Professora de Ciências Sociais aponta a polarização intensificada como motivo da última eleição brasileira ter sido a mais acirrada da história
por
Pedro Rossetti
Gabriel Ferro
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18/09/2023 - 12h

As eleições no Brasil são, muitas vezes, um espetáculo de intensidade política e competição acirrada. Em 2022, a disputa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro pela Presidência da República se tornou a mais parelha e toda história democrática brasileira, com menos de dois pontos percentuais de votos, onde o candidato do PT foi eleito com 50,90% contra 49,10% do então presidente, com 99,96% das urnas apuradas em todo o país.

Desde a redemocratização em 1988, apenas 6 eleições haviam chegado ao segundo turno, sendo a primeira de 1989 e as últimas cinco que vão de 2002 até 2018. Analisando a diferença entre os percentuais dos candidatos é possível ver que não há muita discrepância entre eles, porém, cada vez mais, o país passou a se dividir e formar disputas muito acirradas pelo cargo de poder mais alto do país.

Lula e Bolsonaro em debate durante as eleições de 2022. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Lula e Bolsonaro em debate durante as eleições de 2022. Foto: Mauro Pimentel/AFP

Para entendermos como o Brasil passou a separar se em partidos políticos, Rose Segurado, Professora de Ciências Sociais da PUC-SP, compartilhou em entrevista com a Agemt, alguns insights valiosos sobre os fatores que alimentam essa disputa eleitoral apaixonante, destacando o peso do poder econômico, a influência das elites políticas e os desafios inerentes a um sistema político diversificado.

Conforme Segurado afirma, “A influência das eleições depende do contexto e da conjuntura política do momento, variando ao longo do período eleitoral. No entanto, um fator crucial que sempre se destaca é o poder econômico. Os interesses do capital e das elites políticas estão constantemente presentes e influenciam os resultados à medida que financiam e investem em candidatos alinhados com seus projetos políticos.”. É inegável que o poder econômico desempenha um papel significativo nas eleições, conferindo vantagens consideráveis a candidatos apoiados financeiramente pelas elites. Esta influência não apenas molda a agenda política, mas também exerce impacto nas escolhas dos eleitores.

Outro ponto de destaque feito pela especialista é a complexa paisagem partidária do Brasil: “Atualmente, contamos com uma miríade de partidos políticos, chegando a cerca de 35. Muitos destes partidos têm abordagens fisiológicas, priorizando a manutenção de determinados grupos no poder ou servindo como apoio, especialmente os chamados ‘partidos nanicos’,” A fragmentação do sistema político brasileiro pode tornar a escolha dos eleitores uma tarefa desafiadora, já que muitos partidos têm agendas pouco claras e frequentemente buscam alianças com as principais forças políticas em busca de poder e recursos. O resultado é uma falta de clareza sobre as opções disponíveis.

A professora enfatiza que embora haja evoluções ao longo do tempo, as raízes dos desafios eleitorais persistem. Ela destaca, com urgência, a necessidade de uma reforma política abrangente no Brasil para abordar essas questões estruturais, porém existe um empecilho: “Claro que nós temos mudanças ao longo do tempo, mas não muda substancialmente, a raiz das questões continua as mesmas. É muito difícil fazer uma reforma política radical, porque quem vota por essa reforma são os próprios parlamentares, então, evidentemente, como eles querem a perpetuação de um dado jogo político, eles não têm interesses em mudanças que sejam mais substanciais.”

            Por fim, uma questão que tem sido pauta em diversas áreas na atualidade é o avanço tecnológico e principalmente, as redes sociais. Não é apenas no Brasil que as eleições passaram a ter uma divisão muito grande de opinião popular, Estados Unidos, Angola e Israel, por exemplo, tiveram suas últimas eleições marcadas pelos detalhes nos números de votos, que se tornaram as mais acirradas de suas histórias democráticas.

Rose buscou destacar essa influência da internet na última eleição, especialmente destacando a propagação de Fake News, “Pela influência das redes sociais, as campanhas se tornam mais pulverizadas e com usos tecnológicos, algorítmicos e muito dinheiro, financiam algumas candidaturas ou distribuem fake news e desinformação pelas redes para afetar adversários políticos dessa tal candidatura. Isso vem contaminando muito o processo eleitoral, sobretudo nos últimos anos e as pessoas acabam escolhendo muitas vezes um candidato ou partido com base em um conjunto de mentiras e informações que não tem base nos fatos, então, esse é um problema muito grande para a democracia representativa na atualidade”. Além disso, completa com a questão da falsa sensação de ligação entre o candidato e seus eleitores, “A gente pensa que as redes podem garantir uma comunicação direta com o candidato, e essa é uma sensação falsa obviamente, candidatos têm uma equipe para promover essa interação e fazer com que o eleitor sinta que o candidato está falando diretamente com ele, sem nenhum tipo de mediação”.

