Ex-auxiliar de Tite tem contrato até dezembro de 2025 com o clube paulista
por
Enrico Peres
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30/04/2025 - 12h

 

Duas semanas depois da demissão de Pedro Caixinha, que aconteceu após a derrota para o Fluminense, no dia 14 de abril, e negociações falhas com Tite e Dorival Jr., o Santos finalmente achou seu novo treinador. Cléber Xavier, que trabalhou com Tite por 24 anos como auxiliar técnico, contando com a passagem pela seleção brasileira de 2016 até 2022 e o vitorioso trabalho nas duas passagens pelo Corinthians, foi anunciado na tarde desta terça-feira (29). 

 

 

O gaúcho de 61 anos contará com Matheus Bachi, filho de Tite, como auxiliar técnico. César Sampaio, que é membro fixo da comissão do Santos e comandou o clube interinamente nas últimas três partidas, também fará parte da comissão. Após 24 anos sendo auxiliar de Tite, essa será a primeira vez que Cléber Xavier assumirá o comando de uma equipe. 

Cleber Xavier realizou seu primeiro treino com o elenco do Santos. Foto: Divulgação/X/@SantosFC
Cleber Xavier realizou seu primeiro treino com o elenco do Santos. Foto: Divulgação/X/@SantosFC

Com contrato até dezembro de 2025, o técnico já comandou o treino da tarde desta quarta-feira (30). A apresentação oficial do gaúcho aconteceu às 12h30 (horário de Brasília). Com isso, ele está apto para estrear como novo técnico do alvinegro praiano na quinta-feira (01), contra o CRB, na Vila Belmiro. 

 

Galo fecha o primeiro turno da fase de grupos com uma vitória e dois empates
por
Guilherme Carvalho
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29/04/2025 - 12h

 

Em confronto válido pela terceira rodada da Copa Sul-Americana, Atlético-MG e Caracas empataram em 1 a 1, na noite de quarta-feira (23), no Estádio Olímpico de la UCV, na Venezuela. O resultado manteve o Galo na liderança do grupo H com 5 pontos, assim como o Caracas, por conta da superioridade do saldo de gols.

A primeira chance do jogo foi do time mandante. Aos nove minutos, o goleiro atleticano, Everson, teve que se esticar para defender um chute rasteiro de fora da área.

Porém, foi o time visitante que abriu o placar aos 23 minutos do primeiro tempo, com um gol contra. O jogador Bernard fez boa jogada individual e cruzou rasteiro para a área, Rony falhou ao tentar chutar de letra, mas a bola desviou em Vicente Rodríguez, capitão do Caracas, indo parar no fundo da rede.  

Ainda na etapa inicial, o Galo sofreu uma baixa importante: o volante Gabriel Menino sentiu dores no joelho e foi substituído pelo zagueiro Iván Román.

No segundo tempo, o Atlético-MG dominava a posse de bola e criava oportunidades, mas esbarrava nas boas defesas de Frankarlos Benítez. O primeiro lance da segunda etapa já mostrou esse cenário. Após um bate e rebate dentro da área da equipe venezuelana, a bola sobrou em boas condições para o meia Cuello, que tentou o gol mas foi defendido pelo goleiro adversário.

Aos 56 minutos, foi a vez do Rony, que tentou ampliar o placar ao ficar cara a cara com o goleiro, porém foi impedido novamente em defesa no canto esquerdo do gol. 

Já o Caracas, na sua primeira chance do segundo tempo, empatou o jogo aos 66 minutos. O venezuelano Echenique encontrou De Santis livre, que finalizou na saída do goleiro Everson, igualando o marcador.

O Galo continuou tentando o segundo gol, mas não conseguiu. Aos 73 minutos, quase houve gol contra novamente após Cuello ter cruzado a bola na área. Dois minutos depois, em novo cruzamento do meia argentino, o zagueiro Lyanco cabeceou por cima do gol na pequena área adversária.

Aos 85 minutos, o atleticano João Marcelo chegou a balançar as redes após receber um passe de cabeça do atacante Pedro Ataíde, porém o gol foi anulado por impedimento.

O próximo compromisso do Atlético-MG na Sul-Americana será na quinta-feira, 8 de maio, contra o Deportes Iquique, no Chile, válido pela quarta rodada da competição.

Com gol de Jules Koundé na prorrogação, os catalães conquistaram o segundo título da temporada
por
Guilbert Inácio
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29/04/2025 - 12h

O Barcelona venceu o Real Madrid por 3 a 2 no último sábado (26) e conquistou seu 32° título da Copa do Rei. A partida no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, foi marcada pela pressão sobre a arbitragem e o poder de reação dos dois times.

A imagem mostra o elenco do Barcelona, em frente ao gol e a torcida comemorando com a taça, e réplicas menores, da Copa do Rei. Com o elenco, há bandeiras da Catulha.
Barcelona segue forte na busca da “quádrupla” coroa / Foto: German Parga/FC Barcelona

A final entre as equipes começou antes do apito inicial. Quando a comissão de arbitragem foi divulgada na quinta-feira (24), o Real publicou um vídeo em sua TV oficial criticando a escolha do árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea.

Na sexta-feira (25), o árbitro de campo e Pablo González Fuertes, responsável pelo VAR, participaram de uma coletiva de imprensa organizada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFFE), algo comum antes da final. Na entrevista, ambos foram perguntados sobre o vídeo dos merengues. Ricardo Bengoetxea se emocionou ao falar dos ataques que o filho recebe na escola devido às críticas ao pai. Já o árbitro do VAR falou dos perigos gerados pelos comunicados oficiais de clubes à comunidade de árbitros.

O Real não gostou das declarações e emitiu uma nota oficial solicitando a troca da arbitragem, pois, segundo eles, as entrevistas demonstram "clara e manifesta animosidade e hostilidade destes árbitros" contra o time de Madrid. Contudo, a RFFE manteve os juízes escalados.

