O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta aumento moderado, com destaque para os grupos de Transportes e Alimentação.
por
Marcello R. Toledo
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15/08/2023 - 12h

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,12% no mês de julho. O número representa um acréscimo de 0,20 ponto porcentual em relação à taxa de junho, que havia sido de -0,08%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,99%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,99%, superando os 3,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

O IPCA  é uma ferramenta crucial para avaliar a evolução dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, ele serve como um indicador da inflação enfrentada e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo diversas regiões metropolitanas do país, além de algumas cidades específicas.

Em linhas mais claras, o IPCA desempenha o papel de espelho do custo de vida experimentado por essa parte da população. Dessa forma, ele captura as variações de preços em uma variedade de produtos e serviços, permitindo que as autoridades econômicas, consumidores e demais interessados compreendam as tendências inflacionárias em diferentes partes do Brasil.
 

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Setores em Destaque

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IPCA, cinco apresentaram alta no mês de julho. O grupo de Transportes teve o maior impacto, com 1,50% de variação e contribuição de 0,31 ponto porcentual. Nesse grupo, os preços da gasolina tiveram um aumento notável de 4,75%, sendo o item com maior contribuição individual para o índice do mês. Itens como gás veicular (3,84%) e etanol (1,57%) também tiveram alta, enquanto o óleo diesel apresentou uma queda de 1,37%. Passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) também contribuíram para o aumento no grupo.

Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,46%, com impacto de -0,10 ponto porcentual no índice. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), destacando-se quedas em produtos como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). Por outro lado, as frutas tiveram aumento de preço, com destaque para banana-prata (4,44%) e mamão (3,25%).

No grupo de Habitação, a taxa de -1,01% impactou o índice em -0,16 ponto porcentual. A maior contribuição para essa variação veio da energia elétrica residencial, que registrou queda de 3,89% devido à incorporação do Bônus de Itaipu (um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual em residências de classes residencial e rural, que tiveram ao menos um mês, em 2022, consumo faturado inferior a 350 KWh) nas faturas emitidas em julho. A taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta devido a reajustes em algumas regiões.

Variações Regionais 

As variações regionais também tiveram impacto no IPCA de julho. Porto Alegre foi a região que apresentou a maior variação, com 0,53%, devido ao aumento do preço da gasolina (6,98%). Belo Horizonte teve a menor variação, registrando queda de -0,16%, influenciada pelas quedas nos preços dos ônibus urbanos (-17,50%) e na energia elétrica residencial (-4,23%).

INPC e Outros Indicadores

Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também foi divulgado (o Índice também mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, entretanto num recorte menor que o IPCA - considera rendimentos de 1 a 5 salários mínimos). O INPC registrou uma variação de -0,09% em julho, mantendo-se próxima à taxa de -0,10% observada no mês anterior. No acumulado do ano, o INPC acumula alta de 2,59%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,53%, acima dos 3,00% registrados nos 12 meses anteriores.

Os números do IPCA e INPC demonstram que a economia brasileira segue passando por oscilações, com impactos variados nos diferentes setores e regiões do país. A análise detalhada desses indicadores é essencial para entender as dinâmicas econômicas em curso e tomar decisões informadas sobre investimentos e consumo.

Nota: Os dados e informações presentes nesta matéria foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao mês de julho de 2023. A análise dos indicadores deve considerar a conjuntura econômica e as possíveis variações ao longo do tempo

Seleção alemã faz 6 a 0 em jogo marcado por erros individuais e aplica maior goleada da Copa do Mundo até o momento.
por
Gusthavo Sampaio
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24/07/2023 - 12h

Na madrugada desta segunda-feira (24), Alemanha e Marrocos estrearam na Copa do Mundo Feminina FIFA 2023, em confronto pelo Grupo H. O primeiro jogo entre as equipes na história ocorreu no Estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. A Alemanha, que nunca perdeu em uma estreia de Copa, manteve a marca e atropelou as estreantes marroquinas em um jogo que terminou 6 a 0.

 

Foto do elenco pré-jogo
Foto das jogadoras titulares na estreia alemã homenageando Carolin Simon. Foto: Reprodução/Twitter/DFB_Frauen

 

A seleção alemã iniciou sua jornada na Copa do Mundo homenageando a jogadora Carolin Simon, que foi cortada da convocação final após romper os ligamentos do joelho no último amistoso pré-copa contra a Zâmbia. Na foto em grupo do pré-jogo, as jogadoras posaram segurando uma camisa com o número 2 e o nome Simon.

Após o soar do apito, não demorou para as favoritas abrirem o placar. Com uma marcação alta logo de início, as alemãs não deram fôlego para as marroquinas e, aos 11 minutos, a capitã Alexandra Popp abriu o placar cabeceando livre na entrada da pequena área. A jogada começou com um erro da saída de bola da zagueira de Marrocos, que entregou a bola para a meia Jule Brand. Brand tocou na linha de fundo para a zagueira Hendrich que levantou a bola na área para Popp, de cabeça, mandar a bola para o fundo da rede.

Após o gol, a Alemanha manteve a posse e empurrou as marroquinas para seu campo de defesa, não sofrendo perigo durante a maior parte do primeiro tempo. Aos 39 minutos, após escanteio cobrado por Klara Buhl, Popp, novamente de cabeça e na pequena área, ampliou o placar para as alemãs.