Em resumo, as eleições no Brasil são constantemente disputadas devido a uma série de fatores complexos. A influência do poder econômico, a fragmentação do sistema político, a necessidade de reforma política e a crescente influência das redes sociais e da tecnologia são elementos que contribuem para a intensidade desse processo democrático. A compreensão desses desafios é essencial para fortalecer a democracia e buscar soluções que promovam eleições mais transparentes e representativas.

 

Esta reportagem foi produzida como atividade extensionista do curso de Jornalismo da PUC-SP.

 

Em seu próximo governo, "centrão" será peça fundamental
por
Antônio Bandeira de Melo
Gustavo Manfio
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18/11/2022 - 12h

No dia 30 de outubro de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva, Partido dos Trabalhadores (PT), foi, pela terceira vez, eleito presidente do Brasil. Com 50,9% dos votos válidos, Lula derrotou Jair Bolsonaro, Partido Liberal (PL), no 2° turno mais apertado da história. Pouco mais de 2,1 milhões de votos separaram os dois candidatos. Lula já havia ocupado o cargo duas vezes, sendo a autoridade máxima do Poder Executivo entre 2003 e 2011. Mas, este seu terceiro mandato tem uma grande diferença para os anteriores: a base de apoio ao presidente parece enfraquecida. Nos últimos anos, com a polaridade da política brasileira o antipetismo se fez forte, o que levou ao crescimento da extrema direita no Brasil. Dessa vez Lula enfrentará maiores desafios para sua governabilidade.

Oswaldo Amaral, cientista político e professor da UNICAMP, explica que a pouca diferença entre os candidatos ocorreu por dois fatores. O primeiro é uma corrida eleitoral injusta. “Muitas das regras eleitorais foram violadas ou burladas, especialmente no que se toca a gastos. Foram mais de 50 bilhões de reais gastos em poucos meses, com clara finalidade eleitoral. Então isso fez com que, mesmo com a mal avaliação do governo Bolsonaro na maior parte do tempo, as eleições fossem equilibradas. A quantidade de recursos despejadas na economia fez o atual presidente ser mais competitivo.” O segundo era o antipetismo, e o fato de serem dois concorrentes com grande rejeição.

O Congresso Nacional é órgão constitucional que exerce as funções do poder legislativo. Ele é bicameral, então, é composto por duas casas: o Senado Federal, câmara alta, e a Câmara dos Deputados, câmara baixa. O Senado é integrado por 81 senadores que representam as 27 unidades federativas. Os mandatos são de 8 anos, então a cada 4 anos se renova um ou dois terços do Senado. Para exemplificar: em 2022, foram 27 senadores eleitos, um de cada unidade federativa, ou seja, um terço do Senado foi renovado. Nas próximas eleições serão dois terços. Ao todo, cada estado é representado por 3 senadores. Para 2023, os partidos políticos com mais eleitos são: PL (13), União (12), PSD (11), MDB (10) e PT (9).

Já na Câmara dos Deputados são 513 deputados federais que representam o povo. O número de deputados federais eleitos por estado leva em consideração o tamanho de sua população. Desse modo, o limite máximo por unidade federativa é de 70 deputados, caso de São Paulo, e o mínimo é 8, caso do Acre. Seus mandatos são de 4 anos, e em cada eleição se renova toda a Câmara Baixa. Se somarmos os partidos considerados de esquerda, que tendem a apoiar Lula, são 126 eleitos, sendo 68 do PT. Em contrapartida, o partido com maior número de representantes é o PL, de seu opositor, e atual presidente, Jair Bolsonaro, com 99 representantes. União Brasil (59), PP (47), PSD (42), MDB (42) e Republicanos (41) são os outros partidos com mais representantes. Os números mostram uma governabilidade difícil para o futuro chefe de poder.

Amaral cita algumas diferenças entre o futuro mandato de Luís Inácio e seu primeiro, em 2002. “A presidência da República está mais enfraquecida na sua relação com o Parlamento. Então, antes, o presidente tinha o poder de agenda maior, o que facilitava para ele a construção das coalisões para governar. Agora, com as mudanças que aconteceram durante o governo Bolsonaro, mudanças no regimento interno da Câmara, com alterações na forma de distribuição das emendas dos parlamentares, isso deu mais poder para o presidente da casa e os parlamentares. A construção das alianças e da coalisão pós-eleitoral, que torna possível a administração do governo fica mais difícil do que quando Lula assumiu pela primeira vez.”

