O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresenta aumento moderado, com destaque para os grupos de Transportes e Alimentação.
por
Marcello R. Toledo
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15/08/2023 - 12h

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,12% no mês de julho. O número representa um acréscimo de 0,20 ponto porcentual em relação à taxa de junho, que havia sido de -0,08%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,99%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,99%, superando os 3,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

O IPCA  é uma ferramenta crucial para avaliar a evolução dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, ele serve como um indicador da inflação enfrentada e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo diversas regiões metropolitanas do país, além de algumas cidades específicas.

Em linhas mais claras, o IPCA desempenha o papel de espelho do custo de vida experimentado por essa parte da população. Dessa forma, ele captura as variações de preços em uma variedade de produtos e serviços, permitindo que as autoridades econômicas, consumidores e demais interessados compreendam as tendências inflacionárias em diferentes partes do Brasil.
 

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Setores em Destaque

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IPCA, cinco apresentaram alta no mês de julho. O grupo de Transportes teve o maior impacto, com 1,50% de variação e contribuição de 0,31 ponto porcentual. Nesse grupo, os preços da gasolina tiveram um aumento notável de 4,75%, sendo o item com maior contribuição individual para o índice do mês. Itens como gás veicular (3,84%) e etanol (1,57%) também tiveram alta, enquanto o óleo diesel apresentou uma queda de 1,37%. Passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) também contribuíram para o aumento no grupo.

Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,46%, com impacto de -0,10 ponto porcentual no índice. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), destacando-se quedas em produtos como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). Por outro lado, as frutas tiveram aumento de preço, com destaque para banana-prata (4,44%) e mamão (3,25%).

No grupo de Habitação, a taxa de -1,01% impactou o índice em -0,16 ponto porcentual. A maior contribuição para essa variação veio da energia elétrica residencial, que registrou queda de 3,89% devido à incorporação do Bônus de Itaipu (um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual em residências de classes residencial e rural, que tiveram ao menos um mês, em 2022, consumo faturado inferior a 350 KWh) nas faturas emitidas em julho. A taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta devido a reajustes em algumas regiões.

Variações Regionais 

As variações regionais também tiveram impacto no IPCA de julho. Porto Alegre foi a região que apresentou a maior variação, com 0,53%, devido ao aumento do preço da gasolina (6,98%). Belo Horizonte teve a menor variação, registrando queda de -0,16%, influenciada pelas quedas nos preços dos ônibus urbanos (-17,50%) e na energia elétrica residencial (-4,23%).

INPC e Outros Indicadores

Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também foi divulgado (o Índice também mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, entretanto num recorte menor que o IPCA - considera rendimentos de 1 a 5 salários mínimos). O INPC registrou uma variação de -0,09% em julho, mantendo-se próxima à taxa de -0,10% observada no mês anterior. No acumulado do ano, o INPC acumula alta de 2,59%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,53%, acima dos 3,00% registrados nos 12 meses anteriores.

Os números do IPCA e INPC demonstram que a economia brasileira segue passando por oscilações, com impactos variados nos diferentes setores e regiões do país. A análise detalhada desses indicadores é essencial para entender as dinâmicas econômicas em curso e tomar decisões informadas sobre investimentos e consumo.

Nota: Os dados e informações presentes nesta matéria foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao mês de julho de 2023. A análise dos indicadores deve considerar a conjuntura econômica e as possíveis variações ao longo do tempo

Seleção alemã faz 6 a 0 em jogo marcado por erros individuais e aplica maior goleada da Copa do Mundo até o momento.
por
Gusthavo Sampaio
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24/07/2023 - 12h

Na madrugada desta segunda-feira (24), Alemanha e Marrocos estrearam na Copa do Mundo Feminina FIFA 2023, em confronto pelo Grupo H. O primeiro jogo entre as equipes na história ocorreu no Estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. A Alemanha, que nunca perdeu em uma estreia de Copa, manteve a marca e atropelou as estreantes marroquinas em um jogo que terminou 6 a 0.

 

Foto do elenco pré-jogo
Foto das jogadoras titulares na estreia alemã homenageando Carolin Simon. Foto: Reprodução/Twitter/DFB_Frauen

 

A seleção alemã iniciou sua jornada na Copa do Mundo homenageando a jogadora Carolin Simon, que foi cortada da convocação final após romper os ligamentos do joelho no último amistoso pré-copa contra a Zâmbia. Na foto em grupo do pré-jogo, as jogadoras posaram segurando uma camisa com o número 2 e o nome Simon.

Após o soar do apito, não demorou para as favoritas abrirem o placar. Com uma marcação alta logo de início, as alemãs não deram fôlego para as marroquinas e, aos 11 minutos, a capitã Alexandra Popp abriu o placar cabeceando livre na entrada da pequena área. A jogada começou com um erro da saída de bola da zagueira de Marrocos, que entregou a bola para a meia Jule Brand. Brand tocou na linha de fundo para a zagueira Hendrich que levantou a bola na área para Popp, de cabeça, mandar a bola para o fundo da rede.

Após o gol, a Alemanha manteve a posse e empurrou as marroquinas para seu campo de defesa, não sofrendo perigo durante a maior parte do primeiro tempo. Aos 39 minutos, após escanteio cobrado por Klara Buhl, Popp, novamente de cabeça e na pequena área, ampliou o placar para as alemãs.

O panorama durante o primeiro tempo foi positivo para a Alemanha, que sofreu somente um chute a gol e dominou a maior parte da posse de bola. Alguns erros na saída de bola geraram contra-ataques para as marroquinas, mas nenhum se concretizou. Apesar do panorama positivo, as germânicas subiram o nível na segunda etapa.

O segundo tempo começou com um gol relâmpago: Klara Buhl roubou a bola logo após um erro de passe segundos depois do apito inicial e finalizou a jogada que ela mesma construiu. O chute acertou na trave e, na sobra Buhl, apareceu e faz o terceiro. Pouco tempo depois do gol, Buhl teve outra chance clara de finalização, mas o chute parou na trave. O começo de segundo tempo alemão foi implacável, com menos de 10 minutos depois do terceiro, saiu o quarto gol. Na sobra de um cruzamento, Svenja Huth levantou na área a bola que foi cabeceada para o gol pela zagueira marroquina Hanane Ait El Haj, marcando contra.

O passeio continuou e a blitz alemã pelo quinto gol não parou até marcar. Aos 34 minutos, em mais um cruzamento alemão, a goleira Khadija Er-Rmich afastou contra a zagueira Yasmin M’Rabet, que marcou o segundo gol contra marroquino, e quinto da Alemanha. Quatro minutos após o gol, a capitã Alexandra Popp foi substituída, na caminhada até o banco de reservas foi ovacionada pelos torcedores. Mesmo com uma ampla vantagem no placar, as alemãs não colocaram o pé no freio. Aos 90 minutos, Lena Lattwein finalizou uma bola que, ao ser defendida pela goleira Er-Rmichi, sobrou nos pés da atacante Lea Schuller, que marcou o sexto e fechou a conta.