O panorama durante o primeiro tempo foi positivo para a Alemanha, que sofreu somente um chute a gol e dominou a maior parte da posse de bola. Alguns erros na saída de bola geraram contra-ataques para as marroquinas, mas nenhum se concretizou. Apesar do panorama positivo, as germânicas subiram o nível na segunda etapa.

O segundo tempo começou com um gol relâmpago: Klara Buhl roubou a bola logo após um erro de passe segundos depois do apito inicial e finalizou a jogada que ela mesma construiu. O chute acertou na trave e, na sobra Buhl, apareceu e faz o terceiro. Pouco tempo depois do gol, Buhl teve outra chance clara de finalização, mas o chute parou na trave. O começo de segundo tempo alemão foi implacável, com menos de 10 minutos depois do terceiro, saiu o quarto gol. Na sobra de um cruzamento, Svenja Huth levantou na área a bola que foi cabeceada para o gol pela zagueira marroquina Hanane Ait El Haj, marcando contra.

O passeio continuou e a blitz alemã pelo quinto gol não parou até marcar. Aos 34 minutos, em mais um cruzamento alemão, a goleira Khadija Er-Rmich afastou contra a zagueira Yasmin M’Rabet, que marcou o segundo gol contra marroquino, e quinto da Alemanha. Quatro minutos após o gol, a capitã Alexandra Popp foi substituída, na caminhada até o banco de reservas foi ovacionada pelos torcedores. Mesmo com uma ampla vantagem no placar, as alemãs não colocaram o pé no freio. Aos 90 minutos, Lena Lattwein finalizou uma bola que, ao ser defendida pela goleira Er-Rmichi, sobrou nos pés da atacante Lea Schuller, que marcou o sexto e fechou a conta.

Como esperado, a seleção bicampeã do mundo não teve dificuldades em seu primeiro jogo, mas surpreendeu pela elasticidade da vitória. A Alemanha dominou o jogo do início ao fim, e terminou com 74% da posse de bola e 16 chutes no total, 7 desses no gol. Todo esse domínio sem a presença de uma das maiores jogadoras do elenco, Lena Oberdorf, poupada por conta de uma lesão.

 

Disputa de bola entre duas jogadoras durante o jogo
Sara Dabritz (esquerda) e Ghizlane Chebbak (direita) disputando a bola durante o jogo. Foto: Reprodução/Twitter/EnMaroc

 

Por outro lado, as marroquinas viveram um dia para ser esquecido. Em sua estreia pela Copa do Mundo, tiveram uma péssima atuação individual e coletiva, marcada principalmente pelos erros defensivos. Ainda no primeiro tempo, a postura de contra-atacar adotada pela equipe foi completamente suprimida, chutando apenas uma vez ao gol na primeira etapa. No final, quatro gols marcados pela Alemanha tiveram início a partir de erros diretos da defesa marroquina. Com essa derrota, o Marrocos vive uma sequência de 5 jogos sem vencer.

A seleção Marroquina volta a campo no domingo (30), para enfrentar a Coreia do Sul e continuar na luta pela classificação, às 01h30 (horário de Brasília). As alemãs jogam no mesmo dia contra a Colômbia, às 06h30 (horário de Brasília), para tentar garantir a classificação para a fase eliminatória.

Se não fosse sofrido, não era Argentina. Nos pênaltis a albiceleste derrota a França e é campeã mundial pela terceira vez na história
por
Fabrizio Delle Serre
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20/12/2022 - 12h

Após 36 anos de espera, os hermanos enfim comemoraram. A Argentina é tricampeã da Copa do Mundo. No último domingo (18) às 12h, o Lusail Stadium recebeu uma das melhores finais já vistas da história do torneio mundial.

 

Lionel Messi foi decisivo, Kylian Mbappé marcou um hat-trick, porém, não foi suficiente. Nos pênaltis, a Argentina bateu a França e ficou com o troféu mais cobiçado do futebol, que tem uma nova capital pelos próximos 4 anos: Buenos Aires.

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Jogadores argentinos comemorando o tricampeonato mundial. Foto: Divulgação / FIFA

 

A decisão da Copa foi em um jogo eletrizante. Para os amantes do futebol foi mais um motivo para se apaixonar pelo esporte. A raça e a entrega dos argentinos foi recompensada. O mundo é azul e branco.

 

A Copa do Mundo de 2022 acabou. Com direito a um encerramento de gala. Diego Armando Maradona, viu e vibrou lá do céu com os “muchachos”, campeões do mundo. A comando do novo deus albiceleste: Messi.

 

Destaque também para Di Maria. O camisa 11 voltou ao time titular de Lionel Scaloni e correspondeu. Sofreu pênalti e balançou as redes.

Primeiro Tempo

A final iniciou com as equipes tensas e com entradas mais duras por ambos os lados. Os franceses até tiveram certo domínio, porém, erraram passes e estavam nervosos.

 

A Argentina percebeu o abalo emocional do adversário e tomou conta da partida. Os hermanos ditaram o ritmo da primeira etapa. Aos 20 minutos, Dembelé derrubou Di Maria dentro da área e o pênalti foi marcado.

