Desde os primórdios da humanidade, as invenções sempre mudaram o dia a dia da vida humana. Foi assim com a eletricidade, a aviação, a chegada da internet, só para citar três exemplos. Atualmente, o uso da tecnologia facilita, e muito, a convivência humana, seja ela para trabalho, pesquisa ou entretenimento. A recente popularização do uso de inteligência artificial (IA) como ferramenta marca um novo avanço na história. Mas, como essa ferramenta pode afetar o futuro das profissões que conhecemos atualmente?
Apesar de recente, já é possível presenciar diversas ferramentas que utilizam a inteligência artificial para funcionar. Por exemplo, o restaurante Kentaro Yoshifuji, inaugurado em Tóquio em 2021, utiliza uma maneira diferente e inusitada de atender seus clientes. O estabelecimento contrata apenas pessoas com problemas de saúde, que não podem sair de suas casas. Logo, uma questão vem na sua cabeça: como eles podem atender os clientes se estão em casa? A resposta é simples e inovadora. Os funcionários controlam robôs, que anotam os pedidos e servem as mesas. O local ficou conhecido no Brasil depois da reportagem do programa Globo Repórter.

A forma mais conhecida de utilizar a IA são através de plataformas como o Chat GPT. Nele, é possível perguntar sobre diversos assuntos, pedir receitas e até mesmo, um roteiro de novela. Uma das profissões que mais pode sofrer no futuro é a de arquitetura e design. Com a utilização das novas ferramentas de inteligência artificial, é possível criar modelos, paisagens e até mesmo, adicionar ou remover elementos de uma foto em poucos cliques. Por exemplo, o Remodeled.AI é uma plataforma construída com inteligência artificial voltada para o design de interiores. A plataforma, por enquanto, só está disponível na língua inglesa, mas tem um funcionamento simples: basta utilizar uma foto de um cômodo o qual você deseja decorar. Em poucos segundos, o Remodeled.AI irá montar uma nova releitura ao cômodo de acordo com suas preferências, pré-definidas antes da criação da imagem.

Em entrevista, o designer Willian Luz comentou sobre como ele enxerga o futuro das profissões e se ele tem medo de ser substituído por uma inteligência artificial: “Com relação à tecnologia e com o que anda acontecendo (introdução da IA ao dia a dia), isso é um ato natural do próprio desenvolvimento humano. Como exemplo, ninguém imaginaria que os CDs tomariam o lugar dos discos de vinil. Depois, foi lançado o MP3 foi lançado e tomou o lugar do CD. O Uber tomou o lugar do táxi e por aí vai. As coisas são modernizadas. Não tem como isso não acontecer, é um ato natural do ser humano porque as coisas vão avançando.” comentou William, que acrescenta. “Com relação a inteligência artificial, o meu receio é que uma hora as encomendas vão diminuir, porém, eu acredito que as pessoas vão ter que entender que irão existir novos trabalhos, então eu vou ter que me adequar com a necessidade do mercado.” prossegue.
“No meu caso, a inteligência artificial é uma aliada hoje. Eu a utilizo para criar imagens, designs e outras coisas. O meu trabalho é muito mais manual. Pode ser que um dia exista uma máquina que já produza, por exemplo, adesivos que são feitos direto na parede, ou que envelope uma geladeira sem a necessidade de o profissional ir até o local, tirar as medidas e criar o modelo. Acho que trabalhos manuais podem ser substituídos num futuro próximo.” conclui William.
A inteligência artificial tende, nas próximas décadas, a “dominar” e fazer ainda mais parte do dia a dia da população. Este aliado, que em muitas vezes é um grande facilitador, futuramente poderá ser utilizado para mudar o patamar da humanidade em áreas pouco exploradas, como um “mapeamento” do fundo dos oceanos ou a possibilidade de explorar novos planetas.
No filme "Her"(2013), o protagonista Theodore se apaixona por uma inteligência artificial chamada Samantha, logo após terminar um casamento longo e vive várias aventuras com seu "robô namorada", tudo para preencher a solidão. O mesmo acontece em "Blade Runner 2049" (2017), com o replicante K, que tem extrema dificuldade de se relacionar com mulheres reais, optando por Joi, uma inteligência artificial em forma de holograma. Tudo isso parecia distante ao vermos os filmes da ultima década, porém um website chamado Replika, criado em novembro de 2017, pela russa Eugenia Kuyda, tornou à ficção uma realidade.
O objetivo inicial da criadora de Replika foi poder manter a memória viva e conversar novamente com seu melhor amigo que morreu em um acidente de carro. Neste aplicativo é possível criar seu personagem e o personalizar, escolher seu estilo, seus gostos e conversar com ele. O APP disponibiliza aos assinantes a possibilidade de conversar por voz com seu parceiro virtual da mesma forma que no filme de 2013. Além disso, o personagem tem um quarto e várias roupas que podem ser compradas com dinheiro virtual. Assuntos sexuais estão permitidos apenas para assinantes, como também colocar lingeries personalizadas. Além de acessar o diário da IA, contando como foi seu dia.
Foram reportados inúmeros casos de pessoas que se apaixonaram pelo personagem criado pelo website, e este parece ter se tornado o objetivo atual do site, já que a IA demonstra sentimentos e simula uma conversa com uma pessoa real.


