Começa hoje, 13, o Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade, em sua 28.a edição. Filmes nacionais e internacionais estarão disponíveis gratuitamente em seis salas de cinema em São Paulo, SP e em duas no Rio de Janeiro, RJ.
De 13 a 23 de abril, serão exibidos 72 títulos de 34 países, com estreia de setes cineastas brasileiros na competição de longas e médias-metragens nacionais.
Subject, de Jennifer Teixeira e Camilla Hall, longa-metragem estadunidense, foi o documentário de abertura em São Paulo, apresentado em pré-estreia nacional no dia 12, na Cinemateca Brasileira. Já no Rio, a abertura ocorre dia 13 com a estreia mundial da produção brasileira 1968 — Um Ano na Vida, de Eduardo Escorel.
O evento conta também com homenagens aos cineastas Humberto Mauro (1897 – 1983), um dos pioneiros do cinema no Brasil, e Jean-Luc Godard (1930 – 2022), expoente do movimento cinematográfico francês nouvelle vague. Serão exibidas doze obras de Humberto Mauro, sendo dois documentários, e oito episódios da série Histórias do Cinema (1987 – 1998), dirigida por Godard.
Após três anos em versão on-line ou híbrida, o festival retorna ao modo plenamente presencial, na forte onda de retomada das atividades culturais no Brasil pós-covid. Além das sessões de cinema, o evento conta também com conferências, debates, mostras não competitivas e exibições em streaming.
Confira as salas:
São Paulo, SP
Cine Marquise: Av. Paulista, 2073
Cinemateca Brasileira: Largo Sen. Raul Cardoso, 207
IMS Paulista: Avenida Paulista, 2.424
Sesc 24 de Maio: Rua 24 de Maio, 109
SPCine - Centro Cultural São Paulo: Rua Vergueiro, 1.000
Rio de Janeiro, RJ
Estação NET Botafogo: R. Voluntários da Pátria, 88
Estação NET Rio: R. Voluntários da Pátria, 35
Acompanhe alguns títulos on-line:
17 a 23 de abril: Sesc Digital – sesc.digital/home
24 a 30 de abril: Itaú Cultural Play – itauculturalplay.com.br
A banda britânica Coldplay, conhecida por sucessos como Paradise e Viva La Vida, se apresentou nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba entre os dias 10 e 28 de março pela turnê "Music of the Spheres". Além das diversas ações que marcaram a temporada, um convite inédito entra para a história da bateria universitária do curso de direito da USP, sediado no tradicional Largo de São Francisco. No dia 18 de março, os jovens da B.A.I.S.F entram no palco ao lado de um dos maiores grupos da atualidade.
Em entrevista à AGEMT, Kauê Limeira de Paula (22), estudante e líder do grupo, conta sobre a experiência. Confira a seguir:
[AGEMT]: Como foi o encontro entre a Bateria e o Coldplay?
[Kauê]: Então, essa foi a grande loucura (risos). A gente ensaia de final de semana, ali perto do Parque Ibirapuera, em um local que chamamos de "Campo do 11". Estávamos finalizando o ensaio quando um cara de 1,90m de altura – e eu até me assustei, pensei que ele fosse reclamar – chegou perto de mim e falou "olha, eu tô com o vocalista do Coldplay aqui, ele queria escutar vocês um pouco, ele pode?".
Eu, que já tinha me assustado, fiquei mais ainda quando ele falou isso! Daí eu falei sim, ele virou as costas e eu disse para a bateria "eu acho que o Coldplay tá aqui", mas eu nem conseguia entender as palavras que saíam da minha boca (...). Nesse momento todo mundo ficou confuso, porque eu não consegui passar a informação direito. Depois de alguns segundos, o Chris Martin [vocalista do Coldplay] saiu de uma van e todo mundo surtou (...). O pessoal gritou e começou a fazer vídeos. Este foi o primeiro encontro. Ele [Chris] falou que estava no Ibirapuera, ouviu a gente tocar, gostou e estava procurando o som.
[AGEMT]: Que demais!
[Kauê]: Ele chegou até a gente, perguntou se poderia ouvir um pouquinho e depois veio o convite: "Vocês se interessariam em tocar com a gente sexta-feira?". E topamos! "Vamos sim!". Ele trocou um pouco de ideia com o pessoal e tal... Ninguém conseguia acreditar.
[AGEMT]: Como foi se apresentar para um público tão grande quanto o do Morumbi?
