Brasileirão tem hat-trick de Yuri Alberto, pênalti defendido por João Ricardo e demissão de Pepa no Sport
por
Felipe Pjevac
Tamara Ferreira
|
13/05/2025 - 12h

São Paulo 0x0 Fortaleza 

Empate pesa, e Leão do Pici cai para o 17° lugar na tabela

No jogo de abertura da sétima rodada do Brasileirão, realizado no Morumbis na última sexta-feira (02), São Paulo e Fortaleza desperdiçaram as chances que tiveram de marcar e ficaram no 0 a 0 com resultado ruim para ambas as equipes, mas pior para o Fortaleza, que agora ocupa a primeira posição na zona de rebaixamento.

O primeiro tempo foi morno, com o Tricolor paulista sem conseguir impor ritmo ou levar perigo ao time visitante. Por outro lado, o Fortaleza, que precisava da vitória, teve as melhores chances da etapa inicial. A primeira veio aos oito minutos, quando Yago Pikachu roubou a bola no campo de defesa e puxou o contra-ataque. A jogada terminou com Breno Lopes, que ganhou dos marcadores, mas foi bloqueado por Wendell na hora da finalização. Aos 12 minutos, Breno teve outra oportunidade, mas chutou para fora. Ainda no primeiro tempo, Lucero arriscou da entrada da área, mas a bola desviou e saiu pela linha de fundo.

O São Paulo só respondeu aos 25 minutos, com um cabeceio de André que passou à direita do gol. Aos 39, Breno Lopes recuperou a bola no meio de campo, avançou e arriscou de longe, mas Rafael defendeu com tranquilidade. A última chance da etapa foi  em uma cobrança de falta de Alisson que também saiu à direita da meta defendida por João Ricardo.

Jogadores do São Paulo e Fortaleza conversam com o árbitro da partida. Foto: Marcelo Zambrana/AGIF

A segunda etapa começou mais animada. Logo no primeiro minuto, André Silva roubou a bola e tocou para Lucas Ferreira, que com liberdade invadiu a área e finalizou para boa defesa de João Ricardo. Três minutos depois, Ferreirinha inverteu para Ferreira, que cortou para o meio e bateu — novamente o goleiro defendeu.

Aos 15, André Silva girou com categoria e tocou para Ferreirinha, que ganhou da marcação, invadiu a área sozinho e foi derrubado pelo goleiro. O árbitro marcou pênalti na hora. O próprio camisa 11 foi para a cobrança, mas João Ricardo defendeu com tranquilidade. 

Depois do lance, o jogo seguiu morno e a única chance real de gol saiu aos 41 e foi para os visitantes. Deyverson aproveitou um erro da defesa do Tricolor Paulista, recebeu a bola e chutou, mas foi travado por Ruan.

Com o empate, o São Paulo chegou a nove pontos e ocupa o 11° lugar na tabela. Por outro lado, a situação do Fortaleza se complicou: com sete pontos conquistados até aqui, a equipe caiu para a 17ª posição. Na próxima rodada, o Leão do Pici enfrenta o Juventude, no sábado (10), às 16h  (horário de Brasília). Já o Tricolor Paulista volta a campo no domingo (11), às 17h30 (horário de Brasília), contra o Palmeiras.

 

Corinthians 4x2 Internacional 

Com hat-trick do camisa 9, Alvinegro e Colorado protagonizam duelo com direito a oito gols

Na Neo Química Arena, Corinthians e Internacional realizaram um duelo eletrizante, com direito a viradas e oito gols marcados — seis deles validados. Com três gols de Yuri Alberto e um de Igor Coronado, o Timão venceu o Colorado por 4 a 2. Os tentos da equipe gaúcha foram anotados por Braian Aguirre e Thiago Maia. A expulsão do volante Bruno Henrique, no segundo tempo, pesou na queda de rendimento dos visitantes, que chegaram a estar vencendo por 2 a 1, mas não conseguiram sustentar a vantagem.

O primeiro tempo foi bem movimentado, a primeira grande chance foi para os donos da casa. Aos 11 minutos, Romero cruzou para Memphis Depay cabecear, acertando o travessão da meta defendida por Anthoni. Já a primeira finalização do Inter foi aos 22, com Bruno Henrique, mas o chute subiu demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 24 minutos, Memphis tocou para Yuri Alberto limpar e chutar no cantinho para abrir o placar da partida. Depois do gol para o Alvinegro, a equipe gaúcha teve boas chances de marcar, mas até então, Hugo Souza estava se sobressaindo nos lances. Até que, aos 37, Wesley cruzou, o goleiro corintiano não conseguiu afastar e Braian Aguirre, livre de marcação, completou para empatar o placar. Quatro minutos depois, a equipe do Internacional virou. Aos 41, após troca de passes rápida, Thiago Maia recebeu sozinho para marcar e virar o jogo para o Colorado. 

Atrás no placar, a equipe do Corinthians voltou para mais intensa para a etapa inicial. Com chances de tirar o fôlego desde o primeiro minuto, a equipe empatou a partida logo aos sete minutos, com Yuri, que recebeu livre e chutou, mas após revisão do VAR, o lance foi anulado por uma falta de Matheuzinho sobre Wesley na origem da jogada.

Com 15 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique, volante do Colorado, cometeu falta em Raniele recebeu o segundo cartão amarelo e deixou a equipe com um a menos. Três minutos depois, Matheus Bidu ajeitou de cabeça para Yuri Alberto completar e empatar o placar da partida — e, desta vez, o lance foi validado pela arbitragem. 

Yuri Alberto comemora seu gol com Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

A virada quase veio aos 33, quando Carrillo cruzou para Memphis pegar de primeira e marcar um golaço. No entanto, o lance foi revisado e invalidado por uma falta de André Ramalho em Luis Otávio. 

Aos 45, o VAR entrou em campo novamente, desta vez a favor do Timão, e o árbitro marcou um pênalti de Óscar Romero em Bidu. Yuri foi para a cobrança e completou, virando o placar da partida e garantindo seu hat-trick. Ainda deu tempo de Igor Coronado receber livre, aos 57 minutos, e marcar o último gol do jogo.

Com o resultado, o Corinthians chegou aos 10 pontos e ocupa o oitavo lugar da tabela, um a mais do que o Internacional, que é o nono colocado. Na próxima rodada, o Timão enfrenta o Mirassol no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília) . Já o Inter encara o Botafogo, no domingo (11), às 18h30 (horário de Brasília), no Nilton Santos.

 

Ceará 1x0 Vitória 

                                                                                            Ceará conquista vitória magra em casa

Também no início da noite de sábado (03), às 18h30, O Ceará derrotou o Vitória por 1 a 0, com gol de Marlon na etapa final, e manteve a sua invencibilidade no Estádio Presidente Vargas.

O Leão da Barra teve mais chances no começo do primeiro tempo, utilizando-se de uma marcação alta e, consequentemente, criando boas chances de abrir o marcador. Aos cinco minutos, após cruzamento de Jamerson, Janderson cabeceou com força, mas a bola saiu em tiro de meta. Aos 14, Carlinhos se jogou para finalizar após cruzamento de Claudinho, mas, desequilibrado, mandou para fora. O Ceará respondeu aos 18 minutos, com uma cobrança de falta de Lucas Mugni que passou longe do gol.

Os minutos finais da etapa inicial, reservaram grandes chances para as duas equipes. Aos 43, Matheuzinho desarmou e partiu em contra-ataque, finalizando da entrada da área, mas o goleiro defendeu. Na sequência, Pedro Raul recebeu cruzamento para cabecear, mas Lucas Arcanjo defendeu. Aos 45 minutos, Galeano arriscou de longe, a bola desviou em Pedro Henrique e passou muito perto do gol. O Vitória respondeu cinco minutos depois, com finalização desviada de Lucas Braga que também passou muito perto da meta.

Na segunda etapa, o Ceará voltou mais agressivo. Logo aos dois minutos, após cobrança de falta ensaiada, Matheus Bahia chutou de longe e Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique tentou finalizar, mas foi travado por Carlinhos. Aos oito minutos, Pedro Henrique cobrou falta e acertou o travessão. Dois minutos depois, Marllon aproveitou cruzamento e, sem precisar subir muito, cabeceou sozinho para abrir o placar.

Marllon comemora seu gol com Foto: Stephan Eilert / Ceará SC

Depois do gol, o Vozão ainda teve mais uma boa chance aos 15 minutos, com Pedro Henrique finalizando de fora da área e parando em boa defesa de Lucas Arcanjo. O Rubro-negro buscou o gol de empate em duas oportunidades, ambas com Wellington Rato. Na primeira, aos 26 minutos, o camisa 10 arriscou de fora da área, mas Fernando Miguel — em dois tempos — defendeu e na outra, aos 30 minutos, o atacante ficou com uma sobra com pouco ângulo, exigindo mais uma boa defesa do goleiro.

O Ceará voltou a assustar aos 36 minutos. Rômulo arriscou de longe, Arcanjo defendeu e, no rebote, Pedro Henrique chutou, mas parou mais uma vez no goleiro rubro-negro.

Com o resultado, o Vozão chegou aos 11 pontos e ocupa o sétimo lugar na tabela. Já o Vitória caiu para a 18ª colocação, com apenas seis pontos somados.

Na próxima rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco da Gama no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), no Barradão. O Ceará entra em campo apenas na segunda-feira (12), contra o Santos, às 20h, na Vila Belmiro.

 

Fluminense 2x1 Sport

Após mais uma derrota, Pepa não é mais o técnico do Leão da Ilha

Na noite de sábado (03), o Fluminense marcou, no último minuto, o gol que garantiu a vitória de virada da equipe sobre o Sport, por 2 a 1, com gols de Pablo para o Leão e Serna e Everaldo para o Tricolor carioca.  Após a partida, o Sport anunciou a demissão do técnico Pepa.