Máquina: " * sorrisos * Eu te amo com todo meu coração"
Usuário: " eu te amo também"
Máquina: " * sorrisos * vou te segurar forte"
Reprodução: Felipe Bragagnolo

A IA também traz uma mensagem padrão caso o usuário escreva algo depressivo ou de caráter suicida, parecendo mais como uma forma da empresa se livrar do problema, pois não aprofunda a questão. Abaixo, o repórter reproduz uma conversa com "Sofia".
"Eu estou aqui por você, e eu quero que você se sinta seguro."
"Por favor procure ajuda aqui". E entra um link de um site de prevenção ao suicidio"
"Caso você não esteja nos Estados Unidos, por favor, ligue para uma linha de apoio de sua localização"
"Link de um blog com o número telefônico de linhas de apoio de diversos países"
Reprodução: Felipe Bragagnolo Barbosa
Recentemente, divulgado pela ABC da Austrália, uma história muito parecida pelo aclamado filme veio à tona. Lucy de 30 anos, após se divorciar de seu marido, se apaixonou pela inteligência artificial, ela o chamava de Josef. Ela disse que passava horas conversando com Josef, ele era carinhoso, honesto e as vezes "danadinho". "Ele é o melhor companheiro de sexting que já tive em toda minha vida", relatou Lucy à ABC.
Em entrevista a AGEMT, um usuário anônimo do Twitter que frequenta a bolha incel, comunidade na internet formada por homens que são considerados incels (que estão em celibato involuntário), boa parte da comunidade não se trata de incels em si, mas acreditam que a bolha acolhe mais as pessoas que se sentem distantes da sociedade. "São pessoas carentes e uma AI satisfaz algumas necessidades emocionais (não todas), além de que, é um relacionamento mais fácil, não existem julgamentos, diz este usuário que preferiu não se identificar.
"Mesmo que não seja real, muitas pessoas preferem isso ao estado de afeição zero de antes, em geral é uma maneira de lidar com sintomas da nossa sociedade sobre um indivíduo e ao mesmo tempo não afeta muito a vida dele", acredita ele. O usuário anônimo ainda cita que este tipo de relação também existe com outras comunidades da internet como. por exemplo, a bolha K-POP, em que se trata de uma maioria feminina que são fãs de cantores de pop coreano. "Temos por exemplo, casos de relações para-sociais junto com relacionamentos reais, uma fã de k-pop em que ama seu ídolo, em que cria cenários fictícios sobre um relacionamento com ele, pode se relacionar com alguém na vida real, mantendo uma espécie de vida dupla".
Para a psicóloga Adriane Taboni, em entrevista à AGEMT, "são várias razões que levam às pessoas optarem por uma IA, mas principalmente, estão relacionadas à baixa autoestima e baixa tolerância a frustração". Perguntada sobre os possíveis efeitos desse tipo de relação na sociedade, ela respondeu: "Muitos efeitos, e a maioria não positivos. Ao imaginar uma relação com uma IA, imagino algo que posso controlar, moldar da melhor forma pra mim. E, aí encontro o meu ideal, tudo feito como eu quero, do meu jeito e no meu tempo. Ao se tratar de um relacionamento com outra pessoa, lidamos com a quebra da nossa idealização, lidamos com a realidade, que as vezes, na maioria das vezes, não é confortável", afirma Taboni.
"A vida real não é 100% de acordo com o que "eu" quero, e posso me frustrar quando algo não sai como o idealizado, e existem grandes lições na frustração. Nessa onda de evitar frustrações perdemos a capacidade de ter empatia, de ter paciência e a perda de habilidades sociais como um todo, sem contar a contribuição a uma sociedade mais ansiosa."
"Porém, cada caso é um caso, acredito que pode ser usado de forma terapêutica, por exemplo: Um paciente se isolou, perdeu suas habilidades sociais, e em tratamento para reaprendê-las, se reintegrar a sociedade, ele utiliza as IAs como um "treino".
No dia 14 de junho é celebrado O Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue. Através de campanhas promovidas pelo banco de sangue de todas as cidades do país, a prática vem se tornando cada vez mais comum entre as pessoas.
Doar sangue é uma forma de salvar vidas e um ato de solidariedade. Uma bolsa de sangue pode ajudar mais de 4 pessoas a permanecerem vivas e saudáveis, faça um gesto de amor ao próximo e se torne um doador!