 

Lionel Messi foi para a bola. Respirou, bateu e estufou a rede. Bola para um lado, Lloris para o outro, o placar estava aberto, 1 a 0 Argentina.

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Messi na cobrança de pênalti que abriu o placar da decisão. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

Além do gol, Messi naquele momento se tornava o artilheiro da competição com 6 gols, deixando para trás Mbappé.

 

Mesmo com o placar aberto, a França parecia que ainda estava no vestiário. A Argentina continuou dominando a partida. O objetivo era o segundo gol.

 

Aos 35 minutos em um erro de Upamecano os hermanos partiram para o contra-ataque. Uma linda jogada. Mac Allister tocou para Messi que passou para Julián Álvarez. O atacante lançou pelas costas da linha de defesa francesa.

 

Mac Allister recebeu e ajeitou para Di Maria que bateu na saída de Llorris. 2 a 0 e a partida parecia estar definida.

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Di María aprontou das suas mágicas e só tirou de Lloris para marcar o segundo gol
@FRANCK FIFE / AFP

Ao final dos primeiros 45 minutos, o domínio era total da equipe de Scaloni. Ganhavam nas estatísticas e no placar. Os franceses ainda não haviam finalizado.

Segundo Tempo

O segundo tempo começou e o controle argentino ainda era nítido. Assim como na primeira etapa, as ações ofensivas eram sempre direcionadas ao gol de Llorris.

 

A Argentina teve a chance de ampliar: De Paul de voleio aos 3 minutos e com Julián Álvarez aos 13. Ambas as chances pararam nas mãos do goleiro francês.

 

Aos 22 minutos, a primeira finalização da França foi realizada. Kolo Muani de cabeça. A tentativa não levou perigo algum ao gol de Martinez.

 

O jogo foi avançando e a França parecia estar entregue. Era questão de tempo para o fim da fila de 36 anos dos hermanos longe do topo do mundo.

 

Faltavam 12 minutos para o fim do tempo regulamentar, até que Otamendi derrubou Kolo Muani dentro da área. Pênalti para a França. Tensão total no Lusail Stadium.

Então, a estrela de Kylian Mbappé começou a brilhar.

 

O garoto de 23 anos com muita frieza foi para a cobrança da penalidade máxima. Correu, bateu e diminuiu, 2 a 1.

 

A Argentina entrou em curto-circuito. Após 1 minuto do primeiro gol francês, Kylian Mbappé recebeu um bom passe de Thuram. O camisa 10 em um lindo chute de perna direita balançou a rede novamente. Tudo igual. 2 a 2

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Finalização de Mbappé que colocou a França de volta na final. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

 

O juiz apitou o final dos 90 minutos.  Os argentinos estavam tentando entender o que havia acontecido, enquanto os franceses haviam feito uma revolução em menos de 5 minutos.

Empate? Mais 30 minutos!

Haja coração, amigo! A prorrogação foi simplesmente encantadora. Os primeiros 15 minutos foram tensos. Com chances para os dois lados, mas sem efetividade tanto da Argentina quanto da França.

 

A única boa chance dos hermanos no primeiro tempo foi no chute de Lautaro, que foi travado por Upamecano. No rebote Montiel finalizou, mas Varane afastou de cabeça.

 

Lautaro teve nos acréscimos outra oportunidade de desempatar, mas bateu para fora e desperdiçou.

 

Os 15 minutos finais foram emocionantes. Com quase 3 minutos, Lautaro finalizou e Lloris deu o rebote. Lionel Messi estava no lugar certo e na hora certa.  Dessa vez, de perna direita o camisa 10 tirou o empate do placar. 3 a 2, os hermanos estavam de novo na frente.

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Segundo gol de Messi na decisão. Foto: Tarso Sarraf / O Liberal

Os minutos passavam, o fim estava se aproximando e a Argentina estava próxima da tão sonhada conquista da Copa do Mundo. Mas, Mbappé ainda estava em campo e não facilitou para a albiceleste.

 

Há pouco mais de 4 minutos do fim, o garoto bateu e a bola tocou no braço de Montiel que estava dentro da área. Mais um pênalti para a equipe de Deschamps.

 

Novamente, Mbappé na cobrança. O craque do PSG deslocou o goleiro Martínez para empatar a partida, 3 a 3. O futebol viveu naquele momento sua emoção no estado mais puro. Além do gol, o francês se tornou o artilheiro da competição com 8 gols.

 

Na última chance  dos franceses, Kolo Muani ficou cara a cara com Martínez. O goleiro Argentino defendeu com o pé. Dibu foi brilhante e salvou a seleção de mais um vice.

Pênaltis

Com o empate na prorrogação, a Copa foi decidida nas penalidades máximas pela terceira vez em sua história. Os franceses iniciaram a disputa. Mbappé converteu.

 

Na sequência, Lionel Messi abriu as penalidades para os argentinos e também balançou as redes.

 

Martinez pegou a cobrança de Coman, acertando o canto escolhido pelo francês. A taça estava saindo de Paris com rumo a Buenos Aires.

 

Dybala fez o dele, bateu no meio com segurança. O próximo pênalti foi cobrado por Tchouaméni, o meia do Real Madrid bateu pra fora. Comemoração de Dibu com direito a dancinha.

