Do pastelzinho com caldo de cana à hora da xepa, as feiras livres fazem parte do cotidiano paulista de domingo a domingo.
por
Manuela Dias
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29/11/2025 - 12h

Por décadas, São Paulo acorda cedo ao som de barracas sendo montadas, caminhões descarregando frutas e vendedores afinando o gogó para anunciar promoções. De norte a sul, as feiras livres desenham um dos cenários mais afetivos da vida paulistana. Não é apenas o lugar onde se compra comida fresca: é onde se conversa, se briga pelo preço, se prova um pedacinho de melancia e se encontra o vizinho que você só vê ali, entre uma dúzia de banana e um pé de alface.

Juca Alves, de 40 anos, conta que vende frutas há 28 anos na zona norte de São Paulo e brinca que o relógio dele funciona diferente. “Minha rotina é a mesma todos os dias. Meu dia começa quando a cidade ainda está dormindo. Se eu bobear, o morango acorda antes de mim”.

Nas bancas de comida, o pastel é rei. “Se não tiver barulho de óleo estalando e alguém gritando não tem graça”, afirma dona Sônia, pasteleira há 19 anos junto com o marido e filhos. “Minha família cresceu ao redor de panelas de óleo e montes de pastéis. E eu fico muito realizada com isso.  

Quando o relógio se aproxima do meio dia, começa o momento mais esperado por parte do público: a famosa xepa. É quando o preço cai e a disputa aumenta. Em uma cidade acelerada como São Paulo, a feira livre funciona como uma pausa afetiva, um lembrete de que existe vida fora do concreto. E enquanto houver paulistanos dispostos a acordar cedo por um pastel quentinho e uma conversa boa, as feiras continuarão firmes, coloridas, barulhentas e deliciosamente caóticas.

Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia.
Os cartazes com preços vão mudando conforme o dia. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas.
Vermelha, doce e gigante: a melancia é o coração das bancas nas feiras paulistanas. Foto: Manuela Dias/AGEMT
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo.
A dupla que move a feira da Zona Norte de São Paulo. Foto: Manuela Dias/AGEMT
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores.
Entre frutas e verduras um respiro delicado: o corredor das flores. Foto: Manuela Dias/AGEMT

 

Apresentação exclusiva acontece no dia 7 de setembro, no Palco Mundo
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

Elton John está de volta ao Brasil em uma única apresentação que promete marcar a edição de 2026 do Rock in Rio. O festival confirmou o britânico como atração principal do dia 7 de setembro, abrindo a divulgação do line-up com um dos nomes mais celebrados da música mundial.

A presença de Elton carrega um peso especial. Em 2023, o artista anunciou que deixaria as grandes turnês para ficar mais perto da família. Por isso, sua performance no Rock in Rio será a única na América Latina, transformando o show em um momento raro para os fãs de todo o continente.

Em um vídeo publicado na terça-feira (25) nas redes sociais, Elton John revelou o motivo para ter aceitado o convite de realizar o show em solo brasileiro. “A razão é que eu não vim ao Rio na turnê ‘Farewell Yellow Brick Road’, e eu senti que decepcionei muitos dos meus fãs brasileiros. Então, eu quero compensar isso”, explicou o britânico.

No mesmo dia de festival, outro grande nome da música sobe ao Palco Mundo: Gilberto Gil. Em clima de despedida com a turnê Tempo-Rei, que termina em março de 2026, o encontro dos dois artistas lendários torna a programação do festival ainda mais especial. 

Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Reprodução / Facebook Gilberto Gil)
Gilberto Gil se apresentará no Palco Mundo do Rock in Rio 2026 (Foto: Divulgação)

Além das atrações, o Rock in Rio prepara mudanças importantes na Cidade do Rock. O Palco Mundo, símbolo do festival, será completamente revestido de painéis de LED, somando 2.400 metros quadrados de tecnologia. A ideia é ampliar a imersão visual e criar novas possibilidades para os artistas.