O jogo

As equipes entraram em campo com mudanças na escalação. Pelo lado do Barcelona, Ferran Torres entrou no lugar de Lewandowski, lesionado, e no time de Madrid, Rodrygo ficou com a vaga de Mbappé, que começou no banco, pois não estava 100%. No início da primeira etapa, a equipe blaugrana manteve a posse de bola e pressionou o rival. 

Aos 18 minutos, Yamal cortou para dentro e finalizou, a bola passou triscando a trave à direita de Courtois. Dois minutos depois, Koundé subiu sozinho na área e cabeceou na meta adversária, mas o goleiro belga fez ótima defesa e mandou para escanteio. O Real se manteve recuado, sem conseguir avançar no campo.

Aos 27, Pedri lançou para Yamal na ponta direita. O camisa 19 entrou na área puxando toda a marcação para si, porém ele devolveu para Pedri que estava entrando sozinho na meia-lua. O camisa 8 bateu no ângulo, abrindo o placar. Aos 43, Asencio puxou Curbasí na área, mas a arbitragem não viu pênalti no lance.

Para o segundo tempo, o Real trocou Rodrygo por Mbappé, e o time inverteu o cenário da primeira etapa. Aos três minutos, Vinicius Jr. finalizou, Szczesny espalmou no pé do camisa 7 que chutou novamente, mas o goleiro mandou para escanteio. Aos dez minutos, Vini, dentro da área, driblou Curbasí e finalizou, porém Koundé cortou. Os merengues reclamaram de pênalti no lance, mas o árbitro seguiu o jogo.

Com a entrada de Modrić e Arda Güler, o Real Madrid dominou o rival. Aos 21, Mbappé deu uma caneta em Martínez e armou o chute, mas foi puxado por Frenkie de Jong. Os merengues foram para cima do árbitro pedindo a expulsão do camisa 21, mas o holandês só recebeu o amarelo.

A imagem mostra Vinicius Jr., Mbappé e Tchouaméni reclamando com o Juiz
Jogadores do Real reclamam com o árbitro durante a partida. Foto: Burak Akbulut/Anadolu via Getty Images

Mbappé bateu a falta no canto direito de Szczesny e empatou o jogo. Dez minutos depois, Tchouaméni subiu sozinho na área e cabeceou para a meta, virando o jogo para o time de Madrid.

A alegria durou sete minutos, quando Yamal recebeu no lado direito e lançou para Ferran. Cara a cara com o goleiro, ele driblou Courtois e empatou o jogo novamente. Nos acréscimos, Raphinha caiu na área e o árbitro marcou pênalti para o Barcelona, mas após revisão do VAR, a decisão foi anulada e o atacante brasileiro ainda recebeu cartão amarelo por simulação. Com o empate por 2 a 2 no tempo normal, as equipes foram para a prorrogação.

Mais 30 minutos de emoção

No tempo complementar, ambas as equipes demonstraram cansaço com muitos passes errados. Nos primeiros 15 minutos, apenas uma finalização para cada lado. Na segunda parte, Kounde interceptou o passe de Modrić e bateu de fora da área no canto direito do goleiro Courtois, colocando o Barça em vantagem.

A imagem mostra Jules Koundé comemorando o gol da vitória jundo com outros jogadores do Barcelona
Jules Koundé foi eleito o melhor jogador em campo / Foto: German Parga/FC Barcelona

Dois minutos depois, Mbappé caiu na área e o árbitro apontou pênalti, mas o bandeirinha já havia marcado posição irregular no início do lance. Nos minutos finais, o banco merengue se revoltou com falta marcada de Mbappé. Rüdiger, que arremessou um cubo de gelo em direção ao juiz, e Lucas Vázquez, que invadiu o campo, foram expulsos. Após o apito final, Bellinghan também foi expulso ao se dirigir à comissão de arbitragem para reclamar.

Com o placar de 3 a 2, o Barcelona se tornou, pela 32ª vez, campeão da Copa do Rei, competição em que é o maior ganhador. Já é o segundo título blaugrana na temporada e a terceira vitória em três jogos contra o rival no mesmo período.

O próximo confronto dos culés é na próxima quarta-feira (30), quando recebe a Inter de Milão, às 16h (horário de Brasília), pela ida das semifinais da Liga dos Campeões. Já o Real Madrid volta a campo no próximo domingo (04), quando recebe o Celta De Vigo, às 09h (horário de Brasília), pela 34ª rodada da La Liga, campeonato em que está quatro pontos atrás do Barça.

O Cabuloso amarga a última colocação do grupo após mais um jogo sem vencer
por |
29/04/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (24), com uma falha do goleiro Cássio, o Cruzeiro perdeu por 2 a 1 para o Palestino, em partida válida pela terceira fase da Copa Sul-Americana. Com a derrota, a Raposa está quase fora do torneio. 

Cássio
O goleiro Cássio vem sendo contestado pelas falhas pelo cabuloso. (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A Raposa, com um recorde de 30 anos sem perder para uma equipe do Chile, protagonizou mais uma vergonha em sua história. O time sofreu uma dura derrota para o Palestino fora de casa e está praticamente fora da Copa Sul-Americana. O clube Celeste ocupa a última posição do grupo E, sem ter conquistado qualquer ponto.

O início para a Raposa foi catastrófico. A equipe Celeste dominou o jogo, criou oportunidades, mas falhou na hora de finalizar. A primeira chance surgiu com Lautaro. Gabigol recebeu na ponta esquerda e fez um passe para o meio da área, onde Lautaro Díaz chutou e o goleiro defendeu. Na sequência, o meio-campista, Rodriguinho, chutou e a defesa afastou.

O Cruzeiro pressionava o frágil Palestino, Rodriguinho teve uma nova oportunidade. Após um cruzamento de Lautaro, o goleiro defendeu e a bola sobrou para Rodriguinho, que acabou chutando para fora. O mesmo teve uma nova chance, quando recebeu um passe livre de frente para o goleiro, mas acabou sendo desarmado pelo goleiro do Palestino. 

Os donos da casa tiveram apenas uma chance, após um escanteio cobrado pela Raposa, a defesa afastou a bola da área. No entanto, sobrou para o meio-campista Benítez que chutou, desviou e não deu chances para o goleiro Cássio. Palestino 1 x 0.

