Nesta quinta-feira (27), o Corinthians recebeu o Palmeiras na Neo Química Arena pelo jogo de volta da final do Campeonato Paulista. O clássico foi intenso, com pênalti defendido por Hugo Souza, expulsões, 18 minutos de acréscimos e sinalizadores acesos antes do apito final. No fim, festa para os donos da casa, que seguraram o empate e conquistaram o 31º título estadual, encerrando um jejum de seis anos.
Enquanto o Palmeiras buscava o tetracampeonato para fazer história, o Corinthians precisava da taça para quebrar sua seca de títulos. Melhor para o Alvinegro, que venceu o jogo de ida e, diante de sua torcida, soube administrar a vantagem para garantir mais um Paulistão. A campanha campeã contou com 11 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, além de 25 gols marcados e 14 sofridos.
A primeira etapa foi marcada por muitas faltas, empurrões e reclamações, com os times levando pouco perigo ao gol adversário. Em termos de estratégia, melhor para o Corinthians, que dominou a posse de bola, ditou o ritmo da partida e ainda criou oportunidades. O Palmeiras, por outro lado, teve dificuldades na criação de jogadas e só conseguiu chegar ao ataque nos minutos finais do primeiro tempo, mas mesmo assim, só levou perigo através de faltas ou escanteio, sem exigir muito do goleiro Hugo Souza.
O clima quente do Dérbi ficou evidente logo aos cinco minutos, quando Vitor Roque e Félix Torres se desentenderam após um choque com Hugo Souza. Seis minutos depois, Emiliano Martínez e Carrillo também trocaram farpas.
A melhor chance do Alviverde veio aos 21 minutos, em um cabeceio de Murilo para fora. Já o Timão quase marcou aos 26, quando Memphis Depay ajeitou para Rodrigo Garro finalizar na trave do goleiro Weverton.
No segundo tempo, o Palmeiras conseguiu ter mais posse de bola, mas seguiu com dificuldades para criar. A primeira boa chegada foi aos dez minutos, em um passe de Veiga para Vitor Roque, mas o atacante não conseguiu dominar, e Hugo Souza ficou com a bola.
Aos 22 minutos, saiu o lance decisivo do jogo, Vitor Roque foi derrubado por Félix Torres na área, e o árbitro marcou pênalti. Antes da cobrança, os jogadores do Palmeiras pressionaram por um cartão para o adversário, e Abel Ferreira, ao reclamar repetidamente, acabou expulso. Seis minutos depois, Raphael Veiga cobrou, mas Hugo Souza defendeu, fazendo a Arena explodir em comemoração. Essa foi a sétima defesa de pênalti do goleiro corinthiano, que inclusive, já havia parado Estêvão na fase de grupos do campeonato.

Hugo Souza defende pênalti de Raphael Veiga. Foto: Marcos Ribolli
Pouco depois, aos 30 minutos, Félix Torres cometeu nova falta em Vitor Roque e, desta vez, recebeu o segundo amarelo, sendo expulso.
Mesmo com um a mais, o Palmeiras não conseguiu furar a defesa corinthiana. Para piorar, Memphis Depay provocou ao subir na bola, o que gerou mais uma confusão generalizada. O resultado foi a expulsão de José Martínez, por dar um tapa em Marcelo Lomba, e do próprio goleiro Alviverde, que revidou com um chute no volante, ambos estavam no banco de reservas. Além disso, a torcida corinthiana acendeu sinalizadores e chegou a atirá-los no gramado, um lance que quase atingiu o jogador do próprio time, tornando insustentável a continuação da partida.
Nos acréscimos, ainda houve tempo de Depay tocar para Yuri Alberto finalizar, mas Weverton fez a defesa. Após longos 18 minutos adicionais, o árbitro encerrou a partida, confirmando o título do Corinthians, que deu o troco de 2020, quando buscava o tetracampeonato e foi impedido pelo Palmeiras.
Depois de anos sofrendo com resultados negativos no Dérbi, o Corinthians volta a dominar o confronto. Nos últimos quatro jogos entre as equipes, foram duas vitórias alvinegras e dois empates. Além disso, o triunfo no Allianz Parque quebrou um tabu histórico que já durava 6 anos.
As equipes voltam a campo no próximo domingo (30) para a estreia no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras recebe o Botafogo às 16h (horário de Brasília), enquanto o Corinthians encara o Bahia às 18h30 (horário de Brasília), fora de casa.
