O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta aumento moderado, com destaque para os grupos de Transportes e Alimentação.
por
Marcello R. Toledo
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15/08/2023 - 12h

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,12% no mês de julho. O número representa um acréscimo de 0,20 ponto porcentual em relação à taxa de junho, que havia sido de -0,08%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,99%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,99%, superando os 3,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

O IPCA  é uma ferramenta crucial para avaliar a evolução dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, ele serve como um indicador da inflação enfrentada e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo diversas regiões metropolitanas do país, além de algumas cidades específicas.

Em linhas mais claras, o IPCA desempenha o papel de espelho do custo de vida experimentado por essa parte da população. Dessa forma, ele captura as variações de preços em uma variedade de produtos e serviços, permitindo que as autoridades econômicas, consumidores e demais interessados compreendam as tendências inflacionárias em diferentes partes do Brasil.
 

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Setores em Destaque

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IPCA, cinco apresentaram alta no mês de julho. O grupo de Transportes teve o maior impacto, com 1,50% de variação e contribuição de 0,31 ponto porcentual. Nesse grupo, os preços da gasolina tiveram um aumento notável de 4,75%, sendo o item com maior contribuição individual para o índice do mês. Itens como gás veicular (3,84%) e etanol (1,57%) também tiveram alta, enquanto o óleo diesel apresentou uma queda de 1,37%. Passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) também contribuíram para o aumento no grupo.

Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,46%, com impacto de -0,10 ponto porcentual no índice. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), destacando-se quedas em produtos como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). Por outro lado, as frutas tiveram aumento de preço, com destaque para banana-prata (4,44%) e mamão (3,25%).

No grupo de Habitação, a taxa de -1,01% impactou o índice em -0,16 ponto porcentual. A maior contribuição para essa variação veio da energia elétrica residencial, que registrou queda de 3,89% devido à incorporação do Bônus de Itaipu (um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual em residências de classes residencial e rural, que tiveram ao menos um mês, em 2022, consumo faturado inferior a 350 KWh) nas faturas emitidas em julho. A taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta devido a reajustes em algumas regiões.

Variações Regionais 

As variações regionais também tiveram impacto no IPCA de julho. Porto Alegre foi a região que apresentou a maior variação, com 0,53%, devido ao aumento do preço da gasolina (6,98%). Belo Horizonte teve a menor variação, registrando queda de -0,16%, influenciada pelas quedas nos preços dos ônibus urbanos (-17,50%) e na energia elétrica residencial (-4,23%).

INPC e Outros Indicadores

Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também foi divulgado (o Índice também mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, entretanto num recorte menor que o IPCA - considera rendimentos de 1 a 5 salários mínimos). O INPC registrou uma variação de -0,09% em julho, mantendo-se próxima à taxa de -0,10% observada no mês anterior. No acumulado do ano, o INPC acumula alta de 2,59%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,53%, acima dos 3,00% registrados nos 12 meses anteriores.

Os números do IPCA e INPC demonstram que a economia brasileira segue passando por oscilações, com impactos variados nos diferentes setores e regiões do país. A análise detalhada desses indicadores é essencial para entender as dinâmicas econômicas em curso e tomar decisões informadas sobre investimentos e consumo.

Nota: Os dados e informações presentes nesta matéria foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao mês de julho de 2023. A análise dos indicadores deve considerar a conjuntura econômica e as possíveis variações ao longo do tempo

Seleção alemã faz 6 a 0 em jogo marcado por erros individuais e aplica maior goleada da Copa do Mundo até o momento.
por
Gusthavo Sampaio
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24/07/2023 - 12h

Na madrugada desta segunda-feira (24), Alemanha e Marrocos estrearam na Copa do Mundo Feminina FIFA 2023, em confronto pelo Grupo H. O primeiro jogo entre as equipes na história ocorreu no Estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. A Alemanha, que nunca perdeu em uma estreia de Copa, manteve a marca e atropelou as estreantes marroquinas em um jogo que terminou 6 a 0.

 

Foto do elenco pré-jogo
Foto das jogadoras titulares na estreia alemã homenageando Carolin Simon. Foto: Reprodução/Twitter/DFB_Frauen

 

A seleção alemã iniciou sua jornada na Copa do Mundo homenageando a jogadora Carolin Simon, que foi cortada da convocação final após romper os ligamentos do joelho no último amistoso pré-copa contra a Zâmbia. Na foto em grupo do pré-jogo, as jogadoras posaram segurando uma camisa com o número 2 e o nome Simon.

Após o soar do apito, não demorou para as favoritas abrirem o placar. Com uma marcação alta logo de início, as alemãs não deram fôlego para as marroquinas e, aos 11 minutos, a capitã Alexandra Popp abriu o placar cabeceando livre na entrada da pequena área. A jogada começou com um erro da saída de bola da zagueira de Marrocos, que entregou a bola para a meia Jule Brand. Brand tocou na linha de fundo para a zagueira Hendrich que levantou a bola na área para Popp, de cabeça, mandar a bola para o fundo da rede.

