O Equador é um país da América do Sul banhado pelo Oceano Pacífico e que faz fronteira com Colômbia e Peru. Sua capital é Quito, cidade famosa na América Latina pelos seus diferentes pontos turísticos, como o Centro Histórico, o Teleférico, além do país ter ainda a existência de vulcões. Hoje o Equador conta com uma população de mais de 17 milhões de habitantes, segundo dados oficiais divulgados em 2020. O Equador possui um sistema republicano presidencialista, e hoje, passa por crises políticas e de segurança pública, a alta inflação é um dos pontos que abalaram a estrutura da nação. Comandado atualmente pelo presidente Guillermo Lasso, o país que possuí a segunda maior reserva de petróleo da América do Sul, atrás apenas da Venezuela, sofre com a dolarização – ou seja, encaixar uma moeda forte em um país que não está nem perto de ser rico.
O país é famoso por hospedar uma vasta quantidade de orquídeas, tendo cerca de 4.000 espécies da flor. Algumas das variedades de flores vivem por meio ano, outras por algumas horas e outras flores podem viver até 100 anos. O Equador é um país recheado de beleza natural, possuindo uma quantidade de belas praias, como o conjunto das Ilhas Galápagos.

Histórico em Copas do Mundo
Esta será a quarta participação do país em uma edição da Copa do Mundo. Antes os equatorianos estiveram presentes nos mundiais de 2002, 2006 e 2014. O melhor desempenho da seleção foi uma classificação para as oitavas de final em 2006, na Alemanha, edição na qual saiu derrotada para a Inglaterra por 1 a 0, com um gol de falta do astro David Beckham. Em 2006, na fase de grupos, a seleção enfrentou à Alemanha, Polônia e Costa Rica, terminando em segundo no grupo.

Sufoco até o Catar
A seleção comandada pelo técnico Gustavo Alfaro teve boa campanha nas eliminatórias, conquistando a quarta colocação e garantindo assim uma vaga direta para o Catar. O jogo da classificação foi no dia 24 de março, mesmo com a derrota por 3 a 1 para o Paraguai, os equatorianos carimbaram o passaporte, já que a seleção do Peru também perdeu para o Uruguai, impossibilitando a seleção peruana de alcançar os pontos do Equador na tabela das eliminatórias.

Contudo, não foi fácil para assegurar a vaga para a Copa de 2022. Apesar do bom rendimento dentro das quatro linhas, o Equador esteve perto de perder a vaga após a seleção chilena acusar os equatorianos de escalar um jogador irregular em partidas das Eliminatórias sul-americanas. O jogador em questão é o lateral-direito Byron Castillo, e os chilenos argumentam que Castillo nasceu na Colômbia, em 1995, e não no Equador, em 1998, como os documentos que o lateral apresenta.
Em junho, a FIFA já havia decidido não considerar as alegações chilenas e entender como válidas duas decisões da justiça do Equador, em 2021, sobre a certidão do jogador. No entanto, em 12 de setembro, o jornal inglês Daily Mail divulgou um áudio atribuído a Castillo, onde o jogador assume que nasceu mesmo na Colômbia em 1995, o que reacendeu as esperanças chilenas. Mas, quatro dias depois, em 16 de setembro, o Comitê de Apelações da FIFA confirmou a presença do Equador na Copa.
Ainda cabe recurso por parte da seleção do Chile no Tribunal Arbitral do Esporte, porém, é improvável que qualquer decisão seja tomada antes do início da competição, em 20 de novembro, onde o Catar enfrenta justamente o Equador.
Prancheta do Alfaro
Quando se fala em formação tática é difícil decifrar o padrão da seleção equatoriana, o time comandando por Gustavo Alfaro utilizou diferentes esquemas nas eliminatórias sul-americanas. O meio campista Enner Valencia é o grande destaque da equipe, além de vice artilheiro da seleção nas Eliminatórias, marcando 4 gols. Outro destaque é o principal garçom da seleção, o meia Moises Caicedo, que liderou o número de assistência entre os equatorianos nas Eliminatórias, com 4 passes para gol. Menos badalado mas com faro de gol, o atacante Michel Estrada foi o artilheiro do Equador nas Eliminatórias, colocando 6 bolas para dentro da rede.

