No dia 6 de novembro, o treinador atual campeão da Libertadores pelo Fluminense, Fernando Diniz, realizou sua última convocação da seleção brasileira. A última Data FIFA não foi boa para o Brasil tanto em resultados quanto em desempenho, isto porque a equipe empatou contra a Venezuela por 1 a 1, em casa, e perdeu para o Uruguai, em Montevidéu, pelo placar de 2 a 0 sem acertar uma finalização no gol adversário. Comparada a lista anterior, foram nove novidades nesta convocação.
“O que mais me motiva é poder disputar um clássico dessa envergadura, um dos maiores do mundo”, disse o treinador na coletiva de imprensa. O clássico que Diniz citou, trata-se de um Brasil e Argentina, o segundo jogo desta Data FIFA que será disputado em território nacional, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O primeiro jogo será contra a Colômbia, fora de casa, na cidade de Barranquilla, no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez.

Segue a lista do treinador Fernando Diniz para esta Data FIFA::
Goleiros:
Alisson (Liverpool - ING)
Ederson (Manchester City - ING)*
Lucas Perri (Botafogo - BRA)
Zagueiros:
Bremer (Juventus - ITA)
Gabriel Magalhães (Arsenal - ING)
Marquinhos (Paris Saint Germain - FRA)
Nino (Fluminense - BRA)
Laterais:
Carlos Augusto (Inter de Milão - ITA)
Emerson Royal (Tottenham Hotspurs - ING)
Renan Lodi (Olympique de Marselha)
Meio-campistas:
André (Fluminense - BRA)
Bruno Guimarães (Newcastle United - ING)
Douglas Luiz (Aston Villa - ING)
Joeliton (Newcastle United - ING)
Raphael Veiga (Palmeiras - BRA)
Rodrygo (Real Madrid - ESP)
Atacantes:
Endrick (Palmeiras - ESP)
Gabriel Jesus (Arsenal - ING)
Gabriel Martinelli (Arsenal - ING)
João Pedro (Brighton and Hove Albion - ING)
Paulinho (Atlético Mineiro - BRA)
Pepê (Porto - POR)
Raphinha (Barcelona - ESP)
Vinícius Júnior (Real Madrid - ESP)
Ederson, goleiro do Manchester City, foi desconvocado devido a um trauma sofrido no pé esquerdo em jogo pelo clube. Bento, do Athletico Paranaense, foi chamado por Fernando Diniz em seu lugar.
Ausências de Neymar e Richarlison, mas a lapidação do Endrick
O principal jogador do Brasil, Neymar, não foi convocado devido uma lesão sofrida no joelho jogando pela própria seleção brasileira, contra o Uruguai na última Data FIFA. Desde o ocorrido, a volta do camisa 10 está prevista apenas para o segundo semestre de 2024. Richarlison, atleta do Tottenham Hotspurs, também ficou de fora da lista, mas por opção do próprio Diniz. De acordo com o treinador, o atacante disputa a vaga com outros grandes jogadores, e que neste momento, sentiu que estes entregarão melhor performance nas próximas duas partidas.

A grande novidade da lista de Fernando Diniz foi um atleta de apenas 17 anos: Endrick. A jóia palmeirense já comprada pelo Real Madrid, da Espanha, se tornou o terceiro jogador mais novo a estar presente em uma convocação da seleção brasileira. O atacante superou Ronaldo “Fenômeno”, que foi chamado pela primeira vez em 1993 com 17 anos e 8 meses. Endrick tem apenas 17 anos e 3 meses e se junta a Pelé e Edu na lista de mais jovens a serem convocados pelo Brasil.
Nascido em Reggiolo no Norte da Itália em 1959, Carlo Michelangelo Ancelotti, apelidado como o “Don Carlo” é um dos técnicos de futebol mais conhecidos do mundo. Atualmente treinador do Real Madrid, Ancelotti é um dos mais vitoriosos da história do esporte.

