A cerimônia da Bola de Ouro, realizada pela revista France Football, aconteceu nesta segunda (28) no Théâtre du Châtelet, em Paris, na França. Rodri, volante do Manchester City, ganhou como melhor do mundo. O brasileiro Vinícius Jr. era o favorito ao prêmio e a surpresa do atacante em segundo lugar causou polêmicas. Para a opinião popular, a credibilidade da premiação está em declínio. A escolha deste ano levantou questões sobre a verdadeira meritocracia do futebol.
O boicote madridista
A polêmica iniciou quando o jornalista Fabrizio Romano, especialista no mercado da bola, confirmou que o elenco do Real Madrid não estaria presente em Paris, incluindo Vini Jr. A notícia agitou o mundo do esporte, pois além do favoritismo do Malvadeza, o time merengue foi um dos indicados a melhor time, o técnico Ancelotti ao prêmio de melhor treinador e o atacante francês Kylian Mbappé como artilheiro. Em um clima de desconforto, as três categorias não tiveram representantes para receber as premiações.
"Se os critérios de premiação não apontarem Vinicius como vencedor, esses mesmos critérios deveriam indicar Carvajal como o vencedor", declarou o Real Madrid à Agence France-Presse (AFP). "Como isso não ocorreu, é claro que o [prêmio] Bola de Ouro não respeita o Real Madrid. E o Real Madrid não vai onde não é respeitado."
A controversa segunda posição para o craque brasileiro gerou uma repercussão mundial insatisfeita com o resultado. Após a premiação em Paris, Vinícius Júnior recebeu amplo apoio no Brasil, com manifestações de companheiros de Seleção como Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, jogadores de clubes, torcedores, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e até do Governo Federal.
O carinho não ficou restrito ao Brasil, muitos jogadores, incluindo seus colegas do Real Madrid, também usaram as redes sociais para declarar que ele é o verdadeiro Melhor do Mundo. O goleiro Lunin, o zagueiro Éder Militão, o meio-campista Eduardo Camavinga e o aposentado Toni Kroos expressaram seu descontentamento nas redes sociais em relação ao resultado. O técnico Carlo Ancelotti também se posicionou em defesa do brasileiro.

Vini Jr e Rodri em uma partida de Real Madrid x Manchester City.
FOTO: REUTERS/Isabel Infantes
Melhor do Mundo?
O vencedor da Bola de Ouro, Rodri não foi indicado a melhor jogador em nenhum campeonato que disputou. No prêmio da Eurocopa com a seleção espanhola também não se apresentou como uma peça decisiva no título.
Alguns nomes foram comentados durante a temporada, como de Jude Bellingham que estreou no Madrid como protagonista, com 23 gols e 13 assistências em 42 jogos. O inglês, atuando como meia, foi o artilheiro isolado da La Liga em inúmeras rodadas, mas nos últimos jogos Vinicius assumiu a liderança de gols do campeonato.
Segundo o prêmio, os critérios de pontuação para definir o ganhador se baseiam em três aspectos: desempenhar um caráter individual decisivo e impressionante, conquistas em equipe com classe, e jogo limpo e imagem pública do jogador, dentro e fora de campo.
Rodri não era o favorito ao Ballon D'or em algumas justificativas estabelecidas pela revista francesa. Não há dúvidas da alta performance do jogador espanhol, mas nessa temporada o futebol jogado não deveria ser o suficiente para ele levar o troféu para casa.Na votação popular, Vini venceu. Em enquete feita pelo jornal L'Équipe, que é parceiro da premiação, o brasileiro obteve 41,3% dos votos. Rodri ficou em segundo lugar, com 13,5%.
O júri final é composto por 100 jornalistas dos países que ocupam as primeiras posições no ranking da FIFA. Cada um vota em uma lista de 30 nomes pré-selecionados pelo L’Équipe e os embaixadores da UEFA, Luís Figo e Nadine Kessler. A votação final do feminino é restrita a jornalistas de 50 países.Esse colégio eleitoral escolhe seus dez jogadores favoritos. O favorito ganha 15 pontos, o segundo melhor 12 e o terceiro dez. Na sequência, as notas são oito, sete, cinco, quatro, três, dois e um, respectivamente. A soma dos pontos determina o vencedor.
Na manhã desta terça (29), o editor-chefe da revista francesa, Vincent Garcia, explicou os motivos para a derrota do brasileiro. De acordo com ele, Vini enfrentou dificuldades devido à presença de Bellingham e Carvajal, seus companheiros de equipe, entre os cinco primeiros e, matematicamente, isso lhe custou alguns pontos. Essa situação resume a temporada do Real Madrid, que contou com quatro jogadores no topo. Os jurados acabaram dividindo as escolhas entres esses atletas, o que favoreceu Rodri.
A luta contra o racismo
Após o resultado da premiação, em suas redes sociais, Vinícius Jr declarou: “Eu farei 10x se for preciso, eles não estão preparados”.
A fala do brasileiro incentiva a uma reflexão do que representa um sul-americano negro no topo do mundo. Desde que Vini começou a se destacar na equipe merengue ele é ofendido com insultos racistas. Esse preconceito não é exclusivo a ele na Europa, mas o comportamento de resistência do jogador atraiu olhares do mundo todo para o assunto.
Um vislumbre de justiça começou a aparecer em junho deste ano. Três torcedores do Valencia, clube espanhol, foram condenados a oito meses de prisão por ataques preconceituosos ao jogador, a sentença representou um grande passo para a luta antirracista no futebol europeu.
O segundo lugar do Malvadeza na premiação francesa trouxe à tona a discussão de uma represália ao combate do jogador ao racismo. Hoje, o goleador é a principal voz da pauta no futebol. Para muitos, esse posicionamento representa a evolução para uma sociedade menos preconceituosa. Por outro lado, Vinícius também irritou quem não aceita a mudança das estruturas eurocêntricas.
Em 2023, o brasileiro ganhou o prêmio Sócrates por seu trabalho no Instituto Vinícius Júnior, organização criada pelo atacante no Rio de Janeiro para ajudar crianças que vivem em condições de pobreza por meio do esporte. O prêmio, também entregue pela France Football, foi feito para homenagear ações de solidariedade promovidas por personalidades do futebol. Vinicius Junior além de lutar contra o racismo, também está lutando contra o sistema.
Afinal, o quanto vale a Bola de Ouro? O quanto valeu não ganha-la? Hoje, o respeito e o reconhecimento mundial pelo talento e pelas conquistas de um jogador se tornaram mais valiosos do que o prêmio que a Europa estabelece. O “melhor do mundo” vai além de uma estatueta, é sobre o impacto de um atleta dentro e fora de campo. O prêmio está no combate a preconceitos que afloram na sociedade atual.