Na segunda etapa, o Cruzeiro não conseguiu se sobressair como fez na primeira, fazendo com que o Palestino ganhasse confiança no jogo. A primeira chance pertenceu ao time chileno, quando o atacante Marabel teve a oportunidade de frente para Cássio, mas acabou chutando para fora.

Ao ver a chegada do Palestino, o técnico do Cruzeiro realizou quatro mudanças simultâneas. Saíram os atacantes Dudu e Lautaro, juntamente com o meio-campista Rodriguinho e o lateral esquerdo Kaiki. Os atacantes Marquinhos, Kaique Kenji, Kaio Jorge e Wanderson foram introduzidos. Apesar das alterações, a equipe não foi capaz de criar chances, sendo a mais clara com Gabigol, que chutou e o goleiro fez uma boa defesa. 

A Raposa foi se adaptando ao jogo e, em um contra-ataque, Marquinhos recebeu no meio e partiu em disparada. Ele encontrou Wanderson que fez o lançamento e Eduardo, de cabeça, igualou o placar para a equipe.

Depois de marcar o gol, o Palestino partiu para o ataque e em uma saída imprudente de Cássio, a equipe quase empatou. No escanteio subsequente, o atacante Arias desviou de cabeça e Cássio acabou aceitando, recolocando o Palestino na liderança do placar. Final, Palestino 2 x 1 Cruzeiro.

A Raposa agora enfrenta o Muschuc Runa, fora de casa, na próxima quarta-feira (07), para tentar uma sobrevida e se classificar na Sul-americana.

 

Treinador já dirigiu o primeiro treino no clube nesta segunda
por
Khauan Wood
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28/04/2025 - 12h

O Corinthians oficializou na tarde desta segunda-feira (28) a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador do time profissional.

Dorival chega ao clube com contrato válido até o mês de dezembro de 2026. Junto dele, foram contratados os auxiliares Lucas Silvestre, filho de Dorival, e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende, para fazerem parte da nova equipe técnica do alvinegro.

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Essa é a primeira passagem do treinador, que completou 63 anos na última sexta-feira (25), no Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Sport Club Corinthians Paulista

Ele foi o último comandante da Seleção Brasileira, cargo que ocupava desde 2024, até ser demitido em março deste ano. Além disso, acumula passagens por equipes como: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, entre outras.

Na sua estante de títulos, Dorival acumula três Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, sete títulos estaduais, além de ter sido campeão da Série B do Campeonato Brasileiro por uma vez.

Em relato publicado nas redes sociais do clube, o técnico exaltou a torcida, que nomeou como “marca registrada” da equipe e que espera ter bons resultados ao fim dessa temporada.

Dorival chega ao Corinthians após a demissão do argentino Ramón Díaz e sua comissão técnica, no último dia 17 de abril. Díaz havia sido responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento na temporada passada e classificá-la para a disputa da Pré-Libertadores, além da conquista do título do Campeonato Paulista de 2025, depois de um jejum de seis anos.

A equipe de Ramón teve 30 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, em 58 jogos. Além disso, teve um saldo de gols positivo, com 91 marcados e 60 sofridos.

Agora, Dorival tem a missão de melhorar a posição do time no Campeonato Brasileiro, que atualmente está na 12ª colocação. Além disso, ele comandará a equipe nas disputas da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.

Antes do anúncio, o Corinthians havia informado em um comunicado oficial que estava em negociação com Tite, técnico campeão do Mundial de Clubes da FIFA em 2012, pela equipe. As tratativas, porém, se encerraram na última terça-feira (22), após o treinador dar uma pausa momentânea em sua carreira para cuidar de sua saúde física e mental.

Com grande atuação, pivô sérvio anota triplo-duplo, Nuggets vence Phoenix e retoma liderança na série
por
Philipe Mor
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11/05/2023 - 12h

Nesta terça-feira (09), Denver Nuggets e Phoenix se enfrentaram pelo quinto jogo da série melhor de sete dos Playoffs da NBA. A partida aconteceu na Ball Arena, em Denver, capital do Colorado, nos Estados Unidos. Com o mando de quadra, o Nuggets buscou se recuperar após perder duas partidas consecutivas fora de casa para o Suns. Em uma noite com Nikola Jokic inspirado, os donos da casa derrotaram os visitantes pelo placar de 118 a 102 e retomaram a vantagem na série. Agora com 3 a 2, a equipe do Colorado pode fechar a série já no próximo confronto, que acontece no Arizona, casa do Phoenix Suns.

O embate anterior entre as equipes foi marcado pelo equilíbrio e disputado até os instantes finais. Devin Booker e Kevin Durant anotaram juntos 72 pontos e contaram com o ala-armador Landry Shamet, convertendo importantes bolas triplas, para bater Nikola Jokic. O pivô sérvio da equipe do Colorado fez 53 pontos na partida passada, um recorde pessoal de pontuação na carreira, mas insuficientes para evitar o empate do Suns na série. O jogo terminou em 129 a 124 para Phoenix e a série igualada em 2 a 2.

Com as derrotas fora de casa nos jogos 3 e 4, o Denver voltou para casa com a missão de não deixar o Suns abrir vantagem no confronto. Embalado pela atmosfera do ginásio e com o apoio da torcida, o time mandante contou com ótima atuação do elenco, que teve cinco jogadores com pontuações acima de dez pontos e Jokic com um triplo-duplo, para vencer o Phoenix no jogo 5.

Denver Nuggets e Phoenix Suns pelos Playoffs da NBA Foto:Getty Images
Denver Nuggets e Phoenix Suns pelos Playoffs da NBA Foto: Getty Images

O jogo ficou caracterizado pelo domínio da equipe mandante sobre os visitantes. O Denver Nuggets logo nos dois minutos iniciais de jogo abriu nove pontos de vantagem sobre o Suns (9 a 0). A equipe do Arizona, com pouca produtividade no ataque, viu Kevin Durant errar cinco arremessos de quadra e só pontuar ao restarem 25 segundos para o encerramento do quarto. Booker com 12 pontos e duas assistências foi o destaque do Phoenix. O ala Michael Porter Jr. (14 pontos) foi a principal arma ofensiva do Denver no período. Nikola Jokic ainda contribuiu com cinco pontos, pegou cinco rebotes e assistiu quatro vezes.