A próxima edição também terá uma homenagem especial à Bossa Nova e um benefício pensado diretamente para o público, em que cada visitante poderá receber até 100% do valor do ingresso de volta em bônus, podendo ser usado em hotéis, gastronomia e experiências turísticas durante a estadia na cidade.

O Rock in Rio 2026 acontece nos dias 4, 5, 6, 7 e 11, 12 e 13 de setembro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. A venda geral dos ingressos começa em 9 de dezembro, às 19h, enquanto membros do Rock in Rio Club terão acesso à pré-venda a partir do dia 4, no mesmo horário.

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A socialite continuou tendo sua moral julgada no tribunal, mesmo após ter sido assassinada pelo companheiro
por
Lais Romagnoli
Marcela Rocha
Jalile Elias
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26/11/2025 - 12h
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz em nova série. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

Figurinha carimbada nas colunas sociais da época, Ângela Diniz virou capa das manchetes policiais após ser morta a tiros pelo então namorado, Doca Street. O feminicídio que marcou o país na década de 1970 ganha agora um novo olhar na série da HBO Ângela Diniz: Assassinada e Condenada.

Na produção, Marjorie Estiano interpreta a protagonista, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. O elenco ainda conta com Thelmo Fernandes, Maria Volpe, Renata Gaspar, Yara de Novaes e Tóia Ferraz.

Sob direção de Andrucha Waddington, a série se inspira no podcast A Praia dos Ossos, de Branca Viana. A obra, que leva o nome da praia onde o crime ocorreu, reconstrói não apenas o caso, mas também o apagamento em torno da própria vítima. Depoimentos de amigas de Ângela, silenciadas à época, servem como ponto de partida para revelar quem ela realmente era.

Seja pela beleza ou pela independência, a mineira chamava atenção por onde passava. Já os relatos sobre Doca eram marcados pelo ciúme obsessivo do empresário. O casal passava a véspera da virada de 1977 em Búzios quando, ao tentar pôr fim à relação, Ângela foi assassinada pelo companheiro.

Por dias, o criminoso permaneceu foragido, até que sua primeira aparição foi numa entrevista à televisão; logo depois, ele se entregou à polícia. Foram necessários mais de dois anos desde o assassinato para que Doca se sentasse no banco dos réus, num julgamento que se tornaria símbolo da luta contra a violência de gênero.

Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, , enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Divulgação
Marjorie Estiano interpreta Ângela Diniz, enquanto Emilio Dantas assume o papel de Doca. Foto: Reprodução/Divulgação HBO Max

As atitudes, roupas e relações de Ângela foram usadas pela defesa como supostas “provocações” que teriam motivado o crime. Foi nesse episódio que Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Aquela moça continua sendo assassinada todos os dias e de diferentes maneiras”.

Os advogados do réu recorreram à tese da “legítima defesa da honra” — proibida somente em 2023 pelo STF — numa tentativa de inocentá-lo. O argumento foi aceito pelo júri, e Doca recebeu pena de apenas dois anos de prisão, sentença que gerou revolta e fortaleceu movimentos feministas da época.

Sob forte pressão popular, um segundo julgamento foi realizado. Nele, Doca foi condenado a 15 anos, dos quais cumpriu cerca de três em regime fechado e dois em semiaberto. Em 2020, ele morreu aos 86 anos, em decorrência de um ataque cardíaco.

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Exposição reúne obras que exploram o inconsciente e a natureza como caminhos simbólicos de cura
por
KHADIJAH CALIL
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25/11/2025 - 12h

A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, apresenta de 14 de novembro a 14 de dezembro de 2025 a exposição “Bosque Mítico: Katia Canton e a Cura pela Arte”, que reúne um conjunto expressivo de pinturas, desenhos, cerâmicas, tapeçarias e azulejos da artista, sob curadoria de Carlos Zibel e Antonio Carlos Cavalcanti Filho. A Fundação que sedia a mostra está localizada no imóvel conhecido como Casarão Branco do Boqueirão em Santos, um exemplar da época áurea do café no Brasil. 