Como esperado, a seleção bicampeã do mundo não teve dificuldades em seu primeiro jogo, mas surpreendeu pela elasticidade da vitória. A Alemanha dominou o jogo do início ao fim, e terminou com 74% da posse de bola e 16 chutes no total, 7 desses no gol. Todo esse domínio sem a presença de uma das maiores jogadoras do elenco, Lena Oberdorf, poupada por conta de uma lesão.

 

Disputa de bola entre duas jogadoras durante o jogo
Sara Dabritz (esquerda) e Ghizlane Chebbak (direita) disputando a bola durante o jogo. Foto: Reprodução/Twitter/EnMaroc

 

Por outro lado, as marroquinas viveram um dia para ser esquecido. Em sua estreia pela Copa do Mundo, tiveram uma péssima atuação individual e coletiva, marcada principalmente pelos erros defensivos. Ainda no primeiro tempo, a postura de contra-atacar adotada pela equipe foi completamente suprimida, chutando apenas uma vez ao gol na primeira etapa. No final, quatro gols marcados pela Alemanha tiveram início a partir de erros diretos da defesa marroquina. Com essa derrota, o Marrocos vive uma sequência de 5 jogos sem vencer.

A seleção Marroquina volta a campo no domingo (30), para enfrentar a Coreia do Sul e continuar na luta pela classificação, às 01h30 (horário de Brasília). As alemãs jogam no mesmo dia contra a Colômbia, às 06h30 (horário de Brasília), para tentar garantir a classificação para a fase eliminatória.

Se não fosse sofrido, não era Argentina. Nos pênaltis a albiceleste derrota a França e é campeã mundial pela terceira vez na história
por
Fabrizio Delle Serre
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20/12/2022 - 12h

Após 36 anos de espera, os hermanos enfim comemoraram. A Argentina é tricampeã da Copa do Mundo. No último domingo (18) às 12h, o Lusail Stadium recebeu uma das melhores finais já vistas da história do torneio mundial.

 

Lionel Messi foi decisivo, Kylian Mbappé marcou um hat-trick, porém, não foi suficiente. Nos pênaltis, a Argentina bateu a França e ficou com o troféu mais cobiçado do futebol, que tem uma nova capital pelos próximos 4 anos: Buenos Aires.

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Jogadores argentinos comemorando o tricampeonato mundial. Foto: Divulgação / FIFA

 

A decisão da Copa foi em um jogo eletrizante. Para os amantes do futebol foi mais um motivo para se apaixonar pelo esporte. A raça e a entrega dos argentinos foi recompensada. O mundo é azul e branco.

 

A Copa do Mundo de 2022 acabou. Com direito a um encerramento de gala. Diego Armando Maradona, viu e vibrou lá do céu com os “muchachos”, campeões do mundo. A comando do novo deus albiceleste: Messi.

 

Destaque também para Di Maria. O camisa 11 voltou ao time titular de Lionel Scaloni e correspondeu. Sofreu pênalti e balançou as redes.

Primeiro Tempo

A final iniciou com as equipes tensas e com entradas mais duras por ambos os lados. Os franceses até tiveram certo domínio, porém, erraram passes e estavam nervosos.

 

A Argentina percebeu o abalo emocional do adversário e tomou conta da partida. Os hermanos ditaram o ritmo da primeira etapa. Aos 20 minutos, Dembelé derrubou Di Maria dentro da área e o pênalti foi marcado.

 

Lionel Messi foi para a bola. Respirou, bateu e estufou a rede. Bola para um lado, Lloris para o outro, o placar estava aberto, 1 a 0 Argentina.

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Messi na cobrança de pênalti que abriu o placar da decisão. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

Além do gol, Messi naquele momento se tornava o artilheiro da competição com 6 gols, deixando para trás Mbappé.

 

Mesmo com o placar aberto, a França parecia que ainda estava no vestiário. A Argentina continuou dominando a partida. O objetivo era o segundo gol.

 

Aos 35 minutos em um erro de Upamecano os hermanos partiram para o contra-ataque. Uma linda jogada. Mac Allister tocou para Messi que passou para Julián Álvarez. O atacante lançou pelas costas da linha de defesa francesa.

 

Mac Allister recebeu e ajeitou para Di Maria que bateu na saída de Llorris. 2 a 0 e a partida parecia estar definida.

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Di María aprontou das suas mágicas e só tirou de Lloris para marcar o segundo gol
@FRANCK FIFE / AFP

Ao final dos primeiros 45 minutos, o domínio era total da equipe de Scaloni. Ganhavam nas estatísticas e no placar. Os franceses ainda não haviam finalizado.

Segundo Tempo

O segundo tempo começou e o controle argentino ainda era nítido. Assim como na primeira etapa, as ações ofensivas eram sempre direcionadas ao gol de Llorris.

 

A Argentina teve a chance de ampliar: De Paul de voleio aos 3 minutos e com Julián Álvarez aos 13. Ambas as chances pararam nas mãos do goleiro francês.

 

Aos 22 minutos, a primeira finalização da França foi realizada. Kolo Muani de cabeça. A tentativa não levou perigo algum ao gol de Martinez.

 

O jogo foi avançando e a França parecia estar entregue. Era questão de tempo para o fim da fila de 36 anos dos hermanos longe do topo do mundo.

 

Faltavam 12 minutos para o fim do tempo regulamentar, até que Otamendi derrubou Kolo Muani dentro da área. Pênalti para a França. Tensão total no Lusail Stadium.

Então, a estrela de Kylian Mbappé começou a brilhar.

 

O garoto de 23 anos com muita frieza foi para a cobrança da penalidade máxima. Correu, bateu e diminuiu, 2 a 1.

 

A Argentina entrou em curto-circuito. Após 1 minuto do primeiro gol francês, Kylian Mbappé recebeu um bom passe de Thuram. O camisa 10 em um lindo chute de perna direita balançou a rede novamente. Tudo igual. 2 a 2

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Finalização de Mbappé que colocou a França de volta na final. Foto: @EPA / Toga Bozoglu

 

O juiz apitou o final dos 90 minutos.  Os argentinos estavam tentando entender o que havia acontecido, enquanto os franceses haviam feito uma revolução em menos de 5 minutos.

Empate? Mais 30 minutos!

Haja coração, amigo! A prorrogação foi simplesmente encantadora. Os primeiros 15 minutos foram tensos. Com chances para os dois lados, mas sem efetividade tanto da Argentina quanto da França.