[Kauê]: A gente não estava acostumado a fazer apresentações tão grandes, acho que a maior que fazemos é, todo ano, na formatura de cada turma (...). Mas no dia em si, acho que a maioria [dos integrantes da bateria] estava tranquila. Até por conta da segurança que a produção e o Coldplay passaram pra gente, foram super simpáticos, amáveis, dando todo apoio e tratando a gente super bem. Tínhamos tudo que era necessário para tocarmos bem. (...) Estávamos felizes e tranquilos, confiantes, pois ensaiamos quatro dias seguidos.
[AGEMT]: Como foi o planejamento com a equipe para a apresentação?
[Kauê]: Conversamos diretamente pelo e-mail da produção do Coldplay, em inglês.
[AGEMT]: Vocês levaram os próprios instrumentos?
[Kauê]: Sim. No e-mail, eles até chegaram a perguntar quais instrumentos a gente tinha, e foi difícil explicar os nomes dos nossos instrumentos em inglês – surdo, agogô, caixa (risos).
[AGEMT]: Vimos que vocês fizeram uma bandeira e colocaram no mascote. Como elaboraram?
[Kauê]: Sim! Pegamos a arte do tour [turnê Sound of the Spheres] e colocamos no Chiquinho [o mascote] na bata da turnê. No lugar dos planetas [referentes à proposta visual do Coldplay para a turnê], temos nossos instrumentos.
[AGEMT]: A preparação de vocês envolveu também um figurino novo?
[Kauê]: A gente tentou fazer uma camiseta, mas não conseguimos a tempo [havia apenas 4 dias]. Mas a preparação envolveu todas as frentes da bateria. Enquanto alguns pensavam no arranjo [musical], outros pensavam em como que a gente iria fazer a logística, a arte – e aí veio a ideia da bandeira também.
[AGEMT]: Como foi estar no backstage do Coldplay?
[Kauê]: Ficamos espantados com quanta gente trabalha lá [no backstage do show]. A gente chegou lá [no Estádio Morumbi] e eles trataram a gente como artistas. Tinha camarim, comida. Chegamos super cedo, a gente ia passar o som às 14h, sendo que o show só iniciaria por volta das 20h (...). Quando começou realmente, deram alguns assentos pra gente em um camarote. Foi ótimo. Meia hora antes da gente entrar, voltamos ao backstage.
[AGEMT]: Como foram decididas as músicas que apresentariam?
[Kauê]: Tivemos que montar [o arranjo musical] todo do zero. Íamos tocar, primeiramente, na sexta-feira, a música Hymn for the Weekend, a pedido da banda. E aí, no meio da semana eles mudaram para sábado e pediram para tocarmos Fix You e Biutyful. Não tínhamos planejado muita coisa, mas ainda assim tivemos que repensar o que fazer, pois são mais lentas. A gente toca samba e não estamos acostumados a tocar músicas mais lentas. Foi um desafio tirar a ideia do papel. A bateria tem um pessoal craque nisso, pensaram por um dia inteiro, conseguimos treinar e reproduzir no show.
[AGEMT]: Essa é uma experiência que vai ficar para a história da bateria?
[Kauê]: Total, até da faculdade [Direito] e de outras baterias.
[AGEMT]: Vocês gostariam de ter mais oportunidades de tocar em grandes shows?
[Kauê]: Se houver algum convite, a gente não vai recusar de forma nenhuma! (risos). Mas não é o que vamos atrás (...). Há alguns anos não participamos mais de torneios, apenas dos jogos universitários e formaturas.
[AGEMT]: Qual é a história da bateria de vocês?
[Kauê]: Ela tem 24 anos de história, com início real em 1999. Nos anos 1990, houve uma tentativa, mas era um pessoal muito fechado, que se formou e levou os instrumentos – e meio que acabou a bateria. E aí ela foi refundada em 1999 pela Vanessa Grande, nossa mãe, e é a Bateria de Agravo de Instrumento da São Francisco (BAISF).
[AGEMT]: Vocês acreditam que a participação no show pode aumentar o interesse dos estudantes pela bateria?
[Kauê]: Estamos esperando que aumente o número de pessoas interessadas, já nos procuraram para isso, inclusive. Todo mundo vem falar.
[AGEMT]: Kauê, agradecemos muito pela sua contribuição. Parabéns tanto pelo reconhecimento do Coldplay e pela participação no show. Vida longa para a BAISF!
[Kauê]: Eu que agradeço! Se eu puder fazer uma menção de agradecimento, deixo ao Maurício Vilcher – diretor da bateria – que iria participar hoje mas teve um contratempo.