O futebol equatoriano se mostra bem forte e superou nas eliminatórias da Copa seleções com grandes nomes como a Colômbia e o Chile. Em Copas, as participações são tímidas, mas e você, acredita que o Equador possa brilhar na Copa?
Os Países Baixos, conhecidos como Holanda, são uma nação constituinte do Reino dos Países Baixos, localizados na Europa ocidental. O país é uma monarquia constitucional parlamentar democrática, banhada pelo mar a norte e a oeste, fazendo fronteira com a Bélgica ao sul e com a Alemanha a leste. Conta com uma população de 17,44 milhões, sua capital é a cidade de Amsterdã, e quando se trata de Copa do Mundo, a camisa laranja costuma deixar seu legado, apesar de não ostentar o título de "campeã do mundo".
A Seleção Holandesa vai para sua 11ª participação em Copas, tendo sido vice-campeã em três edições: em 1974, quando perdeu para a Alemanha, em 1978, sendo superada pela Argentina, e em 2010, caindo para a Espanha. Além dos vice-campeonatos, a seleção holandesa foi a campeã da Eurocopa de 1988.
Nos dois primeiros vice-campeonatos a Holanda contava com o histórico time do craque Johan Cruyff, conhecido como "Carrossel Holandês”, que impressionou o mundo com seu envolvente estilo de jogo. O esquema de jogo com "futebol total", onde todos marcavam e atacavam, foi implantado em 1974 pelo técnico Rinus Michels, que treinava o Barcelona na época. O futebol arrojado fez a seleção holandesa golear adversários fortes, além de eliminar o Brasil vencendo por 2 a 0.

Uma curiosidade sobre a cor do uniforme holandês e que sempre gera dúvidas é o porquê do laranja na camisa, já que as cores da bandeira holandesa são branco, vermelho e azul. A cor oficial do país, tanto da camisa da seleção quanto a usada em comemorações nacionais, é o laranja. O motivo é a dinastia de Orange, a família real da Holanda, cujo nome significa... laranja! A seleção passou a ser conhecida por "Laranja Mecânica" em homenagem à cor da camisa e ao nome do filme de Stanley Kubrick, de 1971.

Caminho até o Catar
Depois de ficar de fora da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, a Holanda passou por momentos de instabilidade até chegar ao mundial. Na Liga das Nações de 2018/19 a Laranja Mecânica surpreendeu, alcançado o vice-campeonato, perdendo a final contra Portugal. Na edição seguinte, em 2020/21, o resultado não foi lá grande coisa e a seleção acabou sendo eliminada ainda na primeira fase. Na atual edição, a Holanda lidera o grupo 3 com 10 pontos, três a mais que a segunda colocada do grupo, a seleção da Bélgica.
Na Eliminatórias Europeias, os holandeses foram mais convincentes, se classificaram de forma direta, como 1º do grupo, conquistando 23 pontos contra as seleções de Gibraltar, Letônia, Montenegro, Noruega e Turquia.

Olho neles...
Atualmente, a laranja mecânica esparrama seus jogadores em campo na clássica formação 4-3-3, sob o comando técnico do histórico Louis van Gaal. A Holanda tem tradicionalmente muitos grandes talentos nas suas fileiras, e não será diferente na Copa do Mundo no Catar. Ryan Gravenberch, recém chegado ao Bayern München, tem apenas 20 anos de idade e certamente despertará os olhares de muitos na Copa. O jovem zagueiro do Ajax, Jurrien Timber, de 21 anos, é considerado uma joia e também deve estar entre os representantes da Holanda no Catar.
Além das jóias, nomes como de Virgil van Dijk, do Liverpool, Matthijs de Ligt, do Bayern München, Tyrell Malacia, do Manchester United, e Frenkie de Jong, do Barcelona, são presenças garantidas na lista final. Mas não se engane quanto a idade, os dois primeiros têm apenas 23 anos, e o meio-campista do time catalão, 25 anos. Estamos falando de um time jovem e habilidoso, com jogadores em grandes ligas e acostumados a grandes jogos.

