Localizada no centro de São Paulo, a praça Franklin Roosevelt surge na paisagem da cidade na forma de um pentágono. Cobrindo a via expressa que liga as zonas leste e oeste, a construção data da década de 1970 - auge do regime militar brasileiro - época de obras faraônicas cuja função era mostrar à população o potencial e o poderio do Estado. O local é também uma homenagem aberta dos Generais aos seus parceiros (Ou a metrópole?) americanos. Foi desenhada na forma da sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, o Pentágono, e o nome de batismo do local é o mesmo do 32º presidente estadunidese.
A praça sofre com o abandono durante o próprio governo militar ficando marcada pela degradação e auto número de pessoas em situação de rua.
Nos anos 1990 para por uma imensa reforma que trás uma nova vida a praça. Ao seu redor se instalou alguns bares o que deu ao local na época um ar de boêmio.
Atualmente a fama de local farrista ficou para as noites na praça, durante o dia ela ganha um outro aspecto totalmente diferente, acolhendo também famílias, amigos e trabalhadores em horário de descanso. Seu amplo espaço atrai também esportistas que aproveitam para ensaiar manobras e gravar vídeos que vão parar nas redes sociais.
Desde que começou a se disseminar pelo ocidente, a ligação entre a cultura japonesa e o Brasil sempre foi muito forte, desde o início da imigração para o país em 1908. Muitos japoneses vieram para a cidade de São Paulo, na região Sudeste e a partir de 1912 começaram a ocupar o bairro da Liberdade, lentamente contribuindo para moldar a paisagem e definição completa do bairro.
Atualmente, o local é um notório centro comercial, exibindo ampla diversidade de pessoas e interesses. Além das construções típicas, o bairro possui galerias repletas de lojas que vendem desde mangás (histórias em quadrinhos japonesas) e "Action Figures" (Nome popular dado a bonecos de personagens das séries nipônicas, usados para decoração e enfeite) até fantasias, quadros e acessórios variados.
Mais forte a cada dia, a Liberdade é um ponto turístico quando se trata de cultura nipônica no Brasil, e de fato é onde todo fã deve ir para atualizar sua biblioteca ou socializar em um ambiente com forte tradição oriental.
O Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo (SP), apresenta a exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou”. Em cartaz até 21 de abril, a exibição celebra as comunidades afrodescendentes que, entre os anos 1910 e 1940, criaram e consolidaram o samba urbano no Brasil e no mundo.
Através de fotos, gravações, áudios, documentos e obras dos acervos do IMS e de outras instituições, a mostra dialoga para além dos aspectos históricos. As complexas redes de trabalho, solidariedade, espiritualidade e a música: dos terreiros, quintais e escolas de samba são só alguns dos temas abordados.
“Esta exposição parte da música para percorrer a intrincada rede de encontros, trocas e conflitos que ali se formou na primeira metade do século 20. Consciência política, religiosidade e solidariedade são inseparáveis da sofisticada produção artística que se espraia no espaço - ganhando uma cidade, o país e o mundo - e no tempo, ainda hoje pulsante em seu espírito dissidente de um país racista e desigual,” pontua o time de curadoria no começo da exposição.
DO PORTO AS ESCOLAS DE SAMBA
O título da mostra faz alusão ao termo criado pelo artista Heitor dos Prazeres para se referir à região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, no século 20. Ao longo dos aproximadamente 380 itens, o conceito é compreendido como uma construção política e ampliado para outras áreas da cidade.
O primeiro andar apresenta o lugar onde tudo começou: o Complexo do Cais do Valongo, maior porto escravista da história, que recebeu cerca de 1 milhão de africanos escravizados e vindos forçados para o Rio de Janeiro.
A exposição reúne documentos, imagens e reportagens da Praça Onze, capital da Pequena África. O local foi habitado, no começo do século 20, por uma população de afrodescendentes, imigrantes judeus, italianos e ciganos. Foi nas regiões próximas dali que se fundou a primeira escola de samba e onde aconteceu o primeiro desfile das agremiações.