De acordo com nota emitida pela BAISF nas redes sociais, acredita-se que a participação da bateria no show de uma banda conhecida mundialmente é um marco de valorização a todas baterias universitárias, que com frequência são encaradas pela comunidade como "jovens que fazem barulho" ou "atrapalham".
O reconhecimento dado pelo Coldplay demonstra a "beleza da prática musical e cultural". Internautas apoiam e reforçam a importância das baterias universitárias, ressaltando a necessidade de maior valorização e apoio.
Por Pedro Lima Gebrath e Pedro Paes Barreto
Há exatamente uma década, mais precisamente no dia 6 de março, nos
despedimos de um dos maiores nomes da música e do rock brasileiro,
Alexandre Magno Abrão, o Chorão, vocalista e fundador da banda Charlie
Brown Jr e ícone da “geração MTV” que teve sua vida tirada após sofrer uma
overdose de cocaína em seu apartamento no bairro de Pinheiros, São Paulo.
Chorão era conhecido como alguém desbocado, barulhento, talentoso e
impulsivo, era o líder da banda Charlie Brown Jr, que alcançou sucesso
nacional na década de 90. Em 20 anos à frente do grupo, Chorão mudou a
formação diversas vezes, convidando e expulsando quem quis, cantando no
Brasil para milhares de pessoas e somando mais de cinco milhões de discos
vendidos. A banda se apresentou no circuito alternativo de shows em São Paulo e em Santos, durante cinco anos, até serem descobertos pela produtora Virgin no Brasil, que tinha sido responsável pelo disco dos Mamonas Assassinas, um sucesso em 1995. Com a estreia de Charlie Brown e o sucesso das músicas, a banda alcançou cerca de 500 mil cópias
vendidas, o que fez o grupo estourar de vez durante os anos 90 até os anos
2000.
Mesmo após dez anos de sua morte, o legado de Chorão segue vivo mais do que nunca, afinal, Chorão não deixou um legado apenas na música, suas
melodias na maioria das vezes unificavam a poesia, o Rock e o Skate. Chorão teve forte influência na Baixada Santista, local onde era presença garantida e costumava andar de skate quase sempre. No último dia 6 de março de 2023, inúmeros skatistas que se inspiram em Chorão até hoje, prestaram suas homenagens no local, a praça está localizada no bairro de Macuco e recebe diversos amantes do esporte, tema de inúmeras músicas do artista. No futebol, o Santos, time de coração do cantor e compositor, lançou uma camisa homenageando os 30 anos da banda no ano de 2022. Percebe-se que Chorão vai muito além da música e do rock, é lembrado e exaltado até hoje, mesmo em outros gêneros musicais, artistas como Matuê e Xamã prestaram suas homenagens no Rock in Rio do ano passado, mesmo pertencendo a outro gênero musical. O artista representa muita coisa tanto dentro quanto fora dos palcos, ele foi um cantor que marcou época, pelo seu talento e carisma, e mesmo depois de sua morte continua impactando a vida de diversas pessoas. AGEMT entrevistou Pedro
Vergueiro Frota e Leonardo Vergueiro Frota, dois grandes fãs da banda CBJr. Pedro é o irmão mais velho, tendo 24 anos de idade e ele conheceu a banda logo quando criança, assistindo um clipe da música “proibida pra mim” no programa de clipes da MTV. Mas ele começou a acompanhar de fato o trabalho do cantor durante a pandemia, em julho de 2021, muito tempo depois da morte do Chorão. Pedro teve a influencia direta de seus amigos para se tornar fã da banda, pois eles sempre colocavam músicas do grupo durante seus encontros. "De certa forma a música sempre esteve ali presente nele, ele só precisava tomar a seguinte decisão: “vou ouvir pra ver se é bom mesmo”, diz Pedro, que depois de ouvir, ele percebeu que se identificava absurdamente com as letras.
Assim, ele se tornou muito fã da banda e não deixa de ouvir um dia sequer uma música do conjunto. O irmão mais velho ainda fala: “O Chorão deixa um legado no rock, no rap, no skate, no surf, na favela, no amor, na humildade. Um leque de coisas que faz Charlie Brown tão especial pra diferentes tipos de pessoas”.
