A ascensão das plataformas digitais como palco central da nova política e o desafio da polarização
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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27/11/2025 - 12h

 

A imagem conceitual representa a polarização política. FONTE: Shutterstock / Imagem Conceitual

O cenário político contemporâneo foi drasticamente redefinido pela ascensão das redes sociais. O que antes era um mero canal de comunicação secundário transformou-se no principal palco de debate, engajamento e, por vezes, de acirrada polarização. Líderes e figuras públicas, de todas as ideologias, utilizam plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook e TikTok não apenas para disseminar informações, mas para construir narrativas, interagir diretamente com eleitores e moldar a opinião pública.

A Onipresença Digital: Vantagens e Riscos

A presença massiva de políticos nas redes oferece uma série de vantagens:

  • Acesso Direto: Permite uma comunicação sem intermediários com o eleitorado, humanizando a figura pública e criando um senso de proximidade.

  • Mobilização: Ferramenta poderosa para organizar movimentos, manifestações e campanhas de forma rápida e eficiente.

  • Quebra de Monopólio: Diminui a dependência da mídia tradicional, permitindo que políticos e partidos estabeleçam suas próprias agendas.

No entanto, essa "democratização" da comunicação não está isenta de riscos e desafios:

  • Polarização e Bolhas: Os algoritmos das redes tendem a criar "bolhas" de informação, reforçando crenças existentes e expondo os usuários a conteúdo que confirma seus vieses, o que contribui para a polarização.

  • Desinformação (Fake News): A velocidade de propagação e a falta de filtros rigorosos tornam as redes um terreno fértil para a disseminação de notícias falsas, boatos e manipulação de informações, com sérias consequências para o debate público e a democracia.

  • Discurso de Ódio: A anonimidade e a falta de moderação eficaz em algumas plataformas facilitam a proliferação de discursos de ódio, ataques pessoais e campanhas difamatórias.

Foto de uma tela de celular com vários ícones de redes sociais misturados. Fonte: Depositphotos / Mídia Social e Política

Estratégias Digitais em Constante Evolução

A "nova política" é inerentemente digital. Políticos e suas equipes investem pesadamente em estratégias de marketing digital, análise de dados e criação de conteúdo. O uso de memes, vídeos curtos e transmissões ao vivo (lives) são táticas comuns para viralizar mensagens e engajar diferentes faixas etárias.

Observa-se também a profissionalização das equipes digitais, com especialistas em análise de sentimentos, SEO (Search Engine Optimization) e gestão de crises online. A capacidade de responder rapidamente a eventos e narrativas em tempo real tornou-se um diferencial competitivo crucial.

O Futuro da Política e das Redes

O fenômeno dos políticos nas redes sociais é irreversível. O desafio para as democracias é encontrar mecanismos para regular e fiscalizar o ambiente digital sem cercear a liberdade de expressão, garantindo que as plataformas sirvam como ferramentas de fortalecimento do debate público e não de sua deterioração. A busca por um equilíbrio entre a liberdade, a responsabilidade e a moderação de conteúdo continuará a ser um dos temas centrais dos próximos anos, moldando não apenas a política, mas a própria sociedade.

 

Unanimidade da 1ª Turma confirma preventiva e abre caminho para execução imediata da pena de 27 anos
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. A decisão, referendada na segunda-feira (24), confirmou o decreto do ministro Alexandre de Moraes que converteu a prisão domiciliar do ex-presidente em preventiva no último sábado (22).

A manutenção da prisão ocorre no momento em que o processo final de condenação do ex-presidente na Ação Penal (AP) 2668 se aproxima do trânsito em julgado, permitindo que o ministro relator determine o início imediato do cumprimento da pena. Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília.

 

Ministro Alexandre de Moraes discursando na bancada. Fonte: STF (Supremo Tribunal Federal)

 

Argumentos da Corte e Motivação da Prisão Preventiva

A decisão unânime dos ministros da 1ª Turma (Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin) considerou que a prisão preventiva é imprescindível para garantir a ordem pública, assegurar a aplicação da lei penal e coibir o reiterado desrespeito às medidas cautelares impostas.

Os fatores centrais que motivaram a conversão da prisão domiciliar para preventiva são:

  1. Violação da Tornozeleira Eletrônica: A Polícia Federal apontou que o equipamento de monitoramento eletrônico foi violado intencionalmente pelo ex-presidente. Moraes classificou o ato como uma violação "dolosa e consciente", após o próprio Bolsonaro admitir ter usado um ferro de solda na tornozeleira, alegando ter agido sob "surto" e efeito de medicamentos.

