Por: Felipe Bragagnolo Barbosa
Esta reportagem está também em áudio, entre no link para ouvir.

Tudo isso seria mágico para os norte-coreanos se fosse verdade, mas eles nunca ganharam a Copa do Mundo. O vídeo foi divulgado em 2014 em um canal do youtube, em que postava semanalmente notícias vindas do "Jornal Nacional" da Coréia do Norte, o mundo todo parou, acreditando que o governo fechado e ditatorial norte-coreano estava mentindo sobre a campanha na Copa do Mundo, na qual eles nem se classificaram. A Coréia do Norte faz campanha lendária na copa do mundo de 2014 no Brasil, começa o campeonato vencendo o Japão por 7 a 0, no segundo jogo vence os rivais dos EUA por 4 a 0 e depois a China por 2 a 0, nas oitavas de final venceu Portugal por 7 a 0 , nas quartas de final, em jogo dificil ganharam de 2 a 1 da Alemanha, nas semi-finais enfrentaram a vizinha Coréia do Sul e se classificaram para a final vencendo por 2 a 0, e sendo campeões em cima do Brasil por 8 a 1.
Jornais internacionais famosos como Toronto Sun, Mirror, Adelaide Now e USA Today divulgaram como uma mentira feita pelo governo norte coreano e até hoje muitas pessoas acreditam que esta é a verdade. Este vídeo nunca foi feito ou divulgado pela Coréia do Norte, na verdade um brasileiro conhecido na internet como Cid Cidoso fez essa "trollagem", ele no começo de 2014 havia criado um canal sobre notícias norte-coreanas chamado "North Korea Updates" após invadir o sinal de um satélite de lá, ele pegou trechos de notícias e as colocou em seu canal do youtube, parecendo realmente ser algo sério.
Cid em uma transmissão ao vivo disse como armou toda essa mentira, além dos trechos do jornal, o brasileiro contratou uma mulher sul-coreana para dublar o que a jornalista norte-coreana falaria, e para deixar a fake news mais verdadeira, lip sync (sincronização da boca ao falar) foi utilizado, para simular a festa norte-coreana nos estádios, além da falsa imagem do jogador norte-coreano levantando a taça, Cid editou vídeos das torcidas do Flamengo e Chile, colocando cores azuis e abaixando a qualidade de imagem, também usou imagens de comemorações de feriados na Coréia do Norte para isso.
Sobre os placares Cid disse que escolheu os adversários para engajamento, EUA, Coréia do Sul e Japão foram pelo histórico entre eles e os norte-coreanos, fingindo que o país estava criando uma narrativa por razões políticas, além disso, o brasileiro afirmou ter colocado o Vietnã vencendo a Inglaterra para as pessoas pensarem que os líderes norte-coreanos não entendiam nada de futebol, para quem queria descobrir a verdade ficasse confuso. A vitória por 8 a 1 em cima dos brasileiros foi totalmente por piada, para utilizar os vídeos do David Luiz chorando.
A criatividade do Cid não terminou por aí, ele colocou trechos de um jogo de futebol que ocorreu em Pyongyang entre o Sorocaba enfrentando a seleção norte-coreana(sim, este jogo realmente aconteceu), a Coréia do Norte venceu o time de Sorocaba, que jogou de amarelo, sendo divulgado para a população como sendo a verdadeira seleção brasileira, o vídeo trouxe mais credibilidade e a fake news perfeita estava próxima de estar feita. O vídeo se encerrou com outros trechos do jornal norte-coreano, em que de acordo com o brasileiro, eram imagens de premiações em que ele mesmo não sabia do que se tratava, mas a mídia e o mundo acreditaram. Cid se tornou uma lenda na comunidade brasileira na internet, ele também foi o responsável pela #calaabocagalvao, em que mentia ao mundo dizendo que "Galvão" era um papagaio em extinção no Brasil e que "cala a boca" significava "salve os" em português.
Para acessar o vídeo da Fake News acesse o link
No último sábado (29) o Miami Heat recebeu o Boston Celtics na Kaseya Center, em Miami, nos Estados Unidos, pelo jogo 6 das finais da Conferência do Leste. A partida, que valia a sobrevivência do Celtics na série, terminou 104 a 103 a favor dos visitantes. Derrick White, ala-armador do Celtics, com uma cesta no último instante do duelo, sacramentou a virada Celta no placar e a vitória. O resultado empatou a série em 3 a 3, em uma sequência impecável do Boston que perdia por 3 a 0, e conseguiu o empate vencendo duas partidas fora de casa.
O jogo 6 teve um início equilibrado, com muita trocação de cestas e placares parelhos. Caleb Martin, ala do Miami Heat, teve uma primeira parcial quente e logo chegou aos 12 pontos e quatro rebotes anotados. Pelo lado dos visitantes o destaque do primeiro quarto foi a dupla Jay-Jay, que somou 19 pontos. Jaylen Brown contribuiu com dez pontos, cinco rebotes e duas assistências. Enquanto Jayson Tatum fez nove pontos e buscou três rebotes, sendo um ofensivo e dois defensivos. O placar do quarto inicial terminou em 34 a 29 a favor dos Celtas.
No segundo quarto nenhum dos times conseguiram desgarrar no placar. O nome do período foi Jayson Tatum. O camisa zero do Boston Celtics anotou 16 pontos na parcial e alcançou os 25 no jogo. A eficiência ofensiva da jovem estrela Celta fez com que os visitantes levassem uma vantagem de 4 pontos para o intervalo (57 a 53).