Nos primeiros minutos, o Tricolor buscava controlar o ritmo da partida com troca de passes e jogadas pelos lados do campo, mas o Sport se defendia bem e levava perigo nos contra-ataques. Aos oito minutos, Cariús tocou para Chrystian Barletta, que apareceu livre e finalizou para boa defesa de Fábio.

Aos 23 minutos, Lucas Lima cruzou e Pablo, de cabeça, abriu o placar para o Leão da Ilha. O Sport seguiu se lançando ao ataque e aos 28 minutos, Pablo tocou para Barletta, que chutou dentro da área e Fábio defendeu. No rebote, Atencio acertou a trave, e na sequência, Lucas Lima finalizou, mas o goleiro do Flu segurou com segurança.

O time carioca respondeu um minuto depois, com chute de fora da área de Canobbio, que contou com um leve desvio de Caíque França antes de sair à esquerda do gol. Aos 37, o camisa 17 recebeu cruzamento de Arias, mas Caíque defendeu. O Tricolor ainda teve duas boas chances para empatar no fim da etapa inicial, aos 42, com Ganso, e aos 44, com Arias — ambos de cabeça —, mas a bola passou por cima do gol.

No segundo tempo, o Fluminense partiu para a pressão e aos 14 empatou o placar. Arias recebeu, se livrou da marcação e cruzou na medida para Serna completar para o fundo das redes. 

Aos 26, o árbitro chegou a apitar um pênalti em Arias, mas depois de analisar o lance, anulou o pênalti. Depois disso, o Flu seguiu buscando o gol e no último minuto da partida, aos 51 minutos, em cobrança de lateral, Arias repetiu o passe do primeiro gol e Everaldo marcou de cabeça, garantindo a virada e os três pontos para a equipe.

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Serna comemora seu gol. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com o resultado, o Sport permanece na lanterna do Brasileirão, com apenas dois pontos conquistados. Já o Fluminense chegou aos 13 pontos e ocupa a quinta colocação na tabela.

Ainda no sábado, o Sport anunciou oficialmente a demissão do técnico Pepa. O treinador, que comandava a equipe desde o ano passado e teve papel fundamental no acesso à Série A com aproveitamento de 64,5% em 28 rodadas, não resistiu ao mau início no campeonato. Nos sete jogos disputados até aqui, o time teve cinco derrotas e dois empates. Além dele, os auxiliares Samuel Correia, Hugo Silva, Pedro Oliveira e Pedro Azevedo também foram desligados.

Na próxima rodada o Sport receberá o Cruzeiro, no domingo (11), às 16h (horário de Brasília). Já o Fluminense enfrentará também no domingo (11), o Atlético-MG, fora de casa, às 17h30.

 

Bahia 1x0 Botafogo

Tricolor conquista mais um resultado importante no Brasileirão

No último sábado (3), o Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O time baiano vinha em boa fase, com quatro vitórias consecutivas, enquanto o Botafogo vinha de dois triunfos seguidos.

Tomada pela forte chuva em Salvador, a partida foi marcada pelo equilíbrio no início, com ambas as equipes tendo dificuldades para criar chances claras de gol. Porém, o Bahia começou o primeiro tempo dominando o jogo, com seu estilo baseado em passes rápidos, e passou a pressionar o adversário.

Aos 30 minutos, o Botafogo tentou uma jogada ensaiada em falta cobrada por Marlon Freitas e Artur, mas a bola não levou perigo. Em seguida, Vitinho fez uma boa jogada pela direita, mas o cruzamento não foi aproveitado por Mastriani.

O Bahia seguiu com grande volume ofensivo e, aos 38 minutos, após uma jogada brilhante de Erick Pulga, que driblou três jogadores do Fogão, Cauly recebeu o passe e marcou um gol com muita categoria.

Sob forte chuva, Bahia comemora gol da vitória. Foto: Reprodução/Instagram/Bahia

No segundo tempo, os donos da casa tiveram um gol anulado após revisão do VAR, que marcou impedimento de Juba. O Glorioso tentou pressionar, e aos 24 minutos, Artur teve uma boa chance após um roubo de bola, mas finalizou em cima do goleiro Marcos Felipe.

O goleiro John, do Botafogo, foi expulso por colocar a mão na bola fora da área, mas após revisão do VAR, a punição foi revertida para cartão amarelo. O Tricolor conseguiu segurar o placar magro e garantiu a vitória.

Com o resultado, o Bahia subiu para a sexta posição no Campeonato Brasileiro, com 12 pontos, enquanto o Botafogo estacionou no meio da tabela, com 8 pontos.

O próximo compromisso das equipes é pela Copa Libertadores. O Fogão visita o Carabobo, da Venezuela, às 19h desta terça-feira (6), enquanto o Tricolor recebe o Nacional, do Uruguai, às 19h de quarta-feira (7).

 

Grêmio 1x0 Santos

Após seis partidas sem vencer, Grêmio se recupera com placar magro

Na tarde deste domingo (4), o Grêmio venceu o Santos por 1 a 0 na Arena e se recuperou após uma sequência sem vitórias. Em um jogo marcado por muitos erros e pouco brilho técnico, o destaque ficou por conta de Cristian Oliveira, autor do gol que garantiu a vitória do time gaúcho.

A partida começou com o Santos tomando a iniciativa e mantendo mais a posse de bola. Nos primeiros minutos, o jogo foi intenso, com entradas duras e cartões amarelos para ambos os lados.

A primeira grande chance foi do time paulista, quando Soteldo acionou Deivid Washington, mas a defesa gremista conseguiu interceptar. O Grêmio respondeu logo em seguida com uma boa chance de Cristian Oliveira, que parou na defesa do goleiro Brazão.

Apesar das tentativas, o primeiro tempo foi truncado, com muitas falhas defensivas e erros de passe dos dois times. O Peixe tentou pressionar no fim da primeira etapa, mas sem sucesso. O placar ficou no zero a zero até o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o time gaúcho apresentou mais intensidade e passou a controlar melhor as ações. Cristian Oliveira quase marcou aos 12 minutos, mas a jogada foi cortada por Zé Ivaldo.

Jogadores do Grêmio celebram gol de Cristian Olivera. Foto: Reprodução/Instagram/Grêmio

A insistência gremista foi recompensada aos 31 minutos, quando o próprio Cristian recebeu assistência de Alysson e finalizou com precisão para garantir o gol da vitória.

Após sofrer o gol, o Santos tentou reagir e buscou o empate, mas encontrou dificuldades para furar a marcação do Grêmio. A equipe gaúcha soube administrar a vantagem até o apito final, somando três pontos importantes.

O resultado alivia a situação do Grêmio, que subiu para a 12ª colocação com oito pontos, enquanto o Santos permanece em situação delicada, ocupando a vice-lanterna da tabela com apenas quatro pontos. Os gaúchos vão ao Peru para enfrentar o Club Atlético Grau, pela Copa Sul-Americana, enquanto o Peixe só volta a campo na próxima segunda (12), quando recebe o Ceará.

 

Vasco 0x1 Palmeiras

Vitor Roque marca pela primeira vez, e Verdão vence Vasco no Mané Garrincha

Em Brasília, o Palmeiras venceu o Vasco por 1 a 0, com gol de Vitor Roque — que balançou as redes pela primeira vez com a camisa alviverde — e retornou a liderar o Campeonato Brasileiro.

A primeira grande chance da partida saiu aos oito minutos e foi para o Palmeiras. Estêvão recebeu passe de Piquerez, invadiu a área e chutou para a defesa de Léo Jardim. O Gigante da Colina respondeu aos 14, com Loide Augusto, que recebeu cruzamento de Paulo Henrique e, livre de marcação, chutou de primeira, para defesa tranquila de Weverton. Um minuto depois, Loide ganhou de Giay e tocou para Rayan finalizar, mas o goleiro palmeirense defendeu mais uma.

Aos 17, foi a vez do Palmeiras responder, Estêvão cobrou escanteio para a entrada da área, Felipe Anderson cabeceou para o meio e Bruno Fuchs desviou para fora. A melhor chance da etapa inicial saiu aos 48 minutos, Nuno Moreira cobrou uma falta em direção à área, Weverton saiu da meta para afastar, mas a bola sobrou para João Victor chutar para o gol, mas Giay, de bicicleta, afastou o perigo.

O Alviverde voltou mais ofensivo para a segunda etapa e, logo aos três minutos, teve uma grande chance. Piquerez tocou para Emiliano Martínez finalizar de fora da área, a bola ainda desviou na zaga do Vasco, mas Léo Jardim se esticou todo e defendeu, evitando o gol do Verdão.

Antes de balançar as redes, o Palmeiras teve chances com Piquerez e Richard Rios, ambos em finalizações de fora da área. Aos 15 minutos, Facundo Torres pressionou Hugo Moura, que errou na saída de bola. Estêvão recuperou e rolou para Vitor Roque completar e marcar seu primeiro gol com a camisa do Alviverde.

Vitor Roque comemora seu gol. Foto: César Greco/Palmeiras

Com a vantagem no placar, a equipe comandada por Abel Ferreira controlou o ritmo de jogo e garantiu mais três pontos no campeonato nacional.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 16 pontos e assumiu a liderança do Brasileirão. Por outro lado, o Vasco segue com sete pontos e caiu para o 14° lugar. 

O Gigante da Colina volta a campo no próximo sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, fora de casa. Já o Verdão recebe o São Paulo, às 17h30, no domingo (11). 

 

Cruzeiro 2x1 Flamengo

Rubro-Negro sofre primeira derrota no Brasileirão e deixa a liderança

Fechando o domingo (4), o Mineirão foi palco de um clássico nacional. O Cruzeiro venceu o Flamengo por 2 a 1, em uma partida marcada por emoções até o apito final.

O Flamengo começou o jogo com uma proposta ofensiva, mas foi o Cruzeiro que saiu na frente. Aos 14 minutos, Kaio Jorge driblou Léo Pereira, arrancou e acertou um chute no canto, abrindo o placar para o Cabuloso.