  2. Risco de Fuga e Obstrução: O ministro relator citou o risco concreto de fuga, intensificado pela violação do equipamento e pela convocação pública para uma "vigília" em frente à residência de Bolsonaro, feita por um familiar. A Corte avaliou que essa mobilização poderia criar tumulto e facilitar uma eventual evasão.

 

Os Argumentos da Defesa

A defesa do ex-presidente apresentou recursos e pedidos que foram, em grande parte, rejeitados ou considerados prejudicados pela decretação da prisão preventiva.

  • Prisão Domiciliar Humanitária: O principal pleito da defesa foi a prisão domiciliar humanitária, citando o quadro de saúde frágil de Bolsonaro, que inclui gastrite, esofagite e crises de soluços. No entanto, o ministro Moraes considerou este pedido prejudicado com a prisão preventiva, embora tenha determinado o atendimento médico em regime de plantão na PF.

  • Contradições na Condenação: Nos recursos apresentados contra a condenação na AP 2668, a defesa alegou que a decisão foi baseada em provas frágeis e contradições no acórdão, e que o ex-presidente não teve participação direta nos atos que levaram à denúncia.

  • Inexistência de Risco: Advogados argumentaram que a prisão preventiva não se justificava, pois a situação já estava controlada pela prisão domiciliar, e Bolsonaro não representaria um risco iminente à sociedade.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em evento público (imagem de arquivo). Fonte: Agência Brasil / EBC

 

A Condenação na Ação Penal 2668 e Execução da Pena

Jair Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado, além de multa (124 dias-multa no valor de dois salários mínimos à época dos fatos), na Ação Penal (AP) 2668.

  • Crimes: O ex-presidente foi condenado, majoritariamente, por ser o líder da organização criminosa que articulou planos para impedir a posse do governo eleito em 2022, sendo réu pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

  • Trânsito em Julgado: O prazo para a defesa apresentar o último recurso contra a condenação encerrou-se nessa segunda-feira (24). Com isso, a Corte confirmou o trânsito em julgado para Bolsonaro.

  • Próximo Passo: O ministro Alexandre de Moraes está liberado para, a qualquer momento, determinar a expedição da guia de execução penal, documento que formaliza o início do cumprimento da pena em regime fechado. A sede da PF é apenas o local inicial da custódia, sendo o Complexo Penitenciário da Papuda, ou outra unidade compatível com sua condição de ex-presidente, o destino mais provável para o cumprimento da sentença.

Nova ferramenta deve integrar informações socioeconômicas relacionadas ao gênero
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Ativistas participam da 5ª edição da CNPM. Foto: José Cruz/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (CNPM), ocorreu em Brasília entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. Durante o evento foi anunciada a plataforma DataMulheres, criada pelo governo federal através do Ministério das Mulheres.

Desenvolvida entre uma parceria do Observatório Brasil da Igualdade de Gênero e a Dataprev (empresa vinculada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), a tecnologia deve integrar informações de gênero e auxiliar procedimentos de pesquisas, observatórios, projetos e demais iniciativas de gestores públicos e instituições nacionais.

O encontro contou com a presença de 4 mil participantes de coletivos, movimentos sociais, deputadas, ministras e outras autoridades, além do oferecimento de palestras, redes de diálogo e stands para a exposição de livros e artesanatos produzidos por mulheres de todo o Brasil.

Na plenária final do evento foram aprovados o relatório de propostas para o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e 33 moções, com 98% dos votos favoráveis. O resultado quase unânime reflete a assertividade de diálogos previamente realizados nas instâncias municipais e estaduais.

Com o intuito de reconhecer a pluralidade das 100 milhões de mulheres que vivem no Brasil, o texto do relatório foi dividido em 15 temas, entre eles a questão do fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho, igualdade salarial, desigualdades econômicas e raciais, fortalecimento da participação política de mulheres, autonomia econômica e o enfrentamento à violência de gênero.

Durante o evento, a Ministra das Mulheres, Márcia Lopes, afirmou que “a luta não acaba nunca”, sendo necessário construir “não somente o Brasil, mas a América Latina, o Caribe, um mundo de paz”, para que as mulheres sejam livres e em que não haja nenhum tipo de violência contra elas.

