Na última quinta-feira (21), a banda de punk rock norte-americana Green Day cancelou o show que faria no dia 9 de setembro, no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O anúncio oficial do cancelamento foi feito pelo grupo e pela produtora nas redes sociais. A decisão ocorreu devido à marcação do jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil entre Botafogo e Vasco, programado para o dia 11 de setembro, no mesmo estádio.

Segundo a produtora do evento, Live Pass, seria inviável desmontar toda a estrutura do palco e liberar o estádio a tempo para a partida. A decisão foi tomada após reuniões com a equipe do Botafogo para definir a melhor estratégia de conciliação entre os dois eventos.
“Após o sorteio, o Botafogo e a promotora se reuniram para discutir a melhor estratégia para a realização dos eventos e concordaram que desmontar todas as estruturas do show a tempo de liberar o estádio para a partida seria tecnicamente inviável para um espetáculo desta dimensão e um jogo desta importância.”, afirmou a Live Pass em nota oficial.
A produtora orienta os fãs que compraram os ingressos a solicitarem o reembolso, que será feito conforme a forma de pagamento utilizada:
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Cartão de crédito: estorno automático em até duas faturas.
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Pix ou cartão de débito: devolução em até 30 dias.
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Dinheiro: retirada presencial na bilheteria Norte do Estádio Nilton Santos (terça a sábado, das 10h às 17h, exceto feriados ou dias de jogos).
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Seguro, juros de parcelamento e taxa de serviço também serão devolvidos
Apesar do cancelamento no Rio, a turnê segue em São Paulo, no festival The Town e em Curitiba para um show solo. Na capital paranaense, os ingressos mais baratos já estão esgotados, e a expectativa é de aumento na procura, impulsionada pelo cancelamento do show no Rio.
A banda
Formado por Billie Joe Armstrong (vocal e guitarra), Mike Dirnt (baixo) e Tré Cool (bateria), o Green Day surgiu na cena hardcore punk do final dos anos 80 e início dos anos 90. Ao longo da carreira, vendeu mais de 75 milhões de discos, recebeu cinco prêmios Grammy e foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll.

O grupo é conhecido não apenas por sua música, mas também por suas críticas políticas, especialmente contra a extrema-direita nos Estados Unidos. Entre seus álbuns de maior destaque estão “Dookie” (1994) e “American Idiot” (2004), que inspirou um musical da Broadway e rendeu reconhecimento internacional.
O Green Day segue sendo uma das maiores referências do rock mundial, mantendo sua relevância mesmo décadas após a estreia, e promete entregar apresentações memoráveis aos fãs brasileiros nas próximas datas da turnê.
Até setembro, será possível um mergulho cultural nas telas do pai do impressionismo, Oscar-Claude Monet. A mostra “A Ecologia de Monet” iniciou dia 16 de maio e reúne, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), 32 obras do pintor, juntamente de uma leitura diante da relação do artista com as transformações da natureza.
A exposição, com curadoria de Adriano Pedrosa e Fernando Oliva, é dividida em 5 núcleos temáticos de suas pinturas, além de um breve relato biográfico. Na entrada, conhecemos um pouco de quem foi Monet. Nascido em Paris, porém, criado na Normandia, o fundador do impressionismo era filho de merceeiro, com pais que almejavam sua entrada nos negócios da família, mas sua vocação era para a pintura. Sua tia Marie-Jeanne Lecadre, também pintora, foi quem o incentivou a seguir na profissão.

