos ônibus urbanos (-17,50%) e na energia elétrica residencial (-4,23%).
INPC e Outros Indicadores
Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também foi divulgado (o Índice também mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, entretanto num recorte menor que o IPCA - considera rendimentos de 1 a 5 salários mínimos). O INPC registrou uma variação de -0,09% em julho, mantendo-se próxima à taxa de -0,10% observada no mês anterior. No acumulado do ano, o INPC acumula alta de 2,59%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,53%, acima dos 3,00% registrados nos 12 meses anteriores.
Os números do IPCA e INPC demonstram que a economia brasileira segue passando por oscilações, com impactos variados nos diferentes setores e regiões do país. A análise detalhada desses indicadores é essencial para entender as dinâmicas econômicas em curso e tomar decisões informadas sobre investimentos e consumo.
Nota: Os dados e informações presentes nesta matéria foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao mês de julho de 2023. A análise dos indicadores deve considerar a conjuntura econômica e as possíveis variações ao longo do tempo