Novo disco da cantora é o primeiro após grande turnê mundial e promete retomar parceria com Max Martin
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Luis Henrique Oliveira
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12/08/2025 - 12h

Na madrugada desta terça-feira (12), Taylor Swift anunciou o lançamento de seu 12º álbum de estúdio, intitulado “The Life of a Showgirl”. A revelação veio após o fim de uma contagem regressiva no site oficial da cantora, acabando exatamente às 00h12 no fuso-horário norte americano, 01h12 no horário de Brasília.

Combinado com o anúncio, um  trecho do podcast New Heights Show, apresentado pelos irmãos Travis e Jason Kelce, namorado e cunhado de Swift, mostra a cantora abrindo uma maleta e apresentando seu novo disco. A capa será revelada apenas nesta quarta-feira (13) durante sua participação especial no programa.

A cantora Taylor Swift no podcast New Heights Show, apresentando a capa de seu novo disco, porém borrada.
Taylor Swift faz anúncio de novo álbum em trecho divulgado de podcast. Foto: Instagram/@taylorswift

Taylor sempre deixou pistas antes de comunicar um novo projeto. No trabalho anterior, “The Tortured Poets Department” (2024), ela posava para fotos fazendo o sinal de dois, revelando mais tarde se tratar de um álbum duplo – e dessa vez não foi diferente.

Os rumores de um novo disco correm no mundo Swiftie (fãs da artista) desde o fim da The Eras Tour, quando a cantora apresentou um novo logotipo e passou a usar 12 letras para estender palavras simples (como prolongar o “d” em “god” nos stories do Instagram, por exemplo).

As especulações ganharam força na segunda-feira quando sua equipe de marketing postou nas redes sociais um carrossel de doze fotos suas usando roupas laranjas durante a última turnê, cor inédita dentre as que compõem a paleta dos álbuns anteriores, junto de uma legenda sugestiva: “lembrando de quando ela disse ‘vejo você na próxima era…'”. 

Após o anúncio, outdoors do Spotify foram colocados em Nova York e Nashville - cidade natal de Taylor -  a fim de divulgar uma playlist em conjunto da cantora, intitulada “And, baby, that’s show business for you” (“e, amor, isso é show business para você”, em tradução livre). Todas as músicas que estão presentes no compilado foram produzidas por Max Martin e Shellback, que trabalharam com Swift nos álbuns Red (2012), 1989 (2014) e Reputation (2017), sendo uma possível pista do que esperar do novo projeto.

Outdoor em Nova York com fundo laranja brilhante, no centro está o código para uma playlist exclusiva da cantora Taylor Swift
Playlist traz 22 faixas, presentes nos álbuns Red, 1989 e Reputation. Foto: Reprodução/X/@TSUpdating

“The Life of a Showgirl” será o primeiro disco da cantora após readquirir os direitos de seus seis primeiros discos, vendidos sem seu consentimento quando sua antiga gravadora, Big Machine Records, foi comprada pelo empresário Scooter Braun, em 2019.

Taylor conseguiu recuperar suas masters em maio deste ano, encerrando não só a luta para consegui-las de volta, mas também o projeto de regravação de suas músicas.

O álbum ainda não tem data de lançamento oficial, entretanto a previsão de entrega dos vinis vai para até o dia 13 de outubro.

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Compositor e cantor vivia com sequelas decorrentes de um AVC que sofreu em março de 2017
por
Bianca Novais
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08/08/2025 - 12h

A família de Arlindo Cruz anunciou a morte do compositor, cantor e instrumentista nesta sexta-feira (8), através das redes sociais do artista. Considerado um dos maiores sambistas do país, Arlindo vivia com a saúde debilitada desde março de 2017, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.

“Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho", diz a nota de falecimento. O sambista morreu no hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

 

 

Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu na capital fluminense em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, Zona Norte da cidade. Em homenagem a ele, escreveu uma de suas canções mais conhecidas, “Meu Lugar”, parte do álbum “Hoje tem samba” (2002).

Tocava cavaquinho, banjo e ainda na juventude começou a se apresentar profissionalmente, enquanto estudava teoria musical na escola Flor do Méier. Nesse período, foi apadrinhado musicalmente por Candeia, outro renomado sambista carioca.

Estudou na escola preparatória para Cadetes do Ar aos 15 anos, em Barbacena (MG), mas logo voltou ao Rio. Passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Ubirany e Almir Guineto. Lá, conheceu Zeca Pagodinho e Sombrinha, que, à época, também eram revelações no mundo do samba.

Escreveu algumas músicas para outros intérpretes - “Lição de Malandragem” (David Correa), “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione) - antes de entrar no Grupo Fundo de Quintal, em 1981.

 

 

Ganhou notoriedade nacional durante os 12 anos na banda e gravou sucessos como “Só Pra Contrariar”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Em 1993, seguiu carreira solo e continuou nos holofotes, com várias músicas em parceria com outros gigantes do samba. Entre seus álbuns de maior destaque recente estão “MTV ao Vivo Arlindo Cruz” (2009) e “Batuques do Meu Lugar” (2012).

Sombrinha foi uma de suas parcerias mais frutíferas. Escreveram “O Show Tem Que Continuar” e “Alto Lá", também com Zeca Pagodinho. Com este, assinou a autoria de sucessos atemporais da música brasileira como “Bagaço da Laranja”, “Dor de Amor” e “Camarão que Dorme a Onda Leva".

 

Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Sombrinha e Arlindo Cruz em apresentação. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho cantando juntos. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Arlindo compôs mais de 500 músicas, segundo seu site oficial, incluindo sambas-enredo para escolas de samba do Rio de Janeiro: Grande Rio, Vila Isabel, Leão de Nova Iguaçu e Império Serrano, sua escola de coração e que o homenageou no enredo do carnaval de 2023. Mesmo com a saúde fragilizada, ele participou do desfile no último carro alegórico, com ajuda de amigos e familiares.

Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba e é reconhecido como um dos responsáveis pela revitalização do gênero nos anos 1980. Seu último lançamento foi ao lado do filho Arlindinho, em 2017, gravado pouco antes de sofrer o AVC.

Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.
Arlindo Cruz em carro alegórico da Império Serrano, durante desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro no carnaval de 2023. Imagem: Instagram @arlindocruzobem.

 

Ele foi apelidado de “o sambista perfeito” por amigos e admiradores, em referência a uma de suas composições, em parceria com Nei Lopes. O apelido virou o título da biografia do músico, escrita pelo jornalista Marcos Salles e publicada em junho deste ano.

Arlindo Cruz era candomblecista, filho de Xangô, e atuava contra a intolerância religiosa. Ele deixa esposa, Babi Cruz, e três filhos: Arlindinho, Flora e Kauan.

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Banda mineira trouxe show inédito para a capital paulista com mistura de sentimentos e surpresas
por
Giovanna Britto
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06/08/2025 - 12h

No último sábado (02) a banda Lagum se apresentou no Espaço Unimed com a turnê “As cores, as curvas e as dores do mundo”. Com ingressos esgotados, o espetáculo contou com todas as músicas do novo álbum, que dá nome à  apresentação, e com diversos outros hits do grupo, como “Deixa”, “Oi”, “Ninguém me ensinou” e “Bem melhor”.

Banda Lagum no palco do Espaço Unimed
Banda Lagum durante show no Espaço Unimed. Foto: Reprodução/Instagram/@lagum

O quinto disco, lançado em maio de 2025, teve uma recepção calorosa pelos fãs e gerou expectativas em torno da subida de Pedro, Chico, Jorge e Zani ao palco. Cada momento do show condiz com a proposta da nova fase da banda: questionar o mundo moderno, ao mesmo tempo em que aproveita o momento e enxerga a beleza no cotidiano.

Em entrevista à AGEMT, Pedro Calais, o vocalista, comenta sobre a experiência: “A vida é agora, a gente só tem essa chance de viver e não vamos nos privar de fazer uma coisa maneira, de estar com as pessoas que querem o nosso bem e pessoas que queremos o bem, como nossos fãs”.

O pré-show já exalava a energia do que estava por vir, com uma setlist, que ia de Charlie Brown Jr. até Jão. Com a entrada marcada para às 22:30, o grupo manteve a exaltação do público com “Eterno Agora”, “Dançando no escuro” e “Universo de coisas que desconheço”, a última em parceria com a dupla AnaVitória, presente na plateia para apoiar os amigos. 

Atenciosos, os músicos estavam atentos ao bem-estar do público e parando as canções para pedir ajuda aos socorristas quando necessário. Os momentos de conexão foram compostos de falas com piadas internas entre a fanbase - como a ausência do hit queridinho dos fãs “Fifa” - até ao chá revelação de Chico, baixista, que espera uma menina com a esposa e influenciadora Marina Gomes.

Baixista Chico falando ao microfone enquanto coloca a mão na barriga da sua esposa grávida Marina
Foto: Reprodução/Instagram/@portallagum

 

Pedro também comentou sobre essa relação cada vez mais próxima entre os fãs: “De uma hora pra outra, a gente começou a ser visto como artista, como alguém importante. Essa quebra de mostrar para as pessoas que o que a gente tá fazendo é pela essência, é pelo produto musical em si, vai total de encontro com o nosso conceito. É descer um pouco dessa coisa da cabeça de, ‘pô, tamo querendo fazer isso aqui pra tá aqui em cima’, sabe? Vai bem de encontro com o que a gente tá propondo”.

O momento mais esperado da noite foi com a penúltima música “A cidade”, terceira faixa do novo álbum, que viralizou  no TikTok com pessoas retratando perdas e saudades de entes queridos. A emoção tomou conta do público, que cantava e chorava por todo o Espaço.

Visão ampla do palco, telões e plateia no espaço Unimed
Visão do fundo na plateia com Pedro interagindo no microfone. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

Algumas canções, como “Tô de olho”, possuem sonoridades diferentes das gravações divulgadas nas plataformas digitais. Isso complementa a sensação de estar presenciando algo especial, pensado com carinho e a dedo.  Esses aspectos reafirmam mais uma vez a intenção do grupo de fazer com que as pessoas se conectem com o agora, vivenciando momentos marcantes e de forma original.

O show, sem dúvida, é uma experiência emocional e musical única. A escolha das performances e timbres é preparada exclusivamente para cada noite e cidade, de forma a impactar e proporcionar um momento sensorial muito mais imersivo. A Lagum volta à cidade de São Paulo no dia 3 de outubro para uma data extra devido à grande procura de ingressos.

Painel fotográfico com a divulgação da turnê "As cores, as curvas e as dores do mundo" e patrocínios do show.
Painel de divulgação da turnê para tirar fotos. Foto: AGEMT/Giovanna Britto

 

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Banda se apresenta em fevereiro de 2026; taxas extras geram críticas e frustrações entre os fãs
por
Maria Clara Palmeira
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27/06/2025 - 12h

A espera acabou! Na segunda-feira (23), foi anunciado que, após 17 anos, a banda americana My Chemical Romance retornará ao Brasil em 2026 pela segunda vez. O único show da banda em solo brasileiro será no dia 5 de fevereiro, no Allianz Parque, em São Paulo, como parte de sua turnê pela América Latina. 

A apresentação contará com a abertura da banda sueca The Hives e irá reunir brasileiros que acompanham a trajetória do grupo desde os anos 2000.

Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance
Anúncio da turnê na América do Sul. Reprodução: Instragram/@mychemicalromance


Formada em Nova Jersey nos Estados Unidos, em 2001, o My Chemical Romance tornou-se uma das bandas mais representativas do rock alternativo e símbolo do movimento emo. A formação atual é composta por Gerard Way nos vocais, Ray Toro e Frank Iero na guitarra, e Mikey Way no baixo.