Os demais vencedores dos prêmios da revista France Football 23/24 foram:
Melhor jogadora do mundo: Aitana Bonmatí
Melhor treinador(a): Carlo Ancelotti (masculino) e Emma Hayes (feminino)
Troféu Yashin (melhor goleiro): Emiliano Martínez
Troféu Kopa (melhor jogador jovem): Lamine Yamal
Troféu Sócrates (causas sociais): Jenni Hermoso
Troféu Gerd Muller (artilheiro da temporada): Harry Kane e Kylian Mbappé
Clube do ano: Real Madrid (masculino) e Barcelona (feminino)
A 31ª rodada do Brasileirão 2024 foi recheada de emoções e polêmicas. Entre pênaltis e expulsões, sete árbitros envolvidos nos confrontos entre Palmeiras e Fortaleza, Flamengo e Juventude, e Vitória e Fluminense foram afastados. Além disso, a parte de baixo da tabela segue agitada, enquanto o Botafogo manteve distância na liderança. Confira como foram os jogos:
PALMEIRAS 2 X 2 FORTALEZA
Na abertura da rodada, Palmeiras e Fortaleza, o segundo e terceiro colocados respectivamente, se enfrentaram no Allianz Parque, em São Paulo, no sábado (26). Em partida de ação e reação as equipes foram com força máxima e empataram em 2 a 2, com gols de Raphael Veiga e Estevão para o time da casa, e Hércules e Moisés para a equipe cearense.
O primeiro tempo foi muito movimentado, com chances para ambas as equipes. O Palmeiras começou melhor, com chances de Estevão e Gustavo Gomez, até Flaco López ser tocado na área pelo zagueiro Titi. Raphael Veiga converteu o pênalti aos 28 minutos, chegando a 100 gols com a camisa do clube alviverde. O Laion cresceu com o gol sofrido, e apenas dez minutos depois, Hércules acertou uma bomba no rebote do escanteio, deixando tudo igual na primeira etapa.

Na segunda parte do jogo, o cenário se repetiu, com boas jogadas do Verdão até a marcação de mais um pênalti após análise do VAR. Estevão marcou aos 11 minutos e chegou a artilharia do campeonato com 11 gols, com apenas 17 anos, empatando com Pedro, do Flamengo. Explorando os contra-ataques, o time cearense empatou o jogo aos 17 minutos, após Moisés pegar bola mal tirada por Mayke e finalizar para o gol, fechando o marcador em 2 a 2.
O resto do jogo foi de chances somente do time da casa, que impôs o ritmo e não conseguia furar a defesa dos visitantes, que exploravam o contra-ataque. Com o resultado, o Palmeiras chega a 61 pontos, três atrás do Botafogo, enquanto o Fortaleza se mantém na terceira colocação com 57 pontos.
A partida ficou marcada por possíveis erros de arbitragem, com muita reclamação do Laion em ambos os pênaltis marcados e no lance de uma possível expulsão de Weverton, que empurrou Pikachu após o segundo gol do Fortaleza. Os palmeirenses também reclamaram de uma possível agressão de Martinez a Richard Rios. Após o fim da rodada, o árbitro Ramon Abatti Abel e o árbitro de vídeo, Pablo Ramon, foram afastados.
Na próxima rodada, o time de Abel Ferreira tem clássico contra o Corinthians, na segunda-feira (04), às 20h, na Neo Química Arena. Já o time de Vojvoda visita o Juventude no sábado (02), às 18h30 (horário de Brasília), no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS).
FLAMENGO 4 X 2 JUVENTUDE
Em jogo de seis gols, o Flamengo venceu o Juventude no último sábado (26) no Maracanã, no Rio de Janeiro. Michael, Gabriel, Arrascaeta e Plata marcaram na vitória por 4 a 2, e Gilberto e Edson Carioca diminuíram para o time visitante. A partida também ficou marcada por erros da arbitragem e o fim de jejum de Gabriel, que não marcava desde junho, enquanto Arrascaeta havia balançado as redes na última vez no início de setembro.
A equipe da casa foi melhor no primeiro tempo com muitas chances criadas, e logo aos oito minutos, Michael aproveitou rebote, limpou o defensor e abriu o placar no Maracanã. Mesmo com a pressão, o time não conseguiu ampliar o marcador, e acabou sofrendo o empate em finalização de Gilberto, aos 24 minutos.
Em contrapartida, o segundo tempo foi intenso com quatro gols. Aos dois minutos, Gerson sofreu pênalti e Gabriel converteu, deixando o Flamengo novamente na frente. Seis minutos depois foi a vez de Arrascaeta deixar o dele ao bater de fora da área após passe de Gerson, aumentando o placar em 3 a 1. As chances continuaram, porém foi a vez do time gaúcho diminuir o placar, após bela finalização de Edson Carioca, aos 24 minutos da segunda etapa.