Na linha de ataque, o técnico van Gaal conta com o forte Memphis Depay, do Barcelona, que coleciona 80 jogos e 42 gols marcados com a camisa da laranja mecânica. Além de Depay, outros dois destaques ofensivos são Steven Berghuis, do Ajax, e Steven Bergwijn, do Tottenham.
A seleção holandesa já apresentou boas participações em Copas, mas em muitas delas ficou somente no "quase". Essa geração, recheada de jovens, tem bons nomes em todos os setores mas ainda sofre com a falta de regularidade. Os holandeses não chegam ao Catar entre os favoritos, mas correm por fora na disputa pela taça e devem protagonizar bons jogos. Será que que no Catar a Laranja Mecânica irá superar o fantasma da segunda colocação ?
Senegal é um país localizado na Costa ocidental da África. A capital do país é Dakar, cidade que possui um dos melhores portos atlânticos da África, sendo um ponto de partida privilegiado para o comércio transatlântico. O país, possui uma população com pouco mais de 16 milhões de habitantes segundo os últimos dados apurados em 2020.
O governo senegalês tem como base uma estrutura republicana semipresidencialista. O atual presidente do é Macky Sall, que segue no poder desde 2012 e cumpre o seu segundo mandato. O país já enfrentou entraves políticos no século passado, mas atualmente é considerado um exemplo no que se refere às práticas democráticas no continente africano. As eleições locais são livres e possuem ampla participação popular. Senegal também detém boas relações com seus países vizinhos e é considerado um dos mais importantes atores da diplomacia da África Ocidental.
A cultura de Senegal é muito diversificada, com forte tradição da oralidade, as práticas culturais são repassadas de geração a geração através de histórias contadas, músicas diversas e lendas tradicionais. A culinária do país envolve alimentos como arroz, amendoim e pescado. O país também possui grandes escritores da língua francesa, já que o idioma é um dos mais dialogados no país devido a seu passado como ex-colônia francesa. A escritora Fatou Diome, autora de romances como "O Ventre do Atlântico" (2003), é um dos rostos da literatura do país.
Histórico em Copas do Mundo
A seleção senegalesa, também apelidada de Leões de Teranga, teve sua primeira participação em Copa, na Copa do Mundo de 2002, edição na qual obteve a melhor campanha, quando chegou às quartas de final. Porém, para conquistar o melhor resultado de toda sua história, a seleção teve que percorrer um caminho complicado na competição. O Senegal integrou o grupo A, junto a Dinamarca, Uruguai e a França, e se classificou como segundo colocado, tendo uma vitória e dois empates. A primeira colocada do grupo foi a seleção dinamarquesa, com duas vitórias e um empate.

Na fase eliminatória, a seleção senegalesa jogou contra a Suécia e venceu por 2 a 1. Porém, nas quartas de final, caiu diante da Turquia, perdendo por 1 a 0. Na sua segunda participação, em 2018, o Senegal não passou da fase de grupos; sendo eliminada no grupo H, em disputa com Colômbia, Japão e Polônia. A equipe conquistou uma vitória, uma derrota e um empate.
Já no mundial de 2018, na Rússia, os comandados do ex-volante, e agora técnico, Aliou Cissé, mostravam que se formava uma geração diferente. Cissé também foi um destaque fora das quatro linhas, esbanjando carisma e estilo, sendo até eleito o “Galã da Copa”. O técnico senegalês rechaçou o título. “Não sei. Tem que perguntar às garotas. Não sou símbolo sexual de maneira alguma. Iguais ao Aliou Cissé tem vários em Senegal e no mundo, então acho que não. Mas de qualquer maneira é bom ser amado”, disse o técnico durante uma coletiva na véspera dos jogo contra o Japão, em 2018.

Passaporte carimbado
A seleção senegalesa conquistou a sua vaga para a Copa do Mundo 2022 em Março deste ano, na terceira fase das eliminatórias da África (CAF - Confederação Africana de Futebol). E a vaga veio em um dos jogos mais esperados das eliminatórias africanas, confronto contra o Egito, partida que marcava o encontro de Sadio Mané, camisa 10 de Senegal, e Mohamed Salah, astro da seleção egípcia. Na época, Mané e Salah eram companheiros de time no Liverpool.
O jogo de ida terminou com a vitória da seleção egípcia por 1 a 0. Na volta, em Dakar, a seleção senegalesa devolveu o placar, e levou a partida para disputa de pênaltis. Na série melhor de cinco, Senegal se classificou com um placar de 3 a 1, com destaque para a atuação do goleiro senegalês. A derrota custou a eliminação da seleção do Egito, e acabou com os sonhos de Mohamed Salah estar na Copa deste ano.
Copa da África 2021
Em 2021, também contra o Egito, e de novo nos pênaltis, Senegal conquistou pela primeira vez o título da Copa Africana de Nações. O jogo teve pênalti perdido por Mané no tempo normal e terminou em 0 a 0. Nos pênaltis, os Leões de Teranga venceram por 4 a 2, com direito a última cobrança sendo batida por Sadio Mané.