O grupo lançou seu álbum de estreia, “I Brought You My Bullets, You Brought Me Your Love”, em 2002, mas o sucesso internacional veio em 2004, com “Three Cheers for Sweet Revenge”. No entanto, foi em 2006 com o disco “The Black Parade” que a banda atingiu o auge. O single “Welcome to the Black Parade” se tornou um hino da geração emo, alcançando o primeiro lugar nas paradas britânicas e consolidando o grupo no cenário global.

Após diversos sucessos, a banda entrou em hiato e anunciou sua separação em março de 2013. O retorno foi anunciado em outubro de 2019, com um show em Los Angeles. Em 2022, após dois anos de adiamentos devido à pandemia, a banda embarcou em uma extensa turnê, passando pelos EUA, Europa, Oceania e Ásia.

Desde a quarta-feira (25), início da pré-venda, fãs relataram insatisfação com o preço dos ingressos, que variam entre R$ 197,50 e R$ 895,00, além das cobranças de taxas adicionais. A revolta se intensificou com a cobrança da taxa de processamento, considerada uma novidade pela bilheteria oficial, a Eventim. A empresa alegou que essa tarifa garante a segurança dos dados dos consumidores, mas a justificativa não convenceu o público. 


Mesmo com a revolta, a expectativa de alta demanda se confirmou: a venda geral, aberta nesta quinta-feira (27) ao meio-dia, resultou em ingressos esgotados em 10 minutos.

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Nova exposição na Pinacoteca Contemporânea revela o papel político da pop arte brasileira no período de ditadura.
por
Maria Luiza Pinheiro Reining
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25/06/2025 - 12h

Por trás da explosão de cores, imagens familiares e estética publicitária da pop art brasileira, havia ruído, ambiguidade e protesto. Essa é a premissa da exposição Pop Brasil: Vanguarda e Nova Figuração, 1960-70, em cartaz na nova sede da Pinacoteca Contemporânea, em São Paulo. Mais do que uma exibição de obras pop, a mostra constrói um retrato crítico de uma década marcada por ditadura, censura e modernização desigual, e de como a arte respondeu a esse cenário.

A exposição celebra os sessenta anos das mostras Opinião 65 e Propostas 65, marcos da virada estética e política na produção brasileira. O percurso curatorial, assinado por Pollyana Quintella e Yuri Quevedo, reúne obras que reagiram diretamente ao avanço da indústria cultural, à opressão do regime militar e à transformação dos modos de vida. Em vez de apenas absorver os códigos da cultura de massa, os artistas incorporaram sua linguagem para tensionar o que ela ocultava: a violência da ditadura, o apagamento de subjetividades e a precarização das relações sociais.

Contra a censura
Tônia Carreiro, Eva Wilma, Odete Lara, Norma Benghel e Cacilda Becker protestam contra censura, em 1968

A ideia de que “a pop arte é o braço avançado do desenvolvimento industrial das grandes economias” é ressignificada no Brasil, onde a modernização industrial coexistia com a informalidade, a desigualdade e a repressão. Em vez do otimismo norte-americano, a arte pop brasileira surge como crítica: reapropria slogans, transforma marginais em heróis, imprime silhuetas de bandeiras como gesto de manifestação coletiva. A visualidade sedutora do consumo encontra a resistência política camuflada nas superfícies gráficas.

A exposição percorre núcleos como Poder e Resistência, Desejo e Trivialidade, Criminosos e Cultura Marginal, entre outros. Em comum, todos os conjuntos partem de imagens produzidas ou apropriadas do cotidiano: televisão, jornal, embalagem; para apontar fissuras entre aparência e estrutura. Hélio Oiticica, Rubens Gerchman, Wanda Pimentel, Antonio Manuel e muitos outros traduzem a tensão entre censura e invenção por meio de performances, happenings e obras gráficas que confundem arte e ação direta.

Helio Oiticica
Hélio Oiticica, 1968

Se nos Estados Unidos a pop art celebrava o consumo, no Brasil ela revelou o que havia por trás dele. A mostra explicita como a arte brasileira dos anos 1960 e 70 operou sob risco, incorporando elementos populares para criticar os próprios instrumentos de controle e espetáculo.

Mais do que rever o passado, Pop Brasil propõe um exercício de leitura do presente. Diante da repetição de discursos autoritários, da estetização da política e da crise na democracia, o gesto pop reaparece como estratégia de sobrevivência, uma forma de dizer muito com imagens que, à primeira vista, parecem dizer pouco.

 

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Confira algumas curiosidades culturais sobre os estados do Brasil
por
Júlia Takahashi
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03/04/2024 - 12h

Entre A Hora da Estrela, o Teatro Amazonas e o Parque Nacional da Serra da Capivara, o norte e nordeste do Brasil colorem a literatura, o teatro, a culinária e a música. E é ao som de “Brasil Pandeiro”, dos Novos Baianos, que o quadro AGEMT Pelo Mundo viaja pelo Brasil, começando pela primeira capital desse país continental, e te conta curiosidades de diferentes cidades de dois estados brasileiros.

O Brasil é composto por 26 estados, sendo Pernambuco o mais antigo e Tocantins o mais novo. A primeira capital do país foi Salvador, na Bahia, que manteve seu título até 1763.  Seu coração é marcado pelo Largo do Pelourinho, considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. Grandes artistas já passaram e se apaixonaram por Salvador, como Michael Jackson com o clipe “They don’t care about us” e Dionne Warwick com o sonho de morar no Estado. 

