O veganismo é um estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade animal, seja na alimentação, no vestuário ou em outras esferas do consumo, de acordo com a Vegan Society, a mais antiga e respeitada sociedade vegana do mundo.
Esse movimento difere do vegetarianismo pelo fato de que o segundo restringe-se ao regime alimentar e que, segundo a Sociedade Vegetariana Brasileira(SVB), sofre variações entre os adeptos .As principais vertentes do vegetarianismo são o ovolactovegetarianismo que mantém na alimentação ovos, leite e lacticínios, o lactovegetarianismo que consomem leite e lacticínios, o ovovegetarianismo que utiliza ovos na alimentação e o vegetarianismo restrito que não utiliza nenhum produto de origem animal. Não há pesquisas no Brasil sobre o número de praticantes do veganismo, mas segundo estimativa da SVB, dentre os 30 milhões de adeptos do vegetarianismo, 7 milhões seriam veganos, em 2018.

Afinal, o veganismo é ou não é caro? Depende, é o que ressalta a ativista vegana e estudante de nutrição Caroline Soares. “Eu adiei meu veganismo por achar que era caro porque eu sou uma mulher periférica, mas eu comecei a entender que a alimentação vegana é básica, é o arroz e o feijão”.
Ainda assim, a ativista percebe que há certa elitização do movimento a partir da apropriação do mesmo realizada pela indústria. “Assim como qualquer alergia alimentar, a cabeça da indústria funciona assim: se ela [pessoa vegana] não comer essa opção, ela não vai comer nada, então se tem uma opção vegana no cardápio por R$ 40, as pessoas que são veganas vão ter que consumir porque é isso ou é nada”, explica a ativista.
A publicidade alimenta ainda mais a ideia do veganismo ser para pessoas ricas e não considera a realidade da maioria dos brasileiros. Caroline aponta que a classe média-alta aborda o veganismo associando à alimentação saudável, o que não é, necessariamente, verdade. ”Nós temos que ter consciência de classe dentro do movimento para aproximar as pessoas da luta porque, quando a gente olha para preços assim, a gente imagina que o movimento é burguês, sendo que não é”.

Uma das preocupações de pessoas que aderem à dieta vegetariana é o suprimento das necessidades nutricionais, o que, segundo a nutricionista Renata Herrera, é totalmente possível “O que acontece é que, às vezes, é preciso um volume maior (de alguns nutrientes) em uma refeição”.
Quando se fala em veganismo popular, outra pauta que emerge é a insegurança alimentar, que impacta principalmente a parcela mais pobre da população brasileira, ainda mais no cenário socioeconômico atual. “Eu comecei a estudar nutrição porque, na periferia, não existe esse papo de nutrição. A favela já é ‘vegetariana forçada’ porque carne é algo que não entra, então a periferia tem péssimos hábitos alimentares. Ela come o resto do resto da indústria da carne, enquanto a burguesia come bem, tem atendimento nutricional e come na quantidade certa”, ressalta Soares.
Renata também se posiciona sobre o papel do profissional de nutrição diante desse contexto. ”O nosso papel é conseguir te ajudar independentemente do seu poder de compra. Se não dá pra comprar o leite vegetal enriquecido com ferro ou b12, dá pra ensinar a fazer o leite em casa com amêndoas ou até amendoim, que é uma opção mais barata”.
Além dos benefícios para a saúde, como a redução do risco de desenvolver doenças cardiovasculares, e ao meio ambiente com a queda na emissão de gases do efeito estufa por exemplo, o movimento vegano resulta ainda em uma aproximação da alimentação mais natural.’ ”Falamos sobre autonomia alimentar, porque depois de me tornar vegana passei a ter mais consciência do que eu tô comprando. A gente tem que aproximar as pessoas da alimentação para que elas saibam o que estão comendo”, ressalta Caroline.
Em março houve um aumento considerável e o percentual de jovens para quem o voto é facultativo chegou a 13,6%. Apesar disso, o número total ainda é baixo, principalmente quando em comparação com fevereiro de 2018, quando o número chegou a 23,3%.
Em fevereiro deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou a menor quantidade de adolescentes de 16 e 17 anos com título de eleitor da história. Naquele mês, foram emitidos 12.297 documentos. Já em março, o cenário mudou para melhor. Houve um crescimento de novos título - tudo em meio à manifestações de artistas incentivando jovens a emitirem o título de eleitor. Um dos principais eventos em que isso ocorreu foi o Lollapalooza Brasil. Para saber mais sobre a atuação dos jovens nas eleições de 2022, confira a reportagem em vídeo sobre o assunto.
Que São Paulo é uma correria, todos nós sabemos. Avenidas movimentadas, transporte públicos, em sua maioria, lotados, trabalhadores atravessando a cidade para chegar aos seus empregos e suas casas. Ações típicas de uma metrópole.
Nesse vai e vem da maior cidade da américa latina, o paulistano procura lugares e atividades para distrair a cabeça. Se você é uma dessas pessoas, nesse texto vai encontrar algumas dicas de lugares na capital paulista que dá para relaxar, aprender e se divertir. Tá preparado? Vamos nessa:
PARQUE DO IBIRAPUERA
Normalmente, quando falamos de São Paulo, uma das primeiras coisas que lembramos é do parque do Ibirapuera, o mais famoso da capital paulista.
Com uma área de mais de 1.584.000m², o Ibira, como é chamado pelos paulistanos, tem espaço para andar de bicicleta, praticar esportes com bola, como futebol e basquete, para fazer um piquenique com a família toda e passear com seus pets.