Nesta sexta-feira (28), o caso do ex-jogador brasileiro Daniel Alves teve um novo desdobramento. O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) decidiu, por unanimidade, anular sua condenação por agressão sexual, que previa uma pena de quatro anos e meio de prisão. A anulação ocorreu após o tribunal concluir que as provas eram insuficientes para sustentar a condenação, foram apontadas contradições no depoimento da denunciante e a credibilidade do testemunho foi questionada.
A defesa de Daniel Alves, representada pela advogada Inés Guardiola, expressou satisfação com a decisão. Inés afirmou que “a justiça foi finalmente alcançada” e reiterou a inocência de seu cliente. Com a absolvição, todas as medidas cautelares impostas anteriormente foram revogadas, isso permite que Alves recupere sua liberdade plena. A decisão também anulou a obrigação do ex-jogador de pagar uma indenização de 150 mil euros à vítima.

Entenda o caso
Daniel Alves foi denunciado por agressão sexual no dia 30 de outubro de 2022 em uma boate de luxo catalã. Segundo a vítima, ela entrou no banheiro com o jogador por vontade própria, mas ao desistir de ter relações sexuais, foi estuprada no local. De acordo com o depoimento, após o ocorrido, a mulher foi procurar os seguranças da casa noturna, para uma denúncia. A equipe chamou a polícia e ela prestou depoimento às autoridades. O agressor já não estava mais na balada.
Em janeiro de 2023, o jogador foi preso, sem direito a fiança, e em seus depoimentos apresentou algumas contradições, enquanto a vítima foi firme em sua versão.
As cinco versões diferentes de Daniel Alves não foram levadas em consideração pela justiça. Inicialmente, o ex-jogador alegou que nem sequer conhecia a mulher de 23 anos. “Nunca vi essa senhora na minha vida”, disse ele. No entanto, quando soube que existiam vídeos mostrando os dois entrando juntos no banheiro, ele mudou sua versão, admitindo a entrada no local, mas negando qualquer relação sexual.
Com a ameaça do exame de DNA, Alves confessou que ela havia praticado sexo oral nele, mas insistiu que a relação foi consensual. Quando preso, ele afirmou que houve penetração, mas continuou alegando consentimento, até mudar o discurso novamente e dizer que a mulher o forçou a manter relações sexuais.
Durante o julgamento, Daniel declarou que havia bebido muito. As provas que levaram à sua condenação de quatro anos e meio de prisão se baseavam não apenas no depoimento da vítima, mas também em relatos de testemunhas e vídeos que mostravam a mulher saindo do banheiro chorando e aparentemente desesperada. Segundo ela, quando decidiu não querer mais manter intimidade com Alves, ele a jogou no chão, forçando-a a fazer sexo oral e, posteriormente, a estuprou.
Daniel assumiu a incoerência de sua fala. Segundo ele, o motivo de distorcer a história foi uma tentativa de omissão para a esposa, Joana Sanz, de sua infidelidade. Mas, nas palavras do acusado, houve consentimento de ambas as partes: “Estou de consciência limpa, O que aconteceu e o que não aconteceu ali só sabemos eu e ela”, declarou ao jornal La Vanguardia.
Em julho do mesmo ano, Daniel Alves foi incriminado por provas suficientes para a juíza Anna Marin que também estabeleceu uma indenização de 150 mil euros à vítima.
No processo, Neymar e seu pai demonstraram apoio público ao ex-jogador, o que levantou a possibilidade de um auxílio nos custos judiciais. No entanto, até o momento, não há confirmação oficial sobre qualquer contribuição financeira por parte da família Neymar.

Como o caso fica agora?
A acusação pode solicitar recurso para o julgamento em esfera nacional, já que ele foi absolvido em uma instância menor, na Catalunha. Ainda não há pronunciamento da promotoria espanhola e nem da parte acusadora. O futuro ainda é incerto para o caso, que pode ser reaberto. Por enquanto Daniel tem permissão para viver livremente, como um inocente.
O desfecho do processo destaca os desafios enfrentados pelas vítimas de violência sexual para terem suas denúncias levadas a sério e expõe a vulnerabilidade do sistema judicial diante de casos que envolvem poder e influência. Para a sociedade não cabe o julgamento, mas às mulheres resta um sentimento de preocupação com a justiça. O desejo é que ninguém tenha seu corpo violado e, quando acontecer, que haja uma condenação coerente.