Mudanças incluem teto para operadoras, repasse mais rápido e interoperabilidade
por
Antônio Bandeira e Fábio Pinheiro
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24/11/2025 - 12h

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou no dia 11 de novembro o decreto que moderniza as regras do vale-refeição e vale-alimentação dentro do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). As mudanças criam um teto para as taxas cobradas pelos operadores, reduzem prazos de repasse aos estabelecimentos e definem novas obrigações para empresas e bandeiras do setor.

Entenda as mudanças mais importantes:

Redução de taxa: O texto fixa limite de 3,6% para a taxa cobrada dos restaurantes e outros estabelecimentos. Atualmente, segundo o governo, esse percentual chega a 15% em alguns casos. As empresas terão 90 dias para se adequar à nova regra. O decreto também estabelece teto de 2% para a tarifa de intercâmbio e proíbe cobranças adicionais.

Interoperabilidade: Em até 360 dias, qualquer maquininha deverá aceitar cartões de todas as bandeiras. A medida, conforme o Ministério do Trabalho, amplia a concorrência e facilita o uso do benefício pelos trabalhadores e pelos estabelecimentos.

Prazo de repasse aos comerciantes: Os restaurantes e supermercados passarão a receber em até 15 dias após a transação. Antes das novas regras, o pagamento ocorria em cerca de 30 dias, podendo chegar a 60.

Legenda: Lula durante assinatura do novo regulamento do PAT - Foto/ Por: Ricardo Stuckert
Legenda: Lula durante assinatura do novo regulamento do PAT - Foto/ Por: Ricardo Stuckert

As regras incluem ainda a abertura dos chamados “arranjos fechados”. Empresas que atendem mais de 500 mil trabalhadores terão 180 dias para migrar para sistemas abertos. A mudança deve reduzir a concentração de mercado e permitir que mais credenciadoras participem do sistema.

Além disso, o decreto proíbe práticas consideradas abusivas, como deságios, descontos indiretos, bonificações e vantagens financeiras não relacionadas à alimentação.

De acordo com o governo, mais de 22 milhões de trabalhadores e cerca de 330 mil empresas cadastradas no PAT serão afetados. O valor do benefício não muda e segue exclusivo para compra de alimentos.

Para o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o decreto corrige distorções que vinham sendo cobradas por restaurantes, mercados e padarias. Ele afirmou que o governo discutiu o tema por dois anos com empresas e representantes do setor, mas não houve consenso para um acordo.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados, João Galassi, disse que a medida aumenta a concorrência e deve melhorar o valor final disponível para o trabalhador. Segundo Galassi, a redução da intermediação permitirá que mais pequenos estabelecimentos aceitem os vales.

O decreto cria ainda um comitê gestor para acompanhar a implementação das novas regras, fiscalizar práticas abusivas e definir parâmetros técnicos para o funcionamento do sistema.

Congresso irá analisar nesta quinta-feira (27), os 63 vetos feitos pelo presidente Lula
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
Antônio Bandeira de Melo Carvalho Valle
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24/11/2025 - 12h

A votação dos vetos ao novo marco do licenciamento ambiental virou um dos temas centrais da agenda do Congresso para novembro. Deputados e senadores se reúnem no dia 27 para decidir se mantêm ou derrubam os 63 trechos barrados pelo presidente Lula na lei sancionada em agosto. O resultado importa porque define até onde o país flexibiliza ou reforça o controle sobre atividades que causam impacto ambiental.

O licenciamento sempre foi o principal instrumento de fiscalização ambiental no Brasil. Ele estabelece quais estudos cada empreendimento precisa apresentar; quais riscos devem ser controlados e quais condicionantes precisam ser cumpridas. O processo costuma ser longo e heterogêneo entre estados, e por isso o Congresso discute há anos uma lei geral que dê mais previsibilidade.

A proposta aprovada em maio deste ano avançou justamente nessa direção: criou regras nacionais, previu modalidades mais simples — como a licença única (LAU) e a licença por adesão e compromisso (LAC) — e dispensou determinadas atividades do processo formal de licenciamento.

Os vetos do governo miraram pontos considerados sensíveis. O Planalto argumenta que alguns trechos ampliavam exageradamente as dispensas, reduziam a fiscalização e fragilizavam compromissos ambientais assumidos pelo país. A justificativa foi a mesma em outras áreas: garantir proteção ambiental sem abandonar a segurança jurídica para o setor produtivo. Entre os vetos estão dispositivos que tratavam da dispensa de licenciamento para obras de manutenção em estradas, linhas de transmissão e linhas férreas, e regras mais amplas para empreendimentos agropecuários.