Andréa Freitas, cientista política e professora da UNICAMP, aponta que os atores políticos mudaram significativamente do seu primeiro mandato para agora.  “Mudaram os partidos com as maiores bancadas, na época em que foi presidente pela primeira vez, as maiores bancadas eram do PT, PSDB, PFL e PMDB. E, agora vemos o surgimento de dois atores muito fortes o PL, mais a direita, e o União Brasil, antigo PFL, repaginado em uma fusão com o PSL. Tem também o PSD, do Kassab. Do ponto de vista dos partidos políticos a variável constante é o PT, à esquerda. Embora, o União Brasil venha do antigo PFL ele passou por muitas mudanças ao longo do tempo. Não dá para dizer que é a mesma coisa de 2003.”

Ela também explica que o Congresso não é muito diferente do qual o Lula governou pela primeira vez, quando se divide entre esquerda, direita e centro. “O PT tinha grande bancada, mas os partidos de esquerda não. Vale lembrar que em seu primeiro governo, o PSOL se separa do PT, então mesmo na esquerda tinha uma oposição. De forma geral, a divisão da casa se mantém, um quarto a direita, um quarto a esquerda e dois quartos para o centro.” A professora analisa que “a direita, o PL, e talvez outros pouco pequenos partidos fiquem a oposição. O resto dos partidos de centro, nessa ideia que se convencionou de ‘centrão’, já tem declarado apoio ao Lula e a intenção de fazer parte da coalisão. No primeiro governo ele tinha oposição muito forte no PSDB e no PFL que tinham duas grandes bancadas e faziam a oposição de forma sistemática. Hoje, o União Brasil, novo PFL, com as mudanças das características, já declarou a intensão de formar coalisão com o governo. E, o PSDB declarou que pode votar favoravelmente as medidas de Lula se isso se alinhar com as preferências do partido. Então existe uma coalisão pré-montada em termos de intenções, que, claro, vai depender das negociações da composição dos gabinetes dos ministérios. Como o Lula vai distribuir os ministérios entre esses partidos vai decidir se eles vão ‘jogar juntos’ ao longo do governo.”

Em termos de formação da coalisão Freitas explica que Lula deve negociar com o mesmo número de partidos. “Além dos partidos de esquerda e da federação que ele faz parte, alguma coisa entre 7 ou 8 partidos para formar a coalisão de governo”.

Diante do cenário conturbado e da grande polarização política, Lula deu início às estratégias muito antes de seu mandato começar. Participando das eleições desde 1989 e de volta à concorrência presidencial, o candidato do PT formou a maior coligação de sua carreira política e das eleições de 2022. A aliança juntou 9 partidos políticos: PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, Solidariedade, Avante, Agir e PSB, partido do vice Geraldo Alckimin, o adversário principal de Lula na eleição de 2006. Além disso, para o 2º turno teve o apoio oficial dos dois principais concorrentes que ficaram pelo caminho, Simone Tebet (MDB), terceiro lugar em votos, que participou de sua campanha, e Ciro Gomes (PDT), quarto lugar em votos, que acompanhou a decisão do seu partido.

Nas eleições do segundo turno, as 27 unidades federativas se dividiram em 13 vitorias para o candidato do PT, e 14 para Bolsonaro, mesmo Lula tendo ganhado em votos absolutos, sendo que o único local onde teve alteração no resultado do primeiro para o segundo turno foi o Amapá, onde na primeira disputa Lula venceu, mas na segunda Bolsonaro saiu vencedor. Dentro dos locais onde o eleito presidente ganhou, fica muito claro sua soberania no nordeste, mas também fica a insatisfação do centro-oeste, sul e sudeste, que mostraram a preferência pelo atual presidente. Algo já tradicional, segundo a professora.

Entretanto, para Freitas, o fato de ele não ter ido bem nessas regiões não implica em menos apoio no legislativo federal. Para ela, “a preocupação é com os governadores. Mas, como estados e municípios são muito dependentes do governo federal em recursos financeiros, não deve haver uma oposição muito forte. Não no sentido que eles vão se alinhar, ou defender as propostas encabeçadas pelo presidente, mas no sentido que eles não devem ser uma oposição quando o assunto não implicar em temas caros para os próprios estados. Os governos estaduais não devem implicar na redução nas taxas de sucesso ou na capacidade de governar do Lula, pensando na relação entre executivo e legislativo. A coalisão entre os líderes partidários é mais importante.”

“A luta pelas mudanças climáticas é indissociável da luta contra a pobreza”.
por
Francisco Barreto
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17/11/2022 - 12h

 

futuro presidente discursando
Lula faz pronunciamento na COP 27 (imagem reprodução)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silvia, nesta quarta-feira, (16) discursou na 27.ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) em Sharm El Sheikh, Egito. As declarações do próximo líder brasileiro expressaram as intenções do futuro governo: em relação às mudanças climáticas; ao modelo de produção agropecuário do país; e ao desejo de mudança das posições diplomáticas brasileiras.