Junto a penalidade, outro lance polêmico foi a expulsão de Nenê, aos 29 minutos, quando recebeu dois cartões amarelos seguidos por reclamação, o que revoltou o time visitante. Com um a menos, ainda deu tempo de Plata fazer seu primeiro gol com a camisa do Rubro-negro, aos 49 minutos da etapa final, e fechando o placar em 4 a 2. Vale lembrar que após o fim da rodada, o árbitro Braulio da Silva Machado e o árbitro de vídeo, Diego Pombo Lopez, foram afastados.
Com o resultado, o Flamengo somou 54 pontos e ficou a dez do líder Botafogo. Já o Juventude entrou na zona de rebaixamento e está na 18° colocação, com 34 pontos.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Flamengo volta a campo na quarta-feira (30), contra o Internacional, às 19h (horário de Brasília), em partida atrasada da 17ª rodada. Já o Juventude, que demitiu o técnico Jair Ventura, volta a jogar no próximo sábado (02) pela 32ª rodada, contra o Fortaleza, em Caxias do Sul (RS), às 18h30 (horário de Brasília).
GRÊMIO 3 X 1 ATLÉTICO-GO
O Grêmio recebeu o Atlético-GO também no sábado (26), na Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS). Com o resultado, o time gaúcho se distancia da zona de rebaixamento e ocupa a 11ª posição, com 38 pontos, quatro a mais que o Bragantino, 17º colocado e primeiro na zona da degola.
O primeiro tempo começou com vantagem para o Rubro-Negro, que teve maior posse de bola e escolheu explorar seus contra-ataques. Aos 24 minutos, o goleiro Marchesín errou, o meio-campista do Dragão, Rhaldney, recuperou a bola, invadiu a área e acabou sendo derrubado por Jemerson. O árbitro marcou pênalti na hora. Na cobrança, Derek viu o goleiro do Grêmio fazer a defesa, mas, no rebote, conseguiu acertar as redes e abriu o placar pro Atlético.
Um pouco antes do intervalo, aos 40 minutos, o Grêmio conseguiu o empate. Com uma boa jogada de Braithwaite, que driblou a defesa e fez a bola passar por todos na área, Soteldo ficou com a posse, ajeitou e marcou o gol do empate gremista.

Confiante com o gol, o Tricolor Gaúcho buscou a vitória no segundo tempo. Aos 14 minutos, o atacante Aravena recebeu na ponta direita e cruzou para Pepê, que chutou pro gol, fazendo 2 a 1. Mesmo com vantagem, o time facilitou a entrada do Dragão em sua defesa e quase sofreu um segundo gol, aos 23 minutos. Porém, ainda deu tempo do Grêmio marcar antes do apito final. Aos 37, Reinaldo cruzou da esquerda e encontrou Villasanti livre na segunda trave, finalizando o jogo em 3 a 1.
Na próxima rodada, o Grêmio enfrentará o Fluminense na sexta-feira (01), às 21h (horário de Brasília), no Maracanã. Já o Atlético-GO jogará em casa contra o Atlético-MG, na quarta-feira (06), às 21h (horário de Brasília), no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia (GO).
VITÓRIA 2 X 1 FLUMINENSE
O Vitória recebeu o Fluminense no sábado (26), no Barradão, em confronto direto na parte de baixo da tabela. Com a conquista dos três pontos, o Vitória chegou aos 35 pontos e subiu para a 14º colocação. Já o Tricolor, com 36 pontos, ficou em 13º, e ambas as equipes ainda fogem do Z4.
O primeiro tempo foi equilibrado para ambos os times, apesar do Fluminense ter criado mais oportunidades de marcar, os donos da casa mantiveram a maior posse de bola. Com apenas quatro minutos de jogo, o ponta direita do Vitória, Gustavo Mosquito, encontrou William Oliveira na área, que dominou a bola e foi derrubado por Thiago Santos. O juiz marcou pênalti para os mandantes, mas após revisão no VAR, Flávio Rodrigues de Souza anulou a marcação contra o Tricolor.
O Fluminense tentou abrir o placar no final do primeiro tempo, após finalização do meio-campista Lima, mas Lucas Arcanjo defendeu. Porém, isso não impediu que o Vitória continuasse buscando seu primeiro gol, e nos acréscimos da primeira etapa, Neris marcou depois de cobrança de falta de Lucas Esteves, abrindo o placar para o Leão da Barra.

No segundo tempo, aos 15 minutos, o Fluminense conseguiu igualar o placar, em um lance de azar do goleiro do Leão. Após um chute forte de fora da área de Martinelli que bateu na trave, a bola voltou nas costas de Lucas Arcanjo e entrou, deixando o placar em 1 a 1.
O Vitória se lançou ao ataque e nos acréscimos da segunda etapa, Manoel perdeu a bola na defesa, Lima tentou disputa-la com Matheuzinho na área. O meio campo da equipe baiana caiu e o árbitro marcou a penalidade. Alerrandro foi para a cobrança e garantiu a vitória do Leão no Barradão, encerrando o jogo em 2 a 1.
Após as polêmicas durante o jogo, o árbitro de campo Flávio Rodrigues de Souza, o árbitro de vídeo Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral e seu auxiliar José Claudio Rocha Filho, foram suspensos.
Pela 32ª rodada do Brasileirão, o Vitória enfrentará o Athletico-PR, às 18h30 (horário de Brasília), na Ligga Arena, em Curitiba (PR). Já o Fluminense recebe o Grêmio na sexta-feira (01), às 21h, no Maracanã.
ATHLETICO-PR 3 X 0 CRUZEIRO
Athletico Paranaense e Cruzeiro se enfrentaram, na Ligga Arena, em Curitiba (PR), durante o sábado (26), em um jogo marcado por uma das expulsões mais rápidas do Brasileirão e pela vitória do Furacão por 3 a 0, após 11 rodadas de jejum no campeonato. Três segundos depois do árbitro autorizar o início da partida, o cruzeirense Rafa Silva desferiu uma cotovelada no zagueiro adversário, Kaique Rocha, que gerou o cartão vermelho antes do primeiro minuto de jogo.