 

A única boa chance dos hermanos no primeiro tempo foi no chute de Lautaro, que foi travado por Upamecano. No rebote Montiel finalizou, mas Varane afastou de cabeça.

 

Lautaro teve nos acréscimos outra oportunidade de desempatar, mas bateu para fora e desperdiçou.

 

Os 15 minutos finais foram emocionantes. Com quase 3 minutos, Lautaro finalizou e Lloris deu o rebote. Lionel Messi estava no lugar certo e na hora certa.  Dessa vez, de perna direita o camisa 10 tirou o empate do placar. 3 a 2, os hermanos estavam de novo na frente.

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Segundo gol de Messi na decisão. Foto: Tarso Sarraf / O Liberal

Os minutos passavam, o fim estava se aproximando e a Argentina estava próxima da tão sonhada conquista da Copa do Mundo. Mas, Mbappé ainda estava em campo e não facilitou para a albiceleste.

 

Há pouco mais de 4 minutos do fim, o garoto bateu e a bola tocou no braço de Montiel que estava dentro da área. Mais um pênalti para a equipe de Deschamps.

 

Novamente, Mbappé na cobrança. O craque do PSG deslocou o goleiro Martínez para empatar a partida, 3 a 3. O futebol viveu naquele momento sua emoção no estado mais puro. Além do gol, o francês se tornou o artilheiro da competição com 8 gols.

 

Na última chance  dos franceses, Kolo Muani ficou cara a cara com Martínez. O goleiro Argentino defendeu com o pé. Dibu foi brilhante e salvou a seleção de mais um vice.

Pênaltis

Com o empate na prorrogação, a Copa foi decidida nas penalidades máximas pela terceira vez em sua história. Os franceses iniciaram a disputa. Mbappé converteu.

 

Na sequência, Lionel Messi abriu as penalidades para os argentinos e também balançou as redes.

 

Martinez pegou a cobrança de Coman, acertando o canto escolhido pelo francês. A taça estava saindo de Paris com rumo a Buenos Aires.

 

Dybala fez o dele, bateu no meio com segurança. O próximo pênalti foi cobrado por Tchouaméni, o meia do Real Madrid bateu pra fora. Comemoração de Dibu com direito a dancinha.

 

Na sequência, Paredes converteu. Kolo Muani não desperdiçou e a França ainda estava viva.

 

29 de junho de 1986. Essa data ficou marcada na história dos Argentinos. Montiel tinha que fazer para acabar com a espera de 36 anos. O Tricampeonato estava próximo.

 

Montiel correu, bateu e fez. Argentina tricampeã do mundo.

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Argentina Campeã do Mundo. @EPA / Friedemann Vogel

A Terceira estrela e Messi

18 de dezembro de 2022. Um novo feriado para os argentinos. Uma data histórica para Lionel Messi que fez a ilusão virar realidade. O ET conquistou o único troféu que faltava em sua vitoriosa carreira.

 

35 anos de idade. Dores de 2014, 2015 e 2016 com 3 vices consecutivos. Acabou. Lionel Messi provou para si e para o mundo que ainda é o melhor.

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Messi levantando a principal taça do futebol. Foto: Divulgação / FIFA

Gênio, divino, predestinado. Como definir quem conseguiu superar Maradona? O mundo é da Argentina pela terceira vez, a estrela de número 3 finalmente foi costurada no escudo albiceleste.

 

Duas delas foram a comanda de D10S, que agora passa seu bastão para um imortal na Argentina e no mundo do futebol: Lionel Messi.

 

1978, 1986, 2022. Tricampeões, os muchachos conseguiram conquistar o mundo. A taça voltou para Buenos Aires. A terra de Diego y Lionel tem o mundo novamente. Os Argentinos não precisam mais “ilusionar”, o título é realidade. 

 

 

Meu pai estava errado sobre muitas coisas, esta é uma delas
por
Bianca Novais
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20/12/2022 - 12h

Na primeira vez que fui ao estádio, eu já era adulta. Para meu pai, o estádio não era lugar de menina. E para nossa situação financeira, o estádio também não era exatamente o lugar do meu pai. Parece um clichê da internet, não é? Tal lugar não é lugar de mulher. O pior é que existe na vida real e a gente acredita. Eu acreditei por muitos anos.

Mesmo vendo a Rainha Marta ser a melhor futebolista do mundo cinco vezes seguidas, a maior artilheira das seleções brasileiras, a primeira atleta a marcar gols em cinco edições de Copa do Mundo da FIFA.

Mesmo vendo Formiga ser a única pessoa a ter participado de sete Copas do Mundo e de sete Olimpíadas, a que mais vezes entrou em campo com a amarelinha.

Mesmo vendo Cristiane se tornar a maior artilheira das Olimpíadas, vencer a primeira edição feminina da Libertadores, ao lado de Marta, e ser artilheira também desta competição.

Todas mulheres pretas, como eu.

Apesar de ver, eu não enxergava. Muito por isso fiquei assustada e apreensiva com o convite do amigo Luan Leão para tocar o barquinho da cobertura da Copa do Mundo pela AGEMT, com ele e o inenarrável Bruno Scaciotti.

Se meu lugar não era nem no estádio, imagina em posição de liderança frente a 20 homens falando sobre bola?

Pouco mais de três meses de planejamento, 28 dias de Copa do Mundo, 99 textos no site, 9 episódios do podcast Expresso Catar, 4 episódios do programa Manual de Sobrevivência da Copa do Mundo, 37 edições do boletim diário em vídeo Já É Copa, fora o baile.

Não vi o Brasil ser hexa, mas pude ver Marrocos ser a primeira seleção africana a chegar nas semifinais de uma Copa. Vi Cristiano Ronaldo ser o terceiro atleta a marcar gol em cinco edições do mundial de seleções. Neymar se igualar em gols pela seleção com Pelé. Kylian Mbappé ser o segundo jogador a marcar um hat-trick em final de Copa do Mundo. Messi ser consagrado como um dos deuses do futebol ao conquistar o tricampeonato argentino. E o primeiro trio de arbitragem feminino a apitar um jogo da Copa do Mundo masculina.

Nada mal para quem não está no lugar.

Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: NICHOLAS KAMM/GettyImages
Marta, Cristiane e Formiga, a Santa Trindade do futebol feminino brasileiro. Foto: Nicholas Kamm/GettyImages

 

Pela terceira vez em sua história, o time xadrez sobe ao pódio e consagra a geração liderada por Modric
por
Arthur Campos
João Victor Fogagnolo
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18/12/2022 - 12h

No último sábado (17), ocorreu a penúltima partida da Copa do Mundo Catar 2022. Croácia e Marrocos estiveram frente a frente no estádio Internacional Khalifa para definir o terceiro e quarto lugar do torneio. 