 

Na sequência, Paredes converteu. Kolo Muani não desperdiçou e a França ainda estava viva.

 

29 de junho de 1986. Essa data ficou marcada na história dos Argentinos. Montiel tinha que fazer para acabar com a espera de 36 anos. O Tricampeonato estava próximo.

 

Montiel correu, bateu e fez. Argentina tricampeã do mundo.

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Argentina Campeã do Mundo. @EPA / Friedemann Vogel

A Terceira estrela e Messi

18 de dezembro de 2022. Um novo feriado para os argentinos. Uma data histórica para Lionel Messi que fez a ilusão virar realidade. O ET conquistou o único troféu que faltava em sua vitoriosa carreira.

 

35 anos de idade. Dores de 2014, 2015 e 2016 com 3 vices consecutivos. Acabou. Lionel Messi provou para si e para o mundo que ainda é o melhor.

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Messi levantando a principal taça do futebol. Foto: Divulgação / FIFA

Gênio, divino, predestinado. Como definir quem conseguiu superar Maradona? O mundo é da Argentina pela terceira vez, a estrela de número 3 finalmente foi costurada no escudo albiceleste.

 

Duas delas foram a comanda de D10S, que agora passa seu bastão para um imortal na Argentina e no mundo do futebol: Lionel Messi.

 

1978, 1986, 2022. Tricampeões, os muchachos conseguiram conquistar o mundo. A taça voltou para Buenos Aires. A terra de Diego y Lionel tem o mundo novamente. Os Argentinos não precisam mais “ilusionar”, o título é realidade. 

 

 

Meu pai estava errado sobre muitas coisas, esta é uma delas
por
Bianca Novais
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20/12/2022 - 12h

Na primeira vez que fui ao estádio, eu já era adulta. Para meu pai, o estádio não era lugar de menina. E para nossa situação financeira, o estádio também não era exatamente o lugar do meu pai. Parece um clichê da internet, não é? Tal lugar não é lugar de mulher. O pior é que existe na vida real e a gente acredita. Eu acreditei por muitos anos.

Mesmo vendo a Rainha Marta ser a melhor futebolista do mundo cinco vezes seguidas, a maior artilheira das seleções brasileiras, a primeira atleta a marcar gols em cinco edições de Copa do Mundo da FIFA.

Mesmo vendo Formiga ser a única pessoa a ter participado de sete Copas do Mundo e de sete Olimpíadas, a que mais vezes entrou em campo com a amarelinha.

Mesmo vendo Cristiane se tornar a maior artilheira das Olimpíadas, vencer a primeira edição feminina da Libertadores, ao lado de Marta, e ser artilheira também desta competição.

Todas mulheres pretas, como eu.

Apesar de ver, eu não enxergava. Muito por isso fiquei assustada e apreensiva com o convite do amigo Luan Leão para tocar o barquinho da cobertura da Copa do Mundo pela AGEMT, com ele e o inenarrável Bruno Scaciotti.

Se meu lugar não era nem no estádio, imagina em posição de liderança frente a 20 homens falando sobre bola?

Pouco mais de três meses de planejamento, 28 dias de Copa do Mundo, 99 textos no site, 9 episódios do podcast Expresso Catar, 4 episódios do programa Manual de Sobrevivência da Copa do Mundo, 37 edições do boletim diário em vídeo Já É Copa, fora o baile.

Não vi o Brasil ser hexa, mas pude ver Marrocos ser a primeira seleção africana a chegar nas semifinais de uma Copa. Vi Cristiano Ronaldo ser o terceiro atleta a marcar gol em cinco edições do mundial de seleções. Neymar se igualar em gols pela seleção com Pelé. Kylian Mbappé ser o segundo jogador a marcar um hat-trick em final de Copa do Mundo. Messi ser consagrado como um dos deuses do futebol ao conquistar o tricampeonato argentino. E o primeiro trio de arbitragem feminino a apitar um jogo da Copa do Mundo masculina.

Nada mal para quem não está no lugar.

Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: NICHOLAS KAMM/GettyImages
Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: Nicholas Kamm/GettyImages

 

Pela terceira vez em sua história, o time xadrez sobe ao pódio e consagra a geração liderada por Modric
por
Arthur Campos
João Victor Fogagnolo
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18/12/2022 - 12h

No último sábado (17), ocorreu a penúltima partida da Copa do Mundo Catar 2022. Croácia e Marrocos estiveram frente a frente no estádio Internacional Khalifa para definir o terceiro e quarto lugar do torneio. 

As seleções se reencontraram 24 dias depois do confronto na primeira rodada do grupo F na fase de grupos. Naquela ocasião o jogo terminou em um 0 a 0 nada saudoso. 

Em lados opostos do chaveamento, os Leões dos Atlas, tal qual Davi, foram desafiados por vários Golias e assim como na passagem bíblica de Samuel 17, triunfaram diante dos gigantes. Posteriormente, sucumbiram apenas perante a atual campeã, França. 

Já a seleção eslava, repetindo o feito de 2018, precisou passar por duas prorrogações para manter-se na competição. Da mesma forma que na edição passada, os embates contra Japão e Brasil chegaram até as penalidades máximas, nas quais as duas saíram derrotadas, com o goleiro Dominik Livakovic sendo o protagonista. Somente a Argentina foi capaz de impedir os croatas de irem a mais uma final. 