Parlamentares contrários aos vetos dizem que as restrições prejudicam obras estruturantes e atrasam investimentos. Para eles, trechos barrados pelo Executivo traziam justamente o alívio burocrático que falta para modernizar o setor. O debate ganhou ainda mais força porque a lei entra em vigor em fevereiro de 2026 e o Congresso quer definir o texto final antes disso. Também pesa o cenário político: o tema aparece na agenda de eventos internacionais de clima, e o governo tenta apresentar avanços em governança ambiental.

A votação deve mostrar qual será o equilíbrio escolhido pelo Legislativo para os próximos anos. Manter os vetos significa reforçar o papel fiscalizador do licenciamento, enquanto derrubá-los abre espaço para uma lei mais permissiva, com processos mais rápidos e menos pontos de controle. Para estados, municípios, empreendedores e órgãos ambientais, o resultado define como novos projetos, como o de hidrelétricas, estradas, etc, serão avaliados a partir de 2026.

A nova pesquisa para presidente da República mostra Lula na dianteira da disputa; para Bolsonaro, uma ducha de água fria e um sinal de alerta; Ciro Gomes tem 8% e Simone Tebet 2%
por
Henrique Alexandre
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28/07/2022 - 12h

A nova rodada da pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (28), mostra o ex-presidente Lula (PT) na liderança isolada para a disputado pelo Palácio do Planalto. O petista aparece com 47% das intenções de voto, ante 29% do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Uma diferença de 18%

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Fonte: Datafolha



A nova pesquisa indica uma manutenção do quadro político, mostrando que existe a possibilidade de Lula vencer o pleito ainda no primeiro turno.

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O ex-presidente Lula tem a possibilidade de vencer no primeiro turno


Do lado da campanha de Jair Bolsonaro, a nova pesquisa foi um ducha de água fria. Isso porque a expectativa dos interlocutores do presidente era de que Bolsonaro tivesse melhor desempenho na nova rodada, pois foi aprovada nas últimas semanas medidas para tentar atrair votos da população mais pobre, como a PEC Eleitoral (que aumenta o valor do Auxílio Brasil para R$ 600,00) e o Auxílio Caminhoneiro. Entretanto, o que se viu foi uma estagnação eleitoral, notícia ruim para o presidente.

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Presidente Jair Bolsonaro segue estagnado na disputa eleitoral



Depois dos dois dianteiros aparece Ciro Gomes (PDT) com 8% e Simone Tebet (MDB) com 2% das intenções de votos. O quadro para ambos os candidatos segue estagnado em comparação com o último Datafolha nos dias 22 e 23 de junho.

O cenário de polarização se mantém entre Lula e Bolsonaro, o que é péssima notícia para os candidatos do PDT e do MBD. Embora a pesquisa seja um recorte de momento, são baixas as possibilidades de Ciro e Tebet subirem seus índices até as eleições.

O Datafolha ouviu 2566 eleitores de 183 cidades. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-01192/2022

A margem de erro da pesquisa Datafolha é de 2 pontos para mais ou para menos.  

O Partido Liberal (PL) oficializou a candidatura de Jair Bolsonaro no último domingo (24), na cidade do Rio de Janeiro.
por
Fernanda Querne
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28/07/2022 - 12h

No último domingo (24), o atual presidente da república, Jair Bolsonaro anunciou a sua reeleição à cadeira da presidência - no Maracanãzinho, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Em seu discurso, não só alimentou o anticomunismo, como também enfatizou o repúdio ao candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) , Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, os seguidores vaiaram o Supremo Tribunal Federal, repetindo o comportamento do morador do palácio do planalto.   

Reforçando seu discurso com teor misógino, Bolsonaro reduziu a mulher a um ser maternal e cristão. Fazendo uma menção memorial às últimas eleições, o  comício misturou o "bolsomito" de 2018 com o capitão do povo de número vinte e dois. 
 

OS SEGUIDORES


FOTO: Fernanda Querne 
Marta com a blusa antipetista 

 

Seguidora bolsonarista, Marta exaltava a sua felicidade por estar no estádio. antipetista assumida, nomeou Lula como “O enganador do Brasil”. Envergonhada pela possível reeleição do petista, afirmou que ele só está solto porque a sua máfia o ajudou.

Em 27 de abril de 2022, o Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que o ex-juiz e ex-ministro da defesa Sergio Moro foi parcial ao julgar Lula. Após a decisão do STF de anular todas as condenações da Lava Jato contra o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores.   