O placar do primeiro quarto terminou em 35 a 24 a favor dos donos da casa. A reação da equipe do Suns aconteceu no período seguinte. Kevin Durant e bancários, como TJ Warren e Terrence Ross, com importantes contribuições ofensivas e defensivas, recolocaram o time do Arizona no jogo. Com 10 pontos anotados, Durant ajudou o Phoenix a correr atrás de uma desvantagem de 12 pontos (42 a 30).

A virada no placar e primeira liderança do Suns na partida veio a um minuto e meio para o intervalo. Terrence Ross com uma bola do perímetro colocou os visitantes em vantagem (48 a 47). Nikola Jokic e Michael Porter Jr, ambos com cestas de dois pontos, assumiram a responsabilidade nos segundos finais e mandaram o Phoenix para o vestiário perdendo por diferença de três pontos, com uma parcial de 52 a 49 para o Nuggets.

Nikola Jokic em ação pelos Playoffs da NBA Foto: Prashant
Nikola Jokic em ação pelos Playoffs da NBA Foto: Prashant

Os quartos seguintes foram de superioridade total do Denver Nuggets. A pequena vantagem da equipe do Colorado virou um grande domínio no jogo. O time da casa, com uma corrida de pontos de 17 a 4, abriu vantagem no terceiro quarto. Nikola Jokic seguiu ditando o ritmo do jogo até a diferença no placar chegar aos 21 pontos (79 a 58). O pivô do Denver, em uma atuação de gala, anotou 29 pontos, 13 rebotes e 12 assistências, e chegou ao seu décimo triplo-duplo em pós-temporada.

Ao final, o time mandante administrou bem a vantagem e confirmou sua terceira vitória na série por 118 a 102. Os alas Bruce Brown e Michael Porter Jr, com 25 e 19 pontos respectivamente, foram peças importantes na partida ao lado de Nikola Jokic. Pelo lado da equipe do Phoenix Suns, Kevin Durant (26 pontos e 11 rebotes) e Devin Booker (28 pontos e 6 rebotes) foram os destaques mais uma vez.

As equipes agora se enfrentam no FootPrint Center, no Arizona, pelo jogo 6. A partida será na quinta-feira (11), às 23h00 (horário de Brasília). Em caso do vitória do Denver Nuggets, a série estará encerrada, já que a equipe lidera o confronto por 3 a 2.

Uma tarde de diversos jogos em uma mesma quadra paulista
por
Gabriel Cordeiro
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11/05/2023 - 12h
Bola de futebol em campo de society
Bola em campo de society 
Pessoas praticando futebol
Times amadores se preparando para uma partida
Pessoas praticando futebol
Jogo amador sendo disputado
Pessoas praticando futebol
Outra partida sendo disputada simultaneamente
Gol sendo comemorado em futebol amador
Comemoração de um gol em partida amadora 
Futebol sendo praticado em quadra de society
Mais uma partida sendo disputada simultaneamente

 

Em jogaço, Lakers conta com Lonnie Walker para abrir 3 a 1 na série contra o Warriors.
por
Rafael Rizzo
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10/05/2023 - 12h
Imagem 1
Lonnie Walker (4) sendo abraçado por Lebron James e Anthony Davis após o fim da partida. Foto: Reprodução/ Instagram Lakers.

Na segunda-feira (08), o Los Angeles Lakers venceu emm casa a equipe do Golden State Warriors pelo quarto jogo da série melhor de sete da Semifinal da Conferência Oeste dos Playoffs da NBA. Com o apoio da torcida, os Purple and Gold garantiram o triunfo pelo placar de 104 a 101, abrindo 3 a 1 na série e com a possibilidade de avançar na pós-temporada no próximo encontro. Além de Lebron James e Anthony Davis - atletas do alto escalão da liga - Lonnie Walker teve papel fundamental na reta final do confronto, e foi o herói improvável da partida.

O Golden State Warriors veio para a partida em desvantagem, após perder dois dos três últimos jogos da série. Para piorar a situação do time, o Lakers tem o aproveitamento de 100% nos jogos em casa neste Playoff. Apesar do retrospecto, os visitantes apostavam na habilidade e experiência de Stephen Curry.

Muitos torcedores do Golden State se recordam da epopeica série contra o Oklahoma City Thunders, em 2016. Na ocasião, o time comandado por Steve Kerr perdia por 3 a 1 na Final da Conferência Oeste, e para reverter a situação teriam que conter os ataques do adversário, que contava com Kevin Durant - ala de 2,08m - e todo o seu arsenal ofensivo. Fato que realmente aconteceu. Golden State virou para 4 a 3.

O Warriors viveu uma montanha russa nas últimas duas batalhas. Na primeira delas, venceu por 27 pontos de diferença. Já na segunda, perdeu por 30.

No jogo 3, o Lakers desempenhou um basquete a nível de Campeão. A defesa, que é uma das melhores deste Playoff - líder em tocos e Defensive Rating -, trabalhou para restringir o forte poder ofensivo do adversário (que tem 113,5 pontos de média por jogo) a apenas 97 pontos.

Astro da equipe, Lebron James teve atuação de gala e ajudou seus companheiros. Anthony Davis (A.D.) se redimiu após péssimo desempenho e a chave virou, jogando toda a pressão para as costas do adversário.

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Anthony Davis durante a partida. Foto: Reprodução/ Instagram Lakers.

NO JOGO

O primeiro quarto começou com A.D. abrindo os trabalhos convertendo dois lances livres. Em resposta, “Chef” Curry converteu seu “prato chefe”: a cesta de três. E assim o jogo seguiu equilibrado por boa parte do quarto. Aos oito minutos no relógio, Lebron James despertou o sentimento de nostalgia nos fãs de longa data do Lakers. O atleta converteu um Skyhook, clássica mecânica de arremesso protagonizada nos anos 70 e 80 da NBA principalmente por Kareem Abdul-Jabbar.