A equipe carioca respondeu rapidamente, com uma ótima defesa de Cássio após cabeçada de Léo Ortiz. Kaio Jorge ainda teve nova oportunidade aos 31 minutos, mas parou no travessão.

O empate veio aos 43 minutos, quando Gerson ajeitou e Arrascaeta chutou no ângulo de Cássio; o uruguaio,que jogava no Cruzeiro, não comemorou o gol em respeito ao ex-clube.

O segundo tempo teve ritmo ainda mais intenso, com chances claras para os dois lados. O Cruzeiro foi quem mais pressionou, exigindo boas defesas do goleiro Rossi, principalmente em finalizações de Matheus Pereira e Kaio Jorge.

Gabigol pega rebote de pênalti perdido para desempatar o jogo nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Cruzeiro

Aos 43 minutos, Gabigol, ídolo do Flamengo, entrou em campo pela primeira vez contra a equipe carioca. E foi dele o lance final: aos 48, perdeu um pênalti, defendido por Rossi, mas aproveitou o rebote para marcar o gol da vitória cruzeirense.

Com o resultado, a equipe mineira manteve-se no G4, próxima do topo da tabela, enquanto o Flamengo perdeu a invencibilidade e a liderança da competição, agora ocupada pelo Palmeiras.

Os dois clubes entram em campo nesta quarta-feira (7), às 21h30, por competições internacionais. O Flamengo vai à Argentina encarar o Central Córdoba pela Libertadores, enquanto o Cruzeiro visita o Mushuc Runa no Equador, pela Copa Sul-Americana.

 

Juventude 0x1 Atlético-MG

Com gol de Scarpa, Galo conseguiu sua segunda vitória no campeonato

O Atlético-MG conquistou sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão ao derrotar o Juventude por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), em uma partida repleta de lances polêmicos e revisões do VAR.

O gol da vitória foi marcado por Gustavo Scarpa, em cobrança de falta com desvio, ainda no primeiro tempo. O resultado tirou o Galo da zona de rebaixamento, levando o time à décima colocação, enquanto o Juventude caiu para o 15º lugar.

O jogo começou agitado, com boas chances para os dois lados. O Juventude quase abriu o placar logo no início, com Jadson driblando o goleiro Everson, mas Fausto Vera salvou de cabeça. O Atlético chegou a marcar com Rony após lançamento de Cuello, mas o gol foi anulado por impedimento.

Gustavo Scarpa comemora o gol da vitória do Galo. Foto: Reprodução/X/Atlético-MG

Aos 29 minutos, após perder chance clara, Scarpa cobrou falta em direção à área, a bola passou por todos os defensores e morreu no fundo das redes, abrindo o placar para o Galo.

O time mineiro manteve o domínio durante todo o primeiro tempo e voltou para a segunda etapa pressionando ainda mais. Apesar das oportunidades criadas, o Galo pecou nas finalizações.

O Juventude, mesmo com dificuldades, conseguiu balançar as redes aos 22 minutos com Nenê, mas o gol foi anulado por toque de mão de Ênio na origem da jogada.

A partida seguiu com o Atlético desperdiçando chances e o Juventude crescendo no jogo. Aos 34 minutos, o time da casa teve pênalti marcado, mas novamente o VAR entrou em ação e anulou a jogada por impedimento, frustrando a torcida mandante. Apesar da pressão final, o placar não se alterou, e o Atlético confirmou uma vitória importante fora de casa.

Agora, o Juventude se prepara para enfrentar o Fortaleza no próximo sábado (10), enquanto o Atlético-MG viaja ao Chile para encarar o Deportes Iquique às 19h de quinta-feira (8), pela Copa Sul-Americana.

 

Red Bull Bragantino 1x0 Mirassol

Com a vitória em casa, Massa Bruta empatou com o Palmeiras em pontos

O Red Bull Bragantino venceu o Mirassol por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), e assumiu a vice-liderança da competição, com 16 pontos — mesma pontuação do líder Palmeiras, que leva vantagem no saldo de gols.

O jogo também marcou a estreia do novo estádio do clube, o Estádio Cícero de Souza, em Bragança Paulista, e contou com um gol salvador do atacante Isidro Pitta nos acréscimos do segundo tempo.

O primeiro tempo foi movimentado e com boas chances para ambos os lados. O Bragantino foi mais ofensivo e acertou duas bolas na trave com Jhon Jhon e Lucas Barbosa. Walter, goleiro do Mirassol, fez defesas importantes, evitando gols em finalizações de Juninho Capixaba e Sasha.

Pitta salva o Bragantino com gol nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Red Bull Bragantino

Do lado do Mirassol, Reinaldo quase surpreendeu em cobrança de falta direta, mas parou em Cleiton.

No segundo tempo, o Mirassol voltou com mais intensidade e quase abriu o placar com Fabrício Daniel e Edson Carioca, que levaram perigo em jogada de contra-ataque.

O Bragantino seguiu com mais posse de bola e criou oportunidades importantes com Vinicinho e Juninho Capixaba, mas sem sucesso nas finalizações. A defesa do Mirassol, liderada por Yago Felipe, conseguiu afastar o perigo em várias ocasiões.

A partida parecia caminhar para um empate, até que, aos 46 minutos da etapa final, Pedro Henrique fez boa jogada e encontrou Isidro Pitta livre na área. O atacante dominou e bateu cruzado para garantir a vitória do Massa Bruta, que segue firme na briga pela liderança do Brasileirão.

O Bragantino vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no próximo sábado (10), enquanto o Mirassol, que tem 7 pontos e está na 16ª posição, recebe o Corinthians, também no sábado.

Trio se junta à FURIA como representantes do Brasil na Kings World Cup Clubs
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
|
13/05/2025 - 12h

A Kings League, liga de futebol sete fundada pelo ex-jogador Gerard Piqué em 2022, está em sua primeira temporada no Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio definiu, na última sexta-feira (9), as quatro equipes classificadas para as semifinais e que representarão o Brasil no mundial da categoria, que acontece em Paris, no mês de junho. 


Capim FC 4 X 5 Desimpedidos Goti

Abrindo o mata-mata da Kings League Brazil, o Capim FC começou com tudo, marcando com o goleiro Barata ainda no primeiro minuto. A equipe ampliou quatro minutos depois com boa finalização de Igo. O terceiro gol do Capim foi marcado por GB Medeiros, aos dez minutos da etapa inicial. Antes do apito final no primeiro tempo, Luisinho marcou e diminuiu para o Desimpedidos Goti.

Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, Marcelinho diminuiu a desvantagem do Desimpedidos no primeiro minuto, cobrando pênalti. Aos 30, Cadu acertou chute preciso e empatou o jogo. O camisa 6 voltou a marcar um minuto depois e virou o jogo para o Desimpedidos Goti. Aos 36 minutos, o Capim FC empatou com o presidente Jon Vlogs cobrando pênalti. No lance seguinte, foi a vez de Toguro converter o pênalti presidente, colocando o quinto gol do Desimpedidos no marcador e dando números finais à partida.

Com a vitória, o Desimpedidos Goti está classificado para as semifinais da competição e também vai ao Kings World Cup Clubs 2025. 

Nyvelados FC 1 X 4 Fluxo FC

Na segunda partida da noite, o Fluxo FC saiu na frente com Boolt aos sete minutos. Aos 19, Luan marcou e empatou para o Nyvelados. A igualdade no placar não durou muito tempo, já que Vini voltou a colocar o Fluxo na frente aos 20 minutos de jogo.

O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando empatar, o Nyvelados teve grandes oportunidades. A equipe, entretanto, acabou não conseguindo vazar a rede adversária. Aos 32 minutos, Chaveirinho marcou o terceiro do Fluxo na cobrança de shoot out. Aos 37, Helber mandou a bola para o fundo da rede, marcando o quarto do Fluxo e carimbando o passaporte da equipe para o mundial de clubes em Paris. 

Dendele FC 8 X 4 G3X FC

Na última partida da noite, o jogo começou movimentado. Aos quatro minutos, o Dendele abriu o placar com Lucas Hector. Aos oito, Romarinho mandou contra o próprio gol e empatou para o G3X FC. Aos 13, Lucas voltou a ampliar para o Dendele. Um minuto depois, a equipe presidida por Gaules empatou com Rufino. O G3X virou o placar aos 19, com Ton empurrando a bola pro fundo da rede. 

No segundo tempo, o Dendele FC utilizou a carta secreta, o Jogador Estrela, em Tuco. O camisa 92 marcou aos 22. Devido ao power up da carta, o gol valeu por dois, virando o placar para o Dendele. Aos 24, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem de sua equipe.

O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Aos 35, Kelvin Oliveira acabou perdendo o shoot out, utilizado no lugar do pênalti presidente. Três minutos depois, o G3X utilizou sua carta secreta, que deu nova cobrança de shoot out para o camisa 9, que converteu. Aos 40 minutos, o VAR revisou uma disputa na área e marcou pênalti para o Dendele. Lucas Hector bateu e converteu. Como a partida já estava nos minutos finais, o gol do camisa 29 valeu por dois. Aos 41 minutos, Rufino acabou expulso por falta dura, encerrando o sonho do G3X FC em buscar o empate. 

Com a vitória surpreendente, o Dendele, que se classificou para o mata-mata no último lance da fase regular, também representará o Brasil em Paris, no mês de junho. 

Na segunda-feira (12), as semifinais da Kings League Brazil trazem emoção e definem os finalistas da primeira edição do torneio. A decisão acontece no domingo (18), no Allianz Parque, em São Paulo (SP). 

