Em coletiva realizada na sexta-feira 15/10, em Berlim, Olaf Scholz, candidato a chanceler do Partido Social Democrata (SPD), Annalena Baerbock, do Os Verdes, e Christian Lindner, do Partido Liberal Democrático (FDP), anunciaram que estão dispostos a iniciar negociações formais para a formação de um governo.

Encerradas as negociações preliminares, três semanas depois da eleição geral, os partidos se mostraram otimistas quanto ao sucesso da coalizão. A união é chamada de “ampel” (semáforo em alemão), devido às cores dos partidos: vermelho, dos sociais-democratas, amarelo, dos liberais, e verde. Os partidos também apresentaram um documento de 12 páginas com os resultados preliminares das negociações em torno de um projeto comum.
Olaf Scholz classificou como “muito bom” o resultado desta primeira rodada de debates. O social-democrata destacou a modernização da Alemanha e as preocupações com as mudanças climáticas como pontos centrais.
"Um novo começo é possível com as três partes se unindo", disse Scholz.
O SPD foi o partido mais votado nas eleições do dia 26 de setembro, tendo 25,7% dos votos. Caso as negociações avancem, Olaf Scholz, que é o atual vice-chanceler e ministro das finanças, deverá ser eleito pelo Bundestag (Parlamento) para suceder Angela Merkel, após 16 anos.
Os Verdes, de Annalena Baerbock, conquistaram seu melhor resultado da história, alcançando 14,8%. Os liberais tiveram 11,5% dos votos. Por tradição, o governo necessita alcançar maioria absoluta do parlamento, o que garante a votação do chanceler, já que os partidos alemães são resistentes a governos de minoria. Se confirmada a aliança da coalizão “semáforo”, será a primeira vez que a aliança governará em nível federal, e a primeira aliança tripartidária a governar a Alemanha desde 1950.
O líder do FDP, Christian Lindner, classificou a coalizão tripartite como uma oportunidade.
"Estamos agora convencidos de que por muito tempo não houve uma oportunidade como essa para modernizar a sociedade, a economia e o governo", afirmou Lindner.
A percepção é de que Os Verdes e o FDP têm um eleitorado parecido: jovem, urbano, e elevado grau de escolaridade, além de pontos em comum na política social. O que os distancia é a política econômica.
Ainda assim, segundo Baerbock, foi possível “encontrar pontes” durante as sondagens. Ela afirmou que o objetivo é "garantir uma verdadeira renovação por meio de uma coalizão progressista".
Os partidos devem submeter à análise interna, durante o final de semana, o documento apresentado no dia 15/10. Baseado neste documento, as três partes irão aprofundar as conversas e definir, ponto a ponto, os detalhes de uma futura aliança. A decisão, de prosseguir ou não com os debates, deve ser entregue na segunda-feira, de acordo com Olaf Scholz.
Os eleitores alemães foram às urnas no domingo (26) para escolher o sucessor de Angela Merkel, que deixa a chancelaria federal após 16 anos de governo.
As pesquisas já mostravam que a disputa seria apertada, com margem mínima de vantagem para Olaf Scholz, do Partido Social Democrata (SPD). No sábado (25), no último ato eleitoral da União Democrata-Cristã (CDU), Angela Merkel fez um apelo em favor de Armin Laschet, e apostou nos indecisos para uma virada na véspera da eleição.

As projeções de pesquisa das redes de televisão local ARD e ZDF confirmaram que se esperava. O SPD liderou a corrida com 25,9%. Em segundo lugar aparece a CDU/CSU com 24,1%. Na terceira colocação aparecem Os Verdes com 14,7%, seguidos pelo Partido Democrático Liberal (FDP) com 11,5%. O Bundestag será formado por 730 cadeiras, superando as 709 eleitas em 2017.
