Portugal e Suíça se enfrentaram na última terça (6) no estádio Lusail pelas Oitavas de final da Copa do Mundo. Os portugueses venceram sem dificuldade por 6 a 1. A partida foi marcada pelas contestadas decisões do técnico português, Fernando Santos, que optou por deixar Cristiano Ronaldo e João Cancelo no banco.
O Espetáculo Luso
Durante os primeiros minutos de jogo o favoritismo não se mostrou, Portugal e Suíça faziam uma partida equilibrada. Porém, aos 17 minutos da primeira etapa, Gonçalo Ramos, substituto de Cristiano Ronaldo no time titular abriu o placar com um forte chute na gaveta.
A Suíça parecia não ter sentido o gol e continuava a buscar o jogo, mas aos 35 minutos, o lendário zagueiro Pepe subiu mais alto que todos no escanteio e marcou o segundo gol dos gajos.

Na segunda etapa, Gonçalo Ramos balançou a rede mais uma vez para fazer 3 a 0. O lateral-esquerdo Raphael Guerreiro também marcou para os lusos. Os suíços até tentaram diminuir a diferença com o zagueiro Akanji, aos 13 minutos do segundo tempo, aproveitando uma falha da defesa dos lusos e marcando o único gol da Suíça no jogo.
Na reta final, Portugal ainda teve tempo e ampliou com mais um de Gonçalo Ramos, anotando o primeiro Hat-Trick da Copa do Catar, e se tornando o segundo jogador mais jovem a fazer três gols mata-mata de Copas, atrás apenas de Pelé. O atacante Rafael Leão selou o caixão suíço, marcando o 6 a 1.
Cristiano Ronaldo ainda entrou no finalzinho do jogo e até deixou o dele, mas estava impedido.
O Substituto
O destaque da partida foi, sem dúvidas, Gonçalo Ramos, que substituiu o craque da seleção das quinas com muita coragem e ousadia, fazendo uma apresentação impecável, que o consagrou com um Hat-Trick.

A seleção portuguesa pela primeira vez na copa mostra para o que veio. Sua atuação sólida e firme a colou de volta na corrida pela taça. A vitória veio em boa hora também para o técnico, que foi alvo de críticas por poupar na última rodada, quando a seleção perdeu para a Coreia do Sul de virada por 2 a 1.
Próxima Parada
Nas quartas de final, Portugal enfrenta Marrocos neste sábado (10), às 12h (de Brasília), no Estádio Al Thumama. A seleção marroquina vem de boas apresentações nesta Copa, tendo na defesa seu ponto forte, sofrendo apenas um gol em toda a competição. O jogo testará a força ofensiva portuguesa.
Na segunda-feira (05), às 16h, Brasil e Coreia do Sul se enfrentaram valendo a vaga nas quartas de final no Estádio 974. Uma hora antes do jogo saiu a escalação da Coreia, deixando evidente qual seria a estratégia. Com duas linhas de quatro e somente Son e Cho à frente, os coreanos iriam se defender e apostar na velocidade do seu contra-ataque.
Pelo que apresentou na competição, especialmente na virada contra Portugal por 2 a 1 na última rodada da fase de grupos, a Coreia indicava que poderia dar trabalho ao Brasil. Mas aos 6 minutos do primeiro tempo, Raphinha fez uma boa jogada e tocou para Vinícius Júnior fazer o gol.
Nos primeiros minutos de jogo a defesa da Coreia, que seria fundamental para cumprir a risca a estratégia pensada antes do jogo, parecia não se entender, sentindo a pressão do jogo. Após uma jogada que não representaria tanto perigo, o volante Jung fez um pênalti muito infantil em cima de Richarlison. Neymar bateu e colocou o Brasil com dois gols de vantagem à frente.