A conferência ocorrida na parte da tarde com Lula foi marcada por um enorme entusiasmo das alas favoráveis ao político, como por boa parcela dos estrangeiros aqui presentes e pela imprensa. Entrar na conferência foi um esforço homérico visto a enorme multidão que se aglomerava na entrada do pavilhão. O clima esquentou quando a maioria do público, não jornalista foi barrado de entrar. A organização precária dos dirigentes da conferência decidira realizar o evento em um salão pequeno com apenas uma entrada; desta maneira, jornalistas e curiosos disputaram palmo a palmo o estreito acesso ao salão.

Lula abriu seu discurso com agradecimentos ao convite do governo egípcio e, em seguida prometeu o retorno da participação efetiva do Brasil aos assuntos de preservação ecológica e controle climático. Teceu críticas a guerra na Ucrânia e afirmou que a fortuna investida no conflito seria melhor empregada a favor do combate ao aquecimento global.

tumulto entre a imprensa e curiosos na entrada do pavilhão onde Lula discursou
Insatisfação generalizada entre o publico impedido de entrar no saguão onde o pronunciamento ocorria (imagem autoral)

O ex-presidente salientou a situação alarmante de fome no mundo e pressionou os líderes presentes de países desenvolvidos a cumprirem suas promessas feitas no passado para que as nações menos favorecidas possam enfrentar as consequências das mudanças climáticas provocadas por suas ações.

O político também aproveitou os holofotes para alfinetar o governo atual taxando-os de negacionistas climáticos. E se comprometeu a abandonar a postura diplomática isolacionista adotada pelo o atual chefe de Estado.

“Entre 2004 e 2012 reduzimos a taxa de devastação amazônica em 83%, ao mesmo tempo, o PIB agropecuário cresceu 75%”, reforçando a disposição do estadista em apaziguar os setores do agronegócio.

Em seguida foi prometido reforçar os laços com países latino-americanos e caribenhos através da realização da cúpula dos países membros do Tratado de Integração e Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CALC), respeitando a soberania dos membros signatários. Também firmou que irá retomar o compartilhamento de tecnologia e de desenvolvimento com os países africanos aliados e combaterá a fome ao nível nacional e internacional.

“Ninguém está a salvo” disse o ex-presidente, explicitando a seca recorde no território nacional e os ciclones nos EUA. “Segundo projeções da Organização Mundial da Saúde, entre 2030 e 2050 o aquecimento global poderá matar 250 mil pessoas por ano”.

Prosseguindo o discurso, Lula reafirmou a desigualdade climática que existe no planeta: “O 1% mais rico do mundo emite 70 mil toneladas per capita de CO₂ por ano, enquanto os 50% mais pobres emitem cerca de uma tonelada, segundo dados disponibilizados na COP 26.” Continuando no mesmo tema, Luís Inácio alega que: “A luta pelas mudanças climáticas é indissociável da luta contra a pobreza”.

Lula reafirma a importância da Amazônia e se compromete a lutar contra o desmatamento em seu governo: “A população Amazonense e os povos originários possuirão papel chave nesta empreitada”. O político demonstrou seu interesse em reativar o Fundo Amazônia sem abrir mão da soberania nacional. Fez questão de expressar seu desejo de que a COP 30, que ocorrerá em 2025, seja realizada em solo Amazonense.

O líder petista prometeu expandir as matrizes energéticas verdes. Além de afirmar que, em seu governo, pretende ampliar a produção agropecuária sustentável com sequestro de carbono, reafirmando que o setor do agronegócio é um importante aliado estratégico.

Foi endossada a continuidade do Acordo das Florestas entre os governos do Brasil, Indonésia e Congo firmados na primeira semana da COP 27.

Lula criticou, também, o atual funcionamento das Nações Unidas (ONU); e que a enfatizando que a organização reflete, de forma antiquada, o cenário político da Segunda Guerra Mundial, em que poucos Estados possuem relevância. Prosseguindo, redirecionou as críticas ao modo de funcionamento da Cúpula de segurança da ONU, especificamente para a política de veto, exigindo uma participação democrática e igualitária de todos os continentes nas Nações Unidas.

A manifestação foi convocada por grupos de extrema direita nas redes sociais, pede intervenção e nega resultado das urnas
por
Artur dos Santos
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02/11/2022 - 12h

Apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu as eleições no último domingo (30), convocaram manifestações em diversos quartéis militares no país para pedir intervenção militar, intervenção federal e a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal nesta quarta-feira (2). Em São Paulo, a maior concentração foi no região do Monumento dos Bandeirantes e do Quartel General do Exército.

