O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação no Brasil, registrou uma variação de 0,12% no mês de julho. O número representa um acréscimo de 0,20 ponto porcentual em relação à taxa de junho, que havia sido de -0,08%. No acumulado do ano, o IPCA apresenta uma alta de 2,99%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,99%, superando os 3,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.
O IPCA é uma ferramenta crucial para avaliar a evolução dos preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, ele serve como um indicador da inflação enfrentada e é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangendo diversas regiões metropolitanas do país, além de algumas cidades específicas.
Em linhas mais claras, o IPCA desempenha o papel de espelho do custo de vida experimentado por essa parte da população. Dessa forma, ele captura as variações de preços em uma variedade de produtos e serviços, permitindo que as autoridades econômicas, consumidores e demais interessados compreendam as tendências inflacionárias em diferentes partes do Brasil.
Setores em Destaque
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IPCA, cinco apresentaram alta no mês de julho. O grupo de Transportes teve o maior impacto, com 1,50% de variação e contribuição de 0,31 ponto porcentual. Nesse grupo, os preços da gasolina tiveram um aumento notável de 4,75%, sendo o item com maior contribuição individual para o índice do mês. Itens como gás veicular (3,84%) e etanol (1,57%) também tiveram alta, enquanto o óleo diesel apresentou uma queda de 1,37%. Passagens aéreas (4,97%) e automóveis novos (1,65%) também contribuíram para o aumento no grupo.
Em contrapartida, o grupo de Alimentação e Bebidas apresentou uma queda de 0,46%, com impacto de -0,10 ponto porcentual no índice. Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), destacando-se quedas em produtos como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). Por outro lado, as frutas tiveram aumento de preço, com destaque para banana-prata (4,44%) e mamão (3,25%).
No grupo de Habitação, a taxa de -1,01% impactou o índice em -0,16 ponto porcentual. A maior contribuição para essa variação veio da energia elétrica residencial, que registrou queda de 3,89% devido à incorporação do Bônus de Itaipu (um desconto de até R$ 15 na conta de luz individual em residências de classes residencial e rural, que tiveram ao menos um mês, em 2022, consumo faturado inferior a 350 KWh) nas faturas emitidas em julho. A taxa de água e esgoto (0,18%) registrou alta devido a reajustes em algumas regiões.
Variações Regionais
As variações regionais também tiveram impacto no IPCA de julho. Porto Alegre foi a região que apresentou a maior variação, com 0,53%, devido ao aumento do preço da gasolina (6,98%). Belo Horizonte teve a menor variação, registrando queda de -0,16%, influenciada pelas quedas nos preços dos ônibus urbanos (-17,50%) e na energia elétrica residencial (-4,23%).
INPC e Outros Indicadores
Além do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também foi divulgado (o Índice também mede a variação de preço de determinados produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras, entretanto num recorte menor que o IPCA - considera rendimentos de 1 a 5 salários mínimos). O INPC registrou uma variação de -0,09% em julho, mantendo-se próxima à taxa de -0,10% observada no mês anterior. No acumulado do ano, o INPC acumula alta de 2,59%, e nos últimos 12 meses, a variação é de 3,53%, acima dos 3,00% registrados nos 12 meses anteriores.
Os números do IPCA e INPC demonstram que a economia brasileira segue passando por oscilações, com impactos variados nos diferentes setores e regiões do país. A análise detalhada desses indicadores é essencial para entender as dinâmicas econômicas em curso e tomar decisões informadas sobre investimentos e consumo.
Nota: Os dados e informações presentes nesta matéria foram fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são referentes ao mês de julho de 2023. A análise dos indicadores deve considerar a conjuntura econômica e as possíveis variações ao longo do tempo
Na madrugada desta segunda-feira (24), Alemanha e Marrocos estrearam na Copa do Mundo Feminina FIFA 2023, em confronto pelo Grupo H. O primeiro jogo entre as equipes na história ocorreu no Estádio Melbourne Rectangular, na Austrália. A Alemanha, que nunca perdeu em uma estreia de Copa, manteve a marca e atropelou as estreantes marroquinas em um jogo que terminou 6 a 0.
A seleção alemã iniciou sua jornada na Copa do Mundo homenageando a jogadora Carolin Simon, que foi cortada da convocação final após romper os ligamentos do joelho no último amistoso pré-copa contra a Zâmbia. Na foto em grupo do pré-jogo, as jogadoras posaram segurando uma camisa com o número 2 e o nome Simon.
Após o soar do apito, não demorou para as favoritas abrirem o placar. Com uma marcação alta logo de início, as alemãs não deram fôlego para as marroquinas e, aos 11 minutos, a capitã Alexandra Popp abriu o placar cabeceando livre na entrada da pequena área. A jogada começou com um erro da saída de bola da zagueira de Marrocos, que entregou a bola para a meia Jule Brand. Brand tocou na linha de fundo para a zagueira Hendrich que levantou a bola na área para Popp, de cabeça, mandar a bola para o fundo da rede.
Após o gol, a Alemanha manteve a posse e empurrou as marroquinas para seu campo de defesa, não sofrendo perigo durante a maior parte do primeiro tempo. Aos 39 minutos, após escanteio cobrado por Klara Buhl, Popp, novamente de cabeça e na pequena área, ampliou o placar para as alemãs.