Carlo Ancelotti ao conquistar a UEFA Champions League em 2014 (Foto: Real Madrid CF)
Antes de treinar grandes jogadores, Carlo se acostumou a conviver com eles desde seu período como jogador, onde foi treinado por Arrigo Sacchi em um AC Milan muito vitorioso, e desde esta época o italiano se mostrava um grande tranquilizador de vestiário. Após sua aposentadoria dos gramados, o mesmo Sacchi lhe daria uma nova oportunidade na área técnica, onde começaria como seu auxiliar na seleção italiana na Copa de 1994.
https://www.youtube.com/watch?v=6OqBwJrzLis
Pós-mundial, iniciaria de fato sua carreira como treinador no pequeno time italiano Reggiana, equipe da região onde foi criado e havia acabado de ser rebaixado para a segunda divisão do campeonato italiano. Era seu primeiro desafio como treinador e ali começou a moldar sua maneira de liderar, valorizando sempre um bom relacionamento com seus atletas, balanceando com sua figura de autoridade. Sua primeira temporada como treinador se iniciou conturbada (com sete derrotas nos sete primeiros jogos), mas após se encontrar em sintonia com o elenco, foi possível uma volta por cima e o acesso a primeira divisão.
Após o sucesso em sua primeira temporada na Reggiana, Carlo passaria pelas equipes Parma e Juventus sem muito destaque, mas onde obteve importantes aprendizados que moldaram seu estilo de jogo e de tratamento com os atletas, começando a valorizar as individualidades e que deveria se adaptar ao material que tem para se chegar as conquistas.

E é após essas passagens que Ancelotti retorna a sua “família”, chegaria para ser treinador do AC Milan, onde foi multicampeão como jogador e chegaria para comandar a equipe por oito temporadas. Dentre seus primeiros anos, se deparou com “problemas”, lidando com os egos inflados das estrelas e com as competições internas pelas vagas de titular, mas de acordo com o mesmo, era fácil comandar aqueles excelentes jogadores, pois todos eram excelentes. Em seu terceiro ano comandando a equipe, foi vencedor de sua primeira Champions League como treinador, administrando as emoções e sendo muito querido dentre seu elenco.
Dois anos depois, Don Carlo chegaria a sua segunda final da competição europeia, a segunda com sua família. Tudo parecia um sonho quando sua equipe abriu vantagem de 3 gols frente ao time o Liverpool ainda na primeira etapa, porém tudo desmoronou após o intervalo. O adversário empatou a partida e venceu o campeonato nas penalidades máximas, Carlo amargaria um dos vices mais doloridos da história.

Em sua longa passagem pelo Milan, o treinador conquistou 8 títulos. Duas temporadas após o famoso milagre em Istambul, Ancelotti conquistaria seu segundo troféu da liga dos campeões em cima do mesmo indigesto time inglês que ganhara a competição em 2004-05. Após todos esses anos de conquistas e boa relação com o clube, sua passagem pelos Rossoneri chega ao fim com um saldo mais do que positivo para Carlo que era extremamente querido pelos jogadores e pela direção do Milan, sua saída foi tratada como um novo desafio para ambas as partes. Ao todo, Ancelotti comandou a equipe italiana em 417 jogos, com 237 vitórias, 99 empates, e 81 derrotas.