Além de tudo isso, o parque mais visitado da américa latina dispõe de museus agradáveis para serem visitados. Os museus Afro Brasil, de Arte Moderna e de Arte Contemporânea estão à disposição dos visitantes. E eles são de graça. Oportunidade de, além de relaxar, ter ainda mais conhecimento sobre a história do Brasil e do mundo.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO-USP
Uma das maiores universidade da américa latina também é um ótimo lugar para relaxar, sabia? A USP tem mais de 75 milhões de metrôs quadrados e pode, de fato, ser considerada uma cidade. Os paulistanos podem aproveitar a universidade, principalmente de final de semana, para fazer uma caminhada, corrida e até mesmo piquenique.

A USP tem a disposição os institutos de estudo para visita e conhecimento das práticas adotadas na maior universidade do Brasil. Além disso, a cidade universitária conta com estátuas imponentes e com memoriais que homenageiam heróis que lutaram contra a ditatura militar que ocorreu entre 1964 e 1985.
Porém, o que mais chama a atenção na USP e que os visitantes devem ficar atento é a Praça do Relógio. Situada no coração da universidade, a praça tem espaço aberto e lindo para fazer piqueniques e corridas, além de disponibilizar ciclofaixa para ciclistas.
PARQUE VILLA-LOBOS
Assim como grande maestro Heitor Villa-Lobos marcou história na cultura brasileira, o parque que recebe o nome do artista também faz história na cultura da zona Oeste da cidade de São Paulo. Com uma área de mais de 730 mil m², o parque da zona oeste paulista dispõe de um espaço grande o suficiente para os visitantes realizarem atividades físicas e de lazer diverso.

O local tem quadras de basquete, futsal, tênis e de vôlei, r uma das bibliotecas mais diversas da cidade de São Paulo, a biblioteca Parque Villa-Lobos, e também uma área verde de deixa a boca-aberta.
Além de tudo isso, o Villa-Lobos também tem outro parque acoplado a ele para aumentar ainda mais as opções dos visitantes. O parque estadual Cândido Portinari foi criado em 2013 e tem como principais atrações a pista de skate para quem gosta de do esporte e a maior roda gigante da América Latina, que dá ao visitante a oportunidade de ver a cidade de São Paulo de um ponto de vista privilegiado.