Desde segunda-feira (31) mensagens circulavam em grupos do Telegram convocando a presença de apoiadores na frente dos quartéis de todos os estados para que pedissem Intervenção Militar. As manifestações ocorrem em cidades de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, entre outros estados. 

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Foto encaminhada em grupos do Telegram

As manifestações conversam diretamente com os bloqueios a estradas de diferentes estados do país - que nos últimos dias foram dispersados pela Polícia Federal e por torcidas organizadas - que também discordam dos resultados das eleições.

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"Eu, particularmente, peço Intervenção Federal", diz manifestante à AGEMT
Foto: Artur dos Santos

Em entrevista à AGEMT, um manifestante afirmou que “a grande maioria não concorda com o resultado das urnas”. Segundo ele, haveria urnas que apenas computaram 200 votos durante todo o período de votação, além de cidades com 30 mil habitantes que registraram 70 mil votos. Ambas as afirmações foram desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Placa com os dizeres:"Houve fraude nas urnas, queremos o exército art. 142 (sic)"
Foto: Artur dos Santos
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Foto: Artur dos Santos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Para outro manifestante, esse vestido com roupas camufladas, o Brasil teria chegado em um limite: “chegamos em um limite do Brasil virar um país comunista”. Ainda diz, em meio a estouros de fogos de artifício, que “ninguém aceita um ladrão no poder, então a gente quer todo mundo na cadeia. Todo mundo que tem culpa no cartório que fosse preso”. 

Quanto ao pronunciamento de Jair Bolsonaro feito na terça-feira (1), disse ter sido perfeito: “ele falou o que tinha que falar, quem quiser entender que entendeu. Ele tem as cartas na manga”. Durante a manifestação, a reportagem presenciou uma manifestante perguntando para um policial militar se ele estaria “do nosso lado”; a isso, o policial em questão respondeu que sim. 

 

Presidente diz que manifestações pacíficas são bem vindas e que últimas movimentações são fruto de indignação e sentimento de injustiça
por
Artur dos Santos
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01/11/2022 - 12h

Jair Messias Bolsonaro (PL) realizou nesta terça feira (1) em Brasília seu primeiro pronunciamento após derrota no segundo turno para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu breve discurso, o atual presidente menciona “manifestações populares” e as associa com “sentimento de indignação e injustiça de como se deu o processo eleitoral”.

Também defendeu que os métodos dessas manifestações, que desde domingo (30) bloqueiam as estradas de 25 estados do país impedindo a circulação de remédios, alimentos e pessoas e questionam os resultados das eleições, “não podem ser os métodos da esquerda”. Segundo Bolsonaro, esses métodos “sempre prejudicaram a população”. O atual presidente também mencionou o surgimento da direita no país com os resultados das eleições para o senado e para a câmara, além de afirmar que nunca foi antidemocrático durante seu mandato. 

 

Bolsonaro e a sua relação com o futebol. A estratégia do presidente se assemelha com a de Emílio Médici no período ditatorial.
por
Antonio Valle
Christian P. Policeno
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28/10/2022 - 12h

Chegando na reta final das eleições e faltando menos de um mês para o início da Copa do Mundo, vemos a liderança técnica e camisa 10 da seleção brasileira, Neymar Jr, fazer campanha para o candidato à presidência da República pelo PL, Jair Bolsonaro.  A atitude causou um certo estranhamento no público, principalmente naqueles que levantam a bandeira “futebol e política não se misturam”, mas a verdade é que historicamente, dentro e fora das quatro linhas, o futebol sempre foi um espaço de disputa de discursos políticos.  Bolsonaro não começou a usar o futebol como instrumento atualmente, o esporte é um meio que marcou o seu mandato desde o início, e o seu governo sempre explorou este meio tão presente no país. Além de que ele não foi o primeiro, nem será o último, a instrumentalizar o esporte mais popular do Brasil.

Segundo Breiller Pires, jornalista da ESPN, o atual presidente da república percebeu que o futebol seria um campo muito proveitoso antes mesmo de se tornar presidente: “Desde o primeiro momento, antes de tomar posse, ele (Bolsonaro) deixou claro que exploraria bastante o futebol e a popularidade que o esporte tem no país, para vincular sua imagem aos clubes, aos ídolos e de alguma forma ser normalizado.”

Breiller Pires. Fonte: Twitter.
          Breiller Pires. Fonte: Twitter.

Desde o começo do seu mandato, no ano de 2019, o presidente fez questão de marcar presença em estádios, se reunir com jogadores, ex-atletas, presidentes de clubes e diretores, além de claro, adotar como símbolo a camisa da seleção brasileira. Além disso, o presidente utilizou de maneira constante a camiseta de diversos times brasileiros, se adequando ao estado no qual estava presente. Se estava no Paraná, utilizava a camiseta de um time paranaense, se estava em Goiás, um time goiano, e assim por diante.