O antigo jogador do Los Angeles Lakers utilizou esse estilo de arremesso durante todas as campanhas de título do elenco, que totalizaram cinco conquistas e é motivo de orgulho até hoje. Após o breve momento nostálgico, o jogo seguiu equilibrado, porém, com um placar muito baixo. O primeiro quarto encerrou em 22 a 21, o mais baixo da série , para a equipe da casa.

No segundo quarto, o ritmo começou diferente, com várias trocas de liderança. A maioria delas liderada por Curry de um lado e Lebron do outro. O jogo estava acirrado, com ambas as equipes não conseguindo abrir uma vantagem maior do que cinco pontos. Anthony Davis converteu um AndOne - cesta e a falta - e o Lakers chegou a 43 a 38, restando 3:17 no relógio. Em sequência, Curry converteu arremesso de três pontos, encurtando a desvantagem para dois. A reta final foi assim, com Stephen colocando o time nas costas. O astro foi para o intervalo com 17 pontos, 7 rebotes, 7 assistências e 3 roubos de bola. O destaque da partida e o responsável pela liderança parcial do Warriors: 52 a 49.

A dupla A.D e Lebron, na primeira metade da batalha, já havia contribuído para 30 pontos e 11 rebotes. A paridade da partida era semelhante ao do jogo 1 da série, que terminou 117 a 112 para o Lakers.

Na volta, o Los Angeles começou mal e permitiu ao adversário ampliar o placar para 57 a 49. Mas rapidamente, com Austin Reaves e Lebron James anotando cinco pontos cada, a vantagem voltou a ser do Lakers - 59 a 57. Em seguida, muito por conta da ótima partida de Curry, o Warriors abriu a maior vantagem do jogo, passando a assumir a ponta por 73 a 61, restando cinco minutos para o fim do terceiro quarto. Darvin Ham, técnico do Lakers, foi obrigado a pedir tempo, caso contrário, o bom momento dos visitantes iria acabar com as esperanças de vitória do time.

Após a pausa, o time da casa engrenou e conseguiu encurtar a diferença. Fim do terceiro quarto com Golden State na frente por 84 a 77.

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Lebron James arremessando de três pontos. Foto: Reprodução/ Instagram Lakers.

No último quarto, Lonnie Walker - que anotou 15 pontos na parcial - mudou o jogo. Logo no primeiro lance, o atleta converteu um arremesso de três pontos. Em seguida, após Lebron e A.D. empatarem (84 a 84) a partida, o atleta converteu mais um, desta vez de dois pontos, para assumir a liderança no placar.

Com certa surpresa, Walker trocou arremessos com Stephen Curry. De um lado era Curry empatando ou virando a partida, do outro era Lonnie recuperando a ponta. O público na Crypto.com Arena ficou de pé e os torcedores estavam impressionados com a sequência do jogador. Steve Kerr mandou seu elenco apertar a marcação em Lonnie, o que resultou em Austin Reaves ficando livre no ataque e convertendo dois arremessos seguidos para empatar o jogo em 94 a 94, restando quatro minutos para o fim.

Novamente o duelo Curry x Lonnie apareceu. Desta vez, Curry anotou dois pontos para a assumir a liderança e Walker empatou em arremesso contestado pelo próprio Stephen. O público foi à loucura com a coragem do atleta. Parecia que o jogador não errava.

A arena estava pegando fogo, assim como o jogo. Klay Thompson, que até o momento havia pontuado apenas seis pontos, calou o ginásio após converter um arremesso de três, abrindo a vantagem para 99 a 96. Porém, Lebron anotou quatro pontos e Walkers dois em sequência, virando a batalha para 102 a 99.

Em seguida, Curry converteu de dois e encurtou para 102 a 101, o que foi o último ponto da equipe na noite. No lance seguinte, Stephen teve a chance de virar o jogo, mas errou o arremesso de três, marcado por Anthony Davis, restando 17 segundos para o fim. Para melhorar a situação do Lakers, Walker sofreu a falta e converteu os dois lances livres, abrindo a vantagem para 104 a 101.

Novamente os visitantes tiveram a chance de voltar para a partida, mas Draymond Green errou o passe no ataque, desencadeando numa disputa de bola que sobrou para o Lakers, restando 1.7 segundos para o fim. A equipe de Los Angeles cobrou o lateral e finalizou a partida. Lakers 104, Warriors 101.

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Loonie Walker e Lebron James na reta final da partida. Foto: Reprodução/ Instagram Lakers.

A vitória foi fundamental para a série e importante para Lonnie Walker. O jogador, em temporadas passadas, declarou ter sido vítima de abuso sexual infantil. Na época do desabafo, o atleta possuía um cabelo grande e, após suas declarações, cortou o cabelo para se libertar de suas lembranças dolorosas.

"A verdade sobre por que eu comecei a fazer isso desde a 5ª série, era um dispositivo de camuflagem para mim", disse o jogador em uma rede social. "Fui assediado sexualmente, estuprado e abusado. Até me acostumei com isso porque, nessa idade, você não sabe o que é o quê. Eu era um garoto ingênuo e curioso que não sabia como era o mundo real. Eu tinha uma mentalidade de que meu cabelo era algo que eu podia controlar. Meu cabelo era o que eu posso fazer, criar e ser meu. E isso me deu confiança", contou Walker.

Anos passaram e o atleta é hoje uma inspiração de superação. O jovem jogador não vinha tendo muito espaço no elenco e quando foi acionado não decepcionou. Lebron James e Anthony Davis fizeram questão de abraçá-lo no final da partida. Todos os atletas do Lakers o ovacionaram, reconhecendo o profissionalismo e exemplo do jogador. “Nós não venceriamos sem o Lonnie, com certeza! Não foi só sobre essa noite, eu falei pra ele estar preparado sempre, que iriamos precisar de você em algum momento”, declarou LeBron James após a partida.

O Lakers está a um passo de avançar para a Final da Conferência Oeste. O time precisa vencer um dos três possíveis próximos jogos da série para mandar o Warriors para casa e enfrentar o vencedor da outra semifinal, disputada entre Denver Nuggets e Phoenix Suns.