 Além de fiel ao presidente, cristã fervorosa, aclamou como o atual líder do Poder Executivo - Bolsonaro, não seria nada sem Deus. “O Brasil agora é de Deus” - pontuou Marta. 

 


FOTO: Fernanda Querne 
Pablo Brito pintado de verde e amarelo


Com o corpo pintado de verde e amarelo, Pablo Brito relembrava o Viking Republicano - popular pelo ataque ao Capitólio, que ocorreu no início de 2021, após o anúncio da vitória de Joe Biden para presidente dos Estados Unidos. 

Ironicamente, dizia que “infelizmente” Bolsonaro ganhará as eleições de 2022. Brito defendeu como Jair não faz política para seus filhos, e sim pelo Brasil. Acrescentou também, que o atual presidente pensa no povo e na imprensa. 

Segundo uma pesquisa da Federação Nacional dos Jornalistas, o ano de 2021 foi o mais letal perante a violência contra a imprensa desde dos anos noventa, registrando quatrocentos e trinta casos de violência contra profissionais da imprensa. 

O ferrenho apoiador, destacou que o candidato do PL não regularizou as mídias e redes sociais, para acentuar seu respeito às suas instituições de imprensa. “Ele quer liberar tudo, direito de expressão” - afirmou Brito. 

 


FOTO: Fernanda Querne 
Freitas após a entrevista para AGEMT

 

Luís Antônio de Freitas Silva (65) - bolsonarista desde 2018 em entrevista à Agência Maurício Tragtenberg, enalteceu o atual presidente, declarando que sabia quem era o  Bolsonaro de verdade. 

De acordo com Luís, o presidente mostra ao mundo quatro anos sem corrupção, discurso da grande maioria da base de apoio de Bolsonaro. No entanto, durante seu mandato,  ocorreram algumas denúncias contra esquemas de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho mais velho do atual presidente.

 Além disso, sua passagem pelo palácio do planalto, foi marcada pela prisão de Queiroz, a conta da primeira-dama com suspeitos oitenta e nove mil reais e o esquema de corrupção no MEC aos pastores, denunciado recentemente.

O seguidor de Bolsonaro afirmou que a COVID-19 afetou o governo e disse o quanto a pandemia foi uma lástima. Referente ao período pandêmico, que se iniciou no começo de 2020, Luís explicou como a política do “fiquem em casa”, foi uma das piores medidas tomadas pelas organizações de saúde e governos. 

Entretanto, em 28 de março de 2020, o virologista Atila Iamarino afirmou que ficar em casa era crucial para conter a disseminação viral: “Sair do Isolamento agora é querer voltar a um mundo que não existe mais”. 

 Acrescentou também, como a economia do Brasil não quebrou e isso só acontecerá, caso o governo “comunista” ganhe as eleições deste ano. Para reiterar seu discurso contra o comunismo, usou países como: Argentina, Cuba e Venezuela. 

 


FOTO: Fernanda Querne 
Slogan da campanha de 2018 do Jair Bolsonaro


“Isso está sendo inédito no nosso país, prestigiar um homem digno como o Bolsonaro" - relatou a Selma. A apoiadora alegou que inventaram inúmeras mentiras em relação ao presidente, como a de que ele não ajuda as mulheres. “Se não houver a vitória de Bolsonaro, vai ter uma grande fraude no Brasil”, ressaltou a evangélica. Insistiu que o seu candidato ganhará, de qualquer jeito, no primeiro turno. 

No “briefing” com os embaixadores na semana passada, o atual presidente insistiu no ataque às urnas. Entretanto, a Embaixada dos Estados Unidos elogiou o sistema eleitoral brasileiro: “Modelo para o mundo”. 

 

FOTO: Fernanda Querne
Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro

 

 A PRIMEIRA-DAMA

Em tom religioso, Michelle Bolsonaro palestrou primeiro. Estrategicamente, para dar “voz” às mulheres cristãs e de classe mais baixa - novo público eleitoral. Logo, a primeira-dama afirmou como os tempos estão difíceis - desesperançosos. Até soou que o fundo do poço já estivesse chegado. Porém, aclamou para a força do criador. “Deus é bom, essa nação é abençoada, só foi mal administrada" - retomou a narrativa interminável contra o inimigo petista. 