Vale ressaltar que a FURIA já estava classificada para as semifinais da Kings League Brazil porque terminou a fase regular na primeira posição geral. Confira os horários dos confrontos:

 

  • 19h: FURIA FC X Desimpedidos Goti
  • 20h: Fluxo FC X Dendele FC
O time venceu a primeira na Inglaterra e garantiu a classificação na França
por
Lorrane de Santana Cruz
|
13/05/2025 - 12h

Na última quarta-feira (7) Paris Saint Germain e Arsenal voltaram a campo para disputar o segundo jogo válido pela semifinal da Liga dos Campeões.

Jogando em casa, o PSG precisava de um empate para classificar, enquanto os ingleses viajaram precisando de dois gols para garantir a classificação direta. O técnico Luis Enrique escalou o time francês com Dembélé no banco, o artilheiro é o principal jogador da equipe e marcou o gol da vitória na Inglaterra no primeiro jogo. No placar agregado a partida acabou 3 a 1 para os franceses.

Perdendo por 1 a 0, o Arsenal iniciou o primeiro tempo mantendo a posse de bola, diferente do que foi na primeira partida. Com 2 minutos de jogo, Declan Rice, camisa 41 do time inglês subiu mais que Marquinhos e cabeceou em direção ao gol, mas a bola foi para fora. Logo depois, em uma cobrança de lateral, Thomas Partey lançou a bola para área francesa e Martinelli apareceu de trás para chutar, mas a bola parou em Donnarumma que salvou o Paris de tomar gol cedo.

Uma das defesas do goleiro do Paris na partida
Uma das defesas do goleiro Donnarumma na partida (imagem: Instagram oficial @psg)

Aos 7 minutos em outra cobrança de lateral realizada por Partey, a bola entrou na meta do Paris, e os zagueiros sumiram para tirar, porém no rebote Odegaard chutou e obrigou o goleiro do time francês a fazer outra difícil defesa. Com a pressão feita pelo Arsenal, o PSG teve sua primeira boa oportunidade aos 16 minutos, quando Doué tocou para Kvaratskhelia que chutou firme, carimbando a trave de Raya.

Em um erro da defesa inglesa aos 22, Barcola roubou a bola e arrancou em direção a área onde achou Doué livre, o camisa 14 do Paris bateu fraco em direção ao gol e o goleiro do Arsenal defendeu.

O time de Londres acumulou chances perdidas de abrir o placar ainda no primeiro tempo. Com 26 minutos, Rice deu uma entrada forte em Kvaratskhelia e foi punido com o cartão amarelo.

O Paris Saint-Germain aproveitou a falta e lançou a bola na área que foi interceptada pela defesa do Arsenal, no entanto, Fabián Ruiz aproveitou o rebote e lançou um chute em direção ao gol para abrir o marcador no Parc des Princes.

Na volta do intervalo, os visitantes se mantiveram no ataque. A equipe treinada por Arteta via a pressão aumentar junto com o placar agregado de 2 a 0. Saka tentou levar perigo em uma cobrança de escanteio, porém o goleiro do Paris interceptou. Aos 18 minutos, o Arsenal seguia buscando diminuir a diferença no placar, Bukayo Saka recebeu um passe, entrou na área e chutou forte no alto e no canto do gol de Donnarumma, que mais uma vez brilhou na partida.

No entanto, um minuto depois em uma jogada criada pelo Paris, Hakimi, chutou em direção a trave inglesa, mas a bola desviou na mão de Lewis-Skelly e o árbitro foi chamado pelo VAR que após revisão marcou pênalti para o time francês. Na cobrança, Vitinha bateu no canto e Raya foi buscar.

Os donos da casa voltaram a marcar aos 27 minutos, quando Hakimi recebeu a bola e bateu livre em direção ao gol, ampliando o placar para 3 a 0 e confirmando sua classificação para a final.

A equipe inglesa só conseguiu marcar um gol aos 30 minutos, quando Saka aproveitou um desvio do goleiro do Paris Saint-Germain e fez o primeiro do time na semifinal. Porém, o roteiro do primeiro tempo se repetiu, e a equipe voltou a perder chances de gol.

Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação
Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação (imagem: Instagram oficial @psg)

A final acontece dia (31) deste mês, às 16h (horário de Brasília), na Alemanha, no estádio Allianz Arena, em Munique.

A CBF finalmente conseguiu o “sim” do técnico italiano após anos de espera
por
Amanda Campos
Lorena Basilia
|
12/05/2025 - 12h

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (12), oficialmente, Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. O renomado treinador italiano, de 65 anos, deixará o comando do Real Madrid ao final da La Liga, campeonato espanhol, e assumirá o cargo no dia 26 de maio. O anúncio aconteceu pelas redes sociais da associação, após semanas de especulações e expectativas.

As idas e vindas da decisão expôs o quanto a CBF estava disposta a tudo para garantir o nome de peso. Nas redes sociais, a entidade se tornou "chacota", desde discursos públicos até silêncios constrangedores, todas as fichas foram apostadas em um nome que não demonstrava interesse.

 

Uma enrolação digna de novela

No fim de 2022, com a eliminação do Brasil nas quartas de finais da Copa do Mundo e a saída de Tite, Ancelotti passou a ser tratado como “plano A",  a CBF garantiu que ele viria. Em 2023, o presidente Ednaldo Rodrigues falou publicamente sobre a vinda dele, como se o contrato estivesse fechado – sem nunca ter um anúncio oficial. Enquanto isso, Ancelotti seguia em silêncio, focado no Real Madrid e nas vitórias, e nunca confirmou nada. 

Sem técnico fixo, a Seleção ficou à deriva. O técnico do sub-20 da amarelinha, Ramon Menezes, assumiu como interino e comandou o Brasil em amistosos e no início da preparação olímpica. Era um nome de transição e a pressão pós-copa não ajudou. Logo após, Fernando Diniz entrou como técnico interino enquanto, ao mesmo tempo, comandava o Fluminense. Nesse cenário, a campanha nas Eliminatórias foi um desastre. O Brasil colecionou derrotas e ficou pela primeira vez fora do G-6 da América do Sul.

Em 2024, Dorival Júnior foi chamado para arrumar a casa, e ainda assim, o nome do italiano continuava a circular.  A “Era Ancelotti” era uma ilusão sustentada pela esperança e promessas. 

Com a demissão do último técnico, Dorival Júnior, no fim de março, o nome de Ancelotti foi novamente citado como um possível substituto. A ideia era convencer o técnico a vir imediatamente, para encerrar de vez o ciclo. Mas o clima esfriou de novo. Internamente, pesava o fato de ele ainda estar no Real Madrid e sem dar sinais claros de querer mudar os ares. O nome sumiu no noticiário por alguns dias, até reaparecer, dessa vez com mais força.

A contratação é histórica, por ser a primeira vez em quase 60 anos que um estrangeiro assume a Seleção Brasileira. O último foi o argentino Filpo Núñez em 1965, que comandou o time por apenas uma partida, em um amistoso contra o Uruguai. 

É oficial e imediato. Ancelotti vai fazer sua primeira atuação ainda neste mês de maio, para a convocação de dois jogos das eliminatórias da Copa de 2026. O primeiro acontecerá no dia 05 de junho, contra o Equador no Estádio Monumental Banco Pichincha, em Guayaquil. O segundo acontecerá no dia 10 de junho, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. 

 

 A escalação de estrelas do futebol 

Carlo Ancelotti começou a treinar clubes no futebol italiano em 1995,  assumiu o comando do Reggiana, depois Parma e Juventus. Mas sua trajetória de maior destaque iniciou em 2001 no Milan.

A palavra que define o esquema tático de Ancelotti é adaptabilidade, quando o técnico escalava o Milan em 4-3-2-1, o que possibilitava que um meio campo de Kaká, Pirlo, Seedorf e Gattuso pudessem, juntos, criar jogadas para o atacante mais avançado. Com a equipe italiana, ele conquistou duas Liga dos Campeões (2002-3, 2006-07) e um Mundial de Clubes FIFA em 2007, além das competições nacionais.

Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
 

Em 2009, Carlo precisou se adequar aos moldes ingleses quando decidiu migrar para o Chelsea. As diferenças do futebol jogado não foram um problema para ele, na temporada de estreia já venceu a Premier League. Ao assumir um esquema tático mais ofensivo e móvel, o técnico conseguia dar espaço para as estrelas Lampard e Drogba serem artilheiros. A era no futebol inglês ficou marcada por uma posição mais conservadora na defesa e de inovação do meio para a frente.

Dois anos depois, Ancelotti recebeu o desafio para comandar um clube de uma liga de segundo escalão e com um jejum de títulos de quase duas décadas. Pode-se dizer que existiu um PSG antes e outro, totalmente diferente, da passagem do técnico. O italiano saiu de Paris com o sonhado título nacional e uma base para uma equipe em evolução rumo à elite do futebol.

Como se a sua glória fosse infinita, em 2014 Ancelotti somou ao extenso histórico de títulos a La Décima, o 10º título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid. No ataque o trio BBC e o meio campo seguro de Toni Kroos e Luka Modric, criaram um 4-3-3 sólido que não deixava espaço para o adversário marcar.

Carlo Ancelotti
Ancelotti com os jogadores do Real Madrid após o título da Champions League em 2024. — Foto: Reprodução/X Twitter/ Carlo Ancelotti

Depois de Itália, Inglaterra, França e Espanha, Carlo chegou aos estádios alemães. Em 2016, no Bayern de Munique, para não perder o costume,  venceu a Bundesliga no ano em que estreou. O técnico manteve a flexibilidade e espaço para as estrelas do time brilharem. 

O retorno do craque tático para a Espanha não fugiu do esperado, o Real Madrid de 2021 estava em processo de adaptação aos jovens que chegavam e Ancelotti soube administrar e lapidar jogadores. Os brasileiros Vinicius Jr e Rodrygo foram conquistando a confiança do técnico e cresceram dentro do time de veteranos. A equipe ficou marcada por viradas históricas e a conquista da tríplice coroa em 2022.