O jogo 5 será na quarta-feira (10), em São Francisco, às 23h (horário de Brasília).

Destaques da partida:

Lakers:

  • Lebron James: 27 pontos, 9 rebotes e 6 assistências.

  • Anthony Davis: 23 pontos, 15 rebotes e 3 roubos.

  • Austin Reaves: 21 pontos, 4 assistências e 3 cestas de três.

  • Lonnie Walker: 15 pontos (todos no último quarto), 2 assistências e 2 roubos.

Warriors:

  • Stephen Curry: 31 pontos, 10 rebotes, 14 assistências e 3 roubos.

  • Draymond Green: 8 pontos, 10 rebotes, 7 assistências, 1 roubo e 1 toco.

  • Gary Payton: 15 pontos

  • Andrew Wiggins: 17 pontos e 2 roubos.
     

Estatísticas do confronto:

LAL x GSW

104 PTS             101 PTS

42 REB              40 REB

21 AST              29 AST

8 ROUBOS       9 ROUBOS

1 TOCO            2 TOCOS

45,3% FG         46,5% FG

24% 3ptFG       29,3% 3ptFG

100% FT           75% FT

14 ERROS         16 ERROS

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Austin Reaves arremessando a frente do banco de reservas de L.A. Foto: Rreprodução/ Instagram Lakers.

 

Funk Master defende seu cinturão pela terceira vez e bate recorde nos pesos galos.
por
Guilherme Gastaldi
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10/05/2023 - 12h

Em evento decepcionante para os fãs e com poucos grandes momentos, Aljamain Funk Master Sterling defendeu seu cinturão contra Henry Triple C Cejudo no último sábado (6) no UFC 288. No confronto realizado em New Jersey, EUA, o campeão manteve  seu título e chegou a nove vitórias consecutivas após sua vitória em um duelo extremamente equilibrado. Além da luta principal, Belal Muhammad derrotou o brasileiro Gilbert Burns, em uma luta de cinco rounds que acabou quebrando expectativas e desapontando os fãs.

 

Aljamain Sterling agradecendo a Deus após sua vitória no UFC 288. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)
Aljamain Sterling agradecendo a Deus após sua vitória no UFC 288. (Foto: Chris Unger | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)

 

AND STILL!

Em cinco rounds disputadíssimos, o campeão Aljamain Sterling e o vitorioso Henry Cejudo lutaram de igual pra igual durante os 25 minutos, mas por decisão dividida, foi o jamaicano quem teve sua mão levantada ao final do combate. Com dois juízes dando vitória para Sterling e um para Cejudo, Funk Master chegou a três defesas de cinturão na divisão dos pesos-galos, novo recorde da divisão. Em uma luta extremamente acirrada, onde tudo podia acontecer, cada round foi decisivo.

As expectativas eram altas e ambos os lutadores deram um show de técnica para os fãs do esporte. A cada round que passava, ambos os lutadores alteravam e adequavam seus estilos para responderem aos movimentos de seu oponente. Enquanto Sterling obteve maior sucesso em pé, acertando mais golpes significativos, foi Cejudo quem teve o maior tempo de controle no chão. Na opinião do público geral, o combate poderia ter ido para qualquer um dos dois, mas o resultado final deixou um certo gosto amargo na boca de muitos. Isso porque, um dos juízes marcou vitória de Sterling no 5º round, sendo que este tenha sido talvez o round com maior concordância entre os fãs, quase unanimidade, de que Cejudo havia vencido. Caso esse juiz tivesse dado a vitória para Henry nesse round, seria ele o lutador com o braço levantado.

 

Henry Cejudo acertando um golpe em Aljamain Sterling durante duelo disputadíssimo. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Henry Cejudo acertando um golpe em Aljamain Sterling durante duelo disputadíssimo. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

Voltando ao octógono após três anos de aposentadoria, Henry Cejudo disse no microfone, após a luta, que o combate foi disputado e para entender bem o resultado, precisaria reassistir a luta com mais calma. Quando perguntado por Joe Rogan se continuaria lutando, Triple C disse que precisa de um tempo para pensar melhor na sua decisão e que essa pode ter sido de fato o seu último confronto na organização. Em suas próprias palavras, “se eu não consigo fazer história, então não estou fazendo m*erda nenhuma”. Já com 36 anos, as grandes conquistas do lutador não são poucas, contando com uma medalha de ouro olímpica nos jogos de 2018 e o duplo cinturão do UFC dos pesos mosca e galo. 

Logo após a luta, Rogan falou também com o campeão, que imediatamente chamou Sean O’Malley, que estava presente, para dentro do octógono. Em uma confrontação cara-a-cara bem esquentada e com confusão, as coisas quase saíram do controle, sobrando inclusive para o casaco de Sugar que foi “roubado” por um dos parceiros de treino de Sterling, o também peso-galo, Merab Dvalishvili. A grande superestrela já estava programada para enfrentar o vencedor do combate e foi confirmado pelo próprio presidente do UFC, Dana White, que o confronto deve ocorrer no UFC 292, no mês de agosto em Boston, EUA.

 

Sean O’Malley e Aljamain Sterling se encarando. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Sean O’Malley e Aljamain Sterling se encarando. (Reprodução / Twitter: @ufc)
 No meio da tensa confrontação, Merab Dvalishvili veste o casaco de O’Malley. (Reprodução / Twitter: @ufc)
No meio da tensa confrontação, Merab Dvalishvili veste o casaco de O’Malley. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"Lembre do Nome", mas esqueça essa luta

No co-evento principal, a luta organizada de última hora entre o norte-americano Belal “Remember the Name” Muhammad e Gilbert Durinho Burns acabou decepcionando os fãs, que esperavam uma luta mais movimentada e receberam 25 minutos de pouca ação. Com uma confronto pelo cinturão em jogo, ambos os combatentes deixaram e muito a desejar, ainda mais se comparado com as expectativas prévias à batalha dos dois por parte dos fãs. Entretanto, um deles teve a opção de ousar e arriscar, já o outro, não.