 

Vídeo "They Don't Care About Us" - canal oficial de Michael Jackson no Youtube 

Além de ter várias praias consideradas as mais bonitas do país, o nordeste também é berço de várias pessoas importantes para o Brasil. Em Alagoas nasceram Graciliano Ramos e Jorge de Lima, o primeiro Presidente, Deodoro da Fonseca, e o segundo, Floriano Peixoto. Clarice Lispector também morou em Maceió, tanto que a personagem principal, Macabéa, de sua obra “A Hora da Estrela” é alagoana. O Memorial do Quilombo dos Palmares também fica no estado, localizado na Serra da Barriga, próximo a Maceió.

 

Memorial do Quilombo dos Palmares - G1
Memorial do Quilombo dos Palmares - foto: Waldson Costa/G1

 

 

Na beirada do país está o Rio Grande do Norte, onde Nísia Floresta nasceu, marcando a educação feminista do Brasil, no jornalismo, nas letras e nos movimentos sociais. O Estado também é muito conhecido pelas famosas dunas de areia e por ter deliciosos pratos com camarões. Ao lado está o Ceará, muito famoso pelo Beach Park, com sua peculiaridade de estar no litoral nordestino. Mas na literatura, nas matas do Ceará, no século XVII, se passa a história de Iracema, de José de Alencar.

Já o Parque Nacional Serra da Capivara, com pinturas rupestres datadas de 6 mil e 12 mil anos, é um verdadeiro museu a céu aberto e o maior tesouro antropológico do mundo. O Parque fica localizado no Piauí, a 545 km de Teresina. No Maranhão, no noroeste do estado, está outro paraíso natural: os Lençóis Maranhenses, a 250 km da capital. Outra curiosidade é que São Luís é a única capital brasileira fundada por franceses, ou seja, a única não lusitana.

Já no Norte do Brasil, 80% da região é ocupada pela Floresta Amazônica, com 6,7 milhões de km2 de extensão. Com a maior Ilha Fluvial, a Ilha do Bananal no Tocantins, e a mais rica biodiversidade do mundo, é possível encontrar animais como o Boto Cor-de-Rosa, a Sucuri, maior cobra do mundo, e a Onça Pintada, maior felino da América Latina e o terceiro maior do mundo.

Extensão da floresta em relação ao Norte
Extensão da floresta em relação ao Norte - Foto: Politize

Manaus também é rica em cultura:o Teatro Amazonas é um dos principais teatros do Brasil e sua arquitetura renascentista representa o apogeu do ciclo da borracha que a cidade vivenciou. Além dele, o Museu da Amazônia, mais conhecido como MUSA, também é muito procurado. Ele faz parte da Reserva Florestal do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA - e no seu interior tem um rico Jardim Botânico e trilhas dentro da floresta.

Com certeza, o Brasil é uma verdadeira pintura em aquarela. Essa não foi nem a metade do país, na próxima matéria do Agemt pelo Mundo vamos explorar as regiões do Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Até lá.

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Show dos Jonas Brothers, exposições gratuitas e mais
por
Luana Galeno
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01/04/2024 - 12h

Em abril de 2024, a cidade de São Paulo não deixa a desejar. Venha conferir a agenda cultural repleta de novidades para seu mês.

SHOWS
 

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Poster Só Pra Contrariar. Divulgação/Tickets For Fun

 

 

 

 

 

 

A primeira quinzena do mês traz atrações nacionais, enquanto a segunda se fortalece da #cometobrazil (#vemparaobrasil) com shows internacionais.  Só Pra Contrariar tem presença confirmada no Allianz Parque no dia 5 com a turnê “Acústico 2 O Último Encontro”. No Espaço Unimed, Pitty encerra a comemoração dos 20 anos de seu álbum de estreia “Admirável chip novo”, no dia 12. No dia seguinte, Jorge e Mateus abrem espaço para o sertanejo no mesmo local.

Para finalizar o mês, a banda Jonas Brothers toca no Allianz Parque. Com ingressos ainda disponíveis a partir de R$175,00, a oportunidade de conhecer os irmãos ainda está de pé. Jessie J também garantiu a passagem no Brasil com a convidada especial Lauren Jauregui, que fará a abertura de seu show, no dia 30.


SÓ PRA CONTRARIAR
Data: 05/04
Local: Allianz Parque - R. Palestra Itália, 200 - Água Branca
Horário:  16:00
Confira mais no site.

PITTY
Data: 12/04
Local: Espaço Unimed
Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP
Horário:  22:30
Ingressos disponíveis a partir de R$110,00. Confira mais no site.

JORGE E MATEUS
Data: 13/04
Local: Espaço Unimed
Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP
Horário:  22:00
Confira mais no site.

JONAS BROTHERS
Data: 16/04
Local: Allianz Parque - R. Palestra Itália, 200 - Água Branca
Horário:  20:00
Ingressos disponíveis a partir de R$175,00. Confira mais no site.

JESSIE J
Data: 30/04
Local: Espaço Unimed
Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP
Horário:  22:00
Ingressos disponíveis a partir de R$190,00. Confira mais no site. 
 

EXPOSIÇÕES

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Duque (o primeiro da esquerda para a direita), Donga (o segundo), Pixinguinha (o quarto) e duas pessoas não identificadas, no porto do Rio de Janeiro, possivelmente no embarque dos Oito Batutas para Paris, em 29 de janeiro de 1922. Coleção Pixinguinha/ Acervo IMS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estar sem dinheiro não significa ficar em casa. Até o final do mês de abril, duas exposições gratuitas ficam em cartaz. Para quem gosta de fotografia documental, Pequenas Áfricas - O rio que o samba inventou é a que você mais deve se identificar. Mas se o que procura é interatividade, Futebol de Brinquedo está em exposição no Museu do Futebol.