A noite de 25 de março de 2025 se tornou um dos capítulos mais amargos para a seleção brasileira. No lendário Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Brasil foi goleado por 4 a 1 pela Argentina, em duelo válido pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O resultado é a maior derrota da seleção brasileira na história das Eliminatórias, superando todos os tropeços anteriores e reforçando a crise na equipe comandada por Dorival Júnior.
Domínio argentino e apagão brasileiro
Desde os primeiros minutos, a Argentina impôs seu ritmo de jogo e dominou amplamente as ações. Mesmo sem a presença de Lionel Messi, os argentinos foram superiores em todos os setores do campo. Logo aos quatro minutos, Julián Álvarez abriu o placar após rápida troca de passes. Pouco depois, aos 12 minutos, Enzo Fernández ampliou, aproveitando uma falha na marcação brasileira.

O Brasil conseguiu descontar aos 26 minutos, com Matheus Cunha, em um dos poucos momentos de lucidez ofensiva da equipe. No entanto, o domínio argentino continuou e, ainda no primeiro tempo, Alexis Mac Allister marcou o terceiro aos 36 minutos, praticamente selando o destino da partida.
Na segunda etapa, a seleção brasileira tentou esboçar uma reação, mas mostrou desorganização e falta de intensidade. Aos 26 minutos, Giuliano Simeone fez o quarto gol, consolidando a goleada histórica.
Dorival Júnior pressionado e futuro incerto
A goleada expôs fragilidades técnicas e táticas do Brasil, aumentando a pressão sobre Dorival Júnior, contratado para renovar a equipe após a última Copa do Mundo. Com apenas uma vitória nas últimas quatro partidas das Eliminatórias, o treinador vê seu cargo ameaçado. Nos bastidores, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avalia possíveis alternativas, mas ainda não se pronunciou oficialmente.

“É um momento difícil. Precisamos refletir, corrigir nossos erros e trabalhar para recuperar a confiança do time e da torcida”, declarou Dorival Júnior após a partida.
O desempenho aquém do esperado de jogadores como Raphinha, que havia prometido "dar a vida em campo" antes do jogo, gerou frustração entre os torcedores. A apatia da equipe e a falta de reação durante a partida foram amplamente criticadas.
Classificação ameaçada e pressão crescente
Com a derrota, o Brasil caiu para a quarta posição nas Eliminatórias, restam quatro rodadas para a definição da classificação à Copa do Mundo de 2026, e o clima de pressão sobre jogadores e comissão técnica se intensifica.
A imprensa argentina celebrou o triunfo histórico, destacando a superioridade do time mesmo sem Messi. Jornais como Olé e Clarín trataram o resultado como um "massacre" e uma "humilhação inesquecível", inflamando a rivalidade histórica entre os países.
O Brasil perdeu a oportunidade de se aproximar da classificação para a Copa do Mundo após uma derrota para a Argentina, que agora lidera o torneio com 31 pontos. Com isso, o Brasil caiu para a quarta posição, sendo ultrapassado por Equador e Uruguai.
Os brasileiros precisam de um aproveitamento de 50% nos próximos quatro jogos para garantir a classificação. Os próximos desafios serão:
- Equador x Brasil (05/06)
- Brasil x Paraguai (10/06)
- Brasil x Chile (04/09)
- Bolívia x Brasil (09/09)
A classificação para a Copa do Mundo é garantida para os seis primeiros colocados, enquanto o sétimo lugar disputará a repescagem. O Brasil tem seis pontos de vantagem sobre a Venezuela, que atualmente ocupa a sétima posição.
Corinthians e Palmeiras se enfrentam para decidir o campeão paulista de 2025, após o Verdão perder o primeiro jogo da final em casa por 1x0 com gol de Yuri Alberto. Já o Alvinegro vem com histórico de ser o time da Série A do Campeonato Brasileiro que menos perdeu, apesar da eliminação precoce na Pré-Libertadores.
O jogo da volta acontece na Neo Química Arena, em Itaquera, na próxima quinta-feira (27).
Além da partida se tratar de um dos maiores clássicos do país, nomeado como derby paulista, o jogo pode coroar o alviverde como o primeiro tetracampeão do torneio desde 1919, quando o Club Athletico Paulistano foi campeão quatro vezes seguidas, antes mesmo da profissionalização do campeonato.
No entanto, o alvinegro tem a chance de frustrar o sonho palmeirense, assim como o Verdão fez com o Corinthians em 2018, quando o timão tinha a mesma oportunidade do tetracampeonato.