Pablo fez o primeiro gol do Furacão, de cabeça, aos 24 minutos. Já na segunda etapa, com 14 segundos no relógio, o atacante Julimar interceptou a troca de passes da defesa do Cruzeiro, disparou em direção a grande área e bateu forte para balançar a rede. O terceiro e último gol foi de Nikão, que chutou com a perna esquerda para acertar o canto direito do goleiro cruzeirense Anderson.
Na rodada seguinte, o Furacão enfrenta o Vitória, em um confronto decisivo para se manter longe do Z4, na Ligga Arena, às 18h30 (horário de Brasília), no sábado (02). O Cruzeiro joga contra o Flamengo, no Mineirão, quarta-feira (06), às 21h00 (horário de Brasília).
RB BRAGANTINO 0 X 1 BOTAFOGO
Na noite de sábado (26) aconteceu a partida entre RB Bragantino e Botafogo no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP). O time carioca venceu e abriu vantagem como líder da competição, com 64 pontos.
O primeiro tempo foi dominado pelo Botafogo, com algumas finalizações de Igor Jesus, mas sem chances de gol e muitas emoções. O Massa Bruta teve boa chance com Matheus Fernandes e Jhon Jhon, mas não conseguiu balançar a rede.

Já no segundo tempo, o atual líder entrou em campo mais ligado, dominando as ações da segunda etapa. Aos dois minutos, Cuiabano recebeu um lançamento de Marlon Freitas e tentou empurrar para o gol, mas sem sucesso. O Glorioso chegou mais algumas vezes, com Bastos e Tiquinho, mas foi só aos 40 minutos que a equipe carioca encontrou o gol, com uma cobrança de falta de Romero e cabeceio de Gregore, marcando seu primeiro gol com a camisa da equipe carioca.
Na próxima rodada, o Botafogo enfrenta o Vasco na terça-feira (05), às 21h30 (horário de Brasília), no Nilton Santos. Já o RB Bragantino recebe no sábado (02) o Cuiabá, no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP), às 16h (horário de Brasília).
ATLÉTICO-MG 1 X 3 INTERNACIONAL
O Internacional foi a Minas Gerais enfrentar o Atlético Mineiro em busca do G4 da competição e venceu por 3 a 1. A equipe mineira atuou com reservas, poupando jogadores para o jogo de volta da semifinal da Libertadores contra o River Plate.
O primeiro tempo na Arena MRV foi movimentado, com chances para ambos os lados, mas marcado por uma arbitragem rigorosa que distribuiu cartões logo nos primeiros minutos. Aos 22 minutos, Alisson desceu pela direita, cortou para o meio e finalizou, mas Rochet fez boa defesa. A resposta do Inter veio aos 34 minutos, quando Bernabei arriscou um chute e Everson, ao defender, deu rebote. Em nova tentativa, Bernabei sofreu uma carga de Fuchs dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Alan Patrick converteu a cobrança, abrindo o placar.
Dois minutos depois, Bernabei ampliou o placar ao receber um belo passe de Borré e finalizar de primeira. O Atlético diminuiu de pênalti, após Rubens chutar e acertar a trave. No rebote, Vargas foi derrubado na área. O próprio chileno cobrou e marcou o gol do Galo.

O segundo tempo foi prejudicado pela forte chuva em Belo Horizonte, tornando o jogo mais físico e truncado. Gustavo Scarpa foi expulso no banco de reservas após receber dois cartões amarelos por reclamação. Aos 26 minutos, Bruno Tabata caiu na área após dividida com Saravia, e o árbitro inicialmente marcou pênalti, mas anulou após revisão do VAR. Nos minutos finais, em um contra-ataque rápido, Alan Patrick tocou para Bernabei, que encontrou Bruno Tabata. O jogador bateu de primeira, fechando o placar em 3 a 1 para o Inter.
O Internacional voltará a campo na quarta (30), às 19h (horário de Brasília), em confronto direto pela quarta colocação contra o Flamengo, em Porto Alegre (RS), em partida atrasada válida pela 17ª rodada do campeonato. Já o Atlético-MG, atual 10º colocado no Campeonato Brasileiro, enfrentará o River Plate pela Libertadores na terça (29). Pela 32ª rodada do Brasileirão, a equipe mineira joga na quarta-feira (06), contra o Atlético-GO, em Goiânia (GO), às 21h (horário de Brasília).
CRICIÚMA 1 X 1 SÃO PAULO
No último jogo de sábado (26), São Paulo e Criciúma empataram por 1 a 1 neste sábado (26), em partida válida pela 31ª rodada, no Estádio Heriberto Hülse, em Criciúma (SC). O resultado complicou a situação do Tigre na reta final do campeonato, mantendo a equipe catarinense a três pontos da zona de rebaixamento, enquanto o Tricolor segue em busca da classificação para a Libertadores.