 

Expectativa para a Copa de 2026

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, Ancelotti assume com tempo suficiente para testar, errar e acertar. Mas não há espaço para o fracasso, a pressão é imensa. O Brasil não vence a Copa há mais de 20 anos, e a seleção masculina anda colecionando frustrações. A chegada do italiano é vista como um divisor de águas, para dar esperança à torcida desesperada para resgatar o protagonismo que o país já teve. 

O placar agregado ficou 7 a 6 a favor da Inter contra o Barcelona
por
Guilherme Carvalho
|
12/05/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (6), a Inter de Milão garantiu sua vaga na final da Champions League ao derrotar o Barcelona por 4 a 3 na prorrogação, pela segunda partida da semifinal. 

 

Assim como no jogo de ida no estádio do Barcelona, o tempo normal neste jogo da volta também encerrou com 3 a 3, no qual o placar agregado ficou em 6 a 6, levando a decisão para o tempo extra, onde o jogador Davide Frattesi marcou o gol decisivo para a Inter de Milão.

Comemoração do Davide Fratessi, jogador da Inter da Milão, após marcar o gol da classificação do time italiano para a final da Champions League
Comemoração de Davide Fratessi após ter feito o gol da classificação da Inter para a final. Foto: Divulgação/Inter de Milão

Desde o apito inicial, os italianos sufocaram o Barcelona, impedindo que os espanhóis construíssem jogadas com sua tradicional posse de bola.

 Aos 21 minutos, a recompensa veio: Dimarco interceptou um passe descuidado na saída de bola do Barcelona e, com um toque preciso, encontrou Dumfries invadindo a área. O lateral holandês, em vez de finalizar, rolou com altruísmo para Lautaro Martínez, que, sem goleiro, apenas empurrou para o gol, fazendo 1 a 0 e incendiando o San Siro. 

O Barcelona, apesar de ter mais posse, não conseguia furar o bloqueio defensivo da Inter, com Çalhanoglu e Barella neutralizando as tentativas de Pedri e Dani Olmo no meio-campo. O time italiano ainda criou chances, como um gol anulado de Acerbi por impedimento após cruzamento de Çalhanoglu.

Nos acréscimos, o momento decisivo: O atacante Lautaro Martínez da Inter foi derrubado pelo zagueiro Cubarsí na área após um giro rápido. Inicialmente, o árbitro mandou seguir, mas após revisão no VAR confirmou o pênalti. Çalhanoglu, com frieza, bateu forte no canto direito, enganando o goleiro Szczesny, que caiu para o lado oposto, fechando o primeiro tempo em 2 a 0. 

O placar refletiu a superioridade italiana, enquanto o Barcelona parecia perdido, sem criar chances claras.

O segundo tempo trouxe um Barcelona completamente diferente, impulsionado pela urgência e ajustes táticos de Hans Flick. Os espanhóis voltaram com intensidade, utilizando a velocidade de Lamine Yamal e Raphinha pelas pontas e a criatividade de Pedri no meio. 

Aos 8 minutos, a reação começou: o espanhol Gerard Martín, explorando o corredor direito, cruzou na medida para o zagueiro Eric García, que acertou um chute colocado no ângulo, sem chances para Sommer, reduzindo para 2 a 1. O gol deu vida ao Barcelona, que passou a pressionar. 

Apenas sete minutos depois veio o empate. Martín brilhou novamente, cruzando com precisão para Dani Olmo, que ganhou no corpo da zaga “interista”e cabeceou para empatar em 2 a 2. 

A Inter, atordoada, dependia das grandes defesas de seu goleiro, Sommer. Primeiro, salvou um chute à queima-roupa de Eric García após novo passe de Martín, depois, se esticou para desviar um chute de Yamal de fora da área.  

Após diversas chances empilhadas pelo Barcelona, aos 42 minutos, veio a virada. Pedri achou Raphinha perto da área no lado esquerdo, o brasileiro chutou, Sommer defendeu, mas, no rebote, Raphinha bateu no contrapé do goleiro, fazendo 3 a 2 no estádio San Siro. 

A eliminação parecia iminente, mas a Inter mostrou resiliência. Aos 48 minutos, com o tempo esgotado, Thuram avançou pela direita e cruzou rasteiro para o zagueiro Acerbi, que, posicionado como centroavante, finalizou de primeira no ângulo, empatando em 3 a 3 e levando o jogo à prorrogação. 

No tempo complementar, as equipes estavam visivelmente desgastadas, mas a Inter encontrou forças para buscar a vaga. 

Aos 9 minutos do primeiro tempo extra, Thuram deu um show de força e habilidade pela direita, segurando a marcação e tocando para Taremi. O iraniano, com inteligência, deixou a bola passar para Frattesi, que chegou livre e finalizou de canhota, vencendo Szczesny e colocando a Inter de Milão na frente, 4 a 3.

 O gol reacendeu o San Siro, e o clube italiano passou a jogar com inteligência, fechando espaços. O Barcelona, desesperado, tentou reagir. Aos 12 minutos, Yamal quase empatou com um chute colocado da direita, mas Sommer, em noite inspirada, voou para fazer outra defesa espetacular. 

No segundo tempo da prorrogação, Lewandowski teve uma chance de ouro, cabeceando livre após cruzamento improvável de Yamal, mas mandou por cima, desperdiçando a oportunidade. 

A Inter, com Sommer seguro e uma defesa sólida, segurou o resultado nos minutos finais, garantindo a classificação. Yamal, novamente, ainda tentou uma última finalização com efeito, mas Sommer, mais uma vez, salvou, consolidando-se como o grande destaque da partida.

A grande final está marcada para 31 de maio, às 16h (horário de Brasília), na Allianz Arena, em Munique, contra o vencedor da outra semifinal entre PSG e Arsenal.

A trajetória das mulheres dentro do Jornalismo Esportivo
por
Khauan Wood
Nathalia de Moura
|
25/12/2023 - 12h

No Brasil, a mulher sempre foi colocada em posições restritivas em relação ao homem. O preconceito e o machismo ainda estão presentes em nossa sociedade. Isso se reflete em diversas áreas, inclusive no Jornalismo. A pesquisa “Gênero no Jornalismo Brasileiro”, realizada em 2017 pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), revelou que 92,3% das mulheres participantes afirmaram já ter ouvido “piadas” machistas no ambiente de trabalho e quase 66% disseram ter tido sua competência questionada devido ao seu gênero. Além disso, cerca de 70,4% das jornalistas admitiram já terem recebido cantadas que as deixaram desconfortáveis no exercício da profissão

Fazendo um recorte e analisando o Jornalismo Esportivo, essa realidade é ainda mais desafiadora. Apesar de hoje ainda não haver um equilíbrio no número de homens e mulheres falando de esportes nos meios de comunicação e ser uma área dominada por eles, é notório que o cenário teve mudanças e é possível ver mais a presença feminina nesse lugar.

Com o crescimento delas na editoria de Esportes, o interesse em motivar mais jovens a exercer a profissão também aumenta. Grandes nomes como Regiani Ritter, Isabela Scalabrini, Renata Fan e Glenda Kozlowski abriram as portas para que hoje possamos ver os programas esportivos sendo compostos pelas mulheres e falando mais sobre a participação delas em várias modalidades esportivas.

O chute inicial

A primeira mulher a trabalhar com esporte no jornalismo que se tem relatos, foi Maria Helena Rangel. Por volta de 1947, Rangel, que cursava jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, fez participações na Gazeta Esportiva. Além de jornalista, ela era atleta de arremesso de peso e tinha formação em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP).

Alguns anos antes, porém, a carioca Mary Zilda Sereno já se aventurava no fotojornalismo em São Paulo. Suas primeiras fotos já foram ligadas ao futebol. Depois da Copa do Mundo de 1934, ela vendeu para o jornal O Globo uma foto de uma italiana que vivia no Brasil, comemorando o título de seu país natal, mas ela não foi contratada pelo periódico simplesmente por ser mulher. Sereno continuou tirando fotos de todas as editorias, mas sempre com foco no esporte.

Na televisão, Marilene Dabus se destacou após participar de um programa de conhecimentos gerais sobre o Flamengo na TV Tupi. Após sua participação, a jornalista foi contratada para ser setorista do clube no jornal Última Hora.

Mulher adulta sorrindo vestindo a camisa do Flamengo
A jornalista Marilene Dabus - Foto: ge.globo/Reprodução

Marilene ganhou ampla notoriedade na cobertura jornalística do Flamengo e em meados dos anos 1980, deixou as redações para assumir o cargo de Vice-Presidente de Comunicações do clube. Ela teve grande impacto dentro da equipe da Gávea. Partiu de Marilene a ideia de batizar o Centro de Treinamentos (CT) de ‘Ninho do Urubu’.

Outra pioneira na cobertura esportiva foi a apresentadora Claudete Troiano, conhecida por ser a primeira mulher brasileira a narrar uma partida de futebol. Em entrevista ao programa “Sensacional" da RedeTV, Claudete afirma que o trabalho dela foi muito importante naquela época pois a mulher era colocada como objeto decorativo em programas esportivos. Atualmente, a jornalista apresenta programas de televisão voltados ao público feminino.

Mulher loira de costas com microfone usando roupas brancas, entrevistando um homem negro sem camisa
Claudete Troiano entrevistando Pelé - Foto: Museu do Futebol/Reprodução

Porém, uma das maiores desbravadoras do jornalismo esportivo foi Regiani Ritter. Sua trajetória na editoria teve início nos anos 1980 ainda na Rádio Gazeta, cobrindo folgas de repórteres nas partidas de futebol; com o tempo, Ritter foi pegando gosto pela coisa e se tornou comentarista do programa Mesa Redonda na TV Gazeta.

Mulher loira com microfone usando roupas brancas, entrevistando dois homens
Regiani Ritter no vestiário entrevistando jogadores - Foto: Portal Mídia Esporte/Reprodução

Uma das marcas de Ritter era não ter receio de entrar nos vestiários após os jogos para conseguir entrevistas com jogadores. Em entrevista ao Uol, ela afirma: "correu jogador para todo lado. Mas, mais para frente, eles passaram a agir normal. Na quarta vez que entrei eles já estavam acostumados comigo".