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A internet tem e sempre teve uma forte influência na moda. Durante a última década, com a ascensão do Instagram e do Tumblr, todos compartilhavam o seu estilo pessoal diariamente, com isso, todos queriam as roupas e maquiagens que os outros estavam usando - em especial os famosos. Desse modo, o mercado teve que se adaptar às tendências lançadas nas plataformas, assim como ocorre agora com o TikTok.
Popularizado como uma plataforma de vídeos curtos de humor e dancinhas, o aplicativo cresceu e hoje conta com vários nichos, entre eles o “Fashion Tiktok”, que movimenta não apenas no mundo virtual, mas também o real. A tag #fashion tem 134.3B de visualizações, sendo a maior parte do público a Geração Z, os responsáveis pela popularização do aplicativo. Entre as trends relacionadas, a mais famosa é Get Ready With Me ou Arrume-se Comigo, que consiste em incluir o telespectador no processo do influencer de se arrumar para certa ocasião.
Com o crescimento do TikTok, principalmente em 2020, o consumo da moda foi modificado mais uma vez. A rede social criou um espaço virtual que permite que qualquer um viralize com seu look ou sua análise sobre um desfile. Atualmente, os influenciadores que surgiram do "Fashion Tiktok" são os principais criadores e propagadores de tendências. Em entrevista, Carol Stauch (@neverleavenaked), designer fashion e stylist formada em Moda pela Santa Marcelina, falou sobre essa transformação: "Não é só saber analisar desfile, que significa você sabe moda ou você sabe se vestir para aquela parcela de pessoas que gostam do seu estilo ou você tem uma bolsa de grife que você sabe sobre moda, não é sobre isso, é muito além, é toda uma história, é todo um segmento", afirma.
Carol Stauch, em conversa com a AGEMT.
Nenhuma geração teve tanto acesso ao conhecimento sobre a história da moda nas palmas das mãos, principalmente com a volta de estilos de anos anteriores. Porém, por conta do livre acesso à informações deste gênero, é muito fácil produzir conteúdo mesmo sem uma formação ou um estudo do tema.“E essa questão de a moda ser tão “fácil de ser estudada por todos” acaba desvalorizando quem realmente estudou [...] é todo um processo, é conhecer a vestimenta, os acabamentos, a história, a moda, é muito mais do que só estudar, você precisa entender a moda”, comenta a stylist.
Com essa superficialidade e grande quantidade do conteúdo criado em cima do tema, surge uma necessidade de viralizar os vídeos produzidos, gerando muitas oportunidades, já que o Tiktok permite que todos, até mesmo aqueles que não seguem o criador, consumam esse material. “Eu acho que realmente estamos perdendo a noção dos conteúdos [...] as pessoas estão cada vez mais querendo crescer em cima dos outros”, diz, adicionando "[ridicularizando] o que a pessoa compra, veste, e é sempre assim, uma comparação explícita, postando nomes, mostrando a cara da pessoa, e ela sabe que aquilo vai dar visualização [...] pegam aquele nicho que eles veem que dá certo e eles começam a criar esse tipo de conteúdo”.
Ela também deu sua opinião sobre a onda de ódio gratuito gerado dentro da plataforma: “Independente do conteúdo que você faça, ninguém gosta de receber hate, ninguém gosta de se sentir julgado [...]. É melhor ter constância e seguidores fiéis do que viralizar e no mês seguinte ninguém lembrar de você”. Em um post em seu perfil do Instagram, Carol fez uma reflexão em torno de como a necessidade de viralizar nas redes tornou o hate uma trend.
A forma de compartilhar e consumir moda também gera um debate entre o que é de fato estilo e aquilo que é apenas grife. A stylist explica: “eu acho que as pessoas ficam muito fixadas no que é estilo, o que é caro, o que é barato [...] para mim você tem que gostar porque faz sentido para você no dia a dia, e não porque tem uma marca ou um nome. Eu não acredito que isso torne a roupa mais estilosa. Estilo é uma coisa muito pessoal e as pessoas não conseguem entender isso ainda”.
"As pessoas querem comprar o que o influenciador está mostrando, mas não necessariamente é uma coisa cabível no bolso de qualquer um. É toda uma cadeia que, por querer estar ‘na moda’, acaba criando competições dentro do mercado. Já a tiktoker Malu Borges (@maluborgesm) foi muito criticada pelo seu consumo e estilo próprio recentemente, viralizando com a bolsa The Pouch da Bottega Veneta. Custando quase 25 mil reais e esgotada em lojas da grife italiana em todo o mundo, o acessório ficou famoso por lembrar uma toalha de banho enrolada, virando meme na internet. Malu ficou marcada como a dona da tal bolsa e ridicularizada por gastar tanto dinheiro em algo julgado como banal e ostentativo.
Um dos momentos mais esperados em todas as premiações do Oscar é o “red carpet” (tapete vermelho), onde os indicados ao prêmio e os convidados do evento posam e exibem seus looks desenhados por estilistas renomados. A edição do último domingo (27/03) foi ainda mais especial por ter sido o retorno desse desfile à premiação desde a suspensão pela pandemia de Covid-19. Além das roupas apresentadas na premiação temos também as do after party. Todo ano centenas de vestidos são produzidos para serem utilizados somente por uma noite, isso ocorre pois existe uma ”tradição” de não repetir uma roupa que já foi usada em outro evento, mesmo que em outro ano.
Mona Hammoud, estudante de moda da FAAP, comenta que “o fato desses artistas não repetirem roupas acaba refletindo nas pessoas pois tendemos a nos inspirar em famosos, além do fato das tendências surgirem e sumirem muito rápido, estamos consumindo muito.”