Após o gol, a Alemanha manteve a posse e empurrou as marroquinas para seu campo de defesa, não sofrendo perigo durante a maior parte do primeiro tempo. Aos 39 minutos, após escanteio cobrado por Klara Buhl, Popp, novamente de cabeça e na pequena área, ampliou o placar para as alemãs.

O panorama durante o primeiro tempo foi positivo para a Alemanha, que sofreu somente um chute a gol e dominou a maior parte da posse de bola. Alguns erros na saída de bola geraram contra-ataques para as marroquinas, mas nenhum se concretizou. Apesar do panorama positivo, as germânicas subiram o nível na segunda etapa.

O segundo tempo começou com um gol relâmpago: Klara Buhl roubou a bola logo após um erro de passe segundos depois do apito inicial e finalizou a jogada que ela mesma construiu. O chute acertou na trave e, na sobra Buhl, apareceu e faz o terceiro. Pouco tempo depois do gol, Buhl teve outra chance clara de finalização, mas o chute parou na trave. O começo de segundo tempo alemão foi implacável, com menos de 10 minutos depois do terceiro, saiu o quarto gol. Na sobra de um cruzamento, Svenja Huth levantou na área a bola que foi cabeceada para o gol pela zagueira marroquina Hanane Ait El Haj, marcando contra.

O passeio continuou e a blitz alemã pelo quinto gol não parou até marcar. Aos 34 minutos, em mais um cruzamento alemão, a goleira Khadija Er-Rmich afastou contra a zagueira Yasmin M’Rabet, que marcou o segundo gol contra marroquino, e quinto da Alemanha. Quatro minutos após o gol, a capitã Alexandra Popp foi substituída, na caminhada até o banco de reservas foi ovacionada pelos torcedores. Mesmo com uma ampla vantagem no placar, as alemãs não colocaram o pé no freio. Aos 90 minutos, Lena Lattwein finalizou uma bola que, ao ser defendida pela goleira Er-Rmichi, sobrou nos pés da atacante Lea Schuller, que marcou o sexto e fechou a conta.

Como esperado, a seleção bicampeã do mundo não teve dificuldades em seu primeiro jogo, mas surpreendeu pela elasticidade da vitória. A Alemanha dominou o jogo do início ao fim, e terminou com 74% da posse de bola e 16 chutes no total, 7 desses no gol. Todo esse domínio sem a presença de uma das maiores jogadoras do elenco, Lena Oberdorf, poupada por conta de uma lesão.

 

Disputa de bola entre duas jogadoras durante o jogo
Sara Dabritz (esquerda) e Ghizlane Chebbak (direita) disputando a bola durante o jogo. Foto: Reprodução/Twitter/EnMaroc

 

Por outro lado, as marroquinas viveram um dia para ser esquecido. Em sua estreia pela Copa do Mundo, tiveram uma péssima atuação individual e coletiva, marcada principalmente pelos erros defensivos. Ainda no primeiro tempo, a postura de contra-atacar adotada pela equipe foi completamente suprimida, chutando apenas uma vez ao gol na primeira etapa. No final, quatro gols marcados pela Alemanha tiveram início a partir de erros diretos da defesa marroquina. Com essa derrota, o Marrocos vive uma sequência de 5 jogos sem vencer.

A seleção Marroquina volta a campo no domingo (30), para enfrentar a Coreia do Sul e continuar na luta pela classificação, às 01h30 (horário de Brasília). As alemãs jogam no mesmo dia contra a Colômbia, às 06h30 (horário de Brasília), para tentar garantir a classificação para a fase eliminatória.

Se não fosse sofrido, não era Argentina. Nos pênaltis a albiceleste derrota a França e é campeã mundial pela terceira vez na história
por
Fabrizio Delle Serre
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20/12/2022 - 12h

Após 36 anos de espera, os hermanos enfim comemoraram. A Argentina é tricampeã da Copa do Mundo. No último domingo (18) às 12h, o Lusail Stadium recebeu uma das melhores finais já vistas da história do torneio mundial.

 

Lionel Messi foi decisivo, Kylian Mbappé marcou um hat-trick, porém, não foi suficiente. Nos pênaltis, a Argentina bateu a França e ficou com o troféu mais cobiçado do futebol, que tem uma nova capital pelos próximos 4 anos: Buenos Aires.

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Jogadores argentinos comemorando o tricampeonato mundial. Foto: Divulgação / FIFA

 

A decisão da Copa foi em um jogo eletrizante. Para os amantes do futebol foi mais um motivo para se apaixonar pelo esporte. A raça e a entrega dos argentinos foi recompensada. O mundo é azul e branco.

 

A Copa do Mundo de 2022 acabou. Com direito a um encerramento de gala. Diego Armando Maradona, viu e vibrou lá do céu com os “muchachos”, campeões do mundo. A comando do novo deus albiceleste: Messi.