O centroavante Felipe Vizeu abriu o placar para o Criciúma, aos 21 minutos do primeiro tempo, aproveitando uma falha dos zagueiros Arboleda e Alan Franco, que não conseguiram afastar a bola da pequena área, deixando-a livre para Vizeu marcar. Já próximo do fim da segunda etapa, o São Paulo eliminou a vantagem adversária: após o cruzamento do meia Wellington Rato, Calleri ajeitou para o volante Liziero acertar o ângulo superior esquerdo do gol de Gustavo, que não pôde impedir o empate.
As equipes voltam a campo pela 32ª rodada na terça-feira (05). O São Paulo enfrenta o Bahia na Arena Fonte Nova, às 21h30 (horário de Brasília). No mesmo horário, o Criciúma encara o Internacional no estádio Beira-Rio.
CUIABÁ 0 X 1 CORINTHIANS
Nesta segunda-feira (28) o Corinthians venceu o Cuiabá na Arena Pantanal pela e encerrou a rodada fora da zona de rebaixamento. Com o resultado, o Corinthians subiu para 15° lugar, com 35 pontos. O Cuiabá segue na vice-lanterna, com 27 pontos.
O primeiro tempo foi marcado por poucas boas jogadas, sem criatividade e eficiência. As equipes praticamente não ofereceram perigo umas às outras, mas foi aos 43 minutos que o Timão teve um pênalti marcado, após uma ligação direta do zagueiro Félix Torres para Talles Magno, que foi derrubado na área pelo zagueiro Marllon, do Cuiabá. A estrela do time, Memphis Depay, foi para a cobrança e garantiu o placar para o time paulista.

O segundo tempo também não foi bom, com o jogo arrastado e lento, sem boas chances de gol para as duas equipes. Aos 22 minutos, o Cuiabá teve sua primeira chance na segunda etapa, com chute perigoso de Lucas Fernandes para fora. Logo depois, Talles Magno chutou forte e a bola explodiu na trave. Nos minutos finais, o Dourado foi para cima da equipe paulista, mas não garantiu o empate.
O Timão volta a campo na segunda-feira (04), na Neo Química Arena, para disputar o dérbi contra o Palmeiras, às 20h (horário de Brasília). O Cuiabá visita o RB Bragantino no sábado (02), às 16h (horário de Brasília), no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).
VASCO 3 X 2 BAHIA
O Vasco recebeu o Bahia em São Januário no encerramento da 31ª rodada do Brasileirão e venceu por 3 a 2, em uma partida movimentada, com quatro dos cinco gols sendo marcados no primeiro tempo. Com o resultado, o Bahia permanece na sétima colocação, com 46 pontos, enquanto o Vasco sobe para a nona posição, com 43 pontos.
No início do jogo, o Vasco dominou as ações ofensivas e criou as melhores oportunidades. Logo aos 11 minutos, Puma Rodriguez arriscou de fora da área, e o goleiro Marcos Felipe espalmou para o meio, deixando a bola à disposição de Emerson, que aproveitou para abrir o placar. A pressão vascaína continuou e, seis minutos depois, Emerson encontrou Rayan na área, que, ao disputar com Kanu, sofreu pênalti. Na cobrança, Payet bateu no ângulo esquerdo, ampliando o placar para 2 a 0.

O Bahia tentou reagir aos 23 minutos com Everton Ribeiro, mas o chute fraco facilitou a defesa de Leo Jardim. Em resposta, o Vasco marcou novamente aos 31 minutos, quando Galdames ajeitou para Payet, que conduziu e finalizou de esquerda para marcar seu segundo gol na partida, o terceiro do Cruz Maltino. Após o 3 a 0, o Vasco recuou um pouco e o Bahia aproveitou para criar mais oportunidades. Aos 41 minutos, Ademir fez bom cruzamento pela direita e Lucho Rodriguez cabeceou para diminuir o placar.
No segundo tempo, o Bahia seguiu criando oportunidades, enquanto o Vasco buscava os contra-ataques. Aos 29 minutos, Everton Ribeiro lançou Thaciano, que invadiu a área e finalizou. Leo Jardim fez grande defesa, mas na sobra, Ademir completou de cabeça, aproximando o Bahia no placar.
A última grande chance do jogo ocorreu aos 48 minutos, quando Iago Borduchi fez boa jogada e encontrou Rafael Ratão, que finalizou, mas Leo Jardim fez outra excelente defesa. No rebote, Ratão chutou com o gol aberto, mas mandou para fora.
As equipes voltam a campo na próxima quarta (05). O Bahia joga na Arena Fonte Nova, contra o São Paulo, às 21h30 (horário de Brasília). O Vasco, por sua vez, enfrenta o Botafogo, líder do campeonato, no mesmo horário.
Na segunda-feira (28), o Santos visitou o Ituano no estádio Novelli Júnior, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A equipe santista saiu vitoriosa com os gols do meia Serginho e do atacante Guilherme.

PRIMEIRO TEMPO
O Galo de Itu começou a partida com boas oportunidades, uma delas foi o chute no pé da trave do atacante Thonny Anderson e minutos depois, o meia Yann fez o goleiro Diogenes trabalhar. O Peixe reagiu e Guilherme acertou um belo passe para Serginho, que abriu o placar aos 18 minutos. Atrás no resultado, o Ituano se expôs, gerando mais chances para a equipe santista, que não aproveitou.
SEGUNDO TEMPO
A segunda etapa poderia ter sido diferente para o time mandante, caso o zagueiro Claudinho não tivesse falhado na saída de bola e o Santos não aproveitasse para ampliar o placar com Guilherme aos seis minutos. Com o resultado nas mãos, o alvinegro praiano controlou bem o resto da partida e o zagueiro Gil ainda acertou uma bola na trave, enquanto o Ituano tentava, mas sem levar perigo. No fim, o Santos venceu por 2 a 0.
DESEMPENHO GERAL
O Galo de Itu deixou evidente que é uma equipe frágil, poderia ter aberto o placar nos primeiros minutos, mas no decorrer do jogo mostrou não ter força o suficiente para impedir o seu adversário de marcar gols, além da fragilidade ofensiva. Por outro lado, o Peixe fez aquilo que se espera dele nesta Série B, garantindo três pontos fáceis e aproximando o time do acesso à elite do Campeonato Brasileiro.