Na temporada de 2009/10, Ancelotti deixa o Milan e chega ao Chelsea. Logo em sua primeira temporada na Inglaterra, o treinador conquistou três títulos: a Premier League, a Copa da Inglaterra, e a Supercopa da Inglaterra. Além de toda sua capacidade técnica indiscutível, o fato do técnico ser fluente em inglês ajudou muito em sua contratação.
‘’Uma vez, antes do jogo, Ancelotti chegou em frente a uma mesa tática e perguntou aos jogadores como deveria ser o modelo de jogo. Treinadores muitas vezes têm medo de dar tanta responsabilidade aos jogadores, mas quando o jogo começa, a influência do técnico num estádio cheio é pequena. Não dá para passar informação. Os jogadores precisam tomar decisões em frações de segundos’’ — Paul Clement, auxiliar de Ancelotti no Chelsea
Mesmo com o ótimo ano do Chelsea, a perda da Liga dos Campeões para Mourinho não foi bem digerida por Abramovich, que começava a tecer críticas internas a Ancelotti, o presidente e o treinador não possuíam boa relação e contrastavam bastante. Após a eliminação da liga dos campeões para o United, já estava dada como certa a demissão do técnico italiano no clube inglês.
‘’No último jogo do ano, fomos superados pelo Everton por 1 a 0. Ouvi dizer que o CEO do clube estava indo para casa quando recebeu um telefonema dizendo: 'Dê meia-volta e diga a Carlo que ele está demitido'. Ao menos pude despedir-me dos jogadores. Naquela noite, os jogadores mais experientes — Didier Drogba, John Terry, Frank Lampard e os demais — levaram-me para jantar e beber alguma coisa. Nunca havia presenciado aquilo em minha carreira. Acho que gostavam de mim.’’
— Carlo Ancelotti, no livro Liderança Tranquila

Carlo Ancelotti se tornou o único treinador a conquistar, ao menos uma vez, os títulos nacionais das cinco principais ligas da Europa. Um deles veio com o Paris Saint-Germain na temporada 2012-13. No entanto, o clima na França nem sempre foi tranquilo. O treinador se entusiasmou com o projeto do poderoso time frances, cujo principal objetivo até hoje é a conquista da Liga dos Campeões, porém no seu segundo ano de PSG, os dirigentes não pareciam estar muito contentes com o italiano, que chegou a sofrer ameaças de demissão ao longo da temporada. Ancelotti se sentiu pressionado demais por resultados o que impossibilitava o crescimento do time a médio longo prazo, foi ai que se deu conta que a direção não confiava em seu projeto e decidiu que sairia do clube em março de 2013, sempre deixando boas relações com seus jogadores.

Agora em 2014, Carlo aceitaria a proposta de um novo e empolgante desafio: o Real Madrid. Logo em sua primeira temporada, atingiria o Santo Graal com a equipe, a Champions League pela terceira vez, quebrando um jejum de mais de dez anos do time espanhol.
Mas a primeira passagem de Carlo com o Madrid chegaria ao fim pouco após a conquista, logo em sua segunda temporada após sofrer com lesões foi demitido. Como o mesmo define “Não é nada pessoal, são só negócios”, e foi inspirado em “O poderoso chefão” que Carlo define sua relação com o presidente histórico do clube espanhol Florentino Perez, que desde o começo se mostrou admirado por seu estilo apaziguador, mas também sabia que o mesmo Florentino havia conduzido a contratação (e em especial, a demissão) dos últimos nove treinadores, com Ancelotti a história não foi diferente, dada as declarações do presidente, o Real Madrid não era um lugar para fincar raízes
Apesar do excentrico presidente, a relação de Carlo com os jogadores como sempre foi muito boa, sendo a equipe com mais qualidade que já treinou. Se adaptando aos jogadores em mãos, acomodou a maioria em um esquema e como o próprio disse “Com esse time não preciso de muita tatica. Quero marcar gols com estes jogadores”.
https://youtu.be/P5Plct1xzZs?si=UhYLiOCylMjbwd5P

Carlo Ancelotti foi um dos técnicos mais vitoriosos de seu tempo e ainda assim não criou rivalidades notórias, pelo contrario, gerava e gera até hoje a admiração de seus adversários. Sir Alex Ferguson, lendário ex-técnico do Manchester United, lamenta que o italiano nunca tenha treinado seu ex-time.
Carlo costumava sair para jantar e tomar um bom vinho contra seus adversários em noites que antecediam jogos de Champions League, fazendo assim bons “amigos”.