As seleções se reencontraram 24 dias depois do confronto na primeira rodada do grupo F na fase de grupos. Naquela ocasião o jogo terminou em um 0 a 0 nada saudoso. 

Em lados opostos do chaveamento, os Leões dos Atlas, tal qual Davi, foram desafiados por vários Golias e assim como na passagem bíblica de Samuel 17, triunfaram diante dos gigantes. Posteriormente, sucumbiram apenas perante a atual campeã, França. 

Já a seleção eslava, repetindo o feito de 2018, precisou passar por duas prorrogações para manter-se na competição. Da mesma forma que na edição passada, os embates contra Japão e Brasil chegaram até as penalidades máximas, nas quais as duas saíram derrotadas, com o goleiro Dominik Livakovic sendo o protagonista. Somente a Argentina foi capaz de impedir os croatas de irem a mais uma final. 

Croácia
Foto oficial da seleção croata. Imagem: Reprodução/Twitter/@fifaworldcup_pt

 

Dentro de campo as equipes vieram bem mexidas devido ao desgaste acumulado durante a Copa. O técnico Walid Regragui, que sofreu com desfalques nos duelos contra Portugal e França, promoveu descanso a alguns jogadores. Mais uma vez o comandante não teve a disposição o lateral esquerdo Noussair Mazraoui, que não estava no banco de reservas, cedendo espaço para Yahia Attiyat Allah. Já os atletas Roman Saiss, Nayef Aguerd, Selim Amallah e Azzedine Ounahi foram preservados, sendo substituídos por Achraf Dari, Jawad El Yamiq, Abdelhamid Sabiri e Bilal El Khannouss respectivamente. 

Por motivos semelhantes, o treinador Zlatko Dalic deu oportunidades para outros jogadores do plantel. Em comparação ao confronto anterior, houve três mudanças na linha de defesa, o recuo de Ivan Perisic para variar entre lateral e ala pela esquerda, junto com as entradas de Josip Sutalo e Josip Stanisic, nas vagas de Dejan Lovren e Josip Juranovic, nesta ordem. Na parte ofensiva, Lovro Majer, Mislav Orsic e Marko Livaja também ganharam chances nos lugares de Mario Pasalic, Borna Sosa e Marcelo Brozovic. 

Dado o apito inicial, os 44.137 expectadores viram um começo de partida movimentado. Em jogada ensaiada na cobrança de falta, Majer bateu para dentro da área, Perisic escorou de cabeça e Josko Gvardiol completou para abrir o marcador aos 7 minutos, numa bela trama croata.

Croácia
Gvardiol mergulhou e fez 1x0 para o time xadrez. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

No minuto seguinte, novamente em bola parada, o cruzamento de Hakim Ziyech desviou e sobrou para Dari empatar a disputa. Antes do intervalo, aos 42, numa recuperação dos eslavos na zona de ataque, Livaja passou para Orsic finalizar com chapa do pé, e resvalando levemente na trave, morreu dentro das redes do goleiro Bono. 

Na volta para o segundo tempo, o fator físico pesou e o ritmo do jogo caiu. Apesar da posse de bola marroquina, os leões não conseguiram concretizá-la em reais perigos de gol. Sem grandes emoções na etapa final, o placar terminou em 2 a 1, com a Croácia conquistando o terceiro lugar da Copa do Mundo.  

A campanha coroou um possível fim da brilhante trajetória de Luka Modric na seleção. O camisa 10 foi o destaque desse meio campo e ficará eternizado como o maestro dessa geração.

Croácia
O craque Modric em sua última Copa do Mundo. Foto: Reprodução/Twitter/@FIFAWorldCup

 

Mesmo ficando com a quarta colocação, Marrocos sai do Catar de cabeça erguida e o treinador Regragui fez questão de enaltecer.

“Lembraremos de muitos jogos, voltaremos mais fortes. Unimos o nosso país durante um mês, todos estavam felizes”, enfatizou. 

O comandante também falou sobre o legado que deixaram nessa Copa.

“Eu acho que mostramos nossa força. Mostramos que o futebol africano está preparado para enfrentar os principais times do mundo com eficiência e jogando no nível mais alto”, comentou. 

O técnico marroquino ainda deixou seu recado visando os próximos objetivos da equipe.

“Eu disse aos meus jogadores que não podemos ser reis do mundo antes de sermos reis do continente. Nós vamos trabalhar para ganhar a Copa Africana de Nações”, afirmou Regragui. 

Após 36 anos, os "canadians" voltam a disputar o principal torneio de seleções do mundo
por
Arthur Campos
João Victor Fogagnolo
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10/11/2022 - 12h

O Canadá está situado na América do Norte, fazendo fronteiras ao sul com os Estados Unidos e ao norte também, com o Estado do Alasca. Com 38 milhões de habitantes, sua capital é Otawa, porém as cidades mais populosas são Toronto e Montreal. Seus idiomas oficiais são o francês e o inglês, além de dispor de um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano do planeta: 0,929. 

É apelidado por alguns de “Great White North” (Grande Norte Branco). O “Great” refere-se ao tamanho, já que é o segundo maior país em extensão territorial no mundo, atrás somente da Rússia, ocupando aproximadamente 10 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a 42% do continente norte-americano. Seu território vai de mar a mar (cercado pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico) e possui o litoral mais extenso do mundo, mostrando o outro lado do seu gigantismo. Outra curiosidade é que o país concentra boa parte da água doce do mundo (20%), com mais de 30 mil lagos. “White” faz alusão à neve, presente especialmente na porção norte, onde predomina o clima ártico. A região está repleta de tundras congeladas, montanhas nevadas e taigas. Por fim, “North” está ligada ao fato de o Canadá ser o país mais ao norte do continente americano, estando acima dos Estados Unidos. 

 

Canadá
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Calouros 

Quando se trata de Copa do Mundo, o Canadá passa longe de ser lembrado, isso porque disputaram apenas uma vez a competição. Na sua primeira participação, em 1986, a equipe amargou a última colocação do grupo C, que tinha Hungria e as classificadas França e União Soviética. Para 2022, os canadenses terão a missão de conseguir a primeira vitória e marcar o primeiro gol da seleção em Copas do Mundo. 

 

Canadá
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Rumo ao Catar 

Para carimbar seu passaporte, o Canadá precisou passar pelo desafio das duras eliminatórias da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe), que é divida em três fases. 