A distribuição de assentos será a seguinte:
-205 cadeiras para o SPD
-194 cadeiras para a CDU/CSU
-117 cadeiras para Os Verdes
-91 cadeiras para o FDP
-82 cadeiras para a AfD
-40 cadeiras para o Die Linke
-1 cadeira para outros
O resultado desta eleição entra para história. Para além do fato de ser escolhido o sucessor de Angela Merkel, esses são os piores números já conquistados até agora pela CDU, partido de Merkel.
Reações das Campanhas
SPD
O Secretário-Geral do Partido Social Democrata (SPD), Lars Klingbeil, reagiu aos números iniciais e afirmou que o partido tem condições de liderar uma coalizão.
“O SPD tem o mandato de governar. Queremos que Olaf Scholz seja chanceler (...) Sabíamos que seria uma campanha renhida”, afirmou Klingbeil à emissora ZDF, completando que estava muito contente.
CDU
“As perdas são amargas em comparação com as últimas eleições”, assim definiu Paul Ziemiak, Secretário-Geral da CDU, ao comparar os resultados com a eleição de 2017, quando a CDU/CSU obteve mais de 30%. Apesar das projeções, em um discurso em Berlim, o líder do CDU/CSU, Armin Laschet, manifestou o desejo de uma coalizão com Os Verdes e o FDP. “Quero liderar uma coligação do futuro”, disse Laschet ao lado de políticos do partido, entre eles a chanceler Angela Merkel.
Os Verdes
O coordenador federal do Os Verdes, Michael Kellner, avaliou os resultados e não escondeu certa decepção. “Fizemos ganhos significativos, mas é difícil para mim estar realmente satisfeito com estes ganhos”, afirmou Kellner à agência DPA. O coordenador do partido verde felicitou o SPD pelo que chamou de “um grande sucesso eleitoral”, e adiantou a preferência por uma coligação com os sociais-democratas.
Para Annalena Baerbock, candidata a chanceler do partido, o país precisa de um novo governo que tenha compromisso com questões climáticas. “Concorremos pela primeira vez para moldar este país como uma força líder (...) Este país precisa de um governo climático (...) É isso que continuamos a lutar”. A candidata se mostrou aberta para iniciar conversas com os liberais sobre possíveis coligações.
FDP
O líder dos liberais, Christian Lindner, disse ser favorável a uma coligação liderada pelo CDU/CSU em conjunto com Os Verdes. “Acho que a probabilidade de colocarmos a nossa política em prática é maior nesta constelação”.
Coligações e Futuro Chanceler
Para formar maioria no parlamento será necessário uma coalizão entre três partidos. Obter maioria com apenas dois partidos só seria possível se CDU/CSU e SPD mantivessem a aliança que governa o país desde 2013, o que é improvável.
Uma coligação entre CDU/CSU, Os Verdes e o FDP é chamada de “Jamaica”, pelas cores dos três partidos lembrarem as cores da bandeira do país caribenho.
Por outro lado, os liberais não descartam uma coalizão com o SPD e Os Verdes, chamada de “ampel” (semáforo, em alemão), pelas cores vermelho (SPD), amarelo (FDP) e verde. Sabe-se que o partido verde tem a preferência por uma coligação liderada pelo SPD, enquanto os liberais simpatizam por uma coalizão liderada pelo CDU/CSU.
Dadas as situações, reunir o próximo governo de coalizão para a maior economia da Europa pode levar semanas de negociações. Pelo modelo eleitoral, o partido que termina em primeiro lugar, neste caso o SPD, está mais bem colocado, mas não garantido de formar um novo governo.
Vale lembrar que até que uma nova coligação seja formada, quem segue no governo é Angela Merkel.
Na véspera da eleição mais incerta dos últimos anos, Angela Merkel, que estava afastada da disputa eleitoral que escolherá seu sucessor, não poupou esforços para que o novo chanceler seja Armin Laschet, candidato da união conservadora dos partidos União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã. Uma vitória de Laschet é considerada, segundo as pesquisas, improvável, mas uma derrota do partido pode representar uma pequena mancha no legado de 16 anos de governo construído por Merkel.