Depois de um apagão nos minutos iniciais, a Coreia tentou se reestabelecer, buscar mais segurança para começar a competir. Tentavam jogadas pelo lado esquerdo, mas sem muito sucesso. Heechan teve uma boa tentativa e Alisson defendeu seu ótimo chute.
A equipe asiática parecia estar com mais segurança, até Richarlison tabelar com os zagueiros do Brasil na entrada da área e marcar mais um gol. 3 a 0.
A partir do terceiro gol os coreanos se lançaram, a estratégia inicial não atingiu seu objetivo, e a chance de vexame era maior. Os coreanos deram o contra-ataque para o Brasil, e em boa trama, Paquetá fez o quarto gol brasileiro ainda na primeira etapa.
No segundo tempo o Brasil veio mais tranquilo, em um clima de vitória garantida. A Coreia até tentava, mas parava em Alisson. Depois de algumas tentativas, aos trinta minutos do segundo tempo, após uma bola rebatida na área, Paik Seung-Ho acertou um belo chute e diminuiu o placar, 4 a 1. Mas não foi suficiente.

Os asiáticos foram com a estratégia certa, porém, não contavam com o improviso brasileiro, que acabou com todo o sonho coreano. A Coreia sai orgulhosa dessa Copa, além de apresentar um bom futebol, venceu de Portugal e deixou o Uruguai pelo caminho.
Apesar da campanha, chegando as oitavas de final pela terceira vez na história, o técnico Paulo Bento anunciou sua saída do cargo na entrevista coletiva após o final da partida. O treinador estava no comando da equipe desde 2018.
No último jogo da terça-feira (6) e das oitavas de finais, Portugal eliminou a Suíça com um baile em cima de uma das melhores defesas desta edição da Copa do Mundo. O pré-jogo foi marcado pela polêmica do craque português Cristiano Ronaldo, que começou no banco, porém, a lembrança do jogo é a amarga sensação de falta de entrega dos suíços e o maior placar da história das oitavas de Copa.

Murat Yakin, técnico da Suíça, arriscou jogar em um 3-1-4-2, colocando Xhaka atrás, ao invés de jogar no seu clássico 4-2-3-1, modelo que garantiu a vitória da La Nati em cima da Sérvia e segurou o ataque brasileiro na única derrota da fase de grupos. Em tese essa mudança de posicionamento permitiria a Suíça jogar mais aberto e consequentemente ter mais oportunidades de criar chances gols, porém isso não se comprovou em campo.
No início do jogo a Suíça até colocou uma certa pressão nos portugueses, mas isso durou pouco. Aos 16 minutos, João Félix recebeu a bola de uma cobrança de lateral e passou na medida para Gonçalo Ramos, que colocou a bola em cima da cabeça do goleiro Sommer, no único ângulo possível desse gol acontecer.
Depois do golaço, a Suíça caiu de rendimento no jogo, aparecendo de vez em quando, principalmente em bolas paradas, como a falta cobrada por Shaqiri aos 30 minutos e o gol do zagueiro Akanji, que saiu em uma cobrança de escanteio.
O gol de Akanji já saiu com um gosto amargo, porque naquela altura o jogo já tinha virado um passeio dos lusitanos com 4 a 0 no placar. Os gols de Portugal foram marcados por Gonçalo Ramos - com direito a hat-trick e podendo pedir música no Catar -, Pepe, Raphael Guerreiro e Rafael Leão.
O apagão da Suíça aconteceu pelo posicionamento que Yakin tentou colocar no time, com uma linha de 5 para trabalhar as laterais, ideia que não deu certo. Além disso, ter colocado o melhor armador do time recuado ajudou a impedir que o meio de campo suíço passasse da primeira linha portuguesa, e permitiu passes entre linhas suíças, deixando a construção defensiva com apenas 3 defensores.
Após a derrota por 6 a 1, um dos principais nomes da seleção, o atacante Shaqiri se desculpou e afirmou que essa não foi a performance verdadeira do time. O jogador ainda alfinetou o técnico, afirmando que as mudanças também assustaram os jogadores, mas que eles aceitaram, afinal, foram feitas pelo técnico.