 

Destaque também para Di Maria. O camisa 11 voltou ao time titular de Lionel Scaloni e correspondeu. Sofreu pênalti e balançou as redes.

Primeiro Tempo

A final iniciou com as equipes tensas e com entradas mais duras por ambos os lados. Os franceses até tiveram certo domínio, porém, erraram passes e estavam nervosos.

 

A Argentina percebeu o abalo emocional do adversário e tomou conta da partida. Os hermanos ditaram o ritmo da primeira etapa. Aos 20 minutos, Dembelé derrubou Di Maria dentro da área e o pênalti foi marcado.

 

Lionel Messi foi para a bola. Respirou, bateu e estufou a rede. Bola para um lado, Lloris para o outro, o placar estava aberto, 1 a 0 Argentina.

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Messi na cobrança de pênalti que abriu o placar da decisão. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

Além do gol, Messi naquele momento se tornava o artilheiro da competição com 6 gols, deixando para trás Mbappé.

 

Mesmo com o placar aberto, a França parecia que ainda estava no vestiário. A Argentina continuou dominando a partida. O objetivo era o segundo gol.

 

Aos 35 minutos em um erro de Upamecano os hermanos partiram para o contra-ataque. Uma linda jogada. Mac Allister tocou para Messi que passou para Julián Álvarez. O atacante lançou pelas costas da linha de defesa francesa.

 

Mac Allister recebeu e ajeitou para Di Maria que bateu na saída de Llorris. 2 a 0 e a partida parecia estar definida.

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Di María aprontou das suas mágicas e só tirou de Lloris para marcar o segundo gol
@FRANCK FIFE / AFP

Ao final dos primeiros 45 minutos, o domínio era total da equipe de Scaloni. Ganhavam nas estatísticas e no placar. Os franceses ainda não haviam finalizado.

Segundo Tempo

O segundo tempo começou e o controle argentino ainda era nítido. Assim como na primeira etapa, as ações ofensivas eram sempre direcionadas ao gol de Llorris.

 

A Argentina teve a chance de ampliar: De Paul de voleio aos 3 minutos e com Julián Álvarez aos 13. Ambas as chances pararam nas mãos do goleiro francês.

 

Aos 22 minutos, a primeira finalização da França foi realizada. Kolo Muani de cabeça. A tentativa não levou perigo algum ao gol de Martinez.

 

O jogo foi avançando e a França parecia estar entregue. Era questão de tempo para o fim da fila de 36 anos dos hermanos longe do topo do mundo.

 

Faltavam 12 minutos para o fim do tempo regulamentar, até que Otamendi derrubou Kolo Muani dentro da área. Pênalti para a França. Tensão total no Lusail Stadium.

Então, a estrela de Kylian Mbappé começou a brilhar.

 

O garoto de 23 anos com muita frieza foi para a cobrança da penalidade máxima. Correu, bateu e diminuiu, 2 a 1.

 

A Argentina entrou em curto-circuito. Após 1 minuto do primeiro gol francês, Kylian Mbappé recebeu um bom passe de Thuram. O camisa 10 em um lindo chute de perna direita balançou a rede novamente. Tudo igual. 2 a 2

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Finalização de Mbappé que colocou a França de volta na final. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

 

O juiz apitou o final dos 90 minutos.  Os argentinos estavam tentando entender o que havia acontecido, enquanto os franceses haviam feito uma revolução em menos de 5 minutos.

Empate? Mais 30 minutos!

Haja coração, amigo! A prorrogação foi simplesmente encantadora. Os primeiros 15 minutos foram tensos. Com chances para os dois lados, mas sem efetividade tanto da Argentina quanto da França.

 

A única boa chance dos hermanos no primeiro tempo foi no chute de Lautaro, que foi travado por Upamecano. No rebote Montiel finalizou, mas Varane afastou de cabeça.

 

Lautaro teve nos acréscimos outra oportunidade de desempatar, mas bateu para fora e desperdiçou.

 

Os 15 minutos finais foram emocionantes. Com quase 3 minutos, Lautaro finalizou e Lloris deu o rebote. Lionel Messi estava no lugar certo e na hora certa.  Dessa vez, de perna direita o camisa 10 tirou o empate do placar. 3 a 2, os hermanos estavam de novo na frente.

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Segundo gol de Messi na decisão. Foto: Tarso Sarraf / O Liberal

Os minutos passavam, o fim estava se aproximando e a Argentina estava próxima da tão sonhada conquista da Copa do Mundo. Mas, Mbappé ainda estava em campo e não facilitou para a albiceleste.

 

Há pouco mais de 4 minutos do fim, o garoto bateu e a bola tocou no braço de Montiel que estava dentro da área. Mais um pênalti para a equipe de Deschamps.

