Entenda como a privatização do transporte público influencia na sua segurança
por
Amanda Campos
Gabriela Blanco
Lorena Basilia
Manuela Schenk
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10/06/2025 - 12h

Após o trágico acidente na linha 5-lilás que matou um homem de 35 anos, o assunto segurança no transporte público vem sendo amplamente discutido, principalmente quando se fala das vias privadas. A reportagem a seguir fala sobre a falta de segurança na mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Em entrevista à AGEMT, o especialista Igor Bonifácio responde algumas das perguntas mais recorrentes sobre o assunto. Assista. 

 

 

 

Casos de violência escolar evidenciam problemas estruturais que demandam políticas públicas urgentes
por
Eduarda Amaral
Emily de Matos
Luis Henrique Oliveira
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10/06/2025 - 12h

Em abril deste ano, uma aluna bolsista no Colégio Presbiteriano Mackenzie (CPM) foi encontrada desacordada no banheiro, após tentativa de suicídio e levada às pressas para o hospital Santa Casa de Misericórdia, no qual ficou internada durante três dias. Segundo a advogada da família, a jovem era alvo de bullying entre os colegas e comumente ouvia xingamentos como “cigarrinho queimado” e “preta lésbica”, além da frase “volta para a África”.

De acordo com a mãe da adolescente, o instituto de ensino já havia sido contactado duas vezes antes do episódio, sem que medidas concretas fossem tomadas. “Ela já vinha relatando casos de racismo dentro da escola desde maio de 2024. Ela chegava em casa chorando, dizia que não tinha amigos e era excluída. Quando a avó ia buscá-la, os outros alunos tiravam sarro dela, com xingamentos racistas”, relatou para o UOL

Em nota, o colégio informou que “está apurando cuidadosamente as circunstâncias do ocorrido, com seriedade e zelo, ouvindo todos os envolvidos no tempo e nas condições adequadas, inclusive a aluna, assim que estiver pronta para se manifestar no ambiente pedagógico”.

O caso infelizmente não é isolado e, hoje, o Brasil conta com mais de 280 mil registros de injúria racial, sendo 318 desses processos envolvendo crianças e adolescentes, conforme dados oficiais levantados pelo Escavador durante os anos de 2022 e 2025. Além disso, foram classificados 175 processos como “Bullying, Violência e Discriminação” no campo de Direito à Educação.

Colégio Mackenzie Higienópolis
Colégio Presbiteriano Mackenzie Higienópolis Foto: Reprodução/Folha deS.Paulo

O ensino privado tem como foco priorizar qualidade educacional, mas muitas instituições negligenciam a construção de relações inclusivas. Para Lanna Cristine, licencianda em linguagem pela Faculdade SESI-SP de Educação, em entrevista à AGEMT, a verdadeira qualidade educacional emerge de ambientes que acolhem todos os estudantes, independente de quem for. Ela observa que muitos estagiários sem formação específica em inclusão tentam integrar alunos ao espaço escolar, mas, na verdade, “é o espaço que precisa ser incluído para o estudante”, pontua Cristine, enfatizando a importância de estruturas institucionais receptivas. “Um espaço que promove acolhimento para o estudante vai promover, consequentemente, a aprendizagem”, conclui.

O problema não se limita apenas às instituições privadas, casos de discriminação são comumente vivenciados em escolas públicas. A última ocorrência que ganhou destaque na mídia situou-se em uma escola pública de Luziânia (GO), quando uma aluna em tratamento de câncer virou alvo de bullying na sala de aula por duas colegas. Os xingamentos – que iam desde o jeito de andar até o cabelo, que estava crescendo após a quimioterapia – afetaram o psicológico da jovem, que, segundo a irmã, “não está conseguindo dormir, não quer mais ir à escola, se sente triste, insegura e muito humilhada”, relatou em entrevista para o Metrópoles.

A Secretaria de Educação do Estado de Goiás (SEDUC-GO) informou em nota que o colégio não havia sido informado pela família da vítima sobre a situação e apenas tomou conhecimento a partir de um vídeo nas redes sociais. Ainda em nota, o órgão estadual disse que acionou o programa “Ouvir e Acolher” para investigar o ocorrido e prestar apoio psicológico para a vítima. 

Dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2019), realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, revelam que 23,0% dos estudantes brasileiros se sentiram humilhados por colegas duas ou mais vezes durante os 30 dias anteriores à pesquisa. O levantamento ouviu 11,8 milhões de estudantes entre 13 a 17 anos, e mostrou a disparidade entre as escolas públicas com 50,7% de alunos e 14,5% nas instituições privadas. Características físicas motivam a maior parte das discriminações, aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%). O cenário reforça a demanda por políticas efetivas de combate à violência escolar.

As denúncias de violência nas escolas brasileiras cresceram 50% em 2023, segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). O Disque 100 recebeu 9.530 denúncias sobre violência em instituições de ensino, superando os registros de 2022. Entre janeiro a setembro de 2023, mais de 50 mil violações de direitos humanos foram reportadas em cenários escolares, crianças e adolescentes representaram 74% dos casos envolvendo grupos vulneráveis em setembro.

Luciano Felipe da Silva, professor na EMEF Hipólito José da Costa, defende que não é apenas o ambiente educacional que precisa mudar e que, muitas vezes, os alunos já chegam com os valores deturpados, reproduzindo o que ouvem em casa. “Frequentemente recebemos responsáveis de estudantes que vem à escola registrar reclamações pelo fato de os professores trabalharem temas fundamentais, que estão no currículo, tais como escravidão e intolerância religiosa”, relatou. 

Para Lanna, é possível mudar a questão da cultura escolar a partir de uma gestão que se baseie em questões humanitárias e sociais dentro das instituições, junto de trabalhos pedagógicos que complementem e trabalhem com os alunos como superar a cultura da violência e da intolerância com o diferente. Ela explica que “toda violência que acontece na sala de aula precisa de uma prática inclusiva que parta não de situações, mas de uma missão humanitária. Além de estudantes, eles [alunos] são pessoas em formação, tanto a vítima quanto o agressor, e precisam ser educados para respeitar as diferenças não só no âmbito educacional, mas na sociedade em si”. 

O combate ao racismo e ao bullying no ambiente escolar exige ação constante e políticas públicas efetivas. Como destaca Luciano, “É um trabalho contínuo, a partir da realidade em que eles vivem. Um cidadão pode levar isso para o local em que está inserido e ser um agente de transformação no território.” Enquanto isso não se torna prioridade em todas as esferas educacionais, estudantes de todas as classes sociais seguem sendo vítimas de uma sociedade que ainda não aprendeu a educar sem excluir.

O cantor porto-riquenho Bad Bunny conquistou sucesso no país por meio de trend no Tiktok
por
Mariane Beraldes
Thainá Brito
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10/06/2025 - 12h

Artistas latinos dominam as paradas mundialmente, mas no Brasil, a presença só cresce impulsionada por trends no TikTok. Bad Bunny e a capa de seu novo álbum "Debí Tirar Más Fotos" confirma isso. Sua música viralizou na plataforma com a produção de memes e vídeos curtos em Janeiro de 2025. "DTMF", uma de suas músicas que ficou famosa, finalmente fez o artista aparecer entre as mais ouvidas no Spotify Brasil, um cenário marcado pela forte presença do funk e sertanejo. 

Rafael Silva Noleto, antropólogo, cantor e compositor, além de professor adjunto da Universidade Federal de Pelotas, em entrevista à AGEMT, explica o porquê do Brasil, mesmo tão próximo geograficamente, não ter costume de ouvir música hispânica. Apesar dos sinais de mudanças no país, ainda há resistência por parte do público brasileiro em consumir músicas em espanhol.

Circo de rua no Ceará leva alegria e risadas em quatro rodas
por
Juliana Bertini de Paula
Maria Eduarda Cepeda
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09/06/2025 - 12h

Em 2019, Henrique Rosa e Amanda Santos, um casal de artistas no Ceará, voltavam depois de mais um expediente de espetáculos que faziam como palhaços no Parque Aquático de Aquiraz, quando uma ideia, misturada com um sonho, dá origem a um projeto: um circo itinerante em um fusca. Na entrevista, conhecemos mais sobre a história do projeto e seu trabalho pelas ruas do Ceará. 