Ao revisitar o bosque dos contos de fadas como metáfora de transformação interior, Katia Canton revela o processo criativo como gesto de cura, reconstrução e transcendência.
 

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       “Casinha amarela com laranja” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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                 “Chapeuzinho triste” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                 “O estrangeiro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.         
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                                                            “Menina e pássaro” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                     “Duas casinhas numa ilha” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                             “Os sete gatinhos” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.
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                                                                         “Floresta” de Katia Canton. Foto: Khadijah Calil.

 

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Festival celebra os três anos de existência com homenagem ao pensamento de Frantz Fanon e a imaginação radical da cultura periférica
por
Marcela Rocha
Jalile Elias
Isabelle Maieru
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25/11/2025 - 12h

Reconhecido como um dos principais espaços da cultura periférica em São Paulo, o Museu das Favelas completa três anos de atividades no mês de novembro. Para comemorar, a instituição elaborou uma programação especial gratuita que combina memória, arte periférica e reflexão crítica.

Segundo o governo do Estado, o Museu das Favelas já recebeu mais de 100 mil visitantes desde sua fundação em 2022. Localizado no Pátio do Colégio, a abertura da agenda de aniversário ocorre nesta terça-feira (25) com a mostra “ImaginaÇÃO Radical: 100 anos de Frantz Fanon”, dedicada ao médico e filósofo político martinicano.

Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Fachada do Museu das Favelas. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Autor de “Os condenados da terra” e “Pele negra, máscaras brancas”, Fanon contribuiu para a análise dos efeitos psicológicos do colonialismo, considerando algumas abordagens da psiquiatria e psicologia ineficazes para o tratamento de pessoas racializadas. A exposição em sua homenagem ficará em cartaz até 24 de maio de 2026.

Ainda nos dias 25 e 26 deste mês, o festival oferecerá o ciclo “Papo Reto” com debates entre intelectuais francófonos e brasileiros, em parceria com o Instituto Francês e a Festa Literária das Periferias (Flup). A programação continua no dia 27 com a visita "Abrindo Fluxos da Imaginação Radical”. 

Em 28 de novembro, o projeto “Baile tá On!” promove uma conversa com o artista JXNV$. Já no dia 29, será inaugurada a sala expositiva “Esperançar”, que apresenta arte e tecnologia como forma de mapear territórios periféricos.

O encerramento do festival será no dia 30 de novembro com a programação “Favela é Giro”, que ocupa o Largo Pátio do Colégio com DJs e performances culturais.

 

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Virada Cultural realizada na Congregação Israelita Paulista traz a importância de valorizar o viver
por
Felipe Abel Horowicz Pjevac
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16/06/2023 - 12h

No dia 27 de maio, a CIP (Congregação Israelita Paulista), uma das maiores e mais tradicionais sinagogas do Brasil, recebeu mais de 300 membros da comunidade judaica de São Paulo para a décima sexta edição do Ticun de Shavuot, uma virada cultural que se estendeu pela madrugada comemorando as belezas da vida e o próprio viver em si. Palestras, danças e jogos reforçaram a todos os presentes a importância de agradecer todos os dias pela vida e de homenagear aqueles que dedicaram suas vidas a nós.