PEQUENAS ÁFRICAS - O Rio que o samba inventou
Localizada no IMS, a exposição reconstitui a cena cultural da capital carioca entre 1910 e 1940, e revela os berços do samba urbano em comunidades negras. Na reunião de fotografias, documentos, músicas e matérias de jornais, os quintais e terreiros são presença constante de uma linha do tempo que destaca lugares e itens simbólicos, como a Praça Onze e a partitura de Pelo telefone, o primeiro samba gravado no Brasil. 

Data: Até 21/04
Local: IMS – Avenida Paulista, 2424 (Bela Vista). 
Entrada gratuita. Confira mais no site

FUTEBOL DE BRINQUEDO
Futebol de Brinquedo é um mergulho na memória afetiva dos brinquedos analógicos de futebol, incluindo Aquaplay, Pregobol, Super Trunfo, bonecos e bonecas, mascotes das Copas do Mundo FIFA e muito futebol de botão. A curadoria é de Marcelo Duarte, com a equipe do Museu do Futebol.

Data: 26/04
Local: Museu do Futebol - Praça Charles Miller, Estádio Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu
Entrada gratuita. Confira mais no site.

 

TEATRO

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Poster Beetlejuice. Divulgação/Sympla

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Clássicos se transformam em peças e garantem espaço por tempo limitado nos teatros. Beetlejuice, Elvis Presley e Cantando na Chuva são atrações para quem gosta de musicais e busca entretenimento.

BEETLEJUICE
O sucesso do filme o transformou em um musical da Broadway, estreado em 2019. A versão brasileira, interpretada por Eduardo Sterblich e com direção de Tadeu Aguiar, chegou aos teatros paulistanos e fica em cartaz até dia 28. A trama gira em torno de um casal recém-falecido em um acidente de carro (Alec Baldwin e Geena Davis), que se tornam fantasmas presos em sua antiga casa. Com a chegada de novos moradores (Catherine O'Hara, Jeffrey Jones e Winona Ryder), eles precisam da ajuda de um fantasma mais “experiente”, o Beetlejuice, que utiliza de métodos alternativos para expulsar os inquilinos recém-chegados.

Data: Até 28/04
Local: Teatro Liberdade - R. São Joaquim, 129
Horário: Quarta, Quinta, Sexta e Sábado às 21h00, Sábado e Domingo às 16h00, Domingo às 20h30
Ingressos disponíveis a partir de R$175,00. Confira mais no site.

O REI DO ROCK
O espetáculo promete uma homenagem única pela vida e obra de Elvis Presley, um dos maiores ícones mundiais da música, e é estrelado pelo ator e cantor Beto Sargentelli.

Data: Até 14/04
Local: Teatro Claro MAIS SP - Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 -  Vila Olímpia
Horário: quinta e sexta às 20:00, sábado às 16:30 e 20:30, domingo às 15:30 e 19:30
Ingressos disponíveis a partir de R$21,00. Confira mais no site.

CANTANDO NA CHUVA
Além de fazer chover no palco, a mega produção traz números imperdíveis de dança e sapateado e encanta o público com uma comédia musical que é uma verdadeira viagem no tempo. 

Data: Estreia 04/04
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153
Horário:Quarta, Quinta, Sábado e Domingo às 15h00, Quarta, Quinta e Sexta às 20h00, Sábado e Domingo às 19h30
Ingressos disponíveis a partir de R$19,80. Confira mais no site.
 

LAZER E DIVERSÃO

Para expansão dos horizontes, o SESC Pinheiros oferecerá uma oficina de fotografia gratuita.

CORES DA NATUREZA: FOTOGRAFIA COM LUZ NATURAL
Explora as nuances da fotografia, especialmente na captura de paisagens e elementos da natureza. Com Sassá Tupinambá, especialista em Naturopatia.

Data: 16 a 25/04
Local: Online - Plataforma Zoom
Horário: terças e quintas, 19:00 às 20:30
Confira mais no site 
 

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Banda indie rock ultrapassa barreiras nacionais e faz sucesso internacional
por
Iris Martins
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26/03/2024 - 12h

Após quatro anos, a banda O Terno retoma sua turnê do disco mais recente, <atrás/além>, com shows em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Los Angeles. Na capital paulista, os shows ocorreram nos dias 22 e 23 de março, sexta-feira e sábado, no Espaço Unimed, local com capacidade para mais de 8 mil pessoas. O esgotamento dos ingressos em poucos dias evidencia o sucesso da banda e da turnê realizada pela Coala Music. O trio, composto por Tim Bernardes, Guilherme D’Almeida e Biel Basile, iniciou a banda no ano de 2009, lançando seu primeiro disco em 2012, de nome “66”. Durante a pandemia, a pausa nos trabalhos da banda foi inevitável, mas o retorno foi prolongado porque Tim Bernardes lançou, em carreira solo, o álbum “Mil Coisas Invisíveis”. O vocalista se apresentou no mesmo local em 2023 e agora volta aos palcos com O Terno.

“<atrás/além>” contém  músicas marcantes na carreira do trio, como “Pegando Leve”, “Atrás / Além” e “Pra Sempre Será”, que caminham por temas comuns à banda, como amor e juventude, explorando suas diversas faces com leveza. Em 2020, o álbum foi consagrado como melhor lançamento indie rock, dando à banda o prêmio Dynamite de Música Independente.

Banner da turnê da banda O Terno
Banner da turnê da banda O Terno - foto por: Iris Martins

Os fãs apreciam sua história completa, como a jovem Ana Caroline Alencar, de 21 anos, que acompanha a banda desde 2016. Ela diz que além da mistura de ritmos que agradam, eles foram um dos primeiros grupos nos anos 2010 a reviver o MPB, juntando o aspecto de dialogar com os jovens e adolescentes, até no resgate do pertencimento. “Gosto muito de como os músicos inserem a cidade de São Paulo nas canções como em “Morto” que cita vários pontos turísticos, misturando com o sentimento confuso que ela nos traz”, relata. Além de tudo Alencar destaca a qualidade musical, que os torna atemporal desde “66” por conversar com os sentimentos da juventude.