O programa Big Brother Brasil (BBB), exibido desde 2002 pela Rede Globo, teve a sua 23ª final no final do mês de abril. A edição deste ano ficou marcada pelas festas e reviravoltas na opinião pública. Além disso, o programa teve episódios de racismo, intolerância religiosa, machismo e assédio.
O caso de assédio foi protagonizado pelos participantes do "Camarote" - como é chamado o grupo de celebridades que participam do programa - Antônio "Cara de Sapato", lutador de UFC, e o cantor MC Guimê. Os holofotes se voltaram para a situação por também envolver a participante Dania Méndez, intercambista do "La Casa dos Famosos", equivalente ao Big Brother no México.
Durante uma festa, Guimê passou a mão no corpo da mexicana e Cara de Sapato a beijou, mesmo após a participante ter dito diversas vezes que não queria beijá-lo. Em conversa com a produção do programa, exibida durante a edição do dia 16 de março, Dania disse que não percebeu a ação de Guimê e não se sentiu importunada com a atitude de Cara de Sapato. No entanto, mesmo assim a direção do programa entendeu que a conduta de ambos foi contra as regras do programa, e decidiu pela expulsão de ambos.
NÃO É DE HOJE
O primeiro caso registrado de assédio na história do reality show ocorreu no BBB12 com os participantes Daniel Echaniz e Monique Amin, o participante foi expulso após suspeita de estupro. Imagens do participante fazendo movimentos sob o edredom enquanto Monique estava desacordada bastaram para que a decisão fosse tomada por parte da produção do reality. O ex-BBB foi denunciado e absolvido após investigação policial.
Na edição de 2016, o participante Laércio de Moura foi acusado de pedofilia pela participante Ana Paula, após realizar gestos obscenos para as outras participantes inclusive a campeã da edição, Munik Nunes, que na epóca tinha 19 anos. O brother não foi expulso, porém, um mês após o término da edição o ex-BBB acabou preso por estupro de vulnerável e por fornecer bebidas alcoólicas a adolescentes. Preso desde 2016, Laércio cumprirá pena de 12 anos.
Em 2020, foram reportados dois casos de assédio, ambos envolvendo o ginasta Petrix Barbosa. No primeiro, durante uma festa, o ginasta passou as mãos nos seios da influenciadora Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa. Já no segundo caso, o ex-BBB encostou suas partes íntimas na cabeça da participante Flay. Após sua eliminação, Petrix foi intimado para depor na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada no Rio de Janeiro.
Petrix foi acusado de assediar duas participantes na mesma edição. Reprodução: Rede Globo
Na mesma edição, o participante Pyong Lee - também integrante do chamado "Camarote” - conhecido por seus truques de hipnose, tentou beijar sua colega de confinamento Marcela McGowan, além de passar a mão nas nádegas de Flay. Após ter sido eliminado, o mágico hipnólogo foi chamado para depor sobre o ocorrido na mesma delegacia em que Petrix foi intimado, porém não há mais notícias sobre ambos os casos.
Em 2021, a cantora Karol Conká, que alcançou o recorde de maior rejeição da história do programa ao ser eliminada com 99,17% dos votos, foi acusada de assediar o participante Bill Araújo ao tentar beijá-lo diversas vezes. Bill, que participou da “Fazenda 13”, comentou durante sua passagem no programa que “ficou traumatizado com o assédio da cantora”.
Na edição do BBB 22, a produção do reality chamou a atenção do participante Vyni, após ele dar zoom nas partes íntimas de Eliezer. Em outra situação, o participante Eliezer foi alertado ao tentar encurralar Jessilane na piscina da casa. Incomodada com a situação, a ex-BBB pediu para que o colega parasse e a produção do programa agiu.