Diferentemente de seus rivais EUA e México, o Canadá passou pelas duas etapas iniciais até chegar à parte final das eliminatórias, na qual disputaram ponto a ponto com os mexicanos. Após terminarem empatados, os canadenses ficaram em primeiro pelo critério de saldo de gols (23 gols pró e sete gols contra), com uma campanha de oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, tendo o melhor ataque e defesa da competição. Um feito histórico para quem ficou 36 anos segurando o choro e o grito de emoção. 

Antes de embarcar para o Oriente Médio, a equipe comanda pelo treinador John Herdman realizou dois amistosos, contra o Catar (vitória por 2 a 0) e contra o Uruguai (derrota por 2 a 0), e fecha este ciclo contra o Bahrein no dia 11 de novembro. 

 

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Olho neles! 

O atacante de 27 anos, Cyle Larin é uma das esperanças de gols da seleção norte americana. Com 1,88 m de altura, o jogador é o maior goleador da história do seu país, com 24 gols e foi o artilheiro das eliminatórias da Concacaf, anotando 19 gols. Seu clube de maior expressão foi o Besiktas e atualmente defende as cores do Club Brugge, da Bélgica. No clube turco, em sua melhor temporada (2020/2021) foram 38 partidas, 19 gols e nove assistências, jogando tanto como centroavante quanto ponta esquerda. 

 

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O meio campista Stephen Eustáquio, de 25 anos é um dos pilares do time canadense. Com 1,77 m de altura, o volante se notabiliza por ser um jogador de bom passe e controle de bola. Se destacou atuando pelo Paços de Ferreira e foi contratado pelo Porto na janela de inverno da temporada 2021/2022. De lá para cá, são 29 jogos pelo clube português e tem sido uma peça importante para o técnico Sérgio Conceição. 

 

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O jogador Tajon Buchanan é uma das joias desse time. Com 23 anos e 1,83 m de altura, ele foi eleito a revelação da Copa Ouro da Concacaf em 2021, na qual os canadenses foram eliminados pela seleção do México nas semifinais por 2 a 1. Mesmo jovem, Buchanan mostra-se ser um atleta polivalente, sendo um ponta que pode atuar tanto no corredor esquerdo quanto no corredor oposto, e se necessário, pode ser lateral de ambos os lados. Pelo Canadá, ele atua preferencialmente pelo lado direito do campo. É mais um daqueles pontas velozes, ótimos no mano a mano que com certeza devem dar trabalho aos defensores. Atualmente, é companheiro de Cyle Larin no Club Brugge, somando 26 partidas, dois gols e quatro assistências. 

 

Canadá
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É claro que não poderíamos esquecer do líder e capitão da equipe. Atiba Hutchinson é o símbolo desta seleção. Aos 39 anos, ele é o jogador que mais serviu as cores vermelha e branca, somando 97 jogos e certamente deve chegar à marca de 100 no Catar. No momento, o volante não tem sido titular, porém todos sabem da sua importância, dentro e fora de campo, principalmente quando se trata de experiência. 

 

Canadá
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The Davies 

Se o Canadá terá a possibilidade de tentar escrever seu nome na história das Copas, isso se deve ao bom trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos 4 anos e a consequência dele: o surgimento de duas estrelas. É impossível citar a atual geração canadense e não a associá-la aos jogadores Alphonso Davies e Jonathan David. São eles os craques responsáveis por dar esperanças ao torcedor. 

Revelado pelo Vancouver Whitecaps, Davies foi o segundo jogador mais novo a estrear pela MLS (Major League Soccer). Por lá atuou como extremo pela esquerda (também jogou pela direita) em 81 partidas nos anos de 2016 a 2018, marcando 12 gols e dando 14 assistências. Após se destacar, chamou a atenção do gigante Bayern de Munique e foi vendido por cerca de 10 milhões de euros (na época, foi considerado a maior venda de um atleta da MLS), com apenas 17 anos. 

No time Bárbaro, aos 21 anos, se desenvolveu como lateral esquerdo no comando do ex-treinador Hansi Flick e é peça chave do esquema do atual técnico Julian Nagelsmann. Pelo time alemão são 134 partidas, com seis gols e 21 assistências. Na seleção, o comandante John Herdman o vê como um jogador coringa, visto que já foi utilizado como ala e ponta pela esquerda, além de ter jogado como segundo atacante. 

 

Canadá
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Com 20 gols em 30 jogos pela seleção, Jonathan David é solução para os canadenses conquistarem a tão sonhada vaga para as oitavas de final. Revelado pelo Genk, o jogador se transferiu para o Lille com a marca de 78 gols e 21 assistências em 83 partidas no clube belga. Na França, o faro de artilheiro não é diferente. Ao total são 110 partidas, 41 gols e 8 assistências e na atual temporada, o atacante de 1,77 m de altura tem uma média de 0,6 por partida, tendo em 14 jogos, nove gols marcados e três assistências.

Será o Jonathan que vai inaugurar o primeiro gol do Canadá em Copas? 

 

Canadá
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Herdman’s clipboard 

John Herdman, de 47 anos, é o responsável por escalar os onze iniciais do plantel canadense. O inglês tem passagens pelas seleções femininas da Nova Zelândia e do próprio Canadá, e foi na equipe norte-americana que conseguiu seus primeiros feitos como treinador. Nas olimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016, o técnico conquistou 2 medalhas de Bronze para o país. Hoje, à frente do time masculino, ele tem a missão de conduzir o atual elenco a uma inédita classificação para a fase mata-mata da Copa do Mundo e projetar a equipe para a próxima edição, onde o país sediará ao lado dos Estados Unidos e México. 

 

Canadá
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Partindo para o campo, John mostra-se um treinador adepto a mudanças, não se incomodando em fazer alterações de jogadores e sistemas de acordo com cada adversário. Vale dizer que o técnico testou mais de 40 jogadores nos últimos quatro anos nesse período de preparação. Dito isso, existem algumas variações em comum. 

Recentemente, quando optou para uma linha com três defensores escolheu o 3-4-1-2, com uma linha de quatro no meio formada por dois volantes e dois alas, e na frente um meio-campista atrás de dois atacantes. 

Utilizando uma formação com quatro defensores, ele tem duas opções de esquemas: pode partir para um 4-4-2, com duas linhas de quatro (uma no meio e a outra atrás) e dois atacantes mais soltos, ou escolher o 4-2-3-1, com dois volantes e três jogadores a frente, com a possibilidade de ter dois pontas mais abertos, um meio-campista para criação e um atacante para finalizar as jogadas. 

 

Convocação

 

Goleiros:

 James Pantemis (Montréal), Milan Borjan (Estrela Vermelha) e Dayne St. Clair (Minnesota United).

Defensores:

Samuel Adekugbe (Hatayspor), Joel Waterman (Montréal), Alistair Johnson (Montréal), Richie Laryea (Toronto), Kamal Miller (Montréal), Steven Vitória (Desportivo de Chaves) e Derek Cornelius (Panetolikos).