As situações que ocorreram ao longo destes quatro anos foram diversas. Após ser eleito, o presidente foi a campo erguer a taça do campeonato brasileiro juntamente com os jogadores do Palmeiras, em 2018; entrou em jogo no estádio Mané Garrincha, juntamente com o ex-ministro da justiça, Sergio Moro, para acompanhar o Flamengo, no ano de 2019; entrou em campo no intervalo da semifinal da Copa América e, recentemente, deu entrevistas falando que iria facilitar a construção de um estádio para o Flamengo. Além do uso constante das camisetas de time nas lives e entrevistas promovidas por Bolsonaro.  

Outra questão é que Bolsonaro foi muito competente quanto à mobilização de pessoas na comunidade do futebol, que lhe expressaram bastante apoio. Além de Neymar, principal jogador da seleção brasileira, Bolsonaro conseguiu atrair a simpatia de muitos atletas e ex-atletas, entre eles: Thiago Silva, Marcos, Renato Gaúcho, Lucas Moura, Daniel Alves, Felipe Melo e Romário, todos jogadores influentes. O jornalista esportivo da ESPN, Breiller Pires, explica que “o meio do futebol é muito reacionário e conservador [...] naturalmente, muitos atletas acabam se identificando com ele [Bolsonaro], pois vivem neste ambiente extremamente masculinizado, com uma influência muito forte da igreja e da religião.”

Segundo o professor José Paulo Florenzano, pós-doutor em ciências sociais (USP), o uso do futebol como ferramenta política remete a uma prática histórica recorrente, sobretudo em governos autoritários. O professor relembra: “A Copa do Mundo de 1934, na Itália, explorada pelo regime fascista, e a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, utilizada pela ditadura militar, podem ser considerados os dois casos mais emblemáticos. No Brasil, sem dúvida, o principal exemplo de uso político do futebol reside na conquista do tricampeonato, na Copa de 1970, pelo regime autoritário.”

José Florenzano. Fonte: Revista ComCiência.
                               José Florenzano. Fonte: Revista ComCiência.

Florenzano explica que os atos de Bolsonaro são similares aos utilizados por Emílio Médici, presidente do Brasil durante a ditadura militar. Com o mesmo objetivo e o mesmo método, ambos utilizaram “os símbolos do campo futebolístico para difundir a imagem de um presidente simples, popular e próximo dos torcedores comuns”. A presença nos estádios, o uso da camisa da Seleção Brasileira, proximidade com figuras do universo futebolístico, como, no caso em questão, Neymar, entre as outras coisas citadas acima, mostra que o atual presidente segue de perto o roteiro utilizado no regime autoritário. Para o professor: “a principal diferença encontra-se na conquista de um título de expressão mundial em 1970 em contraste com o momento presente.” Porém, existe a possibilidade da conquista, no fim do ano, com a Copa do Mundo no Qatar.

Ainda segundo Florenzano, “o futebol, mais do que o ópio do povo, constitui o ópio do poder, cujo delírio consiste em acreditar que o futebol permite manipular a sociedade na direção desejada pelas autoridades.” Entretanto, o professor explica que a prática do futebol como instrumento de manipulação da massa é algo ultrapassado segundo pesquisas acadêmicas. O governo atual, como muitos outros, acredita na alienação através do futebol, e a adotou. Mas, nas palavras de Florenzano, isso “não significa que a estratégia seja bem-sucedida, ao contrário, a história mostra que a sociedade não se deixa manipular de forma tão simples. A cultura democrática do universo futebolístico assegura um distanciamento crítico importante para os agentes envolvidos com a prática esportiva, seja dentro de campo, ou na arquibancada.”

 

Municiados por denúncias envolvendo tiroteio de Paraisópolis, petistas crescem no estado
por
João Vitor Carneiro
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28/10/2022 - 12h

Na noite desta quinta-feira, 27, a Atlas Intel divulgou uma pesquisa de intenção de votos no estado de São Paulo tanto para governador, quanto para presidência da república. Em ambos, os petistas Fernando Haddad e Luis Inácio Lula da Silva estão perdendo, mas viram a distância ser encurtada.

 

Segundo a publicação, a margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e a margem de confiança é de 95%. Os dados foram coletados na internet entre 21 e 25 de outubro com 2500 eleitores moradores de 320 municípios. As pesquisas Atlas/Intel estão registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os números SP-02263/2022 e BR-09267/2022

 

Para o pleito da presidência, Bolsonaro ainda lidera os votos totais e até viu seu percentual crescer. Porém o número de indecisos caiu.

 

Bolsonaro - 51,1% (+1,9 p.p.)