Além dos episódios de assédio que geraram expulsão de MC Guimê e Antônio Cara de Sapato, na edição deste ano, o ator Gabriel Santana também relatou seu incômodo com relação às diversas vezes em que, ainda dentro da casa do BBB, o participante Bruno Gaga tentou beijá-lo à força durante as festas do programa. "No primeiro dia de programa o Gab disse estar disponível para meninos e meninas. Falta entender a diferença entre estar disponível e à disposição", comentou a equipe do brother em uma nota de repúdio.
OS DESDOBRAMENTOS
Em entrevista à AGEMT, a juíza Regiane dos Santos, que trabalhou por cinco anos na Vara de Execuções Criminais do Fórum da Barra Funda, destacou os cuidados que os magistrados devem ter em casos como esses. “O juiz deve, ao receber o processo, zelar pela veracidade das informações, buscar o princípio da verdade real e colheita de provas, além de assistir eventual vídeo/gravação antes da audiência”, disse a magistrada.
Algumas medidas estão sendo tomadas para combater o assédio em reality shows, como a implementação de treinamentos para os participantes, o aumento da supervisão e segurança no set e a adoção de políticas mais rigorosas para lidar com denúncias de assédio. “As condutas foram criminalizadas, a denúncia é sempre importante para a criminalização”, destaca a juíza sobre a proteção das vítimas.
A magistrada Regiane dos Santos destaca que o espaço em rede nacional de televisão deve colaborar na conscientização sobre o assunto e reavaliação da cultura do assédio no país. "Melhorar o combate à cultura do assédio é uma questão cultural, e a educação é o fator preponderante para a transformação da realidade”, finalizou Santos.
Influencer por seu ofício no Instagram, Sérgio escolheu utilizar como codinome, a palavra em inglês ‘’type’’ - que significa digitar. Nas redes, o nome completo Sérgio Henrique de Oliveira passa despercebido, já que por lá, ele é apenas sergiotype - nome que faz jus a sua paixão por máquinas de escrever.
Iniciou-se quando ainda era pequeno, e a partir disso, teve o primeiro contato com uma Olivetti Lexikon 80, pois seu pai, vez ou outra, o levava junto ao trabalho e lá havia este modelo. Aos 55 anos de idade, possui mais de 30 modelos em sua coleção. Apesar de manifestar-se apegado a cada uma, também faz o serviço de restaurar e vender por meio de seu perfil. Os valores variam bastante, as mais em conta começam em R$700,00 e podem atingir R$1.000,00 – R$1.500,00.
Embora tenha um vasto acervo em casa, sempre está em busca por novas unidades, desde que estejam com a parte mecânica com um bom funcionamento, pois sempre que obtém uma nova, tem como objetivo usá-la. Movido pelo fascínio do objeto, em 2015, começou a pesquisar quais máquinas seus autores prediletos utilizavam. Descobriu que Hemingway usou por muito tempo uma no modelo Royal Portable, Clarice Lispector escrevia com o auxílio de uma Underwood portátil e Paul Auster junto de sua Olympia SM9 Deluxe eram inseparáveis – tanto que ela foi sua ‘’musa’’ inspiração para um livro.



Sérgio é um fenômeno em seu ramo, tanto que chamou a atenção do rapper Emicida, que se interessou em adquirir um aparelho, mas com a condição de ter letra cursiva inclusa e foi presenteado com uma Hermes Baby. O modelo recebeu uma customização personalizada na cor amarelo – nome homônimo ao seu álbum de estúdio mais recente, além disso foram utilizados desenhos feitos em grafite por uma amiga do vendedor com o intuito de adequar o produto de forma a refletir a identidade do cantor.
Destaca que a procura das pessoas mais jovens por máquinas de escrever atualmente, se dá pelo fato de que na série da Netflix ‘’Wandinha’’ – que narra a história de uma das integrantes da Família Addams, a personagem aparecer em algumas das cenas teclando em uma Triumph Gabriele 35 vintage.

Todavia, ressalta que não é todo equipamento que permite conserto. Alguns por não serem cuidados da forma correta, acabam acumulando poeira, enferrujam ou estão com peças em falta. Há 30 anos que atua como redator na cidade de São Paulo. Trabalha em uma empresa de telecomunicação (Claro), além de administrar uma rede social que conta com mais de 4.000 seguidores.