 

Novamente, Mbappé na cobrança. O craque do PSG deslocou o goleiro Martínez para empatar a partida, 3 a 3. O futebol viveu naquele momento sua emoção no estado mais puro. Além do gol, o francês se tornou o artilheiro da competição com 8 gols.

 

Na última chance  dos franceses, Kolo Muani ficou cara a cara com Martínez. O goleiro Argentino defendeu com o pé. Dibu foi brilhante e salvou a seleção de mais um vice.

Pênaltis

Com o empate na prorrogação, a Copa foi decidida nas penalidades máximas pela terceira vez em sua história. Os franceses iniciaram a disputa. Mbappé converteu.

 

Na sequência, Lionel Messi abriu as penalidades para os argentinos e também balançou as redes.

 

Martinez pegou a cobrança de Coman, acertando o canto escolhido pelo francês. A taça estava saindo de Paris com rumo a Buenos Aires.

 

Dybala fez o dele, bateu no meio com segurança. O próximo pênalti foi cobrado por Tchouaméni, o meia do Real Madrid bateu pra fora. Comemoração de Dibu com direito a dancinha.

 

Na sequência, Paredes converteu. Kolo Muani não desperdiçou e a França ainda estava viva.

 

29 de junho de 1986. Essa data ficou marcada na história dos Argentinos. Montiel tinha que fazer para acabar com a espera de 36 anos. O Tricampeonato estava próximo.

 

Montiel correu, bateu e fez. Argentina tricampeã do mundo.

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Argentina Campeã do Mundo. @EPA / Friedemann Vogel

A Terceira estrela e Messi

18 de dezembro de 2022. Um novo feriado para os argentinos. Uma data histórica para Lionel Messi que fez a ilusão virar realidade. O ET conquistou o único troféu que faltava em sua vitoriosa carreira.

 

35 anos de idade. Dores de 2014, 2015 e 2016 com 3 vices consecutivos. Acabou. Lionel Messi provou para si e para o mundo que ainda é o melhor.

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Messi levantando a principal taça do futebol. Foto: Divulgação / FIFA

Gênio, divino, predestinado. Como definir quem conseguiu superar Maradona? O mundo é da Argentina pela terceira vez, a estrela de número 3 finalmente foi costurada no escudo albiceleste.

 

Duas delas foram a comanda de D10S, que agora passa seu bastão para um imortal na Argentina e no mundo do futebol: Lionel Messi.

 

1978, 1986, 2022. Tricampeões, os muchachos conseguiram conquistar o mundo. A taça voltou para Buenos Aires. A terra de Diego y Lionel tem o mundo novamente. Os Argentinos não precisam mais “ilusionar”, o título é realidade. 

 

 

Meu pai estava errado sobre muitas coisas, esta é uma delas
por
Bianca Novais
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20/12/2022 - 12h

Na primeira vez que fui ao estádio, eu já era adulta. Para meu pai, o estádio não era lugar de menina. E para nossa situação financeira, o estádio também não era exatamente o lugar do meu pai. Parece um clichê da internet, não é? Tal lugar não é lugar de mulher. O pior é que existe na vida real e a gente acredita. Eu acreditei por muitos anos.

Mesmo vendo a Rainha Marta ser a melhor futebolista do mundo cinco vezes seguidas, a maior artilheira das seleções brasileiras, a primeira atleta a marcar gols em cinco edições de Copa do Mundo da FIFA.

Mesmo vendo Formiga ser a única pessoa a ter participado de sete Copas do Mundo e de sete Olimpíadas, a que mais vezes entrou em campo com a amarelinha.

Mesmo vendo Cristiane se tornar a maior artilheira das Olimpíadas, vencer a primeira edição feminina da Libertadores, ao lado de Marta, e ser artilheira também desta competição.

Todas mulheres pretas, como eu.

Apesar de ver, eu não enxergava. Muito por isso fiquei assustada e apreensiva com o convite do amigo Luan Leão para tocar o barquinho da cobertura da Copa do Mundo pela AGEMT, com ele e o inenarrável Bruno Scaciotti.

Se meu lugar não era nem no estádio, imagina em posição de liderança frente a 20 homens falando sobre bola?

Pouco mais de três meses de planejamento, 28 dias de Copa do Mundo, 99 textos no site, 9 episódios do podcast Expresso Catar, 4 episódios do programa Manual de Sobrevivência da Copa do Mundo, 37 edições do boletim diário em vídeo Já É Copa, fora o baile.

Não vi o Brasil ser hexa, mas pude ver Marrocos ser a primeira seleção africana a chegar nas semifinais de uma Copa. Vi Cristiano Ronaldo ser o terceiro atleta a marcar gol em cinco edições do mundial de seleções. Neymar se igualar em gols pela seleção com Pelé. Kylian Mbappé ser o segundo jogador a marcar um hat-trick em final de Copa do Mundo. Messi ser consagrado como um dos deuses do futebol ao conquistar o tricampeonato argentino. E o primeiro trio de arbitragem feminino a apitar um jogo da Copa do Mundo masculina.