 

Entenda como as redes sociais podem afetar o desenvolvimento psicológico dos jovens
por
Julia Naspolini
Liz Ortiz
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09/06/2025 - 12h

Recentemente, as redes sociais foram tomadas por uma “treta teen”. Por dois dias o grande assunto entre adultos e adolescentes foi uma briga envolvendo um grupo de meninas tiktokers. Liz Macedo, Antonella Braga, Júlia Pimentel e Duda Guerra, jovens na faixa de 15, 16 anos, que somam milhões de seguidores nas redes e tiveram um desentendimento envolvendo os namorados, levando a discussão para internet ao gravarem pronunciamentos de suas versões.

Pelo grande número de seguidores, a história viralizou, levando a rede a se dividir em lados na briga e fazendo com que as meninas recebessem muitos comentários de ódio. Toda essa polêmica fez muitos pais se preocuparem com essa superexposição digital que os jovens presenciam. É inegável que as redes sociais têm se expandido cada vez mais entre o público juvenil - tanto no consumo do conteúdo, quanto na produção dele. No mundo de hiperconexão é difícil impedir que as crianças tenham contato com a internet, mas é necessário que haja algum controle, ou no mínimo uma orientação parental do que os filhos estão consumindo ou produzindo.

Foto de Duda Guerra, Julia Pimentel, Liz Macedo e Antonella Braga
Duda Guerra, Julia Pimentel, Liz Macedo e Antonella Braga
Foto:Reprodução Instagram

Crescer já é, por si só, um processo delicado. Agora, crescer lidando com uma plateia invisível que pode curtir, compartilhar e criticar suas ações, leva a vulnerabilidade da adolescência a um novo nível.  A internet é uma terra de ninguém, onde há muita desinformação e muitas pessoas escondidas no anonimato que não possuem filtro algum para xingamentos. 

Antes das redes sociais,  cada um era exposto a uma quantidade pequena de pessoas. Hoje, com a vida online tudo que é postado de forma pública, pode ser acessado e comentado por qualquer um. Durante a fase de desenvolvimento em que o cérebro busca constante aprovação, essa superexposição pode ser  extremamente prejudicial à saúde mental, podendo levar o adolescente a desenvolver transtornos como a ansiedade e a depressão.

Além das plataformas digitais reforçarem uma autoimagem baseada na aprovação externa, onde os jovens buscam validação através de curtidas e comentários, elas também fazem com que eles consumam as postagens de outras pessoas que podem gerar constantes comparações com padrões irreais de beleza, sucesso e felicidade. 

A psicóloga Bruna Marchi Moraes, formada pela Faculdade São Francisco, em entrevista à AGEMT, comenta sobre a diferença entre o uso saudável da internet e de um uso prejudicial. Para Bruna, "o uso saudável é aquele que é intencional, equilibrado e supervisionado — contribui para aprendizado, lazer e socialização, sem substituir as experiências offline. Já o uso prejudicial envolve excesso de tempo de tela, isolamento, consumo passivo de conteúdo, dependência emocional das redes e prejuízo nas atividades do cotidiano como sono, escola e convívio familiar".

A autoestima não é o único aspecto abalado pela exposição em excesso às redes sociais, ela pode afetar também a forma que o adolescente se relaciona com os outros, gerar mudanças bruscas de humor, isolamento, queda no rendimento escolar, desinteresse em atividades que antes eram prazerosas e irritabilidade. Bruna ainda alerta que “estudos apontam correlações entre uso excessivo de telas desde cedo e sintomas de ansiedade, depressão e dificuldades de atenção. A hiperestimulação digital pode afetar o funcionamento do cérebro em desenvolvimento, especialmente em crianças com predisposições genéticas ou ambientais para esses transtornos.”

Para evitar que uma ferramenta valiosa como a internet se transforme em algo negativo, ela defende que o papel dos pais, é  de orientar, supervisionar e modelar o uso responsável da internet. Limites saudáveis envolvem horários pré-estabelecidos, escolha de conteúdos adequados, conversas abertas sobre os riscos e incentivo a atividades offline. Mais do que proibir, é importante ensinar o uso consciente e equilibrado.