O panorama durante o primeiro tempo foi positivo para a Alemanha, que sofreu somente um chute a gol e dominou a maior parte da posse de bola. Alguns erros na saída de bola geraram contra-ataques para as marroquinas, mas nenhum se concretizou. Apesar do panorama positivo, as germânicas subiram o nível na segunda etapa.
O segundo tempo começou com um gol relâmpago: Klara Buhl roubou a bola logo após um erro de passe segundos depois do apito inicial e finalizou a jogada que ela mesma construiu. O chute acertou na trave e, na sobra Buhl, apareceu e faz o terceiro. Pouco tempo depois do gol, Buhl teve outra chance clara de finalização, mas o chute parou na trave. O começo de segundo tempo alemão foi implacável, com menos de 10 minutos depois do terceiro, saiu o quarto gol. Na sobra de um cruzamento, Svenja Huth levantou na área a bola que foi cabeceada para o gol pela zagueira marroquina Hanane Ait El Haj, marcando contra.
O passeio continuou e a blitz alemã pelo quinto gol não parou até marcar. Aos 34 minutos, em mais um cruzamento alemão, a goleira Khadija Er-Rmich afastou contra a zagueira Yasmin M’Rabet, que marcou o segundo gol contra marroquino, e quinto da Alemanha. Quatro minutos após o gol, a capitã Alexandra Popp foi substituída, na caminhada até o banco de reservas foi ovacionada pelos torcedores. Mesmo com uma ampla vantagem no placar, as alemãs não colocaram o pé no freio. Aos 90 minutos, Lena Lattwein finalizou uma bola que, ao ser defendida pela goleira Er-Rmichi, sobrou nos pés da atacante Lea Schuller, que marcou o sexto e fechou a conta.
Como esperado, a seleção bicampeã do mundo não teve dificuldades em seu primeiro jogo, mas surpreendeu pela elasticidade da vitória. A Alemanha dominou o jogo do início ao fim, e terminou com 74% da posse de bola e 16 chutes no total, 7 desses no gol. Todo esse domínio sem a presença de uma das maiores jogadoras do elenco, Lena Oberdorf, poupada por conta de uma lesão.
Por outro lado, as marroquinas viveram um dia para ser esquecido. Em sua estreia pela Copa do Mundo, tiveram uma péssima atuação individual e coletiva, marcada principalmente pelos erros defensivos. Ainda no primeiro tempo, a postura de contra-atacar adotada pela equipe foi completamente suprimida, chutando apenas uma vez ao gol na primeira etapa. No final, quatro gols marcados pela Alemanha tiveram início a partir de erros diretos da defesa marroquina. Com essa derrota, o Marrocos vive uma sequência de 5 jogos sem vencer.
A seleção Marroquina volta a campo no domingo (30), para enfrentar a Coreia do Sul e continuar na luta pela classificação, às 01h30 (horário de Brasília). As alemãs jogam no mesmo dia contra a Colômbia, às 06h30 (horário de Brasília), para tentar garantir a classificação para a fase eliminatória.
Após 36 anos de espera, os hermanos enfim comemoraram. A Argentina é tricampeã da Copa do Mundo. No último domingo (18) às 12h, o Lusail Stadium recebeu uma das melhores finais já vistas da história do torneio mundial.
Lionel Messi foi decisivo, Kylian Mbappé marcou um hat-trick, porém, não foi suficiente. Nos pênaltis, a Argentina bateu a França e ficou com o troféu mais cobiçado do futebol, que tem uma nova capital pelos próximos 4 anos: Buenos Aires.
A decisão da Copa foi em um jogo eletrizante. Para os amantes do futebol foi mais um motivo para se apaixonar pelo esporte. A raça e a entrega dos argentinos foi recompensada. O mundo é azul e branco.
A Copa do Mundo de 2022 acabou. Com direito a um encerramento de gala. Diego Armando Maradona, viu e vibrou lá do céu com os “muchachos”, campeões do mundo. A comando do novo deus albiceleste: Messi.
Destaque também para Di Maria. O camisa 11 voltou ao time titular de Lionel Scaloni e correspondeu. Sofreu pênalti e balançou as redes.
Primeiro Tempo
A final iniciou com as equipes tensas e com entradas mais duras por ambos os lados. Os franceses até tiveram certo domínio, porém, erraram passes e estavam nervosos.
A Argentina percebeu o abalo emocional do adversário e tomou conta da partida. Os hermanos ditaram o ritmo da primeira etapa. Aos 20 minutos, Dembelé derrubou Di Maria dentro da área e o pênalti foi marcado.
Lionel Messi foi para a bola. Respirou, bateu e estufou a rede. Bola para um lado, Lloris para o outro, o placar estava aberto, 1 a 0 Argentina.
Além do gol, Messi naquele momento se tornava o artilheiro da competição com 6 gols, deixando para trás Mbappé.
Mesmo com o placar aberto, a França parecia que ainda estava no vestiário. A Argentina continuou dominando a partida. O objetivo era o segundo gol.
Aos 35 minutos em um erro de Upamecano os hermanos partiram para o contra-ataque. Uma linda jogada. Mac Allister tocou para Messi que passou para Julián Álvarez. O atacante lançou pelas costas da linha de defesa francesa.
Mac Allister recebeu e ajeitou para Di Maria que bateu na saída de Llorris. 2 a 0 e a partida parecia estar definida.