Yakin respondeu dizendo que a mudança não foi grande, acrescentando que o elenco treinou a formação em amistosos. A imprensa na Suíça não perdoou a fraca atuação do time, estampado nas manchetes que a derrota foi uma “humilhação” e uma “desgraça”.
No geral, foi um jogo de um time só, onde apenas a seleção portuguesa teve espaço e boas oportunidades. Os jogadores suíços tiveram um jogo individual abaixo do que costumam apresentar, os únicos que merecem destaque são Akanji, o autor do gol, e Sommer que apesar de ter tomado seis gols fez diversas defesas que evitou um placar ainda mais elástico.
A seleção suíça fez uma boa Copa, apesar do último jogo. Em um grupo considerado complicado, conseguiu superar a Sérvia, apontada como uma forte favorita a avançar em segundo no grupo do Brasil. A derrota e a eliminação vexatória para Portugal coloca uma interrogação nos suíços para o planejamento de ciclo pensando na próxima Copa e nas competições Europeias.
Nesse sábado (03), no estádio Internacional Khalifa, as seleções de Holanda e Estados Unidos travaram a batalha pelas quartas de final.
Com jogo movimentado desde o começo, a Laranja Mecânica abriu o placar logo aos 10 minutos do primeiro tempo com Memphis Depay, após bom cruzamento de Dumfries. Os americanos não se assustaram e seguiram com posse de bola e tentando agredir os europeus, mas, novamente em contra-ataque, em outro cruzamento de Dumfries, Daley Blind ampliou para os holandeses.
Já no segundo tempo os yankees tentaram, e depois de muito insistir, conseguiram descontar somente aos 31 minutos, com Haji Wright. Porém, 5 minutos depois os holandeses marcaram novamente com o lateral Denzel Dumfries que já havia dado duas assistências na partida.
Dumfries comemorando após marcar (Foto: Ashley Landis/AP)
Apesar da derrota, a participação dos norte-americanos na Copa do Catar mostra que a preparação que está sendo feita pensando no mundial de 2026, quando serão país sede, está no caminho certo. Destaque para o camisa 10 e principal jogador da seleção, Christian Pulisic, que fez um bom mundial.
A Holanda segue na competição e enfrentará a Argentina, na sexta-feira (09).
Japão e Croácia se enfrentaram na segunda-feira (5), no estádio Al Janoub, para decidir quem iria avançar às quartas de final da Copa do Mundo. A seleção japonesa chegou para esse confronto visando garantir sua primeira participação nas quartas de uma Copa em toda a história.

Primeiro tempo
O jogo começou com uma pressão japonesa para cima dos croatas que resultou em um escanteio logo aos 2 minutos, e nessa jogada ensaiada quase que o Japão abriu o placar. Pouco tempo depois, antes dos 10 minutos, o jogador do Arsenal, Tomiyasu quis dar um susto na torcida japonesa e recuou muito mal uma bola para o goleiro, e Perisic acabou recebendo um presente dentro da área, mas com linda defesa, Gonda salvou o Japão de sofrer um gol logo no início, que poderia comprometer todo o resto da partida.
Aos 12 minutos de partida, o Japão já havia criado duas chances claras e a Croácia uma, mostrando o equilíbrio que o embate teve desde o início.
Mas se aos 2 minutos de jogo, a jogada ensaiada no escanteio não resultou em gol, 40 minutos depois os japoneses conseguiram abrir o placar com Maeda, em outro lance que se iniciou em um escanteio. E assim o Japão levou a vantagem de um gol para o vestiário.

Segundo tempo
Aos 10 minutos da segunda etapa, os samurais azuis viram a Croácia empatar a partida em bela cabeçada de Perisic. O empate não abateu os japoneses, que conseguiram compensar os bons nomes individuais presentes entre os croatas com uma boa organização tática dentro de campo.
Mostrando que não estava abalada, a seleção japonesa conseguiu avançar para o ataque um minuto depois que os europeus marcaram, e mesmo que o belo chute de Endo tenha parado na defesa de Livakovic, esse lance mostrava que os japoneses iriam continuar lutando. Pouco tempo depois, a defesa asiática viu Modric finalizar muito bem uma bola de fora da área, mas que também acabou sendo parado nas luvas do goleiro.
O melhor jogador japonês em campo foi o volante Endo, que conseguiu criar boas chances e até mesmo finalizar bem de fora de área quando foi preciso, além de ter desempenhado bem seu papel defensivo, fez um trabalho completo no meio-campo.
Mas, quando o juiz marcou o fim da partida, a equipe japonesa desandou. Na disputa de pênaltis, foram 3 cobranças desperdiçadas, de Minamino, Mitoma e do capitão Yoshida, o único jogador que converteu seu pênalti foi Asano. E em uma noite iluminada do goleiro Livakovic, o Japão foi superado pelos croatas por 3-1 nas penalidades.