 O indie vem ganhando espaço no Brasil e com a ajuda das redes sociais, a divulgação do gênero vem se intensificando. Ana Caroline ainda relata como fica contente em saber que com redes como o TikTok proporcionam que gerações mais recentes tenham contato com as produções de O Terno, o que evidencia sua atemporalidade. A banda tem o poder de cativar as pessoas com suas letras tão pessoais e muitas vezes específicas, fazendo com que o público se torne parte da história.

Banda O Terno em São Paulo
Banda O Terno em São Paulo no dia 22 de março - foto por: Iris Martins

O show que aconteceu em São Paulo no dia 22 de março teve a casa cheia. Fãs entoaram músicas icônicas da banda tanto do álbum “<atrás/além>” como de “Melhor do Que Parece” e até mesmo de seu primeiro álbum, “66”. O sentimento na plateia variava entre nostalgia e emoção. Era perceptível que os anos que se passaram sem apresentações da banda somente intensificaram a energia do público, que se encontrava mais emocionado a cada música. Como era de se imaginar, a sintonia entre o trio não mudou em nada no palco, os três continuam carismáticos com suas brincadeiras. Eles foram acompanhados por uma orquestra que deu todo o charme e beleza da apresentação.

 A próxima parada da turnê é na cidade do Rio de Janeiro mas os ingressos se encontram esgotados. Depois, seguem viagem para Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Los Angeles. Veja mais:

 

Serviço:

O Terno - Rio de Janeiro
Data: 29 de março (sexta-feira)
Local: Circo Voador – R. dos Arcos, s/n – Centro – Rio de Janeiro/RJ
Ingressos: esgotados

 

O Terno - Porto Alegre
Data: 5 de abril (sexta-feira)
Local: Auditório Araújo Vianna – Parque Farroupilha, 685 – Farroupilha – Porto Alegre/RS
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/89490/d/230065

 

O Terno - Belo Horizonte
Data: 12 de abril (sexta-feira)
Local: Arena Hall – Av. Nossa Sra. do Carmo, 230 – Savassi – Belo Horizonte/MG
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/89448/d/229968

 

O Terno - Salvador
Data: 3 de maio (sexta-feira)
Local: Concha Acústica – Av. Alberto Pinto, 11 – Campo Grande  – Salvador/BA
Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/89622/d/230672/s/1570742

 

O Terno - Los Angeles, EUA
Data: 15 de maio (terça-feira)
Local: Lodge Room – 104 N Ave 56 2nd floor – Los Angeles/CA – Estados Unidos
Ingressos: https://www.lodgeroomhlp.com/shows/o-terno-night-2/

 

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Remontando a capa de seu álbum SOS, cantora encerra o Lollapalooza 2024 em grande estilo
por
Victória da Silva
Vítor Nhoatto
|
25/03/2024 - 12h

 

Neste domingo (24) foi realizado no Autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo, o último dia da edição 2024 do festival internacional de música, Lollapalooza. Trazendo grandes sucessos de Gilberto Gil, o encerramento do evento ainda contou com a irreverência de Sam Smith e o estrondo global SZA.

Diferentemente dos outros dois dias de festival, a entrada deste domingo não sofreu interferência da chuva e não espantou os apreciadores dos shows. Eles tiveram que enfrentar somente o frio e a sensação de umidade decorrente dos dias anteriores.

Os responsáveis por iniciar as apresentações foram a cantora alternativa brasileira YMA no palco Samsung, e o DJ Subúrbia no Perry's By Johnnie Walker, ao meio-dia. Já era notável a quantidade de pessoas no local, ansiosos pelos headliners do dia, Sam Smith e SZA.

O começo do dia continuou marcado pelos ritmos brasileiros, estando em destaque o funk, com os shows de MC Daniel, abrindo os trabalhos no palco Alternativo com os sucessos 'Namora Aí' e ‘Dentro da Hilux'. Já no palco menor, MC Soffia estreava no Lollapalooza, em um show grandioso inspirado em divas do pop como Beyoncé e Rihanna, segundo a funkeira. O show teve direito a trocas de roupa, looks extravagantes e um extenso corpo de baile, diferente de sua apresentação do ano passado no festival em comemoração aos 50 anos do hip hop, que contou com apenas seis dançarinos por conta da chuva.

Às 14:30 foi a vez do rapper Hungria animar o palco principal do evento, homenageando Charlie Brown Jr. com a música "Céu Azul", além de ter levado suas rimas com críticas sociais para o festival durante cerca de uma hora. Enquanto isso, o funk continuava a ser celebrado em Interlagos com Vulgo FK e  MC Dricka, e para os mais chegados a MPB, a cantora que mistura MPB com Samba, Céu, se apresentava no palco Alternativo. 

Mais tarde, Mc Livinho trouxe o funk para o palco Perry's By Johnnie Walker e surpreendeu o público com um tributo a Michael Jackson. Dançando vários hits de Michael e vestindo roupas características do rei do pop, Livinho ganhou elogios de grande parte dos espectadores e dos internautas nas redes sociais.

Depois de cantar várias de suas composições como “Fazer Falta” e “Cheia de Marra”, o artista chamou um dos mais famosos sósias de Michael, Rodrigo Teaser, para performar a música “Black or White” junto a ele.

Mc Livinho está cantando vestindo uma camisa branca, uma jaqueta branca com detalhes vermelho e preto e um boné vermelho. Ele tem tatuagens no pescoço e está segurando um microfone com a mão esquerda
Livinho performando uma de suas músicas hit no palco. Foto: Isabella Zeminian / Tracklist 

O cantor Gilberto Gil, ilustre compositor brasileiro, encantou no palco Samsung Galaxy e preencheu a plateia com apreciadores da MPB, embalados com sucessos como “Aquele Abraço” e “Andar com Fé Eu Vou”.

