https://www.msnbc.com/the-reidout/reidout-blog/elon-musk-twitter-deal-rcna25869
A tentativa de compra da rede social Twitter pelo bilionário Elon Musk começou na quinta-feira (14), através de uma proposta no valor de U$S43,4 bilhões. O empresário que já tinha uma participação de 9,2% nas ações da rede social, demonstrou interesse em mais, apesar de contrariar as políticas adotadas pelo Twitter. Por meio de uma falta de resposta ou até mesmo aceitação, na sexta-feira (22) o empresário aumentou a sua proposta para US$ 46,5 bilhões.
Após duas semanas de negociações, a compra do Twitter por Elon Musk parece ter chegado a um desfecho. Estima-se que a rede social tenha sido vendida por US$44 bilhões nesta segunda-feira (25), em uma transação que movimentou o mercado e a rede social.
A compra fez com a bolsa de Nova York fechasse em alta de 6 pontos. Os principais índices da bolsa de Nova York (Nasdaq e Dow Jones) terminaram o dia em alta; Nasdaq fechou em 1,29% a 13.004,85 pontos e Dow Jones com 0,70% a 34.049,46.
As ações do Twitter também tiveram alta representada por 5,66%, mas após a compra por Musk, as ações deixarão de ser negociadas na bolsa. O interesse do CEO da Tesla na rede social não é uma novidade, ele já havia revelado a intenção de criar uma nova versão do Twitter, que prezasse pelo que os usuários têm a dizer ao invés da propagação publicitária. O empresário já se posicionou, e deixou claro que pretende acabar com os spams.
Musk publicou em seu perfil do Twitter um texto onde defendia o uso da rede social para se expressar livremente. “A liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento, e o Twitter é a praça da cidade digital onde são debatidos assuntos vitais para o futuro da humanidade”, disse o bilionário.
O empresário reconhece o papel das redes de comunicação na vida da sociedade e afirma ter pretensões de torná-la melhor por meio da adoção de novos recursos, além de fazer com que os algoritmos da rede sejam acessíveis aos usuários como forma de promover confiança a eles.
Toda a movimentação envolvendo esta transação originou um debate ao redor do mundo sobre a liberdade de expressão e o futuro da democracia. Políticos de diferentes correntes ideológicas comentaram o assunto, enquanto alguns comemoram a venda, outros temem o futuro da rede social. A senadora dos Estados Unidos, Marsha Blackburn, do partido Republicano, se posicionou e demonstrou esperança com o futuro da rede social. “Hoje é um dia encorajador para a liberdade de expressão. Espero que Elon Musk freie a história das empresas de tecnologia de censurar os usuários que têm ponto de vista diferentes”, disse a republicana.
Já o prefeito de Londres, Sadiq Khan, do partido Trabalhista, compartilhou o temor sobre as consequências que as mudanças a serem implantas podem causar no âmbito social. “Liberdade de expressão é vital, mas não significa um passe livre para o ódio. Discurso de ódio on-line bota lenha na fogueira do preconceito e leva a violência trágica e terrível no mundo real”, afirmou Khan.
Os resistentes as implantações das mudanças propostas por Musk temem que a rede social se torne ainda mais um local de difusão de desinformação, ataques e futuros problemas a serem estabelecidos entre a comunicação das empresas com as instituições dos países.
A liberdade proposta por Musk pode gerar uma facilidade de infração da lei e dos órgãos reguladores do estado, intensificando problemas sociais como a intolerância, o preconceito, o discurso de ódio e a agressão aos poderes de uma nação ou instituição. A senadora Elizabeth Warren, do partido Democrata dos Estado Unidos, demonstrou sua preocupação com o destino da rede social. “Esse acordo é perigoso pra democracia. Bilionários como Elon Musk jogam com regras diferentes das outras pessoas, acumulando poder e ganhos. Precisamos de impostos sobre a riqueza e regras mais fortes para manter as gigantes de tecnologia sob controle”, afirmou a democrata.
A repercussão no Brasil também gerou comentários. Nas nas redes sociais figuras públicas aliadas à direita têm afirmado que a compra do Twitter por Elon Musk causou um ganho absurdo de seguidores. O Ex-Secretário Nacional de Incentivo e Fomento à Cultura, e pré candidato a Deputado Federal na Bahia pelo Partido Liberal, André Porciuncula pontuou: “Estou ganhando novos seguidores numa velocidade que nunca vi no Twitter. É impressionante...”.
O Deputado Eduardo Bolsonaro, do Partido Liberal, também se pronunciou sobre esse fato. “O efeito @elonmusk: parece que tem gente no Twitter com medo de ser demitido ao ter que prestar contas sobre shadowban em perfis conservadores. Vários conservadores estão notando ganho de seguidores no TT e eu me somo a eles. Em poucos dias ganhei certamente +5.000, algo incrível”.