Um recado de Bruna aos adolescentes, “Gostaria que soubessem que a internet pode ser uma ferramenta incrível, mas também pode influenciar seus pensamentos, emoções e autoestima de maneira sutil e profunda. Que não precisam se comparar com os outros o tempo todo, e que os momentos desconectados também são essenciais para se conhecer, descansar e crescer com mais equilíbrio”.

A mostra reúne obras de presos políticos, projeto realizado pelo coletivo “Mulheres Possíveis” e acervo de resistência LGBT durante a Ditadura Militar
por
Ana Julia Bertolaccini
Raissa Santos Cerqueira
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28/04/2024 - 12h

“Toda obra de arte precisa ser exposta, principalmente sobre um período tão sombrio da nossa história, tão triste, tão horroroso e que a gente não pode deixar de falar sobre", afirma Alberto Iszlaji Júnior, professor de história graduado pela PUC-SP durante visita à exposição “Sol Fulgurante: Arquivos de Vida e Resistência”. A parceria da Pinacoteca com o Memorial da Resistência reúne obras feitas por presos políticos durante o golpe militar que partem da Coleção Alípio Freire, doada ao Memorial em 2023, e ficará em cartaz até 18 de agosto na Pina Estação, com entrada gratuita aos sábados.

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(Obra “Fantasmas da Esperança” de Marcela Cantuária - 2018/Foto: Ana Julia Bertolaccini)

“Sempre que eu trago os alunos aqui (no Memorial), o objetivo é que eles reflitam sobre a luta pela liberdade e pelo estado democrático de direito que temos hoje”, afirma, em entrevista à AGEMT, Ronaldo Silva, professor de história e filosofia que levou seus alunos para uma visita ao local.

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(Entrada da Exposição/Foto: Ana Julia Bertolaccini)

A exposição se divide em três partes, sendo a primeira delas um conjunto de pinturas, colagens e outros tipos de arte, produzidas em presídios da cidade de São Paulo nos anos 1970, como Carandiru, Tiradentes e o Presídio Militar Romão Gomes (Barro Branco). A segunda seção, parte de um projeto artístico realizado pelo coletivo “Mulheres Possíveis”, concluído em 2019, composto por desenhos e cartas descritivas desenvolvidas por mulheres em situação de cárcere na Penitenciária Feminina da Capital.

A última parte é destinada ao Acervo Bajubá, com arquivos que registram as memórias de resistência da comunidade LGBT+ durante o período militar. “A gente não pode esquecer que entre os anos 1960 e os anos 1970, a liberdade dos corpos era muito latente, lá fora principalmente, e essas influências entravam aqui (no Brasil) apesar da ditadura, então tinha muita resistência.”, afirma Alberto.

Muitas das obras são da autoria do jornalista Alípio Freire (In Memorian), preso político encarcerado e torturado no presídio Tiradentes, e tem destinatários identificados, pois eram enviadas como cartas para parentes, amigos e conhecidos. O jornalista, escritor e artista plástico detido pelo regime militar aos 23 anos, passou cinco anos prisioneiro devido ao seu envolvimento com a militância contra a ditadura. “O Brasil nessa época tinha uma Lei de Segurança Nacional que prendia elementos subversivos e aí a definição de elemento subversivo era qualquer coisa.” Explica Alberto à AGEMT.

“Uma pessoa que estivesse andando na rua e fizesse alguma crítica a um militar poderia ser presa como elemento subversivo, assim como algum membro da luta armada.” Adiciona o professor. Alípio e todos os presos políticos detidos pelos militares entre 64 e 85 eram considerados elementos subversivos ao regime. 
“Na minha opinião, acho que a arte é uma forma de você resistir a alguma coisa, geralmente. E o estar preso naquelas condições, daquela forma é muito difícil você resistir, então encontrar na arte algum lugar pra resistência é fundamental.” Afirma Alberto.

Todas as obras expostas pela Pinacoteca foram produzidas por presos políticos encarcerados em diversos presídios de São Paulo, algumas das obras também foram produzidas por presos ainda no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social). As produções se divergem entre pinturas explícitas que fazem referências claras à ditadura e pinturas mais poéticas que passam uma mensagem mais simbólica e menos explícita. “Pode ser tanto um recado que você está dando para o seu torturador mesmo que seja de forma não tão explícita assim porque você também não quer que isso seja algum tipo tipo de censura, seja atrapalhado de alguma forma; ou pode ser pura e simplesmente expressão de uma pessoa que está presa durante a ditadura”, opina o professor. 