@FRANCK FIFE / AFP
Ao final dos primeiros 45 minutos, o domínio era total da equipe de Scaloni. Ganhavam nas estatísticas e no placar. Os franceses ainda não haviam finalizado.
Segundo Tempo
O segundo tempo começou e o controle argentino ainda era nítido. Assim como na primeira etapa, as ações ofensivas eram sempre direcionadas ao gol de Llorris.
A Argentina teve a chance de ampliar: De Paul de voleio aos 3 minutos e com Julián Álvarez aos 13. Ambas as chances pararam nas mãos do goleiro francês.
Aos 22 minutos, a primeira finalização da França foi realizada. Kolo Muani de cabeça. A tentativa não levou perigo algum ao gol de Martinez.
O jogo foi avançando e a França parecia estar entregue. Era questão de tempo para o fim da fila de 36 anos dos hermanos longe do topo do mundo.
Faltavam 12 minutos para o fim do tempo regulamentar, até que Otamendi derrubou Kolo Muani dentro da área. Pênalti para a França. Tensão total no Lusail Stadium.
Então, a estrela de Kylian Mbappé começou a brilhar.
O garoto de 23 anos com muita frieza foi para a cobrança da penalidade máxima. Correu, bateu e diminuiu, 2 a 1.
A Argentina entrou em curto-circuito. Após 1 minuto do primeiro gol francês, Kylian Mbappé recebeu um bom passe de Thuram. O camisa 10 em um lindo chute de perna direita balançou a rede novamente. Tudo igual. 2 a 2.
O juiz apitou o final dos 90 minutos. Os argentinos estavam tentando entender o que havia acontecido, enquanto os franceses haviam feito uma revolução em menos de 5 minutos.
Empate? Mais 30 minutos!
Haja coração, amigo! A prorrogação foi simplesmente encantadora. Os primeiros 15 minutos foram tensos. Com chances para os dois lados, mas sem efetividade tanto da Argentina quanto da França.
A única boa chance dos hermanos no primeiro tempo foi no chute de Lautaro, que foi travado por Upamecano. No rebote Montiel finalizou, mas Varane afastou de cabeça.
Lautaro teve nos acréscimos outra oportunidade de desempatar, mas bateu para fora e desperdiçou.
Os 15 minutos finais foram emocionantes. Com quase 3 minutos, Lautaro finalizou e Lloris deu o rebote. Lionel Messi estava no lugar certo e na hora certa. Dessa vez, de perna direita o camisa 10 tirou o empate do placar. 3 a 2, os hermanos estavam de novo na frente.
Os minutos passavam, o fim estava se aproximando e a Argentina estava próxima da tão sonhada conquista da Copa do Mundo. Mas, Mbappé ainda estava em campo e não facilitou para a albiceleste.
Há pouco mais de 4 minutos do fim, o garoto bateu e a bola tocou no braço de Montiel que estava dentro da área. Mais um pênalti para a equipe de Deschamps.
Novamente, Mbappé na cobrança. O craque do PSG deslocou o goleiro Martínez para empatar a partida, 3 a 3. O futebol viveu naquele momento sua emoção no estado mais puro. Além do gol, o francês se tornou o artilheiro da competição com 8 gols.
Na última chance dos franceses, Kolo Muani ficou cara a cara com Martínez. O goleiro Argentino defendeu com o pé. Dibu foi brilhante e salvou a seleção de mais um vice.
Pênaltis
Com o empate na prorrogação, a Copa foi decidida nas penalidades máximas pela terceira vez em sua história. Os franceses iniciaram a disputa. Mbappé converteu.
Na sequência, Lionel Messi abriu as penalidades para os argentinos e também balançou as redes.
Martinez pegou a cobrança de Coman, acertando o canto escolhido pelo francês. A taça estava saindo de Paris com rumo a Buenos Aires.
Dybala fez o dele, bateu no meio com segurança. O próximo pênalti foi cobrado por Tchouaméni, o meia do Real Madrid bateu pra fora. Comemoração de Dibu com direito a dancinha.
Na sequência, Paredes converteu. Kolo Muani não desperdiçou e a França ainda estava viva.
29 de junho de 1986. Essa data ficou marcada na história dos Argentinos. Montiel tinha que fazer para acabar com a espera de 36 anos. O Tricampeonato estava próximo.
Montiel correu, bateu e fez. Argentina tricampeã do mundo.
A Terceira estrela e Messi
18 de dezembro de 2022. Um novo feriado para os argentinos. Uma data histórica para Lionel Messi que fez a ilusão virar realidade. O ET conquistou o único troféu que faltava em sua vitoriosa carreira.
35 anos de idade. Dores de 2014, 2015 e 2016 com 3 vices consecutivos. Acabou. Lionel Messi provou para si e para o mundo que ainda é o melhor.
Gênio, divino, predestinado. Como definir quem conseguiu superar Maradona? O mundo é da Argentina pela terceira vez, a estrela de número 3 finalmente foi costurada no escudo albiceleste.
Duas delas foram a comanda de D10S, que agora passa seu bastão para um imortal na Argentina e no mundo do futebol: Lionel Messi.
1978, 1986, 2022. Tricampeões, os muchachos conseguiram conquistar o mundo. A taça voltou para Buenos Aires. A terra de Diego y Lionel tem o mundo novamente. Os Argentinos não precisam mais “ilusionar”, o título é realidade.