PRÓXIMOS JOGOS
O Santos volta a campo no sábado (02), às 16h30 (horário de Brasília), contra o Vila Nova, na Vila Viva Sorte, pela 35ª rodada da Série B. Já o Ituano recebe o CRB, na segunda-feira (04), às 21h15 (horário de Brasília), pela mesma rodada.
Não há duvidas de que, atualmente, Gabriel Bortoleto é o brasileiro mais citado no mundo da Fórmula 1. Nascido em 14 de outubro de 2004, o piloto do Programa de Desenvolvimento da McLaren é um dos principais relacionados à uma vaga na Sauber – que passará a ser Audi em 2026. Os rumores começaram apenas como uma esperança dos brasileiros, mas ganharam força nos bastidores.
Em 2023 foi campeão da Fórmula 3, pela Trident. Na temporada atual, em que defende a Invicta Racing na Fórmula 2, – onde é o grande favorito ao título – as conquistas do jovem na categoria, fizeram os olhos do alto escalão da Sauber/Audi brilharem com a possibilidade de ter o talento em seu segundo assento.
No momento, a equipe só anunciou o nome de Nico Hulkenberg para a próxima temporada, com a segunda vaga ainda em aberto. Valtteri Bottas é o outro candidato forte, e Mick Schumacher foi confirmado como opção por Mattia Binotto, o chefe da equipe. Théo Pourchaire e Franco Colapinto foram citados, mas Binotto não pareceu ter seu foco nos mesmos.
A notícia animou os brasileiros, que esperavam ter um representante do país desde 2017, quando Felipe Massa deixou a categoria.
Porém, antes de Bortoleto, existiram outros pilotos nacionais que trouxeram esperança para o Brasil, aon chegarem perto de conseguir uma vaga na principal categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1.
Sergio Sette Câmara
Enquanto Felipe Massa ainda estava na F1, em 2017, Sergio Sette Câmara era o nome que começava a se destacar. O jovem estreou pela MP Motorsport na Fórmula 2 e a contratação oficial aconteceu após um ótimo desempenho do piloto no Grande Prêmio de Macau, em 2016, enquanto ainda disputava a Fórmula 3.
Sergio era piloto da academia da Red Bull e enfrentava rumores de que deixaria o projeto. No entanto, Sette Câmara disputou a F2 por mais duas temporadas e teve a oportunidade de guiar um F1 durante uma demonstração, executada em Motorland Aragón. Mas sua estreia na categoria aconteceu em um teste oficial pela Toro Rosso, atual Racing Bulls, após o GP da Grã-Bretanha.

Em novembro de 2018, foi confirmado como piloto reserva da McLaren para a temporada de 2019. O brasileiro ficou no cargo ao longo de todo a temporada , mas não teve grandes oportunidades, apesar de bons feitos na F2 e algumas vitórias. No início de 2020, Sette Câmara anunciou sua saída da equipe britânica e retornou para a Red Bull.
Após assinar o contrato, Sergio fez o papel de piloto reserva da AlphaTauri (atual RB) e da Red Bull. Ao mesmo tempo, ingressou na Fórmula E, na equipe Dragon Racing, como competidor reserva e participante de testes para os novatos.
Em 2023, Sette Câmara foi transferido para a NIO 333 Racing. Atualmente, a equipe foi rebatizada como ERT Fórmula E Team, mas o brasileiro não tem certeza sobre seu futuro na categoria.
Guilherme Samaia
A carreira de Guilherme Samaia começou aos 12 anos, quando participava de competições de kart no Brasil. Em 2015, o brasileiro seguia no país e foi transferido para a Fórmula 3 Brazil Light, categoria que dava acesso à F3 Brasil. Em 16 corridas, ele venceu seis provas e conseguiu 13 pódios, se consagrando o campeão com 30 pontos de vantagem para o segundo colocado.
Essa vitória foi importante para lançá-lo para os campeonatos europeus. Ao longo de 2017, o piloto participou da F3 britânica e do Campeonato Euroformula Open e terminou a temporada como 13° e 17° nas competições, respectivamente.
Foi só em 2020 que Guilherme conseguiu alcançar a F2 e se aproximar do sonho de chegar à F1. Em sua primeira temporada, defendeu a Campos Racing, mas teve dificuldades em se adaptar ao carro e à equipe e não somou nenhum ponto.

Em 2021, o piloto foi transferido para a Charouz Racing System, onde se tornou companheiro de equipe de Enzo Fittipaldi, que fazia sua estreia na categoria. Guilherme terminou o ano em 24° colocado, também sem somar nenhum ponto.
Em um cenário sem grandes chances e perspectivas, Samaia anunciou a despedida oficial das pistas em 2022.
Pedro Piquet
De uma família já muito relacionada ao automobilismo, Pedro Piquet iniciou sua carreira no kart aos oito anos, em 2006. Porém, foi só em 2014 que conseguiu ingressar na Fórmula 3 Brasil, quando defendeu a equipe Cesário Fórmula.
Pedro teve um ótimo desempenho e venceu três corridas consecutivas — duas etapas em Tarumã e a primeira em Santa Cruz do Sul. Ao fim da temporada, teve 11 vitórias em 18 corridas, além de cravar seis pole positions.