O Miami Heat, que foi resiliente na primeira metade, manteve o resultado apenas com um diferença de quatro pontos graças às atuações dos coadjuvantes do elenco. Com Jimmy Butler e Bam Adebayo em noite pouco inspirada, o time do Heat parecia sentir o peso da partida.
A volta dos vestiários apresentou um Miami diferente, disposto a liquidar a série e impedir que o Celtics forçasse um jogo 7. A equipe do Heat, com cestas do pivô Adebayo e do armador Gabe Vincent, encostou no placar aos 8 minutos do terceiro quarto (62 a 60). Apesar da mudança de postura dos mandantes, a equipe Celta seguiu com um forte ímpeto ofensivo e abriu vantagem.
O Boston Celtics, após dois lances livres convertidos por Jaylen Brown, que chegava aos 18 pontos no jogo, abriu 13 de frente na parcial (78 a 65). O resultado no placar foi para o período decisivo em 79 a 72 para a equipe de Massachusetts.
O último período foi marcado pela recuperação do Miami Heat, que encostou no placar e virou a partida com uma cesta de Jimmy Butler. O camisa 22 do Heat não vinha bem no jogo e tinha seu aproveitamento de quadra inferior a 25%. Apesar disso, após sofrer uma falta, o atleta converteu três lances livres e deixou o placar em 103 a 102 a favor dos mandantes.
A equipe da Flórida, que estava a três segundos da decisão da liga, viu Derrick White de forma dramática converter um arremesso milagroso para definir a vitória Celta (104 a 103). O ala-armador do Celtics, após cobrar uma saída lateral, pegou o rebote do chute de Marcus Smart e com dois décimos de segundo fez a bandeja que garantiu a vitória da equipe e forçou o jogo 7 no TD Garden.

Os destaques do jogo foram: Jayson Tatum (31 pontos e 12 rebotes), Jaylen Brown (26 pontos e dez rebotes), Marcus Smart (21 pontos), Jimmy Butler (24 pontos e 11 rebotes) e Caleb Martin (21 pontos e 15 rebotes).
Boston se tornou apenas a quarta equipe a empatar uma série que tinha uma desvantagem de três jogos e forçar um jogo 7. Mas o retrospecto não é animador (0/150), em todos os casos anteriores, as outras franquias que conseguiram o feito acabaram eliminadas na partida decisiva. O Celtics tenta fazer história e ser o primeiro time a reverter essa situação.
O último duelo entre as equipes ocorre na segunda-feira (29), às 21h30 (horário de Brasília) em Boston, no TD Garden. O Denver Nuggets aguarda o vencedor do confronto para a disputa da NBA Finals, que tem início no dia 1 de junho.