Na primeira vez que fui ao estádio, eu já era adulta. Para meu pai, o estádio não era lugar de menina. E para nossa situação financeira, o estádio também não era exatamente o lugar do meu pai. Parece um clichê da internet, não é? Tal lugar não é lugar de mulher. O pior é que existe na vida real e a gente acredita. Eu acreditei por muitos anos.
Mesmo vendo a Rainha Marta ser a melhor futebolista do mundo cinco vezes seguidas, a maior artilheira das seleções brasileiras, a primeira atleta a marcar gols em cinco edições de Copa do Mundo da FIFA.
Mesmo vendo Formiga ser a única pessoa a ter participado de sete Copas do Mundo e de sete Olimpíadas, a que mais vezes entrou em campo com a amarelinha.
Mesmo vendo Cristiane se tornar a maior artilheira das Olimpíadas, vencer a primeira edição feminina da Libertadores, ao lado de Marta, e ser artilheira também desta competição.
Todas mulheres pretas, como eu.
Apesar de ver, eu não enxergava. Muito por isso fiquei assustada e apreensiva com o convite do amigo Luan Leão para tocar o barquinho da cobertura da Copa do Mundo pela AGEMT, com ele e o inenarrável Bruno Scaciotti.
Se meu lugar não era nem no estádio, imagina em posição de liderança frente a 20 homens falando sobre bola?
Pouco mais de três meses de planejamento, 28 dias de Copa do Mundo, 99 textos no site, 9 episódios do podcast Expresso Catar, 4 episódios do programa Manual de Sobrevivência da Copa do Mundo, 37 edições do boletim diário em vídeo Já É Copa, fora o baile.
Não vi o Brasil ser hexa, mas pude ver Marrocos ser a primeira seleção africana a chegar nas semifinais de uma Copa. Vi Cristiano Ronaldo ser o terceiro atleta a marcar gol em cinco edições do mundial de seleções. Neymar se igualar em gols pela seleção com Pelé. Kylian Mbappé ser o segundo jogador a marcar um hat-trick em final de Copa do Mundo. Messi ser consagrado como um dos deuses do futebol ao conquistar o tricampeonato argentino. E o primeiro trio de arbitragem feminino a apitar um jogo da Copa do Mundo masculina.
Nada mal para quem não está no lugar.
No último sábado (17), ocorreu a penúltima partida da Copa do Mundo Catar 2022. Croácia e Marrocos estiveram frente a frente no estádio Internacional Khalifa para definir o terceiro e quarto lugar do torneio.
As seleções se reencontraram 24 dias depois do confronto na primeira rodada do grupo F na fase de grupos. Naquela ocasião o jogo terminou em um 0 a 0 nada saudoso.
Em lados opostos do chaveamento, os Leões dos Atlas, tal qual Davi, foram desafiados por vários Golias e assim como na passagem bíblica de Samuel 17, triunfaram diante dos gigantes. Posteriormente, sucumbiram apenas perante a atual campeã, França.
Já a seleção eslava, repetindo o feito de 2018, precisou passar por duas prorrogações para manter-se na competição. Da mesma forma que na edição passada, os embates contra Japão e Brasil chegaram até as penalidades máximas, nas quais as duas saíram derrotadas, com o goleiro Dominik Livakovic sendo o protagonista. Somente a Argentina foi capaz de impedir os croatas de irem a mais uma final.
Dentro de campo as equipes vieram bem mexidas devido ao desgaste acumulado durante a Copa. O técnico Walid Regragui, que sofreu com desfalques nos duelos contra Portugal e França, promoveu descanso a alguns jogadores. Mais uma vez o comandante não teve a disposição o lateral esquerdo Noussair Mazraoui, que não estava no banco de reservas, cedendo espaço para Yahia Attiyat Allah. Já os atletas Roman Saiss, Nayef Aguerd, Selim Amallah e Azzedine Ounahi foram preservados, sendo substituídos por Achraf Dari, Jawad El Yamiq, Abdelhamid Sabiri e Bilal El Khannouss respectivamente.
Por motivos semelhantes, o treinador Zlatko Dalic deu oportunidades para outros jogadores do plantel. Em comparação ao confronto anterior, houve três mudanças na linha de defesa, o recuo de Ivan Perisic para variar entre lateral e ala pela esquerda, junto com as entradas de Josip Sutalo e Josip Stanisic, nas vagas de Dejan Lovren e Josip Juranovic, nesta ordem. Na parte ofensiva, Lovro Majer, Mislav Orsic e Marko Livaja também ganharam chances nos lugares de Mario Pasalic, Borna Sosa e Marcelo Brozovic.
Dado o apito inicial, os 44.137 expectadores viram um começo de partida movimentado. Em jogada ensaiada na cobrança de falta, Majer bateu para dentro da área, Perisic escorou de cabeça e Josko Gvardiol completou para abrir o marcador aos 7 minutos, numa bela trama croata.
No minuto seguinte, novamente em bola parada, o cruzamento de Hakim Ziyech desviou e sobrou para Dari empatar a disputa. Antes do intervalo, aos 42, numa recuperação dos eslavos na zona de ataque, Livaja passou para Orsic finalizar com chapa do pé, e resvalando levemente na trave, morreu dentro das redes do goleiro Bono.