"Voltei a algumas coisas que simplesmente não podem ser feitas: a água, com algas dançando no fundo... É uma visão maravilhosa, mas é de enlouquecer querer fazer isso. Porém é esse tipo de coisa que estou sempre tentando enfrentar.”
-Monet, comentário do artista grafado na exposição
Os Barcos de Monet

O primeiro núcleo é “Os Barcos de Monet”. Nele, estão exibidas duas pinturas de um conjunto de seis obras realizadas entre 1887 e 1890, nas quais há a representação de barcas navegando ao longo do Rio Epte, um dos afluentes do Sena. Todas as obras desta série, com exceção da representada à esquerda da foto acima, mostram as enteadas de Monet a bordo da embarcação.
As telas representam a natureza como sendo um ambiente imersivo, por isso vemos as barcas de um ponto de vista elevado, assim perdemos a noção de uma linha do horizonte. Somando ainda ao fato de que, no quadro à direita, a vegetação da margem funde-se às águas do rio, enquanto na obra à esquerda a margem desaparece por completo. Em ambas as telas, o rio é o protagonista, sendo destacado por pinceladas onduladas em tons de vermelho e amarelo, para simular a correnteza, que somam-se ao verde predominante.
O Sena Como Ecossistema
O segundo núcleo de obras é “O Sena Como Ecossistema” e nele a água mostra-se como inspiração na produção artística de Monet. O artista percorreu grande parte do rio Sena e seus afluentes ao longo de sua vida por meio de seu barco-ateliê, que lhe permitia novos pontos de vista a partir do leito do rio em busca de experiências imersivas. Desde sutis variações de luz e clima na paisagem até eventos naturais de impacto considerável, como inundações e degelos, o rio foi protagonista em suas pinturas.

Na obra da ponte de Argenteuil, Monet justapõe a caminhada bucólica de sua esposa e seu filho às margens do Sena ao trem cruzando a ponte recém-construída. Aqui, vemos não apenas o lazer burguês, como anteriormente, mas também a fusão dele com a modernização de Argenteuil.
Porém, a representação da industrialização nas pinturas de Monet é escassa. Com o passar dos anos, os trens que cortavam a cidade e as fábricas se multiplicavam ao redor de seus cavaletes, mas em suas telas, desapareciam. A historiografia da arte entende isso como um sinal de desilusão diante da perspectiva de uma harmonia entre a industrialização e a natureza. Os temas da modernidade apenas voltariam a aparecer nas pinceladas de Monet quando tornaram-se o próprio tema de suas pinturas, como em suas cenas da poluída névoa londrina.
“Estou seguindo a natureza sem conseguir compreendê-la; esse rio, que desce, volta a subir, um dia verde, depois amarelo, às vezes quase seco, e que amanhã será uma torrente, após a terrível chuva que está caindo agora.” -Monet, comentário do artista grafado na exposição
Por exemplo, ao longo de toda sua produção, Monet pintou frequentemente o rio Sena, responsável por banhar as cidades nas quais viveu a maior parte de sua vida: Havre, Paris, Argenteuil, Vétheuil e Giverny. Ele era fundamental para o transporte de mercadorias no período de industrialização do país, mas na obra “O Sena em Port-Villez” Monet não retrata o rio margeado por indústrias e muito menos barcos, ao contrário, prevalece a sensação de uma paisagem intocada.

Giverny e a natureza domesticada
O tema do terceiro núcleo artístico das pinturas de Monet é “Giverny: natureza domesticada”. O foco agora são os jardins, um refúgio escapista frente à modernização parisiense para o artista. Ele concebeu a jardinagem, uma outra paixão de sua vida, como pintura ao ar livre, uma fusão dos domínios natural e humano.
Em função da catarata, Monet ficou quase cego em seus últimos anos de vida, isso acaba se tornando perceptível em suas obras, a forma dos temas representados se dissolvia à medida que a definição da imagem cedia lugar aos efeitos das manchas na superfície da tela, como vemos no quadro “A ponte japonesa" (1918-1926).

Há um debate entre os historiadores da arte de que a escolha de cores com tons mais saturados, sobretudo vermelho e amarelo, era feita para o pintor compensar a perda gradual da visão, afinal, as cores frias tornavam-se terrivelmente distorcidas.
E junto de uma nova escolha de cores, foi em Giverny que Monet dedicou-se às mais conhecidas obras de sua carreira: as enormes pinturas de ninfeias. As pinturas das plantas na lagoa em Giverny desafiam a estrutura tradicional de uma paisagem, em que chão e céu seriam divididos por uma linha do horizonte, ora localizada acima do centro da pintura, ora abaixo, mas raramente se aproximava dos limites da tela. Porém, nessas obras, o impressionista não aplica o esquema de perspectiva linear.