Na segunda-feira (22) o Los Angeles Lakers enfrentou a equipe do Denver Nuggets pelo quarto jogo da série melhor de sete da Final da Conferência Oeste dos Playoffs da NBA. Jogando em casa, o Lakers viu os visitantes levarem a melhor pelo placar apertado de 113 a 111. O Nuggets varreu os mandates com quatro vitórias e nenhuma derrota, e agora aguarda o campeão da Conferência Leste para os duelos da NBA Finals.
O Lakers veio para o jogo em busca de um milagre. Nunca na história da NBA, um time que perdeu as três primeiras partidas conseguiu reverter a situação. Apesar do domínio do Denver nos três primeiros jogos, Los Angeles queria dar esperanças ao torcedor na Crypto.com Arena. Nikola Jokic e Jamal Murray, do Denver Nuggets, deram muito trabalho para a defesa de Anthony Davis (A.D.) e Lebron James. Além deles, o elenco recheado de peças chaves deu pesadelos para o técnico Darvin Ham, que já havia perdido em casa no último encontro.
NO JOGO

O jogo começou com novidades: Rui Hachimura titular. O jovem atleta do Lakers saiu do banco em todos os jogos dessa pós-temporada e pela primeira vez começou na linha de frente. O LakeShow buscava o jogo físico e um elenco alto, e Rui poderia contribuir com esses objetivos. O primeiro quarto teve nome: Lebron James. O jogador chamou a responsabilidade e mostrou para a torcida que iria entregar tudo em quadra. Lebron anotou 21 pontos na parcial. A maior marca em um único quarto do Lakers nos Playoffs desde Kobe Bryant em 2010. Ambas as equipes conseguiram pontuar bem e o primeiro quarto terminou com a equipe de Los Angeles na frente por 34 a 28.
No início do segundo quarto, mais uma novidade do Lakers: Tristan Thompson, com seus 2,06m, entrou precocemente na partida. O atleta não foi utilizado com frequência na série. A entrada de Thompson reafirmava a proposta do técnico Darvin Ham de buscar um time alto e de jogo físico. Aos 9:43, com assistência de Lebron, Thompson enterrou e despertou memórias da temporada de 2016. Os atletas foram parceiros no elenco campeão do Cleveland Cavaliers. Após breve momento nostálgico, os conterrâneos abriram uma larga vantagem. A defesa de Los Angeles encaixou e o ataque estava impecável. Fim do quarto, Lakers 73, Denver 58.
Lebron foi para o intervalo com números monstruosos: 31 pontos, 4 rebotes, 4 assistências, 2 roubos, 84,6% de aproveitamento e atuou por 23:56 dos 24:00 minutos possíveis. Seu condicionamento estava inesgotável.

Na volta do “Break”, Denver retornou diferente. O elenco, que até então estava sendo dominado, emendou uma ótima sequência e encurtou a desvantagem. Aos 4:39 para o fim do quarto, com cesta de K. Caldwell Pope, o Nuggets assumiu a liderança (83-81) pela primeira vez na partida. O Lakers, sem saber o que fazer, pediu tempo imediatamente. A vantagem que era confortável escorregou das mãos dos donos da casa. O terceiro quarto seguiu equilibrado, mas com Los Angeles atrás do placar. Lebron distribuiu mais a bola e parecia se preservar para a reta final da partida. Fim de quarto, Denver 94, Lakers 89.
No último quarto, Tristan Thompson - com assistência de Lebron - abriu os trabalhos. O jogo seguiu pegado e estava empatado aos 10:05 (94 a 94). Ambas as defesas estavam em alerta e a diferença no placar não passava de seis pontos. O clima tenso e ansioso tomou conta da arena. Aos 5:02, com enterrada animadora de A.D., o jogo estava empatado novamente (102 a 102).
Com três lances livres de Murray e cesta de três contestadíssima de Jokic, Denver abriu vantagem de 110 a 104, com menos de três minutos para o fim. Em seguida, Reaves respondeu na mesma medida e não deu tempo para os visitantes gostarem do jogo. Aos 1:13, A.D. novamente empatou (111 a 111). A arena não parava de gritar: “DEFESA! DEFESA! DEFESA!”.
Com menos de um minuto, Jokic anotou dois pontos e abriu 113 a 111. Aos 31.3 segundos para o fim, Los Angeles pediu tempo para armar um ataque. Não deu certo. Em seguida, o Nuggets errou e o Lakers pediu tempo, com 4.0 segundos no relógio. A defesa de Denver foi impecável e novamente o ataque da casa não deu certo. O Denver Nuggets venceu por 113 a 111 e varreu o Los Angeles Lakers.

