Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato a governador de São Paulo e líder no primeiro turno, acompanhou a apuração das urnas na casa de seu chefe de campanha, o ex-vice-governador Guilherme Afif Domingos, na Zona Oeste da capital.
Durante a coletiva de imprensa, Tarcísio agradeceu ao eleitorado paulista; “sempre fomos bem recebidos e vimos um entusiasmo com o projeto” e apontou que as projeções das pesquisas eleitorais foram contestadas e a realidade apresentou uma grande vitória da candidatura do atual presidente. Afirmou também que nunca havia criticado as urnas eletrônicas e que o resultado de Bolsonaro em São Paulo foi “extraordinário”.
Sobre o segundo turno, a campanha do candidato pelo partido Republicanos pretende atuar com prefeitos e trazer para esses a “garantia de que nenhum projeto vai ser descontinuado”; adicionou que, durante sua atuação no Ministério da Infraestrutura, buscou concluir obras que estavam inacabadas e conclui que “é essa a tranquilidade que queremos passar [para os prefeitos]”.
Quanto à sua candidatura ter superado o PSDB (Partido da Social Democracia do Brasil) dentro de São Paulo, o ex-ministro diz que “a população percebeu um esgotamento, há muito tempo o PSDB está no poder, isso cansa”, além de afirmar que sua campanha traz a novidade e a modernidade a São Paulo.
“A gente percebeu a força do presidente”, diz Tarcísio sobre o cenário no Senado após a conclusão das apurações, o que acabou “desfazendo algumas previsões que eram bem ruins para ele”. No Senado, o Partido Liberal de Bolsonaro elegeu 13 cadeiras, enquanto na Câmara, 99. O Republicanos de Tarcísio elegeu 41 cadeiras na Câmara dos Deputados.
Seu oponente, Fernando Haddad do PT (Partido dos Trabalhadores), analisou que a situação do voto útil é uma migração já concluída durante este primeiro turno e que não ocorrerá no segundo. O líder na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, entre risos de seus apoiadores, afirmou que “cada um acredita no que quer, eu acho que não é assim que vai funcionar”.
Após ser derrotado na disputa para governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) manifestou, nesta terça-feira (04), apoio ao seu ex-adversário Tarcísio de Freitas (Republicanos) e ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL). Ambos enfrentarão candidatos do PT em seus respectivos segundos turnos.
Desde 1994, o PSDB não era derrotado em uma eleição para o executivo do estado de São Paulo, o que fez com que fosse uma campanha muito marcante para o partido. Inclusive pelo fato de Rodrigo ter recebido apenas 18,4% dos votos computados, deixando-o na terceira colocação.
“Eu, como candidato a governador pelo partido e como governador de São Paulo, declaro meu apoio incondicional ao presidente Bolsonaro e ao Tarcísio”, afirmou o ex-vice de João Dória, acompanhado de ambos os candidatos em encontro na capital paulista.
“Esse apoio do Rodrigo é muito bem-vindo, agradeço de coração a ele”, disse o presidente durante o encontro. O foco principal por detrás da declaração é a de que Rodrigo tente, de alguma forma, manter-se vivo na política. Algo complicado, tendo em vista seu desempenho abaixo do esperado na eleição.
Tarcisio de Freitas afirmou que “não faz sentido ter o apoio do PSDB em seu palanque”, apesar de demonstrar satisfação com a declaração de suporte dos tucanos. O povo paulista decidirá no dia 30/10 quem será seu novo governante.
Os candidatos Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) vão disputar o segundo turno para o governo de São Paulo no dia 30 de outubro. O resultado do 1° turno foi divulgado perto das 20h30 do último domingo (02).
Tarcísio de Freitas aparece na frente com 42,32% e Haddad, 35,70%. O atual governador de São Paulo e candidato do PSDB, Rodrigo Garcia, ficou em 3° lugar com 18,40% dos votos. Na véspera das eleições, o instituto Datafolha projetava 41% dos votos válidos para Haddad, 31% para Tarcísio e 22% para Rodrigo Garcia.