Eventos de grande importância como o Oscar, podem ser utilizados para que se abra um debate sobre a responsabilidade da moda quanto ao meio ambiente e provar que a sustentabilidade é viável mesmo em premiações desse porte, principalmente porque as roupas são um dos assuntos mais comentados durante as transmissões do tapete vermelho. Na edição de 2020 do Oscar, a atriz Jane Fonda escolheu um vestido que já havia usado no Festival de Cannes, em 2014, e ainda acrescentou ao look um casaco que segundo ela seria “a última peça de roupa que compraria na vida” e que pretendia “incentivar às pessoas a repensarem seu consumo desenfreado de artigos de vestuário”.
Além de Fonda, Saoirse Ronan, junto com Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, reaproveitaram os tecidos do último modelo que a atriz usou no BAFTA para o tapete vermelho do Oscar. Para Mona, essa atitude deveria ser frequente, “os artistas poderiam repetir roupas de premiações e eventos, porém customizando-as, apresentando diversas propostas para uma mesma peça.”
A indústria da moda é responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera e empresas de grande porte, como as dos estilistas que produzem as roupas para o Oscar e outros eventos, possuem poucas ou nenhuma política para que os looks confeccionados gerem menos impacto no meio ambiente.
Recentemente, os brechós e as “second hands” ganharam força devido aos debates sobre os impactos da indústria têxtil no planeta. Batizado de moda circular, esse tipo de mercado aproveita a peça de roupa, não descartando-a e sim revendendo-a para outra pessoa que se interesse por ela. Já existem plataformas online focadas exclusivamente nesse mercado, que cada vez mais vem se consolidando, principalmente quando falamos das peças de luxo.
Sobre a moda circular, Hammoud comenta que "essas iniciativas sustentáveis não são mais inovadoras e sim, obrigação de qualquer marca. Além disso, a moda sustentável não aborda somente o meio ambiente, mas também, a qualidade de vida dos funcionários, principalmente em marcas do tipo fast fashion”.
Famosos como Margot Robbie já estão apostando nos modelos vintage, a atriz usou um modelo da Chanel de 1994 em uma premiação, e levantou a bandeira da moda sustentável e compras em brechós.