Na volta para o segundo tempo, o fator físico pesou e o ritmo do jogo caiu. Apesar da posse de bola marroquina, os leões não conseguiram concretizá-la em reais perigos de gol. Sem grandes emoções na etapa final, o placar terminou em 2 a 1, com a Croácia conquistando o terceiro lugar da Copa do Mundo.
A campanha coroou um possível fim da brilhante trajetória de Luka Modric na seleção. O camisa 10 foi o destaque desse meio campo e ficará eternizado como o maestro dessa geração.
Mesmo ficando com a quarta colocação, Marrocos sai do Catar de cabeça erguida e o treinador Regragui fez questão de enaltecer.
“Lembraremos de muitos jogos, voltaremos mais fortes. Unimos o nosso país durante um mês, todos estavam felizes”, enfatizou.
O comandante também falou sobre o legado que deixaram nessa Copa.
“Eu acho que mostramos nossa força. Mostramos que o futebol africano está preparado para enfrentar os principais times do mundo com eficiência e jogando no nível mais alto”, comentou.
O técnico marroquino ainda deixou seu recado visando os próximos objetivos da equipe.
“Eu disse aos meus jogadores que não podemos ser reis do mundo antes de sermos reis do continente. Nós vamos trabalhar para ganhar a Copa Africana de Nações”, afirmou Regragui.
Marrocos x Croácia
O terceiro empate sem gols na Copa do Mundo 2022 inaugurou o grupo F nesta quarta-feira (23). Com um público de 59.407 torcedores, Marrocos e Croácia proporcionaram um jogo de pouquíssimas emoções, frustrando a todos os presentes no estádio Al Bayt.
Na primeira etapa, os Leões do Atlas começaram fazendo pressão em cima dos croatas, criando algumas situações de ataque, porém sem perigo à baliza adversária. Já os comandados por Zlatko Dalic, tiveram as duas melhores chances, com um chute de longa distância de Ivan Perisic e um cruzamento de Borna Sosa para a finalização de Nikola Vlasic, exigindo do goleiro marroquino, Bono, a defesa do jogo.
Na volta do intervalo, o nível da partida caiu e ficou visível as dificuldades da seleção croata em encontrar espaços para furar a marcação marroquina. A Croácia teve apenas uma oportunidade de abrir o marcador na segunda etapa. Após bola afastada, Dejan Lovren pegou o rebote e Sofyan Amrabat salvou o gol na entrada da pequena área. Do lado de Marrocos, o lance mais ameaçador foi uma batida de longe de Achraf Hakimi, em cobrança de falta.
A falta de criatividade da equipe eslava foi crucial para o tropeço. O tripé de meio campo com Marcelo Brozovic, Mateo Kovacic e Luka Modric não funcionou, especialmente o camisa 10, que teve uma atuação discreta e refletiu no desempenho do time.
Mesmo com a atuação abaixo da média, Modric se tornou o primeiro jogador a participar de Euros e Copas do Mundo em três décadas, tendo jogado os mundiais de 2006, 2014, 2018 e 2022; e as euros de 2008, 2012, 2016 e 2020.
Bélgica x Canadá
No último confronto do dia, Bélgica e Canadá fecharam a rodada do Grupo F, às 16h desta quarta-feira (23). Em partida onde os papeis se inverteram, os canadenses mostraram para o que vieram e enfrentaram de igual para igual a terceira colocada da copa passada.
Em um primeiro tempo arrasador, os vermelhos deixaram sua inexperiência de lado e assumiram o controle da partida, passando a função de coadjuvante para os belgas. Os comandados de John Herdman começaram o jogo a mil, gerando inúmeras oportunidades de gol e pressionando a saída de bola adversária, sem dar espaços para respirarem.
Aos 11 minutos, os canadenses tiveram a chance de marcar o seu primeiro gol na história das Copas do Mundo em cobrança de pênalti, mas o craque do time Alphonso Davies parou na muralha chamada Thibaut Courtois. Apesar de continuarem pressionando, o castigo veio no minuto 44, com um belo lançamento do zagueiro Toby Alderweireld, para a linda finalização de Michy Batshuayi no fundo das redes.
No segundo tempo, a equipe de Roberto Martínez voltou melhor após as substituições, no entanto, ainda abaixo do que todos esperam. Com uma postura mais cautelosa, conseguiram explorar alguns contra-ataques deixados pela seleção norte-americana, que mesmo atrás do placar, não se intimidou e buscou o resultado até o fim.
Apesar da luta e suor, o fator físico pesou e nada foi possível para evitar a vitória dos diabos vermelhos. Os canucks saíram derrotados, mas deixaram uma boa impressão aos seus torcedores que seguem sonhando com a primeira vitória do time. Já os belgas respiram aliviados, deixando a dúvida se adotará esse comportamento conservador contra seleções de nível técnico superior.
Situação do Grupo
Após os resultados, a Bélgica lidera o grupo F, sendo a única vitoriosa da rodada. Em seguida, empatadas com 1 ponto temos as seleções da Croácia e do Marrocos, enquanto o Canadá não somou nenhum ponto.
No próximo domingo (27), abrem a rodada Bélgica e Marrocos, no estádio Al-Thumama. Encerrando a rodada do grupo, a Croácia enfrenta o Canadá no estádio Khalifa, às 13h.