Ainda no 1º round, em uma tentativa de queda, o brasileiro acabou machucando seriamente seu ombro esquerdo. Assim, Burns teve suas ações comprometidas, tendo de recorrer apenas ao seu braço direito. Lutando com apenas um braço por quatro rounds, Durinho não teve escolha e acabou não conseguindo concretizar seu plano de jogo. Do outro lado, Belal fez uma luta segura, sem cometer riscos e se mantendo distante das principais ameaças de Gilbert, acertando chutes e golpes soltos, sem muitas combinações. O resultado: uma luta morna, sem continuidade e tediosa para o público pela falta de ação, que culminou em uma vitória por decisão unânime ao norte-americano.

Odiado por muitos, por não ter um estilo de luta tão atrativo, Muhammad foi extremamente vaiado pelos fãs de New Jersey em suas entrevistas, durante a pesagem, em sua caminhada ao octógono e até mesmo após a sua luta. Entretanto, esses fatores não incomodam o lutador que dava risada e que inclusive revidava, insultando o público presente. Agora com dez lutas consecutivas sem derrota, Belal enfrentará o vencedor de Leon Edwards e Colby Covington em um combate válido pelo cinturão. Agora, se ele de fato quiser que as pessoas lembrem de seu nome, assim como sugere seu apelido, ele terá de fazer lutas mais memoráveis do que a do último sábado.

 

Belal Muhammad pedindo silêncio ao público em tom de provocação enquanto tem sua mão levantada pelo árbitro. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Belal Muhammad pedindo silêncio ao público em tom de provocação enquanto tem sua mão levantada pelo árbitro. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

TODOS OS RESULTADOS DO UFC 288:

Luta da Noite - Movsar Evloev vs Diego Lopes

Performance da Noite - Yan Xiaonan; Matt Frevola.

*** (Os vencedores ganham uma premiação extra de 50 mil dólares) ***
 

→ Card Principal. 

  • Aljamain Sterling derrotou Henry Cejudo por Decisão (dividida) - 47/48, 48/47, 48/47;
  • Belal Muhammad derrotou Gilbert Burns por Decisão (unânime) - 50/45, 49/46, 49/46;
  • Xiaonan Yan derrotou Jéssica Andrade por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
  • Movsar Evloev derrotou Diego Lopes por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 30/27;
  • Charles Jourdain derrotou Kron Gracie por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 30/27.

 

→ Card Preliminar.

  • Matt Fevola derrotou Drew Dober por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
  • Kennedy Nzechukwu derrotou Devin Clark por Finalização (guilhotina) no 2º round; 
  • Khaos Williams derrotou Rolando Bedoya por Decisão (dividida) - 27/30, 29/28, 29/28;
  • Virna Jandiroba derrotou Marina Rodriguez por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 30/27.

 

→ Preliminares Iniciais.

  • Parker Porter derrotou Braxton Smith por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
  • Ikram Aliskerov derrotou Phil Hawes por Nocaute (socos) no 1º round;
  • Claudio Ribeiro derrotou Joseph Holmes por Nocaute Técnico (socos) no 2º round.
Chegada do treinador Cuca ao Corinthians aumenta o debate em relação aos profissionais condenados trabalhando dentro do futebol
por
Pedro Lima
Pedro Paes
|
09/05/2023 - 12h

No dia 20 de abril de 2023, o Sport Club Corinthians Paulista fechou a contratação do técnico Cuca, substituindo Fernando Lázaro. Apenas seis dias depois, o ex-jogador que tinha contrato até o fim do ano, pediu demissão do clube paulista, alegando não estar pronto e não entender a situação e pressão na qual se encontrava no comando do clube. Para o Rodrigo Bueno, jornalista da ESPM Brasil, "Cuca foi praticamente obrigado a sair por conta dos protestos dos torcedores, sobretudo das torcedoras. Hoje em dia não se permite mais algumas coisas como antigamente, a sociedade evolui nesse sentido".

Acontece que a pressão da torcida do Corinthians e de atletas femininas do próprio clube se deve ao fato de Cuca ter se envolvido em um crime, no ano de 1987, mais especificamente o crime de estupro de vulnerável. Na época, Cuca e mais três jogadores do Grêmio naquela ocasião, Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi foram detidos durante uma excursão do time gaúcho em Berna, na Suíça. No depoimento prestado pela menor de idade, ela diz ter subido no quarto dos atletas, no hotel que estavam, para pedir uma camisa do Grêmio, em seguida eles teriam expulsado alguns colegas que subiram junto com ela e mantido relações sexuais forçadas por cerca de 30 minutos. Detidos em Berna, ficaram presos por quase um mês, até prestarem seus depoimentos e serem mandados de volta para o Brasil. Os jogadores foram pegos no artigo 187 do código penal Suíço, porém, apesar de todas as acusações, Cuca nunca foi preso, o que gera revolta em milhares de pessoas até hoje, colocando em jogo a carreira de Cuca como técnico do Corinthians, deixando o cargo em menos de uma semana.

 

Cuca se pronuncia sobre condenação por abuso sexual em apresentação no  Timão; veja tudo que foi dito

Foto: Rodrigo Coca / Agência Corinthians

 

Em entrevista para AGEMT, Flávio Gomes, jornalista do UOL Esporte, diz que houve um certo tipo de negligência da imprensa em relação a esse caso. Esse assunto não ser discutido com a devida importância é um erro claro de toda a classe jornalística. O episódio caiu totalmente no esquecimento, mas com os casos recentes de estupro do Daniel Alves e do Robinho, ganhou uma grande repercussão. A demora da imprensa para cobrir esse caso talvez tenha sido por conta da juventude de uma boa massa dos jornalistas esportivos atuais que simplesmente não tinha o conhecimento claro desse incidente, e os que sabiam não deram a devida importância, se esqueceram ou porque acharam que essa situação ficou no passado, o que para o Flavinho é um equívoco, já que o assunto merece uma reflexão pública, com um olhar mais atual e contemporâneo.