Para os fãs de música indie, a banda francesa Phoenix voltou para os palcos do Lollapalooza depois de 10 anos. A banda animou com canções como “Lisztomania” e “1901”. Com direito a Thomas Mars, vocalista da banda, se jogando em meio a plateia, o show foi considerado um dos mais bem aplicados da edição, segundo internautas do X (Twitter).

Uma das grandes estrelas da edição deste ano, Sam Smith levou a interlagos uma estrutura enorme e um figurino impecável - elemento marcante da nova era do cantor - e hit atrás de hit. Mesmo alocado no palco secundário, o britânico contou com uma multidão, ansiosa por sua apresentação desde cedo. A setlist começou no passado de sofrência do cantor, com os sucessos da década passada 'Stay With Me' e 'I'm Not The Only One', abrindo o show. 

Em seguida, a discografia avançou com faixas como 'Diamonds' e 'Dancing With A Stranger', até chegar às faixas do seu último álbum 'Gloria'. Com mensagens de auto aceitação, orgulho LGBTQIAPN+ e muito brilho, Sam cantou com liberdade icônicas canções como 'Lose You' e 'I'm Not Here To Make Friends'. Encerrando de forma explosiva, o smash hit 'Unholy' ecoou pela plateia, encantada pela força do artista. 

A cantora SZA, uma das mais aguardadas da noite, estreou no palco Budweiser. Muitos famosos brasileiros compareceram ao show para prestigiar a artista que deixou o público eufórico com seus hits “Good Days”, “Kill Bill”, “Snooze” e "All The Stars”. Muitos ficaram surpreendidos com as coreografias que SZA. Foi a primeira vez que a estadunidense veio ao Brasil e muitos de seus fãs já pedem por sua volta ao país.

Simultaneamente, no menor dos palcos, o duo Medusa tocava para os fãs de música eletrônica. Por fim, substituindo Dove Cameron, Greta Van Fleet encerrou o Lolla a meia noite, repercutindo com seus belíssimos solos de guitarra. 

Jake Kiszka, guitarrista da banda está tocando sua guitarra de madeira, vestindo um blazer preto aberto com detalhes de lantejoulas nos ombros e tem colares dourados no pescoço. Ele é loiro e tem cabelos longos.
Guitarrista do Greta Van Fleet solando. Foto: Reprodução Lollapalooza Brasil Twitter 

Os três dias de evento contaram com mais de 70 shows e muita música em cada um dos quatro palcos. Seu diferencial e foco se comprovaram com maestria ser o Rock e o Alternativo, mas transitou pelo pop, indie e MPB. Apesar do line-up menos chamativo e midiático como um todo quando comparado às edições anteriores, os mais variados estilos musicais estiveram presentes.

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Festival trouxe como destaques funk e rock alternativo para atrair o público em meio ao clima úmido e gelado
por
Victória da Silva
Vítor Nhoatto
|
25/03/2024 - 12h

O segundo dia do Lollapalooza Brasil 2024 aconteceu neste sábado (23) no Autódromo de Interlagos, e trouxe nomes como Manu Gavassi, Limp Bizkit, Xamã e Kings Of Leon. Além desses, o festival foi o palco do último show da turnê Encontro do grupo Titãs.

Novamente o clima de São Paulo não satisfez o público, já que o dia foi repleto de frio e chuva, espantando grande parte dos espectadores. A combinação climática resultou em poças ao longo do autódromo, principalmente entre os dois palcos principais, e a lama formada motivou críticas e preocupações à produção. 

Ainda vazio, o som começou a rolar em Interlagos ao meio-dia em três palcos simultaneamente. No principal Budweiser, a banda paulista InDharma, vencedora do concurso Temos Vagas da rádio 89, fez uma apresentação modesta. Enquanto isso, no Alternativo, o trio de música indie street originário de São Paulo, Stop Play Moon se apresentava. Já no palco Perry's By Johnnie Walker, a DJ paulista Marina Dias tocava.

As apresentações iniciais, sem transmissão online pelos canais oficiais da Globo, que iniciam a partir das 14:30, seguiram com Supla, Day Limns, Giu e MC Luanna. No entanto, a apresentação de estreia em festivais de grande porte da funkeira enfrentou problemas e desagradou quem esteve lá para vê-la. Marcado para começar às 13:50 no palco secundário, Samsung Galaxy, o show atrasou quase meia hora, e não demorou mais que 20 minutos para ser interrompido pela produção do evento. 

Sem conseguir se despedir dos fãs no local, várias críticas circularam pelas redes sociais, e também por parte da equipe da artista, que após o incidente confirmou questões técnicas como motivo do ocorrido, mas culpou o Lollapalooza. “O festival errou no show da Luanna, e decidiu cortar para não atrasar outros artistas que considera maiores.” Em nota dada ao portal Splash do Uol Notícias, a companhia organizadora do evento, Live Nation, alegou que a interrupção se deu para não haver prejuízos aos demais artistas do dia. 

Manu Gavassi foi o primeiro destaque do dia no palco Alternativo, em uma performance marcada por sucessos atemporais de sua carreira e uma atmosfera nostálgica. A cantora começou com um de seus últimos lançamentos, 'Pronta pra desagradar', e emendou em sucessos mais antigos como 'talvezeunaoteame(tantoassim)' e 'GRACINHA'. Com o público envolvido apesar da garoa persistente, Manu surpreendeu em uma homenagem a Rita Lee, falecida no ano passado, cantando um medley de Esse tal de Roque Enrow, Luz del fuego e Agora Só Falta Você. 

A apresentação continuou, agora celebrando a discografia da cantora, com os sucessos do início da década passada 'Caminho de volta', 'Planos Impossíveis' e 'Garoto Errado', fazendo o público cantar com força. Para finalizar, a artista tocou 'Deve ser horrível dormir sem mim' e caiu em lágrimas com gritos repetidos de "artista" vindos da plateia. Em entrevista após sua apresentação concedida ao canal Bis, Gavassi se mostrou realizada e agradecida, "foi um show que eu estava me preparando desde os dois últimos anos".