“É apenas a cada quatro anos que vocês têm a chance de decidir em nível federal quem deve moldar o futuro em Berlim. (...) É preciso tomar as decisões certas (...) porque trata-se do país de vocês e vocês decidem o futuro do governo”, afirmou Merkel em Aachen, ao lado do candidato democrata-cristão Armin Laschet.
Os conservadores correm o risco de obter o seu pior desempenho eleitoral, a centro-direita sempre obteve mais de 30% dos votos nas eleições nacionais, e forneceram ao país cinco dos oito chanceleres do pós-guerra.
Mas o cenário encontrado nesta eleição é adverso. O candidato da aliança CDU-CSU se mostrou impopular e desajeitado, além de inseguro, e viu o candidato do Partido Social-Democrata (SPD), Olaf Scholz, assumir a dianteira nas pesquisas. SPD e CDU governam a Alemanha em conjunto desde 2013, mas a relação vem se desgastando nas últimas semanas. Isso porque, para desespero da CDU, é Olaf Scholz, atual ministro das finanças e vice-chanceler, e não Armin Laschet, que é considerado “nova Merkel”, o candidato da continuidade tranquilizadora.

Em terceiro lugar nas pesquisas, com cerca de 16%, aparece Annalena Baerbock, colíder do Os Verdes. Assim como Laschet, a deputada e colíder do partido verde teve altos e baixos em sua campanha, chegando a liderar com 30% por um período em Maio. Annalena Baerbock foi o principal alvo de notícias falsas durante a campanha na Alemanha, tendo 71% dos conteúdos mentirosos direcionados a sua campanha, segundo a organização não-governamental Avaaz. Sobre os ataques a Baerbock, o diretor de campanha da Avaaz afirmou que é difícil identificar os motivos.
"Neste caso, Annalena Baerbock é uma mulher, é nova, quer uma mudança, talvez mais do que os outros candidatos. E, talvez por isso, enfrente uma maior resistência e haja interesse em espalhar informação falsa para que ela seja vista de uma outra forma".
O que movimenta o eleitorado ?
A Alemanha firmou compromisso de tornar neutra a emissão de gases do efeito estufa até 2045, a grande questão é como a maior economia da Europa, e a quarta do mundo, fará para conter a poluição de suas indústrias e do seu sistema de transporte.
Os Verdes e o Die Linke (A Esquerda) têm uma projeção ousada, eliminando as usinas de carvão até 2030. Os liberais do FDP projetam alcançar a neutralidade até 2050. A extrema-direita com o AfD rejeita as evidências científicas sobre os impactos causados pelo homem ao meio ambiente.
As consequências econômicas da pandemia também é um tema dominante. A Alemanha precisou assumir grandes dívidas para arcar com as consequências econômicas de dois lockdowns prolongados. CDU e o Partido Liberal Democrático (FDP) rejeitam a ideia de futuros aumentos de impostos, os liberais prometem até reduções. Já SPD e Os Verdes falam em benefícios fiscais para pequenas empresas e na reintrodução de imposto sobre a fortuna de cerca de 1% para os que ganham mais.
Novo Governo
O desenho de coalizão mais provável é uma união entre o Partido Social-Democrata (SPD), Os Verdes e o Die Linke (A Esquerda). Outra possibilidade é uma coalizão entre SPD, Os Verdes e o Partido Liberal-Democrático (FDP). Pelo que apontam os números, um eventual vencedor terá que negociar uma coalizão com ao menos três partidos para garantir a maioria do Bundestag, algo que não acontece na Alemanha desde os anos 1950.