Lula - 46,6% (-0,8 p.p.)

Não sei / Nulo / Branco - 2,3% (-1,2 p.p.)

 

Com isso veio a queda na distância mais importante, a de votos válidos.

 

Bolsonaro - 52,3% (-1,4 p.p.) 

Lula - 47,7% (+1,4 p.p.)

 

Se tratando da para governador, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad cresceu em meio às polêmicas envolvendo Tarcísio de Freitas. Denúncias ao The Intercept relataram que o homem morto durante o tiroteio em Paraisópolis estava, na realidade, desarmado. Além disso, um cinegrafista da Jovem Pan foi coagido a apagar a gravação que havia feito logo após a morte.

 

 Em votos totais, o bolsonarista caiu e viu Haddad herdar votos de indecisos.

 

Tarcísio de Freitas - 51,7% (-1,5 p.p.) 

Fernando Haddad - 44,7% (+2,3 p.p.)

Não sei / Nulo / Branco - 3,6% (-0,9 p.p.)

 

Nos votos válidos, Fernando cresceu dois pontos percentuais e começa a chegar mais próximo de seu adversário. Vale lembrar que a pesquisa não contou com o impacto do principal debate entre ambos, que ocorreu na TV Globo, já que os dados foram captados antes disso.

 

Tarcísio de Freitas - 56,6% (-2 p.p.)

Fernando Haddad - 46,4% (+2 p.p.)

 

O estado de São Paulo é crucial para a eleição, já que é o maior colégio eleitoral do país e também o estado de maiores indicativos econômicos. As bases bolsonaristas enxergam ele como crucial para alcançar uma maior vantagem e ele ser um dos indutores de uma possível virada. Enquanto o lado petista, além de também tentar eleger Haddad, enxerga o estado com complexidade e quer evitar uma derrota acachapante como em 2014 e 2018.

Manifestação teve como pauta as decisões recentes contra informações falsas determinadas pelo TSE e STF
por
Laura Mafra Boechat
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27/10/2022 - 12h

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocuparam parte da Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação nesta terça-feira (25). Em um carro de som, aliados direcionaram críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, acusando ele de censurar a rede Jovem Pan.

 

Na última semana, o TSE determinou uma série de condutas desfavoráveis ao atual presidente. Uma delas, limitava a emissora Jovem Pan de comentar a situação judicial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo teor inverídico das informações, além de dar direito de resposta ao candidato petista.  

 

Com camisas com dizeres contra o que chamam de  “censura”, esparadrapos na boca e gritos de guerra, os apoiadores acompanharam entusiasmados as falas do deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Marcel Van Hattem (Novo) e do comentarista da Jovem Pan, Adrilles Jorge. Além deles, estavam presentes membros do Instituto Von Mises e do movimento Vem Pra Rua.

 

Ato Avenida Paulista placa antivacina liberdade sem lockdown testes vacina
Manifestantes reivindicavam liberdade. Foto: Laura Boechat

Adrilles recebeu aplausos acalorados ao defender o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, membro do STF e presidente do TSE.

Ato Avenida Paulista Bolsonaro não à censura Adrilles
Adrilles Jorge e Marcel Van Hattem discursam em ato bolsonarista na Avenida Paulista. Foto: Laura Boechat

 

Apesar da ampla crítica à censura por parte de seus apoiadores, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou na Justiça para tirar do ar a reportagem do UOL sobre o pagamento em dinheiro vivo de 51 imóveis adquiridos pela família Bolsonaro. 

 

Outras falas se sucederam, repetindo informações falsas e acusações já refutadas e com direito de resposta decretados pela justiça, como a culpabilidade do ex-presidente Lula e o falso apoio de presidiários. Vale lembrar que pessoas com condenação criminal transitada em julgado perdem seus direitos políticos, como o de votar.

Terceira colocada na disputa eleitoral, Tebet sugeriu que Lula incorpore cinco propostas de seu plano de governo
por
Henrique Alexandre
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06/10/2022 - 12h

A candidata do MDB, Simone Tebet, declarou, nesta quarta-feira, apoio ao ex-presidente Lula (PT) no segundo turno para a disputa presidencial. Após seu partido liberar seus filiados a apoiarem quem melhor entendessem, a senadora afirmou que "não cabe a omissão da neutralidade" em seu discurso em São Paulo e confirmou sua posição de apoio ao petista. A frase pode ser entendida como um recado direto a cúpula do partido que faz parte. 

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Desde o ínicio da disputa eleitoral, Lula e Simone Tebet já ensaiavam uma aproximação - foto: Ricardo Moraes - Reuters

Em seu pronunciamento, Tebet disse que mantém as críticas feitas a Lula no 1° turno, mas que vê o petista como a principal alternativa para o compromisso com a democracia.