Na esquerda, algumas figuras públicas se manifestaram nas suas redes sociais, criticando a compra do Twitter por um bilionário. “A prioridades dos bilionários ... Por 7 vezes menos do que gastou comprando uma empresa, uma única pessoa conseguia alimentar MAIS DE 40 MILHÕES DE PESSOAS...” , comentou Jandira Feghali do PCdoB. “Ainda é uma incógnita de que forma o bilionário usará as redes a seu benefício, mas já sabemos que não será nada positivo para quem luta contra o capitalismo desenfreado", disse o deputado federal Glauber Braga, do PSOL. “Elon Musk é um símbolo da concentração de renda sem limites", criticou o pré-candidato a deputado federal por São Paulo, Guilherme Boulos, do PSOL.
Com a possibilidade de compra do Twitter, a Tesla já apresentava uma queda de 1,5% nas ações, depois registrou mais de 6%. Após confirmação de compra, a empresa fechou em queda de 12,18%, mas para acalmar os investidores, Musk se pronunciou em sua rede social pontuando que as ações da Tesla não serão vendidas.
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O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve alta de 1,73%, registrando o pior índice para um mês de abril em 27 anos, o pior resultado é de 1995, quando a taxa bateu 1,95%. Considerado uma prévia da inflação oficial no país, o índice já apresenta uma elevação de 10,20% no acumulado dos últimos 12 meses.
A variação mensal por grupo teve como destaque o setor de transportes com um aumento de 3,43%. Além de transportes, outros três setores também se destacaram: alimentação e bebidas (2,25%), vestuário (1,92) e habitação (1,73). Quatro setores tiveram as menores variações: artigos de residência (0,94), despesas pessoais (0,52), saúde e cuidados pessoais (0,42) e educação (0,05). O setor de comunicação foi o único que não obteve um aumento no seu valor, marcando – 0,05.
No ano, a inflação acumulada é de 4,31%, e durante o início do semestre as perspectivas para a Inflação eram melhores, já que no mês de dezembro houve uma queda significante que representou 0,78% de variação. O mês de janeiro fechou em 0,58%, e em fevereiro o índice elevou marcando 0,99%. Em março houve uma queda de 0,04% pontuando a variação de 0,95%.
A alta nos combustíveis foi originada pelo recente aumento nos custos do óleo diesel, etanol e gás. O diesel teve um aumento de 13,11%, seguido pelo etanol (6,60%) enquanto o gás veicular obteve a menor variação no preço (2,28%). Esse aumento teve influência direta no preço dos táxis, metrô e o ônibus. Os táxis tiveram a maior variação (4,36%), o aumento no metrô representou (1,66%), já o custo dos ônibus obteve a menor variação no grupo de transportes (0,75%).
O aumento de 2,25% no setor de alimentos e bebidas marca o aumento dos seguintes alimentos: tomate (26,17%), cenoura (15,02%), leite longa vida (12,21%), óleo de soja (11,47%), batata-inglesa (9,86%) e pão francês (4,36%). Legumes registraram o maior aumento, como os casos da cenoura e do tomate, seguidos pelo leite e óleo de soja. Batata-inglesa e pão francês tiveram as menores variações.
Para três mulheres feirantes, que trabalham no bairro Perdizes, o confinamento prejudicou na renda e, em unanimidade, constatam como a inflação está dificultando este retorno. Kelen Cristina Moreira dos Santos, 47, comparou como as compras dos pastéis de sua barraca caíram com a chegada do vírus. Ela contou que as pessoas não se sentem seguras para irem até a feira, precisando então manter o preço antigo e fazer promoções para incentivar a volta. A feirante comentou que também não se sente totalmente segura neste retorno. "Tudo não passa de um jogo político”, para ela, já que a volta foi apressada por conta das eleições neste ano.
Santos disse ainda como o aumento dos preços dificultou suas vendas, já que os ingredientes de qualidade não deveriam ter um preço abusivo. Apesar de seus lucros diminuírem, ela disse que a feira está melhorando aos poucos.
Marlene Martins, 55, disse que, como não teve alternativas para se adequar ao isolamento, como o “Diskfeira”, ferramenta virtual que surgiu para entrega de produtos da feira via delivery. Ela precisou do auxílio emergencial para sobreviver. A vendedora de grãos sentiu uma queda de aproximadamente 80% no movimento e venda com o retorno das feiras. Ela também apontou como a inflação está prejudicando sua renda, já que os preços altos ajudam o movimento a cair.
Em contrapartida, Eva Cardoso, 42, vendedora de legumes e verduras, não mencionou nenhuma dificuldade durante a pandemia, teve sua renda mantida e disse que o movimento da feira não diminuiu, mesmo com as estatísticas demonstrando o oposto. Mas sobre a inflação, respondeu de forma incisiva que está prejudicando as compras dos seus clientes.