Croácia
Foto oficial da seleção croata. Imagem: Reprodução/Twitter/@fifaworldcup_pt

 

Dentro de campo as equipes vieram bem mexidas devido ao desgaste acumulado durante a Copa. O técnico Walid Regragui, que sofreu com desfalques nos duelos contra Portugal e França, promoveu descanso a alguns jogadores. Mais uma vez o comandante não teve a disposição o lateral esquerdo Noussair Mazraoui, que não estava no banco de reservas, cedendo espaço para Yahia Attiyat Allah. Já os atletas Roman Saiss, Nayef Aguerd, Selim Amallah e Azzedine Ounahi foram preservados, sendo substituídos por Achraf Dari, Jawad El Yamiq, Abdelhamid Sabiri e Bilal El Khannouss respectivamente. 

Por motivos semelhantes, o treinador Zlatko Dalic deu oportunidades para outros jogadores do plantel. Em comparação ao confronto anterior, houve três mudanças na linha de defesa, o recuo de Ivan Perisic para variar entre lateral e ala pela esquerda, junto com as entradas de Josip Sutalo e Josip Stanisic, nas vagas de Dejan Lovren e Josip Juranovic, nesta ordem. Na parte ofensiva, Lovro Majer, Mislav Orsic e Marko Livaja também ganharam chances nos lugares de Mario Pasalic, Borna Sosa e Marcelo Brozovic. 

Dado o apito inicial, os 44.137 expectadores viram um começo de partida movimentado. Em jogada ensaiada na cobrança de falta, Majer bateu para dentro da área, Perisic escorou de cabeça e Josko Gvardiol completou para abrir o marcador aos 7 minutos, numa bela trama croata.

Croácia
Gvardiol mergulhou e fez 1x0 para o time xadrez. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

No minuto seguinte, novamente em bola parada, o cruzamento de Hakim Ziyech desviou e sobrou para Dari empatar a disputa. Antes do intervalo, aos 42, numa recuperação dos eslavos na zona de ataque, Livaja passou para Orsic finalizar com chapa do pé, e resvalando levemente na trave, morreu dentro das redes do goleiro Bono. 

Na volta para o segundo tempo, o fator físico pesou e o ritmo do jogo caiu. Apesar da posse de bola marroquina, os leões não conseguiram concretizá-la em reais perigos de gol. Sem grandes emoções na etapa final, o placar terminou em 2 a 1, com a Croácia conquistando o terceiro lugar da Copa do Mundo.  

A campanha coroou um possível fim da brilhante trajetória de Luka Modric na seleção. O camisa 10 foi o destaque desse meio campo e ficará eternizado como o maestro dessa geração.

Croácia
O craque Modric em sua última Copa do Mundo. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

Mesmo ficando com a quarta colocação, Marrocos sai do Catar de cabeça erguida e o treinador Regragui fez questão de enaltecer.

“Lembraremos de muitos jogos, voltaremos mais fortes. Unimos o nosso país durante um mês, todos estavam felizes”, enfatizou. 

O comandante também falou sobre o legado que deixaram nessa Copa.

“Eu acho que mostramos nossa força. Mostramos que o futebol africano está preparado para enfrentar os principais times do mundo com eficiência e jogando no nível mais alto”, comentou. 

O técnico marroquino ainda deixou seu recado visando os próximos objetivos da equipe.

“Eu disse aos meus jogadores que não podemos ser reis do mundo antes de sermos reis do continente. Nós vamos trabalhar para ganhar a Copa Africana de Nações”, afirmou Regragui. 

Seleção espanhola tem mais posse de bola e troca mais passes, mas não transforma em chances de gol.
por
Felipe Albanez
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06/12/2022 - 12h

A Espanha foi eliminada pela segunda vez consecutiva nas oitavas de final da Copa do Mundo, após perder nos pênaltis para Marrocos, nesta terça-feira (06). O resultado repete a edição de 2018, quando a “la Roja” caiu para as donas da casa, Rússia, em outra disputa de pênaltis.

Com a derrota, a seleção se tornou, isoladamente, a que mais teve derrotas nos pênaltis na história das Copas do Mundo, com quatro eliminações. Desta vez, a Fúria perdeu para Marrocos, na primeira derrota para uma seleção africana em mata-mata de sua história.

Seleção que mais trocou passes nesta Copa e que mais teve posse de bola, a Espanha não conseguiu, mais uma vez, converter o domínio territorial em chances de gol. Algo que a imprensa espanhola já havia criticado, entrando em conflito com Luis Enrique, que defendia a todo custo a forma de jogar de sua equipe, a pressão espanhola não resultou em vitória.

Seleção Espanha
Jogadores espanhóis no centro do campo após a derrota. Foto: Dylan Martínez / Reuters 

O jovem time espanhol fez exatamente o que seu técnico pediu, trocou muitos passes, porém, criou poucas chances de gol e sofreu com os contra-ataques rápidos da seleção marroquina.

Num jogo que se desenhava para a prorrogação dado os poucos espaços que ambas as seleções encontraram no decorrer da partida, Luis Enrique lançou a experiência de Morata para fortalecer a presença na área.