Em primeiro plano Manu Gavassi com uma guitarra laranja claro na mão vestindo um vestido curto branco e luvas azuis. No fundo da imagem há uma bateria, vários holofotes de cor amarelada e uma parede rosa.
Show de Manu Gavassi trouxe estética roqueira também. Foto: Isabella Zeminian / Tracklist

Simultaneamente no palco Budweiser acontecia o show do rapper carioca BK, famoso por suas rimas sobre vivências negras e críticas sociais. Tocou sucessos mais antigos além de faixas de seu último disco 'VERÃO CRIMINOSO', de dezembro do ano passado, o artista levou a periferia para o centro do Lollapalooza, um dos maiores festivais de música do mundo.

Em seguida, Xamã, agora também ator, animou o público mesclando diversos ritmos da música brasileira como funk, rock e pagode. O rapper que já é experiente em festivais, apresentou tanto canções menos conhecidas quanto hits nacionais como “Malvadão 3” e “Você Não Ama Ninguém”, músicas que viralizaram principalmente na plataforma do TikTok. A canção “Leão” - uma colaboração entre ele e Marília Mendonça - emocionou o público e homenageou a sertaneja que faleceu no ano de 2021 em um acidente aéreo.

Após a apresentação animada no Samsung Galaxy, foi a vez de Jessie Reyez subir ao palco principal e cativar a plateia, já esperando pelo headliner Kings Of Leon. Substituindo a cantora Rina Sawayama, que cancelou sua participação em março por motivos pessoais, a canadense entregou simpatia e alegria ao cantar suas canções no estilo R&B, pouco conhecidas aqui no Brasil. Mesmo assim, a cantora se jogou, e em momento junto a grade, cantou 'Forever' com os poucos fãs que lá estavam.

O cantor Hozier, em sua primeira vez no Brasil, impressionou performando “Take Me To Church”, uma de suas canções mais famosas. Além do mais, os fãs do artista tiveram direito a ouví-lo falar algumas palavras em português, o que repercutiu positivamente nas redes sociais. Outras músicas como “Work Song” e “Cherry Wine” foram aclamadas pelos espectadores.

No palco Alternativo, Kevin O Chris estreou no Lollapalooza e apresentou seus hits do funk. Representando o gênero musical, animou as pessoas com as batidas de “Tá Ok”, “Evoluiu” e muitas outras músicas que estouraram no Brasil. No entanto, o cantor não teve muita adesão dos fãs das bandas de rock e metal “Kings of Leon” e “Limp Bizkit” que eram as principais atrações da noite.

Cantor Kevin O Chris vestindo uma camisa com vários recortes de tecidos jeans diferentes e a estampa do número dez na frente. Ele está utilizando uma bermuda preta, está segurando um microfone em uma mão e a outra está apontando para cima. O fundo tem a imagem de caixas de som.
Kevin O Chris se apresentando no Lollapalooza 2024. Foto: Isabella Zeminian/ Tracklist

Thirty Seconds To Mars agitaram o Lolla e causaram euforia com suas apresentações. Em certo momento do show, a banda que é também conhecida por suas brincadeiras, convidou o jogador brasileiro Marcelo para subir ao palco, e assim que isso foi realizado o atleta foi ovacionado pela plateia. Além disso, demonstrando seu amor pelo país do futebol, Jared Leto usou uma camiseta da seleção brasileira, do jogador e amigos que marcou presença no palco, durante algumas de suas performances, contagiando a todos.

Jared Leto cantando com uma das mãos para cima e a outra no microfone apontando para a boca. Ele está vestindo uma roupa preta com as mangas rosa, uma capa prata com brilhos e óculos escuros. Do seu lado há um músico tocando um saxofone dourado, vestindo camisa, calça e chapéu pretos, óculos escuros e colar de pérolas.
Performance de Thirty Seconds To Mars. Foto: Isabella Zeminian / Tracklist 

O evento, por sua vez, conseguiu contemplar os gostos de diferentes públicos em seu segundo dia. Para os amantes de música eletrônica, o palco Perry's By Johnnie Walker contou com Loud Luxury às 19:15 e Timmy Trumpet em seguida. Por outro lado, a banda Limp Bizkit, em sua quarta aparição em território brasileiro, acalentou os corações dos metaleiros e movimentou a plateia com a canção “Break Stuff”, sendo tocada duas vezes.

Depois de sua última vinda ao festival em 2019, encerrando os trabalhos do dia no palco Budweiser, a banda estadunidense King of Leon (substituinte do Paramore) performou suas músicas no Lollapalooza Brasil. “Use Somebody” e “Sex on Fire”, hits do grupo, fizeram a audiência aclamar e formar um coral de vozes durante o show.

Fechando o segundo dia do evento, em um show de despedida, Titãs emocionaram na última apresentação da turnê Encontro, a qual reuniu todos os integrantes originais. Se juntando a Branco Mello, Tony Belotto e Sérgio Britto, que seguem com a banda, Nando Reis, Charles Gavin, Arnaldo Antunes e Paulo Miklos tocaram muitos dos sucessos da banda paulista formada em 1982 como 'Sonífera Ilha','É Preciso Saber Viver' e 'Enquanto Houver Sol'. Mesmo em um palco secundário, a plateia estava cheia e muito animada. Por volta da meia noite, ao som de 'Bichos Escrotos' o público se despediu do segundo dia de festival.

O último dia do festival promete fechar com chave de ouro, contando com grandes nomes do cenário nacional e internacional. Domingo (24) tem como destaques apresentações de Gilberto Gil, Livinho convida MC Davi, Sam Smith e SZA.

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