Dinamarca X Tunísia
Sempre quando uma Copa do mundo se inicia, os torcedores temem assistir a um jogo sem gols e monótono, o famoso jogo chato. Quem teve a oportunidade de ir ao Catar e comprou ingressos para ver a Dinamarca enfrentar a Tunísia, provavelmente se arrependeu.
Nesta terça-feira (22), Dinamarca e Tunísia protagonizaram o primeiro 0 a 0 dessa edição de Copa do Mundo, em jogo válido pela 1ª rodada do grupo D, no Education City Stadium.
As seleções priorizaram o aspecto defensivo, porém, as melhores oportunidades vieram do time africano, que com 22 minutos do primeiro tempo viu seu centroavante, Issam Jebali, empurrar a bola para dentro do gol, mas a bandeirinha assinalou impedimento.
No segundo tempo foi a vez dos dinamarqueses, que logo aos 10 minutos, com Skov Olsen, marcaram um gol, mas também foi anulado por impedimento de Mikkel Damsgaard, que estava impedido no início da jogada.
Cotada para ir longe na competição, a Dinamarca ficou devendo na primeira exibição. Craque do time, o meio-campo Christian Eriksen teve atuação apagada na estreia. Já a Tunísia conseguiu arrancar um empate de uma seleção que, no papel, é mais forte e viu seus torcedores comparecerem em peso. O ponto somado anima a equipe africana.
França x Austrália
A atual campeã do mundo estreou afastando o fantasma da maldição das campeãs, iniciada pela seleção francesa de 2002. Diferente das seleções da França de 2002, Itália de 2010, Espanha de 2014 e Alemanha de 2018, os franceses estrearam com uma vitória dominante por 4 a 1 sobre a Austrália, com dois gols de Olivier Giroud, que se igualou a Thierry Henry na artilharia da seleção francesa.
A França começou atrás no placar, levando um gol aos oito minutos de jogo, marcado pelo australiano Craig Goodwin. Na jogada em que sofreu o gol, o lateral francês Lucas Hernandez se lesionou, e foi substituído pelo seu irmão, Theo Hernandez, que com características mais ofensivas que Lucas deu outra forma para o jogo dos franceses. Com uma França mais ofensiva, Adrien Rabiot brilhou no resto do primeiro tempo.
Aos 27 minutos, Rabiot marcou de cabeça, empatando para os franceses . Cinco minutos depois, o meio-campista deu a assistência para o primeiro gol de Giroud, vale lembrar que o camisa 9 francês havia passado a última Copa inteira sem sequer finalizar no gol. No segundo tempo, com uma França à vontade, a equipe continuou na ofensiva. Não demorou muito para a estrela francesa Kylian Mbappé, que vinha buscando seu gol no primeiro tempo, marcar de cabeça após belo cruzamento de Ousmane Dembelé.
Aos 26 minutos do 2° tempo, apenas três minutos depois do terceiro gol, a Mbappé cruzou para Giroud, que marcou o quarto gol da França e seu segundo na partida. Os dois gols de Giroud colocaram o atacante na mesma prateleira de Thierry Henry, ambos com 51 gols pelos Les Bleus. Apesar de afastar a maldição dos campeões, a França lida agora com sua própria maldição – a seleção nunca foi campeã mundial com o camisa 9 marcando gol na competição.
A Austrália estreou da mesma forma que em 2018, quando perdeu também para a seleção francesa por 2 a 1. Apesar do excelente começo de jogo, o time teve uma queda brusca com o empate e virada dos franceses, e não conseguiu manter o ritmo, terminando o jogo com somente um chute a gol.
Agora, os australianos buscarão a redenção contra os outros dois adversários do grupo, Tunísia e Dinamarca.
Situação do Grupo
A França assume a liderança do grupo D, com de saldo positivo de 3 gols, em seguida temos a Tunísia e a Dinamarca empatadas com 1 ponto e na lanterna do grupo a Austrália.
As seleções do grupo D voltam a se enfrentar no sábado (26). Tunísia e Austrália se enfrentam às 07h, no Al Janoub Stadium. No começo da tarde, às 13h, a França vai medir forças contra a Dinamarca, naquela que pode ser a disputa pelo primeiro lugar do grupo, no Stadium 974.
Argentina x Arábia Saudita
Argentina e Arábia Saudita se enfrentaram às 7h desta terça-feira (22), no Estádio Lusail. E, contrariando as análises pré-jogo, e até as projeções para a copa, tivemos uma zebra nesse jogo.
Aos 9 minutos do primeiro tempo, após revisão no VAR, Lionel Messi em um pênalti polêmico abriu o placar para os Hermanos. No decorrer do primeiro tempo, a Argentina teve três gols anulados por impedimento, Lionel Messi aos 21 minutos e na sequência Lautaro Martínez aos 26 e aos 34.
O bandeirinha teve que trabalhar e muito na primeira etapa do duelo. Apenas nos primeiros 35 minutos de jogo, foram 7 impedimentos argentinos marcados, somando 10 ao final da partida. Os Hermanos encerraram o primeiro tempo com poucas oportunidades, esbarrando no impedimento.