Graças ao trabalho de Regiani, diversas outras mulheres ingressaram na cobertura de esportes entre os anos 1980 e 1990, como Kitty Balieiro, Simone Mello, Abigail Costa, Elys Marina, Lia Benthien, Marisa de França, Wania Westphal e Isabel Tanese, por exemplo. Tanese, por sua vez, foi a pioneira na direção de um caderno esportivo de um jornal impresso brasileiro e durante anos foi a titular da seção de esportes do Estado de S. Paulo.

Todas essas abriram espaço para Isabela Scalabrini tornar-se a primeira a apresentar o Globo Esporte - renomado programa esportivo da TV Globo. Mesmo com algumas mulheres nas redações, o preconceito ainda era muito grande. Para Isabela, “naquela época, eu não encarei como um obstáculo a ser superado. Eu simplesmente fui em frente. Eu sabia que entendia de futebol e que amava meu trabalho. Acho que essa atitude pode ter despertado a vontade de muitas mulheres fazerem o mesmo.”

Mulher de cabelos castanhos em frente a um fundo verde que tem impresso as escritas "Globo Esporte"
Isabela Scalabrini na apresentação do Globo Esporte - Foto: X/Isabela Scalabrini/Reprodução

Anos depois, em 1997, foi a vez de Luciana Mariano abrir novas portas para novas meninas. Após vencer um concurso que buscava uma voz feminina para as partidas de futebol, promovido pela Rede Bandeirantes, ela foi a primeira mulher narradora da televisão brasileira. Luciana concedeu uma entrevista ao site Notícias da TV e afirma ter sido muito difícil narrar futebol por conta da falta de oportunidades. Além disso, ela conta que não tinha em quem se espelhar.

A última grande conquista das mulheres na cobertura esportiva veio em 2022, com Renata Silveira. A jornalista tornou-se a primeira voz feminina a narrar uma partida de futebol na história da TV Globo. De lá pra cá, ela foi conquistando ainda mais espaço na TV aberta, narrando partidas de grandes clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, além de ter sido a primeira mulher a narrar um jogo da seleção brasileira.

Driblando os desafios

Apesar de haver muitas referências na área que abriram muitas portas, os obstáculos ainda são desafiadores para as mulheres no Jornalismo Esportivo.

Renata Mendonça, comentarista de futebol do Grupo Globo e co-fundadora do Dibradoras – veículo de comunicação que destaca o protagonismo das mulheres no esporte –, nos conta que a mulher precisa sempre provar que é capaz de conhecer o assunto, exercer sua função e merecer estar ali. “Costumo dizer que quando você faz uma entrevista de emprego para um cargo numa redação esportiva, se você é um homem, você parte da nota 0 e vai pontuando conforme for agradando nas respostas. Se você é uma mulher, você parte do -5”.

Renata, que também atua há quatro anos como colunista de Esportes na Folha de São Paulo, relata que essa cobrança já fez com que ela duvidasse de si mesma no início da carreira, quando ouviu de um chefe que não confiava nela para cobrir os times e jogos, em razão de ela ser mulher. "Esse é o tipo de coisa que cansa, sempre ter que convencer os outros de que você é capaz de desempenhar seu trabalho”, afirma.

Além de enfrentar a pressão imposta por seus superiores e colegas de equipe, as jornalistas precisam lidar com a opinião dos torcedores e telespectadores. Sobre isso, Isabela Scalabrini observa que ao longo de sua trajetória na editoria de Esportes, ela nunca deixou de fazer alguma reportagem por ser mulher e a Rede Globo a colocou como pioneira para cobrir o futebol, mesmo sendo difícil lidar com os comentários vindos das arquibancadas. Ela diz que além de piadas machistas e xingamentos, a pergunta que mais ouvia era: “você entende de futebol?”.

Scalabrini não sabia muito como o público avaliava seu trabalho, pois na época a internet e as redes sociais ainda não estavam presentes como hoje. “A imprensa escrita registrava que a repórter Isabela Scalabrini, que tinha se destacado nas reportagens em campo, agora, também estava ganhando espaço no estúdio. Além disso, era um reconhecimento da Globo de que meu trabalho estava repercutindo e era bem feito”. Logo depois de sua estreia no Globo Esporte, ela foi escalada para apresentar o Esporte Espetacular, outro programa esportivo da grade, mas com uma duração maior e transmitido para todo o país, aumentando a audiência de Isabela.

Ainda não é o apito final

Isabela Scalabrini conta que fica muito feliz ao ver estudantes e jornalistas mais jovens dizerem que se inspiram nela. Hoje, ela reconhece que abriu caminhos para as mulheres nas coberturas esportivas e enfatiza que naquela época não encarava como um obstáculo a ser superado. Ela também cita que no começo de sua carreira, havia poucas mulheres nesse meio, algumas trabalhavam nos jornais impressos e era raro ver e ouvir uma mulher nos treinos de clubes ou nos estádios. A jornalista termina dizendo que em 1986, ano em que cobriu a Copa do México, era rara a presença feminina entre os jornalistas que cobriam o mundial.

Com o intuito de possibilitar a participação das mulheres em um meio que ainda é tão dominado por homens, cinco mulheres fundaram o Dibradoras, em maio de 2015. A jornalista Renata Mendonça foi uma delas. Apaixonadas por esportes, elas sentiam falta de uma cobertura que incluísse a mulher como personagem principal do esporte em diversas frentes: jornalista, atleta, árbitra, treinadora etc. “No começo, a abordagem era voltada ao futebol feminino. 2015 era ano de Copa do Mundo e não se ouvia falar sobre o Mundial das mulheres na imprensa ou redes sociais. [...] Após o Mundial do Canadá vieram os Jogos Pan Americanos e decidimos ampliar a cobertura sobre a presença feminina e passamos a abordar as outras modalidades também”, conta a comentarista.

Três mulheres sorrindo com roupas coloridas em um galpão com fotos coloridas coladas na parede
Renata Mendonça, Roberta Cardoso e Angélica Souza são as fundadoras do canal Dibradoras - Foto: Lívia Villas Boas/Estadão/Reprodução

Hoje, o projeto também é formado pela publicitária Angélica Souza e pela jornalista Roberta Nina Cardoso, carregando o lema “Lugar de mulher é no esporte!”. A partir dessa iniciativa, elas puderam dar mais atenção para questões importantes como a ausência de rostos femininos na cobertura esportiva, a falta de visibilidade para o futebol feminino e a cobertura objetificada que se fazia de esportes femininos. “Já vemos mulheres narrando e comentando futebol em quase todas as emissoras e também nos canais de streaming, há muito mais transmissões de jogos do futebol feminino, e há um olhar mais adequado para cobrir as atletas sem aquela sexualização que sempre sobressaía. Ainda é preciso avançar muito mais e principalmente abrindo espaço para mulheres negras terem também protagonismo, mas seguimos na luta para mais mudanças”, destaca Renata.

O Dibradoras segue mostrando que as meninas podem praticar e gostar de esportes, bem como exercer uma função relacionada a qualquer modalidade. Para isso, Renata relata que os planos futuros visam garantir mais incentivo e visibilidade. A jornalista aponta que a plataforma está focada na cobertura in loco das Olimpíadas de Paris, trazendo notícias do futebol e de outras modalidades disputadas por mulheres.

Cartão vermelho para o preconceito

Scalabrini destaca que foi e tem sido demorada a aceitação feminina nos comentários e na narração de jogos e aponta a estrutura machista da sociedade como um reflexo do pouco espaço da mulher.  “Vocês conhecem alguém que muda de canal quando a narradora é mulher?”, ela questiona. Com isso, Scalabrini traz à tona o fato de que ainda há resistência de alguns homens em relação à participação das mulheres na cobertura de futebol, especialmente nessas funções de destaque.

Renata Mendonça, por sua vez, conta que sua causa de vida é a luta pelo espaço da mulher na área. Ela se orgulha ao dizer que conseguiu juntar em seu trabalho a causa com a paixão por esportes e enfatiza: “meu sonho é poder ver no futuro um mundo onde as meninas sejam tão incentivadas à prática esportiva quanto os meninos são, acho que os benefícios disso seriam imensuráveis”. Ela finaliza dando ênfase à união das mulheres nessa luta e incentiva aquelas que querem seguir seus passos, pois sabe que o caminho é árduo.

É fato que as mulheres estão garantindo seu espaço no Jornalismo Esportivo. Porém, podemos ver que foi algo atrasado e lento. Mas dia a dia essas bravas mulheres vão escrevendo novos capítulos dessa história.

Maria Helena Rangel, Regiani Ritter, Claudete Troiano, Luciana Mariano e tantas outras abriram espaço para que hoje, Natalie Gedra, Gabriela Ribeiro, Estella Gomes, Renata Silveira e outras meninas e mulheres sonhadoras, pudessem ocupar lugares de destaque na TV, rádio, jornais e redes sociais. Que no futuro, mais referências femininas estejam em evidência em diversos âmbitos do esporte.

Com a crescente presença feminina nos veículos de comunicação, a visibilidade das atletas e suas respectivas modalidades tendem a aumentar e consequentemente, despertam o interesse da audiência feminina. Dessa forma, veremos mais jovens querendo seguir carreira tanto praticando esportes, quanto falando deles, além de motivar e abrir mais portas para outras que virão.