O jogo só foi alterado com a entrada de Nico Williams no lugar de Torres. Com a modificação, teve início uma sucessão de cruzamentos e bolas enfiadas que não foram aproveitadas por Morata, ou foram salvas pelo goleiro marroquino, Yassine Bounou.

No ataque contra a defesa, a última bola do jogo ficou com Pablo Sarabia que, sem ângulo, chutou cruzado e viu a bola triscar a trave, deixando a decisão para as penalidades.

Nos pênaltis a Espanha não conseguiu fazer o gol sequer uma vez. Sarabia começou as cobranças chutando na trave. Carlos Soler e Sergio Busquets foram parados pela atuação incrível de Bono, eliminando a Espanha da Copa do Mundo do Catar.

Seleção Espanha
Sarabia perdeu a primeira cobrança para a seleção espanhola. Foto: Dylan Martínez / Reuters

Desde que foi campeã mundial em 2010, a seleção espanhola não conseguiu mais repetir o sucesso e foi eliminada na fase de grupos em 2014, além das duas quedas precoces nas oitavas de final nas edições mais recentes (2018 e 2022).

O "tiki-taka" de Luis Enrique se mostrou frágil nessa Copa. Apesar da vitória robusta na estreia contra a Costa Rica, o time espanhol sofreu para transformar seu domínio em gols, e até mesmo com a bola, não teve atuações brilhantes. Com jogadores de qualidade e jovens como Pedri, Ansu Fati, Nico Williams, Gavi e Ferran, a Espanha terá de se remontar para começar a pensar no ciclo de 4 anos para 2026.

Croatas superam os japoneses nas oitavas e disputam com o Brasil as quartas de final.
por
João Victor Martins Fogagnolo
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06/12/2022 - 12h

Nesta segunda-feira (05), às 12h, Japão e Croácia se enfrentaram no estádio Al Janoub, o jogo valia a permanência na Copa do Mundo, e quem se deu melhoram foram os croatas, com vitória nos pênaltis por 3 a 1, com destaque para o goleiro Dominik Livakovic.

A seleção croata entrou em campo com uma formação de 4-3-3, dessa vez com seu camisa 9, Andrej Kramaric, jogando pela ponta esquerda. A seleção japonesa começou o jogo pressionando e tendo mais chances de gol durante o primeiro tempo até abrir o placar, no final do primeiro tempo, com Daizen Maeda, em uma jogada após cobrança de escanteio.

Para o segundo tempo, a Croácia voltou com pressa, sabendo que jogava contra o relógio. E deu certo, aos 10 minutos da segunda etapa, o camisa 4 da Croácia, Ivan Perisic, lançou um foguete com a cabeça que só para no fundo da rede japonesa, 1 a 1 no placar.

Aos 18 minutos de partida, Luka Modric arrisca um chute e obriga uma grande defesa do goleiro Shūichi Gonda, que espalmou o ‘foguete’ para fora. O jogo foi disputado no segundo tempo, mas com maior domínio croata, com relação a primeira etapa.

O jogo não se resolveu nos 90 minutos e então acontece a primeira prorrogação dessa edição de Copa do Mundo. Nos primeiros 15 minutos de prorrogação, o técnico da Croácia, Zlatko Dalic, substituiu dois dos seus principais jogadores, Luka Modric e Mateo Kovacic para as entradas de Lovro Majer, que entra muito bem no lugar de Modric, e Nikola Vlasic, no lugar de Kovacic.

No segundo tempo de prorrogação, mais uma vez, Dalic tira uma de suas estrelas, dessa vez saiu Ivan Perisic, autor do gol de empate, para a entrada de Mislav Orsic. Também saiu Ante Budimir para a entrada de Marko Livaja.

Com muita cautela de ambos os lados, a prorrogação foi de mais troca de passes do que chances criadas, levando o jogo para a primeira disputa de pênaltis da Copa do Mundo de 2022, sem os principais jogadores da seleção croata, que foram substituídos.

Livakovic defendendo

Matthew Ashton - AMA/Getty Images

O Japão abriu as cobranças com Takumi Minamino, e então começou a noite inspirada do goleiro croata. Na primeira cobrança, defesa Dominik Livakovic. A Croácia converteu sua batida com Vlasic. Na segunda chance japonesa, Livakovic pega mais uma cobrança.

Para ampliar a vantagem, Brozovic bateu e marcou. O único a vencer Livakovic nos pênaltis foi Asano, que diminuiu para o Japão, 2 a 1. Descansado, Livaja chutou na trave e foi o único croata a errar uma das cobranças. Podendo empatar as cobranças, provisoriamente, o capitão Maya Yoshida bateu mal e entregou a bola nas mãos do goleiro Livakovic. Coube a Pasalic marcar o gol da vitória.

A atuação de gala do goleiro Dominik Livakovic o tornou o herói da partida. A Croácia, sem seus jogadores principais, conseguiu ser superior nas penalidades e se classificar para as quartas de final da Copa do Mundo de 2022.