 

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A árvore emanando luz também é um símbolo que representa a vida na tradição judaico-cristã

 

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A bandeira de Israel já na entrada da sinagoga é bem iluminada, uma metáfora para a vida do país independente

 

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As lembrancinhas distribuídas aos convidados mantém viva na memória dos judeus a noite de Shavuot

 

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A plateia era composta por pessoas mais religiosas e fiéis mais liberais, refletindo as diferentes vidas dentro da comunidade judaica

 

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O salão escuro e os braços erguidos das dançarinas das lehakot (grupos de dança) homenageiam a memória daqueles que já perderam a vida

 

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Já as harkadot (danças em roda) bailaram ao som de músicas israelenses exaltando a vida

 

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As velas acesas no momento da oração representam a chama da vida em nossos corpos

 

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A alimentação é uma parte muito valorizada da vida na cultura judaica, e opções não faltaram durante a noite

 

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Anúncio de novas temporadas de produções queridinhas, atores dos grandes títulos da casa e show de encerramento esquentaram os espectadores que enfrentaram o frio
por
Bianca Novais
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19/06/2023 - 12h

Uma multidão se reuniu no auditório do Parque do Ibirapuera, sob o frio de 13°C da capital paulista, neste sábado, 17, para o segundo dia do evento TUDUM, da Netflix. Ao contrário do primeiro dia, 16, as atrações aconteceram a céu aberto.

Com apresentação de Maisa Silva (De Volta aos Quinze), Chase Stokes (Outer Banks) e Maitreyi Ramakrishnan (Eu Nunca…), o TUDUM exibiu trailers e trouxe ao palco elencos de seus títulos. O filme Resgate 2 iniciou o dia, com o protagonista Chris Hemsworth e o diretor Sam Hargrave conversando sobre os desafios de produzir um filme de ação. O longa-metragem já está disponível na plataforma.

O ator Chris Hemsworth divulgando o filme Resgate 2. Foto: Divulgação/Netflix.
O ator Chris Hemsworth divulgando o filme Resgate 2. Foto: Divulgação/Netflix.

O painel da série espanhola Elite era um dos mais aguardados pelos fãs. Com o ator brasileiro André Lamoglia e a atriz argentina Valentina Zenere, o trailer da sétima temporada foi exibido, destacando a participação da cantora Anitta na série, mas ainda sem detalhes sobre sua personagem.

As séries pré-vitorianas Bridgerton e Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton também animaram a plateia com novidades e elenco no palco. India Ria Amarteifio (Rainha Charlotte) e Corey Mylchreest (Rei George III) introduziram o anúncio do evento "Baile da Rainha: Uma Experiência Bridgerton", inspirado nos bailes reais ingleses representados nas séries, que virá para São Paulo, mas ainda sem data. Em seguida, a atriz Nicola Coughlan (Penelope Featherington/Lady Whistledown) apresentou imagens inéditas da terceira temporada de Bridgerton.

Os protagonistas de Rainha Charlotte: Um História Bridgerton no palco do TUDUM. Foto: Luciana Zerati.
Os protagonistas de Rainha Charlotte: Um História Bridgerton no palco do TUDUM. Foto: Luciana Zerati.

Maisa retornou ao palco como representante do elenco de sua série De Volta aos Quinze. A produção brasileira é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Bruna Vieira. O trailer da segunda temporada mostra a protagonista Anita (Camila Queiroz), uma mulher insatisfeita com o rumo de sua vida que tem a oportunidade de voltar aos quinze anos de idade (Maisa Silva), levando Joel (Gabriel Stauffer) para viajar no tempo também.

Diretamente da Índia, os atores Mihir Ahuja, Dot, Khushi Kapoor, Suhana Khan, Yuvraj Menda, Agastya Nanda e Vedang Raina promoveram o musical The Archies, inspirado nos quadrinhos da Archie Comics, apresentando uma das coreografias do longa. A premissa do filme é levar a já popular série Riverdale para a Índia dos anos 1960, com coreografias e músicas típicas do cinema indiano.

Elenco de The Archies se apresenta no TUDUM. Foto: Divulgação/Netflix.
Elenco de The Archies se apresenta no TUDUM. Foto: Divulgação/Netflix.

Investindo bastante na expectativa do público, a nova série O Problema dos Três Corpos apresentou seu primeiro trailer no TUDUM, com grande parte do elenco no palco. Os produtores David Benioff e Dan Weiss têm experiência em adaptar livros para a TV - são os responsáveis pela sensação de público e de crítica Game of Thrones, da HBO. A série une os gêneros de ficção científica e apocalipse, com clima de terror e suspense.