Fim da temporada para Lebron James, Anthony Davis, Austin Reaves e companhia. Um elenco que, contra todas as probabilidades, chegou longe nos Playoffs. Por outro lado, Denver mostrou sua capacidade de dominação e, pela primeira vez na história, está na Final da NBA. Nikola Jokic foi eleito o MVP ( Most Valuable Player) da série e irá em busca do título, que será disputado contra o vencedor da série entre Boston Celtics e Miami Heat, que disputam as finais da Conferência Leste.
Após a partida, Nikola Jokic e o técnico Michael Malone fizeram questão de demonstrar total respeito pela franquia do Lakers e pelos jogadores, principalmente por Lebron James, que também elogiou os adversários. “Esse é um dos melhores, se não o melhor, time que enfrentamos nos últimos quatro anos”, disse a estrela do Lakers. Em seguida, tirou o chapéu para Jokic - literalmente - por suas belas atuações.
As finais da NBA começam no próximo dia 01 de junho, às 21h30 (horário de Brasília).
DESTAQUES DO JOGO:
LAKERS:
Lebron James: 40 pontos, 10 rebotes, 9 assistências, 2 roubos, 60% de aproveitamento e 47:56/48:00 minutos jogados;
Anthony Davis: 21 pontos, 14 rebotes e 3 tocos;
Austin Reaves: 17 pontos.
NUGGETS:
Nikola Jokic: 30 pontos, 14 rebotes, 13 assistências e 3 tocos;
Jamal Murray: 25 pontos,, 5 assistências e 2 roubo;
Aaron Gordon: 22 pontos, 6 rebotes, 5 assistências e 2 tocos.
ESTATÍSTICAS DA PARTIDA:
LAL X DEN
111 PTS 113 PTS
38 REB 40 REB
20 AST 25 AST
5 ROUBOS 3 ROUBOS
4 TOCOS 9 TOCOS
46,5% FG 48,2% FG
40,0% 3ptFG 36,4% 3ptFG
88,5% FT 86,4% FT
6 ERROS 8 ERROS

Na quinta-feira (25) aconteceu o jogo 5 da final da Conferência Leste entre Boston Celtics e Miami Heat. A partida foi disputada no TD Garden, em Boston, Massachussetts, e terminou em 110 a 97 a favor dos mandantes. Embalados pela torcida e buscando a sobrevivência na série, o Celtics contou com uma atuação consistente de todo o elenco para conseguir a vitória. Quatro jogadores do time Celta ultrapassaram a marca de 20 pontos. O Heat, que não conseguiu reagir na partida, viu a série se encaminhar para um 3 a 2. A equipe da Flórida, que ainda detém a vantagem no confronto, pode avançar à NBA Finals em caso de resultado positivo no sábado (27).
Como de costume nos Playoffs, ainda mais em jogos com chance eliminatória, a partida começou agitada e tensa. Jayson Tatum, que iniciou a contagem do placar com uma bandeja, recebeu no começo do primeiro quarto uma falta técnica por reclamação. No entanto, o astro do Boston Celtics não se abalou e seguiu com uma alta imposição ofensiva. Tatum anotou 12 pontos e foi o cestinha do período acompanhado do seu companheiro de time Derrick White com 11. O Boston ditou o ritmo do jogo, abriu vantagem e construiu um placar de 35 a 20.