"Ainda que mantenha as críticas que fiz ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em especial nos seus últimos dias de campanha quando cometeu o erro de chamar para si o voto útil, que é legítimo, mas sem apresentar as suas propostas completas, depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente. Meu apoio não será por adesão. Meu apoio é por um Brasil que sonho ser de todos"

 

A senadora também afirmou que amigos pediram para que ela se mantivesse neutra na disputa eleitoral, mas a candidata decidiu não se omitir. Tebet vem sendo firme em suas críticas contra atual presidente Jair Bolsonaro, principalmente no que se trata dos ataques do candidato do PL à democracia brasileira. 

 

"Peço desculpas aos amigos e companheiros que imploraram pela neutralidade neste segundo turno, preocupados que estão com a eventual perda de algum capital político, para dizer que o que está em jogo é muito maior que cada um de nós. Votarei com minha razão de democrata e com minha consciência de brasileira"

 

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O apoio de Simone Tebet pode trazer tranquilidade para que Lula vença as eleições de 2022 - Foto: Bruno Santos/ Folhapress

 

PEDIDO DE ADESÃO DE PROPOSTAS

Após o almoço que selou sua aliança com Lula no 2° turno, Tebet afirmou que espera que Lula incorpore cinco de suas propostas em seu plano de governo. Sendo elas: 

  • Implementação do ensino médio técnico em tempo integral;
  • Pagamento de R$ 5.000 a formandos do ensino médio;
  • Garantia de composição ministerial plural e equidade salarial entre homens e mulheres;
  • Aumento dos repasses ao SUS (Sistema Único de Saúde);
  • Quitação da fila de procedimentos na saúde pública e da fila de vagas em creches e escolas para crianças

A expectativa é que Lula inclua essas políticas em seu planejamento governamental. Além disso, com a adesão dessas propostas, Tebet pode aparecer no horário eleitoral de Lula para reafirmar o apoio ao petista. 

A pesquisa mede o impacto imediato do resultado do 1° turno. Lula teve 48,43% dos votos, contra 43,20 de Jair Bolsonaro
por
Henrique Alexandre
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06/10/2022 - 12h

A primeira rodada da pesquisa IPEC para o 2° turno divulgada nesta quarta-feira (05) mostra o ex-presidente Lula (PT) na dianteira para assumir o Palácio do Planalto. O petista tem 55% dos votos válidos contra 45% do atual presidente Jair Bolsonaro, uma diferença de 10%. Os votos válidos são aqueles que excluem votos brancos e anulados, como também aqueles que são souberam responder. 

 

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Lula e Bolsonaro disputam voto a voto o cargo de presidência da República - Foto: Andre Penner/AP; Evaristo Sá/AFP



Comparando o resultado oficial do 1° turno do último domingo, Lula teve um acréscimo de 6,57% na sua pontuação e Jair Bolsonaro, 1,8%. A pesquisa ainda não mediu o impacto das declarações de votos de Ciro Gomes e Simone Tebet em Lula, e de Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Rodrigo Garcia (PSDB-SP) em Bolsonaro. Ambos os candidatos tentam articular alianças para crescerem na próxima rodada.

Vale lembrar que a pesquisa é uma fotografia de momento, das movimentações atuais, e não um prognóstico. Portanto, mudanças podem ocorrer até a data do 2° turno. 

VOTOS VÁLIDOS

  • Lula (PT): 55%
  • Jair Bolsonaro (PL): 45% 
     

PESQUISA ESTIMULADA

No cenário onde são apresentados os candidatos aos entrevistados e que inclui a porcentagem de brancos, nulos e indecisos no cálculo, Lula segue na frente de Jair Bolsonaro. Segundo o IPEC, o petista tem 51% das intenções de votos, contra 43% do atual presidente. 

  • Lula (PT): 51%
  • Bolsonaro (PL): 43%
  • Branco e nulo: 4%
  • Não sabem/não responderam: 2%
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As articulações políticas são a prioridade de Lula e Bolsonaro nessa altura do campeonato - Reprodução/TV Globo 

REJEIÇÃO AOS CANDIDATOS

A pesquisa IPEC também ouviu qual o índice de rejeição dos candidatos à presidência da República. Jair Bolsonaro aparece com 50% de rejeição, ante 40% de Lula. Este levantamento mostra uma diferença de 10% de rejeição entre os candidatos, exata diferença dos votos válidos, só que inversamente proporcional para os candidatos. Nesta eleição em específico, o nível de rejeição ao candidato é o principal fator de decisão. 

• Jair Bolsonaro (PL): 50% 

• Lula (PT): 40%


A pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre os dias 03 e 05 de outubro em 129 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-02736/2022.