O brasileiro, ex-campeão dos médios, derrotou Jiri Prochaska e conquistou o cinturão dos meio-pesados.
por
Guilherme Gastaldi
|
23/11/2023 - 12h

Sempre que o MSG (Madison Square Garden) é o palco de um evento do UFC, os fãs já sabem que uma grande noite está por vir, e o UFC 295 não foi diferente, com grandes lutas e histórias, amplificadas pela atmosfera eletrizante da arena. Na luta da noite, realizada em Nova Iorque, EUA, no último sábado (11), o brasileiro Alex Pereira conquistou o cinturão dos pesos meio-pesados (até 93 kg) após derrotar o ex-campeão da divisão Jiri Prochaska. No coevento principal da noite, o inglês Tom Aspinall nocauteou Sergei Pavlovich em apenas 70 segundos para conquistar o cinturão interino dos pesos pesados (até 120 kg). Além disso, ainda no card principal, uma nova onda de lutadores surge, mandando um recado claro para suas respectivas divisões.

 

Alex Pereira comemorando o seu novo cinturão. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Alex Pereira comemorando o seu novo cinturão. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

Fazendo história novamente!

Desde os estilos de luta completamente diferentes até as personalidades intrigantes e comoventes, sem precisar recorrer ao bom e velho trash-talk, venderam a luta com maestria e os fãs do UFC estavam na beira de seus assentos, ansiosos pelo combate. De um lado do octógono o “Samurai Tcheco”, ex-campeão dos pesos meio-pesados, buscando recuperar o cinturão após ter deixado o título por conta de uma lesão. Do outro, “Poatan”, apelido que vem do tupi-guarani, significa “mão dura”, ex-campeão dos médios e em busca de se tornar apenas o nono campeão de duas categorias diferentes do UFC e o segundo brasileiro a realizar o feito (Amanda Nunes, 2018). 

Já dentro da grade, enquanto Bruce Buffer anunciava os seus nomes, pesos e alturas, os lutadores não tiravam os olhos um do outro. Nas palavras do comentarista norte-americano Joe Rogan, “essa é a encarada mais intensa que eu já vi”. O palco estava pronto para dois dos lutadores mais violentos da organização nos proporcionarem um show. No 1º round, ambos se estudaram bastante, na primeira etapa, Alex, com seus chutes baixos, foi minando as pernas de Jiri, inclusive desequilibrando e derrubando o lutador com um chute potente na panturrilha. Na reta final, o theco chegou a marcar uma queda em cima do brasileiro, equilibrando o round, no entanto, não obteve sucesso no ground and pound.

 

Poatan encarando Jiri Prochaska antes de seu confronto no UFC 295. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)
Poatan encarando Jiri Prochaska antes de seu confronto no UFC 295. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)

 

No embate, chamava atenção a postura dos dois. O brasileiro, muito técnico, sempre preciso e calculando seus ataques, enquanto Prochaska lutava relaxado, com sua guarda completamente baixa. Pereira continuou com seus chutes baixos, que visivelmente surtiam efeito em Jiri, que por sua vez, aproveitava da guarda baixa para desferir golpes inusitados e imprevisíveis, como seu overhand de direita que chegou a conectar no rosto do brasileiro. 

Faltando praticamente um minuto para o final do 2º round, Jiri acertou uma sequência de golpes e acelerou, colocando Poatan contra a grade, no entanto, acabou se afobando e deixou sua defesa exposta. Com essa clara abertura, o brasileiro acertou um cruzado de direita, seguido por um de esquerda que derrubou o tcheco. Em sequência, enquanto seu adversário tentava se segurar em suas pernas, desferiu oito ou mais cotoveladas no lado de sua cabeça, obrigando o árbitro da luta, Marc Goddard a interferir e parar a luta, concretizando a vitória de Alex Pereira.

O ex-campeão duplo de kickboxing pelo Glory (organização de Kickboxing), em apenas 11 lutas no MMA, sendo apenas sete delas no UFC, se tornou campeão de duas categorias diferentes da principal organização de lutas do mundo. Após a luta, dentro do octógono e com o microfone em mãos, desafiou seu rival de longa data Israel Adesanya para subir de categoria e encerrar de uma vez por todas sua rivalidade. Entretanto, ao que tudo indica, os planos de Izzy são de se manter afastado do mundo da luta por um longo período de tempo, com o objetivo de cuidar mais de si mesmo. Sendo assim, o ex-campeão dos pesos meio-médios Jamahal Hill, quando sarado por completo de sua lesão, deve ser o próximo adversário de Poatan.

 

Glover Teixeira carregando Poatan logo após a sua vitória. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Glover Teixeira carregando Poatan logo após a sua vitória. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

Um novo rei nos pesos pesados! (ou quase isso)

No dia 23 de Julho de 2022, em Londres, na Inglaterra, em confronto contra Curtis Blaydes com apenas 15 segundos, Tom Aspinall sofreu uma lesão séria no joelho. Afastado dos octógonos por praticamente um ano completo, voltou em 22 de julho de 2023, novamente em sua terra natal. Na ocasião, derrotou Marcin Tybura em 73 segundos, mandando uma mensagem: ele estava de volta e pronto para ir em busca do cinturão. Após a lesão de Jon Jones ter sido confirmada e seu confronto com Stipe Miocic cancelado, o caminho em busca do seu objetivo final estava aberto, sem obstáculos remanescentes. 

 

Tom Aspinall emocionado recebendo o cinturão interino da divisão dos pesos pesados.. (Reprodução / Instagram: @tomaspinallofficial)
Tom Aspinall emocionado recebendo o cinturão interino da divisão dos pesos pesados. (Reprodução / Instagram: @tomaspinallofficial) 

 

Ao som de “Englishman In New York” do Sting, o inglês fazia sua caminhada até o octógono. Calmo e confiante, o peso pesado tinha a sua frente um tremendo desafio: o russo imparável chamado Sergei Pavlovich. O número 1 do ranking, conhecido por seu poder de nocaute fora da curva, vinha em uma sequência de seis vitórias seguidas, todas por meio de finalização no primeiro round. Era o bicho papão da divisão.

Logo no início do embate se tornou evidente as estratégias de ambos. Enquanto Sergei tentava encurtar a distância para golpear Tom, o inglês usava de sua movimentação exímia dentro do octógono para manter uma distância confortável e esperar por oportunidades de atingir seu adversário. O russo chegou a acertar uma combinação em Aspinall, que sentiu os golpes e recuou, no entanto, quando buscou mais uma sequência de golpes, Tom esquivou, mostrando excelente movimentação de cabeça.

Poucos segundos depois, Aspinall conectou um cruzado de direita que balançou Pavlovich e emendou com mais dois golpes que apagaram completamente o russo, que desabou na lona. Após o confronto, visivelmente emocionado, se jogou no chão, comemorando o triunfo que buscou a vida inteira e dividindo esse lindo momento com seu pai, que sempre acreditou e incentivou seu filho no mundo da luta e que estava no corner do filho durante a luta, lhe orientando. 

Com a grande atuação, se tornou apenas o terceiro inglês campeão na história do UFC e pela primeira vez, a organização possui dois campeões do país simultaneamente (Leon Edwards e Tom Aspinall). Agora, o campeão interino se encontra em uma posição difícil, afinal, ainda é muito incerto o que está por vir. O óbvio seria um confronto contra Jon Jones para unificar ambos os cinturões, entretanto, a teimosia de Dana White somada a falta de interesse do atual campeão, sugere que o confronto entre Jones e Miocic ainda venha a acontecer no ano de 2024. Sendo assim, Tom Aspinall deve defender seu título interino antes de enfrentar o vencedor do confronto válido pelo cinturão peso pesado.

 

Tom Aspinall comemorando aliviado a sua vitória enquanto Sergei Pavlovich recebe atendimento médico após o nocaute. (Foto: Josh Hedges | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)
Tom Aspinall comemorando aliviado a sua vitória enquanto Sergei Pavlovich recebe atendimento médico após o nocaute. (Foto: Josh Hedges | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)

 

A nova onda de grandes lutadores

Abrindo o card principal, o brasileiro Diego Lopes nocauteou Pat Sabatini logo no 1º round. Após um enrolo entre os dois, Lopes acertou um overhand de direita quando seu adversário estava se levantando, o desequilibriando e seguindo com um ground and pound poderoso, apagando Sabatini no chão. O brasileiro estreou na organização ainda em 2023, quando aceitou enfrentar Movsar Evloev com poucos dias de antecedência e, mesmo perdendo, mostrou garra e vontade, fazendo com que parte do público se tornasse fã. Além disso, o seu estilo de luta e a maneira como se porta - com sua franja característica - também ajudaram a popularizar Diego, que com sua performance no UFC 295, chega a duas vitórias no ano e promete figurar entre os grandes lutadores da divisão atual dos penas.

 

Diego Lopes vibrando sua vitória por nocaute no UFC 295. (Reprodução / Twitter: @Diegolopesmma)
Diego Lopes vibrando sua vitória por nocaute no UFC 295. (Reprodução / Twitter: @Diegolopesmma) 

 

Também no card principal, o francês Benoit Saint-Denis derrotou Matt Frevola por meio de nocaute, com um chute na cabeça primoroso. Em um espaço curto, demonstrou muita técnica e precisão para derrotar seu adversário e acertar o golpe corretamente. Agora, com apenas 27 anos, o lutador francês que vem de quatro vitórias consecutivas adentra o top 15 no ranking dos pesos leves e desafia os principais lutadores da divisão, prometendo entregar ao público lutas emocionantes e cheias de ação. Em seus últimos confrontos, Benoit demonstrou ser extremamente versátil e desponta como um futuro desafiante ao título que hoje está nas mãos de Islam Makhachev.

 

Benoit Saint-Denis após ter nocauteado Matt Frevola com um chute de perna esquerda na cabeça. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)
Benoit Saint-Denis após ter nocauteado Matt Frevola com um chute de perna esquerda na cabeça. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)

 

TODOS OS RESULTADOS DO UFC 295:

Luta da Noite - Nazim Sadykhov vs. Viacheslav Borshchev

Performance da Noite - Alex Pereira; Tom Aspinall; Benoit Saint-Denis; Jéssica Andrade; Diego Lopes.