Prancheta do professor Cissé
O Senegal joga tradicionalmente em um 4-3-3 ofensivo, um sistema que foi frequentemente utilizado na Copa da África de 2022. A mesma formação também foi predominante utilizada nas eliminatórias da Copa do Mundo africana.
Olhos neles!
Essa nova geração de Senegal promete chegar com tudo na Copa do Mundo. A atual campeã Africana conta com bons jogadores. Os destaques são Edouard Mendy (goleiro): “paredão” do Chelsea, o goleiro de 30 anos chegou a vencer a UEFA Champions League recentemente com o clube inglês, em 2021. Kalidou Koulibaly (zagueiro): o zagueiro de 31 anos impressiona pela imponência física e a fama de xerife, também atua pelo Chelsea. Abdou Diallo (lateral esquerdo): com 26 anos, Diallo joga no Paris Saint-Germain. Idrissa Gueye (meia): o camisa 5 de Senegal tem 32 anos, e é parceiro de Diallo no PSG.
Assim como seu companheiro de seleção, Gueye briga diretamente pela titularidade no clube francês. Nampalys Mendy (volante): Mendy joga pelo Leicester, e com 30 anos, disputa a melhor liga de futebol do mundo, sendo um dos destaques do time inglês. Cheikhou Kouyaté (volante): com 32 anos, o experiente Kouyaté atua no Nottm Forest. Sadio Mané (atacante): é o grande astro do time senegalense. Mané foi destaque do Liverpool por muito tempo e nesta temporada acertou sua transferência para o Bayern München.

Com 30 anos, o ponta-esquerda já conquistou a Champions League e Premier League. Pela seleção, é o maior artilheiro da história, com 33 gols marcados, e o terceiro jogador com mais jogos (91), atrás de Idrissa Gueye, com 94, e Henri Câmara, com 99 jogos.
Senegal chega com o estigma de melhor seleção do continente africano neste mundial. As expectativas são altas já que a seleção apresenta, talvez, a melhor geração de jogadores de toda a sua história. A atual campeã africana chega com moral para o mundial deste ano. E você, acredita no bom futebol dos Leões de Teranga ?
Considerado um dos países mais ricos do mundo, o Catar está localizado na Ásia Ocidental, na Península Arábica e se estende até o norte do Golfo Pérsico. Com uma população de aproximadamente 2,8 milhões de pessoas, sua capital é a cidade de Doha. A nação é um emirado, tendo seu território administrado pelo Emir Tamim bin Hamad Al-Thani, membro da dinastia Al-Thani, que rege uma Monarquia Absolutista no país desde 1825.
O Catar conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo deste ano em 2010, ao vencer uma votação dos 22 membros executivos da FIFA. Desde então o país construiu sete estádios especificamente para o torneio. Veja os estádios:
AL BAYT
O Estádio Al Bayt tem capacidade para 60 mil pessoas e fica localizado na cidade de Al Khor, famosa pelo mergulho de pesca de pérolas. Na primeira fase o estádio deve receber jogos dos grupos A, B, E e F. Já na fase final, o estádio será palco de um jogo das oitavas, um das quartas e de uma das semifinais.

AL JANOUB
Projetado como uma homenagem aos barcos de pesca de pérolas, o Estádio Al Janoub tem capacidade para 40 mil pessoas e fica localizado no sul da cidade de Al Wakrah. O estádio vai receber jogos dos grupos D, G e H, além de um jogo das oitavas de final.

AHMAD BIN ALI
À beira do deserto de Al Rayyan está o Estádio Ahmad Bin Ali, com capacidade para 40 mil pessoas. O estádio deverá ter sua capacidade reduzida após a Copa, para adequá-lo ao uso da comunidade local. No Ahmad Bin Ali estão previstos para acontecer jogos dos grupos B, E e F. Na fase final o estádio será palco de um dos jogos das oitavas de final.