O sistema eleitoral alemão é distrital misto. O voto não é obrigatório e não existe título de eleitor como no Brasil. Algumas semanas antes do dia da eleição os eleitores recebem em casa instruções sobre seu local de votação. Também é possível votar pelos correios, neste ano espera-se que cerca da metade dos eleitores aptos a votar escolham essa opção, como fez a própria chanceler Angela Merkel que optou por votar de casa.
Eleição
O eleitor alemão dispõe de dois votos. No primeiro voto, o eleitor escolhe o candidato do seu distrito, por voto direto, e é eleito o candidato que obtiver mais votos. Cada partido tem o direito de lançar um candidato por distrito ou zona eleitoral. A Alemanha tem 299 distritos eleitorais, um para cada 250 mil habitantes.
Esses 299 representantes eleitos pelo voto direto formam metade do Bundestag, o parlamento alemão, composto regularmente por 598 representantes.
A outra metade do Bundestag é definida pelo segundo voto, ou voto em legenda. Ele vai determinar o tamanho de cada partido dentro do parlamento. Por exemplo, se um partido obtiver 30% dos votos em legenda, ele detém 30% dos assentos no Parlamento. Para definir quem serão os deputados, os partidos definem previamente uma lista.
É possível que o eleitor conceda o primeiro voto ao candidato de um partido, e escolha um partido diferente para o seu segundo voto.
Formação do Parlamento
Para obter cadeiras no Parlamento alemão os partidos precisam conquistar pelo menos três mandatos por voto direto ou 5% dos votos em legenda. A formação do Bundestag respeita a proporcionalidade, evitando que o voto direto tenha mais peso do que o voto na legenda.
Por exemplo, um partido obteve 30% dos votos em legenda, logo tem direito a 180 assentos no Bundestag. Se esse partido elegeu 90 deputados por voto direto, estes serão os primeiros a ocupar os assentos no Parlamento, e os demais 90 serão ocupados conforme a lista do partido.

Porém, se esse partido eleger 200 deputados por voto direto, ele tem mais deputados eleitos por voto direto do que assentos garantidos pela porcentagem da legenda. O sistema eleitoral permite que todos esses 200 tomem posse, mas, para compensar, os demais partidos ganham assentos adicionais conforme suas porcentagens de voto na legenda. Interessa que ao final as bancadas correspondam a porcentagem de votos obtidos pelo partido no segundo voto.
Na eleição de 2017, devido a esse sistema de compensação, o Bundestag que, em tese, seria composto por 598 representantes, empossou 709 deputados, um recorde.
Proporção populacional
A composição do Parlamento é dividida por estados e leva em conta a população de cada um deles no dia 31 de Dezembro do ano anterior. Com isso, enquanto o estado mais populoso do país, Renânia Norte-Vestfália, pode eleger 135 deputados, o menos populoso, a cidade-estado de Bremem, elege apenas cinco.
Partidos
Com uma antecedência mínima de 79 dias, a Comissão Eleitoral determina quais partidos poderão participar da eleição, a partir do número de filiados e grau de popularidade. Atualmente, os partidos com representação no Bundestag são os conservadores União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU), que formam uma bancada única, o Partido Social Democrata (SPD), o Aliança 90/Os Verde, Die Linke (A Esquerda), Partido Liberal Democrático (FDP) e a Alternativa para a Alemanha (AfD).
Como é eleito o chanceler federal ?
A lei alemã não prevê a eleição por voto direto para escolha do chanceler federal. O chanceler é escolhido por meio do Bundestag, ou seja, de forma indireta.
No início das campanhas eleitorais alguns partidos já indicam candidatos a chanceler, na prática, estão dizendo ao eleitor quem eles vão submeter ao voto do Bundestag, caso liderem uma coalizão de governo. Nem todos indicam previamente os nomes. Geralmente, só os que realmente se veem com chances de liderar uma coalizão o fazem.