Com um jeito peculiar de liderar, entendendo e buscando humanamente chegar a um acordo com seus comandados, Carlo ensina lições de humildade, confiança, lealdade, conciliação e acima de tudo: liderança. O italiano mostra com resultados e desempenho que é mais do que possível ser um bom treinador abdicando da posição de general.
Resultados da “Liderança Tranquila”
Liga dos Campeões: 2003 e 2007 (Milan), 2014 e 2022 (Real Madrid)
Mundial de Clubes: 2007 (Milan), 2014 e 2022 (Real Madrid)
Premier League: 2009/2010 (Chelsea)
Campeonato Espanhol: 2021/2022 (Real Madrid)
Bundesliga: 2016/2017 (Bayern de Munique)
Campeonato Italiano: 2003/2004 (Milan)
Campeonato Francês: 2012/2013 (PSG)
Supercopa da Uefa: 2003 e 2007 (Milan), 2014 e 2022 (Real Madrid)
Copa da Inglaterra: 2009/2010 (Chelsea)
Copa da Itália: 2002/2003 (Milan)
Copa do Rei: 2013/2014 e 2022/2023 (Real Madrid)
Supercopa da Inglaterra: 2009 (Chelsea)
Supercopa da Itália: 2004 (Milan)
Supercopa da Espanha: 2021/2022 (Real Madrid)
Supercopa da Alemanha: 2016 e 2017 (Bayern de Munique)
Duílio faz parte de uma família tradicional na história do time alvinegro. Orlando Monteiro Alves, seu avô, foi diretor de futebol do Corinthians no histórico ano de 1977, quando o clube superou a escassez de quase 23 anos sem títulos expressivos e venceu o Campeonato Paulista. Na época do registro, seu pai, Adilson Monteiro Alves, era diretor de futebol do clube e, ao lado de Sócrates, foi precursor de uma gestão inovadora, transparente e democrática.
Quatro décadas mais tarde, Duílio, agora presidente do Sport Clube Corinthians Paulista, permanece sob atenção dos corinthianos, não por herdar o mérito de seu avô e os valores de seu pai, mas por entregar uma gestão de desconfiança. Em junho deste ano, durante o programa “Posse de Bola” do UOL Esportes, o jornalista Juca Kfouri criticou a falta de transparência dos negócios na gestão de Duílio e considerou seus discursos “nebulosos”, agindo na contramão da fidelidade assumida com a torcida pelo o jogador que o acompanha na foto.
Em 1982, São Paulo foi palco do primeiro processo eleitoral desde 64. Com a aproximação da eleição para governador, os jogadores do Corinthians, conscientes do poder do voto na derrubada do Regime Militar, entraram em campo com a frase “DIA 15 VOTE” estampada no uniforme, censurada em seguida pelo órgão fiscalizador do governo. Como nunca antes na história do Futebol Brasileiro, a política ganhou espaço dentro das quatro linhas e atingiu os verdadeiros interessados: os torcedores.
O Bando de Loucos e a imprensa esportiva cobravam resultados. As falhas nos jogos eram associadas à ideia pejorativa de “Anarquia Corinthiana” e justificadas pelo “erro terrível” de juntar dois elementos que se repelem: futebol e política. No documentário “Democracia em Preto e Branco”, Sócrates, face pública da causa, destacou: “Eu não vejo o resultado em campo preservando o movimento. Vejo o movimento fazendo resultado. A força coletiva conseguiu suplantar os obstáculos”. Para além da contribuição política, a nova organização do clube foi sentida nos gramados. Em 1982 e 83, o Corinthians foi campeão do Campeonato Paulista. “Se não ganhasse, a gente não sobrevivia”, afirmou Adilson Monteiro em um trecho do mesmo documentário.
As eleições nos dias de hoje são completamente diferentes. Nos dias atuais, jogadores participam cada vez menos de atos políticos, tanto para o país quanto nas eleições do clube.
André Negão e Augusto Melo dividem os votos no ano de 2023. André Luiz de Oliveira representa a chapa do atual presidente, Duílio Monteiro Alves, a “Renovação e Transparência”. Ocasionando uma rejeição enorme para o candidato, ainda mais por conta de suas falas antigas.
Augusto Melo tem diversas acusações de racismo, tráfico de drogas e gordofobia e mesmo com tudo isso ainda é o favorito para ser o próximo presidente do Sport Club Corinthians Paulista.
Neste ano, o Corinthians contará com o auxílio das urnas do TRE, facilitando a apuração e as deixando mais rápidas. Para a imensa torcida, conhecer seu novo presidente no mesmo dia
Botafogo e Athletico-PR empataram por 1 a 1 em partida que ficou marcada pela falta de luz no Estádio Nilton Santos. O jogo iniciou na noite do último sábado (21), mas após cinco quedas de energia, foi suspenso e retomado sem público apenas às 15h de domingo (22). O placar foi construído ainda no sábado com gols de Tiquinho Soares para o Glorioso e Pablo para o Furacão. Além da falta de iluminação, o jogo ficou, durante quase todo o primeiro tempo, sem VAR, o que gerou grande polêmica em lances decisivos.
A primeira etapa, que durou cerca de uma hora contando os acréscimos dados pela arbitragem, por conta das paradas ocasionadas pela falta de energia no estádio, foi bastante movimentada. O time da casa começou atacando o seu adversário e aos 23 minutos abriu o placar com a cabeçada do artilheiro Tiquinho Soares. O lance foi bastante contestado por parte dos jogadores do time paranaense, mas não pôde ser revisado já que o árbitro de vídeo não estava funcionado. A reclamação dos atletas era sobre um possível empurrão envolvendo o centroavante do Botafogo e o zagueiro Thiago Heleno do Athletico na área, mas a decisão de campo teve que ser mantida.
O fogão não se acomodou com o gol e seguiu em cima. Aos 34 minutos, em jogada bem trabalhada pela linha ofensiva da equipe, o Botafogo teve a oportunidade de ampliar o placar com Victor Sá, mas o chute parou nas mãos do goleiro Bento. O Athletico, mesmo que inferior na partida, soube aproveitar um contra-ataque rápido pelo lado direito e em um cruzamento milimétrico de Cuello para o Pablo, conseguiu empatar a partida. O lance também gerou polêmica, agora pelo lado do time mandante, que reclamou muito de uma possível posição irregular do atacante do furacão.
Mesmo com três paradas por conta da falta de iluminação do Estádio a partida seguiu, porém aos 48 minutos da primeira etapa grande parte dos refletores da arena deixou de funcionar, e os jogadores tiveram que descer antes para os vestiários.
Logo que as equipes retornaram para o segundo tempo, uma nova queda de luz aconteceu, e o árbitro Matheus Delgado Candançan decidiu interromper a partida por 30 minutos. Após observar que a condição se manteve, o jogo foi suspenso.
Após a decisão, os bastidores começaram a pegar fogo. Ambas as equipes pressionaram para que a partida fosse realizada no dia seguinte, o empecilho era o clássico Flamengo e Vasco, que aconteceu às 16h no domingo. Apesar do derby carioca, os times retornaram a campo e o jogo foi retomado sem a presença da torcida. A partida foi reiniciada aos 6 minutos com o goleiro Bento. Em um segundo tempo de poucas oportunidades claras, o empate por 1 a 1 persistiu no placar até o final.