O Pintor Como Caçador
O quarto momento temático das pinturas de Monet vem como "O Pintor Como Caçador". Em um momento de ascensão do turismo moderno, na segunda metade do século 19, Monet viajou pela França e países próximos. Ele buscava pintar os efeitos atmosféricos particulares de cada lugar.
Na costa da Bretanha foi o mar revolto que desafiou o pintor, já na Holanda, as cores dos campos de tulipas criaram um pretexto que antecipou o seu trabalho nos jardins floridos em Giverny e, em Normandia, destacou em suas pinturas as paisagens costeiras.
Passou a se aventurar por trilhas em busca de pontos de vista originais, caminhar até um local que desejava pintar passou a influenciar a composição de suas obras, isso influenciava a própria presença do corpo do pintor imerso na paisagem pintada.
“A minha é uma vida de cão, e eu nunca paro de andar, eu subo e desço, por toda parte. Saio em explorações por todos os caminhos que encontro, sempre à procura de algo novo.”
-Monet, comentário do artista grafado na exposição

Na costa normanda da França, Claude Monet produziu um conjunto de seis telas pintadas a partir de um processo de produção em série, o artista levava para o campo diversas telas às quais dava início em momentos diferentes do dia, ou em questão de minutos, o que era o suficiente para haver alguma alteração de luz. Por exemplo, pela manhã, a vegetação sobre as falésias é banhada pelo Sol, assumindo cores alaranjadas e rosadas. Já a luz suave da manhã projeta a cor lilás dos penhascos.
“Neblina e Fumaça”
A exposição chega ao fim com “Neblina e Fumaça”. Aqui, Monet trata como tema central aquilo que durante muito tempo tentou ignorar em seus painéis: a modernidade. O ambiente das cidades passou a ameaçar a natureza idílica tão frequentemente tematizada na produção artística do período.
Entre suas representações mais famosas desse mundo em transformação estão suas pinturas de Londres, como “A Ponte de Waterloo”(1903). O artista retratou a vista da ponte Waterloo da janela de seu hotel, às margens do rio Tâmisa. Apesar de ter iniciado as pinturas de Londres, as obras só foram finalizadas posteriormente, em Giverny.