Trata-se de uma derrota para o PSDB, partido que governou o estado de São Paulo desde 1994, quando ganhou a eleição com Mário Covas.
Haddad acompanhou a apuração dos votos do Hotel Braston, localizado na Consolação, região central da capital paulista. Após a confirmação do 2° turno, o candidato realizou uma coletiva com a presença da imprensa, familiares e apoiadores.
O petista afirmou ter “todo interesse” em dialogar com as forças políticas que apoiam Garcia para sentar à mesa e discutir as pautas que os unem. Além disso, Haddad disse que no 2° turno tem a vantagem de ter maior tempo de TV para apresentar as propostas dele.
"Eu acho que os votos que migraram para o Tarcísio e Bolsonaro do primeiro turno são os votos que migrariam no segundo turno. E os votos que podem migrar pra mim e pro Lula não migraram. Acho que houve uma contenção do voto progressista [...]. Mas o que o Rodrigo perdeu, acho que ele perderia no segundo turno [...]", analisou o ex-prefeito de São Paulo.
Haddad acredita que a migração de voto útil, estratégia amplamente adotada pelas candidaturas da coligação petista nas últimas semanas, ocorreu a favor do bolsonarismo. "Acho que essa migração aconteceu do lado da extrema-direita e a centro-esquerda aguardou os acontecimentos", completou o candidato.
Apesar da surpresa, o candidato do PT se mostrou otimista para o segundo turno. "Eu estou muito confiante de que se isso aconteceu como eu penso, as chances do Lula aumentar os 2 pontos que faltam para 50,01% é uma tarefa absolutamente exequível, assim como a nossa. Disputar os 18% que a campanha do Rodrigo fez, disputar uma parcela disso, para que a gente possa ser bem sucedido em São Paulo", comentou Haddad.
O petista ainda destacou que é hora de comemorar, já que "o campo progressista foi para o segundo turno''. Isso não acontece há 20 anos", pontuou.
RODRIGO GARCIA PARA O LADO DE BOLSONARO
O candidato derrotado do PSDB à reeleição ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou na última terça-feira (04) apoio a Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em uma transmissão que contou com a participação de Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, o atual governador declarou “apoio incondicional” para que o atual presidente se reeleja, dificultando a estratégia do petista.
A migração de votos de Garcia para o candidato do Republicanos no estado não deve ser direta, porque a decisão de apoio foi individual. Caciques do partido se mostraram surpresos com a decisão. Garcia inclusive perdeu três secretários de governo após o anúncio, entre eles, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
A nova rodada de pesquisa IPEC divulgada neste sábado (1), ainda mostra um primeiro turno esperançoso, para o ex-presidente Lula (PT). Excluindo os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos, o petista lidera com 51%, diminuindo um ponto em relação à última pesquisa do dia 26 de setembro. Já o atual presidente, Jair Bolsonaro, cresceu em três pontos, agora com 37%.
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Lula no auditório Celso Furtado, no Anhembi, em São Paulo. Imagem: Ricardo Stuckert
Votos válidos
Lula (PT): 51% (52% na pesquisa anterior, em 26 de setembro)
Jair Bolsonaro (PL): 37% (34% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 5% (6% na pesquisa anterior)
Simone Tebet (MDB): 5% (5% na pesquisa anterior)
Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (1% na pesquisa anterior)
Felipe D’Ávila (Novo): 1% (1% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro no debate presidencial do SBT. Imagem: Fernanda Querne
Votos totais
Contando os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos.