O próximo compromisso do Botafogo será somente no dia 29, às 20h, contra o Cuiabá enquanto o Athlético Paranaense vai a Minas Gerais visitar o América Mineiro na quarta (25), às 19h, pela 29ª rodada do campeonato brasileiro.
Neymar da Silva Santos Júnior. O nome representa uma das grandes personalidades brasileiras do século. O jogador que surgiu como uma grande promessa do futebol no Santos em 2009 construiu uma carreira gigante dentro do esporte. No entanto, os títulos, gols decisivos e excelentes passagens por vários times e na Seleção Brasileira vieram acompanhados de diversas polêmicas extracampo, lesões, decisões questionáveis de carreira e a grande pergunta: o que Neymar poderia ter sido?
É importante destacar todos os grandes feitos de Neymar dentro das quatro linhas: o craque encantou o planeta desde cedo com seus dribles exuberantes, sua inteligência de jogo e sua letalidade ao passar pelos marcadores. Pela equipe do litoral paulista, conquistou títulos importantes, e foi ao Barcelona onde montou uma trinca história com Lionel Messi e Luis Suárez.
Sua decisão de ir para o Paris Saint-Germain em 2017, equipe onde poderia obter mais destaque individual e sair da sombra dos craques da Catalunha, foi extremamente questionada e é o momento em que muitos afirmam que sua carreira começou a decair. Mesmo assim, levou o clube francês à final da Liga dos Campeões da Europa, o torneio de clubes mais importante do mundo, e tornou-se o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira.
Apesar de todos esses feitos, Neymar sempre dividiu opiniões ao redor do país devido a alguns comportamentos tanto como jogador quanto em relação à sua personalidade. O último capítulo foi sua polêmica transferência para o Al Hilal, equipe da Arábia Saudita que vem investindo em craques internacionais no último ano. Grande parte dos brasileiros fãs de futebol argumentam que o craque, com 31 anos de idade, ainda tinha potencial para render em alto nível na Europa e escolheu se acomodar pelo dinheiro.