Retrospecto dos Derbys Paulista nas finais do Paulistão
Ao todo, foram oito finais do Paulistão entre Palmeiras e Corinthians: o primeiro confronto aconteceu em 1936 e o último em 2020. Até o momento, a equipe Alviverde leva a melhor no retrospecto das finais, tendo cinco vitórias contra três dos Alvinegros do Parque São Jorge.
● 1936 - Palmeiras campeão
● 1938 - Palmeiras campeão
● 1974 - Palmeiras campeão
● 1993 - Palmeiras campeão
● 1995 - Corinthians campeão
● 1999 - Corinthians campeão
● 2018 - Corinthians campeão
● 2020 - Palmeiras campeão
Em 2018, o Corinthians estava com um elenco totalmente diferente do campeão paulista e brasileiro no ano anterior e por isso, de acordo com a mídia da época, tinha um time inferior ao do Palmeiras, que contava com o centroavante Miguel Borja. O atacante fez o gol que deu a vitória à equipe alviverde no jogo de ida da final, na Arena Corinthians.
Já no segundo jogo, o alvinegro venceu a partida com gol de Rodriguinho ainda no primeiro tempo e um pênalti polêmico retirado pela arbitragem após uma conversa com o quarto árbitro, levou a partida às penalidades.
Nas cobranças de pênaltis, o ex -goleiro do Timão, Cássio, defendeu as batidas de jogadores palmeirenses badalados como Dudu e Lucas Lima. Porém, o chute decisivo caiu nos pés do menino da base Maycon, que converteu a cobrança que deu o título para o Corinthians, dentro do Allianz Parque.

Este último confronto, seguiu um roteiro muito parecido com o da atual edição. Na época, o Corinthians, campeão das últimas três edições (2017, 2018 e 2019), encontrou dificuldades para se classificar no Paulistão 2020, conseguindo uma vaga para as quartas de final na última rodada da fase de grupos, na vitória de 2 a 0 contra o Oeste.
Com Palmeiras e Corinthians avançando de fase, as duas equipes se encontraram na grande final e após um jogo truncado e de poucas chances criadas, a partida de ida acabou empatada em 0 a 0 na Neo Química Arena. Já na volta, o Verdão levava a melhor desde os 49 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça do atacante Luiz Adriano. Porém, foi no último lance do jogo, aos 97 minutos, que o Timão empatou o jogo após Gustavo Gómez derrubar o Jô dentro da área em um pênalti - visto pela imprensa e torcedores - como “infantil”, levando a disputa para as penalidades. No final, o Palmeiras se sagrou campeão após 12 anos, tirando a chance do tetracampeonato do seu rival.

Tal edição aconteceu no período da pandemia da Covid-19, o que consequentemente, afastou as torcidas dos estádios e impediu que o espetáculo fosse ainda maior. Já nesta edição (2025) - longe dos perigos pandêmicos - o destino quis novamente um derby cheio de emoções para a final, com um roteiro parecido da edição de 2020. O Palmeiras, que conseguiu sua vaga para as quartas na última rodada do Paulistão, na vitória de 3 a 2 contra o Mirassol, também chega para esta final como campeão dos últimos três anos consecutivos do torneio (2022, 2023 e 2024). A diferença é que logo no Allianz Parque, o Verdão sofreu uma derrota de 1 a 0 com gol do atacante Yuri Alberto, proporcionando mais emoções para o jogo da volta na Neo Química Arena.
Palmeiras ainda acredita no título
Após a derrota dentro de casa na partida de ida, o lateral-esquerdo do Verdão, Joaquín Piquerez, desabafou na entrevista pós jogo e disse que Corinthians “só chegou uma vez e fez o gol” e acredita no título paulista: “Palmeiras vem de três finais virando no 2° jogo”
O jogador uruguaio, se refere aos confrontos contra os times São Paulo, Água Santa e Santos, no qual o Palmeiras reverteu a desvantagem em todos os confrontos. Em 2022, a equipe alviverde perdeu para o tricolor paulista no Morumbis por 3 a 1, e reverteu o placar com uma goleada de 4 a 0 no Allianz Parque. No ano seguinte, o Palmeiras havia perdido por 2 a 1 na Arena Barueri, para o Água Santa - perdendo a chance de ser campeão invicto daquela edição. Repetindo o mesmo placar da final anterior no jogo da volta, o Verdão aplicou um sonoro 4 a 0 em seu estádio, conquistando o bicampeonato. Por fim, no ano de 2024, foi a vez do Santos se tornar uma outra vítima do Palmeiras. Após a vitória por 1 a 0 na Vila, a equipe palestrina novamente reverteu o placar no jogo de volta em seu estádio, vencendo o jogo por 2 a 0 e conquistando o tricampeonato.