O segundo quarto começou com o Miami Heat em busca de reagir na partida. Apesar da equipe da Flórida não jogar a tolha, os jogadores não conseguiam parar o ataque Celta. Impulsionados com a atuação de Jaylen Brown, que chegou aos 15 pontos anotados na primeira metade de jogo, o Celtics seguiu a frente do placar. Caleb Martin e Duncan Robinson, que juntos somaram 19 pontos até a ida aos vestiários, foram os responsáveis por manter o Heat na partida até aquele momento. Jimmy Butler e Bam Adebayo não conseguiram impactar no embate e os times foram para o intervalo em 61 a 44 a favor do Celtics.
Apesar de voltar com outra postura do intervalo, o Miami viu a diferença no placar bater a casa dos 20 pontos. O jogo foi para o último quarto em 92 a 72 a favor dos mandantes e a vitória encaminhada. No último quarto o Boston Celtics administrou o resultado construído ao longo da partida e sacramentou a vitória, Boston Celtics 110, Miami Heat 97.
O resultado positivo conquistado pela equipe Celta foi influenciado pela ótima atuação coletiva do time. Quatro jogadores do Boston Celtics ultrapassaram a marca dos 20 pontos: Jayson Tatum (21), Jaylen Brown (21), Marcus Smart (23) e Derrick White (24) foram os destaques da franquia de Massachusetts. Juntos os atletas somaram para 89 dos 110 pontos da equipe. Pelo lado do Heat, Bam Adebayo alcançou os 16 pontos e oito rebotes, Duncan Robinson, vindo do banco, contribuiu com 18 pontos e nove assistências e Jimmy Butler chegou apenas aos 14 pontos.
Com a vitória do Boston, o resultado da série se encontra agora em 3 a 2. A próxima partida entre as equipes ocorre no próximo sábado (27), às 21:30 (Horário de Brasília) no Kaseya Center, em Miami. Em caso de vitória, o Heat avança às Finais da liga. No entanto, se o Boston Celtics sair vitorioso haverá jogo 7 e um último embate decisivo entre as equipes.
Neste domingo (28), acontece uma das principais corridas do atual calendário da Fórmula 1. O Grande Prêmio de Mônaco é conhecido por suas ruas estreitas de Monte Carlo desde 1950, e neste ano, em 78 voltas, os pilotos voltam à pista, - depois do cancelamento da corrida em Ímola, na semana passada - para disputar o campeonato da categoria mais luxuosa do automobilismo.
REALEZA DO AUTOMOBILISMO
O tradicional GP de Mônaco é um dos maiores prestígios da história do automobilismo. Mesmo antes do campeonato de Fórmula 1 existir, em 1929, o então príncipe de Mônaco autorizou que fosse criado, pelo presidente do Automóvel Clube, Antony Noghès, o Grande Prêmio de Mônaco, perante o argumento que a realização do evento traria proteção internacional ao Principado. Em 1950 o circuito fez sua primeira participação sob o escopo da Fórmula 1 e cinco anos depois entrou definitivamente para o calendário do campeonato.
Durante os 68 anos de realização do GP, com exceção do atual trecho da piscina, o circuito se manteve quase idêntico ao de 1929. Um de seus trechos mais nítidos na memória dos fãs do esporte é a famosa curva de hairpin de Mônaco - o local muda de nome de acordo com o hotel localizado do lado externo da curva – que faz com que os pilotos virem o volante em quase 250 graus.
Desde sua primeira edição, essa fase do calendário protagonizou memoráveis embates e quebra de recordes: o recorde de voltas mais rápidas é do alemão Michael Schumacher, com 5 pole positions. Entre as equipes, a McLaren é a maior vitoriosa: 15 vitórias, a primeira em 1984 com Alain Prost e a última, em 2008, com Lewis Hamilton.
JOIAS DA COROA
Devido a seu imenso legado, o GP de Mônaco consagrou muitos nomes e diversas revoluções na engenharia dos carros. Então separamos 3 dos principais marcos desse patrimônio automobilístico:
O primeiro.
William Grover-Willians com muita resistência, segurou o seu Bugatti tipo 35B durante 4 horas, até completar 100 voltas. O piloto foi recrutado para fazer parte do exército britânico na Segunda Guerra Mundial e acabou sendo executado pelos nazistas no campo de concentração de Sachsenhausen, na Alemanha, mas seu nome estará sempre marcado como o primeiro campeão do mais famoso circuito do esporte.