O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, reabriu as portas ao público no início de julho após ficar sete anos fechado por causa de um grande incêndio. A conclusão da reforma está prevista para 2027, mas os interessados já podem agendar a visita ao local e adquirir os ingressos gratuitamente.
O Museu é uma instituição autônoma, integrante do Fórum de Ciência e Cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O edifício foi fundado em 1818 e está instalado no antigo Palácio de São Cristóvão, que já foi residência da família real portuguesa e sede do Império do Brasil. Além disso, ele abrigava um acervo de mais de 20 milhões de itens antes do incêndio em 2018.
Desde 2021, a instituição vem ampliando sua coleção por meio do projeto “Recompõe”, que busca recuperar parte do acervo danificado. A iniciativa já reuniu mais de 14 mil peças e contou com o apoio de doações de outras instituições e de famílias que possuem itens de interesse público.
Pela primeira vez após o incêndio, o público pode acessar três ambientes internos que ainda estão em reconstrução, além de conhecer a exposição “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional”.
Entre os dias 2 de julho e 31 de agosto, os visitantes vão acompanhar os avanços no restauro do palácio; reencontrar o meteorito Bendegó; e conhecer o esqueleto de um cachalote, com 15,7 metros de comprimento.
De seu acervo também destaca-se a coleção egípcia, considerada a maior da América Latina, além da coleção de arte e artefatos greco-romanos. As coleções de Paleontologia incluem o Maxakalissaurus topai, dinossauro proveniente de Minas Gerais. O mais antigo fóssil humano já encontrado nas Américas, conhecido como “Luzia”, por sua vez, pode ser encontrado na coleção de Antropologia Biológica.
Nas coleções de Etnologia, há objetos da cultura indígena, afro-brasileira e do pacífico. Na área de Zoologia, destaca-se a coleção conchas, corais e borboletas, com mostras dos Departamentos de Invertebrados e Entomologia.
As visitas acontecem de terça a domingo, a partir das 10h, sendo a última entrada às 15h. Os ingressos estão disponíveis na plataforma Sympla e menores de 14 anos devem estar acompanhados por uma pessoa adulta responsável.
Relembre o incêndio
Em 2 setembro de 2018, o Museu Nacional foi atingido por um incêndio de grandes proporções, que afetou principalmente o setor do Paço de São Cristóvão. As chamas provocaram o maior desastre da história da instituição.
Documentos, livros e coleções desapareceram; salas de aula, arquivos e laboratórios foram reduzidos a cinzas. “Luzia”, considerado o fóssil humano mais antigo das Américas, foi encontrado entre os escombros e, após intensos esforços dos pesquisadores, cerca de 80% de seus fragmentos foram preservados.
A exposição composta por materiais frágeis e de baixa resistência, como plumárias, tecidos e madeira, foi totalmente destruída, com a maior parte não resistindo ao calor intenso. Itens tecnológicos, como computadores, mobiliário e documentos, também foram perdidos.
Segundo o Museu Nacional, o Colégio Pedro II, localizado no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, colaborou oferecendo espaço físico e apoio financeiro para que o museu pudesse, gradualmente, ser reconstruído.
De acordo com a Polícia Federal, o incêndio foi causado pelo superaquecimento de um dos aparelhos de ar-condicionado instalados no auditório térreo do museu. O laudo da PF também apontou falhas na rede elétrica, como a ausência de disjuntores individuais para cada equipamento e deficiências no sistema de aterramento. Além disso, a instituição não possuía um plano de prevenção e combate a incêndios, o que contribuiu para a rápida propagação das chamas.
Na madrugada desta terça-feira (12), Taylor Swift anunciou o lançamento de seu 12º álbum de estúdio, intitulado “The Life of a Showgirl”. A revelação veio após o fim de uma contagem regressiva no site oficial da cantora, acabando exatamente às 00h12 no fuso-horário norte americano, 01h12 no horário de Brasília.
Combinado com o anúncio, um trecho do podcast New Heights Show, apresentado pelos irmãos Travis e Jason Kelce, namorado e cunhado de Swift, mostra a cantora abrindo uma maleta e apresentando seu novo disco. A capa será revelada apenas nesta quarta-feira (13) durante sua participação especial no programa.

Taylor sempre deixou pistas antes de comunicar um novo projeto. No trabalho anterior, “The Tortured Poets Department” (2024), ela posava para fotos fazendo o sinal de dois, revelando mais tarde se tratar de um álbum duplo – e dessa vez não foi diferente.
Os rumores de um novo disco correm no mundo Swiftie (fãs da artista) desde o fim da The Eras Tour, quando a cantora apresentou um novo logotipo e passou a usar 12 letras para estender palavras simples (como prolongar o “d” em “god” nos stories do Instagram, por exemplo).
As especulações ganharam força na segunda-feira quando sua equipe de marketing postou nas redes sociais um carrossel de doze fotos suas usando roupas laranjas durante a última turnê, cor inédita dentre as que compõem a paleta dos álbuns anteriores, junto de uma legenda sugestiva: “lembrando de quando ela disse ‘vejo você na próxima era…'”.
Thinking about when she said “See you next era…” ❤️🔥 pic.twitter.com/c7q1F0WulF
— Taylor Nation (@taylornation13) August 11, 2025
Após o anúncio, outdoors do Spotify foram colocados em Nova York e Nashville - cidade natal de Taylor - a fim de divulgar uma playlist em conjunto da cantora, intitulada “And, baby, that’s show business for you” (“e, amor, isso é show business para você”, em tradução livre). Todas as músicas que estão presentes no compilado foram produzidas por Max Martin e Shellback, que trabalharam com Swift nos álbuns Red (2012), 1989 (2014) e Reputation (2017), sendo uma possível pista do que esperar do novo projeto.