Apesar do resultado, Corinthians mantém pés no chão
Claro que o alvinegro conseguiu buscar uma excelente vantagem no Allianz Parque ao vencer o primeiro jogo da final do campeonato, mas ainda não tem nada ganho, muito menos fácil.
Além do clube alviverde ter viradas nas últimas finais do estadual, o timão vem sofrendo com a defesa durante o ano, principalmente em bolas aéreas e sofrendo gols na maioria dos jogos. Os exemplos mais recentes em jogos decisivos são nas partidas pela pré-Libertadores, as quais o Corinthians enfrentou clubes abaixo tecnicamente, mas mesmo assim sofreu muitos gols, principalmente contra o Universidad Central, da Venezuela, tomando dois gols em casa.
No entanto, o clube sofreu apenas 1 gol nos últimos 4 jogos e a defesa se firmou com os zagueiros Gustavo Henrique e Félix Torres, o que pode ser um trunfo.
Ramon Díaz já demonstrou ser um treinador experiente, campeão da Libertadores pelo River Plate, logo sabe que administrar a vantagem pode ser perigoso com um time tão forte mental e tecnicamente do outro lado.
Esse Derby promete entrar para a história, independente do resultado. Podendo marcar a volta do Corinthians aos títulos ou a continuação da supremacia verde no maior estadual do país.
O clube alvinegro contará com mais de 48 mil pessoas no estádio para fazer valer a vantagem de um gol para voltar a levantar taças em Itaquera. Já o Palmeiras aposta suas fichas no ataque jovem e estrelado com Vitor Roque e Estevão para diminuir a vantagem e virar o placar, ficando assim com o título na casa de seu maior rival.
Na última sexta-feira (21) teve início a primeira etapa da STU Pro Tour 2025, sediada na cidade de Porto Alegre, que abriga a maior pista de skate da América Latina. O campeonato movimenta os cenários nacional e internacional do esporte, contando com as modalidades Skate Street e Skate Park, ambos feminino e masculino, que conheceram seus vencedores na tarde de domingo (23), além das categorias Paraskate, finalizada no sábado (22), e Mini Ramp e Vert, programadas para o próximo final de semana, nos dias 29 e 30 de março.
Grandes nomes do skate e paraskate mundial se reuniram na Orla do Guaíba durante o final de semana e mostraram novamente porque fazem parte da elite de suas modalidades. O público se fez presente lotando as arquibancadas e vibrando junto com os atletas, e contou com, além de muito skateboard, shows de DJs e músicos ao longo do evento, que foi encerrado com o rapper Djonga no palco após o fim das competições no domingo.
Sexta-feira de classificatórias
O calor da cidade ajudou a esquentar o primeiro dia de campeonato, com todos os skatistas buscando seu lugar nas semifinais durante as etapas classificatórias, que já mostraram o nível muito elevado da competição. Inicialmente, foram disputadas quatro baterias nas modalidades femininas e seis nas masculinas. Rayssa Leal garantiu sua vaga na semifinal do Street com um 75.55, a melhor nota da bateria com folga, mas preocupou os espectadores sentindo muita dor na região do glúteo após uma queda. Os brasileiros Gui Khury e Giovanni Vianna também se destacaram no Park e Street, respectivamente.

Com apenas 16 anos, Khury é a promessa da nova geração do Skate Park, enquanto Vianna já é um atleta olímpico consolidado na cena do Street. Gui, apesar de jovem, já coleciona três recordes no World Guinness e um título mundial em sua modalidade original, o Vert, e vem chamando atenção com seu desempenho no Park, em que começou a competir. Em sua classificação, acertou um flip body varial 540, agitando o público. Outros dois destaques nas pistas do Park foram a espanhola Naia Laso, com a maior nota entre as baterias, e o italiano Alessandro Mazzara, que se classificou com pontuação 90.00, atingindo o nine club (nota igual ou superior a 90.00).