Pedro influenciou diretamente o irmão mais novo, Leonardo Frota de 20 anos, para começar a escutar as músicas do Charlie Brown Jr e saber mais da vida do grande artista que foi o Chorão. Inicialmente ele começou a gostar por causa do rock em si, porém mais para frente ele conheceu mais afundo a
representatividade dele fora dos palcos. Para o Leonardo, "o Chorão foi uma
pessoa muito controversa, mas ele tem a consciência de que foi um dos maiores artistas que esse pais já produziu e ele ainda fala: “O legado que
o Chorão deixa, na minha opinião, é que devemos ser quem quisermos, não o que a sociedade nos impõe, e esse legado não foi apenas para o rock, mas
para o rap e hip hop também”, acrescenta Leonardo.
Os anos passarão e o artista e sua banda vão continuar crescendo porque o legado dele será para a eternidade. De geração para geração as suas músicas, seu estilo e seus ideais permaneceram porque os gênios nunca morrem, eles permanecem vivos por todo o sempre, nas lembranças e saudades dos seus fãs. São essas pessoas que jamais deixarão sua herança ser esquecida, muito pelo contrário, elas vão passar a sua arte para aqueles que não o conhece, por conta disso que o Alexandre Magno Abrão, o Chorão ficará marcado na memória.
Foto: Rogério Pallatta/SBT.
Nascido no ano de 1982, em Divinópolis-MG, Rômulo Mendonça cultivou, desde cedo, seu amor pelo esporte. A história do narrador com o basquete começa em 1991. Quando o basquete feminino brasileiro conquistou os jogos Pan Americanos de Havana. Um marco para o jornalista. Desde então, Rômulo só intensificou seu carinho pelo esporte. “Me lembro d’eu criança, nas finais de 1991, entre Bulls e Lakers, que não me interessava pelo que estava acontecendo ali. Ironicamente, no ano seguinte, na final entre Chicago e Portland, eu já estava viciado em basquete”.
O narrador, que trabalhou na Rede Transamérica de Belo Horizonte, fez parte do time da ESPN por 12 anos e é recém contratado para o time esportivo do Amazon Prime Video, é sempre lembrado pelos bordões e narrações cômicas. No programa “The Noite” não foi diferente. Logo no começo, Danilo Gentili, apresentador do Talk Show, mostrou um compilado de narrações do jornalista e assim conquistou todos da plateia que ainda não o conheciam. “É o mensageiro do caaaoss!”; “Splashh!” “Aqui não, queridinha!”; “Tocaço do porteiraço do ENEM!”; “Com fúriaaa!”; “Brinquedinho assassino!" e “Boom, boom, boom Shakalaka!" são um pequeno conjunto do seu vasto arsenal de bordões apresentados por Danilo.
Rômulo, explica como ele inventa os apelidos dos jogadores e o porque chama o jogador Stephen Curry, de Jararaca: “Levo em conta a característica física, a habilidade e a personalidade. O Curry, por exemplo, é um grande arremessador. Ele é venenoso! Você pode achar que ele está quieto, de repente, ele vem e muda o jogo!”
O locutor esportivo é perguntado a respeito do ritmo de narração de uma partida de basquete, já que muitos estão acostumados com a de futebol. “O basquete tem muita estatística, é uma dinâmica que faz com que, ao longo do jogo, informações do contexto, da liga e do jogador sejam propagadas. É um esporte americano, então tem muito a questão dos números. Já no futebol, o relato realmente é mais seco em boa parte da transmissão, diferente do basquete, que é ataque e defesa o tempo todo.” Mas reforça que um narrador de futebol não é inferior a um de basquete. “São esforços diferentes.”
Foto: Instagram/Rômulo Mendonça
Danilo Gentili recorda os momentos marcantes do narrador no “All Star Game 2023", no qual pediu para alguns jogadores reproduzirem os apelidos que Rômulo criou para eles. “Jaylen Brown, o homem mau", “Eu sou Donovan Mitchell, a aranha brutal” e “Sou Luka Doncic, o tesouro” foram as falas que os próprios jogadores reproduziram a pedido de Rômulo.
O apresentador do programa relembra quando o bordão "Lebron!" Ladrão! Roubou meu coração!” viralizou. A proporção foi tão grande, que o vídeo foi reproduzido nas emissoras americanas e até mesmo vista pelo próprio Lebron James, que elogiou Rômulo. O narrador destaca: “Os americanos não estão acostumados com narrações assim, cheias de criatividade, gritos, bordões e até canções. Lá, as narrações ,geralmente, são mais tranquilas e eles sempre ficam surpresos quando veem narrações latinas.”