“The Life of a Showgirl” será o primeiro disco da cantora após readquirir os direitos de seus seis primeiros discos, vendidos sem seu consentimento quando sua antiga gravadora, Big Machine Records, foi comprada pelo empresário Scooter Braun, em 2019.
Taylor conseguiu recuperar suas masters em maio deste ano, encerrando não só a luta para consegui-las de volta, mas também o projeto de regravação de suas músicas.
O álbum ainda não tem data de lançamento oficial, entretanto a previsão de entrega dos vinis vai para até o dia 13 de outubro.
A família de Arlindo Cruz anunciou a morte do compositor, cantor e instrumentista nesta sexta-feira (8), através das redes sociais do artista. Considerado um dos maiores sambistas do país, Arlindo vivia com a saúde debilitada desde março de 2017, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico.
“Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho", diz a nota de falecimento. O sambista morreu no hospital Barra D'Or, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Arlindo Domingos da Cruz Filho nasceu na capital fluminense em 14 de setembro de 1958, no bairro de Madureira, Zona Norte da cidade. Em homenagem a ele, escreveu uma de suas canções mais conhecidas, “Meu Lugar”, parte do álbum “Hoje tem samba” (2002).
Tocava cavaquinho, banjo e ainda na juventude começou a se apresentar profissionalmente, enquanto estudava teoria musical na escola Flor do Méier. Nesse período, foi apadrinhado musicalmente por Candeia, outro renomado sambista carioca.
Estudou na escola preparatória para Cadetes do Ar aos 15 anos, em Barbacena (MG), mas logo voltou ao Rio. Passou a frequentar a roda de samba do Cacique de Ramos, onde tocou com Jorge Aragão, Beth Carvalho, Ubirany e Almir Guineto. Lá, conheceu Zeca Pagodinho e Sombrinha, que, à época, também eram revelações no mundo do samba.
Escreveu algumas músicas para outros intérpretes - “Lição de Malandragem” (David Correa), “Grande Erro” (Beth Carvalho), “Novo Amor” (Alcione) - antes de entrar no Grupo Fundo de Quintal, em 1981.
Ganhou notoriedade nacional durante os 12 anos na banda e gravou sucessos como “Só Pra Contrariar”, “O Mapa da Mina” e “Primeira Dama”. Em 1993, seguiu carreira solo e continuou nos holofotes, com várias músicas em parceria com outros gigantes do samba. Entre seus álbuns de maior destaque recente estão “MTV ao Vivo Arlindo Cruz” (2009) e “Batuques do Meu Lugar” (2012).
Sombrinha foi uma de suas parcerias mais frutíferas. Escreveram “O Show Tem Que Continuar” e “Alto Lá", também com Zeca Pagodinho. Com este, assinou a autoria de sucessos atemporais da música brasileira como “Bagaço da Laranja”, “Dor de Amor” e “Camarão que Dorme a Onda Leva".


Arlindo compôs mais de 500 músicas, segundo seu site oficial, incluindo sambas-enredo para escolas de samba do Rio de Janeiro: Grande Rio, Vila Isabel, Leão de Nova Iguaçu e Império Serrano, sua escola de coração e que o homenageou no enredo do carnaval de 2023. Mesmo com a saúde fragilizada, ele participou do desfile no último carro alegórico, com ajuda de amigos e familiares.
Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Músico de Samba e é reconhecido como um dos responsáveis pela revitalização do gênero nos anos 1980. Seu último lançamento foi ao lado do filho Arlindinho, em 2017, gravado pouco antes de sofrer o AVC.

Ele foi apelidado de “o sambista perfeito” por amigos e admiradores, em referência a uma de suas composições, em parceria com Nei Lopes. O apelido virou o título da biografia do músico, escrita pelo jornalista Marcos Salles e publicada em junho deste ano.
Arlindo Cruz era candomblecista, filho de Xangô, e atuava contra a intolerância religiosa. Ele deixa esposa, Babi Cruz, e três filhos: Arlindinho, Flora e Kauan.