 

Veja o panorama do grupo G após a terceira e última rodada da fase de gruposs da Copa do Mundo.
por
Matheus Monteiro da Luz
José Pedro dos Santos
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02/12/2022 - 12h

 

Suíça X Sérvia
 

Na sexta-feira (3), Suíça e Sérvia se encontraram no estádio 974 para definir a última vaga para o mata-mata. O jogo foi marcado por tensões e provocações como em 2018, quando os dois times se encontraram na fase de grupos, pelo grupo E da Copa da Rússia.


Foto: Ina Fassbender/AFP

 

O jogo já começou agitado, com defesas e bolas na trave para os dois lados. Porém, aos 19 minutos, Shaqiri chutou direto para a rede sérvia e desempatou o jogo. Na comemoração, o jogador fez um sinal de silêncio para a torcida sérvia e mostrou o nome da sua camisa. Aos 26, Aleksander Mitrovic, igualou o placar com um cabeceio vindo de um cruzamento de Tadic. Pouco depois de empatar, o talentosso Dusan Vlahovic se aproveitou de falha da defesa para colocar a bola na rede com um cruzado de canhota, e virou o jogo. 

 

O jogador comemorou da mesma forma que Shaqiri, o que aqueceu mais ainda os ânimos da partida. No final do primeiro tempo, Embolo empatou o jogo mais uma vez, ao receber a bola na frente do gol, após uma linda triangulação na área.

Foto: MANAN VATSYAYANA / AFP


 

No início do segundo tempo, Freuler recebeu de Rubén Vargas na cara do gol, marcou e garantiu a vaga da Suíça para as oitavas de finais. Apesar do jogo não ter contado com mais gols, o jogo continuou quente, com tentativas de gol e belas jogadas, aos 18, Mitrovic caiu no chão e tentou forçar uma revisão do VAR a seu favor. 

 

Essa discussão esquentou e levou a provocações do banco sérvio ao camisa 10 suiço, Xhaka, que respondeu com um gesto obsceno para os adversários. Após o jogo, Xhaka foi escolhido como o melhor em campo e utilizou uma camisa com o nome Jashari, soldado que lutou na guerra do Kosovo e que é considerado um terrorista para os sérvios.  

Brasil x Camarões 

 

 

O Brasil já estava classificado, só restando garantir o primeiro lugar do grupo. Tendo isso em vista, Tite escalou um time reserva para enfrentar Camarões pela última rodada no Grupo. O objetivo era poupar os titulares para o jogo das oitavas ao mesmo tempo que dava rodagem para os reservas.

Enquanto isso, do outro lado do confronto a situação era completamente diferente. Camarões precisava da vitória a qualquer custo para ter uma chance de se classificar para o mata-mata e tratou o jogo como uma final.
 

O jogo em si foi de certa forma a mesma tônica dos outros dois primeiros jogos da seleção. Um primeiro tempo nervoso com algumas chances de gol criadas. Quem surpreendeu positivamente para o lado canarinho foi Gabriel Martinelli, que aproveitou bem a oportunidade que teve e mostrou muita vontade com 4 chutes sendo 3 no gol.
 

Mais uma vez a defesa brasileira teve uma atuação sólida e dominante, mas cedeu o seu primeiro chute ao gol na Copa inteira. Na segunda etapa, o ataque canarinho continuou criando, mas a pontaria esteve longe da ideal. Enquanto isso, Camarões começou a gostar do jogo.
 

Nos acréscimos do segundo tempo, depois de um cruzamento de Jerome Mbekeli - que tinha acabado de entrar- Vincent Aboubakar, destaque Camaronês, empurrou para as redes para dar números finais a partida. 1 a 0 Camarões. 

 

Vicente Aboubakar ainda foi expulso por tirar a camisa na comemoração Foto: Reprodução/Getty
Vicente Aboubakar ainda foi expulso por tirar a camisa na comemoração Foto: Reprodução/Getty

 

Apesar disso, Camarões não conseguiu se classificar porque dependia de um tropeço da Suíça que não aconteceu. No entanto, a seleção africana sai com um saldo muito positivo da Copa com boas atuações e um futuro promissor nessa gestão de Eto'o como comandante do Futebol no país.


Já o Brasil continua seu caminho rumo ao Hexa com uma atuação que engana os torcedores. O resultado pode parecer ruim, mas o Brasil jogou melhor e se não fosse a má pontaria e a excelente atuação do goleiro David Epassy teria saído vitorioso.


 

Situação do Grupo

 

Com o fim dos jogos da terceira rodada a fase de grupos acabou com Brasil classificado em primeiro lugar com seis pontos, duas vitórias e uma derrota. Em segundo lugar ficou a Suíça, com seis pontos e duas vitórias e uma derrota, com um gol a menos de saldo em relação ao Brasil. Em terceiro ficou Camarões, com 4 pontos e uma vitória, uma derrota e um empate. Enquanto a Sérvia ficou em quarto lugar com apenas um empate e duas derrotas, fazendo um ponto.

 

O Brasil joga contra a Coreia do Sul na próxima segunda-feira (05), às 16h, no Estádio 974, pelas oitavas de final. A Suíça enfrenta Portugal na terça-feira (06), também às 16h, no Estádio Lusail. 