Neymar como figura pública sempre teve sua vida rodeada de confusões e problemas tanto como jogador como em sua trajetória fora de campo. Brigas com treinadores e juízes, respostas agressivas a críticas, discussões com jornalistas e uma vida pessoal agitada motivaram questionamentos sobre o quanto do potencial do atacante pode ter sido desperdiçado.
É normal que, por ser o maior jogador brasileiro do século e um dos personagens mais midiáticos ao redor do mundo nos últimos anos, todos os relacionamentos, atitudes e falas de Neymar sejam repercutidos nas mídias, até mesmo em seu tempo livre. No entanto, uma das principais críticas é em relação à incapacidade do atleta de lidar com a pressão externa, além de viagens, festas e eventos que muitas vezes parecem ‘jogar contra’ sua carreira no futebol.
Outro ponto importante ao falar de Neymar é a questão das lesões. Desde a época do Santos, o físico foi uma questão de preocupação com a carreira adiante. Ao chegar a Barcelona, ele passou por um processo de ganho de massa e tornou-se um atleta mais forte, mas as contusões nunca abandonaram de vez o brasileiro, que perdeu jogos importantes e até temporadas inteiras e chegou a ser criticado por ‘não se preocupar tanto com a saúde’.

Outra questão que gera controvérsia na carreira do jogador são as Copas do Mundo. Enquanto muitos culpam Neymar por ter fracassado nessa missão, outros defendem que o craque fez o possível mas não conseguiria carregar sozinho o Brasil a um título dessa magnitude.
Em 2010, Neymar já jogava em altíssimo nível no Santos mas acabou não sendo convocado para o Mundial da África do Sul. Em 2014, Neymar vinha sendo o destaque da Seleção disputando a Copa em casa, mas sofreu uma lesão após a joelhada do colombiano Zuñiga nas quartas-de-final e ficou incapacitado de continuar no torneio, que em seguida viu o fatídico 7 a 1 da futura campeã Alemanha. Em 2018, na Rússia, Neymar voltava de uma lesão grave no tornozelo e jogou a Copa relativamente fora de forma, com o Brasil caindo para a Bélgica nas quartas-de-final.
No ano passado, a expectativa era grande para a Copa do Catar. Neymar vinha acompanhado de outras estrelas como Vinicius Júnior e Rodrygo, e o astro fez o gol que decidiria a partida contra a Croácia nas quartas-de-final. No entanto, o Brasil sofreu o gol momentos depois e foi eliminado na disputa por pênaltis sem que Neymar tivesse a chance de bater sua cobrança, em outra decisão que repercutiu negativamente a ele e principalmente ao treinador Tite.
Fato é que Neymar foi um dos grandes jogadores da última geração do futebol. Em termos de talento e habilidade com a bola nos pés, ele está na discussão entre os grandes da história do esporte. Apesar disso, haverá para sempre o questionamento de quais limites poderia ter alcançado o menino que era um dos grandes cotados a ser eleito melhor do mundo várias vezes após a dinastia Messi-Cristiano.