AL THUMAMA
Na capital Doha fica o Estádio Al Thumama, inspirado na gahfiya, touca trançada que é peça importante no traje tradicional da região. O estádio tem capacidade para 40 mil pessoas e foi construído especificamente para a Copa do Mundo. Ao final da competição, a capacidade será reduzida para 20 mil lugares. Os assentos superiores serão substituídos por um hotel boutique, onde será adicionada uma filial da “Aspetar Sports Clinic”.
Durante a primeira fase o estádio receberá jogos dos grupos A, B, E e F. Na fase final da competição, um jogo das oitavas e outro das quartas de final terá o estádio como sede.

EDUCATION CITY
O Estádio Education City tem 40 mil lugares, e ao final da Copa será reduzida para 25 mil. O estádio foi construído pensando no futuro, sendo considerado um centro de inovação. A construção visa a sustentabilidade no Education City, desde o sistema de refrigeração único até os espaços verdes ao seu redor. O estádio receberá jogos dos grupos C, D e H; além de um jogo das oitavas de final e um das quartas.

KHALIFA INTERNATIONAL
O principal estádio do país, o Khalifa International, ganhou dois novos arcos duplos, que representam a continuidade e o abraço dos torcedores. Com 40 mil lugares, o estádio faz parte de um desenvolvimento maior que inclui o centro aquático olímpico do Catar e um salão coberto. O empreendimento conta ainda com o Villaggio Mall, um parque e o hotel The Torch Doha. O estádio será sede dos jogos dos grupos A, B, E e F. Na fase final, o Khalifa International receberá um jogo das oitavas de final e a disputa do terceiro lugar.

ESTÁDIO 974
O Estádio 974 é uma construção temporária ao longo das margens do Golfo. Com capacidade para 40 mil pessoas, o 974 foi construído a partir de contêiners e usa menos material de construção do que os estádios tradicionais. O estádio receberá jogos dos grupos C, D, G e H. O Brasil jogará nele contra a Suíça, no dia 28 de novembro, às 13h. Na fase final o estádio recebe um jogo das oitavas de final.

ESTÁDIO LUSAIL
O maior estádio da Copa, e palco da final deste mundial, é o Estádio Lusail, com capacidade para 80 mil torcedores. O estádio fica localizado 15km ao norte do centro da cidade de Doha e foi projetado para uma rica representação do mundo árabe. Na primeira fase receberá jogos dos grupos C, G e H. O Brasil jogará no estádio contra a Sérvia, na estreia no dia 24 de novembro; e contra Camarões, no encerramento da fase de grupos, no dia 02 de novembro.
O Lusail também receberá um jogo das oitavas de final, um das quartas, uma semifinal, e a tão desejada final.