Equipe africana é eliminada pela Inglaterra e não avança às quartas de final.
por
João Serradas
|
05/12/2022 - 12h

Senegal foi derrotado no último domingo (04) pela seleção da Inglaterra por um placar de 3 a 0, em partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo. No primeiro tempo do jogo, a equipe senegalesa se mostrou muito forte e fechou todos os espaços, não cedendo a Inglaterra a chance de criar oportunidades claras de ataque. Contudo, a equipe africana sofreu um grande baque ao tomar dois gols no fim da primeira etapa, aos 38 minutos e nos acréscimos. 

Senegal
Foto: Reprodução / Twitter

O que parecia ser um jogo equilibrado, acabou se tornando uma luta contra o tempo para reverter o placar. Na segunda etapa a equipe de Senegal não abaixou a cabeça e foi atrás de segurar o forte ataque inglês. Mas segurar o entrosamento e a velocidade dos jovens jogadores ingleses não é nada fácil. Aos 12 minutos do segundo tempo, Saka ampliou o placar e decretou o fim da participação de Senegal na Copa do Mundo.

Mesmo diante da derrota, os senegaleses deixaram sua marca no mundial. A seleção de Senegal chegou ao Catar com o status de melhor seleção africana no torneio, e isso foi realidade. Nesta edição, a equipe comandada por Aliou Cissé foi, junto com Marrocos, as únicas seleções africanas entre os países classificados para o mata-mata da Copa.

Senegal
Foto: AFP

 Não tem como negar que houve uma desconfiança em relação ao desempenho da seleção por conta do desfalque de sua grande estrela e principal atleta do time, Sadio Mané. O atacante do Bayern de Munique ficou de fora da Copa por conta de lesão. Porém, mesmo diante das dificuldades, Senegal se mostrou firme e por mais que não tenha feito uma Copa do Mundo brilhante, foi eficiente e fez bons jogos. 

Na fase de grupos, a resposta foi até positiva. Apesar da derrota para a Holanda por 2 a 0 no primeiro jogo, teve uma boa atuação e foi vazada apenas no fim da partida. Depois, ganhou do Catar por 3 a 1, confirmando o favoritismo, e na última rodada em duelo direto por vaga nas oitavas, derrotou o Equador por 2 a 1, avançando na segunda posição do grupo. 

Agora, a equipe africana segue com a mentalidade firme, buscando a consolidação do modelo de jogo e proposta tática implementado por Aliou Cissé, mostrando ao mundo que seleções africanas não são apenas correria e jogo fisico. 

Australianos não seguram a pressão da Argentina e estão eliminados da Copa do Mundo
por
Gusthavo Sampaio
|
05/12/2022 - 12h
Chute de Garang Kuol
Chute do atacante Garang Kuol, defendido pelo goleiro Emiliano Martínez nos lances finais. Foto: Reprodução/Twitter/@fifaworldcup_es

 

O segundo jogo das oitavas de final da Copa do Mundo de 2022, entre Austrália e Argentina nesse sábado (03), no estádio Ahmad bin Ali Stadium, colocou fim as pretensões australianas nesse mundial.

A Austrália entrou em campo declarando o seu modo de jogo pela formação, um 4-4-2 já utilizado anteriormente com uma proposta defensiva, e assim foi durante o confronto com a Argentina. No primeiro tempo, a equipe não conseguiu criar diante da pressão alta exercida pela Argentina.

Apesar da ausência de poder ofensivo, a Austrália mostrou uma defesa sólida, empurrando os atacantes argentinos para as laterais e não permitindo a finalização do craque Lionel Messi perto da grande área. O gol foi sofrido na sobra de uma bola parada, com os defensores australianos no centro da grande área, o craque argentino achou espaço para a finalização e não perdoou, balançando as redes e marcando o primeiro gol da partida.

No segundo tempo, a seleção australiana voltou sem alterações e com proposta semelhante a do primeiro tempo. Ainda sofrendo com a pressão alta Argentina, os defensores foram forçados a cometer erros. Após um tiro de meta curto, a defesa se complicou e voltou a bola para o goleiro, Mathew Ryan, que falhou ao tentar driblar o atacante argentino Julián Álvarez na pequena área, deixando o camisa 9 argentino livre para marcar o segundo gol.

Sem muito a perder, a seleção australiana mudou de postura, e aos 33 minutos marcou o diminui o placar após o chute de Goodwin, que ainda foi desviado por Enzo Fernández. Pouco tempo após o gol, o lateral Behich saiu driblando todo mundo, em uma jogada individual majestosa passando por quatro jogadores da Argentina e finalizando ao gol, mas foi travado no momento exato pelo zagueiro Lisandro Martínez.

Após o lance, os australianos voltaram a perder força ofensiva, e mais uma vez foram pressionados pelos argentinos, que acumularam chances perdidas de gol.

Já nos acréscimos, o atacante Garang Kuol teve uma grande oportunidade para empatar o jogo, mas o chute foi bem defendido pelo goleiro Emiliano Martínez. Ao soar o apito, a Austrália se despediu da Copa do Mundo de 2022 nas oitavas de final.

Sem dúvidas essa foi uma Copa do Mundo memorável para a seleção oceânica. Com um futebol consistente taticamente, surpreenderam em um grupo que não eram cotados para se classificar. Ficam pelo caminho em um jogo que a proposta deu certo até aparecer a genialidade de Lionel Messi e um erro defensivo em saída de bola.