 


FOTO: Fernanda Querne
Michelle discursando entre Flávio Bolsonaro e Arthur Lira

 

Michelle insinuou os “supostos” rótulos de seu marido, por parte da oposição. Por exemplo, como Bolsonaro demonstra ser misógino e sexista. Sem hesitar, citou como ele sancionou setenta leis em relação ao público feminino. Mas, esse é o mesmo homem que disse para a deputada Maria do Rosário em 2003: “Não te estupro porque você não merece”.  

A esposa do candidato do PL abordou o como o governo de seu marido investiu em projetos que levassem água para o nordeste - região com o seu foco eleitoral. Entretanto, de acordo com o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, o governo dos integrantes do Partido dos Trabalhadores foi o que mais investiu no projeto de integração do Rio São Francisco - 88% dos pagamentos foram feitos na época do Lula e da Dilma.

“Não queremos nos promover, mas entregar” - fala da Michelle logo após exibir o que “supostamente” fizeram. Concluindo o “culto”, a primeira dama explicou que a luta é contra o mal, não se trata de uma batalha entre mulheres e homens.  

 


FOTO: Fernanda Querne 
Seguidores ouvindo o hino nacional 

 

CAPITÃO DO POVO 

Jair Messias Bolsonaro (PL)  iniciou seu discurso amedrontando o povo com a ameaça comunista. “A nossa bandeira nunca será vermelha!” - berrou o público. Relembrou como era um deputado do baixo clero, apoiando o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT). Citou o atentado que sofreu nas eleições de 2018 - a facada.

Mencionou a meritocracia brasileira: “Esse é o país que todos têm oportunidade” - retomando um dos seus discursos mais frequentes. Entretanto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), menos de 3% de mulheres e homens negros alcançam cargos de gerência ou diretoria no Brasil. Relatou como não diferencia negros ou brancos, apesar das constantes falas do atual presidente.

No dia 11 de maio deste ano, o candidato do Partido Liberal ofendeu a comunidade preta ao perguntar quantos arrobas - unidade de medida para pesar gado - tinha o seu apoiador em frente ao Palácio da Alvorada. “A nossa missão é não atrapalhar a vida de vocês” - citou o candidato desresponsabilizando a função estatal. 

 


FOTO: Fernanda Querne 
Panfleto com o novo número eleitoral do Bolsonaro, 22


NOVO BOLSA FAMÍLIA

“Descobrimos que tínhamos aqueles informais, os que vendiam biscoito globo na praia. Esses foram obrigados a ficar em casa para morrer de fome. O que o governo fez? Criou o auxílio emergencial” - disse o candidato. 

Entretanto, esse “novo” programa nada mais é que o bolsa família renomeado. “Como assim esse governo não pensa nos pobres?” - indagou o Bolsonaro. Porém, a PEC Kamikaze - benefícios sociais em ano de eleição - só foi liberada pela declaração de estado de emergência. 

Ao final, justificou a criação desta Emenda Constitucional. O candidato do PL afirmou que foi o primeiro presidente a lidar com teto de gastos - um limite de despesas para a União. Porém, o governo de Michel Temer criou a PEC 241, em 2016. Visando só controlar a dívida do governo em relação à inflação.


MAIS DE 600 MIL MORTES  

Bolsonaro disse que o seu governo foi difícil. Citando a guerra entre Rússia e Ucrânia, uma grande seca e o cenário pandêmico. “O mundo inteiro sofrendo as consequências daquela política que eu fui contra - política do “fiquem em casa”. Mas, segundo a Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, o candidato do PL conduziu erroneamente a pandemia. 

O relatório da CPI o acusou de nove crimes pela sua conduta: epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias e preventivas , emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos, charlatanismo, prevaricação, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade. 

 


FOTO: Fernanda Querne 
Camisas à venda fora do estádio

 

AMIGOS VERSUS INIMIGOS

“Com o apoio do Parlamento, está aqui o nosso presidente, Arthur Lira. Um enorme aliado nosso, tem colaborado muito com o governo. Graças a ele, conseguimos aprovar a lei que baixou o preço dos combustíveis” - afirmou Bolsonaro apresentando o amigo de longa data. 

Mesmo com pouco apoio dos parlamentares, a presença do Presidente da Câmara dos Deputados foi primordial para demonstrar alianças. Como Marcos Feliciano também se juntou ao culto no Maracanãzinho. Ou até mesmo o próprio Daniel Silveira - político preso por ameaçar o STF. 