Meio-Campistas:

Liam Fraser (Toronto), Ismael Koné (Montréal), Mark-Anthony Kaye (Toronto), David Wotherspoon (St Johnstone), Jonathan Osorio (Toronto), Atiba Hutchinson (Beşiktaş), Stephen Eustáquio (Porto) e Samuel Piette (Montréal).

Atacantes:

Tajon Buchanan (Club Brugge), Liam Millar (Basel), Lucas Cavallini (Vancouver Whitecaps), Iké Ugbo (Troyes), Junior Hoilett (Reading), Jonathan David (Lille), Cyle Larin (Club Brugee) e Alphonso Davies (Bayern de Munique).

 

Canadá

 

Coadjuvantes 

Mesmo sendo considerada a melhor e a mais promissora geração canadense, o país chega ao Catar com um papel de coadjuvante, num grupo que tem a atual vice-campeã e a terceira colocada da última Copa do Mundo. Apesar do Canadá ser capital dos ursos polares, seria a zebra um símbolo da equipe nesta competição?

Atual vice-campeã, a Croácia chega ao Catar apostando em boas exibições de uma geração de ouro.
por
João Victor Fogagnolo
Arthur Campos
|
04/11/2022 - 12h

A Croácia (República da Croácia) é um país do leste europeu localizado na Península Balcânica que até 1991 fazia parte do extinto país Iugoslávia. Sua capital é Zagreb e o país tem cerca de 4,3 milhões de habitantes. Faz parte de importantes blocos como a União Europeia (entrou em 2013), a Otan e a OSCE. 
É uma república parlamentarista, portanto, possui um presidente e um primeiro ministro. A religião no país é predominantemente católica romana. Começarão a usar o Euro como moeda principal a partir de janeiro de 2023, atualmente usam a Kuna Croata. 
O país é famoso por suas belezas naturais e suas construções anciãs datadas da idade média, o país serve de cenário para diversas séries e filmes que são ambientados na antiguidade.

 

Zagreb, capital da Croácia. Foto: iStock
Zagreb, capital da Croácia. Foto: iStock


Histórico em Copas do Mundo

A seleção disputou no total 5 copas do mundo, tendo sua melhor performance em 2018 quando foram finalistas (França 4 a 2 Croácia), créditos ao jogador Luka Modríc que foi o melhor jogador daquela copa e ainda ganhou o prêmio Balon D’Or daquele ano. 
Até a Copa de 1990 fazia parte da Iugoslávia, jogou sua primeira Copa em 1998, quando alcançou o 3° lugar. Em 2002, 2006 e 2014, os croatas foram eliminados ainda na primeira fase. A seleção quadriculada não se classificou para a Copa de 2010.

 

Vice campeã Croácia em campanha histórica em 2018
Vice campeã Croácia em campanha histórica em 2018. Foto: Getty Images

 

Vaga na Copa de 2022

A seleção croata conseguiu a sua classificação ficando em primeiro lugar do grupo H na última rodada em um jogo contra a Rússia. Classificou com 10 partidas jogadas, 7 vitórias, 2 empates e uma derrota.

 

Seleção da Croácia em campo. Foto: Getty Images  ​
Seleção da Croácia em campo. Foto: Getty Images


 

Esquema tático 

O técnico Zlatko Dalic gosta de variar a formação entre 4-2-3-1 e 4-3-3, porém, da preferência para a 4-3-3, tendo sua estrela, Luka Modríc, na função de Meia Direita

 

As estrelas

O capitão, melhor jogador do time e camisa 10 é Luka Modríc, jogador do Real Madrid que atua como meio campista podendo jogar na direita e no centro. A seleção ainda conta com algumas figuras de peso na história do futebol como Ivan Perisic, meio campista do Tottenham e Mateo Kovacic, meio campista do Chelsea.

 

Melhor jogador do mundo em 2018, Luka Modric é líder e referência do atual elenco croata
Melhor jogador do mundo em 2018, Luka Modric é líder e referência técnica do atual elenco croata. Foto: Getty Images

 

Convocação

 

Goleiros:

Livakovic (Dínamo Zagreb), Ivusic (Osijek) e Grbic (Atlético de Madrid).

Defensores:

Vida (AEK-GRE), Lovren (Zenit), Barisic (Rangers), Juranovic (Celtic), Gvardiol (RB Leipzig), Sosa (Stuttgart), Stanisic (Bayern de Munique), Erlic (Sassuolo) e Sutalo (Dínamo Zagreb).

Meio-Campistas:

Modric (Real Madrid), Kovacic (Chelsea), Brozovic (Inter de Milão), Pasalic (Atalanta), Vlasic (Torino), Majer (Rennes), Jakic (Eintracht Frankfurt) e Sucic (RB Salzburg).

Atacantes:

Perisic (Tottenham), Kramaric (Hoffenheim), Bruno Petkovic (Dínamo Zagreb), Orsic (Dínamo Zagreb), Budimir (Osasuna) e Livaja (Hajduk).

 

Croácia

 

Atual 12° do ranking da FIFA, a Croácia chega como uma das favoritas do grupo F, que conta ainda com Bélgica, Canadá e Marrocos.

Naquela que pode ser a última Copa do Mundo da geração estrelada, a Bélgica tenta superar campanha de 2018
por
João Victor Fogagnolo
Arthur Campos
|
04/11/2022 - 12h

A Bélgica (Reino da Bélgica) é um país do oeste europeu localizado entre a França e a Alemanha, sua capital é Bruxelas e tem, aproximadamente, 11,5 milhões de habitantes. O país é uma monarquia constitucional federal parlamentarista, é composto por um rei (chefe de estado), um primeiro ministro, um senado e uma câmara de deputados. Lá é falado neerlandês, francês e alemão.

 

Bruxelas, capital da Bélgica. Foto: Getty Images
Bruxelas, capital da Bélgica. Foto: iStock

 

Histórico em Copas

A seleção belga jogou 13 copas na sua história e participou da primeira Copa em 1930 no Uruguai, nessa campanha não passou da primeira fase, assim como em 1934, 1938, 1954, 1970 e 1998.

Em 1982 foi eliminada na 2ª fase. Nas edições de 1990, 1994 e 2002, avançaram até às oitavas de final. Depois de ficar de fora da Copas de 2006 e 2010, os belgas chegaram até às quartas de final em 2014.

Em 2018, última Copa até agora, a história foi diferente, a Bélgica obteve o terceiro lugar, ganhando da Inglaterra na disputa do 3° lugar, coroando sua melhor participação em Copas na história. 