Piquet teve passagens pela Toyota Racing Series e a F3 Europeia, além da GP3 Series e a FIA F3 antes de chegar a F2 em 2020, anunciado pela Charaouz Racing System. Na categoria de acesso à F1, o brasileiro teve dificuldades e não conseguiu sair da 20ª posição, terminando o ano com apenas três pontos conquistados.
Ao fim daquela temporada, o piloto anunciou que sairia do automobilismo, alegando questões financeiras. Desde então, o brasileiro disputa apenas pequenas competições.
Enzo Fittipaldi
Também de uma família com um relacionamento íntimo com o automobilismo, Enzo Fittipaldi tem um extenso currículo como monoposto e passagens por diferentes categorias. A carreira teve início em 2009, ainda no kart, onde ficou até 2015.
Sua estreia nas Fórmulas aconteceu em 2016, pela Prema Powerteam, o que lhe permitiu ser anunciado como um dos pilotos da Ferrari Driver Academy. Enzo focou totalmente na Europa a partir de 2017, mas seu primeiro sucesso chegou apenas em 2018, quando foi campeão da Fórmula 4 Italiana.
No ano de 2019, Fittipaldi participou do GP de Macau na Fórmula, quando defendeu a Charaouz. Seu bom desempenho permitiu que a estreia oficial acontecesse em 2020, com a HWA Racelab.
Já em 2021, Enzo se juntou novamente à Charouz Racing e conseguiu um pódio em Hungaroring, na Hungria. Em novembro daquele mesmo ano, ele largou pela primeira vez na Fórmula 2, em Monza, na Itália.

Enzo só passou a ser um competidor da F2 oficial em 2022, quando fez sua primeira temporada completa defendendo a Charouz. Naquele ano, o brasileiro trocou de companheiro de equipe três vezes e conseguiu terminar em oitavo na tabela de pilotos.
Em novembro de 2022, Enzo foi anunciado como piloto de desenvolvimento da academia da Red Bull. No entanto, em 2024, o brasileiro foi cortado do programa, apesar de seguir como um atleta Red Bull.
Sua terceira temporada na F2 acontece neste ano, em 2024, enquanto defende a Van Amersfoort Racing. Atualmente, o brasileiro está em 13° na tabela, tendo somado apenas 61 pontos.
Pietro Fittipaldi
Além de Enzo, a família Fittipaldi também teve muitas esperanças com Pietro, filho mais velho de Juliana Fittipaldi e Carlos da Cruz. O piloto teve o mesmo início de carreira de muitos, o kart.
Sua estreia nas Fórmulas aconteceu em 2013, na Fórmula Renault Championship, quando ficou como sexto colocado no campeonato. No ano seguinte, ele correu na Fórmula Renault 2.0 e sua atuação excepcional o garantiu na Fórmula 3 Europeia.
Ele conquistou dois títulos na Fórmula V8 3.5 Series, em 2015 e 2017. Porém, tomou um rumo diferente e começou a competir em múltiplas categorias, como a Super Fórmula na Ásia, e a LMP World Endurance Drivers.
Em 2018, mesmo com um forte acidente, que fez o brasileiro ficar afastado por meses, ele retornou às pistas, dessa vez, na Indy, disputando seis etapas.

Sua principal aproximação com a Fórmula 1 aconteceu em 2019, quando ele assinou com a Haas para se tornar piloto de testes pela equipe. Pouco tempo depois, após o acidente de Romain Grosjean no GP do Bahrein, Pietro assumiu o posto do Haas VF-20 a partir do GP de Sakhir.
Pietro acabou com o jejum de brasileiros na Fórmula 1, porém, ele seguiu apenas como piloto reserva no restante da temporada. Seu nome chegou a ser cogitado para seguir em 2021, uma vez que Kevin Magnussen e Grosjean deixariam o time. Porém, Mick Schumacher e Nikita Mazepin foram os selecionados, enquanto Fittipaldi seguiu como a terceira força.
Felipe Drugovich
Felipe Drugovich foi o último nome que trouxe esperança para os fãs de automobilismo no Brasil. O piloto teve uma carreira de sucesso e parecia chegar como um forte competidor para uma vaga no grid em 2023, um ano depois de vencer a Fórmula 2.
Drugovich fez sua estreia nos monopostos em 2016, correndo pela Neuhauser Racing na ADAC Fórmula 3. A temporada foi um pouco complicada para o piloto, que terminou apenas em décimo no quadro geral, mas foi o quarto na classificação de novatos.
O brasileiro teve mais oportunidades na F4 italiana, onde conquistou sete vitórias — mais do que qualquer outro competidor. No entanto, ele terminou o ano em terceiro e somou 236,5 pontos.
Felipe teve uma passagem positiva na Euroformula Open, e conquistou o título em Monza, com duas rodadas de antecedência. Em novembro de 2018, ele foi convidado para fazer os testes pós-temporada da GP3 Series em Yas Marina, com a ART Grand Prix.
As sessões foram boas e o piloto fez sua estreia na Fórmula 3 em 2019, defendendo as cores da Carlin Buzz Racing. À época, ele se tornou companheiro de Logan Sargeant e Teppei Natori e teve uma temporada complicada. Apesar da falta de desempenho, Drugovich ainda conseguiu uma colocação melhor que os companheiros. Ele terminou o ano em 16°, com apenas oito pontos.
Drugo foi contratado pela MP Motorsport, em 2020, para defender a equipe na Fórmula 2. Devido à COVID-19, sua estreia precisou ser adiada, mas não diminuiu o ‘brilho’ do brasileiro, que terminou o ano em nono, com 121 pontos.

Em 2021, ele seguiu na categoria, dessa vez, na equipe UNI-Virtuosi, com Zhou Guanyu como companheiro. Drugovich não teve uma temporada fácil, mas conseguiu terminar em oitavo. Porém, seu sucesso só chegou em 2022, quando retornou à MP Motorsport e conquistou o título naquela temporada.
Logo depois do triunfo, ele rapidamente foi contratado como o primeiro piloto da Academia de Desenvolvimento da Aston Martin, equipe da F1. O competidor teve seu primeiro contato com o carro em Silverstone, usando um monoposto antigo do time em testes para conseguir a superlicença.
Felipe passou a ser piloto reserva do time, acompanhando Fernando Alonso e Lance Stroll nas etapas, enquanto divide o calendário com suas responsabilidades na European Le Mans Series.
Recentemente, Drugovich foi confirmado para fazer um treino livre no GP do México em 2024, assumindo o carro do bicampeão Alonso. Porém, o brasileiro parece ter poucas chances de conseguir ingressar na Fórmula 1 nas próximas temporadas.
Após oito meses fechado para reforma, o Museu do futebol, no Pacaembu, reabriu suas portas em julho deste ano. De cara nova, o estabelecimento faz uma homenagem aos jogadores e times que foram essenciais para a história do esporte, dentre eles o Vasco da Gama, equipe de futebol que foi essencial para a luta contra o racismo na modalidade.