Nada mal para quem não está no lugar.

Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: NICHOLAS KAMM/GettyImages
Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: Nicholas Kamm/GettyImages

 

Pela terceira vez em sua história, o time xadrez sobe ao pódio e consagra a geração liderada por Modric
por
Arthur Campos
João Victor Fogagnolo
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18/12/2022 - 12h

No último sábado (17), ocorreu a penúltima partida da Copa do Mundo Catar 2022. Croácia e Marrocos estiveram frente a frente no estádio Internacional Khalifa para definir o terceiro e quarto lugar do torneio. 

As seleções se reencontraram 24 dias depois do confronto na primeira rodada do grupo F na fase de grupos. Naquela ocasião o jogo terminou em um 0 a 0 nada saudoso. 

Em lados opostos do chaveamento, os Leões dos Atlas, tal qual Davi, foram desafiados por vários Golias e assim como na passagem bíblica de Samuel 17, triunfaram diante dos gigantes. Posteriormente, sucumbiram apenas perante a atual campeã, França. 

Já a seleção eslava, repetindo o feito de 2018, precisou passar por duas prorrogações para manter-se na competição. Da mesma forma que na edição passada, os embates contra Japão e Brasil chegaram até as penalidades máximas, nas quais as duas saíram derrotadas, com o goleiro Dominik Livakovic sendo o protagonista. Somente a Argentina foi capaz de impedir os croatas de irem a mais uma final. 

Croácia
Foto oficial da seleção croata. Imagem: Reprodução/Twitter/@fifaworldcup_pt

 

Dentro de campo as equipes vieram bem mexidas devido ao desgaste acumulado durante a Copa. O técnico Walid Regragui, que sofreu com desfalques nos duelos contra Portugal e França, promoveu descanso a alguns jogadores. Mais uma vez o comandante não teve a disposição o lateral esquerdo Noussair Mazraoui, que não estava no banco de reservas, cedendo espaço para Yahia Attiyat Allah. Já os atletas Roman Saiss, Nayef Aguerd, Selim Amallah e Azzedine Ounahi foram preservados, sendo substituídos por Achraf Dari, Jawad El Yamiq, Abdelhamid Sabiri e Bilal El Khannouss respectivamente. 

Por motivos semelhantes, o treinador Zlatko Dalic deu oportunidades para outros jogadores do plantel. Em comparação ao confronto anterior, houve três mudanças na linha de defesa, o recuo de Ivan Perisic para variar entre lateral e ala pela esquerda, junto com as entradas de Josip Sutalo e Josip Stanisic, nas vagas de Dejan Lovren e Josip Juranovic, nesta ordem. Na parte ofensiva, Lovro Majer, Mislav Orsic e Marko Livaja também ganharam chances nos lugares de Mario Pasalic, Borna Sosa e Marcelo Brozovic. 

Dado o apito inicial, os 44.137 expectadores viram um começo de partida movimentado. Em jogada ensaiada na cobrança de falta, Majer bateu para dentro da área, Perisic escorou de cabeça e Josko Gvardiol completou para abrir o marcador aos 7 minutos, numa bela trama croata.

Croácia
Gvardiol mergulhou e fez 1x0 para o time xadrez. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

No minuto seguinte, novamente em bola parada, o cruzamento de Hakim Ziyech desviou e sobrou para Dari empatar a disputa. Antes do intervalo, aos 42, numa recuperação dos eslavos na zona de ataque, Livaja passou para Orsic finalizar com chapa do pé, e resvalando levemente na trave, morreu dentro das redes do goleiro Bono. 

Na volta para o segundo tempo, o fator físico pesou e o ritmo do jogo caiu. Apesar da posse de bola marroquina, os leões não conseguiram concretizá-la em reais perigos de gol. Sem grandes emoções na etapa final, o placar terminou em 2 a 1, com a Croácia conquistando o terceiro lugar da Copa do Mundo.  

A campanha coroou um possível fim da brilhante trajetória de Luka Modric na seleção. O camisa 10 foi o destaque desse meio campo e ficará eternizado como o maestro dessa geração.

Croácia
O craque Modric em sua última Copa do Mundo. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

Mesmo ficando com a quarta colocação, Marrocos sai do Catar de cabeça erguida e o treinador Regragui fez questão de enaltecer.

“Lembraremos de muitos jogos, voltaremos mais fortes. Unimos o nosso país durante um mês, todos estavam felizes”, enfatizou. 

O comandante também falou sobre o legado que deixaram nessa Copa.

“Eu acho que mostramos nossa força. Mostramos que o futebol africano está preparado para enfrentar os principais times do mundo com eficiência e jogando no nível mais alto”, comentou. 

O técnico marroquino ainda deixou seu recado visando os próximos objetivos da equipe.

“Eu disse aos meus jogadores que não podemos ser reis do mundo antes de sermos reis do continente. Nós vamos trabalhar para ganhar a Copa Africana de Nações”, afirmou Regragui. 