 

Belgas celebrando a campanha inédita de 2018. Foto: Getty Images
Belgas celebrando a campanha inédita de 2018. Foto: Getty Images

 

Vaga para Copa no Qatar

A Bélgica conseguiu sua vaga na Copa do Mundo com uma rodada de antecedência nas eliminatórias. Ganhou da Estônia e se classificou em 1º lugar no grupo E com 8 partidas, 6 vitórias e 2 empates, nenhuma derrota.

 

Seleção da Bélgica em campo. Foto: Getty Images
Seleção da Bélgica em campo. Foto: Getty Images

 

Tática

O técnico Roberto Martínez monta seu time, na grande maioria dos jogos, em 3-4-3 colocando os pontas e o centroavante na mesma linha.

 

Craques da seleção

A seleção da Bélgica é recheada de craques e de jogadores de peso, entre eles temos Eden Hazard, atual camisa 7 do Real Madrid, Thibaut Courtois, o goleiro conhecido por ser o ‘carrasco’ do Brasil na Copa de 2018, e o atual melhor jogador da seleção, Kevin De Bruyne, meio campista do Manchester City. Além disso, no ataque, conta com a habilidade de Romelu Lukaku, que teve grande partida contra a seleção Brasileira  

 

Kevin De Bruyne, Romelu Lukaku e Eden Hazard os grandes destaques da atual geração belga
Kevin De Bruyne, Romelu Lukaku e Eden Hazard os grandes destaques da atual geração belga. Foto: Getty Images

 

Convocação

 

Goleiros:

Koen Casteels (Wolfsburg), Thibaut Courtois (Real Madrid) e Simon Mignolet (Club Brugge).

Defensores:

Toby Alderweireld (Antwerp), Zeno Debast (Anderletch), Wout Faes (Leicester), Arthur Theate (Rennes), Vertonghen (Anderletch), Timothy Castagne (Leicester) e Meunier (Borussia Dortmund).

Meio-Campistas:

Yannick Carrasco (Atlético de Madrid), Thorgan Hazard (Borussia Dortmund), Kevin De Bruyne (Manchester City), Leander Dendoncker (Aston Villa), Amadou Onana (Everton), Youri Tielemans (Leicester), Axel Witsel (Atlético de Madrid), Hans Vanaken (Club Brugge), De Ketelaere (Milan), Jérémy Doku (Rennes) e Eden Hazard (Real Madrid).

Atacantes:

Leandro Trossard (Brighton), Dries Mertens (Galatasaray), Lois Openda (Lens), Michy Batshuayi (Fenerbahçe) e Romelu Lukaku (Inter de Milão).

 

Bélgica

 

Na última Copa de sua geração estrelada, os belgas tentam superar o feito de 2018 e quem sabe levantar o troféu mais importante do futebol mundial. 

Com ausência de medalhões e seleção renovada, Espanha chega como uma das favoritas para conquistar a Copa do Mundo de 2022
por
Thomaz Cintra
Felipe Albanez
|
01/11/2022 - 12h

A Espanha, ou Reino da Espanha, é um país localizado na Península Ibérica, no Sudoeste Europeu, a leste de Portugal. Sua capital é Madri, de clima mediterrâneo e é atravessada por uma cordilheira chamada Sistema Central.

Conta com mais de 45 milhões de habitantes e é um grande centro cultural da Europa. Suas atividades econômicas se concentram no setor terciário e na indústria de transformação. O país é membro da União Europeia e faz parte da Zona Euro.

O governo espanhol tem como base uma monarquia parlamentarista, onde seu poder legislativo obtém a maior responsabilidade de governar o país. Pedro Sanchéz é o Presidente do governo da Espanha desde 2018. O Reino da Espanha tem a sexta maior economia de seu continente. Em 1999 a Espanha entrou na Zona Euro, adotando o euro como moeda oficial do país.

Madrid, capital da Espanha. Foto: Dreamstime.
Madrid, capital da Espanha. Foto: Dreamstime.

 

Histórico em Copas do Mundo

A seleção espanhola participará da sua 16a edição da Copa do Mundo em 2022. Foi sede na edição de 1982. Chamada de La Furia Roja (a Fúria Vermelha), os espanhóis sempre apresentaram equipes muito fortes e com um estilo de jogo único, porém foram campeões apenas uma vez, em 2010.

Sem contar a vitória de 2010, a seleção espanhola nunca fez grandes aparições em copas, mesmo sempre tendo jogadores de altíssimo nível. Depois de sua conquista, a Furia não passou da fase de grupos de forma vexatória em 2014, e em 2018 perdeu nas oitavas de final para a Rússia, anfitriã daquela copa, nos pênaltis.

Da esquerda para direita, de pé: Pedro, Busquets, Sergio Ramos, Capdevilla, Pique e Xabi Alonso; abaixo: Casillas, Iniesta, Villa, Xavi e Puyol na Copa do Mundo de 2010. Foto: Reuters.
Da esquerda para direita, de pé: Pedro, Busquets, Sergio Ramos, Capdevilla, Pique e Xabi Alonso; abaixo: Casillas, Iniesta, Villa, Xavi e Puyol na Copa do Mundo de 2010. Foto: Reuters.

 

Classificação tranquila

O time comandado por Luis Enrique se classificou para a copa de forma tranquila, ficando na primeira colocação do seu grupo nas Eliminatórias Europeias. Em uma chave com Suécia, Grécia, Geórgia e Kosovo, a seleção espanhola garantiu sua vaga com 19 pontos, 4 a mais que a Suécia, segunda colocada. Com uma atuação convincente, a Espanha fez seu dever de casa, mesmo sem grandes atuações na última participação, em 2018.

Seleção espanhola comemora a classificação para Copa do Mundo do Catar. Foto: Getty Images.
Seleção espanhola comemora a classificação para Copa do Mundo do Catar. Foto: Getty Images.

A base vem forte…

A Espanha mantém seu famoso estilo de jogo em um 4-4-3, sendo a zaga o principal problema. Os meias talentosos sabem defender e construir um ataque rápido que entende o caminho do gol.

O goleiro que Luis Enrique vem utilizando é Unai Símon, jogador do Atlético Bilbao. A parte defensiva vem sendo um grande problema para a Fúria.

O comandante espanhol decidiu deixar Sergio Ramos de fora das convocações, o que abriu espaço para jovens como Eric García, jogador de 21 anos do Barcelona da Espanha, que mesmo sem apresentar grande atuações, tem a confiança do técnico para fazer dupla com outro jovem, Pau Torres, jogador do Villarreal da Espanha.

Nas laterais há jogadores experientes e técnicos, podendo ser, pela direita, Cezar Azpilicueta, jogador do Chelsea da Inglaterra, ou Daniel Carvajal, jogador do Real Madrid da Espanha. Pela esquerda, a principal alternativa de Luis Enrique é Jordi Alba, experiente jogador do Barcelona, que foi o líder de assistências da seleção nas eliminatórias europeias.