“Vocês sabem o que é…Supremo Tribunal Federal” - instigou Bolsonaro. Vaias ensurdecedoras eclodiram o Maracanãzinho. Os seus apoiadores repetiram inúmeras vezes “Supremo é o povo”. Pois, o presidente já sofreu acusações vindas do STF. 

Como o inquérito 4781 - fake news. Em 2019, o ministro Dias Toffoli abriu o processo para apurar atos caluniosos e difamatórios contra a Corte Brasileira. Consequentemente, entraram com ações contra o candidato do PL.  

 


FOTO: Fernanda Querne
Criança no lançamento da candidatura do Bolsonaro

 

7 DE SETEMBRO

Com todos os seus parceiros juntos, concluiu ao mencionar o 7 de setembro: “Convoco todos vocês para as ruas pela última vez”. No dia da independência de 2021, Bolsonaro discursou em Brasília. Ameaçou o STF e o Congresso, com pautas antidemocráticas. 

“Há risco real de autogolpe no Brasil”, afirmou Steven Levitsky - autor do best-seller “Como as democracias morrem”. O professor de Harvard explicou como Jair Bolsonaro parece se inspirar na invasão do Capitólio. 

 

Em comparação com a pesquisa realizada há duas semanas pelo instituto, Lula subiu três pontos percentuais. Já Bolsonaro oscilou para baixo um ponto.
por
Ana Carolina Coelho
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25/07/2022 - 12h

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ex-presidente do Brasil e novamente candidato ao cargo de presidente da república, se mantém à frente na corrida para o Palácio do Planalto. Ele soma 44% das intenções de voto, enquanto o atual presidente da república e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), aparece em segundo lugar com 31%. A pesquisa eleitoral foi realizada pela BTG Pactual/FSB e foi divulgada nesta segunda-feira (25).

Em comparação com a pesquisa anterior do instituto, realizada há duas semanas, Lula subiu três pontos percentuais. Já Bolsonaro oscilou para baixo com um ponto a menos, ficando dentro da margem de erro, que é dois pontos percentuais para menos ou para mais. 

Em relação aos outros candidatos de destaque, Ciro Gomes (PDT) ficou com 9% das intenções de voto, ocupando o terceiro lugar na pesquisa. Já a senadora Simone Tebet (PMDB) pontuou 2%, tendo oscilado para baixo em comparação com a pesquisa anterior, quando pontuava 4% das intenções de voto. 

O deputado André Janones (AVANTE) ganhou 2%, mas na pesquisa anterior havia feito 3%, e o empresário Pedro Marçal (PROS), obteve 1%. 

Os demais candidatos não pontuaram. 

O instituto BTG Pactual/FBS também realizou a pesquisa dentro de um cenário espontâneo, ou seja, quando o entrevistado é questionado em quem votaria sem que sejam apresentadas as opções de candidatos. 
O candidato do Partido dos Trabalhadores, Lula, manteve a liderança novamente, com 40% das intenções de voto; Bolsonaro registrou 30%; Ciro Gomes ficou estável com 3%; e Tebet caiu para 0%.


SEGUNDO TURNO

Já no segundo turno, Lula e Bolsonaro em comparação a pesquisa anterior,  não oscilaram fora da margem de erro da última pesquisa realizada pela BTG Pactual/ FBS. O petista tinha 53% e subiu para 54%. O atual presidente da república, Bolsonaro, passou de 37% para 36%. 

Em um segundo turno entre Lula e Ciro, o pedetista registra  32% contra 48% de votos que vão para o petista. 

Caso aconteça um segundo turno entre Tebet e Lula, a senadora aparece com 25%, enquanto Lula registra 54% das intenções de voto. 

SOBRE A PESQUISA

O instituto ouviu 2.000 eleitores por telefone de 22 a 24 de julho de 2022 e a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05938/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

​​​​​​​Convenção partidária confirmou o nome do atual governador para concorrer um novo mandato
por
Camilo Mota
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24/07/2022 - 12h

O nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, foi oficializado como candidato à reeleição pelo Novo em evento realizado na Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte neste sábado (23). O mineiro de Araxá, porém, ainda não tem nome definido para vice de chapa.

Eduardo Costa do Cidadania é cotado para a composição da legenda, mas sua confirmação depende do andamento da negociação que pode formalizar federação do partido com o PSDB.