O futebol chegou ao Brasil no final do século dezenove, alguns anos após a abolição da escravidão, sendo algo exclusivo da elite branca do país. A inserção de pessoas negras no esporte era vista com maus olhos pela aristocracia brasileira, que não desejava dividir espaço com eles e por isso impuseram regras que dificultaram a participação desse grupo – e os que entravam estavam sujeitos a maus tratos dentro das equipes.
Não tardou para que a luta pela inserção dessa minoria começasse: em 1900 o time Ponte Preta foi fundado por Miguel do Carmo, Migué, conhecido como o primeiro afrodescendente a jogar em um clube de futebol. O time era originalmente um clube de bairro e tinha como marca dar oportunidade a jogadores negros que não eram admitidos em outras equipes, motivo esse que levou as torcidas rivais chamarem o time de “macacas”, que, em resposta, acatou com bom-humor como mascote do time até hoje.
O time Bangu também foi essencial na luta por igualdade racial no esporte. Em 1905, a equipe escalou o tecelão Francisco Carregal como um dos onze jogadores no elenco principal, sendo o primeiro de muitos negros que viriam a integrar o time, como Leônidas da Silva, por exemplo. Outro grande nome para o futebol afrodescendente brasileiro é Arthur Friedenreich ou El Tigre, como também era conhecido. Filho de pai imigrante alemão e mãe brasileira, Arthur conquistou o título da Sul-Americana para o Brasil em 1919, em uma partida contra o Uruguai. Por mais que fosse um nome grande, El tigre não estava livre do racismo no esporte, fato que o fazia alisar o cabelo e usar pó de arroz na intenção de parecer mais “europeu”. Em 1921 ele foi impossibilitado, junto de outros jogadores, a participar do Sul-Americano após decreto de Epitácio Pessoa, então presidente da época, que impossibilitava atletas negros e mulatos a representarem o país na seleção brasileira.
Mesmo o Vasco da Gama não sendo o primeiro time a ter negros em sua formação, sua atuação na democracia racial no esporte foi imprescindível. Em 1922, o clube disputava a segunda divisão com um time composto por afrodescendentes e operários, um ano depois já disputava a primeira junto de times consagrados, se tornando o campeão carioca de 1923. Em 1924, a AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos) – fundada por clubes de elite, como Fluminense e Botafogo, impôs a exclusão de 12 jogadores do Vasco para aceitarem sua integração na associação, usando de justificativa a desculpa de que esses atletas não atendiam “condições sociais apropriadas para convívio esportivo”. Curiosamente, os nomes pertenciam a atletas negros e pobres.
José Augusto Prestes, presidente do clube na época, não concordou com as exigências pedidas e redigiu uma carta a próprio punho dizendo que o time estava desistindo da participação na AMEA, preferindo disputar em campeonatos com ligas alternativas, sem os clubes de elite. A decisão acabou no desmanche da associação e a volta do Vasco da Gama no campeonato de 1925.
A carta, que veio a ser conhecida como “Resposta Histórica”, se tornou um símbolo da luta antirracista no esporte por defender a permanência de afrodescendentes em uma época comandada pela aristocracia branca, o que culminou na popularidade do time, lotando arquibancadas sobretudo de torcedores oriundos de bairros suburbanos do Rio. Mantida hoje na sala de troféus de São Januário, a carta é o grande orgulho dos vascaínos.

Entretanto, a renumeração de jogadores negros só aconteceu em 1930, após clubes de elite perceberem o quão vantajoso era economicamente e estrategicamente ter atletas afrodescendentes em sua formação, pegando de referência as vitórias do Vasco. “Até então o futebol era um esporte de elite, você jogava pelo seu clube porque era rico ou de graça no amador porque não precisava do dinheiro, os negros não participavam disso, eles precisavam de um salário. Em algum momento, percebe-se que o talento desses jogadores era incontornável, os campeonatos cresceram e eles precisavam ser incorporados aos clubes” diz Renata Beltrão, monitora do museu, ao explicar a sala “origens”, incorporada ao local para contar a história do futebol, dentre elas a inserção de afrodescendentes no esporte enquanto apresenta personalidades importantes para a luta da igualdade racial, como Leônidas da Silva, jogador do Vasco mencionado acima que ganhou notoriedade durante a Copa do Mundo de 1928, na França.
Apesar dos negros terem se inserido na modalidade e conquistado muitos títulos ao longo dos anos, a discriminação racial ainda está presente no esporte. Em 2023, os ataques racistas contra Vinicius Junior no jogo contra o time espanhol Valencia chocaram o Brasil. No ocorrido, torcedores do time rival usaram palavras de baixo calão e sons de macaco para se referirem ao jogador brasileiro.
O caso resultou na prisão de três torcedores que praticaram a injúria racial e um pedido de desculpas para Vinicius Jr., além de uma multa para o Valencia. Aqui no Brasil se seguiram manifestações em prol do jogador na frente da baixada espanhola, enquanto na Espanha um cartaz com a foto de Vinicius foi vandalizado.
Desde sua chegada no país, o futebol progrediu em muitos aspectos. Entretanto, os casos de injuria racial mostram que parou no tempo em alguns pontos, tendo muito o que evoluir ainda. Ao propor essa volta ao passado, o museu abre essas questões sobre a origem da negritude no esporte brasileiro e sua importância para a propagação.