Nas atuais eleições, três partidos indicaram candidatos oficiais: A CDU e a CSU apresentaram o líder da CDU e ministro-presidente do estado da Renânia Norte-Vestfália, Armin Laschet. O atual ministro das finanças e vice-chanceler Olaf Scholz, é o nome do SPD. E Os Verdes escolheram sua colíder Annalena Baerbock. Esta é a primeira vez que Os Verdes indicam um nome para o cargo de chanceler federal.
Apuração e resultados
Os votos são contabilizados logo após o fechamento das urnas e costumam ser anunciados nas horas seguintes. Segundo a lei, os deputados eleitos devem tomar posse até 30 dias depois da eleição.
Caso nenhum partido obtenha maioria absoluta dos votos, o que é provável, duas ou três legendas iniciam contatos para formar uma coalizão. Ao chegarem a bases para negociar, passam a definir quais partidos ocupam quais funções no futuro governo, e quais políticas serão implementadas, isso tudo é formalizado em um documento, o acordo de coalizão.
O chanceler só é eleito pelos deputados depois que a nova coalizão chega a um acordo. As negociações não têm prazo para terminar, e podem se estender por semanas ou meses. Durante todo esse período, segue no cargo o governo que já está.
Após o acordo, o presidente da Alemanha formaliza a indicação do chanceler e envia o nome de volta ao Parlamento para votação. Os parlamentares votam se aprovam ou não o candidato a chanceler. Se o nome for aprovado, o que costuma acontecer sem sustos, o chanceler é confirmado no cargo e a Alemanha tem novo governo.
Desde 2018 já se sabe que Angela Merkel não disputaria as atuais eleições. No poder desde 2005, Merkel optou por não concorrer à reeleição. Líder do principal partido alemão, a União Democrata-Cristã, ou CDU, ainda em 2018 indicou um nome para lhe suceder nas próximas eleições: Annegret Kramp-Karrenbauer.
Vista por muitos como moderada, cautelosa e capaz de dar continuidade ao governo de Merkel, Karrenbauer não conseguiu formar sua própria base e não obteve sucesso em popularidade nem dentro do partido. Com o esvaziamento da pré-candidatura, Karrenbauer abandou a liderança do partido em Janeiro deste ano. Em seu lugar, assumiu Armin Laschet, a atual aposta para a sucessão de Angela Merkel. Desde Junho de 2017, Laschet é Ministro-presidente do estado da Renânia do Norte-Vestfália, o mais populoso da Alemanha.
Apesar de reunir características que agradam a base da CDU, Laschet não empolga e se viu em queda livre nas pesquisas eleitorais desde o começo da campanha. Em teoria, após 16 anos de governo Merkel, não teria dificuldade em emplacar um sucessor. Ainda mais se olharmos para a história: nos últimos 72 anos, a CDU esteve no poder durante 52.

O que atrapalha Armin Laschet ?
O político de 60 anos e formado em Direito é visto por muitos como inseguro, despreparado e pouco sério diante de problemas graves. O caso que abalou sua popularidade, e é considerado o motivo de sua queda nas pesquisas, aconteceu há pouco tempo, envolvendo sua reação às enchentes que mataram 180 pessoas na Alemanha. Em 17 de Julho, ao visitar uma região do estado que governa, duramente castigada pela enchente, Laschet foi flagrado rindo de uma piada no exato momento em que o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier discursava e prestava solidariedade às vítimas.
Quem também estava no local era o principal rival de Laschet nessas eleições, o ministro da economia e candidato do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Olaf Scholz, que permaneceu sério e falou sobre liberação de verbas e medidas imediatas de reconstrução. Dias após o episódio, Laschet se retratou à emissora ZDF: “Foi estúpido e não deveria ter acontecido e eu me arrependo”, disse ele.
O que dizem as pesquisas ?
Olaf Scholz (SPD) lidera as pesquisas. De acordo com os últimos números, os social-democratas aparecem com cerca de 25%, enquanto a CDU de Armin Laschet obtêm entre 20% e 22% – um dos piores resultados já registrados pelos conservadores em pesquisas.