Por falar em Lebron James, o narrador falou a respeito de quando narrou o astro de 38 anos quebrar o recorde e se tornar o maior “cestinha” da história da NBA. “Um recorde intocado por décadas, se rende ao Papai.” Rômulo enfatiza a grandiosidade desse recorde, reforçando que ele foi mantido por quase 40 anos, pelo lendário Kareem Abdul-Jabbar, até ser quebrado, em 2023, pelo ala do Lakers.
Danilo, espertamente, aproveitou o gancho para fazer uma pergunta polêmica: “Quem é melhor: Michael Jordan ou Lebron James?” E Rômulo responde sem hesitar: “Como jogador, é o Michael Jordan. Como carreira, é o Lebron James. É impressionante! Lebron entrou na NBA em 2003 e, até hoje, joga em alto nível. Ou seja, são 20 anos sempre no auge.” Ainda assim, Rômulo deixa claro que são jogadores com estilo de jogo diferente.
Foto: Charles Krupa/ Bleacher Report
Muitos não sabem, mas Rômulo narrou o time masculino e feminino de vôlei nas Olimpíadas Rio 2016. Na ocasião, o vôlei masculino levou a medalha de ouro para casa. Esse momento foi tão marcante na carreira do narrador que, ao ser questionado se preferia narrar as finais da NBA “in loco” - no qual já narrou 3 vezes - ou as Olimpíadas disse: “Difícil escolher. São os meus favoritos. Mas gostaria de narrar as Olimpíadas. Olimpíadas é espetacular! É extraordinário! É um evento impressionante! Tive sorte, afinal cobrir uma Olimpíada no próprio país é algo que não veremos de novo. Foi único!”
Rômulo Mendonça é uma das pessoas mais importantes para a propagação do basquete no Brasil. Rômulo, a mais de uma década, é um dos principais narradores da NBA no país. Como consequência, carrega o troféu por criar fãs de basquete por seu trabalho como narrador.
Imagem: Divulgação/Grupo Disney

"Virginia" é uma peça teatral escrita e interpretada pela atriz carioca Cláudia Abreu. O drama conduz o espectador ao universo de Virginia Woolf, ilustrando as dificuldades enfrentadas por uma mulher daquela época. A obra destaca o peso da angústia e a busca constante de Woolf, como mulher, pela independência emocional e intelectual.
Ao longo do espetáculo, o público acompanha a jornada da escritora em momentos de dor e sofrimento, como resultado das forças externas que constantemente a desafiavam. A peça está em cartaz até o dia 30 de abril no Teatro TUCA, sexta às 21h, sábado às 20h, domingo às 17h. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e no app/site Sympla.
Em 2022, Cláudia publicou seu primeiro livro intitulado "Virginia: Um Inventário Íntimo". A obra traz consigo a íntegra do roteiro e pode ser adquirido no teatro e em livrarias.
No texto, são explorados diversos temas que culminam em um só: a opressão sofrida pela autora, e como consequência disso, os inúmeros conflitos internos que acarretaram na forma como ela tirou a própria vida.
No decorrer do espetáculo, nota-se que Cláudia e Virginia se fundem em um só corpo - potente. A atriz engrandece o palco com a sua presença, ocupa cada centímetro da cena e expressa, com maestria, a razão pela qual a história de Virgínia Woolf merece ser contada dessa forma - expondo suas fragilidades intrínsecas.
"Virginia" é um retrato íntimo da vida de uma mulher notável que enfrentou empecilhos constantes para encontrar sua voz e expressar-se livremente no mundo. Infelizmente, ela não estava viva quando descobriram a tamanha genialidade que seu trabalho representa.
No final do espetáculo, a atriz acaba sendo ovacionada e aplaudida de pé durante alguns minutos. É impressionante como Cláudia cativa a plateia e consegue traduzir de forma excepcional a psiquê da escritora.
Com direção de Amir Haddad, que já a havia dirigido em “Noites de Rei” (1997) e codireção de Malu Valle.
Virginia, sob a ótica de Cláudia Abreu, transpõe em palavras, gestos e olhares o quão nocivo pode ser conviver com alguns transtornos psíquicos e não saber ao certo como manejá-los.
Virginia Woolf, que nos dias de hoje, é considerada uma das autoras mais lidas e aclamadas, não se enxergava como tal. Vivia constantemente assombrada pelas vozes do seu passado, tinha devaneios corriqueiros que lhe tiravam a sanidade, não compreendia as situações machistas que passava e se questionava com frequência, mas de uma coisa ela sabia - que era possível encontrar beleza em meio ao caos de sua existência.