Seleção lusitana surpreende com Cristiano Ronaldo no banco e avança às quartas de final.
por
Leonardo de Sá
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08/12/2022 - 12h

Portugal e Suíça se enfrentaram na última terça (6) no estádio Lusail pelas Oitavas de final da Copa do Mundo. Os portugueses venceram sem dificuldade por 6 a 1. A partida foi marcada pelas contestadas decisões do técnico português, Fernando Santos, que optou por deixar Cristiano Ronaldo e João Cancelo no banco.

O Espetáculo Luso

Durante os primeiros minutos de jogo o favoritismo não se mostrou, Portugal e Suíça faziam uma partida equilibrada. Porém, aos 17 minutos da primeira etapa, Gonçalo Ramos, substituto de Cristiano Ronaldo no time titular abriu o placar com um forte chute na gaveta. 

A Suíça parecia não ter sentido o gol e continuava a buscar o jogo, mas aos 35 minutos, o lendário zagueiro Pepe subiu mais alto que todos no escanteio e marcou o segundo gol dos gajos.

Portugal goleia e passa com tranquilidade da Suíça
Pepe Comemora Gol De Portugal Contra A Suíça. Foto: EFE


Na segunda etapa, Gonçalo Ramos balançou a rede mais uma vez para fazer 3 a 0. O lateral-esquerdo Raphael Guerreiro também marcou para os lusos. Os suíços até tentaram diminuir a diferença com o zagueiro Akanji, aos 13 minutos do segundo tempo, aproveitando uma falha da defesa dos lusos e marcando o único gol da Suíça no jogo. 

Na reta final, Portugal ainda teve tempo e ampliou com mais um de Gonçalo Ramos, anotando o primeiro Hat-Trick da Copa do Catar, e se tornando o segundo jogador mais jovem a fazer três gols mata-mata de Copas, atrás apenas de Pelé. O atacante Rafael Leão selou o caixão suíço, marcando o 6 a 1. 
Cristiano Ronaldo ainda entrou no finalzinho do jogo e até deixou o dele, mas estava impedido.

O Substituto 

O destaque da partida foi, sem dúvidas, Gonçalo Ramos, que substituiu o craque da seleção das quinas com muita coragem e ousadia, fazendo uma apresentação impecável, que o consagrou com um Hat-Trick. 

Portugal goleia e passa com tranquilidade da Suíça
Gonçalo Ramos Comemora Gol De Portugal Contra A Suíça. Foto: EFE


A seleção portuguesa pela primeira vez na copa mostra para o que veio. Sua atuação sólida e firme a colou de volta na corrida pela taça. A vitória veio em boa hora também para o técnico, que foi alvo de críticas por poupar na última rodada, quando a seleção perdeu para a Coreia do Sul de virada por 2 a 1. 

Próxima Parada

Nas quartas de final, Portugal enfrenta Marrocos neste sábado (10), às 12h (de Brasília), no Estádio Al Thumama. A seleção marroquina  vem de boas apresentações nesta Copa, tendo na defesa seu ponto forte, sofrendo apenas um gol em toda a competição. O jogo testará a força ofensiva portuguesa. 


 

Depois de deixar Uruguai pelo caminho na fase de grupos, Coreia do Sul foi presa fácil para o Brasil.
por
Gustavo Zarza
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07/12/2022 - 12h

Na segunda-feira (05), às 16h, Brasil e Coreia do Sul se enfrentaram valendo a vaga nas quartas de final no Estádio 974. Uma hora antes do jogo saiu  a escalação da Coreia, deixando evidente qual seria a estratégia. Com duas linhas de quatro e somente Son e Cho à frente, os coreanos iriam se defender e apostar na velocidade do seu contra-ataque.

 

Pelo que apresentou na competição, especialmente na virada contra Portugal por 2 a 1 na última rodada da fase de grupos, a Coreia indicava que poderia dar trabalho ao Brasil. Mas aos 6 minutos do primeiro tempo, Raphinha fez uma boa jogada e tocou para Vinícius Júnior fazer o gol.

 

Nos primeiros minutos de jogo a defesa da Coreia, que seria fundamental para cumprir a risca a estratégia pensada antes do jogo, parecia não se entender, sentindo a pressão do jogo. Após uma jogada que não representaria tanto perigo, o volante Jung fez um pênalti muito infantil em cima de Richarlison. Neymar bateu e colocou o Brasil com dois gols de vantagem à frente.

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Neymar desloca o goleiro ao bater o pênalti. Foto: Globo Esporte

Depois de um apagão nos minutos iniciais, a Coreia tentou se reestabelecer, buscar mais segurança para começar a competir. Tentavam jogadas pelo lado esquerdo, mas sem muito sucesso. Heechan teve uma boa tentativa e Alisson defendeu seu ótimo chute.