Além disso, são mostrados itens, documentos e reportagens como: o violão de Donga, a partitura de Pelo Telefone, os registros da turnê dos Oito Batutas em Paris em 1922 e algumas pinturas do artista Heitor Prazeres. Também é evidenciada a atuação das “Tias” – mulheres negras e mais velhas – na construção do samba carioca.
O segundo andar é focado nas práticas cotidianas da época. Reunindo fotos, auto falantes, discos de vinil, máquinas de escrever, medalhas, entre outros itens de valor histórico, a exposição mostra a influência das escolas de samba no passado e presente. A mostra termina com um grande painel que evidencia as conexões entre sambistas de diferentes gerações.
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SAIBA MAIS
Visitação: até 21 de abril de 2024
Terça a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h
Local: IMS Paulista, 7º e 8º andar | Entrada gratuita
Avenida Paulista, 2424 – São Paulo
“Nosso objetivo é transmitir vividamente a beleza e o charme da Coreia pela visão dos brasileiros. Por meio de seus valiosos registros, além de pôsteres de pessoas que sonham em visitar o nosso país” explicou o diretor do centro, Cheul Hong Kim, em comentário oficial. Com o apoio da Organização de Turismo da Coreia, de 17 de março a 28 maio, o Centro Cultural Coreano contará com a exposição gratuita de fotos, vídeos e cartazes enviados por brasileiros durante seu período na Coreia do Sul.
Responsável pela curadoria da exibição, Sang Hyop Park, selecionou registros das viagens de mais de 290 brasileiros das muito mais que foram enviadas ao concurso público de seleção que ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2024. A exibição funciona de forma imersiva ao expor os visitantes a registros por todos os lados. Fotografias ficam expostas em pilares, posteres ficam nas paredes. Enquanto as televisões espalhadas passam ciclicamente os pequenos vídeos.
Durante a inauguração, foram anunciados os melhores de cada categoria que foram premiados com dinheiro. Carolina Ribeiro ganhou melhor pôster, categoria exclusiva para aqueles que não conhecem, mas desejam visitar a Coreia do Sul. Melhor vídeo foi para Amanda Lippert Silva, já Vitor Barros Quinet levou a melhor foto. “É para você que já conhece a Coreia, e para você que não conhece abrir todo um mar de possibilidades, de conteúdo para absorver. Acho que tá imperdível” disse ele durante a inauguração. Assim, a visita traz a experiência de conhecer outro país por meio das obras. É o convite para uma viagem internacional no meio de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo.
- Endereço: Av. Paulista, 460
- Horário de Funcionamento: Seg-Sex: 10:00 – 19:00 e Sábado: 12:00 - 18:00
- Para mais informações acesse: https://brazil.korean-culture.org/pt
Durante a aula de fotografia, os alunos do terceiro semestre de jornalismo da PUC-SP receberam uma missão: encontrar uma pauta para fotografar dentro do campus. Hoje, com a maioria das pessoas tendo acesso a fotografar com seus celulares a qualquer momento, nos tornamos indiferentes ao ato de fotografar.
Nos primórdios da fotografia, as fotos eram difíceis e demoradas assim sendo feitas quase que exclusivamente em ocasiões especiais. Os avanços tecnológicos, como a possibilidade da foto instantânea, foram tornando o processo fotográfico cada vez mais simples e rápido e por consequência tornando as fotos mais corriqueiras.
Entretanto, para os futuros jornalistas, o treinamento fotográfico e o uso de câmeras profissionais são fundamentais ao aprendizado. A cena é tão comum aos demais alunos da universidade, que ninguém presta atenção neles por muito tempo. Contrário a isso este ensaio, busca coloca-los em foco. Afinal: quem são os donos dos olhares por trás das futuras matérias? No que eles estavam pensando e como tiraram suas fotos?