Além dos estádios, foram feitos mais de 100 hotéis, um metrô e novas estradas, tudo isso para sediar o evento. O Comitê organizador estima que 1,5 milhão de pessoas estarão no país para a Copa.
As obras, porém, têm causado polêmica devido a denúncias por Anistia Internacional e Human Rights Watch de maus tratos a trabalhadores estrangeiros que estavam envolvidos nas construções mencionadas anteriormente. Segundo dados oficiais do país, entre 2014 e 2020 foram cerca de 37 mortes de trabalhadores.
No campo
Esta será a primeira Copa do Mundo da seleção do Catar, a seleção garantiu a vaga por ser o país sede do evento. A seleção ocupa o 49º lugar no Ranking da FIFA e é comandada pelo técnico espanhol Felix Sanchez desde 2017. O espanhol costuma escalar sua equipe nos esquemas 3-4-3 e 3-4-2-1. O maior feito da seleção catari foi conquistar o Campeonato Asiático de 2019, atropelando o Japão por 3 a 1 e terminando sua campanha com 100% de aproveitamento, sendo ainda o melhor ataque da competição (19 gols marcados) e melhor defesa (apenas um gol sofrido).
A seleção do Catar não está recheada de craques, mas tem jogadores que podem surpreender na competição. O ponta-esquerda Akram Afif, de 25 anos, jogador do Al-Sadd SC do Catar, já coleciona 83 jogos e 24 gols com a camisa da selção. Outro destaque é Almoez Ali, de 26 anos, jogador do Al-Duhail SC e a principal esperança de gols da seleção para a Copa. O centroavante atuou 82 vezes pela seleção marcando 39 gols e foi o artilheiro do título da Copa da Ásia de 2019 com 9 gols.
O Catar enfrentará muita dificuldade nos jogos devido a inferioridade técnica de seus atletas, porém, como todos os amantes do esporte sabem: o futebol é uma caixinha de surpresa.
Legenda: Estádio de Lusail Foto/Divulgação
A Copa do Mundo é um evento realizado de quatro em quatro anos, que passa por diversos países ao redor do mundo. A sede do ano de 2022 é o Catar, que será o segundo país asiático a receber o torneio, além de também ser o terceiro país fora do eixo América-Europa a receber o evento (juntamente com Coreia do Sul/Japão e África do Sul). Também será a primeira Copa do Mundo a ser disputada em um país do Oriente Médio e declaradamente muçulmano.
A edição de 2022 será, de todas as Copas já disputadas na história, a com o maior investimento financeiro. O governo catariano desembolsou dos cofres públicos 30 bilhões de dólares (117 bilhões de reais). Porém, nem todo este dinheiro foi destinado diretamente à construção dos estádios. Outro dado alarmante sobre o investimento massivo no evento é o de que aproximadamente 6,5 mil trabalhadores imigrantes morreram durante a construção das arenas e de outras construções correlacionadas, dados coletados pelo jornal britânico The Guardian.
Se tratando de um evento com enorme diversidade cultural, no qual inúmeras nações, etnias e ideologias se encontram para a realização do mesmo, a legislação vigente do país pode, de certo modo, tirar a liberdade de algumas delas, e, em alguns casos, até acarretar em prisão.
Legenda: Trabalhadores imigrantes nepaleses em situação precária Foto: Benjamin Best
E quais são essas leis?
O Catar, assim como em muitos países onde o islamismo impera, é regido pela “Xaria” ou “Sharia” (em árabe “caminho para a fonte”), que é o sistema jurídico do Islã. É um conjunto de ordens baseadas nas orientações do Alcorão e de condutas pregadas pelo profeta Maomé. A Xaria serve como diretriz para os pertencentes da religião muçulmana, e deve ser seguida rigidamente por todos cidadãos. A Sharia determina para a população que realizem orações diárias, jejuns e doações para os mais pobres.
Curiosamente, o Catar é considerado como um dos países mais liberais do Oriente Médio, talvez até por isso tenha sido escolhido pela FIFA para figurar no sorteio das sedes no ano de 2010. Em Doha, capital do país, as mulheres têm permissão para dirigir, frequentar estádios, candidatar-se a cargos públicos e podem optar se querem ou não utilizar a “abaya” (a “capa” presente nas vestimentas tradicionais islãs, um dos componentes da burca).
Quanto às legislações, a sede da Copa de 2022 ainda é muitíssimo retrógrada. Primeiramente, existem uma série de punições para diversos atos que, no Ocidente, são considerados “comuns”, e que podem ser muito conflitantes durante o evento. Beijos, abraços e carícias em público não são permitidas, relações homoafetivas são passíveis de prisão e qualquer publicação ou fala que defenda a comunidade LGBTQIA+ é considerada ilegal. Fotografar prédios e construções públicas com algum teor religioso também é proibido. O não pagamento de dívidas aos estabelecimentos hoteleiros também é passível de pena.
O Catar tem a pena de morte legalizada para alguns crimes específicos, estes são: homícidio qualificado, estupro, terrorismo e crimes contra a segurança nacional, porém, ela é pouco utilizada, sendo a última execução realizada em 2020, após um espaço de 17 anos. Também há, por conta da Sharia, uma proibição ao consumo de bebidas alcoólicas em público, mas esta lei em específico não será aplicável dentro dos estádios, provavelmente em prol da lucratividade e do turismo.
Conversamos com Carlos Machado, amante de Copas do Mundo, tendo estado em todas desde 2006, totalizando quatro copas presentes e três continentes conhecidos. Carlos estará presente no Catar para acompanhar a sua quinta Copa do Mundo. Quando perguntado se tem algum receio em relação à viagem, o empresário afirma que será uma Copa como todas as outras que já experienciou. Carlos também acredita que a edição de 2022 não será a sua viagem de maior risco. “Não, já estive em outras Copas onde o aspecto de segurança me preocupava mais, como na África do Sul, por exemplo, algo que é um ponto forte do Catar”, comentou o brasileiro. Apesar disso, o entusiasta do futebol diz que ficará atento às regras e costumes locais, respeitando-os ao máximo.