Foi na segunda etapa que o jogo ficou emocionante, logo aos 3 minutos Saleh Al Shehri empatou o jogo para os Árabes. A partir daí o que se viu foi uma verdadeira pressão Saudita na área dos argentinos. Logo depois, aos 7 minutos, Salem Al Dawsari chutou na entrada da área fazendo um golaço e virando a partida para a equipe de Hervé Renard.
Jogadores da Arábia Saudita comemoram o segundo gol da seleção contra a Argentina
REUTERS/Hannah Mckay - 22/11/2022
Daí pro apito final, a Argentina teve algumas oportunidades, mas Mohammed Al Owais, goleiro da Arábia Saudita, estava em uma tarde inspirada e fez belas defesas. A melhor oportunidade dos albicelestes foi já nos acréscimos, mas parou em Abdulehlah Al-Amri que tirou de cabeça em cima da linha.
Perto do fim, o goleiro Arábe se chocou com Al Shahrani, que ficou desacordado e teve de ser substituído.
A derrota colocou fim a uma série de três anos de invencibilidade da Argentina, eram36 jogos, desde 2019, sem perder. De quebra, a Argentina voltou a perder uma estreia de Copa do Mundo, algo que não acontecia desde 1990, quando perderam de 1 a 0 para Camarões.
Tristeza de um lado, alegria do outro. O príncipe saudita Bin Salman decretou que a quarta-feira (23), será um feriado nacional para comemorar a vitória contra a Argentina. Coisas que só o futebol pode proporcionar.
México x Polônia
Às 13h, tivemos o segundo jogo do grupo C, México e Polônia se enfrentaram para o encerramento da rodada do grupo. Com a derrota da Argentina, era considerado importante que algum desses times saíssem com a vitória e assim a possibilidade de terminar em primeiro do grupo.
Mas a possibilidade não se concretizou, e as seleções empataram em 0 a 0. O jogo foi movimentado, porém, o time do México teve a maioria das ações ofensivas. Com diversas situações de ataque, os mexicanos acabaram levando perigo para a meta do goleiro polonês Szczęsny. Na primeira etapa, somente a seleção mexicana buscou tirar o zero do placar, com algumas finalizações com perigo.
Já na segunda etapa, o time comandado por Tata Martino tentou buscar manter o ritmo do primeiro tempo. Mas, logo aos 8 minutos da segunda etapa, o craque polonês Robert Lewandowski foi derrubado dentro da área e, com a ajuda do VAR, o árbitro marcou a penalidade.
E o camisa 9 foi o encarregado da cobrança, mas desperdiçou, parando nas mãos do goleiro Guillermo Ochoa, o goleiro que só aparece durante as copas pegou o pênalti e cravou ainda mais o seu nome nas histórias da copa.
Com o empate, México e Polônia ficam com um ponto e assumem a segunda e terceira colocação respectivamente.
Situação do Grupo
O grupo C é liderado pela improvável Arábia Saudita, que somou 3 pontos após vitória sobre a Argentina. México e Polônia estão na segunda e terceira colocação respectivamente e começam a sonhar em conseguir brigar com a liderança do grupo, enquanto a argentina comandada por Lionel Messi se encontra na lanterninha.
O grupo C volta a campo no sábado (26), com a Polonia enfrentando a Arábia Saudita, às 10h, no estádio Education City. Depois, a Argentina joga contra o México, às 16h, no estádio Lusail.
Inglaterra x Irã
Inglaterra e Irã se enfrentaram às 10h desta segunda-feira (21). Os destaques desse jogo começaram antes mesmo da bola rolar, com protestos vindo dos dois lados. Do lado do Irã foi visto protestos por parte dos jogadores, não cantando o hino nacional em apoio aos direitos das mulheres iranianas, que seguem protestando contra o governo do país. Já a Inglaterra, teve a polêmica em relação a braçadeira de capitão em apoio à comunidade LGBT+, que foi vetada pela FIFA por conta das proibições do Catar.
O órgão chegou a dizer que a ação seria passível de punição aos jogadores. Antes do apito inicial os jogadores se ajoelharam em protesto e o capitão Harry Kane utilizou uma braçadeira escrita “No discrimination”.
Além disso, o local da partida conta com uma trágica curiosidade, o Khalifa Stadium foi o local de morte do britânico Zac Cox, que caiu 40 metros e faleceu trabalhando nas obras da reforma do estádio, no ano de 2017. Cox havia reclamado das condições de trabalho do local e as circunstâncias de sua morte permanecem uma incógnita até os dias de hoje.
Com a bola rolando, o Irã nos primeiros minutos teve que substituir o goleiro Beiranvand, após uma grave lesão depois de um choque com um zagueiro da própria seleção. Os persas se defendiam bem da forte pressão dos ingleses até os 35 minutos da 1º etapa, quando o estreante em copas Jude Bellingham marcou de cabeça para colocar os ingleses a frente do placar. O meio-campista também se tornou o primeiro jogador nascido nos anos 2000 a marcar em uma Copa do Mundo.
Após o gol, os Three Lions seguiram dominando a partida e marcaram mais duas vezes, com o outro estreante, Bukayo Saka e depois com Raheem Sterling, tudo isso ainda no primeiro tempo.