No meio de campo está o brilho desta equipe, com 3 jogadores do Barcelona. Sergio Busquets, que chega para disputar sua quarta Copa do Mundo e campeão em 2010, foi o mais utilizado pelo técnico da seleção espanhola como volante do time.

Os últimos ganhadores do prêmio Kopa, concebido ao melhor jogador sub-21 do mundo, completam a lista. Pedri em 2021 e Gavi em 2022, mostram como a reformulação de Luis Enrique foi importante. Com qualidades muito parecidas com as de Xavi e Iniesta, os dois chegam para ser os astros da seleção nesta edição da Copa do Mundo.

No ataque, Ansu Fati é mais um jovem e cria da base do Barcelona. O jogador que herdou a famosa camisa 10 de Lionel Messi no clube catalão chega com apetite para disputar sua primeira copa.Ferran Torres, mais um jogador do Barcelona, foi o artilheiro da Espanha nas eliminatórias com quatro gols, jogando principalmente pelo lado esquerdo.

A seleção espanhola fecha seu ataque com Morata, jogador do Atlético de Madrid, que mesmo com altos e baixo em sua carreira, sempre demonstrou muita capacidade em fazer gols.

Sergio Busquets, capitão da seleção espanhola. Foto: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images.
Sergio Busquets, capitão da seleção espanhola. Foto: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images.

Com muitos jogadores jovens, a Espanha vai fazer de tudo para conquistar seu segundo título de Copa do Mundo. E você, acredita na Furia Roja?

Com classificação suada, a seleção garantiu sua terceira participação consecutiva em copas do mundo e chega para buscar uma campanha memorável, como em 2014
por
Thomaz Cintra
Felipe Albanez
|
01/11/2022 - 12h

A Costa Rica é um país localizado na América Central, entre Nicarágua e Panamá, banhada pelos oceanos Pacífico e Atlântico. A capital é San José e conta com uma população de aproximadamente 5,1 milhões de habitantes.

É famosa por suas grandes florestas nativas e praias paradisíacas. Uma cadeia de vulcões corta o território costarriquenho de norte a sul, com vários deles ativos; o de maior destaque é o Arenal, que tem erupções diárias.

Sua economia gira em torno do turismo, agricultura e produtos eletrônicos, com produção destinada à exportação.

O governo costarriquenho tem estrutura republicana presidencialista unitária. O atual presidente é Ricardo Chaves e encontra-se em uma das maiores crises econômicas de um país democrático na América Central.

Vulcão Arenal, Costa Rica. Foto: Tan Yilmaz/Getty Images.
Vulcão Arenal, Costa Rica. Foto: Tan Yilmaz/Getty Images.

 

Histórico em Copas do Mundo

Esta será a sexta participação da Costa Rica em Copa do Mundo. Esteve presente em 1990, 2002, 2006, 2014 e 2018. Seu melhor desempenho foi em 2014, no Brasil, onde a seleção costarriquenha conseguiu uma campanha histórica: liderou o Grupo D, dito “grupo da morte”, que contava com Uruguai, Itália e Inglaterra, e chegou até as quartas de final. Ficou na sétima colocação geral daquela edição, quando superou a Grécia nas oitavas e caiu para a Holanda nas quartas.

Na Copa de 2018, a Costa Rica não teve boa atuação e foi eliminada na fase de grupos. Com duas derrotas e um empate, os costarriquenhos, naquela época comandados por Óscar Ramírez, foram muito criticados pela falta de organização dentro de campo e um esquema tático muito retrógrado, repetindo o mesmo da Copa do Mundo anterior.

Bryan Ruiz comemorando gol contra a Grécia, nas oitavas de final da Copa do Mundo 2014. Foto: Getty Images.
Bryan Ruiz comemorando gol contra a Grécia, nas oitavas de final da Copa do Mundo 2014. Foto: Getty Images.

 

Classificação conturbada

Nas Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2022, a seleção comandada pelo colombiano Luis Fernando Suárez fez uma campanha mediana. Em uma tabela liderada por Canadá, México e Estados Unidos, os costarriquenhos garantiram o quarto lugar após uma vitória contra os Estados Unidos na última rodada da competição, conseguindo uma vaga na repescagem internacional.

Com gol de Joel Campbell, ex-atacante do Arsenal, aos dois minutos de jogo contra a Nova Zelândia, a Costa Rica segurou a vitória por 1 a 0 até o apito final, conquistando, pela terceira vez consecutiva, a vaga para a Copa do Mundo.

Torcedores da Costa Rica na expectativa por nova classificação para a Copa do Mundo. Foto: Getty Images.
Torcedores da Costa Rica na expectativa por nova classificação para a Copa do Mundo. Foto: Getty Images.

 

Prancheta de Luis Fernando Suárez

Para a Copa deste ano, a seleção costarriquenha terá uma base preservada desde a campanha memorável em 2014. Nas eliminatórias, o técnico Luis Fernando Suárez utilizou diversas formações, porém seus melhores resultados foram com o 4-5-1 e o 4-4-2.

 

Olho neles!

O principal jogador é Keylor Navas, goleiro do Paris Saint-Germain, que conquistou o mundo com uma atuação impressionante na Copa de 2014. Também foi multicampeão no Real Madrid, conquistando 12 títulos: três UEFA Champions League, quatro mundiais de clubes, três Supertaças da Europa, uma Liga Espanhola e uma Supertaça da Espanha.

Outro jogador importantíssimo é o atacante Joel Campbell, ex-jogador do Arsenal da Inglaterra e hoje no Club León do México. O atacante, mesmo com 30 anos, é muito veloz e sabe como colocar a bola na rede.

É também importante ficar de olho no jovem jogador de 22 anos Anthony Contreras, atualmente no Sport Club Herediano da Costa Rica. Contreras foi a peça que faltava para encaixar no time de Luis Suárez, sendo o artilheiro da seleção costarriquenha nas Eliminatórias Concacaf para a Copa do Mundo de 2022 com dois gols.

Joel Campbell comemora o gol classificatório para a Copa do Mundo 2022 contra a Nova Zelândia. Foto: Reprodução/Twitter.
Joel Campbell comemora o gol classificatório para a Copa do Mundo 2022 contra a Nova Zelândia. Foto: Reprodução/Twitter.

Mesmo com muitos jogadores veteranos, a Costa Rica chega como uma seleção que gosta de aprontar em grandes jogos. As expectativas não são muito altas, mas os costarriquenhos têm a capacidade para fazer história de novo, como em 2014. E você, acredita em mais uma campanha surpreendente?