Lula (PT): 47% (48% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro (PL): 31% (34% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 5% (6% na pesquisa anterior)
Simone Tebet (MDB): 5% (5% na pesquisa anterior)
Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (1% na pesquisa anterior)
Felipe D’Ávila (Novo): 1% (1% na pesquisa anterior)
Vera (PSTU): 0% (0% na pesquisa anterior)
Léo Péricles (UP) 0% (0% na pesquisa anterior)
Padre Kelmon (PTB) 0% (0% na pesquisa anterior)
Sofia Manzano (PCB): 0% (0% na pesquisa anterior)
Constituinte Eymael (DC): 0% (não foi citado na última pesquisa)
Branco/nulos: 4% (4% na pesquisa anterior)
Não sabem/não responderam: 3% (eram 4% na pesquisa anterior)
Segundo turno
O Ipec simulou as porcentagens em um eventual próximo turno:
Lula (PT): 52% (tinha 54% na pesquisa anterior do dia 26 de setembro)
Jair Bolsonaro (PL): 37% (tinha 34% na pesquisa anterior)
Sexta-feira, 30 de setembro de 2022, veja os destaques do Resumo AGEMT Especial Eleições:
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Análise: Último debate presidencial faltou Brasil;
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Veja as regras para a votação no próximo domingo (2);
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Perfil do eleitorado brasileiro;
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Furacão Ian deixa mortos na Flórida;
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Explosão mata 19 e deixa 27 feridos no Afeganistão;
Faltou Brasil
Diferente dos outros dois debates entre os presidenciáveis ocorridos antes do 1° turno, neste último, o nível despencou. Com diversos ataques, muito abaixo da cintura, estava desenhado que 5 candidatos foram para debater propostas e ideias, e os outros 2 apenas para atrapalhar o andamento.
Mas, para não embaralhar as ideias, vamos entender o que estava em jogo no debate. Um candidato foi para o debate disposto a buscar o voto útil para encerrar a eleição já no próximo domingo (2), em 1º turno. O segundo colocado nas pesquisas se planejou para que a disputa fosse para o segundo turno, misturando uma série de narrativas populares entre seus apoiadores.
No meio dessa disputa, a desidratada terceira via ainda tenta, à força, defender o voto por convicção no 1º turno. Em um debate fraco, até Simone Tebet (MDB), sempre muito bem nos debates, foi discreta. O desempenho mediano de Ciro Gomes (PDT) e Tebet pode atrapalhar os planos de Lula de encerrar a eleição já no próximo domingo (2), uma vez que o candidato petista faz campanha pelo voto útil, justamente buscando o eleitorado desses candidatos.
O desempenho da dita terceira via é importante, porque em um eventual segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), o terceiro colocado pode despontar como um possível nome para liderar uma oposição pelos próximos 4 anos e pensar na eleição de 2026.
O candidato Kelmon, que não é padre, protagonizou os momentos mais cômicos do debate. Sem vergonha de servir como linha auxiliar do presidente Bolsonaro, foi chamado de “padre de festa junina”, “candidato laranja” e “cabo eleitoral”. Desconhecido, cumpriu à risca sua função no debate: tumultuar.
Não houve vencedores no debate, mas sobrou perdedores. O Brasil perdeu ao assistir ao show de horrores entre os presidenciáveis. Faltou falar de fome, desemprego, de empobrecimento e endividamento do brasileiro. Faltou discutir o Brasil no último debate.
Regras para a votação
Neste domingo (2), serão realizadas as eleições gerais do primeiro turno no Brasil. Confira o que é permitido e o que não é neste dia.
-Neste ano, o eleitor não é obrigado a apresentar o título, desde que saiba o número da seção de cor;
-É exigido um documento com foto, que pode ser o RG, CNH, Passaporte, Carteira profissional, Certificado de reservista ou Carteira de trabalho. Eleitores com biometria cadastrada podem apresentar somente o e-Título;
-Eleitores com registro biométrico devem coletar a biometria em até quatro tentativas, se na última não for possível, o presidente da seção solicitará a assinatura no caderno de votação;
-Não será permitido entrar com telefone celular na cabine de votação, o eleitor deverá deixá-lo com o mesário antes de votar;
-Na cabine de votação não é permitido nenhum aparelho que comprometa o sigilo do voto;
-Eleitores com deficiência poderão contar com auxílio de um cuidador, mesmo que não tenha sido feito requerimento anterior;
-No dia da votação é permitido a manifestação individual e silenciosa por meio de bandeiras, broches, adesivos, camisetas e outros adornos;
-Passeatas, carreatas e utilização de alto-falantes ou carros de som são permitidos somente até as 22h da véspera da eleição;
-É permitido manter nas redes sociais, sites e blogs publicações com conteúdos relacionados à campanha eleitoral, desde que publicados até a véspera da votação. As publicações no dia do pleito são proibidas, além do impulsionamento de conteúdos, ainda que publicados anteriormente;
-É crime: fazer comício, boca de urna, divulgar dados inverídicos e aliciar eleitores;
-Os eleitores são incentivados a levar cola com o número dos candidatos em papel a fim de tornar mais rápida a digitação dos números na urna e ajudar a lembrar a ordem da votação;
-A ordem de escolha na urna eletrônica é:
1- Deputado federal
2- Deputado estadual
3- Senador
4- Governador
5- Presidente da República
Quem vai às urnas ?