Jude Bellignham comemorando o primeiro gol de sua seleção na Copa de 2022 (Foto: Nestor Watach
A equipe de Gareth Southgate seguiu pressionando o adversário na segunda etapa, e chegou a ampliar a vantagem com Saka novamente – ao final da partida o atacante do Arsenal foi eleito o melhor da partida. O Irã conseguiu descontar com Taremi, mas não foi suficiente para frear os ingleses que abriram ainda mais a vantagem com Marcus Rashford e Jack Grealish. Os persa descontaram novamente com Taremi em um pênalti, já nos acréscimos do segundo tempo.
Jack Grealish comemorando após marcar (Foto: Skynews)
Estados Unidos X País de Gales
Às 16h, no último jogo do segundo dia de Copa, Estados Unidos e Gales se enfrentaram pelo fechamento da rodada no grupo B. Os times travaram a batalha pelo possível 2° lugar no Grupo B em um jogo de pouca inspiração de ambos os times, que alternaram o domínio da partida.
Com primeiro tempo melhor, os americanos saíram na frente com um gol de Timothy Weah, filho do ex-Bola de Ouro e atual presidente da Libéria, George Weah, em boa jogada de Christian Pulisic.
Timothy Weah marcando contra os galeses (Foto Themba Hadebe/Associated Press)
Já na segunda etapa, os galeses foram superiores, chegando a incomodar os americanos até a etapa final da partida, quando chegaram ao empate depois de um pênalti sofrido por Gareth Bale. O capitão e camisa 11 converteu a cobrança, levando os galeses ao delírio com o primeiro gol em Copas do Mundo desde 1958.
Perto do apito final, Bale recebeu a bola enquanto o arqueiro americano Matt Turner estava fora do gol, mas sofreu a falta assim o impedindo de finalizar, com o jogo assim terminando empatado.
Situação do Grupo
O grupo B é liderado pela Inglaterra que somou 3 pontos após a vitória contra o Irã. País de Gales e Estados Unidos ocupam a 2° e 3° colocação no momento com um ponto cada e prometem brigar pela segunda vaga.
O Grupo B voltará a campo na próxima sexta-feira (25), com Irã enfrentando o País de Gales, às 07h, no estádio Al Rayyan. Mais tarde, às 16h, a Inglaterra joga contra os Estados Unidos no estádio Al Bayt.
A Copa já começou, e neste domingo (21) tivemos o primeiro jogo do torneio. A partida ocorreu às 13h e marcou o embate entre a anfitriã Catar e a seleção do Equador.
Catar X Equador
Os equatorianos chegaram com tudo na Copa, mostrando do que são capazes. O time comandado pelo técnico Gustavo Alfaro saiu com a vitória por 2 a 0, com direito a dois gols de Enner Valencia, capitão e destaque do time. Os gols levaram Valencia a ter 5 gols em Copas do Mundo, mais que Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, por exemplo.
A partida pode não ter sido tão emocionante para um jogo de abertura de Copa, mas os gols e o estádio cheio já foram capazes de trazer de volta aquela magia que só a Copa do Mundo pode proporcionar.
O Equador se impôs diante do Catar, não sentindo a pressão da torcida adversária e dominou a partida do início ao fim. Além dos gols anotados, houve um anulado aos 3 minutos do primeiro tempo. O impedimento semiautomático mostrou que o gol de cabeça de Enner Valencia, o iluminado, estava invalidado por impedimento no começo do lance.
Apresentando um futebol rápido, eficiente e com destaque para a parte física, o Equador saiu vitorioso. Contando com jovens jogadores, a seleção equatoriana pode apostar na velocidade para puxar ataques e soube aproveitar do bom porte físico para ganhar a maioria das disputas de bola.
A seleção do Catar estreou da pior forma possível. Além da derrota, se tornou o primeiro país sede a perder na estreia da competição. Agora mais do que nunca, o Catar precisará de todo o apoio de seu torcedor, e o técnico Félix Sanches, comandante da equipe, precisará mexer para dar uma resposta já no próximo jogo, caso contrário, a classificação pode ficar comprometida.
Senegal x Holanda
A Holanda estreou com vitória na Copa do Mundo de 2022, no Catar. A Laranja Mecânica teve dificuldades, mas achou dois gols no final do segundo tempo e venceu o Senegal, em partida realizada no Estádio Al Thumama, em Doha, nesta segunda-feira (21). Os gols dos holandeses foram marcados por Cody Gakpo e Dany Klaassen.
Mesmo sem contar com o seu craque Sadio Mané, a seleção senegalesa colocou dificuldade para os holandeses, principalmente nos contra-ataques. A Holanda, por sua vez, teve o maior controle das ações e criou diversas chances, mas pecava na conclusão das jogadas.
Um destaque da partida foi para o goleiro holandês Andries Loppert, que garantiu o resultado fazendo grandes defesas, principalmente no segundo tempo. Do lado do Senegal, a preocupação é sobre as condições de jogo do meio-campo Cheikhoi Koyaute, que foi substituído no segundo tempo com suspeita de lesão muscular.
Situação do grupo
Com o resultado, a Holanda agora divide a liderança do Grupo A do torneio Mundial com o Equador com 3 pontos. As seleções estão empatadas também em saldo de gols, 2 para cada. Catar e Senegal seguem sem pontuar e com -2 de saldo de gol.
A próxima rodada do grupo será disputada na sexta-feira (25). Às 10h, no estado Al Thumana, o Catar enfrenta o Senegal. Mais tarde, às 13h, a Holanda encara o Equador, em jogo que vale a liderança do grupo.