O projeto artístico desenvolvido pelo coletivo “Mulheres Possíveis” traz a discussão sobre o sistema carcerário atual brasileiro e sua relação com o passado opressor e violento dos anos de chumbo. Para Alberto: “Boa parte da situação carcerária que a gente tem hoje, falando de problemas, falando sobre crime organizado principalmente, vem da ditadura. É um resquício dela” e, acrescenta: "o que a gente vê hoje da situação carcerária, da pessoa ser presa tendo um delito pequeno e entrando no sistema carcerário, não conseguir mais deixá-lo, de alguma forma é também um resquício disso.” completa. 

“O Brasil não olha para sua população carcerária de forma adequada, o Brasil teme, e parece que é um temor de discutir o assunto, é como se estivesse ‘defendendo bandido’ quando na verdade não". A área da exposição reservada à memória das resistências LGBT+ durante o período conta com revistas e jornais produzidos com foco na comunidade, usando principalmente capas do jornal “O Lampião da Esquina”, que foi o primeiro jornal de circulação nacional feito “por” e “para” homossexuais. Ele circulou entre abril de 1978 e julho de 1981 surgindo dentro do contexto de imprensa alternativa da época. Os itens foram reunidos pelo acervo Bajubá, um projeto comunitário que se dedica ao registro de memórias das comunidades LGBT+ brasileiras. Eles também reúnem  uma coleção de itens que registram a diversidade sexual e a pluralidade de expressões e identidades de gênero no Brasil. O Bajubá colabora com exposições, capacitações e projetos de produção, mediação e circulação de narrativas sobre as histórias de pessoas LGBT+ no território nacional.

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(Jornais que pertencem ao Acervo Bajubá/Foto: Ana Julia Bertolaccini)

 

Pinturas, Esculturas, Cerâmica e outros segmentos artísticos compõem Feira que acontece aos domingos em frente ao Parque Trianon
por
Ana Julia Bertolaccini
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26/04/2024 - 12h

A Feira de Arte, Artesanato e Cultura acontece todo domingo das 09:00 às 17:00 na Avenida Paulista, em frente ao Parque Siqueira Campos, conhecido como Parque Trianon. Cerca de 126 expositores se dividem entre as Artes Plásticas, o Artesanato, a Gastronomia e a Floricultura.

 

Os artistas e artesãos que apresentam, vendem e produzem seus trabalhos não se limitam ao local da feira. Composições feitas de crochê, acrílico, material reciclável e muitos outros elementos podem ser encontradas ao longo da Avenida, nas calçadas e na rua, que é restrita para a circulação de automóveis aos domingos das 09:00 às 16:00.

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(Santinhos de cerâmica sendo esculpidos pelas mãos de uma artesã/foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Esculturas de cerâmica finalizadas e expostas na Avenida Paulista/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Neide e suas esculturas e itens feitos em acrílico, expostos na feira do Trianon/ Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Cláudia e sua barraca de artesanato sustentável, feito com garrafas pet, cápsulas de café e latas de alumínio/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Item de decoração feito de garrafa pet e lacre de latinha/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Everson na produção de suas esculturas feitas com Fibra de Vidro/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Esculturas de Girafas feitas com fibra de vidro/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Pinturas sobre tela expostas na Avenida/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Xohã, Artista Indígena Pataxó/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Arte indígena exposta na Avenida Paulista/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Feira de antiguidades do Masp/Foto: Ana Julia Bertolaccini)
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(Zilda e seus bonecos feitos de crochê/Foto: Ana Julia Bertolaccini)

 

Em exibição até o final de abril, a exposição aborda a construção do samba brasileiro a partir da resistência negra
por
Mohara Ogando Cherubin
Julia da Justa Berkovitz
Giulia Fontes Dadamo
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16/04/2024 - 12h

Com acervo de 380 itens, o Instituto Moreira Salles (IMS) conta a história da comunidade de negros, ciganos e imigrantes judeus e italianos que se alojaram na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Conheça na exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou" (até 21 de abril de 2024) como esse grupo foi importante para a formação da cultura, a música e a diversidade religiosa brasileira como conhecemos hoje. 

“Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou" celebra a criação do samba para além do significado de apenas um ritmo musical, ela resgata suas origens, significados e principais figuras. Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e Cartola e as Tias são apenas alguns dos personagens que são evidenciados na amostra.  Além disso, o surgimento das escolas de samba nos subúrbios cariocas é ressignificado como uma forma de luta por direitos e cidadania.

Saiba mais sobre a exposição por meio do link

A atriz contou sobre sua preparação para a protagonista no filme ‘’Domingo À Noite’’, com estreia marcada para esta quinta-feira (04)
por
Giovanna Montanhan
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03/04/2024 - 12h

O drama “Domingo À Noite” narra a história do casal formado por Margot (Marieta Severo) e Antônio (Zé Carlos Machado), uma atriz renomada e um escritor famoso, portador de Alzheimer avançado. Durante a pré-estreia que aconteceu na terça-feira (26), Marieta Severo, em entrevista para a AGEMT, revelou como se encontrou dentro do papel: “Busquei enxergar o personagem, enxergar a ficção fora da minha vida”.

O longa começa quando Margot descobre que, além do marido, ela também é portadora de Alzheimer, enfrentando uma batalha contra a própria sanidade e a família. Com roteiro de Bruno Gonzalez e direção de André Bushatsky, o filme também conta com Natália Lage, Johnnas Oliva, Hugo Bonemer, Karen Coelho, Bárbara Santos e Isio Ghelman no elenco. 

Por sua atuação em Domingo À Noite, Marieta recebeu o prêmio na categoria de Melhor Atriz no Madrid Film Awards, em 2023. O cineasta André Bushatsky revelou, também em entrevista, que a inspiração do longa veio do filme norte-americano ‘Álbum de Família’ (2013).

A protagonista contou sobre a experiência de encarnar a própria profissão dentro das telas, ”O fato dela [Margot] ser uma atriz, é claro que é mais próximo a mim. Mas eu tentei fazer essa mulher, esse ser humano, com todas as características dela, com todas as vivências, com todas as emoções, com coisas que são pertinentes à vida dela”.

A dualidade da personagem, segundo ela, veio de ’’construir essa Margot, essa mulher específica, [...], ela é também uma atriz, com as características dela, com os problemas dela, com o que ela está enfrentando, com a vida dela, é esse ser humano específico. E é atrás disso que eu vou”.

Aproveitando a deixa de sua resposta, Marieta, quando perguntada sobre a fusão entre si e a personagem, confessou que não tentou trazer a personagem para perto em momento algum. 

“Eu não me baseei em ninguém, mas me baseei nela [Margot]. Em todos os elementos, você fica realmente ‘catando’, ‘cavucando’ como um minerador em uma gruta tentando buscar o ouro. É o que a gente fica fazendo’’, disse Marieta, sobre as inspirações para o papel, e complementou: “Buscar meu ouro em cada palavra que eu tenho ali (...) eu gosto das palavras, eu me alimento das palavras, eu vivo das palavras’’.

Marieta finalizou a entrevista afirmando que o roteiro é o seu norte, e que destrincha as palavras e seus significados no texto, com o intuito de angariar o máximo de bagagem que conseguir para, então, moldar não só esse trabalho, mas todos os outros que já fez.

Inaugurada em 23 de março, a exposição traz fotografias e cenas dos principais filmes do cineasta
por
Julia Barbosa
Maria Clara Magalhães
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26/03/2024 - 12h

Em cartaz de 23 de março a 28 de julho e com entrada gratuita, a exposição "Que País é este? A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira" ocupa o 6° andar do Instituto Moreira Sales, localizado na Avenida Paulista. A mostra conta com alguns de seus principais longa metragens, reportagens para tevês alemãs e sua produção fotográfica. Grande parte da mostra reúne produções pouco conhecidas, seja por conta da censura, falta de financiamento ou circuito reduzido de exibição dedicado ao cinema ativista. Confira!