A cereja do bolo ficou por conta de Agente Stone, novo filme de ação da Netflix com estreia para 11 de agosto. Gal Gadot, conhecida por interpretar a personagem Mulher-Maravilha nos filmes mais recentes da DC-Warner, é a protagonista e subiu ao palco do TUDUM atravessando a plateia e recebendo boas-vindas acaloradas do público. No trailer, Gadot é a agente de elite Rachel Stone e precisa impedir que um artefato perigoso caia nas mão erradas.

Com show de DJs de música eletrônica, o público finalizou o sábado dançando bastante. O TUDUM segue até domingo, 18, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera.

 

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No parque Ibirapuera, o evento da Netflix contou com cenários imersivos, ativações e presença de atores do streaming
por
Luana Galeno
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16/06/2023 - 12h

Na última sexta (17), aconteceu o primeiro dia do TUDUM, evento da Netflix. Localizado na Fundação Bienal, no parque Ibirapuera, o evento contou com cenários imersivos e presenças de atores do streaming. O público estava ansioso quando, às 12h, os portões mágicos do lugar abriram como o “Pular abertura” do app.

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Totem de Pular Abertura localizado ao lado da fila. Foto por: Luciana Zerati
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Entrada do evento. Foto por: Luciana Zerati

 

Ao entrar no evento, o letreiro em tecido felpudo deixa pistas da imersividade oferecida pela organização. Em um grande corredor, cenários de diversas séries e filmes se abrem. De primeira, temos interações de One Piece, Outer Banks, Bridgerton e Resgate 2, trazendo o cenário das produções e deixando todos os visitantes com fundos muito instagramáveis. 

Um dos pontos mais atraentes foi o espaço dedicado à Round 6, onde os participantes podiam jogar “Batatinha 1,2,3” – como na série de Hwang Dong-hyuk. O jogo é a parte principal de um setor do pavilhão dedicado para filmes e séries asiáticos, como Pousando no Amor e Uma Advogada Extraordinária.

Além dos cenários de Wandinha, Stranger Things, Heartstopper, entre outros, o evento ainda contém um palco na centralidade onde grandes atores puderam dar spoilers e compartilhar expectativas sobre os próximos lançamentos. Alex Sharp, Jovan Adepo, Jess Hong, John Bradley e Benedict Wong, de 3 Body Problem, comentaram sobre o lançamento da série, prevista para janeiro de 2024. Já Gal Gadot, Alia Bhatt e Jamie Dornan partilharam sobre o filme Agente Stone, com lançamento previsto para agosto. Chris Hemsworth tratou sobre a sequência de Resgate 2 e Chase Stokes sobre a próxima temporada de Outer Banks.

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Chase de Outer Banks. Foto por: Beatriz Brascioli
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Chris Hemsworth de Resgate. Foto por: Beatriz Brascioli

 

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Netflix confirma evento gratuito com a presença de atores famosos e exposições multisensoriais no Parque Ibirapuera
por
Ana Kézia Andrade
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15/06/2023 - 12h

    A ansiedade está no ar à medida que a contagem regressiva começa para o tão aguardado evento TUDUM 2023 da Netflix, que será realizado pela segunda vez  em formato presencial  no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

    Com uma programação repleta de surpresas e anúncios exclusivos, os fãs da plataforma de streaming estão entusiasmados com o que está por vir. A cerimônia contará com experiências imersivas das principais produções recentes da Netflix como Bridgerton, One Piece, The Witcher e muito mais.

    O evento está agendado para os dias 16,17 e 18 de Junho. O TUDUM contará com exposições de produções da plataforma e no dia 17 a cerimônia sob comando de Maisa Silva (De Volta aos 15) Chase Stokes (Outer Banks) e Maitreyi Ramakrishnan (Eu Nunca…). Como convidados, confirmaram presença, atores consagrados como Arnold Schwarzenegger (de FUBAR), Henry Cavill (de The Witcher), Chris Hemsworth (de Resgate 2) e Gal Gadot (de Agente Stone).