 

A equipe asiática parecia estar com mais segurança, até Richarlison tabelar com os zagueiros do Brasil na entrada da área e marcar mais um gol. 3 a 0.

 

A partir do terceiro gol os coreanos se lançaram, a estratégia inicial não atingiu seu objetivo, e a chance de vexame era maior. Os coreanos deram o contra-ataque para o Brasil, e em boa trama, Paquetá fez o quarto gol brasileiro ainda na primeira etapa.

 

No segundo tempo o Brasil veio mais tranquilo, em um clima de vitória garantida. A Coreia até tentava, mas parava em Alisson. Depois de algumas tentativas, aos trinta minutos do segundo tempo, após uma bola rebatida na área, Paik Seung-Ho acertou um belo chute e diminuiu o placar, 4 a 1. Mas não foi suficiente.

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Coreanos se abraçam após o gol. Foto: Sportbuzz

Os asiáticos foram com a estratégia certa, porém, não contavam com o improviso brasileiro, que acabou com todo o sonho coreano. A Coreia sai orgulhosa dessa Copa, além de apresentar um bom futebol, venceu de Portugal e deixou o Uruguai pelo caminho.

Apesar da campanha, chegando as oitavas de final pela terceira vez na história, o técnico Paulo Bento anunciou sua saída do cargo na entrevista coletiva após o final da partida. O treinador estava no comando da equipe desde 2018. 

Suíços são eliminados nas oitavas e voltam para casa após péssima atuação
por
José Pedro dos Santos
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07/12/2022 - 12h

 

No último jogo da terça-feira (6) e das oitavas de finais, Portugal eliminou a Suíça com um baile em cima de uma das melhores defesas desta edição da Copa do Mundo. O pré-jogo foi marcado pela polêmica do craque português Cristiano Ronaldo, que começou no banco, porém, a lembrança do jogo é a amarga sensação de falta de entrega dos suíços e o maior placar da história das oitavas de Copa. 

 

Técnico da Suíça durante o jogo
Marat Yakin, técnico da seleção suíça durante o jogo contra Portugal  Foto: REUTERS/Suhaib Salem

Murat Yakin, técnico da Suíça, arriscou jogar em um 3-1-4-2, colocando Xhaka atrás, ao invés de jogar no seu clássico 4-2-3-1, modelo que garantiu a vitória da La Nati em cima da Sérvia e segurou o ataque brasileiro na única derrota da fase de grupos. Em tese essa mudança de posicionamento permitiria a Suíça jogar mais aberto e consequentemente ter mais oportunidades de criar chances gols, porém isso não se comprovou em campo.

 

No início do jogo a Suíça até colocou uma certa pressão nos portugueses, mas isso durou pouco. Aos 16 minutos, João Félix recebeu a bola de uma cobrança de lateral e passou na medida para Gonçalo Ramos, que colocou a bola em cima da cabeça do goleiro Sommer, no único ângulo possível desse gol acontecer. 

 

Depois do golaço, a Suíça caiu de rendimento no jogo, aparecendo de vez em quando, principalmente em bolas paradas, como a falta cobrada por Shaqiri aos 30 minutos e o gol do zagueiro Akanji, que saiu em uma cobrança de escanteio. 

 

O gol de Akanji já saiu com um gosto amargo, porque naquela altura o jogo já tinha virado um passeio dos lusitanos com 4 a 0 no placar. Os gols de Portugal foram marcados por Gonçalo Ramos - com direito a hat-trick e podendo pedir música no Catar -, Pepe, Raphael Guerreiro e Rafael Leão. 

 

O apagão da Suíça aconteceu pelo posicionamento que Yakin tentou colocar no time, com uma linha de 5 para trabalhar as laterais, ideia que não deu certo. Além disso, ter colocado o melhor armador do time recuado ajudou a impedir que o meio de campo suíço passasse da primeira linha portuguesa, e permitiu passes entre linhas suíças, deixando a construção defensiva com apenas 3 defensores.

 

Após a derrota por 6 a 1, um dos principais nomes da seleção, o atacante Shaqiri se desculpou e afirmou que essa não foi a performance verdadeira do time. O jogador ainda alfinetou o técnico, afirmando que as mudanças também assustaram os jogadores, mas que eles aceitaram, afinal, foram feitas pelo técnico.

Shaqiri no pós-jogo
Shaqiri no pós-jogo  Foto: REUTERS/Hannah Mckay

Yakin respondeu dizendo que a mudança não foi grande, acrescentando que o elenco treinou a formação em amistosos. A imprensa na Suíça não perdoou a fraca atuação do time, estampado nas manchetes que a derrota foi uma “humilhação” e uma “desgraça”.

 

No geral, foi um jogo de um time só, onde apenas a seleção portuguesa teve espaço e boas oportunidades. Os jogadores suíços tiveram um jogo individual abaixo do que costumam apresentar, os únicos que merecem destaque são Akanji, o autor do gol, e Sommer que apesar de ter tomado seis gols fez diversas defesas que evitou um placar ainda mais elástico.