No próximo domingo (2) acontece o 1º turno das eleições gerais no Brasil, esta será a 9ª eleição desde a redemocratização do país. Mas, quem vai às urnas?
O Brasil tem 156.454.011 eleitores aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Cerca de 52,65% desse eleitorado é composto por mulheres, um total de 82.373.164. O percentual de homens é de 47,33%, com 74.044.065 eleitores. Ainda há outros 36.782 votantes sem informação, em um total de 0,02%.
Ainda segundo o TSE, 118.151.926 eleitores serão identificados por meio das impressões digitais, o que corresponde a 75,51% do total. O órgão informa que 38.320.884 de brasileiros, ou 24,48%, ainda estão sem o cadastro da biometria.
Na divisão por regiões do país, o sudeste possui 42,64% dos eleitores. Em seguida vem o nordeste com 27,11%; sul com 14,42%; região norte com 8,03% e 7,38% está no centro-oeste.
Comparando com a eleição de 2018, o número de eleitores entre 16 e 17 anos cresceu 51,13%, em números absolutos, 2.116.781 de jovens anos poderão votar. O Brasil possui 2.637 zonas eleitorais, divididas em 496.512 seções eleitorais.
Furacão Ian
Pelo menos 21 pessoas morreram após a passagem do furacão Ian, segundo o governo da Flórida, nos Estados Unidos, e centenas de pessoas estão desaparecidas.
O Ian havia sido rebaixado para a categoria de tempestade tropical. Porém, por volta das 18h30 desta quinta (29), o Centro Nacional de Furacões (NTH, na sigla em inglês) emitiu um alerta no qual informa que o fenômeno voltou a ser enquadrado como furacão.
"Este pode ser o furacão mais letal da história da Flórida", disse o presidente americano, Joe Biden, durante uma visita ao escritório da agência federal que combate desastres naturais, FEMA, em Washington.
Até o momento, já houve mais de 700 pessoas resgatadas, de acordo com o governador da Flórida, Ron De Santis.
Mais de 2,5 milhões de casas estão sem energia em todo o estado da Flórida e diversas residências tiveram danos estruturais após a passagem do furacão.
Contra a educação
Um ataque suicida em uma escola em Cabul no Afeganistão deixou pelo menos 19 mortos e 27 feridos, informou a polícia nesta sexta-feira (30). Segundo as autoridades, a explosão veio de um homem-bomba no bairro de Dasht-e-Barchi. O local é habitado, predominantemente, pela religião muçulmana xiita que abriga a comunidade Hazara (uma minoria étnica alvo de ataques anteriores lançados pelo grupo militante Estado Islâmico e o Talibã).
Em 2021, antes que o Talibã voltasse ao poder, 85 pessoas morreram depois que três bombas explodiram em um colégio no mesmo bairro. Tanto o grupo quanto o Estado Islâmico são contra a educação, principalmente de meninas e mulheres. Estima-se que a maioria das vítimas do atentado desta sexta-feira são mulheres adolescentes.
"Atacar alvos civis prova a crueldade desumana do inimigo e a falta de padrões morais", afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, sem especificar quais grupos são suspeitos do ataque. Além disso, relatou que as vítimas são alunos do ensino médio que faziam um exame de admissão à universidade (em geral, os colégios do Afeganistão não funcionam às sextas): “Os alunos estavam se preparando para um exame quando um homem-bomba atacou este centro educacional”, disse.