    A primeira edição do evento aconteceu em 2020,  no mesmo local e contou com a presença de atores como Noah Centineo e Lana Condor, para divulgação da sequência de sucesso “Para todos os garotos que já amei: P.S: Ainda amo você”. Em 2021 e 2022 o encontro aconteceu em formato online por conta da pandemia e este ano volta a ser presencial. 

A primeira edição do evento ocorreu em 2020, de forma presencial, em São Paulo — Foto: Divulgação/Netflix
A primeira edição do evento ocorreu em 2020, de forma presencial, em São Paulo — Foto: Divulgação/Netflix

  
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


    O TUDUM 2023 promete ser um diferencial na história da Netflix Brasil, pois além da presença de artistas renomados, o público promete comparecer em peso, os ingressos disponibilizados de forma gratuita pela plataforma, esgotaram no tempo recorde de 1 hora e 30 minutos. O Parque Ibirapuera, conhecido por ser um dos principais pontos turísticos da cidade, será o cenário perfeito para receber os entusiastas de filmes e séries que estão ansiosos para mergulhar no universo da plataforma.

   Os rumores sobre as revelações no TUDUM têm deixado os fãs ansiosos, pois espera-se que a Netflix aproveite a cerimônia para apresentar trailers e prévias de novas temporadas e trabalhos inéditos do streaming.  Além disso, a oportunidade de ver de perto celebridades convidadas e estrelas do universo Netflix é um dos principais motivos pelos quais os ingressos esgotaram rapidamente.

A seguir uma lista de atrações presentes no dia 17/06:

  • Arnold Schwarzenegger - FUBAR
  • Chase Stokes - Outer Banks 
  • Jess Hong, Benedict Wong, Jovan Adepo, Alex Sharp e John Bradley - 3 Body Problem
  • Henry Cavill, Anya Chalotra, Freya Allan e Joey Batey - The Witcher
  • Zack Snyder, Deborah Snyder e Sofia Boutella - Rebel Moon 
  • Gal Gadot, Jamie Dornan e Alia Bhatt - Agente Stone
  • Gordon Cormier, Kiawentiio, Ian Ousley e Dallas Liu - Avatar: The Last Airbender
  • Christian Malheiros, Jottapê e Bruna Mascarenhas - Sintonia
  • Chris Hemsworth e Sam Hargrave - Resgate 2
  • Iñaki Godoy, Mackenyu, Emily Rudd, Jacob Romero Gibson e Taz Skylar - One Piece
  • André Lamoglia e Valentina Zenere - Elite
  • Nicola Coughlan - Bridgerton
  • India Amarteifio e Corey Mylchreest - Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton
  • Maitreyi Ramakrishnan, Jaren Lewison e Darren Barnet - Eu Nunca…
  • Mihir Ahuja, Dot, Khushi Kapoor, Suhana Khan, Yuvraj Menda, Agastya Nanda e Vedang Raina - The Archies
  • Aria Mia Loberti e Louis Hofmann- Toda Luz Que Não Podemos Ver

O evento no dia 17/06 será transmitido ao vivo pelo Youtube da Netflix Brasil a partir das 17h30.
 

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Cobranças excessivas podem causar problemas psicológicos em bailarinos
por
Isabella Santos
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14/06/2023 - 12h

O balé clássico surgiu no século 16, nas cortes italianas, como uma manifestação rítmica e natural, servindo também para a comunicação. Era o período renascentista e a dança nascia com a finalidade de entreter a nobreza, tornando-se um símbolo de classe, status e influência que permanece até os dias atuais. 