Romeu Zema é ex-presidente do conselho de administração do Grupo Zema, rede de lojas de eletrodomésticos criada por seu bisavô          Domingos Zema. O negócio começou com a venda de peças e assessórios de veículos e hoje engloba o ramo de eletrodomésticos, concessionárias, financeiras, após a venda da divisão de combustíveis. Hoje, acionista.

O atual governador é empresário formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Entrou para a política em 2018, quando foi eleito na sua primeira campanha, na disputa pelo governo do Estado ao lado do Ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) e do então atual governador Fernando Pimentel (PT). Foi filiado por 18 anos ao Partido da República (PR) que teve seu nome alterado para Partido Liberal (PL) em 2019.

Durante sua gestão Zema não adotou prontamente as medidas de isolamento frente à pandemia e declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro quando seu partido apresentava João Amoedo como candidato ao Planalto.

O atual governador também esteve presente, ainda durante a tarde, na convenção do Avante, partido que confirmou o apoio do empresário ao governo do estado.

Após o ocorrido, João Amoedo, ex-candidato pelo Novo em 2018 questionou no Twitter se “Além do PP, o NOVO também se coligou com o Avante ou Zema está cometendo infidelidade partidária?”. O partido do então governador mineiro que concorre à reeleição tem como pré-candidato Felipe D’Ávila, que poderá ser oficializado no dia 30 de julho.

 

Em convenção ocorrida nesta quarta, Ciro, que tenta pela quarta vez chegar ao Palácio do Planalto, ainda não anunciou vice.
por
Murari Vitorino
Gabriella Maya Freitas
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21/07/2022 - 12h

O PDT aprovou em convenção nacional nesta quarta-feira (20), por unanimidade, a escolha de Ciro Gomes como candidato à Presidência da República. A oficialização foi realizada na sede nacional do partido, em Brasília, no primeiro dia do período para realização das convenções partidárias, conforme o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ciro Gomes tem 64 anos, é advogado, e professor universitário.

O pedetista vai disputar o Palácio do Planalto pela quarta vez. Embora não tenha chegado ao segundo turno nas últimas três tentativas (1998, 2002 e 2018), encara uma melhora perante a percepção pública, com pouco mais de 13,3 milhões de votos.

O ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará está atualmente em terceiro lugar nas intenções de votos (8%), de acordo com o último levantamento do Datafolha, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Ciro diz que pretende fazer das eleições um “plebiscito de ideias”, e se apresenta como alternativa à  polarização.

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes no lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República pelo PDT...  Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/eleicoes/pdt-confirma-candidatura-de-ciro-gomes-a-presidencia/) © 2022 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98. A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.
O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes no lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República pelo PDT

O candidato abriu sua fala com críticas severas sobre seus adversários, e criticou o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT, por supostamente “invadir a autonomia do PDT” no Ceará com o objetivo de escolher o candidato ao governo do estado. Em entrevista, Ciro afirmou que Lula está praticando “puro fascismo” com a senadora e pré-candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, ao atrair emedebistas e tentar negociar acordos com eles. 
“O que está acontecendo é o seguinte: o Lula resolveu desconsiderar toda e qualquer ética e qualquer escrúpulo e resolveu destruir os partidos. Tentou operar no Ceará também com gente que eu ajudei a criar”, declarou Ciro. “O que Lula está fazendo no Ceará é invadir a autonomia do PDT para escolher o candidato”.
Ao fazer críticas severas também ao candidato Jair Messias Bolsonaro, Gomes comparou os dois rivais e os colocou em pé de igualdade, com a mesma carga de responsabilidade sobre os acontecimentos do país. "Trocar pessoas, mesmo que de ideologias diferentes, mas que na essência pratica o mesmo modelo é repetir o erro cometido a décadas”, disse ele. 
Dedicando boa parte de seu discurso a acusações de crimes supostamente cometidos pelo atual presidente do Brasil, o candidato do PDT apontou os riscos democráticos que sofremos.
A campanha de Ciro adotou o lema “vote em um e se livre dos dois”, em referência a Lula e a Bolsonaro. Segundo o agora candidato, os nomes do PT e do PL representam um “vazio de ideias”. Perto do encerramento da convenção onde a candidatura foi lançada, Ciro levantou algumas de suas propostas e promessas já publicadas em seu livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança”. Em essência, as promessas acenam a uma esquerda social-democrática espelhada em modelos econômicos europeus, defendendo em seu discurso a taxação de grandes fortunas, fortalecimento do estado para o controle financeiro e até a menção do projeto de Renda Básica Universal proposta por Eduardo Suplicy ao plano de governo do PT.