O rei brasileiro de Mônaco.
O piloto Ayrton Senna até hoje é o maior recordista de vitórias no circuito histórico, com seis vitórias (1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993). Seu primeiro pódio no principado foi em 1987, com sua icônica Lotus 99T amarela.
Senna também tem o recorde de maior número de poles conquistadas: 1985, 1988, 1989, 1990 e 1991), assim recebendo o apelido de “rei de Mônaco”.

O mais veloz.
Em 2019, a bordo da consagrada Mercedes AMG F1 W10 EQ Power+, o britânico Lewis Hamilton conquistou a volta mais veloz no circuito – que é considerado de extrema dificuldade – registrando 1 minuto e 12 segundos e levando um ponto extra para o campeonato, no qual se consagrou hexacampeão.

O QUE ESPERAR NAS RUAS DO PRINCIPADO EM 2023?
Programada para a corrida na Itália, – que foi cancelada por conta das chuvas – a Mercedes irá estrear em Mônaco, um pacote de mudanças no W14, que vai desde acertos na suspensão, até atualização na carroceria. A equipe, que está no terceiro lugar no Campeonato de Construtores, ainda não subiu no pódio nesta temporada e quer disputar com Red Bull e Aston Martin, as duas primeiras colocadas.
A equipe de Lawrence Stroll, que quer brigar por um título na F1 e que atualmente tem os motores fornecidos pela Mercedes, anunciou na terça-feira (23), uma parceria com a Honda para o fornecimento das unidades de potência. A empresa japonesa, que foi a fornecedora da Red Bull e da AlphaTauri entre as temporadas de 2019 a 2021, chocou o mundo automobilístico quando anunciou a saída da categoria. Agora, retorna em 2026, em um contrato que é válido até o fim de 2030.
A corrida neste ano, pode ter surpresas do piloto da casa, Charles Leclerc (Ferrari), que apesar de ter feito as duas últimas poles, nunca conseguiu vencer em seu país. Em 2021, o monegasco teve problemas na caixa de câmbio durante a volta de apresentação e não chegou a largar. A falta de sorte continuou em 2022, e, mesmo largando no primeiro lugar do grid, acabou terminando a corrida em quarto, depois de uma falha na estratégia da equipe italiana.
Enquanto isso, a batalha interna da Red Bull promete intensidade. Sérgio Pérez, o último vencedor de Mônaco, e que costuma ir muito bem em circuitos de rua, está a 14 pontos de distância do companheiro de equipe, Max Verstappen, no Campeonato de Pilotos. O holandês acredita que no ano passado, o mexicano bateu de propósito no Q3, prejudicando-o e impedindo uma melhora no seu tempo, a fala causou polêmica na época e aflorou a disputa interna. Fernando Alonso (Aston Martin), também pode ser o responsável por surpreender a dupla da equipe austríaca, uma vez que o AMR23 chamou atenção nas curvas de baixa velocidade, muito presentes em Monte Carlo.
O classificatório, muito importante em uma pista em que as ultrapassagens são difíceis, acontece no sábado (27) às 11h (horário de Brasília). Será possível conhecer o vencedor da sexta etapa da temporada a partir das 10h (horário de Brasília) do domingo (28), em que os carros voltam às pistas para disputar o mais deslumbrante Grande Prêmio da temporada.