Sábado de semifinais e final do Paraskate
As disputas das semifinais agitaram o sábado na Orla, com verdadeiros shows de skate. No Street masculino, Giovanni Vianna e Carlos Ribeiro obtiveram as maiores notas, vencendo suas baterias, e garantindo seus lugares na final juntamente com mais três brasileiros e o peruano Angelo Caro. Já no Park feminino, a brasileira Yndiara Asp levou a melhor nota, deixando Naia Laso em segundo lugar na bateria. Ambas se classificaram ao lado das brasileiras Dora Varella, Raicca Ventura e Fernanda Tonissi, e da japonesa Mizuho Hasegawa.
Ocorreu também no sábado a final (disputa única) do Skate Adaptado, ou Paraskate, que alterna entre as modalidades a cada etapa, sendo a vez do Park em Porto Alegre. O campeão com direito a nine club (91.33) e grande destaque foi Vini Sardi, presidente da Associação Brasileira de Paraskate. Felipe Nunes garantiu o segundo lugar, com nota 87.58, e o terceiro lugar ficou para Italo Romano, com 82.17.
Uma mistura de ansiedade e apreensão tomou conta das arquibancadas, que clamavam por Rayssa Leal na semifinal do Street feminino, ao mesmo tempo que a viam novamente sentir dor na mesma região após cair durante o aquecimento. Apesar do desconforto, a Fadinha competiu e se garantiu com tranquilidade na final, numa disputa com notas não muito altas.
Para encerrar o dia longo, o Park masculino pegou fogo com o nível altíssimo dos atletas, que jogaram a dificuldade lá em cima. Gui Khury voou e brilhou na pista novamente, se classificando com 91.38, atrás na tabela geral apenas do norte-americano Tate Carew, outro grande destaque, com nota 92.33. O brasileiro Luigi Cini também atingiu o nine club, pontuando 91.00. Mazzara veio em seguida, com 88.83, colado no brasileiro Kalani Konig, com 88.00, e por fim o veterano Pedro Barros, que garantiu sua classificação na última volta, ficando com 86.77, e deixando um dos favoritos à final, Augusto Akio, de fora.
Veja a lista completa dos classificados para as finais
Skate Street masculino:
Angelo Caro (PER)
Carlos Ribeiro (BRA)
Wallace Gabriel (BRA)
Giovanni Vianna (BRA)
Ivan Monteiro (BRA)
Bruno Silva (BRA)
Skate Street feminino:
Rayssa Leal (BRA)
Gabi Mazetto (BRA)
Kemily Suiara (BRA)
Aoi Uemura (JPN)
Daniela Terol (ESP)
Maria Lúcia (BRA)
Skate Park masculino:
Kalani Konig (BRA)
Gui Khury (BRA)
Pedro Barros (BRA)
Tate Carew (EUA)
Alessandro Mazzara (ITA)
Luigi Cini (BRA)
Skate Park feminino:
Yndiara Asp (BRA)
Naia Laso (ESP)
Fernanda Tonissi (BRA)
Dora Varella (BRA)
Raicca Ventura (BRA)
Mizuho Hasegawa (JPN)
Domingo de finais
O dia das finais empolgou o público com a presença de muitos atletas brasileiros nas disputas pelo pódio. Rayssa Leal, medalhista olímpica e multicampeã da modalidade, conquistou o primeiro lugar do Skate Street feminino, brilhando na pista com pontuação 81.57 e levantando a torcida com um 360 kickflip para fechar a volta do título com estilo. Em segundo lugar ficou a espanhola Daniela Terol, com 64.37, e em terceiro, a brasileira Maria Lúcia, com 51.24.

No Skate Park feminino, Naia Laso ficou no topo do pódio com nine club (90.67), seguida por Yndiara Asp em segundo, com 85.00, e Mizuho Hasegawa em terceiro, pontuando 84.51. Já na final do Street masculino, Giovanni Vianna foi o grande vencedor com nota 88.80 numa disputa intensa. Em segundo lugar, Carlos Ribeiro ficou com 85.97, e em terceiro, Angelo Caro, com 79.30.
Guardando suas melhores manobras para a final, o jovem Gui Khury não cansou de impressionar os jurados e o público e foi pela primeira vez campeão do Skate Park masculino, pontuando 91.00. Os demais brasileiros, que foram bem na semifinal, acabaram desbancados por Tate Carew, em segundo lugar com 89.00, e Alessandro Mazzara em terceiro, com 88.47. Assim foi encerrado o primeiro final de semana da STU Pro Tour na capital gaúcha, que ainda contará com Gui Khury voltando às pistas na disputa do Vert, sua especialidade.