De acordo com o IBGE, a inflação aumentou em 166,17% o preço dos alimentos nas feiras de todo o Brasil em decorrência à pandemia, às condições climáticas adversas e à crise econômica.

A Allegra Pacaembu, consórcio responsável pela administração do estádio do Pacaembu, solicitou em janeiro a inclusão da Praça Charles Miller na concessão, em razão dos impactos da pandemia.
Apesar do pedido feito no início do ano, a Secretária de Parcerias e Desestatização da Prefeitura de São Paulo ainda não deu aval para o prosseguimento do processo. Contudo, a concessionária demonstra confiança e já planeja seus próximos passos: “Ainda aguardamos um retorno da Prefeitura de São Paulo sobre este pleito. Divulgaremos o projeto para a praça em momento oportuno.”
A obra ainda é polêmica pois passou por dois processos judiciais para poder ser realizada. A associação de moradores Viva Pacaembu abriu as ações numa tentativa de impedir a cessão e, posteriormente impedir a demolição de uma das arquibancadas, popularmente conhecida como tobogã. Apesar disso, o consórcio se diz aberto a conversas: "Na verdade, essa é uma discussão superada. A luta na justiça era de antes do processo licitatório. Agora a concessão já está caminhando e estamos sim abertos ao diálogo com a vizinhança."
Recentemente realizaram a demolição da arquibancada e sofreram com a rejeição popular graças ao carinho em relação àquele setor, mas justificam que a destruição foi necessária apesar da importância: “O tobogã teve sua importância histórica para o Pacaembu, assim como a cocha acústica, que foi demolida para abrigar o tobogã na década de 70, mas chegou o momento de reconectar o centro esportivo (localizado ao fundo do complexo) ao estádio e isso não seria possível mantendo o tobogã. Nosso projeto visa recuperar os pilares de cultura, lazer e entretenimento era necessário instalar uma nova edificação no lugar do tobogã.”
Por fim, tranquilizam os usuários sobre a utilização do espaço para o público e para o futebol, com outras possibilidades de uso: “O Pacaembu continuará tendo o mesmo regramento de uso que era aplicado quando administrado pela Prefeitura de São Paulo. O espaço permanecerá público, aberto e acessível. O futebol foi e sempre será a alma do Pacaembu, não vamos mudar isso, mas acreditamos que há oportunidade para novas experiências.”
O projeto pode ser acessado diretamente no site oficial do Pacaembu: https://pacaembuoficial.com.br/.
A Secretaria de Parcerias e Desestatização da Prefeitura de São Paulo e a associação de moradores Viva Pacaembu foram procurados, mas não responderam a reportagem.
A pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisou o desempenho do preço de nove grupos de produtos e serviços. Os resultados divulgados informaram que apenas o setor de comunicação não obteve aumento nos preços.
Comunicação teve uma diminuição de -0,015%, sendo o único grupo que ao invés de aumentar diminuiu. Influenciado pelo aumento da gasolina e do etanol, a locomoção se tornou mais cara, gerando um aumento de 3,02% nesse setor.
Dois setores, despesas pessoais e artigos de residência, conseguiram aumentos semelhantes. O primeiro registrou um aumento de 0,59% e o segundo 0,57%, havendo uma diferença de 0,2% entre eles. Em contradição a este pequeno aumento, a pesquisa apontou que na alimentação dentro do domicílio houve um aumento de 3,09%. Fora do domicílio o aumento não foi tão expressivo, ficando em 0,65%.
Vestuário e habitação subiram cerca de 1%. A pesquisa aponta que nesse grupo as roupas femininas registraram o maior aumento, marcando 2,32%. Em seguida, estão calçados e acessórios que registraram aumento 2,05% e finalizando com joias e bijuterias que marcaram 1,18%. O aumento no custo de moradia é justificado pelo valor do botijão de gás que teve um reajuste de 16,06% no preço, além disso, um dos fatores que contribuem para o aumento é alta na energia elétrica.
Saúde e cuidados pessoais elevaram em 0,88%, a justificativa é a alta em itens que influenciam na composição desse grupo, como produtos farmacêuticos e de higiene pessoal. O valor registrado no setor marca a aceleração de 2,25% nos produtos de higiene pessoal, o aumento de 1,32% nos produtos farmacêutico e a queda de 0,69% no plano de saúde.
Além do IPCA, o levantamento avaliou os índices regionais e os resultados afirmam que todas as áreas pesquisadas sofreram os aumentos no mês de março. Curitiba, Goiânia e São Luiz tiverem um aumento na faixa de 2%; Campo Grande, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador e Recife ficaram entre 1,60% à 1,80%; São Paulo, Vitória, Rio Branco, Aracaju, Belo Horizonte, Brasília e Belém subiram entre 1,45% à 1,60%.