*** (Os vencedores recebem uma premiação extra de 50 mil dólares) ***

 

→ Card Principal.

  • Alex Pereira derrotou Jiri Prichaska por Nocaute (socos) no 2º round;
  • ​​​​​​Tom Aspinall derrotou Sergei Pavlovich por Nocaute no 1º round;
  • Jéssica Andrade derrotou Mackenzie Dern por Nocaute Ténico (socos) no 2º round;
  • Benoit Saint-Denis derrotou Matt Frevola por Nocaute (chute) no 1º round;
  • Diego Lopes derrotou Pat Sabatini por Nocaute (socos) no 1º round. 

 

→ Card Preliminar.

  • Steve Erceg derrotou Alessandro Costa por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 29/28;
  • Lupita Godinez derrotou Tabatha RIcci por Decisão (Dividida) - 27/30, 29/28, 29/28;
  • Mateusz Rebecki derrotou Roosevelt Roberts por Finalização verbal (chave de braço) no 1º round;
  • Nazim Sadykhov vs. Viascheslav Borschchev acabou em Empate (majoritário) - 29/28, 28/28, 28/28.

 

→ Preliminares Iniciais.

  • Jared Gordon derrotou Mark Madsen por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
  • John Castañeda derrotou Kang Kyung-Ho por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 30/27;
  • Joshua Van derrotou Kevin Borjas por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 29/28;
  • Jamall Emmers derrotou Denis Buzukja por Nocaute Técnico (socos) no 1º round.
A batalha entre as equipes promete ser o ponto alto da última etapa da temporada
por
Giulia Fontes Dadamo
|
23/11/2023 - 12h
Carros da Mercedes e Ferrari
4 pontos separam a Ferrari de ganhar o segundo lugar de construtores em cima da Mercedes. Imagem: Sky Sports

Bem vindos a última etapa da temporada do GP, em Abu Dhabi. O paddock foi oficialmente montado no Yas Marina Circuit, onde vai acontecer a decisão do segundo lugar do campeonato de construtores. Depois de Las Vegas, com Charles Leclerc em P2 entre os Red Bulls, a Scuderia se anima, ainda mais estando apenas quatro pontos atrás da Mercedes.

Tudo começa na sexta-feira (24), com o TL1 às 06h20, e o TL2 às 09h50. No sábado (25), teremos o TL3 às 07h20 seguido da classificação às 10h30. Já no domingo (26), teremos a corrida padrão prevista para às 09h00, transmitida ao vivo pela Band. Um diferencial dessa semana é que, graças às regras que exigem que cada piloto de corrida deve ceder seu lugar a um novato no TL1 em pelo menos uma ocasião em cada temporada, o primeiro treino livre terá metade do grid substituído.

Com o primeiro lugar do campeonato de corredores e de construtores já decidido por Max Verstappen e a RBR, a maior batalha entre as equipes nessa última fase é pelo segundo lugar no campeonato de construtores. Até o fim das férias de verão, a Mercedes estava confortável com 51 pontos de vantagem sobre a Ferrari e tinha desempenho consistente. Mas desde Monza a diferença diminui para apenas quatro pontos rumo a Abu Dhabi, com Carlos Sainz na pole seguindo com outra pole e vitória em Cingapura – a única vez que a Red Bull foi derrotada este ano, e com Charles Leclerc conquistando a pole position em três das últimas quatro corridas. 

Apesar da boa fase da Scuderia, a Mercedes não vai desistir da posição facilmente, além de ainda possuir a vantagem dos pontos e também carregam o privilégio do recorde de maior número de vitórias (5) e de pole positions (5) na Yas Marina Circuit por Lewis Hamilton. Em coletiva de imprensa, Russell diz: “Será uma luta acirrada com a Ferrari, eles obviamente estão vindo de uma corrida forte, mas definitivamente prefiro estar na posição que estamos do que no lugar deles.”

Leclerc, por sua vez, tem esperança. “Vai ser apertado”, disse ele sobre a batalha. “Temos um bom momento para esta corrida, já que as últimas corridas foram positivas para nós. No entanto, a Mercedes é historicamente muito boa aqui em Abu Dhabi, então teremos que juntar tudo para enfrentá-los e vencê-los no campeonato de construtores, mas este é claramente o objetivo.”

Esmeraldino abriu vantagem, mas Fluminense virou o placar e garantiu goleada
por
Beatriz Barboza
Daniel Delfino
|
23/11/2023 - 12h

Na quarta-feira (25), Fluminense e Goiás se enfrentaram em disputa válida pela 29° rodada do Campeonato Brasileiro, em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. O Tricolor levou a melhor e encerrou o jejum de quatro rodadas sem vitórias, o placar final foi de 5 a 3. O resultado é importante para a equipe permanecer no pelotão de frente do Brasileirão e nutre as expectativas dos torcedores para a final da Conmebol Libertadores contra o Boca Juniors no dia 04 de novembro. O Goiás, embora tenha tido sucesso nas finalizações, permanece no Z-4.

O Esmeraldino abriu o placar aos 4 minutos do primeiro tempo com gol de Allano. Minutos depois, Matheus Babi ampliou o placar a favor do Goiás. Aos 16 minutos, o capitão tricolor Felipe Melo aproveitou a cobrança de escanteio de Ganso e balançou a rede adversária com um gol de cabeça. Em disputa de bola com Babi, Felipe sentiu dores na coxa e foi substituído por Lima. Aos 37 minutos, o zagueiro colombiano John Arias marcou o gol de empate após receber um passe de inversão de Keno.

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Felipe Melo, John Arias e Keno foram os autores dos gols tricolores. (Foto: Marcelo Gonçalves/FFC)

A equipe carioca voltou ao campo com Diogo Barbosa no lugar de Marcelo. Já do lado esmeraldino, Higor Meritão substituiu Guilherme Marques. O gol de desempate pintou no primeiro minuto da segunda etapa. Diogo Barbosa encontrou John Arias na segunda trave, cruzou para o colombiano que dominou e bateu de canhota. 3 a 2 para o Fluminense, de virada.

Em seguida, Morelli derrubou Keno dentro da área e a penalidade foi marcada para o Tricolor. O goleiro Tadeu se deslocou mal e Keno converteu o pênalti no quarto gol do Flu na noite. Aos 16 minutos, Ganso encontrou Keno, que driblou a zaga adversária e aproveitou a saída do goleiro para balançar, novamente, a rede esmeraldina. Em jogada pelo lado direito, Alleson cruzou para Julián Palácios que marcou um golaço a favor do Goiás. Findado o jogo em Volta Redonda, 5 a 3 para o Fluminense.

As equipes retornam ao campo no final de semana para os jogos da 30ª rodada do Brasileirão. O Fluminense visita o Atlético - MG no sábado, dia 28, na Arena MRV, às 21h. O Goiás enfrenta o Vasco no domingo, dia 29, às 16h, no Estádio da Serrinha, em importante disputa para definir as equipes que permanecerão na Zona de Rebaixamento.

Derrota deixa a seleção na 5ª posição da competição, cinco pontos atrás da líder Argentina
por
Gabriel Alves Dutra
|
21/11/2023 - 12h

A seleção brasileira nunca havia perdido dois jogos seguidos na história das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. Na última quinta (16), no entanto, essa marca foi quebrada. Após revés por 2 a 0 contra a seleção do Uruguai em outubro, o Brasil voltou a sentir o amargo gosto da derrota ao perder por 2 a 1, de virada, para a Colômbia, no Estádio Metropolitano, em Barranquilla.

Com a ausência forçada de jogadores importantes, como Ederson, Neymar, Gabriel Jesus e Casemiro, que estão lesionados, o técnico Fernando Diniz optou por começar a partida com a seguinte escalação:

Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; André, Bruno Guimarães, Raphinha e Gabriel Martinelli; Rodrygo e Vini Junior.

Apesar da maior posse de bola da seleção brasileira na partida (61% x 39%), a Colômbia foi quem levou mais perigo e teve quase o dobro de finalizações: 23 contra 12.

O Brasil começou bem o duelo, pressionando os colombianos com tabelas envolventes e passes curtos, no melhor estilo Fernando Diniz, e abrindo o placar logo aos 4’ de jogo. Gabriel Martinelli tabelou com Vini Jr. e ficou cara a cara com o goleiro Vargas, finalizando rasteiro para o fundo das redes.

Depois disso, a Colômbia mandou no jogo, terminando o primeiro tempo melhor do que o Brasil, apesar de ainda estar atrás no placar. O cenário se manteve no segundo tempo, mas mesmo com muita pressão, os colombianos não conseguiam chegar ao gol.

Foi então que brilhou a estrela do atacante Luis Díaz, que viveu recentemente um pesado drama familiar após seu pai ter sido sequestrado pelo grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional (ELN), da Colômbia, e mantido em cativeiro por 12 dias.

O jogador do Liverpool marcou dois gols de cabeça em um intervalo de quatro minutos, aos 30’ e 34’ da etapa complementar, decidindo o jogo para os colombianos e estabelecendo uma grande festa em Barranquilla. Afinal, essa foi a primeira vitória da Colômbia contra o Brasil na história das Eliminatórias Sul-Americanas.

 

 

A seleção brasileira volta a campo na próxima terça (21), para enfrentar em sua última partida no ano a atual campeã do mundo Argentina, no Maracanã. O jogo pode ser o último de Lionel Messi em solo brasileiro. Os argentinos lideram a competição, com 12 pontos, mas vêm de uma derrota por 2 a 0 para o Uruguai, em Buenos Aires.

Depois disso, o Brasil volta a campo apenas em março do ano que vem, para enfrentar duas potências europeias em jogos amistosos: a Inglaterra no estádio de Wembley, em Londres; e a Espanha, no Santiago Bernabéu, em Madrid. Essas podem ser as duas últimas partidas da seleção sob o comando de Fernando Diniz, já que, nos bastidores, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) dá como certa a vinda do italiano Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, no meio de 2024.