Por se tratar de uma dança criada para agradar quem possuía dinheiro, os padrões estéticos dominantes ditavam quem poderia se tornar um bailarino profissional. Ser branco, alto e extremamente magro era indispensável para se juntar ao elenco do balé, e quanto mais os dançarinos se encaixavam nos padrões, mais relevantes eram seus papéis em uma apresentação. 

 Essas cobranças, no entanto, não se limitaram ao século 16. Ainda hoje, o mundo da dança continua marcado pelo desgaste dos bailarinos que buscam se encaixar nesses padrões. A bailarina da companhia “Ballet Paula Gasparini”, Giovanna Moraes, 19 anos, relembra as dificuldades e preconceitos sofridos durante as audições. "Quando comecei a dançar em escolas grandes e competir em nível internacional, passei por situações em que ouvi que seria perfeita para certos papéis se eu não fosse tão ‘latina’. No início não entendia direito, até perceber que grandes papéis não eram selecionados pela técnica ou pelo talento, mas muitas vezes pela sua aparência. Quanto mais magra, branca e alta, maiores as chances e os privilégios.”   

Transtornos como bulimia, ansiedade e depressão são comuns no mundo do balé, devido à cobrança enfrentada desde muito cedo. Alguns professores incentivam os alunos a perder peso, em busca de alcançar um padrão “ideal”, e a competitividade também é um elemento desestabilizador. Diante disso, o clima em sala de aula, que deveria ser leve, acaba se tornando o primeiro passo para um transtorno se desenvolver.  

A psicóloga Maria Cristina Lopes, autora do livro “Psicologia da Dança” (cite a editora) destaca o impacto causado por professores em sala de aula. “A maneira como o professor age e fala sobre o corpo na dança é fundamental para que o aluno se sinta pertencente a esse mundo. Eles precisam estar satisfeitos com o seu corpo e aprender a cuidá-lo e preservá-lo. No entanto, quando há uma distorção de imagem, muito presente nos bailarinos, isso o afeta em vários sentidos. É possível que ele desista dos seus sonhos ou da própria dança por se tornar insuportável conviver com esta pressão”, diz. 

A saúde mental dos dançarinos é pouco discutida, e devido a isso muitos não imaginam o quão obscuro ele pode ser. “De mastigar gelo e tomar remédios tarja preta até usar bandagens para remodelar o corpo, já presenciei o desespero de inúmeras amigas para que pudessem chegar o mais perto possível de um padrão inalcançável”, relata Giovanna.  

Quem escolhe seguir carreira com a dança já está sujeito a enfrentar um caminho difícil, com a precariedade e instabilidade financeira, as possíveis lesões devido à carga horária de ensaios e uma vida quase nômade, exigindo do bailarino diversas mudanças de cidade, estado ou até mesmo país. Dessa forma, a companhia em que ele trabalha acaba se tornando sua única casa e seus colegas, coreógrafos e professores se tornam família. Maria Cristina exalta a importância de uma instituição apoiadora para a formação de um bailarino saudável. “Os ambientes que favorecem os benefícios da dança são relacionados a um contexto social saudável, um professor apoiador, uma instituição inclusiva e incentivo ao apoio entre colegas. Faz total diferença no futuro desse indivíduo.", diz a psicóloga. 

Um estudo conduzido pela Universidade de Pittsburg concluiu que, 6,9% das bailarinas profissionais entrevistadas tinham anorexia nervosa, 10,3% tinham bulimia e 10,3% apresentavam uma combinação dos dois transtornos.  

Visando um futuro psicologicamente saudável a esses profissionais, grandes companhias de dança do país deveriam oferecer assistência psicológica para seus profissionais. “Acho extremamente necessário que companhias e festivais criem uma rede de apoio para os bailarinos, e é algo que sentimos falta nesse meio. Um dos maiores problemas no mundo da dança definitivamente é a saúde mental dos bailarinos. Conviver em um ambiente extremamente competitivo em busca de padrões irreais e inalcançáveis afeta muito o psicológico”, diz Giovanna. 

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