Como já era de se esperar, em meio a suas acusações, a torcida do Corinthians se revoltou com o anúncio do clube, foram as redes sociais se posicionar contra a contratação do técnico, relembrando o episódio do crime cometido e comparando uma contratação tão absurda com a história do próprio clube. Torcidas organizadas e torcedores comuns não perdoaram o acontecido pichando o muro da sede social do clube, com frases do tipo: “Queremos títulos, não estuprador”, “fora cuca” e “diretoria incompetente”. As atletas de futebol feminino do Corinthians, também tiveram participação crucial no pedido de demissão de Cuca, juntamente com o treinador Arthur Elias prestaram seus protestos por meio de uma nota conjunta, elas afirmaram que o projeto do próprio Corinthians, o “Respeita As Mina” não é uma frase qualquer, mesmo sem citar o nome de Cuca, deixaram claro a indignação em meio a contratação do novo técnico. Cuca afirma que não teve participação nenhuma no caso e já declarou que é inocente e que não houve estupro, mesmo que o advogado Willi Egloff (representante da garota na Suíça, em 1987) tenha afirmado que a menina o reconheceu como um dos agressores na ocasião, além de terem provas concretas de que o sêmen de Cuca foi encontrado na garota.  Durante a coletiva de apresentação, o treinador disse que ignorou os protestos da torcida: “Eu não sou do mal. Quiserem tentar fazer isso. Eu sei que amanhã vai ter gente querendo meter o pau de volta, mas eu vou fazer o que? Eu não tenho o que fazer. Eu não tenho que pedir desculpas pelo que eu não fiz”, diz Cuca.

A passagem de Cuca pelo Corinthians foi rápida e nada memorável, para muitos torcedores, a contratação deixa uma mancha na história do clube conhecido por suas lutas como a “Democracia Corinthiana” e seus projetos como o “Respeita As Mina” que foram de certa forma ignorados pela diretoria atual do clube. Após a partida de volta da Copa do Brasil contra o time do Remo, na Neo Química Arena, Cuca pediu demissão de seu cargo e afirmou: “É a pior coisa que um homem pode passar. Quando está em xeque a dignidade dele”. Duílio, presidente do Corinthians e responsável pela contratação do técnico disse não se arrepender de ter o contratado e lamentou sua saída precoce, Cuca tinha contrato até o fim do ano, porém, não suportou a pressão. 

Com esse escândalo de Berna finalmente vindo à tona, e mais outros casos como o do lateral direito do América Mineiro, Marcinho e do volante do Flamengo, Erick Pulgar, onde ambos atropelaram suas vítimas e fugiram do local do acidente sem prestar ajuda a essas pessoas, traz uma reflexão para o mundo da bola e para a sociedade. Os técnicos e jogador podem fazer o que bem entender e mesmo cometendo crimes, vão continuar trabalhando no futebol brasileiro?

Rodrigo Bueno afirma: “esses casos podem acontecer com qualquer pessoa, mas há mais holofote quando tem jogadores ou figuras públicas na história. Hoje não dá para dizer que o futebol não se importa com casos desse tipo. As carreiras de todos os citados já tiveram prejuízo por conta dos crimes cometidos. A tendência é isso ser ainda maior a partir de agora. O futebol está inserido na sociedade. Na medida em que ela cobra e exige mais a punição dos culpados, devemos ver mais casos de afastamentos, rescisões e dispensas de profissionais do futebol.”, ele ainda complementa: “acho que temos que mudar o tempo verbal. Por que antigamente jogadores condenados continuavam tranquilamente suas carreiras? Hoje em dia vemos que não é fácil continuar empregado com condenação e reputação manchada. A resposta é que no passado não havia tantos protestos, não se cobrava tanto uma postura exemplar como hoje, o futebol era visto muito como um elemento à parte na sociedade, eram admitidas mais ofensas e transgressões em campo e no seu entorno. Racismo e homofobia, por exemplo, eram comuns nos estádios e isso tudo, de forma equivocada, pouco era combatido. Com a chegada da internet e das mídias sociais, a informação circula mais rapidamente, há mais exposição, há mais ferramentas para apontar culpados, agressores e abusadores. Não há como esconder muito um caso como esse de Berna em 1987 nos dias de hoje. Esses atletas atualmente dificilmente escapariam da cadeia e não cumpririam suas penas. Veja o Daniel Alves onde está neste momento. Robinho pode ser preso, por isso que esse não é um tema apenas do futebol. Quem comete um crime, seja quem for, deve cumprir sua pena e depois ser integrado de alguma forma à sociedade. Assim é possível atletas e treinadores pagarem por seus crimes e darem depois sequência às suas carreiras, como qualquer outro cidadão.”

Flavinho também deu a sua opinião: “A sociedade mudou, assim como o universo do futebol. Hoje em dia esses crimes têm sim a sua devida importância, portanto os criminosos estão perdendo seu espaço. Mas é claro que essa barreira precisa ser totalmente quebrada dentro do esporte, e principalmente no futebol, que é um ambiente muito conservador, reacionária, leniente a determinados atitudes e crimes quando são cometidos por pessoas que pertencem a determinadas classes sociais. A sociedade está mais atenta e menos disposta a perdoar esse tipo de atitude, não tem como ignorar crimes pelos simples fatos do atleta ou técnicos pertencerem ao mundo do futebol.”, ele conclui falando: certamente os dirigentes vão pensar muito mais agora antes de contratar profissionais com condenações ou com imagem ligada a alguma forma de violência. Isso também já é visto em outras áreas, o mundo corporativo está cada vez mais exigente no combate a todas as formas de violência. acho sempre bom, em qualquer área, pesquisar o passado de um profissional. Para contratar qualquer serviço, normalmente pedimos indicações, informações e referências. Por que seria diferente no esporte? Hoje em dia valoriza-se muito a inteligência emocional, profissionais que saibam ter postura e controle mesmo em situações complicadas. O futebol já é assim faz algum tempo também. Há profissionais em alguns clubes que traçam um perfil psicológico e comportamental dos jogadores e dos treinadores. Isso é parte importante hoje em processos de contratação, portanto raramente veremos equipes contratando ou mantendo abusadores e agressores em seus elencos”.