 

A seleção suíça fez uma boa Copa, apesar do último jogo. Em um grupo considerado complicado, conseguiu superar a Sérvia, apontada como uma forte favorita a avançar em segundo no grupo do Brasil. A derrota e a eliminação vexatória para Portugal coloca uma interrogação nos suíços para o planejamento de ciclo pensando na próxima Copa e nas competições Europeias. 

Estadunidenses perderam para os holandeses em um jogo de poucas chances criadas.
por
Gabriel Cordeiro
Allan Henrique
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07/12/2022 - 12h

Nesse sábado (03), no estádio Internacional Khalifa, as seleções de Holanda e Estados Unidos travaram a batalha pelas quartas de final.

Com jogo movimentado desde o começo, a Laranja Mecânica abriu o placar logo aos 10 minutos do primeiro tempo com Memphis Depay, após bom cruzamento de Dumfries. Os americanos não se assustaram e seguiram com posse de bola e tentando agredir os europeus, mas, novamente em contra-ataque, em outro cruzamento de Dumfries, Daley Blind ampliou para os holandeses.

Já no segundo tempo os yankees tentaram, e depois de muito insistir, conseguiram descontar somente aos 31 minutos, com Haji Wright. Porém, 5 minutos depois os holandeses marcaram novamente com o lateral Denzel Dumfries que já havia dado duas assistências na partida.

The Netherlands’ Denzel Dumfries celebrates after scoring his side’s third goal against the USA.

Dumfries comemorando após marcar (Foto: Ashley Landis/AP)

Apesar da derrota, a participação dos norte-americanos na Copa do Catar mostra que a preparação que está sendo feita pensando no mundial de 2026, quando serão país sede, está no caminho certo. Destaque para o camisa 10 e principal jogador da seleção, Christian Pulisic, que fez um bom mundial.

A Holanda segue na competição e enfrentará a Argentina, na sexta-feira (09).

Depois de um jogo razoável no tempo normal e uma prorrogação bastante disputada, japoneses caem nos pênaltis para a Croácia.
por
Thomaz G. Cintra
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06/12/2022 - 12h

Japão e Croácia se enfrentaram na segunda-feira (5), no estádio Al Janoub, para decidir quem iria avançar às quartas de final da Copa do Mundo. A seleção japonesa chegou para esse confronto visando garantir sua primeira participação nas quartas de uma Copa em toda a história.

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Maeda e Lovren em disputa de bola. Foto: EFE

Primeiro tempo

O jogo começou com uma pressão japonesa para cima dos croatas que resultou em um escanteio logo aos 2 minutos, e nessa jogada ensaiada quase que o Japão abriu o placar. Pouco tempo depois, antes dos 10 minutos, o jogador do Arsenal, Tomiyasu quis dar um susto na torcida japonesa e recuou muito mal uma bola para o goleiro, e Perisic acabou recebendo um presente dentro da área, mas com linda defesa, Gonda salvou o Japão de sofrer um gol logo no início, que poderia comprometer todo o resto da partida.

 Aos 12 minutos de partida, o Japão já havia criado duas chances claras e a Croácia uma, mostrando o equilíbrio que o embate teve desde o início.

Mas se aos 2 minutos de jogo, a jogada ensaiada no escanteio não resultou em gol, 40 minutos depois os japoneses conseguiram abrir o placar com Maeda, em outro lance que se iniciou em um escanteio. E assim o Japão levou a vantagem de um gol para o vestiário.

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Tomiyasu tentando desarmar Petkovic. Foto: EFE

Segundo tempo

Aos 10 minutos da segunda etapa, os samurais azuis viram a Croácia empatar a partida em bela cabeçada de Perisic. O empate não abateu os japoneses, que conseguiram compensar os bons nomes individuais presentes entre os croatas com uma boa organização tática dentro de campo.

Mostrando que não estava abalada, a seleção japonesa conseguiu avançar para o ataque um minuto depois que os europeus marcaram, e mesmo que o belo chute de Endo tenha parado na defesa de Livakovic, esse lance mostrava que os japoneses iriam continuar lutando. Pouco tempo depois, a defesa asiática viu Modric finalizar muito bem uma bola de fora da área, mas que também acabou sendo parado nas luvas do goleiro.

O melhor jogador japonês em campo foi o volante Endo, que conseguiu criar boas chances e até mesmo finalizar bem de fora de área quando foi preciso, além de ter desempenhado bem seu papel defensivo, fez um trabalho completo no meio-campo.

Mas, quando o juiz marcou o fim da partida, a equipe japonesa desandou. Na disputa de pênaltis, foram 3 cobranças desperdiçadas, de Minamino, Mitoma e do capitão Yoshida, o único jogador que converteu seu pênalti foi Asano. E em uma noite iluminada do goleiro Livakovic, o Japão foi superado pelos croatas por 3-1 nas penalidades.